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Sobre violência e indiferença:
a banalidade do mal
FILOSOFIA – 1ª SÉRIE (EM)
Habilidade: identificar diversas formas de violência
(física, simbólica, psicológica etc.), suas principais
vítimas, suas causas sociais, psicológicas e afetivas,
seus significados e usos políticos, sociais e culturais,
discutindo e avaliando os mecanismos para
combatê-las, com base em argumentos éticos.
Sobre violência e indiferença:
a banalidade do mal
Fonte: Powerpoint
Sobre violência e indiferença:
a banalidade do mal
Fonte: Powerpoint
Objetos de conhecimento:
• Comportamentos opressores e modos de violência:
pressupostos e implicações da opressão, da
violência e da indiferença em relação aos
fenômenos sociais.
PARA SE ORGANIZAR
• AULA 01 – Sobre violência e indiferença: a
banalidade do mal.
• AULA 02 – Somos todos totalitários?
Sobre violência e indiferença:
a banalidade do mal
Elaborado especialmente para o CMSP.
Como você definiria um ato violento?
Sobre violência e indiferença:
a banalidade do mal
FARIAS, F. R. Porque afinal, matamos? Rio de Janeiro: 7 Letras, 2010, p. 22.
Quem comete um ato violento "dirige-se a um semelhante para
submetê-lo a um exercício de horror, na crença de que, dessa
forma, está garantida sua identidade de poder absoluto." (FARIAS,
2010, p. 22).
Sobre violência e indiferença:
a banalidade do mal
ARENDT, Hannah. Da violência. Tradução de Maria Cláudia Drummond Trindade. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2004, p. 07.
“Ninguém que se dedique à meditação sobre a história e a
política consegue se manter ignorante do enorme papel
que a violência sempre desempenhou nas atividades
humanas. À primeira vista, é bastante surpreendente que
a violência tão raramente tenha sido objeto de
consideração (na última edição da Encyclopedia of Social
Sciences, “violência” nem mesmo mereceu uma menção).
Isso mostra até que ponto tomou-se a violência e a sua
arbitrariedade como fatos corriqueiros e foram, portanto
negligenciadas; ninguém questiona ou examina aquilo que
é óbvio para todos.”
Sobre violência e indiferença:
a banalidade do mal
© Laerte, 2021. Disponível em: https://www.instagram.com/laerteminotaura. Acesso em: 22 set. 2021.
Laerte, 2021.
Sobre violência e indiferença:
a banalidade do mal
Elaborado especialmente para o CMSP.
WEIL, Simone. Aulas de Filosofia. Campinas: Papirus, 1991, p. 124.
• PREMISSA: tomar a violência e a arbitrariedade
como fatos corriqueiros pode nos levar à
indiferença.
• Há situações em que se dá uma profunda
IMBRICAÇÃO entre opressão, violência e
indiferença.
“É negação do princípio de
Kant. Nela, os seres humanos
são tratados como um meio.”
Sobre violência e indiferença:
a banalidade do mal
© Pixabay
Elaborado especialmente para o CMSP.
Que sinônimos lhe vem à mente para o termo indiferença?
Sobre violência e indiferença:
a banalidade do mal
© Pixabay
Elaborado especialmente para o CMSP.
Você consegue pensar em situações em que opressão, preconceito
e violência estiveram ou estão profundamente imbricados?
Sobre violência e indiferença:
a banalidade do mal
Elaborado especialmente para o CMSP.
BANALIDADE DO MAL
• Conceito arendtiano apresentado em Eichmann em
Jerusalém.
• A obra é resultado da sequência do julgamento do
nazista Adolf Eichmmann, raptado pelos serviços
secretos israelitas na Argentina em 1960, o qual a filósofa
acompanhou para a revista The New Yorker.
EICHMANN: um monstro?
Sobre violência e indiferença:
a banalidade do mal
MALTEZ, Rafael Tocantins. Resenha 20: Eichmann em Jerusalém: um relato sobre a banalidade do mal. Disponível em:
https://rafaelmaltez.jusbrasil.com.br/artigos/347689991/resenha-20-eichmann-em-jerusalem-um-relato-sobre-a-banalidade-do-mal. Acesso em: 7 out. 2021.
“Esperava-se o show do século, com um monstro sanguinário no banco dos réus. Contudo,
Arendt sentiu de forma diversa o “monstro”, o que causou a revolta e a indignação de muitos.
Segundo sua visão, Eichmann não se revelou um psicopata ávido em regozijar-se com o
sofrimento alheio, mas sim um burocrata cumpridor de ordens num regime totalitário, um
homem comum e medíocre, como todos nós. Eichmann se declarou inocente em sua autodefesa,
sob o argumento de que não tinha nada contra ninguém, apenas cumpriu as leis vigentes e,
mais ainda, com esmero e perfeição e, por isso, além de não merecer
condenação, merecia elogios. Arguiu que não matou quem quer que fosse,
mas apenas providenciou adequadamente o transporte para os campos de
concentração. E mais: sustentou que se não fosse ele a cumprir as ordens,
outro certamente faria seu papel, ou seja, seus atos existiriam de qualquer
forma. E, agora, o pulo do gato de Arendt: Eichmann é culpado pelos seus
atos, não por se tratar de um monstro, mas justamente por ser uma pessoa
comum, que parou de pensar, que se alienou da realidade e passou não ter
consciência dos seus atos. Por ser essa pessoa comum, existe um Eichmann
em potencial em cada um nós.”
Sobre violência e indiferença:
a banalidade do mal
ARENDT, Hannah. Da violência. Tradução de Maria Cláudia Drummond Trindade. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2004, p. 17.
“Como é competente no poder aquele que tão bem sabe obedecer...”
Sobre violência e indiferença:
a banalidade do mal
Fonte: Powerpoint
SUGESTÕES
SILVEIRA, A. B. L. O conforto da ordem: Hannah Arendt e Eichmann em
Jerusalém (das décadas de 1930 a 1960). Dissertação. Programa de Pós-
Graduação em História, Universidade Federal de Goiás, 2014.
Entrevista com Gabriel Bach, promotor no julgamento de Eichmann [em
inglês]. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=ZN1e7aN_PtM.
Acesso em: 14 set. 2021.
CANAL CASA DO SABER. Banalidade do mal: quando a razão causa barbárie.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=AzRzJZQMBuw. Acesso
em: 14 set. 2021.
ESTADÃO. A banalidade do mal e suas banalidades. Disponível em:
https://estadodaarte.estadao.com.br/a-banalidade-do-mal-e-suas-
banalidades/. Acesso em: 14 set. 2021.
Filme “A vida é bela”. Dir.: Roberto Benigni. 1997.
Somos todos totalitários?
FILOSOFIA – 1ª SÉRIE (EM)
Habilidade: Identificar diversas formas de violência
(física, simbólica, psicológica etc.), suas principais
vítimas, suas causas sociais, psicológicas e afetivas e
seus significados e usos políticos, sociais e culturais,
discutindo e avaliando mecanismos para
combatê-las com base em argumentos éticos.
Somos todos totalitários?
Fonte: Powerpoint
Somos todos totalitários?
Fonte: Powerpoint
Objetos de conhecimento:
• O totalitarismo e o terrorismo como ameaça à
democracia e aos Direitos Humanos.
PARA SE ORGANIZAR:
• AULA 01 – Sobre violência e indiferença:
a banalidade do mal.
• AULA 02 – Somos todos totalitários?
Somos todos totalitários?
Imagens: Powerpoint
Elaborado especialmente para o CMSP.
ORWELL, George. 1984. São Paulo: Cia. das Letras, 2009.
“Liberdade é escravidão”
Polícia do pensamento
Slogan do Partido Interno (“Big Brother”).
“Novilíngua”
Teletela
Somos todos totalitários?
Elaborado especialmente para o CMSP.
LEFORT, C. A invenção democrática: os limites da dominação totalitária. São Paulo: Ed. Brasiliense, 1983.
Mussolini inspecionando tropas, sem data, autor desconhecido. Domínio Público. Wikimedia Commons.
Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Mussolini_truppe_Etiopia.jpg. Acesso em: 24 set. 2021.
