SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 4
QUEM SAO OS POVOS RIBEIRINHOS
O nome do povo ribeirinho foi dado às pessoas que se localizam nas margens
dos rios onde habitam. As principais atividades econômicas dos ribeirinhos são:
a pesca artesanal, práticas extrativistas, roças de subsistência e a produção e
comercialização de artesanato.
Os ribeirinhos se localizam em várias partes do Brasil, mas principalmente na
Amazônia, pois são reféns dos movimentos e volumes das águas, então, suas
casas (palafitas) se localizam na maioria das vezes ao redor dos lagos e nas
épocas de chuva eles usam barcos para se locomover em sua região. a farinha
de mandioca e o peixe são comidas muito importantes para os ribeirinhos em
termos de cultura e nutrição na alimentação desse povo da Amazônia.
Os ribeirinhos possuem roupas especiais para ocasiões como festas, caças etc.
eles usam ornamentos, joias raras como anéis e eles fazem isso com recursos
naturais do próprio habitat como palha, minérios e sementes. Os ribeirinhos
também têm como exigência cumprir suas promessas e graças feitas por meio
de rituais feito também em formato de festas religiosas e almoços comunitários,
missas etc. Cada tipo de festa tem algum significado ou razão de existência.
A DIFERENÇA ENTRE RIBEIRINHOS E QUILOMBOLAS
Uma de suas diferenças são que suas motivações são diferentes mas uma
coincidência é que tanto os ribeirinhos e quilombolas se inserem nos grupos de
povos originais. ambos possuem um grande vínculo com a natureza. Os
ribeirinhos foram morar ou viver nas florestas por falta de opção ou oportunidade
logo depois do fim do ciclo da borracha enquanto os quilombolas fugiam da
escravidão, além disso enquanto os primeiros são hoje em sua maioria
dependentes de imigrantes do nordeste já o segundo são um grupo étnico racial
formado por descendentes de escravos que são fugitivos ou seja comunidades
negras rurais e que preservam suas culturas e costumes.
Os ribeirinhos passam por situações difíceis como a falta de tratamento do
esgoto, falta de água saudável e doenças como leptospirose, hepatite, dengue
e febre amarela, em razão do esgoto a céu, além do assoreamento dos rios que
dificulta no transporte e o trabalho com a pesca.
Esses povos seguem a religião católica, pela influência do catolicismo
colonizador de matriz ibérica, mas, eles não perderam as características como
as crenças míticas, que fazem parte da cultura e vida desse povo.
O SURGIMENTO DOS POVOS RIBEIRINHOS
A história das comunidades ribeirinhas começou no final do século XIX, no local
mais exato, Amazônia, no mesmo momento conhecido como O auge do Ciclo
da Borracha. Nessa época acontecia a Revolução industrial e também o
desenvolvimento tecnológico que foi o resultado desta revolução, fizeram que a
borracha natural, que na época era um produto exclusivo, que ficava somente
na região amazônica, virasse um produto muito valorizado, trazendo lucros para
quem investia nesse comércio.
A esse cenário favoreceu a saída de muitas comunidades como exemplo, os
nordestinos, que saíram da sua terra Natal para arranjar uma moradia na
Amazônia, buscando emprego nas empresas que faziam a extração do látex
das árvores seringueira. Um tempo depois, acontece a crise da borracha, que
marcou a queda do mercado brasileiro, havendo crise de desemprego a todos
aqueles que acreditavam neste contexto e se determinavam a essa área. A falta
de políticas públicas à época, fez que esses trabalhadores do ciclo da borracha
se espalhassem pelos rios da floresta amazônica, e lá fizessem suas moradias,
ficando independentes na natureza, ao mesmo tempo que fez aumentar este
tipo de comunidades às margens dos rios.
Uma curiosidade: Com fundamentos da literatura, os primeiros
habitantes dessas regiões não eram índios e sim caboclos (termo Tupi que
constituía os filhos de indígenas com os brancos europeus. Os caboclos,
tratados aqui no Brasil, são os descendentes da mistura entre brancos europeus
(portugueses e espanhóis), negros e índios ao longo dos séculos de colonização
portuguesa), eles buscavam terras e ocupavam a região norte do Brasil,
Amazonia, e estados do nordeste do Brasil, como Rio Grande do Norte, Piauí,
Maranhão, Alagoas, Ceará, etc.
Em 2007, os ribeirinhos foram reconhecidos pelo governo federal, como sendo
povos tradicionais que mantêm um modo de vida totalmente ligado ao meio
ambiente e vivem de recursos naturais. Diante desse processo de
reconhecimento pelo governo, tais povos passaram a ter direito à Educação,
Cultura, Esporte, Lazer e serviços que respeitem sua condição de subsistência.
As crianças, adolescentes e adultos da região têm acesso às escolas
ribeirinhas, que também se localizam nas margens dos rios. Essas instituições
muitas vezes funcionam de maneira improvisada, e seu calendário letivo é
adaptado ao ciclo das águas, já que os alunos dependem do rio para ir e vir.

