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Coleção:
ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES
EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
POR PARCEIROS ÍNTIMOS
Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero
Coleção:
ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES
EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
POR PARCEIROS ÍNTIMOS
Módulo:
VIOLÊNCIA E PERSPECTIVA
RELACIONAL DE GÊNERO
ANNE CAROLINE LUZ GRÜDTNER DA SILVA
ANA MARIA MÚJICA RODRIGUES
ROMEU GOMES
CARMEM REGINA DELZIOVO
Coleção:
ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES
EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
POR PARCEIROS ÍNTIMOS
Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero
Objetivo
do
módulo
Este módulo busca levar a uma reflexão e um
fortalecimento dos conhecimentos e habilidades dos
profissionais de saúde frente à violência de gênero.
De igual forma, busca-se reforçar a igualdade de
gênero e a promoção dos direitos de homens e
mulheres.
2
Coleção:
ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES
EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
POR PARCEIROS ÍNTIMOS
Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero
Sumário
do
módulo
Unidade 1 - Violência e Gênero
1.1 Correntes teóricas
1.2 Masculinidade e feminilidade e violência
Unidade 2 - Gênero e Saúde no Contexto da Atenção ao Homem e Mulher
2.1 Violência de gênero e a mulher
2.2 Violência de gênero e o homem
2.3 Gênero e saúde - papel do profissional na Atenção Básica
Unidade 3 - Violência Contra LGBT
3.1 Violência contra LGBT
3.2 O atendimento à população LGBT na Atenção Básica
3
Coleção:
ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES
EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
POR PARCEIROS ÍNTIMOS
Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero
Unidade 1
Violência e Gênero
4
Coleção:
ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES
EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
POR PARCEIROS ÍNTIMOS
Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero
O que é violência de gênero?
Violência de gênero é qualquer ato de agressão física, de
relações sexuais forçadas e outras formas de coerção
sexual, maus-tratos psicológicos e controle de
comportamento que resulte em danos físicos ou
emocionais, em uma relação marcada pela desigualdade e
pela assimetria entre gêneros.
Unidade 1 - Violência e Gênero
5
Coleção:
ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES
EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
POR PARCEIROS ÍNTIMOS
Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero
O
que
é
Violência
de
Gênero?
Violência de gênero abrange a violência praticada por
homens contra mulheres, por mulheres contra homens,
entre homens e entre mulheres. Refere-se às relações de
poder e à diferença entre as características culturais
atribuídas a cada um dos sexos e suas peculiaridades
biológicas.
6
Unidade 1 - Violência e Gênero
Coleção:
ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES
EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
POR PARCEIROS ÍNTIMOS
Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero
7
Nas relações de intimidade, as mulheres
têm sido mais vitimizadas, e de forma mais
grave.
Nem sempre este tipo de violência é visível.
Unidade 1 - Violência e Gênero
Coleção:
ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES
EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
POR PARCEIROS ÍNTIMOS
Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero
As principais correntes teóricas a respeito são:
8
Dominação
masculina
Dominação
patriarcal
Relacional
Unidade 1 - Violência e Gênero
Coleção:
ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES
EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
POR PARCEIROS ÍNTIMOS
Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero
Dominação Masculina
A corrente teórica Dominação Masculina define violência contra
as mulheres como expressão de dominação da mulher pelo
homem, levando à anulação da autonomia da mulher. Nela a
mulher é concebida tanto como “vítima” quanto como
“cúmplice” dessa dominação. Essa teoria entende que as
diferenças entre o feminino e o masculino são transformadas
em desigualdades hierárquicas por meio de discursos machistas
sobre a mulher. Assim, nela as mulheres são definidas como
seres “para os outros”.
9
Unidade 1 - Violência e Gênero
Coleção:
ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES
EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
POR PARCEIROS ÍNTIMOS
Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero
Dominação Patriarcal
A Dominação Patriarcal compreende a violência como
expressão do patriarcado. A mulher é vista como sujeito social
autônomo, embora seja historicamente vítima do controle
social masculino.
Nessa perspectiva as mulheres não são “cúmplices” da
violência, são apenas “vítimas”.
Unidade 1 - Violência e Gênero
10
Coleção:
ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES
EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
POR PARCEIROS ÍNTIMOS
Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero
Relacional
A terceira corrente teórica identificada nos estudos sobre
violência contra a mulher é a relacional, relativiza as noções
de dominação masculina e vitimização feminina, entendendo
violência como uma forma de comunicação e um jogo onde a
mulher protagoniza cenas de violência conjugal e se
representa como “vítima” e “não sujeito” quando denuncia.
Unidade 1 - Violência e Gênero
11
Coleção:
ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES
EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
POR PARCEIROS ÍNTIMOS
Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero
Construção Social de gênero e sexo
Cada um dos dois gêneros é
construído como corpo socialmente
diferenciado do sexo oposto. A
lógica da dominação masculina e da
submissão feminina só pode existir
pelos efeitos duradouros que a
ordem social exerce sobre as
mulheres e os homens.
O gênero se constrói culturalmente e influencia na forma de ser
homem ou de ser mulher em cada sociedade.
Unidade 1 - Violência e Gênero
12
Coleção:
ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES
EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
POR PARCEIROS ÍNTIMOS
Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero
Enquanto as mulheres estão aprisionadas às
formas de submissão, é possível dizer que os
homens se encontram enclausurados nas formas
de dominação.
O machismo não pode ser atribuído
exclusivamente aos homens, mas igualmente às
mulheres.
Unidade 1 - Violência e Gênero
13
Coleção:
ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES
EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
POR PARCEIROS ÍNTIMOS
Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero
A masculinidade representa um conjunto de atributos,
valores, funções e condutas que se espera de um homem em
uma determinada cultura.
Em várias sociedades a aquisição de atributos masculinos
comumente se caracteriza por processos violentos.
Masculinidade e feminilidade e a violência
Unidade 1 - Violência e Gênero
14
Coleção:
ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES
EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
POR PARCEIROS ÍNTIMOS
Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero
Os meninos costumam ser educados de modo que reafirmem
sua masculinidade em espaços considerados masculinos, assim
a violência assume um papel fundante da própria
masculinidade.
Podemos pensar a relação próxima entre masculinidade e
violência como consequência de uma sociedade na qual a
concepção de masculinidade equipara-se ao lugar da ação, da
decisão e da posição naturalizada de agente do poder da
violência.
Unidade 1 - Violência e Gênero
15
Coleção:
ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES
EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
POR PARCEIROS ÍNTIMOS
Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero
No Brasil predominam os discursos
de que ser um homem é sinônimo
de agressividade e de descontrole
sexual.
Neste sentido, constata-se que os
homens representam um papel
relevante na violência brasileira,
como pessoas em situação de risco
de sofrer violência e como os
principais autores de agressões.
Unidade 1 - Violência e Gênero
16
Coleção:
ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES
EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
POR PARCEIROS ÍNTIMOS
Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero
17
Unidade 1 - Violência e Gênero
Deve-se considerar que há formas explícitas, como a
violência física, e outras mais invisíveis, como a violência
simbólica
Neste cenário também se considera a violência contra os
homens, praticada por mulheres e por outros homens.
Coleção:
ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES
EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
POR PARCEIROS ÍNTIMOS
Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero
É necessário ampliar os conhecimentos e as
práticas da saúde coletiva no que diz respeito às
perspectivas de gênero, em que o homem deve ser
incluído.
De acordo com a Política Nacional de Atenção
Integral à Saúde do Homem, a violência é um tema
importante no atendimento integral ao homem.