Sociedade = Espelho do Estado
Líder autocrático como
encarnação do “Povo-Um”
* Conceito de Claude
Lefort (historiador e
filósofo francês).
“Atirem aqui, (disse ele
apontando para o peito) não
destruam meu perfil.”
Estatização da sociedade,
nacionalismo exacerbado.
Somos todos totalitários?
Fonte: Powerpoint
Elaborado especialmente para o CMSP.
Segundo Lefort, o totalitarismo é a recusa da
heterogeneidade social, da existência de classes
sociais e de diferentes modos de vida,
pensamentos, comportamentos, hábitos,
costumes. Pretende-se, com isso, oferecer a
imagem de uma sociedade homogênea, que
está sempre em concordância consigo mesma.
Somos todos totalitários?
Elaborado especialmente para o CMSP.
Você enxerga algum traço totalitário, como definido por Lefort, nas
sociedades contemporâneas?
Somos todos totalitários?
Elaborado especialmente para o CMSP.
• Chauí (2020) identifica um novo totalitarismo contemporâneo:
Estado = Espelho da sociedade
A novidade dessa forma de totalitarismo está em que
todas as esferas da vida social e política passam a ser
definidas como empresa: assim, a escola se torna uma
empresa, o hospital se torna uma empresa. Razão pela
qual também o Estado passa a ser concebido como
uma empresa. Assim, o Estado se torna o espelho da
sociedade, em vez do contrário, como se dava nos
antigos totalitarismos.
Somos todos totalitários?
Elaborado especialmente para o CMSP.
• O indivíduo não é mais visto como membro de uma classe social, mas sim
como uma empresa individual ou como “capital humano”.
“Empresário de si mesmo”
• A educação passa a ser vista como um investimento para que todos
aprendam e incorporem comportamentos competitivos.
Assim, coloca Chaui, é que desde o próprio nascimento e durante toda
a vida, o indivíduo é treinado para ser um investimento de sucesso e
para arcar com a culpa se, por acaso, não vencer a competição, o que
desencadeia todo tipo de violências, ódios e frustrações, notadamente
contra idosos, negros, imigrantes, mendigos, pessoas em situação de
rua... Esse processo leva à destruição da percepção de nós mesmos
como pertencentes a uma classe social e, por conseguinte, destrói
também formas de solidariedade e propõe, em seu lugar, práticas de
extermínio.
Somos todos totalitários?
Elaborado especialmente para o CMSP.
• Trabalhador sem emprego estável, sem seguridade
social, sem contrato de trabalho;
• Direitos sociais regidos pela lógica do mercado;
• Política definida como gestão;
• Estimula a intolerância aos diferentes e aos socialmente
vulneráveis.
Consequências sociais e econômicas:
PRECARIADO
Somos todos totalitários?
“La nostra testa è rotonda per permettere ai pensieri di cambiare
direzione.”
FRANCIS PICABIA
Somos todos totalitários?
SUGESTÕES
ZIZEK, Slavoj. Alguém disse totalitarismo? (2013);
STANDING, Guy. O precariado – A nova classe perigosa (2011);
BRAGA, Ruy. Rebeldia do precariado (2017);
Filme “O fascista” (Dir.: Luciano Salce, 1961).
Imagem: Powerpoint
“Em poder de Jano estão os inícios...”
FILOSOFIA – 1ª SÉRIE (EM)
Objetos de conhecimento:
• A Identidade na produção filosófica: a Filosofia nos países
africanos e latino-americanos;
• A desigualdade, a exclusão e os direitos: os distintos aspectos da
sociabilidade e da cidadania.
“Em poder de Jano estão os inícios...”
Imagem: Powerpoint
Habilidade: identificar e analisar as demandas e os
protagonismos políticos, sociais e culturais dos povos
indígenas e das populações afrodescendentes (incluindo as
quilombolas) no Brasil contemporâneo, considerando a
História das Américas e o contexto de exclusão e inclusão
precária desses grupos na ordem social e econômica atual,
promovendo ações para a redução das desigualdades étnico-
raciais no país.
PARA SE ORGANIZAR:
• AULA 01: “Em poder de Jano estão os inícios...”;
• AULA 02: Dussel: filosofia da libertação.
“Em poder de Jano estão os inícios...”
Imagem: Powerpoint
O título da aula é uma citação de Santo Agostinho Cidade de Deus. 2a ed. Trad. de J. Dias Pereira, Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, p. 634.
Currículo em Ação, 2021. Caderno do Aluno,
Filosofia, 1ª série EM, vol. 4, p. 289-294.
(...) estabelece as diretrizes e bases da educação nacional para incluir
no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática
"História e Cultura Afro-Brasileira" e dá outras providências.
§ 1o O conteúdo programático a que se refere o caput deste artigo
incluirá o estudo da História da África e dos africanos, a luta dos
negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da
sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas
áreas sociais, econômicas e políticas pertinentes à História do Brasil.
§ 2o Os conteúdos referentes à História e Cultura Afro-Brasileira serão
ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas
áreas de Educação Artística e de Literatura e História Brasileiras.
“Em poder de Jano estão os inícios...”
BRASIL. Lei n. 10.639, de 9 de janeiro de 2003; Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.639.htm. Acesso em: 15 out. 2021.
Lei 10.639/2003
“Em poder de Jano estão os inícios...”
Busto de Jano. Foto: Fubar Obfusco (CC0 1.0) Museus Vaticanos. Wikimedia Commons.
Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Janus-Vatican.JPG. Acesso em: 15 out. 2021.
Busto do
deus Jano.
Museu do
Vaticano.
“Em poder de Jano estão os inícios...”
Currículo em Ação, 2021. Caderno do Aluno, Filosofia, 1ª série EM, vol. 4, p. 289.
• Em The Cotton Kingdom, de Frederick Law Olmsted, o
autor nos conta uma anedota:
Viajando pelo sul dos Estados Unidos, o autor haveria
se deparado com leis que proibiam que pessoas negras
fossem ensinadas a ler e a escrever.
“Em poder de Jano estão os inícios...”
Fonte: OLMSTED, Frederick Law. The cotton kingdom. S. Low, Son & Co. 1861. Internet Archive.
Disponível em: https://archive.org/details/journeysandexpl01olmsgoog. Acesso em: 15 out. 2021.
“Em poder de Jano estão os inícios...”
HEGEL, W. F. Introdução à história da Filosofia. Coleção Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1980, p. 341.
O racionalismo iluminista acaba por relegar negros, indígenas e latino-americanos ao papel
de parte “desiluminada” da humanidade.
“O homem é, por exemplo, pensante e, então, pensa o seu pensamento; deste modo, o objeto do
pensamento é o próprio pensamento, a racionalidade produz o racional, a razão é o seu próprio objeto. [...]
Se à primeira vista parece que o homem racional em si não tenha progredido para se ter tornado racional por
si, visto que só se manteve o em si, a diferença não deixa de ser imensa: não se tira a limpo nenhum novo
conteúdo e, apesar disso, esta forma do ser por si constitui uma diferença enorme. Sobre essa diferença se
funda o complexo das diferenças dos desenvolvimentos da história do mundo. Só assim se explica como,
sendo todos os homens racionais por natureza, e sendo a explicação formal desta racionalidade o serem
livres, tivesse havido e haja ainda em muitos povos um regime de escravidão, e que os povos se tenham
contentado com tal regime. A diferença entre os povos africanos e asiáticos, por um lado, e os gregos e
romanos e modernos, por outro, reside precisamente no fato de que estes são livres e o são por si; ao passo
que aqueles o são sem saberem que o são, isto é, sem existirem como livres. Nisto consiste a imensa
diferença das suas condições.”
“Em poder de Jano estão os inícios...”
Fonte: JAMES, George G. M. Stolen Legacy: The Greeks Were Not the Authors of Greek Philosophy,
but the People of North Africa, Commonly Called the Egyptians. New York: Philosophical Library, 1954.
Atum, antigo deus egípcio da criação. Baseado em pinturas de tumbas do Novo Reino. Jeff Dahl (CC BY-SA 1.0)
Wikimedia Commons. Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Atum.svg. Acesso em: 15 out. 2021.