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a QUEM SAO OS POVOS RIBEIRINHOS.docx

Ultimo dos tarairius [artigo]
Ultimo dos tarairius [artigo]Ultimo dos tarairius [artigo]
Ultimo dos tarairius [artigo]UNAT
 
Influências indígenas e africanas na cidade de Uberlãndia
Influências indígenas e africanas na cidade de UberlãndiaInfluências indígenas e africanas na cidade de Uberlãndia
Influências indígenas e africanas na cidade de UberlãndiaLarissa Silva
 
Povoado Rosário em Bom Jardim Maranhão
Povoado Rosário em Bom Jardim   MaranhãoPovoado Rosário em Bom Jardim   Maranhão
Povoado Rosário em Bom Jardim MaranhãoAdilson P Motta Motta
 
ESTUDOS DE VIABILIDADE ÍNDIOS CITADINOS UHE BELO MONTE-Mirella Poccia 2009
ESTUDOS DE VIABILIDADE ÍNDIOS CITADINOS UHE BELO MONTE-Mirella Poccia 2009ESTUDOS DE VIABILIDADE ÍNDIOS CITADINOS UHE BELO MONTE-Mirella Poccia 2009
ESTUDOS DE VIABILIDADE ÍNDIOS CITADINOS UHE BELO MONTE-Mirella Poccia 2009Caetano
 
Pré história americana.pptx.............
Pré história americana.pptx.............Pré história americana.pptx.............
Pré história americana.pptx.............ocg50
 
Unidade 3 o povoamento da america.
Unidade 3   o povoamento da america.Unidade 3   o povoamento da america.
Unidade 3 o povoamento da america.Jovania Zanotelli
 
Escravos
EscravosEscravos
EscravosLane94
 
Diversidade Cultural na África - Prof. Altair Aguilar
Diversidade Cultural na África - Prof. Altair AguilarDiversidade Cultural na África - Prof. Altair Aguilar
Diversidade Cultural na África - Prof. Altair AguilarAltair Moisés Aguilar
 
Comunidades recolectoras e_agro-pastoris
Comunidades recolectoras e_agro-pastorisComunidades recolectoras e_agro-pastoris
Comunidades recolectoras e_agro-pastorisMargarida Mendonça
 
Os negros no brasil colônia
Os negros no brasil colôniaOs negros no brasil colônia
Os negros no brasil colôniahistoriando
 
Cap. 15 brasil colônia escravidão-cultura e primeira revoltas
Cap. 15   brasil colônia escravidão-cultura e primeira revoltasCap. 15   brasil colônia escravidão-cultura e primeira revoltas
Cap. 15 brasil colônia escravidão-cultura e primeira revoltasGustavo Cuin
 
Da colonização a proclamação da república show 2013
Da colonização a proclamação da república show 2013Da colonização a proclamação da república show 2013
Da colonização a proclamação da república show 2013Isadora Salvari
 
Atividade pibid.
Atividade pibid.Atividade pibid.
Atividade pibid.Lucas Grima
 
História da Arte: Arte e cultura indígena brasileira
História da Arte: Arte e cultura indígena brasileiraHistória da Arte: Arte e cultura indígena brasileira
História da Arte: Arte e cultura indígena brasileiraRaphael Lanzillotte
 
Brasil 140302114545-phpapp02
Brasil 140302114545-phpapp02Brasil 140302114545-phpapp02
Brasil 140302114545-phpapp02Gisah Silveira
 

Semelhante a QUEM SAO OS POVOS RIBEIRINHOS.docx (20)

Ultimo dos tarairius [artigo]
Ultimo dos tarairius [artigo]Ultimo dos tarairius [artigo]
Ultimo dos tarairius [artigo]
 
Influências indígenas e africanas na cidade de Uberlãndia
Influências indígenas e africanas na cidade de UberlãndiaInfluências indígenas e africanas na cidade de Uberlãndia
Influências indígenas e africanas na cidade de Uberlãndia
 
Econômia Açucareira.ppt
Econômia Açucareira.pptEconômia Açucareira.ppt
Econômia Açucareira.ppt
 
slides História.pdf
slides História.pdfslides História.pdf
slides História.pdf
 
Povoado Rosário em Bom Jardim Maranhão
Povoado Rosário em Bom Jardim   MaranhãoPovoado Rosário em Bom Jardim   Maranhão
Povoado Rosário em Bom Jardim Maranhão
 