Unidade 1 - Violência e Gênero
18
Coleção:
ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES
EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
POR PARCEIROS ÍNTIMOS
Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero
Unidade 2
Gênero e Saúde no
Contexto da Atenção
ao Homem e a Mulher
19
Coleção:
ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES
EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
POR PARCEIROS ÍNTIMOS
Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero
Violência de Gênero e a Mulher
Um dos direitos humanos mais violados no mundo é o da
mulher. Apesar dos vários compromissos assumidos para
garantir esses direitos, a violência contra a mulher está
profundamente arraigada à cultura de determinadas sociedades,
nas quais as relações de poder existentes entre os gêneros são
historicamente desiguais.
Unidade 2 - Gênero e Saúde no Contexto
da Atenção ao Homem e a Mulher
20
Coleção:
ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES
EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
POR PARCEIROS ÍNTIMOS
Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero
Violência de Gênero e a Mulher
Está relacionada também a
estrutura de sexo, ou gênero, do
aprendizado dos papeis sexuais
do homem e da mulher, que são
usados como justificativas para
determinados comportamentos
violentos contra as mulheres.
21
Unidade 2 - Gênero e Saúde no Contexto
da Atenção ao Homem e a Mulher
Coleção:
ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES
EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
POR PARCEIROS ÍNTIMOS
Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero
22
Os principais agressores das mulheres têm sido maridos,
ex-maridos, namorados e ex-namorados. Mas também
podem ser pais, irmãos e outras pessoas do gênero
masculino, configurando uma forma mais comumente
conhecida de violência de gênero, denominada violência
doméstica ou violência intrafamiliar.
Unidade 2 - Gênero e Saúde no Contexto
da Atenção ao Homem e a Mulher
Coleção:
ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES
EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
POR PARCEIROS ÍNTIMOS
Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero
23
O que se percebe nos atendimentos a meninas
e mulheres em situação de violência é que, a
agressão ocorre principalmente por fazerem
parte do gênero feminino.
Unidade 2 - Gênero e Saúde no Contexto
da Atenção ao Homem e a Mulher
Coleção:
ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES
EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
POR PARCEIROS ÍNTIMOS
Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero
24
Unidade 2 - Gênero e Saúde no Contexto
da Atenção ao Homem e a Mulher
Essa violência aponta para o fato de que o sexo feminino ainda
é visto como inferior, ou aquele que deve se subordinar às ações
do sexo masculino, considerado superior.
A violência perpetrada pelo homem contra a mulher é um dos
tipos de violência de gênero, que muitas vezes está ligada à
baixa escolaridade da mulher, à dependência econômica de seu
parceiro.
A atitude de desafiar algumas das responsabilidades que lhe são
delegadas pode ser usada como “justificativa” para esse tipo de
violência.
Coleção:
ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES
EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
POR PARCEIROS ÍNTIMOS
Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero
Mas por que os homens são os principais
atores envolvidos em situações de violência,
tanto como autores da agressão quanto como
quem as sofre?
25
Unidade 2 - Gênero e Saúde no Contexto
da Atenção ao Homem e a Mulher
Coleção:
ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES
EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
POR PARCEIROS ÍNTIMOS
Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero
Violência de Gênero e o Homem
Isso ocorre porque eles são influenciados por características de
“ser homem” presentes em modelos culturais de
masculinidades.
A masculinidade representa um conjunto de atributos, valores,
funções e condutas que se espera de um homem numa
determinada cultura. Em várias sociedades, a socialização dos
homens e a incorporação dos atributos masculinos se
caracterizam por processos violentos.
26
Unidade 2 - Gênero e Saúde no Contexto
da Atenção ao Homem e a Mulher
Coleção:
ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES
EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
POR PARCEIROS ÍNTIMOS
Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero
O fato de estudos encontrarem uma forte
associação entre masculinidade e violência não
pode fazer com que fixemos estereótipos de que ser
homem é ser violento. Devemos considerar que
junto ao modelo predominante de masculinidade,
presente em cada sociedade, há modelos
alternativos para considerar o que é ser homem,
nessas alternativas de masculinidade, a violência
pode não ser preponderante.
27
Unidade 2 - Gênero e Saúde no Contexto
da Atenção ao Homem e a Mulher
Coleção:
ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES
EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
POR PARCEIROS ÍNTIMOS
Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero
Violência de Gênero e o Homem
Em algumas sociedades
surgiram tensões entre
homens ao buscarem
manter o poder do macho
no âmbito das relações
íntimas e a possibilidade de
se viver uma sexualidade
associada à afetividade
numa relação igualitária.
28
Unidade 2 - Gênero e Saúde no Contexto
da Atenção ao Homem e a Mulher
Coleção:
ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES
EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
POR PARCEIROS ÍNTIMOS
Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero
29
Há a possibilidade de se pensar a sexualidade masculina
tomando por base outros referenciais. A masculinidade
não é a única referência de identidade para os homens.
Junto a ela, existem outras, como classe social, raça/etnia
e grupo etário.
Mas, apesar de todas as mudanças, os homens mantêm
um discurso do senso comum, com referências de
masculinidade que incluem: poder, agressividade,
iniciativa e sexualidade incontrolada.
Unidade 2 - Gênero e Saúde no Contexto
da Atenção ao Homem e a Mulher
Coleção:
ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES
EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
POR PARCEIROS ÍNTIMOS
Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero
A dominação e a heterossexualidade
costumam ser os eixos em que se
baseia a masculinidade hegemônica.
Principais características:
• força
• poder sobre os mais fracos
• atividade
• potência
• resistência
• invulnerabilidade
30
Unidade 2 - Gênero e Saúde no Contexto
da Atenção ao Homem e a Mulher
Coleção:
ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES
EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
POR PARCEIROS ÍNTIMOS
Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero
Costuma-se incutir nos pequenos
homens a ideia de que, para ser
um homem, eles devem combater
os aspectos que poderiam fazê-los
ser associados às mulheres.
Características da masculinidade
hegemônica ajudam-nos a
compreender a violência tão
presente nas relações homens-
homens e homens-mulheres.
31
Unidade 2 - Gênero e Saúde no Contexto
da Atenção ao Homem e a Mulher
Coleção:
ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES
EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
POR PARCEIROS ÍNTIMOS
Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero
32
Os homens também são vítimas
nas relações heterossexuais.
Unidade 2 - Gênero e Saúde no Contexto
da Atenção ao Homem e a Mulher
Coleção:
ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES
EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
POR PARCEIROS ÍNTIMOS
Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero
33
Além disso, a violência não ocorre somente nas relações entre
homens e mulheres, mas nas relações homoafetivas, entre
travestis, transgêneros, transexuais.
Uma das queixas mais frequentes dos homens sobre suas
parceiras íntimas diz respeito à violência psicológica,
principalmente quanto a ofensas e humilhações que atingem a
autoestima deles, desqualificando-os como homens e como
seres humanos.
Unidade 2 - Gênero e Saúde no Contexto
da Atenção ao Homem e a Mulher
Coleção:
ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES
EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
POR PARCEIROS ÍNTIMOS
Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero
No cenário da dominação
masculina, as vítimas não são
apenas as mulheres, os homens
também são vítimas da própria
dominação masculina.
Por constantemente terem de
atestar sua virilidade, juntamente
com a violência, os homens vivem
a tensão e a contensão.
34
Unidade 2 - Gênero e Saúde no Contexto
da Atenção ao Homem e a Mulher
Coleção:
ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES
EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
POR PARCEIROS ÍNTIMOS
Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero
A virilidade, então, é uma noção
eminentemente relacional,
construída diante dos outros
homens, para os outros homens
e contra a feminilidade.
O estudo da categoria gênero,
contribuirá para renovar o
conhecimento e as práticas da
Saúde Coletiva
35
Unidade 2 - Gênero e Saúde no Contexto
da Atenção ao Homem e a Mulher
Coleção:
ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES
EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
POR PARCEIROS ÍNTIMOS
Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero
36
Mas como pensar nas questões de gênero
pode influenciar no papel do profissional de
saúde?