Disputa pela razão
1954: publicação de Stolen Legacy: The greeks were not the
authors of greek philosophy, but the people of north Africa,
commonly called the Egyptians, de George G. M. James.
(Livro em inglês)
• A ideia defendida é a de que os gregos não foram os
autores da filosofia grega, mas sim que buscaram seus
fundamentos no Egito Antigo. Supostamente, Alexandre, o
Grande, ao invadir o Egito, haveria pilhado a Grande
Biblioteca. O autor defende a afirmação do historiador
Heródoto, de que a Grécia possuía uma enorme dívida de
natureza cultural para com o Egito (inclusive, ele relembra o
fato de que Platão, por exemplo, estudou no Egito).
a-tomos x Atum
Onde nasceu a Filosofia?
“Em poder de Jano estão os inícios...”
“<África> e <Negro> – uma relação
de coprodução liga esses dois
conceitos. Falar de um é
efetivamente evocar o outro. Um
concede ao outro o seu valor
consagrado. Dizemos que nem todos
os africanos são negros. No entanto,
se a África tem um corpo e se ela é
um corpo, um isto, é o Negro que o
concede – pouco importa onde ele
se encontra no mundo. E se Negro é
uma alcunha, se ele é aquilo, é por
causa de África.”
JOSEPH-ACHILLE
MBEMBE (1957),
filósofo camaronês.
Achille Mbembe durante a cerimônia de entrega do prêmio literário Geschwister-Scholl 2015
na Universidade Ludwig Maximilian de Munique. Foto: Heike Huslage-Koch (CC BY-SA 4.0) Wikimedia Commons.
Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Achille_Mbembe_2.JPG. Acesso em: 15 out. 2021.
“Em poder de Jano estão os inícios...”
Elaborado especialmente para o CMSP.
Frantz Fanon. Foto: Pacha J. Willka, (CC BY-SA 3.0) Wikimedia Commons. Disponível em:
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Frantzfanonpjwproductions.jpg. Acesso em: 14 out. 2021.
Pensando como Frantz Fanon, Mbembe coloca que o retrato que
fazemos da <África> e do <Negro> não é necessariamente
verdadeiro ou, antes, um reflexo de uma África verdadeira, mas
sim uma certa visão muito ligada à culpa e à negação.
A África, como a pensa Mbembe, não se trata de lugar definido,
pronto ou isolado, mas sim de uma tensa relação entre si e o
resto do mundo, nos mais diversos âmbitos.
FRANTZ FANON (1925
- 1961), psiquiatra e
filósofo das Antilhas
Francesas.
“Em poder de Jano estão os inícios...”
Arcebispo Desmond Tutu. Foto fornecida pela sua assistente Lavinia Browne (CC0 1.0)
Wikimedia Commons. Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Archbishop-Tutu-medium.jpg.
“Ubuntu". In: Significados.com. Disponível em: https://www.significados.com.br/ubuntu/. Acessos em: 15 out. 2021.
UBUNTU
“Ubuntu é uma filosofia africana presente na
cultura de alguns grupos que habitam a África
Subssariana, cujo significado se refere à
humanidade com os outros. Trata-se de um
conceito amplo sobre a essência do ser humano
e a forma como ele se comporta em sociedade.
Para os africanos, Ubuntu é a capacidade humana
de compreender, aceitar e tratar bem o outro,
uma ideia semelhante a do “amor ao próximo”.
Ubuntu significa generosidade, solidariedade,
compaixão com os necessitados e o desejo sincero
de felicidade e harmonia entre os seres humanos.”
DESMOND TUTU (1931),
Nobel da Paz, autor de
uma teologia Ubuntu.
“Em poder de Jano estão os inícios...”
James Williams. Autor desconhecido, c. 1745. Domínio público. Wikipedia Commons.
Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Francis_williams.jpg. WILLIAMS, James. Life. _____ Poems of Life.
Disponível em: http://www.jscott.tierranet.com/ancestry/williams/frank.htm. Acessos em: 15 out. 2021.
Vida
Alguns poucos anos
- Talvez algumas lágrimas
- Um pouco de riso
- Alguns sorrisos brilhantes, Nuvens escuras
como a noite - Um céu claro
- O sol poente
- Trabalho da vida feito.
JAMES WILLIAMS
(1700 – 1770)
“Em poder de Jano estão os inícios...”
• PROPOSTA DE ATIVIDADE:
Agora, escreva uma carta argumentativa em resposta a Heidegger.
Imagem: Powerpoint
Elaborado especialmente para o CMSP.
“Em poder de Jano estão os inícios...”
Imagem: Powerpoint
Estado da Arte. O rosto de jano das luzes. Disponível em:
https://estadodaarte.estadao.com.br/o-rosto-de-jano-das-luzes/.
NOGUERA, Renato. O ensino de Filosofia e a Lei 10.639. Rio de Janeiro: Pallas, 2015.
Canal Instituto Humanitas Unisinos. A dimensão ético-política de Ubuntu: Uma
proposta para a superação do racismo em 'nuestra América’. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=gCVmAreGyZA. Podcast Filosofia POP.
“Filosofia Africana: Ancestralidade e Encantamento, com Adilbênia Machado”.
Disponível em: https://filosofiapop.com.br/podcast/filosofia-pop-011-filosofia-
africana-ancestralidade-e-encantamento/.
GELEDÉS. Ubuntu: A Filosofia Africana que nutre o conceito de humanidade em
sua essência. Disponível em: https://www.geledes.org.br/ubuntu-filosofia-
africana-conceito-de-humanidade-em-sua-essencia/. Acessos em: 15 out. 2021.
SUGESTÕES
“Em poder de Jano estão os inícios...”
Imagem: Powerpoint
“Mulheres Filósofas – Djamila Ribeiro: pequena aula antirracista”.
Disponível em:
https://repositorio.educacao.sp.gov.br/#!/midia?videoPlay=16579&
id=46.
“Mulheres Filósofas – Angela Davis: “Mulheres, raça e classe” –
Parte 01”. Disponível em:
https://repositorio.educacao.sp.gov.br/#!/midia?videoPlay=14214&
id=72.
“Mulheres Filósofas – Angela Davis: “Mulheres, raça e classe” –
Parte 02”. Disponível em:
https://repositorio.educacao.sp.gov.br/#!/midia?videoPlay=14231&
id=72. Acessos em: 15 out. 2021.
SUGESTÕES – MENU DE CONTEÚDOS INTEGRADOS
Dussel: filosofia da libertação
FILOSOFIA – 1ª SÉRIE (EM)
Habilidade: identificar e analisar as demandas e os protagonismos políticos,
sociais e culturais dos povos indígenas e das populações afrodescendentes
(incluindo as quilombolas) no Brasil contemporâneo, considerando a história
das Américas e o contexto de exclusão desses grupos da ordem social e
econômica atual, promovendo ações para a redução das desigualdades étnico-
raciais no país.
Dussel: filosofia da libertação
Imagem: Powerpoint
Objetos de conhecimento:
• A identidade na produção filosófica: a Filosofia
nos países africanos e latino americanos;
• A desigualdade, a exclusão e os direitos: os
distintos aspectos da sociabilidade e da cidadania.
Dussel: filosofia da libertação
Imagem: Powerpoint
PARA SE ORGANIZAR:
• AULA 01: Em poder de Jano estão os inícios;
• AULA 02: Dussel: filosofia da libertação.
Caderno do Aluno, SP Faz Escola, 1ª série EM,
Volume 4, 2º semestre, p. 289 – 294.
Dussel: filosofia da libertação
MILLS, Charles W. Ignorância branca. Tradução: Breno Ricardo Guimarães Santos. Griot. Revista de Filosofia. Amargosa - BA, v.17, n.1, p.413-438, junho,
2018. (CC BY 4.0) Disponível em: https://www.redalyc.org/jatsRepo/5766/576664502028/html/. Acesso em 15 out. 2021.
Ignorância branca…
É um assunto amplo. Quanto tempo você tem?
Não é suficiente.