ESTUDOS DE VIABILIDADE ÍNDIOS CITADINOS UHE BELO MONTE-Mirella Poccia 2009
ESTUDOS DE VIABILIDADE ÍNDIOS CITADINOS UHE BELO MONTE-Mirella Poccia 2009ESTUDOS DE VIABILIDADE ÍNDIOS CITADINOS UHE BELO MONTE-Mirella Poccia 2009
ESTUDOS DE VIABILIDADE ÍNDIOS CITADINOS UHE BELO MONTE-Mirella Poccia 2009
 
Pré história americana.pptx.............
Pré história americana.pptx.............Pré história americana.pptx.............
Pré história americana.pptx.............
 
Unidade 3 o povoamento da america.
Unidade 3   o povoamento da america.Unidade 3   o povoamento da america.
Unidade 3 o povoamento da america.
 
Escravos
EscravosEscravos
Escravos
 
Diversidade Cultural na África - Prof. Altair Aguilar
Diversidade Cultural na África - Prof. Altair AguilarDiversidade Cultural na África - Prof. Altair Aguilar
Diversidade Cultural na África - Prof. Altair Aguilar
 
Comunidades recolectoras e_agro-pastoris
Comunidades recolectoras e_agro-pastorisComunidades recolectoras e_agro-pastoris
Comunidades recolectoras e_agro-pastoris
 
Os negros no brasil colônia
Os negros no brasil colôniaOs negros no brasil colônia
Os negros no brasil colônia
 
Os negros no brasil colônia
Os negros no brasil colôniaOs negros no brasil colônia
Os negros no brasil colônia
 
Bacia do Rio Pardo- Aula 3 - Versão Aluno
Bacia do Rio Pardo-  Aula 3 - Versão AlunoBacia do Rio Pardo-  Aula 3 - Versão Aluno
Bacia do Rio Pardo- Aula 3 - Versão Aluno
 
Cap. 15 brasil colônia escravidão-cultura e primeira revoltas
Cap. 15   brasil colônia escravidão-cultura e primeira revoltasCap. 15   brasil colônia escravidão-cultura e primeira revoltas
Cap. 15 brasil colônia escravidão-cultura e primeira revoltas
 
Da colonização a proclamação da república show 2013
Da colonização a proclamação da república show 2013Da colonização a proclamação da república show 2013
Da colonização a proclamação da república show 2013
 
Atividade pibid.
Atividade pibid.Atividade pibid.
Atividade pibid.
 
Os negros no Brasil colônia
Os negros no Brasil colôniaOs negros no Brasil colônia
Os negros no Brasil colônia
 
História da Arte: Arte e cultura indígena brasileira
História da Arte: Arte e cultura indígena brasileiraHistória da Arte: Arte e cultura indígena brasileira
História da Arte: Arte e cultura indígena brasileira
 
Brasil 140302114545-phpapp02
Brasil 140302114545-phpapp02Brasil 140302114545-phpapp02
Brasil 140302114545-phpapp02
 

Último

COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMVanessaCavalcante37
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Centro Jacques Delors
 
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisas
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisasNova BNCC Atualizada para novas pesquisas
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisasraveccavp
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinhaMary Alvarenga
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Mary Alvarenga
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniCassio Meira Jr.
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumAugusto Costa
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?Rosalina Simão Nunes
 
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila RibeiroLivro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila RibeiroMarcele Ravasio
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasCassio Meira Jr.
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -Aline Santana
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBAline Santana
 
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxAULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxLaurindo6
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxOsnilReis1
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividadeMary Alvarenga
 

Último (20)

Em tempo de Quaresma .
Em tempo de Quaresma                            .Em tempo de Quaresma                            .
Em tempo de Quaresma .
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
 
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisas
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisasNova BNCC Atualizada para novas pesquisas
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisas
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinha
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
 
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
 
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila RibeiroLivro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
 
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxAULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
 
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULACINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
 
Bullying, sai pra lá
Bullying,  sai pra láBullying,  sai pra lá
Bullying, sai pra lá
 