Unidade 2 - Gênero e Saúde no Contexto
da Atenção ao Homem e a Mulher
Coleção:
ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES
EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
POR PARCEIROS ÍNTIMOS
Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero
Gênero e Saúde
37
Estimular
cientistas e
formuladores
de políticas.
Trazer novas
temáticas para
os estudos e as
políticas em
saúde da
mulher.
Ressaltar o
entrelaçamento
entre saúde,
cidadania e
direitos
humanos.
Há pelo menos três razões para trazer a temática de homens e
masculinidade para os estudos de saúde e gênero:
Unidade 2 - Gênero e Saúde no Contexto
da Atenção ao Homem e a Mulher
Coleção:
ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES
EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
POR PARCEIROS ÍNTIMOS
Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero
38
Unidade 2 - Gênero e Saúde no Contexto
da Atenção ao Homem e a Mulher
Contudo, é importante refletirmos sobre as dificuldades de
incorporação dos homens nos serviços de saúde. Há uma
preocupação e a busca de serviços de saúde, de programas ou
atividades que deem conta das inúmeras necessidades de saúde
dos homens. Todavia, os homens sentem mais dificuldades para
serem atendidos, seja pelo tempo perdido na espera da
assistência, seja por considerarem as UBS como um espaço
feminilizado.
Coleção:
ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES
EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
POR PARCEIROS ÍNTIMOS
Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero
39
Unidade 2 - Gênero e Saúde no Contexto
da Atenção ao Homem e a Mulher
Reconhecer que gênero também é ordenadora de práticas
sociais e, assim, condiciona a percepção do mundo e o
pensamento.
Desse modo, atributos relacionados ao masculino tornam as
unidades de Atenção Básica espaços “generificados” e
potencializam desigualdades sociais.
Coleção:
ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES
EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
POR PARCEIROS ÍNTIMOS
Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero
Para uma atenção integral às pessoas em
situação de violência o profissional de saúde
precisa conhecer as questões relacionadas ao
gênero e sua relação com os tipos mais
comuns de violência.
40
Unidade 2 - Gênero e Saúde no Contexto
da Atenção ao Homem e a Mulher
Coleção:
ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES
EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
POR PARCEIROS ÍNTIMOS
Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero
Unidade 3
Violência contra LGBT
41
Coleção:
ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES
EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
POR PARCEIROS ÍNTIMOS
Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero
Violência contra LGBT
A incorporação da população masculina no debate sobre
gênero tem se ampliado, sobretudo articulando as questões da
saúde, da violência e da sexualidade. A complexidade quanto à
sua multiplicidade nas construções de identidades de gênero e
orientações sexuais que compõem a diversidade humana.
Unidade 3 - Violência contra LGBT
42
Coleção:
ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES
EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
POR PARCEIROS ÍNTIMOS
Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero
Dentro das diferentes formas
de expressão da orientação e
identidade sexual encontra-se
a comunidade LGBT.
LGBT
Lésbicas
Gays
Bissexuais
Transgêneros
43
Unidade 3 - Violência contra LGBT
Coleção:
ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES
EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
POR PARCEIROS ÍNTIMOS
Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero
44
A sexualidade não heterossexual ainda sofre inúmeros
preconceitos e discriminações, constituindo-se em violência de
gênero. Uma pesquisa que foi realizada com 2.363 pessoas, em
102 municípios brasileiros, constatou que 89% dos
entrevistados foram contra a homossexualidade masculina e
88% foram contra a lesbiandade e a bissexualidade de
mulheres. Se costuma destinar o status de “menos humano” a
pessoas que não são consideradas exclusivamente
heterossexuais.
Unidade 3 - Violência contra LGBT
Coleção:
ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES
EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
POR PARCEIROS ÍNTIMOS
Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero
Esse grupo sofre uma expressão particular da
violência de “gênero”, que se manifesta por
meio das discriminações e agressões nos
diferentes âmbitos da vida cotidiana da
comunidade LGBT.
45
Unidade 3 - Violência contra LGBT
Coleção:
ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES
EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
POR PARCEIROS ÍNTIMOS
Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero
46
Ainda que essas discriminações e agressões na maioria das
vezes não sejam tipificadas, não é raro que a imprensa divulgue
notícias de violência contra pessoas em razão de sua orientação
sexual ou identidade de gênero
Essas violências também podem ser camufladas no decorrer das
investigações policiais sobre crimes de latrocínio, crimes de ódio
e (ou) crimes passionais
Unidade 3 - Violência contra LGBT
Coleção:
ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES
EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
POR PARCEIROS ÍNTIMOS
Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero
47
Esses fatos colaboram para a
veiculação e perpetuação
dos valores dominantes de
intolerância e desrespeito,
ampliando a vulnerabilidade
social da comunidade LGBT.
Apesar de a violência física ter
maior visibilidade, o preconceito,
a discriminação, a lesbofobia, a
homofobia e a transfobia operam
por meio da violência simbólica e
silenciosa.
Essas formas invisíveis de
violência reforçam no imaginário
social ideias, sentimentos e
crenças negativas sobre o grupo
LGBT.
Unidade 3 - Violência contra LGBT
Coleção:
ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES
EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
POR PARCEIROS ÍNTIMOS
Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero
Pesquisas da “Diversidade Sexual e
Homofobia no Brasil”, realizada pela
Fundação Perseu Abramo (2009),
indica que um quarto (25%) da
população brasileira é homofóbico.
Na pesquisa realizada na 8ª Parada
do Orgulho LGBT do Rio de Janeiro,
56,3% da amostra relataram ter
sofrido agressões verbais e
ameaças relativas à condição
homossexual ou em relação à
identidade de gênero.
48
Esse estudo revelou ainda
que travestis e transexuais
são alvos preferenciais das
práticas discriminatórias e
das violências verbais.
Unidade 3 - Violência contra LGBT
Coleção:
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EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
POR PARCEIROS ÍNTIMOS
Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero
49
Para alguns estudiosos, a discriminação e o preconceito gozam
de certa cumplicidade social e de certo eco em determinados
grupos sociais
No entanto, a violência homofóbica pode ser “cordial” e estar
velada nos diferentes meios laborais, familiares ou sociais.
é importante ressaltar que as pessoas que se identificam dentro
dessas diversidades não apenas sofrem discriminação e (ou)
violência por esses aspectos, mas pelas outras categorias que
representam.
Unidade 3 - Violência contra LGBT
Coleção:
ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES
EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
POR PARCEIROS ÍNTIMOS
Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero
Na violência de gênero os homens
homossexuais e bissexuais sofrem mais
violência em espaços públicos, ao passo
que as mulheres homossexuais e
bissexuais vivem com maior frequência
situações de violência em ambientes
privados.
50
Existem outros fatores culturais e históricos que permeiam essas
populações, como a epidemia da Aids.
Unidade 3 - Violência contra LGBT
Os autores da agressão são homens, jovens, heterossexuais, e
parecem professar uma ideologia machista e patriarcal.
Coleção:
ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES
EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
POR PARCEIROS ÍNTIMOS
Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero
51
A população LGBT tem o atendimento a seus
direitos comprometido, inclusive o de
conseguir acessar os serviços públicos de
saúde.
Unidade 3 - Violência contra LGBT
Coleção:
ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES
EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
POR PARCEIROS ÍNTIMOS
Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero
Em estudo sobre a homossexualidade feminina, Valadão e
Gomes (2011) concluem que não costuma haver apoio por parte
de profissionais de saúde para lésbicas e mulheres bissexuais
verbalizarem suas orientações sexuais quando conseguem
atendimento. Para que esse quadro mude é preciso se engajar
na transformação de hábitos sexistas e discriminatórios em boas
práticas de saúde, que contemplem as diversidades sexuais.