Ignorância é normalmente pensada como o
anverso passivo do conhecimento,
o recuo sombrio antes da propagação do
Esclarecimento.
Mas... Imagine uma ignorância que
resiste.
Imagine uma ignorância que revida.
Imagine uma ignorância militante,
agressiva, que não deve ser intimidada,
uma ignorância que é ativa, dinâmica,
que se recusa a desaparecer
tranquilamente – de modo algum
confinada ao iletrado, ao sem educação,
mas propagada nos níveis mais altos da
terra,
de fato se apresentando
despudoradamente como conhecimento.
Dussel: filosofia da libertação
De acordo com Mills, a Filosofia é a mais “branca” entre todas
as disciplinas de Humanidades.
Pensando a partir do que discutimos no
encontro passado, qual foi sua impressão
a respeito da percepção de Mills?
© Pixabay
Elaborado especialmente para o CMSP.
Dussel: filosofia da libertação
“Por que vocês precisam buscar uma referência nos Estados
Unidos? Eu aprendo mais com Lélia Gonzalez do que vocês comigo.”
Angela Davis, ao visitar o Brasil em 2019.
Fonte: MERCIER, Daniela. Lélia Gonzalez, onipresente. El País, 25 out. 2020. Disponível em:
https://brasil.elpais.com/cultura/2020-10-25/lelia-gonzalez-onipresente.html. Acesso em: 16 out. 2021.
Dussel: filosofia da libertação
Fonte: DUSSEL, E. Filosofia da libertação. São Paulo: Ed. Loyola, 1977, p. 11, 14.
EGO COGITO
EGO CONQUIRO
“Teologia da
Libertação”
Dussel: filosofia da libertação
MÉTODO “ANALÉTICO”: propõe uma filosofia da práxis, em
que a ética seja valorizada – um indivíduo eticamente justo é
comprometido com a libertação.
Imagem: Powerpoint
Elaborado especialmente para o CMSP com base em DUSSEL, E. Filosofia da libertação. São Paulo: Ed. Loyola, 1977, p. 21.
• ANÍBAL QUIJANO: “colonialidade do poder”
Dussel: filosofia da libertação
Estudos subalternos;
Estudos pós-coloniais;
Estudos decoloniais.
Padrão de dominação global; face encoberta da
modernidade.
Elaborado especialmente para o CMSP.
Dussel: filosofia da libertação
SUGESTÕES
GONZALEZ, Lélia. A categoria político-cultural de amefricanidade. Rio de Janeiro: Tempo
Brasileiro, 1988.
FANON, Franz. Pele negra, máscaras brancas. Salvador: EDUFBA, 2008.
PESSANHA, E. A. de Melo. Do epistemicídio: as estratégias de matar o conhecimento negro
africano e afrodiaspórico. Disponível em: file:///C:/Users/SEDUC/Downloads/lsardeiro-11-
do-epistemicidio-as-estrategias-de-matar-o-conhecimento-negro-africano-e-
afrodiasporico.pdf.
Revista Cult. Dossiê Aníbal Quijano, o mundo a partir da América Latina. Disponível em:
https://revistacult.uol.com.br/home/dossie-cult-anibal-quijano/.
QUINTERO, P.; FIGUEIRA, P.; ELIZALDE P. C. Uma breve história dos estudos decoloniais.
Disponível em: https://masp.org.br/uploads/temp/temp-QE1LhobgtE4MbKZhc8Jv.pdf.
Desscolonizarte, artes visuais de um ponto de vista decolonial. Disponível em:
https://blog.evoe.cc/descolonizarte-artes-visuais-de-um-ponto-de-vista-decolonial/.
Acessos em: 15 out. 2021
Imagem: Powerpoint
https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/problemata/article/view/49136
Pálido ponto azul – pt. 01
FILOSOFIA – 1ª SÉRIE (EM)
Objetos de conhecimento:
• As políticas públicas para o meio ambiente e os impactos de
anúncios e publicidade de estímulo ao consumo;
• A bioética e sua função descritiva, normativa e protetora;
• Os discursos éticos e políticos na identificação de posições não
enunciadas.
Pálido ponto azul – pt. 01
Imagem: Powerpoint
Habilidade: analisar os impactos socioambientais decorrentes de
práticas de instituições governamentais, de empresas e de
indivíduos, discutindo as origens dessas práticas e selecionando,
incorporando e promovendo aquelas que favoreçam a consciência
e a ética socioambiental e o consumo responsável.
PARA SE ORGANIZAR:
• Aula 01: Pálido ponto azul – pt. 01;
• Aula 02: Pálido ponto azul – pt. 02.
Pálido ponto azul – pt. 01
Caderno do Aluno - 1ª série EM, Currículo em Ação, p. 295 – 299.
Pálido ponto azul – pt. 01
“Pale blue dot” (foto tirada
pela sonda Voyager 1, a seis
bilhões de quilômetros da
Terra, em 1990.
Série “Retrato de Família”:
https://nssdc.gsfc.nasa.gov/photo_gallery/photogallery-solarsystem.html
Pálido ponto azul – pt. 01
Currículo em Ação, 2021. Caderno do Aluno, Filosofia, 1ª série EM, vol. 4, p. 295.
Há discursos parecidos com este hoje?
De quais premissas eles partem?
Pálido ponto azul – pt. 01
© Pixabay
Elaborado especialmente para o CMSP.
“Nunca antes do termo desses últimos quatro séculos de
sua história, o homem ocidental percebeu tão bem que, ao
arrogar-se o direito de separar radicalmente a
humanidade da animalidade, concedendo a uma tudo o
que tirava da outra, abria um ciclo maldito. E que a mesma
fronteira, constantemente empurrada, serviria para
separar homens de outros homens, e reivindicar em prol
de minorias cada vez mais restritas o privilégio de um
humanismo corrompido de nascença por ter feito do
amor-próprio seu princípio e noção.”
Pálido ponto azul – pt. 01
LÉVI-STRAUSS, Claude. Jean-Jacques Rousseau, fundador das ciências do homem. In: _____. Antropologia estrutural dois. Trad. Beatriz
Perrone-Moisés. São Paulo: Cosac Naify, 2013, p. 45-55. p. 53.
Pálido ponto azul – pt. 01
Elaborado especialmente para o CMSP.
HOLOCENO ANTROPOCENO
O que significa nomear
a atual era geohistórica
como ANTROPOCENO?
Paul Crutzen
(Nobel de
Química - 1995).
Cerca de 12 mil anos atrás.
TANATOCENO
CAPITALOCENO
Pálido ponto azul – pt. 01
Imagem: Powerpoint
Elaborado especialmente para o CMSP.
Se você fosse nomear a atual era geohistórica, que
nome você daria a ela e por quê?
Pálido ponto azul – pt. 01
Currículo em Ação, 2021. Caderno do Aluno, Filosofia, 1ª série EM, vol. 4, p. 295.
PROPOSTA DE ATIVIDADE:
Pálido ponto azul – pt. 01
Imagem: Powerpoint
SUGESTÕES:
BBC Brasil. 30 anos do 'Pálido Ponto Azul': a icônica foto que mudou a
forma como vemos nosso planeta. Disponível em:
https://www.bbc.com/portuguese/geral-51497794.
SAGAN, Carl. Pálido ponto azul. São Paulo: Cia. Das Letras, 2019.
HARAWAY, Donna. Antropoceno, Capitaloceno, Plantationoceno,
Chthuluceno: fazendo parentes. Disponível em:
http://climacom.mudancasclimaticas.net.br/antropoceno-capitaloceno-
plantationoceno-chthuluceno-fazendo-parentes/#_edn5.
Site Footprint Network. https://www.footprintnetwork.org/.
Associação de Pesquisa e Práticas em Humanidades. Que tempos são
estes? Disponível em: https://apph.com.br/quetempossaoestes.
Acessos em: 20 out. 2021.
Pálido ponto azul – pt. 02
FILOSOFIA – 1ª SÉRIE (EM)
Habilidade: Analisar os impactos socioambientais decorrentes de práticas de
instituições governamentais, de empresas e de indivíduos, discutindo as origens
dessas práticas e selecionando, incorporando e promovendo aquelas que
favoreçam a consciência e a ética socioambiental e o consumo responsável.