QUEM SAO OS POVOS RIBEIRINHOS.docx

  • 1. QUEM SAO OS POVOS RIBEIRINHOS O nome do povo ribeirinho foi dado às pessoas que se localizam nas margens dos rios onde habitam. As principais atividades econômicas dos ribeirinhos são: a pesca artesanal, práticas extrativistas, roças de subsistência e a produção e comercialização de artesanato. Os ribeirinhos se localizam em várias partes do Brasil, mas principalmente na Amazônia, pois são reféns dos movimentos e volumes das águas, então, suas casas (palafitas) se localizam na maioria das vezes ao redor dos lagos e nas épocas de chuva eles usam barcos para se locomover em sua região. a farinha de mandioca e o peixe são comidas muito importantes para os ribeirinhos em termos de cultura e nutrição na alimentação desse povo da Amazônia. Os ribeirinhos possuem roupas especiais para ocasiões como festas, caças etc. eles usam ornamentos, joias raras como anéis e eles fazem isso com recursos naturais do próprio habitat como palha, minérios e sementes. Os ribeirinhos também têm como exigência cumprir suas promessas e graças feitas por meio de rituais feito também em formato de festas religiosas e almoços comunitários, missas etc. Cada tipo de festa tem algum significado ou razão de existência.
  • 2. A DIFERENÇA ENTRE RIBEIRINHOS E QUILOMBOLAS Uma de suas diferenças são que suas motivações são diferentes mas uma coincidência é que tanto os ribeirinhos e quilombolas se inserem nos grupos de povos originais. ambos possuem um grande vínculo com a natureza. Os ribeirinhos foram morar ou viver nas florestas por falta de opção ou oportunidade logo depois do fim do ciclo da borracha enquanto os quilombolas fugiam da escravidão, além disso enquanto os primeiros são hoje em sua maioria dependentes de imigrantes do nordeste já o segundo são um grupo étnico racial formado por descendentes de escravos que são fugitivos ou seja comunidades negras rurais e que preservam suas culturas e costumes. Os ribeirinhos passam por situações difíceis como a falta de tratamento do esgoto, falta de água saudável e doenças como leptospirose, hepatite, dengue e febre amarela, em razão do esgoto a céu, além do assoreamento dos rios que dificulta no transporte e o trabalho com a pesca. Esses povos seguem a religião católica, pela influência do catolicismo colonizador de matriz ibérica, mas, eles não perderam as características como as crenças míticas, que fazem parte da cultura e vida desse povo.
  • 3. O SURGIMENTO DOS POVOS RIBEIRINHOS A história das comunidades ribeirinhas começou no final do século XIX, no local mais exato, Amazônia, no mesmo momento conhecido como O auge do Ciclo da Borracha. Nessa época acontecia a Revolução industrial e também o desenvolvimento tecnológico que foi o resultado desta revolução, fizeram que a borracha natural, que na época era um produto exclusivo, que ficava somente na região amazônica, virasse um produto muito valorizado, trazendo lucros para quem investia nesse comércio. A esse cenário favoreceu a saída de muitas comunidades como exemplo, os nordestinos, que saíram da sua terra Natal para arranjar uma moradia na Amazônia, buscando emprego nas empresas que faziam a extração do látex das árvores seringueira. Um tempo depois, acontece a crise da borracha, que marcou a queda do mercado brasileiro, havendo crise de desemprego a todos aqueles que acreditavam neste contexto e se determinavam a essa área. A falta de políticas públicas à época, fez que esses trabalhadores do ciclo da borracha se espalhassem pelos rios da floresta amazônica, e lá fizessem suas moradias, ficando independentes na natureza, ao mesmo tempo que fez aumentar este tipo de comunidades às margens dos rios.
  • 4. Uma curiosidade: Com fundamentos da literatura, os primeiros habitantes dessas regiões não eram índios e sim caboclos (termo Tupi que constituía os filhos de indígenas com os brancos europeus. Os caboclos, tratados aqui no Brasil, são os descendentes da mistura entre brancos europeus (portugueses e espanhóis), negros e índios ao longo dos séculos de colonização portuguesa), eles buscavam terras e ocupavam a região norte do Brasil, Amazonia, e estados do nordeste do Brasil, como Rio Grande do Norte, Piauí, Maranhão, Alagoas, Ceará, etc. Em 2007, os ribeirinhos foram reconhecidos pelo governo federal, como sendo povos tradicionais que mantêm um modo de vida totalmente ligado ao meio ambiente e vivem de recursos naturais. Diante desse processo de reconhecimento pelo governo, tais povos passaram a ter direito à Educação, Cultura, Esporte, Lazer e serviços que respeitem sua condição de subsistência. As crianças, adolescentes e adultos da região têm acesso às escolas ribeirinhas, que também se localizam nas margens dos rios. Essas instituições muitas vezes funcionam de maneira improvisada, e seu calendário letivo é adaptado ao ciclo das águas, já que os alunos dependem do rio para ir e vir.