52
O atendimento à população LGBT na Atenção Básica
Unidade 3 - Violência contra LGBT
Coleção:
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EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
POR PARCEIROS ÍNTIMOS
Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero
53
Unidade 3 - Violência contra LGBT
Tendo em conta que alguns agravos à saúde da população LGBT
são determinados socialmente é evidente que esta precisa ter
atenção no sistema de saúde abrangente. A atenção à saúde
desse grupo deve considerar tanto os aspectos físicos quanto os
psicológicos e sociais.
Necessidade de políticas públicas de saúde visando a ações de
promoção, proteção e recuperação da saúde em nível individual
e coletivo.
Coleção:
ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES
EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
POR PARCEIROS ÍNTIMOS
Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero
O SUS (Sistema Único de
Saúde) estabelece a saúde
como um direito universal.
Está entre as pautas
reivindicatórias do movimento
LGBT a criação de atendimento
especializado às vítimas de
discriminação por identidade de
gênero e orientação sexual.
54
Unidade 3 - Violência contra LGBT
Coleção:
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EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
POR PARCEIROS ÍNTIMOS
Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero
55
Unidade 3 - Violência contra LGBT
A Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays,
Bissexuais, Travestis e Transexuais foi lançada pelo Ministério da
Saúde em 2008.
Também foi criado o Protocolo Clínico de Saúde Integral para
Travestis (PCSIT), instituído no Estado de São Paulo (SÃO
PAULO, 2010), e a Portaria GM n. 1.707 de 18 de agosto de
2008 para implementar o processo transexualizador no SUS
(BRASIL, 2008).
Coleção:
ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES
EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
POR PARCEIROS ÍNTIMOS
Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero
56
Unidade 3 - Violência contra LGBT
Persistem certos fatores que dificultam a atenção adequada à
população LGBT, especialmente à comunidade transexual.
Quando uma pessoa opta por realizar uma cirurgia de mudança
sexual, tem de passar por uma série de testes psicológicos e
psiquiátricos para fazer a confirmação do diagnóstico.
Esse processo “psiquiatrizante” faz uso de um diagnóstico que
tem contribuído para reforçar o estigma de pessoas
“transtornadas” frente à sua opção.
Coleção:
ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES
EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
POR PARCEIROS ÍNTIMOS
Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero
É necessário reconhecer que
transexuais e travestis vivenciam
situações de extrema
vulnerabilidade social, e que os
agravos decorrentes em relação a
seus corpos se devem
fundamentalmente à omissão ou
restrição da ajuda médica.
57
Unidade 3 - Violência contra LGBT
Coleção:
ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES
EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
POR PARCEIROS ÍNTIMOS
Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero
O desafio da construção de uma política de
atenção integral à saúde dessa população
implica a complexificação e o alargamento do
que se compreende por direitos sexuais e
reprodutivos.
58
Unidade 3 - Violência contra LGBT
Coleção:
ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES
EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
POR PARCEIROS ÍNTIMOS
Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero
Os princípios do SUS têm
de ser postos em prática
para detectar e responder
às suas necessidades de
maneira holística e
abrangente.
No âmbito da Atenção Básica o
desafio está em mudar o paradigma
de heteronormatividade vigente.
Compreender o quão é rígido o
olhar sobre as questões de gênero
pode contribuir para não perpetuar
a violência e a discriminação contra
essa população.
59
Unidade 3 - Violência contra LGBT
Coleção:
ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES
EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
POR PARCEIROS ÍNTIMOS
Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero
Recomendações gerais para o profissional
 Familiarizar-se com os recursos on-line disponíveis para as
pessoas LGBT.
 Reconhecer os diferentes movimentos organizados ou ONGs
LGBT.
 Procurar informações e manter-se atualizado sobre temas
de saúde LGBT.
 Desafiar as atitudes negativas de seus colegas frente às
pessoas LGBT.
60
Unidade 3 - Violência contra LGBT
Coleção:
ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES
EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
POR PARCEIROS ÍNTIMOS
Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero
Recomendações para a interação profissional-paciente
 Evitar deduzir a orientação sexual ou identidade de gênero
considerando a aparência ou outras características da
pessoa.
 Estar ciente de preconceitos, estereótipos e outras
barreiras de comunicação. Usar linguagem natural e
inclusiva.
61
Unidade 3 - Violência contra LGBT
Coleção:
ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES
EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
POR PARCEIROS ÍNTIMOS
Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero
Recomendações para a interação profissional-paciente
 Permitir que as pessoas se autoidentifiquem e usem seu
nome social. Levar em consideração que essa
autoidentificação é um processo individual.
 Não fazer julgamentos ou comentários morais.Conservar
uma linguagem corporal neutral.
 Normalizar os antecedentes ou comportamentos sexuais,
questionando-os a todos os seus pacientes.
62
Unidade 3 - Violência contra LGBT
Coleção:
ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES
EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
POR PARCEIROS ÍNTIMOS
Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero
Resumo
do
módulo
Neste módulo refletimos como as questões de gênero
influenciam nas situações de violência nos relacionamentos,
e como é importante que o profissional de saúde considere
este aspecto na atenção da população, criando um espaço
de atendimento positivo para a discussão das diferentes
formas de orientação e identidade sexual.
63
Coleção:
ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES
EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
POR PARCEIROS ÍNTIMOS
Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero
Referências
do
módulo
● Para conhecer mais sobre a incorporação dos homens nos serviços de saúde,
sugerimos a leitura do artigo CouTo, M. T. et al. “O homem na atenção
primária à saúde: discutindo (in)visibilidade a partir da perspectiva de
gênero”. Inter- face, Botucatu, v.14, n.33, p. 257 – 270, abr./jun. 2010.”
● Leia o artigo lIonço, T. “Que direito à saúde para a população LGBT?
Considerando Direitos Humanos, Sexuais e Reprodutivos em Busca da
Integralidade e da Eqüidade”. Saúde Soc. São Paulo, v.17, n.2, p.11-21,
2008.” em que se problematiza a pertinência de uma política de saúde para
gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais – LGBT. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/sausoc/ v17n2/03.pdf
● Para ampliar seus conhecimentos sobre a questão da saúde da população lGBT,
leia o artigo de CaRDoSo, M. R.; FERRo, l. F. “Saúde e população LGBT:
demandas e especificidades em questão”. Psicol. cienc. prof., Brasília, v. 32,
n. 3, p. 552-563, 2011.
64
Coleção:
ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES
EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
POR PARCEIROS ÍNTIMOS
Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero
Créditos
do
módulo
GOVERNO FEDERAL
Presidente da República
Ministro da Saúde
Secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES)
Diretora do Departamento de Gestão da Educação na Saúde (DEGES)
Coordenador Geral de Ações Estratégicas em Educação na Saúde
Responsável Técnico pelo Projeto UNA-SUS
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Reitora Roselane Neckel
Vice-Reitora Lúcia Helena Pacheco
Pró-Reitora de Pós-graduação Joana Maria Pedro
Pró-Reitor de Pesquisa Jamil Assereuy Filho
Pró-Reitor de Extensão Edison da Rosa
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
Diretor Sergio Fernando Torres de Freitas
Vice-Diretor Isabela de Carlos Back Giuliano
DEPARTAMENTO DE SAÚDE PÚBLICA
Chefe do Departamento Antônio Fernando Boing
Subchefe do Departamento Lúcio José Botelho
Coordenadora do Curso de Capacitação Elza
Berger Salema Coelho
EQUIPE TÉCNICA DO MINISTÉRIO DA SAÚDE
ÁREA TÉCNICA SAÚDE DO HOMEM
Eduardo S. Chakora
Daniel Cardoso da Costa e Lima
ÁREA TÉCNICA SAÚDE DA MULHER
Claudia Araújo de Lima
65
GRUPO GESTOR
Coordenadora do Projeto Elza Berger Salema Coelho
Coordenadora Interinstitucional Sheila Rubia Lindner
Coordenadora de Ensino Carolina Carvalho Bolsoni
Coordenadora Executiva Rosangela Leonor Goulart
Coordenadora de Tutoria Thays Berger Conceição
AUTORIA DO MÓDULO
Kathie Njaine
Anne Caroline Luz Grüdtner da Silva
Ana Maria Mújica Rodriguez
Romeu Gomes
REVISÃO DE CONTEÚDO
Adriano Beiras
Marta Inez Machado Verdi
COORDENAÇÃO DE ENSINO
Carolina Carvalho Bolsoni
Thays Berger Conceição
ASSESSORIA PEDAGÓGICA
Márcia Regina Luz
GESTÃO DE MÍDIAS
Marcelo Capillé
DESIGN GRÁFICO, IDENTIDADE VISUAL E ILUSTRAÇÕES
Pedro Paulo Delpino
DESIGN INSTRUCIONAL
Agnes Sanfelici
REVISÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA
Adriano Sachweh
Flávia Goulart
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ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES
EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
POR PARCEIROS ÍNTIMOS
Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero
Até o próximo!