Imagem: Powerpoint
Objetivos da aula:
• As políticas públicas para o meio ambiente e
os impactos de anúncios e de publicidade de
estímulo ao consumo;
• A bioética e sua função descritiva, normativa e
protetora;
• Os discursos éticos e políticos na identificação
de posições não enunciadas.
Pálido ponto azul – pt. 02
PARA SE ORGANIZAR:
Aula 01: Pálido ponto azul – Pt. 01
Aula 02: Pálido ponto azul – Pt. 02
Caderno do Aluno, 1ª série EM, Currículo em Ação, p. 295–299.
Pálido ponto azul – pt. 02
Retomando...
ANTROPOCENO
TANATOCENO
CAPITALOCENO
Pálido ponto azul – pt. 02
Ilustração de Henrique Alvim Corrêa para a edição francesa de “A guerra dos mundos”, 1906. Domínio Público.
Wikimedia Commons. Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:War-of-the-worlds-tripod.jpg.
Ilustração de Warwick Goble para a edição em inglês de 1898. Domínio Público. Wikimedia Commons.
Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:War_of_the_Worlds_pg_231.jpg. Acessos em: 8 nov. 2021.
Pálido ponto azul – pt. 02
Guerra dos mundos, de H. G. Wells, 1897.
“Ninguém teria acreditado, nos últimos anos do século XIX, que as
atividades humanas estavam a ser ávida e intimamente
observadas por uma inteligência superior à do homem, mas tão
mortal como a sua; que, enquanto se atarefavam com os seus
assuntos, estavam a ser escrutinados e estudados, possivelmente
quase tanto quanto um homem com seu microscópio estuda as
criaturas efêmeras que se aglomeram e se multiplicam numa gota
de água. Com infinita complacência, os homens andavam de um
lado para o outro neste globo, entretidos com os
seus assuntos, serenos na sua certeza de domínio sobre a
matéria.”
WELLS. H. G. a Guerra dos Mundos. Trad. João Bernardo Paiva Boléo. Porto: Porto Editora, p. 16.
Pálido ponto azul – pt. 02
“A atmosfera é muito mais rarefeita que a nossa, os oceanos reduziram-se até apenas um
terço da superfície, e as lentas estações deslocam gigantescas massas de neve que se juntam
e derretem perto de ambos os polos, inundando periodicamente as zonas temperadas. Esta
última fase de exaustão, que para nós é ainda incrivelmente remota, tornou-se um problema
atual para os habitantes de Marte. A pressão imediata da necessidade avivou-lhes a
inteligência, aumentou-lhes os poderes e endureceu-lhes os corações. E, observando através
do espaço, com instrumentos e inteligência para nós difíceis de conceber, eles veem, na sua
distância mais próxima, a apenas 56.000.000 quilômetros em direção ao Sol, uma estrela
matinal de esperança, o nosso próprio planeta mais quente, repleto de vegetação verde e
água cinzenta, com uma atmosfera nublosa cheia de fertilidade, com vislumbres através das
nuvens de vastas extensões de países populosos e braços de mar infestados de navios. E nós
homens, as criaturas que habitam esta Terra, devemos ser para eles pelo menos tão
estranhos e modestos como os macacos e lêmures são para nós”.
WELLS. H. G. a Guerra dos Mundos. Trad. João Bernardo Paiva Boléo. Porto: Porto Editora, p. 16-17.
Pálido ponto azul – pt. 02
“E, antes que os julguemos com demasiada
severidade, não podemos esquecer a crueldade e
total destruição que a nossa espécie lançou, não
apenas sobre os animais, como os extintos bisontes
e dodós, como também sobre as nossas próprias
raças inferiores.”
WELLS. H. G. a Guerra dos Mundos. Trad. João Bernardo Paiva Boléo. Porto: Porto Editora, p. 16.
Pálido ponto azul – pt. 02
BRUNO LATOUR Filósofo, sociólogo
e antropólogo
francês (1947).
Elaborado especialmente para o CMSP.
Bruno Latour. Kokuyo, 2017. CC BY-SA 4.0. Wikimedia Commons. Disponível em:
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Bruno_Latour_in_Taiwan_P1250394_(cropped).jpg. Acesso em: 8 nov. 2021.
Pálido ponto azul – pt. 02
• Ciência em ação (1987);
• Jamais fomos modernos
(1991);
• Políticas da natureza (1999);
• Diante de Gaia: oito
conferências sobre a natureza
no Antropoceno (2020).
Você já ouviu falar na Teoria de Gaia?
Pálido ponto azul – pt. 02
© Pixabay
Elaborado especialmente para o CMSP.
Do Χάος (Caos – Primeiro deus
primordial), nascem quatro
filhos:
Gaia (mãe-Terra);
Tártaro (o abismo);
Eros (o amor);
Érebo (as trevas);
Nix (a noite).
Gaia,
Anselm
Feuerbach
(1875).
Pálido ponto azul – pt. 02
Elaborado especialmente para o CMSP.
Gaia. Anselm Feurbach, 1875. Domínio Público. Wikimedia Commons.
Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Feuerbach_Gaea.jpg. Acesso em: 8 nov. 2021.
Chronos e Gaia com quatro filhos – as estações do ano personificadas?
Mosaico de uma vila romana em Sentinum, primeira metade do śeculo III a.C.
Elaborado especialmente para o CMSP.
Mosaico em Sassoferrato, Itália, Cerca 200-250 d.C, representando Chronos e Gaia.
Glypothek, Munique. Domínio Público. Wikimedia Commons. Disponível em:
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Aion_mosaic_Glyptothek_Munich_W504.jpg. Acesso em: 8 nov. 2021.
Pálido ponto azul – pt. 02
Hipótese de Gaia
A biosfera e os componentes físicos da Terra (atmosfera,
criosfera, hidrosfera e litosfera) funcionam de modo intimamente
integrado, formando um complexo sistema interagente, o qual
mantém as condições climáticas e biogeoquímicas
preferivelmente em equilíbrio. Ou seja, a vida e seu substrato
inorgânico são interdependentes.
James Lovelock (ambientalista inglês), a sugestão da
denominação veio de Willian Golding (1972).
“As idades de Gaia” (1988)
“A vingança de Gaia” (2006)
Em 2040, a Europa se pareceria com
o Saara e Londres estaria submersa.
Pálido ponto azul – pt. 02
Elaborado especialmente para o CMSP.
Pálido ponto azul – pt. 02
Três fatores nos anos 1990: 1. A globalização. 2. O aumento das
desigualdades sociais. 3. As mutações climáticas.
É necessário ter uma visão unificada desses três fenômenos, em
vez de continuarmos a entendê-los de forma isolada.
Elaborado especialmente para o CMSP.
LATOUR, Bruno. Diante de Gaia: oito conferências sobre a natureza no Antropoceno. Ubu Editora, 2020.
• Latour: Gaia é uma noção interessante para refletir sobre a
catástrofe ecológica contemporânea.
Gaia como conceito nos permite pensar em soluções para os
problemas ecológicos sem recair na separação, na dicotomia
natureza x cultura.
Pálido ponto azul – pt. 02
Considerada por Latour como mais importante do
que a passagem do Antigo Regime das monarquias
para os Novos Regimes da modernidade, no século
XVIII, o NRC fala de uma alteração de todo planeta
em um período de 10 mil anos.
NOVO REGIME CLIMÁTICO (NRC)
Elaborado especialmente para o CMSP.
LATOUR, Bruno. Diante de Gaia: oito conferências sobre a natureza no Antropoceno. Ubu Editora, 2020.
SUGESTÕES:
Filme “Mãe!”. Dir.: Darren Aronofsky (2017).
Canal Instituto de Estudos Avançados da USP. Vídeo “Gaia –
de mito a ciência”. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=r75GXUp3LM0. Acesso
em: 8 nov. 2021.
Canal The Economist. Vídeo “How to save humankind
(according to James Lovelock). Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=HuGj5n_vYz4. Acesso
em: 8 nov. 2021. [ativar legendas em português].