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Violência e Perspectiva Relacional de Gênero

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  • 2. Coleção: ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA POR PARCEIROS ÍNTIMOS Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero Objetivo do módulo Este módulo busca levar a uma reflexão e um fortalecimento dos conhecimentos e habilidades dos profissionais de saúde frente à violência de gênero. De igual forma, busca-se reforçar a igualdade de gênero e a promoção dos direitos de homens e mulheres. 2
  • 3. Coleção: ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA POR PARCEIROS ÍNTIMOS Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero Sumário do módulo Unidade 1 - Violência e Gênero 1.1 Correntes teóricas 1.2 Masculinidade e feminilidade e violência Unidade 2 - Gênero e Saúde no Contexto da Atenção ao Homem e Mulher 2.1 Violência de gênero e a mulher 2.2 Violência de gênero e o homem 2.3 Gênero e saúde - papel do profissional na Atenção Básica Unidade 3 - Violência Contra LGBT 3.1 Violência contra LGBT 3.2 O atendimento à população LGBT na Atenção Básica 3
  • 4. Coleção: ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA POR PARCEIROS ÍNTIMOS Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero Unidade 1 Violência e Gênero 4
  • 5. Coleção: ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA POR PARCEIROS ÍNTIMOS Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero O que é violência de gênero? Violência de gênero é qualquer ato de agressão física, de relações sexuais forçadas e outras formas de coerção sexual, maus-tratos psicológicos e controle de comportamento que resulte em danos físicos ou emocionais, em uma relação marcada pela desigualdade e pela assimetria entre gêneros. Unidade 1 - Violência e Gênero 5
  • 6. Coleção: ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA POR PARCEIROS ÍNTIMOS Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero O que é Violência de Gênero? Violência de gênero abrange a violência praticada por homens contra mulheres, por mulheres contra homens, entre homens e entre mulheres. Refere-se às relações de poder e à diferença entre as características culturais atribuídas a cada um dos sexos e suas peculiaridades biológicas. 6 Unidade 1 - Violência e Gênero
  • 7. Coleção: ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA POR PARCEIROS ÍNTIMOS Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero 7 Nas relações de intimidade, as mulheres têm sido mais vitimizadas, e de forma mais grave. Nem sempre este tipo de violência é visível. Unidade 1 - Violência e Gênero
  • 8. Coleção: ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA POR PARCEIROS ÍNTIMOS Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero As principais correntes teóricas a respeito são: 8 Dominação masculina Dominação patriarcal Relacional Unidade 1 - Violência e Gênero
  • 9. Coleção: ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA POR PARCEIROS ÍNTIMOS Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero Dominação Masculina A corrente teórica Dominação Masculina define violência contra as mulheres como expressão de dominação da mulher pelo homem, levando à anulação da autonomia da mulher. Nela a mulher é concebida tanto como “vítima” quanto como “cúmplice” dessa dominação. Essa teoria entende que as diferenças entre o feminino e o masculino são transformadas em desigualdades hierárquicas por meio de discursos machistas sobre a mulher. Assim, nela as mulheres são definidas como seres “para os outros”. 9 Unidade 1 - Violência e Gênero
  • 10. Coleção: ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA POR PARCEIROS ÍNTIMOS Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero Dominação Patriarcal A Dominação Patriarcal compreende a violência como expressão do patriarcado. A mulher é vista como sujeito social autônomo, embora seja historicamente vítima do controle social masculino. Nessa perspectiva as mulheres não são “cúmplices” da violência, são apenas “vítimas”. Unidade 1 - Violência e Gênero 10
  • 11. Coleção: ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA POR PARCEIROS ÍNTIMOS Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero Relacional A terceira corrente teórica identificada nos estudos sobre violência contra a mulher é a relacional, relativiza as noções de dominação masculina e vitimização feminina, entendendo violência como uma forma de comunicação e um jogo onde a mulher protagoniza cenas de violência conjugal e se representa como “vítima” e “não sujeito” quando denuncia. Unidade 1 - Violência e Gênero 11
  • 12. Coleção: ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA POR PARCEIROS ÍNTIMOS Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero Construção Social de gênero e sexo Cada um dos dois gêneros é construído como corpo socialmente diferenciado do sexo oposto. A lógica da dominação masculina e da submissão feminina só pode existir pelos efeitos duradouros que a ordem social exerce sobre as mulheres e os homens. O gênero se constrói culturalmente e influencia na forma de ser homem ou de ser mulher em cada sociedade. Unidade 1 - Violência e Gênero 12
  • 13. Coleção: ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA POR PARCEIROS ÍNTIMOS Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero Enquanto as mulheres estão aprisionadas às formas de submissão, é possível dizer que os homens se encontram enclausurados nas formas de dominação. O machismo não pode ser atribuído exclusivamente aos homens, mas igualmente às mulheres. Unidade 1 - Violência e Gênero 13
  • 14. Coleção: ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA POR PARCEIROS ÍNTIMOS Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero A masculinidade representa um conjunto de atributos, valores, funções e condutas que se espera de um homem em uma determinada cultura. Em várias sociedades a aquisição de atributos masculinos comumente se caracteriza por processos violentos. Masculinidade e feminilidade e a violência Unidade 1 - Violência e Gênero 14
  • 15. Coleção: ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA POR PARCEIROS ÍNTIMOS Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero Os meninos costumam ser educados de modo que reafirmem sua masculinidade em espaços considerados masculinos, assim a violência assume um papel fundante da própria masculinidade. Podemos pensar a relação próxima entre masculinidade e violência como consequência de uma sociedade na qual a concepção de masculinidade equipara-se ao lugar da ação, da decisão e da posição naturalizada de agente do poder da violência. Unidade 1 - Violência e Gênero 15
  • 16. Coleção: ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA POR PARCEIROS ÍNTIMOS Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero No Brasil predominam os discursos de que ser um homem é sinônimo de agressividade e de descontrole sexual. Neste sentido, constata-se que os homens representam um papel relevante na violência brasileira, como pessoas em situação de risco de sofrer violência e como os principais autores de agressões. Unidade 1 - Violência e Gênero 16
  • 17. Coleção: ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA POR PARCEIROS ÍNTIMOS Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero 17 Unidade 1 - Violência e Gênero Deve-se considerar que há formas explícitas, como a violência física, e outras mais invisíveis, como a violência simbólica Neste cenário também se considera a violência contra os homens, praticada por mulheres e por outros homens.
  • 18. Coleção: ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA POR PARCEIROS ÍNTIMOS Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero É necessário ampliar os conhecimentos e as práticas da saúde coletiva no que diz respeito às perspectivas de gênero, em que o homem deve ser incluído. De acordo com a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem, a violência é um tema importante no atendimento integral ao homem. Unidade 1 - Violência e Gênero 18
  • 19. Coleção: ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA POR PARCEIROS ÍNTIMOS Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero Unidade 2 Gênero e Saúde no Contexto da Atenção ao Homem e a Mulher 19
  • 20. Coleção: ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA POR PARCEIROS ÍNTIMOS Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero Violência de Gênero e a Mulher Um dos direitos humanos mais violados no mundo é o da mulher. Apesar dos vários compromissos assumidos para garantir esses direitos, a violência contra a mulher está profundamente arraigada à cultura de determinadas sociedades, nas quais as relações de poder existentes entre os gêneros são historicamente desiguais. Unidade 2 - Gênero e Saúde no Contexto da Atenção ao Homem e a Mulher 20
  • 21. Coleção: ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA POR PARCEIROS ÍNTIMOS Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero Violência de Gênero e a Mulher Está relacionada também a estrutura de sexo, ou gênero, do aprendizado dos papeis sexuais do homem e da mulher, que são usados como justificativas para determinados comportamentos violentos contra as mulheres. 21 Unidade 2 - Gênero e Saúde no Contexto da Atenção ao Homem e a Mulher
  • 22. Coleção: ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA POR PARCEIROS ÍNTIMOS Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero 22 Os principais agressores das mulheres têm sido maridos, ex-maridos, namorados e ex-namorados. Mas também podem ser pais, irmãos e outras pessoas do gênero masculino, configurando uma forma mais comumente conhecida de violência de gênero, denominada violência doméstica ou violência intrafamiliar. Unidade 2 - Gênero e Saúde no Contexto da Atenção ao Homem e a Mulher
  • 23. Coleção: ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA POR PARCEIROS ÍNTIMOS Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero 23 O que se percebe nos atendimentos a meninas e mulheres em situação de violência é que, a agressão ocorre principalmente por fazerem parte do gênero feminino. Unidade 2 - Gênero e Saúde no Contexto da Atenção ao Homem e a Mulher
  • 24. Coleção: ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA POR PARCEIROS ÍNTIMOS Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero 24 Unidade 2 - Gênero e Saúde no Contexto da Atenção ao Homem e a Mulher Essa violência aponta para o fato de que o sexo feminino ainda é visto como inferior, ou aquele que deve se subordinar às ações do sexo masculino, considerado superior. A violência perpetrada pelo homem contra a mulher é um dos tipos de violência de gênero, que muitas vezes está ligada à baixa escolaridade da mulher, à dependência econômica de seu parceiro. A atitude de desafiar algumas das responsabilidades que lhe são delegadas pode ser usada como “justificativa” para esse tipo de violência.
  • 25. Coleção: ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA POR PARCEIROS ÍNTIMOS Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero Mas por que os homens são os principais atores envolvidos em situações de violência, tanto como autores da agressão quanto como quem as sofre? 25 Unidade 2 - Gênero e Saúde no Contexto da Atenção ao Homem e a Mulher
  • 26. Coleção: ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA POR PARCEIROS ÍNTIMOS Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero Violência de Gênero e o Homem Isso ocorre porque eles são influenciados por características de “ser homem” presentes em modelos culturais de masculinidades. A masculinidade representa um conjunto de atributos, valores, funções e condutas que se espera de um homem numa determinada cultura. Em várias sociedades, a socialização dos homens e a incorporação dos atributos masculinos se caracterizam por processos violentos. 26 Unidade 2 - Gênero e Saúde no Contexto da Atenção ao Homem e a Mulher
  • 27. Coleção: ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA POR PARCEIROS ÍNTIMOS Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero O fato de estudos encontrarem uma forte associação entre masculinidade e violência não pode fazer com que fixemos estereótipos de que ser homem é ser violento. Devemos considerar que junto ao modelo predominante de masculinidade, presente em cada sociedade, há modelos alternativos para considerar o que é ser homem, nessas alternativas de masculinidade, a violência pode não ser preponderante. 27 Unidade 2 - Gênero e Saúde no Contexto da Atenção ao Homem e a Mulher
  • 28. Coleção: ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA POR PARCEIROS ÍNTIMOS Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero Violência de Gênero e o Homem Em algumas sociedades surgiram tensões entre homens ao buscarem manter o poder do macho no âmbito das relações íntimas e a possibilidade de se viver uma sexualidade associada à afetividade numa relação igualitária. 28 Unidade 2 - Gênero e Saúde no Contexto da Atenção ao Homem e a Mulher
  • 29. Coleção: ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA POR PARCEIROS ÍNTIMOS Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero 29 Há a possibilidade de se pensar a sexualidade masculina tomando por base outros referenciais. A masculinidade não é a única referência de identidade para os homens. Junto a ela, existem outras, como classe social, raça/etnia e grupo etário. Mas, apesar de todas as mudanças, os homens mantêm um discurso do senso comum, com referências de masculinidade que incluem: poder, agressividade, iniciativa e sexualidade incontrolada. Unidade 2 - Gênero e Saúde no Contexto da Atenção ao Homem e a Mulher
  • 30. Coleção: ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA POR PARCEIROS ÍNTIMOS Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero A dominação e a heterossexualidade costumam ser os eixos em que se baseia a masculinidade hegemônica. Principais características: • força • poder sobre os mais fracos • atividade • potência • resistência • invulnerabilidade 30 Unidade 2 - Gênero e Saúde no Contexto da Atenção ao Homem e a Mulher
  • 31. Coleção: ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA POR PARCEIROS ÍNTIMOS Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero Costuma-se incutir nos pequenos homens a ideia de que, para ser um homem, eles devem combater os aspectos que poderiam fazê-los ser associados às mulheres. Características da masculinidade hegemônica ajudam-nos a compreender a violência tão presente nas relações homens- homens e homens-mulheres. 31 Unidade 2 - Gênero e Saúde no Contexto da Atenção ao Homem e a Mulher
  • 32. Coleção: ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA POR PARCEIROS ÍNTIMOS Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero 32 Os homens também são vítimas nas relações heterossexuais. Unidade 2 - Gênero e Saúde no Contexto da Atenção ao Homem e a Mulher
  • 33. Coleção: ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA POR PARCEIROS ÍNTIMOS Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero 33 Além disso, a violência não ocorre somente nas relações entre homens e mulheres, mas nas relações homoafetivas, entre travestis, transgêneros, transexuais. Uma das queixas mais frequentes dos homens sobre suas parceiras íntimas diz respeito à violência psicológica, principalmente quanto a ofensas e humilhações que atingem a autoestima deles, desqualificando-os como homens e como seres humanos. Unidade 2 - Gênero e Saúde no Contexto da Atenção ao Homem e a Mulher
  • 34. Coleção: ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA POR PARCEIROS ÍNTIMOS Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero No cenário da dominação masculina, as vítimas não são apenas as mulheres, os homens também são vítimas da própria dominação masculina. Por constantemente terem de atestar sua virilidade, juntamente com a violência, os homens vivem a tensão e a contensão. 34 Unidade 2 - Gênero e Saúde no Contexto da Atenção ao Homem e a Mulher
  • 35. Coleção: ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA POR PARCEIROS ÍNTIMOS Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero A virilidade, então, é uma noção eminentemente relacional, construída diante dos outros homens, para os outros homens e contra a feminilidade. O estudo da categoria gênero, contribuirá para renovar o conhecimento e as práticas da Saúde Coletiva 35 Unidade 2 - Gênero e Saúde no Contexto da Atenção ao Homem e a Mulher
  • 36. Coleção: ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA POR PARCEIROS ÍNTIMOS Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero 36 Mas como pensar nas questões de gênero pode influenciar no papel do profissional de saúde? Unidade 2 - Gênero e Saúde no Contexto da Atenção ao Homem e a Mulher
  • 37. Coleção: ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA POR PARCEIROS ÍNTIMOS Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero Gênero e Saúde 37 Estimular cientistas e formuladores de políticas. Trazer novas temáticas para os estudos e as políticas em saúde da mulher. Ressaltar o entrelaçamento entre saúde, cidadania e direitos humanos. Há pelo menos três razões para trazer a temática de homens e masculinidade para os estudos de saúde e gênero: Unidade 2 - Gênero e Saúde no Contexto da Atenção ao Homem e a Mulher
  • 38. Coleção: ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA POR PARCEIROS ÍNTIMOS Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero 38 Unidade 2 - Gênero e Saúde no Contexto da Atenção ao Homem e a Mulher Contudo, é importante refletirmos sobre as dificuldades de incorporação dos homens nos serviços de saúde. Há uma preocupação e a busca de serviços de saúde, de programas ou atividades que deem conta das inúmeras necessidades de saúde dos homens. Todavia, os homens sentem mais dificuldades para serem atendidos, seja pelo tempo perdido na espera da assistência, seja por considerarem as UBS como um espaço feminilizado.