Imagem: PowerPoint
Pálido ponto azul – pt. 02
Antropoceno e clima
Profª. Maria Fernanda Degan
FILOSOFIA – 1ª SÉRIE (EM)
Habilidade – Analisar os impactos socioambientais decorrentes
de práticas de instituições governamentais, de empresas e de
indivíduos, discutindo as origens dessas práticas e selecionando,
incorporando e promovendo aquelas que favoreçam a consciência
e a ética socioambiental e o consumo responsável.
Objetivos da aula:
• As políticas públicas para o meio ambiente e os impactos de
anúncios e publicidade de estímulo ao consumo;
• A bioética e sua função descritiva, normativa e protetora;
• Os discursos éticos e políticos na identificação de posições não
enunciadas.
Antropoceno e clima
Imagem: Powerpoint
PARA SE ORGANIZAR:
Aula 01 – Pálido ponto azul – Pt. 01
Aula 02 – Pálido ponto azul – Pt. 02
Aula 03 – Antropoceno e clima.
Caderno do Aluno – 1ª série EM,
Currículo em Ação, p. 295 – 299.
Imagem: Powerpoint
Antropoceno e clima
CONFERÊNCIA DO CLIMA
Brasil participa da COP26, conferência para discutir meio ambiente e clima
Delegação brasileira vai buscar consensos em questões ambientais e mostrar ações
de preservação.
A 26ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas
(COP26), em Glasgow, na Escócia, teve início no domingo (31). O
encontro sobre o clima e o meio ambiente reúne representantes dos
196 países signatários do Acordo de Paris. Entre os assuntos
discutidos estão ações de desenvolvimento e preservação do meio
ambiente, emissão de gases que provocam efeito estufa e
aquecimento global.
Governo do Brasil. Conferência do Clima. Brasil participa da COP26, conferência para discutir meio ambiente e clima. CC BY-ND 3.0.
Disponível em: https://www.gov.br/pt-br/noticias/meio-ambiente-e-clima/2021/10/brasil-participa-da-cop26-conferencia-para-discutir-meio-
ambiente-e-clima. Acesso em: 17 nov. 2021.
Antropoceno e clima
CLIMA
Conjunto dos fenômenos meteorológicos
(temperatura, pressão atmosférica, ventos e
precipitações) que caracterizam o estado médio da
atmosfera e sua evolução em um lugar
determinado.
Imagem: Powerpoint
Dicio. Dicionário Online de Português. Climas. Disponível em: https://www.dicio.com.br/climas/. Acesso em: 17 nov. 2021.
Antropoceno e clima
𝑽𝒑𝒕
“Perspectiva de valores”
Elaborado especialmente para o CMSP com base em LACEY, H. Os valores do progresso
tecnocientífico e os pressupostos da sua sustentação. Revista Dialectus. Ano 9,n. 17. Maio-agosto 2020. p. 15-38.
Disponível em: http://periodicos.ufc.br/dialectus/article/view/60606/162098. Acesso em: 17 nov. 2021.
“pesquisa – SD”
Ciência, tecnologia e valores
Antropoceno e clima
Em que se funda a legitimidade de implementar e utilizar inovações
tecnocientíficas no mundo da vida cotidiana?
© Pixabay
Elaborado especialmente para o CMSP.
Antropoceno e clima
Antropoceno e clima
SUGESTÕES
Sobre Palavras. Revista Veja. “Do ‘klima’ ao clima”. Disponível em:
https://veja.abril.com.br/blog/sobre-palavras/do-klima-ao-clima/.
Acesso em: 17 nov. 2021.
MARICONDA, Pablo; LACEY, Hugh. O modelo das interações entre as atividades
científicas e os valores. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/ss/a/WzsbnD95vXNn9DYLdfyQdMB/?lang=pt.
Acesso em: 17 nov. 2021.
TV Cultura. ONU faz alerta urgente sobre impacto humano irreversível para o clima.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=rk9u95YrmmI. Acesso em: 17
nov. 2021.
Imagem: Powerpoint

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  • 1. Sobre violência e indiferença: a banalidade do mal FILOSOFIA – 1ª SÉRIE (EM)
  • 2. Habilidade: identificar diversas formas de violência (física, simbólica, psicológica etc.), suas principais vítimas, suas causas sociais, psicológicas e afetivas, seus significados e usos políticos, sociais e culturais, discutindo e avaliando os mecanismos para combatê-las, com base em argumentos éticos. Sobre violência e indiferença: a banalidade do mal Fonte: Powerpoint
  • 3. Sobre violência e indiferença: a banalidade do mal Fonte: Powerpoint Objetos de conhecimento: • Comportamentos opressores e modos de violência: pressupostos e implicações da opressão, da violência e da indiferença em relação aos fenômenos sociais. PARA SE ORGANIZAR • AULA 01 – Sobre violência e indiferença: a banalidade do mal. • AULA 02 – Somos todos totalitários?
  • 4. Sobre violência e indiferença: a banalidade do mal Elaborado especialmente para o CMSP. Como você definiria um ato violento?
  • 5. Sobre violência e indiferença: a banalidade do mal FARIAS, F. R. Porque afinal, matamos? Rio de Janeiro: 7 Letras, 2010, p. 22. Quem comete um ato violento "dirige-se a um semelhante para submetê-lo a um exercício de horror, na crença de que, dessa forma, está garantida sua identidade de poder absoluto." (FARIAS, 2010, p. 22).
  • 6. Sobre violência e indiferença: a banalidade do mal ARENDT, Hannah. Da violência. Tradução de Maria Cláudia Drummond Trindade. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2004, p. 07. “Ninguém que se dedique à meditação sobre a história e a política consegue se manter ignorante do enorme papel que a violência sempre desempenhou nas atividades humanas. À primeira vista, é bastante surpreendente que a violência tão raramente tenha sido objeto de consideração (na última edição da Encyclopedia of Social Sciences, “violência” nem mesmo mereceu uma menção). Isso mostra até que ponto tomou-se a violência e a sua arbitrariedade como fatos corriqueiros e foram, portanto negligenciadas; ninguém questiona ou examina aquilo que é óbvio para todos.”
  • 7. Sobre violência e indiferença: a banalidade do mal © Laerte, 2021. Disponível em: https://www.instagram.com/laerteminotaura. Acesso em: 22 set. 2021. Laerte, 2021.
  • 8. Sobre violência e indiferença: a banalidade do mal Elaborado especialmente para o CMSP. WEIL, Simone. Aulas de Filosofia. Campinas: Papirus, 1991, p. 124. • PREMISSA: tomar a violência e a arbitrariedade como fatos corriqueiros pode nos levar à indiferença. • Há situações em que se dá uma profunda IMBRICAÇÃO entre opressão, violência e indiferença. “É negação do princípio de Kant. Nela, os seres humanos são tratados como um meio.”
  • 9. Sobre violência e indiferença: a banalidade do mal © Pixabay Elaborado especialmente para o CMSP. Que sinônimos lhe vem à mente para o termo indiferença?
  • 10. Sobre violência e indiferença: a banalidade do mal © Pixabay Elaborado especialmente para o CMSP. Você consegue pensar em situações em que opressão, preconceito e violência estiveram ou estão profundamente imbricados?
  • 11. Sobre violência e indiferença: a banalidade do mal Elaborado especialmente para o CMSP. BANALIDADE DO MAL • Conceito arendtiano apresentado em Eichmann em Jerusalém. • A obra é resultado da sequência do julgamento do nazista Adolf Eichmmann, raptado pelos serviços secretos israelitas na Argentina em 1960, o qual a filósofa acompanhou para a revista The New Yorker. EICHMANN: um monstro?