  • 39. Coleção: ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA POR PARCEIROS ÍNTIMOS Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero 39 Unidade 2 - Gênero e Saúde no Contexto da Atenção ao Homem e a Mulher Reconhecer que gênero também é ordenadora de práticas sociais e, assim, condiciona a percepção do mundo e o pensamento. Desse modo, atributos relacionados ao masculino tornam as unidades de Atenção Básica espaços “generificados” e potencializam desigualdades sociais.
  • 40. Coleção: ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA POR PARCEIROS ÍNTIMOS Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero Para uma atenção integral às pessoas em situação de violência o profissional de saúde precisa conhecer as questões relacionadas ao gênero e sua relação com os tipos mais comuns de violência. 40 Unidade 2 - Gênero e Saúde no Contexto da Atenção ao Homem e a Mulher
  • 41. Coleção: ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA POR PARCEIROS ÍNTIMOS Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero Unidade 3 Violência contra LGBT 41
  • 42. Coleção: ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA POR PARCEIROS ÍNTIMOS Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero Violência contra LGBT A incorporação da população masculina no debate sobre gênero tem se ampliado, sobretudo articulando as questões da saúde, da violência e da sexualidade. A complexidade quanto à sua multiplicidade nas construções de identidades de gênero e orientações sexuais que compõem a diversidade humana. Unidade 3 - Violência contra LGBT 42
  • 43. Coleção: ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA POR PARCEIROS ÍNTIMOS Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero Dentro das diferentes formas de expressão da orientação e identidade sexual encontra-se a comunidade LGBT. LGBT Lésbicas Gays Bissexuais Transgêneros 43 Unidade 3 - Violência contra LGBT
  • 44. Coleção: ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA POR PARCEIROS ÍNTIMOS Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero 44 A sexualidade não heterossexual ainda sofre inúmeros preconceitos e discriminações, constituindo-se em violência de gênero. Uma pesquisa que foi realizada com 2.363 pessoas, em 102 municípios brasileiros, constatou que 89% dos entrevistados foram contra a homossexualidade masculina e 88% foram contra a lesbiandade e a bissexualidade de mulheres. Se costuma destinar o status de “menos humano” a pessoas que não são consideradas exclusivamente heterossexuais. Unidade 3 - Violência contra LGBT
  • 45. Coleção: ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA POR PARCEIROS ÍNTIMOS Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero Esse grupo sofre uma expressão particular da violência de “gênero”, que se manifesta por meio das discriminações e agressões nos diferentes âmbitos da vida cotidiana da comunidade LGBT. 45 Unidade 3 - Violência contra LGBT
  • 46. Coleção: ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA POR PARCEIROS ÍNTIMOS Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero 46 Ainda que essas discriminações e agressões na maioria das vezes não sejam tipificadas, não é raro que a imprensa divulgue notícias de violência contra pessoas em razão de sua orientação sexual ou identidade de gênero Essas violências também podem ser camufladas no decorrer das investigações policiais sobre crimes de latrocínio, crimes de ódio e (ou) crimes passionais Unidade 3 - Violência contra LGBT
  • 47. Coleção: ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA POR PARCEIROS ÍNTIMOS Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero 47 Esses fatos colaboram para a veiculação e perpetuação dos valores dominantes de intolerância e desrespeito, ampliando a vulnerabilidade social da comunidade LGBT. Apesar de a violência física ter maior visibilidade, o preconceito, a discriminação, a lesbofobia, a homofobia e a transfobia operam por meio da violência simbólica e silenciosa. Essas formas invisíveis de violência reforçam no imaginário social ideias, sentimentos e crenças negativas sobre o grupo LGBT. Unidade 3 - Violência contra LGBT
  • 48. Coleção: ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA POR PARCEIROS ÍNTIMOS Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero Pesquisas da “Diversidade Sexual e Homofobia no Brasil”, realizada pela Fundação Perseu Abramo (2009), indica que um quarto (25%) da população brasileira é homofóbico. Na pesquisa realizada na 8ª Parada do Orgulho LGBT do Rio de Janeiro, 56,3% da amostra relataram ter sofrido agressões verbais e ameaças relativas à condição homossexual ou em relação à identidade de gênero. 48 Esse estudo revelou ainda que travestis e transexuais são alvos preferenciais das práticas discriminatórias e das violências verbais. Unidade 3 - Violência contra LGBT
  • 49. Coleção: ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA POR PARCEIROS ÍNTIMOS Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero 49 Para alguns estudiosos, a discriminação e o preconceito gozam de certa cumplicidade social e de certo eco em determinados grupos sociais No entanto, a violência homofóbica pode ser “cordial” e estar velada nos diferentes meios laborais, familiares ou sociais. é importante ressaltar que as pessoas que se identificam dentro dessas diversidades não apenas sofrem discriminação e (ou) violência por esses aspectos, mas pelas outras categorias que representam. Unidade 3 - Violência contra LGBT
  • 50. Coleção: ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA POR PARCEIROS ÍNTIMOS Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero Na violência de gênero os homens homossexuais e bissexuais sofrem mais violência em espaços públicos, ao passo que as mulheres homossexuais e bissexuais vivem com maior frequência situações de violência em ambientes privados. 50 Existem outros fatores culturais e históricos que permeiam essas populações, como a epidemia da Aids. Unidade 3 - Violência contra LGBT Os autores da agressão são homens, jovens, heterossexuais, e parecem professar uma ideologia machista e patriarcal.
  • 51. Coleção: ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA POR PARCEIROS ÍNTIMOS Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero 51 A população LGBT tem o atendimento a seus direitos comprometido, inclusive o de conseguir acessar os serviços públicos de saúde. Unidade 3 - Violência contra LGBT
  • 52. Coleção: ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA POR PARCEIROS ÍNTIMOS Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero Em estudo sobre a homossexualidade feminina, Valadão e Gomes (2011) concluem que não costuma haver apoio por parte de profissionais de saúde para lésbicas e mulheres bissexuais verbalizarem suas orientações sexuais quando conseguem atendimento. Para que esse quadro mude é preciso se engajar na transformação de hábitos sexistas e discriminatórios em boas práticas de saúde, que contemplem as diversidades sexuais. 52 O atendimento à população LGBT na Atenção Básica Unidade 3 - Violência contra LGBT
  • 53. Coleção: ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA POR PARCEIROS ÍNTIMOS Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero 53 Unidade 3 - Violência contra LGBT Tendo em conta que alguns agravos à saúde da população LGBT são determinados socialmente é evidente que esta precisa ter atenção no sistema de saúde abrangente. A atenção à saúde desse grupo deve considerar tanto os aspectos físicos quanto os psicológicos e sociais. Necessidade de políticas públicas de saúde visando a ações de promoção, proteção e recuperação da saúde em nível individual e coletivo.