  • 12. Sobre violência e indiferença: a banalidade do mal MALTEZ, Rafael Tocantins. Resenha 20: Eichmann em Jerusalém: um relato sobre a banalidade do mal. Disponível em: https://rafaelmaltez.jusbrasil.com.br/artigos/347689991/resenha-20-eichmann-em-jerusalem-um-relato-sobre-a-banalidade-do-mal. Acesso em: 7 out. 2021. “Esperava-se o show do século, com um monstro sanguinário no banco dos réus. Contudo, Arendt sentiu de forma diversa o “monstro”, o que causou a revolta e a indignação de muitos. Segundo sua visão, Eichmann não se revelou um psicopata ávido em regozijar-se com o sofrimento alheio, mas sim um burocrata cumpridor de ordens num regime totalitário, um homem comum e medíocre, como todos nós. Eichmann se declarou inocente em sua autodefesa, sob o argumento de que não tinha nada contra ninguém, apenas cumpriu as leis vigentes e, mais ainda, com esmero e perfeição e, por isso, além de não merecer condenação, merecia elogios. Arguiu que não matou quem quer que fosse, mas apenas providenciou adequadamente o transporte para os campos de concentração. E mais: sustentou que se não fosse ele a cumprir as ordens, outro certamente faria seu papel, ou seja, seus atos existiriam de qualquer forma. E, agora, o pulo do gato de Arendt: Eichmann é culpado pelos seus atos, não por se tratar de um monstro, mas justamente por ser uma pessoa comum, que parou de pensar, que se alienou da realidade e passou não ter consciência dos seus atos. Por ser essa pessoa comum, existe um Eichmann em potencial em cada um nós.”
  • 13. Sobre violência e indiferença: a banalidade do mal ARENDT, Hannah. Da violência. Tradução de Maria Cláudia Drummond Trindade. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2004, p. 17. “Como é competente no poder aquele que tão bem sabe obedecer...”
  • 14. Sobre violência e indiferença: a banalidade do mal Fonte: Powerpoint SUGESTÕES SILVEIRA, A. B. L. O conforto da ordem: Hannah Arendt e Eichmann em Jerusalém (das décadas de 1930 a 1960). Dissertação. Programa de Pós- Graduação em História, Universidade Federal de Goiás, 2014. Entrevista com Gabriel Bach, promotor no julgamento de Eichmann [em inglês]. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=ZN1e7aN_PtM. Acesso em: 14 set. 2021. CANAL CASA DO SABER. Banalidade do mal: quando a razão causa barbárie. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=AzRzJZQMBuw. Acesso em: 14 set. 2021. ESTADÃO. A banalidade do mal e suas banalidades. Disponível em: https://estadodaarte.estadao.com.br/a-banalidade-do-mal-e-suas- banalidades/. Acesso em: 14 set. 2021. Filme “A vida é bela”. Dir.: Roberto Benigni. 1997.
  • 16. Habilidade: Identificar diversas formas de violência (física, simbólica, psicológica etc.), suas principais vítimas, suas causas sociais, psicológicas e afetivas e seus significados e usos políticos, sociais e culturais, discutindo e avaliando mecanismos para combatê-las com base em argumentos éticos. Somos todos totalitários? Fonte: Powerpoint
  • 17. Somos todos totalitários? Fonte: Powerpoint Objetos de conhecimento: • O totalitarismo e o terrorismo como ameaça à democracia e aos Direitos Humanos. PARA SE ORGANIZAR: • AULA 01 – Sobre violência e indiferença: a banalidade do mal. • AULA 02 – Somos todos totalitários?
  • 18. Somos todos totalitários? Imagens: Powerpoint Elaborado especialmente para o CMSP. ORWELL, George. 1984. São Paulo: Cia. das Letras, 2009. “Liberdade é escravidão” Polícia do pensamento Slogan do Partido Interno (“Big Brother”). “Novilíngua” Teletela
  • 19. Somos todos totalitários? Elaborado especialmente para o CMSP. LEFORT, C. A invenção democrática: os limites da dominação totalitária. São Paulo: Ed. Brasiliense, 1983. Mussolini inspecionando tropas, sem data, autor desconhecido. Domínio Público. Wikimedia Commons. Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Mussolini_truppe_Etiopia.jpg. Acesso em: 24 set. 2021. Sociedade = Espelho do Estado Líder autocrático como encarnação do “Povo-Um” * Conceito de Claude Lefort (historiador e filósofo francês). “Atirem aqui, (disse ele apontando para o peito) não destruam meu perfil.” Estatização da sociedade, nacionalismo exacerbado.
  • 20. Somos todos totalitários? Fonte: Powerpoint Elaborado especialmente para o CMSP. Segundo Lefort, o totalitarismo é a recusa da heterogeneidade social, da existência de classes sociais e de diferentes modos de vida, pensamentos, comportamentos, hábitos, costumes. Pretende-se, com isso, oferecer a imagem de uma sociedade homogênea, que está sempre em concordância consigo mesma.
  • 21. Somos todos totalitários? Elaborado especialmente para o CMSP. Você enxerga algum traço totalitário, como definido por Lefort, nas sociedades contemporâneas?
  • 22. Somos todos totalitários? Elaborado especialmente para o CMSP. • Chauí (2020) identifica um novo totalitarismo contemporâneo: Estado = Espelho da sociedade A novidade dessa forma de totalitarismo está em que todas as esferas da vida social e política passam a ser definidas como empresa: assim, a escola se torna uma empresa, o hospital se torna uma empresa. Razão pela qual também o Estado passa a ser concebido como uma empresa. Assim, o Estado se torna o espelho da sociedade, em vez do contrário, como se dava nos antigos totalitarismos.
  • 23. Somos todos totalitários? Elaborado especialmente para o CMSP. • O indivíduo não é mais visto como membro de uma classe social, mas sim como uma empresa individual ou como “capital humano”. “Empresário de si mesmo” • A educação passa a ser vista como um investimento para que todos aprendam e incorporem comportamentos competitivos. Assim, coloca Chaui, é que desde o próprio nascimento e durante toda a vida, o indivíduo é treinado para ser um investimento de sucesso e para arcar com a culpa se, por acaso, não vencer a competição, o que desencadeia todo tipo de violências, ódios e frustrações, notadamente contra idosos, negros, imigrantes, mendigos, pessoas em situação de rua... Esse processo leva à destruição da percepção de nós mesmos como pertencentes a uma classe social e, por conseguinte, destrói também formas de solidariedade e propõe, em seu lugar, práticas de extermínio.
  • 24. Somos todos totalitários? Elaborado especialmente para o CMSP. • Trabalhador sem emprego estável, sem seguridade social, sem contrato de trabalho; • Direitos sociais regidos pela lógica do mercado; • Política definida como gestão; • Estimula a intolerância aos diferentes e aos socialmente vulneráveis. Consequências sociais e econômicas: PRECARIADO
  • 25. Somos todos totalitários? “La nostra testa è rotonda per permettere ai pensieri di cambiare direzione.” FRANCIS PICABIA
  • 26. Somos todos totalitários? SUGESTÕES ZIZEK, Slavoj. Alguém disse totalitarismo? (2013); STANDING, Guy. O precariado – A nova classe perigosa (2011); BRAGA, Ruy. Rebeldia do precariado (2017); Filme “O fascista” (Dir.: Luciano Salce, 1961). Imagem: Powerpoint
  • 27. “Em poder de Jano estão os inícios...” FILOSOFIA – 1ª SÉRIE (EM)
  • 28. Objetos de conhecimento: • A Identidade na produção filosófica: a Filosofia nos países africanos e latino-americanos; • A desigualdade, a exclusão e os direitos: os distintos aspectos da sociabilidade e da cidadania. “Em poder de Jano estão os inícios...” Imagem: Powerpoint Habilidade: identificar e analisar as demandas e os protagonismos políticos, sociais e culturais dos povos indígenas e das populações afrodescendentes (incluindo as quilombolas) no Brasil contemporâneo, considerando a História das Américas e o contexto de exclusão e inclusão precária desses grupos na ordem social e econômica atual, promovendo ações para a redução das desigualdades étnico- raciais no país.
  • 29. PARA SE ORGANIZAR: • AULA 01: “Em poder de Jano estão os inícios...”; • AULA 02: Dussel: filosofia da libertação. “Em poder de Jano estão os inícios...” Imagem: Powerpoint O título da aula é uma citação de Santo Agostinho Cidade de Deus. 2a ed. Trad. de J. Dias Pereira, Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, p. 634. Currículo em Ação, 2021. Caderno do Aluno, Filosofia, 1ª série EM, vol. 4, p. 289-294.