  • 54. Coleção: ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA POR PARCEIROS ÍNTIMOS Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero O SUS (Sistema Único de Saúde) estabelece a saúde como um direito universal. Está entre as pautas reivindicatórias do movimento LGBT a criação de atendimento especializado às vítimas de discriminação por identidade de gênero e orientação sexual. 54 Unidade 3 - Violência contra LGBT
  • 55. Coleção: ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA POR PARCEIROS ÍNTIMOS Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero 55 Unidade 3 - Violência contra LGBT A Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais foi lançada pelo Ministério da Saúde em 2008. Também foi criado o Protocolo Clínico de Saúde Integral para Travestis (PCSIT), instituído no Estado de São Paulo (SÃO PAULO, 2010), e a Portaria GM n. 1.707 de 18 de agosto de 2008 para implementar o processo transexualizador no SUS (BRASIL, 2008).
  • 56. Coleção: ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA POR PARCEIROS ÍNTIMOS Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero 56 Unidade 3 - Violência contra LGBT Persistem certos fatores que dificultam a atenção adequada à população LGBT, especialmente à comunidade transexual. Quando uma pessoa opta por realizar uma cirurgia de mudança sexual, tem de passar por uma série de testes psicológicos e psiquiátricos para fazer a confirmação do diagnóstico. Esse processo “psiquiatrizante” faz uso de um diagnóstico que tem contribuído para reforçar o estigma de pessoas “transtornadas” frente à sua opção.
  • 57. Coleção: ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA POR PARCEIROS ÍNTIMOS Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero É necessário reconhecer que transexuais e travestis vivenciam situações de extrema vulnerabilidade social, e que os agravos decorrentes em relação a seus corpos se devem fundamentalmente à omissão ou restrição da ajuda médica. 57 Unidade 3 - Violência contra LGBT
  • 58. Coleção: ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA POR PARCEIROS ÍNTIMOS Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero O desafio da construção de uma política de atenção integral à saúde dessa população implica a complexificação e o alargamento do que se compreende por direitos sexuais e reprodutivos. 58 Unidade 3 - Violência contra LGBT
  • 59. Coleção: ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA POR PARCEIROS ÍNTIMOS Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero Os princípios do SUS têm de ser postos em prática para detectar e responder às suas necessidades de maneira holística e abrangente. No âmbito da Atenção Básica o desafio está em mudar o paradigma de heteronormatividade vigente. Compreender o quão é rígido o olhar sobre as questões de gênero pode contribuir para não perpetuar a violência e a discriminação contra essa população. 59 Unidade 3 - Violência contra LGBT
  • 60. Coleção: ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA POR PARCEIROS ÍNTIMOS Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero Recomendações gerais para o profissional  Familiarizar-se com os recursos on-line disponíveis para as pessoas LGBT.  Reconhecer os diferentes movimentos organizados ou ONGs LGBT.  Procurar informações e manter-se atualizado sobre temas de saúde LGBT.  Desafiar as atitudes negativas de seus colegas frente às pessoas LGBT. 60 Unidade 3 - Violência contra LGBT
  • 61. Coleção: ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA POR PARCEIROS ÍNTIMOS Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero Recomendações para a interação profissional-paciente  Evitar deduzir a orientação sexual ou identidade de gênero considerando a aparência ou outras características da pessoa.  Estar ciente de preconceitos, estereótipos e outras barreiras de comunicação. Usar linguagem natural e inclusiva. 61 Unidade 3 - Violência contra LGBT
  • 62. Coleção: ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA POR PARCEIROS ÍNTIMOS Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero Recomendações para a interação profissional-paciente  Permitir que as pessoas se autoidentifiquem e usem seu nome social. Levar em consideração que essa autoidentificação é um processo individual.  Não fazer julgamentos ou comentários morais.Conservar uma linguagem corporal neutral.  Normalizar os antecedentes ou comportamentos sexuais, questionando-os a todos os seus pacientes. 62 Unidade 3 - Violência contra LGBT
  • 63. Coleção: ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA POR PARCEIROS ÍNTIMOS Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero Resumo do módulo Neste módulo refletimos como as questões de gênero influenciam nas situações de violência nos relacionamentos, e como é importante que o profissional de saúde considere este aspecto na atenção da população, criando um espaço de atendimento positivo para a discussão das diferentes formas de orientação e identidade sexual. 63
  • 64. Coleção: ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA POR PARCEIROS ÍNTIMOS Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero Referências do módulo ● Para conhecer mais sobre a incorporação dos homens nos serviços de saúde, sugerimos a leitura do artigo CouTo, M. T. et al. “O homem na atenção primária à saúde: discutindo (in)visibilidade a partir da perspectiva de gênero”. Inter- face, Botucatu, v.14, n.33, p. 257 – 270, abr./jun. 2010.” ● Leia o artigo lIonço, T. “Que direito à saúde para a população LGBT? Considerando Direitos Humanos, Sexuais e Reprodutivos em Busca da Integralidade e da Eqüidade”. Saúde Soc. São Paulo, v.17, n.2, p.11-21, 2008.” em que se problematiza a pertinência de uma política de saúde para gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais – LGBT. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/sausoc/ v17n2/03.pdf ● Para ampliar seus conhecimentos sobre a questão da saúde da população lGBT, leia o artigo de CaRDoSo, M. R.; FERRo, l. F. “Saúde e população LGBT: demandas e especificidades em questão”. Psicol. cienc. prof., Brasília, v. 32, n. 3, p. 552-563, 2011. 64
  • 65. Coleção: ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA POR PARCEIROS ÍNTIMOS Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero Créditos do módulo GOVERNO FEDERAL Presidente da República Ministro da Saúde Secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES) Diretora do Departamento de Gestão da Educação na Saúde (DEGES) Coordenador Geral de Ações Estratégicas em Educação na Saúde Responsável Técnico pelo Projeto UNA-SUS UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA Reitora Roselane Neckel Vice-Reitora Lúcia Helena Pacheco Pró-Reitora de Pós-graduação Joana Maria Pedro Pró-Reitor de Pesquisa Jamil Assereuy Filho Pró-Reitor de Extensão Edison da Rosa CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE Diretor Sergio Fernando Torres de Freitas Vice-Diretor Isabela de Carlos Back Giuliano DEPARTAMENTO DE SAÚDE PÚBLICA Chefe do Departamento Antônio Fernando Boing Subchefe do Departamento Lúcio José Botelho Coordenadora do Curso de Capacitação Elza Berger Salema Coelho EQUIPE TÉCNICA DO MINISTÉRIO DA SAÚDE ÁREA TÉCNICA SAÚDE DO HOMEM Eduardo S. Chakora Daniel Cardoso da Costa e Lima ÁREA TÉCNICA SAÚDE DA MULHER Claudia Araújo de Lima 65 GRUPO GESTOR Coordenadora do Projeto Elza Berger Salema Coelho Coordenadora Interinstitucional Sheila Rubia Lindner Coordenadora de Ensino Carolina Carvalho Bolsoni Coordenadora Executiva Rosangela Leonor Goulart Coordenadora de Tutoria Thays Berger Conceição AUTORIA DO MÓDULO Kathie Njaine Anne Caroline Luz Grüdtner da Silva Ana Maria Mújica Rodriguez Romeu Gomes REVISÃO DE CONTEÚDO Adriano Beiras Marta Inez Machado Verdi COORDENAÇÃO DE ENSINO Carolina Carvalho Bolsoni Thays Berger Conceição ASSESSORIA PEDAGÓGICA Márcia Regina Luz GESTÃO DE MÍDIAS Marcelo Capillé DESIGN GRÁFICO, IDENTIDADE VISUAL E ILUSTRAÇÕES Pedro Paulo Delpino DESIGN INSTRUCIONAL Agnes Sanfelici REVISÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA Adriano Sachweh Flávia Goulart
  • 66. Coleção: ATENÇÃO A HOMENS E MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA POR PARCEIROS ÍNTIMOS Módulo: Violência e perspectiva relacional de gênero Até o próximo! Aqui finalizamos este módulo: Violência e Perspectiva Relacional de Gênero