  • 30. (...) estabelece as diretrizes e bases da educação nacional para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira" e dá outras providências. § 1o O conteúdo programático a que se refere o caput deste artigo incluirá o estudo da História da África e dos africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas sociais, econômicas e políticas pertinentes à História do Brasil. § 2o Os conteúdos referentes à História e Cultura Afro-Brasileira serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de Educação Artística e de Literatura e História Brasileiras. “Em poder de Jano estão os inícios...” BRASIL. Lei n. 10.639, de 9 de janeiro de 2003; Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.639.htm. Acesso em: 15 out. 2021. Lei 10.639/2003
  • 31. “Em poder de Jano estão os inícios...” Busto de Jano. Foto: Fubar Obfusco (CC0 1.0) Museus Vaticanos. Wikimedia Commons. Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Janus-Vatican.JPG. Acesso em: 15 out. 2021. Busto do deus Jano. Museu do Vaticano.
  • 32. “Em poder de Jano estão os inícios...” Currículo em Ação, 2021. Caderno do Aluno, Filosofia, 1ª série EM, vol. 4, p. 289.
  • 33. • Em The Cotton Kingdom, de Frederick Law Olmsted, o autor nos conta uma anedota: Viajando pelo sul dos Estados Unidos, o autor haveria se deparado com leis que proibiam que pessoas negras fossem ensinadas a ler e a escrever. “Em poder de Jano estão os inícios...” Fonte: OLMSTED, Frederick Law. The cotton kingdom. S. Low, Son & Co. 1861. Internet Archive. Disponível em: https://archive.org/details/journeysandexpl01olmsgoog. Acesso em: 15 out. 2021.
  • 34. “Em poder de Jano estão os inícios...” HEGEL, W. F. Introdução à história da Filosofia. Coleção Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1980, p. 341. O racionalismo iluminista acaba por relegar negros, indígenas e latino-americanos ao papel de parte “desiluminada” da humanidade. “O homem é, por exemplo, pensante e, então, pensa o seu pensamento; deste modo, o objeto do pensamento é o próprio pensamento, a racionalidade produz o racional, a razão é o seu próprio objeto. [...] Se à primeira vista parece que o homem racional em si não tenha progredido para se ter tornado racional por si, visto que só se manteve o em si, a diferença não deixa de ser imensa: não se tira a limpo nenhum novo conteúdo e, apesar disso, esta forma do ser por si constitui uma diferença enorme. Sobre essa diferença se funda o complexo das diferenças dos desenvolvimentos da história do mundo. Só assim se explica como, sendo todos os homens racionais por natureza, e sendo a explicação formal desta racionalidade o serem livres, tivesse havido e haja ainda em muitos povos um regime de escravidão, e que os povos se tenham contentado com tal regime. A diferença entre os povos africanos e asiáticos, por um lado, e os gregos e romanos e modernos, por outro, reside precisamente no fato de que estes são livres e o são por si; ao passo que aqueles o são sem saberem que o são, isto é, sem existirem como livres. Nisto consiste a imensa diferença das suas condições.”
  • 35. “Em poder de Jano estão os inícios...” Fonte: JAMES, George G. M. Stolen Legacy: The Greeks Were Not the Authors of Greek Philosophy, but the People of North Africa, Commonly Called the Egyptians. New York: Philosophical Library, 1954. Atum, antigo deus egípcio da criação. Baseado em pinturas de tumbas do Novo Reino. Jeff Dahl (CC BY-SA 1.0) Wikimedia Commons. Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Atum.svg. Acesso em: 15 out. 2021. Disputa pela razão 1954: publicação de Stolen Legacy: The greeks were not the authors of greek philosophy, but the people of north Africa, commonly called the Egyptians, de George G. M. James. (Livro em inglês) • A ideia defendida é a de que os gregos não foram os autores da filosofia grega, mas sim que buscaram seus fundamentos no Egito Antigo. Supostamente, Alexandre, o Grande, ao invadir o Egito, haveria pilhado a Grande Biblioteca. O autor defende a afirmação do historiador Heródoto, de que a Grécia possuía uma enorme dívida de natureza cultural para com o Egito (inclusive, ele relembra o fato de que Platão, por exemplo, estudou no Egito). a-tomos x Atum Onde nasceu a Filosofia?
  • 36. “Em poder de Jano estão os inícios...” “<África> e <Negro> – uma relação de coprodução liga esses dois conceitos. Falar de um é efetivamente evocar o outro. Um concede ao outro o seu valor consagrado. Dizemos que nem todos os africanos são negros. No entanto, se a África tem um corpo e se ela é um corpo, um isto, é o Negro que o concede – pouco importa onde ele se encontra no mundo. E se Negro é uma alcunha, se ele é aquilo, é por causa de África.” JOSEPH-ACHILLE MBEMBE (1957), filósofo camaronês. Achille Mbembe durante a cerimônia de entrega do prêmio literário Geschwister-Scholl 2015 na Universidade Ludwig Maximilian de Munique. Foto: Heike Huslage-Koch (CC BY-SA 4.0) Wikimedia Commons. Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Achille_Mbembe_2.JPG. Acesso em: 15 out. 2021.
  • 37. “Em poder de Jano estão os inícios...” Elaborado especialmente para o CMSP. Frantz Fanon. Foto: Pacha J. Willka, (CC BY-SA 3.0) Wikimedia Commons. Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Frantzfanonpjwproductions.jpg. Acesso em: 14 out. 2021. Pensando como Frantz Fanon, Mbembe coloca que o retrato que fazemos da <África> e do <Negro> não é necessariamente verdadeiro ou, antes, um reflexo de uma África verdadeira, mas sim uma certa visão muito ligada à culpa e à negação. A África, como a pensa Mbembe, não se trata de lugar definido, pronto ou isolado, mas sim de uma tensa relação entre si e o resto do mundo, nos mais diversos âmbitos. FRANTZ FANON (1925 - 1961), psiquiatra e filósofo das Antilhas Francesas.
  • 38. “Em poder de Jano estão os inícios...” Arcebispo Desmond Tutu. Foto fornecida pela sua assistente Lavinia Browne (CC0 1.0) Wikimedia Commons. Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Archbishop-Tutu-medium.jpg. “Ubuntu". In: Significados.com. Disponível em: https://www.significados.com.br/ubuntu/. Acessos em: 15 out. 2021. UBUNTU “Ubuntu é uma filosofia africana presente na cultura de alguns grupos que habitam a África Subssariana, cujo significado se refere à humanidade com os outros. Trata-se de um conceito amplo sobre a essência do ser humano e a forma como ele se comporta em sociedade. Para os africanos, Ubuntu é a capacidade humana de compreender, aceitar e tratar bem o outro, uma ideia semelhante a do “amor ao próximo”. Ubuntu significa generosidade, solidariedade, compaixão com os necessitados e o desejo sincero de felicidade e harmonia entre os seres humanos.” DESMOND TUTU (1931), Nobel da Paz, autor de uma teologia Ubuntu.
  • 39. “Em poder de Jano estão os inícios...” James Williams. Autor desconhecido, c. 1745. Domínio público. Wikipedia Commons. Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Francis_williams.jpg. WILLIAMS, James. Life. _____ Poems of Life. Disponível em: http://www.jscott.tierranet.com/ancestry/williams/frank.htm. Acessos em: 15 out. 2021. Vida Alguns poucos anos - Talvez algumas lágrimas - Um pouco de riso - Alguns sorrisos brilhantes, Nuvens escuras como a noite - Um céu claro - O sol poente - Trabalho da vida feito. JAMES WILLIAMS (1700 – 1770)
  • 40. “Em poder de Jano estão os inícios...” • PROPOSTA DE ATIVIDADE: Agora, escreva uma carta argumentativa em resposta a Heidegger. Imagem: Powerpoint Elaborado especialmente para o CMSP.
  • 41. “Em poder de Jano estão os inícios...” Imagem: Powerpoint Estado da Arte. O rosto de jano das luzes. Disponível em: https://estadodaarte.estadao.com.br/o-rosto-de-jano-das-luzes/. NOGUERA, Renato. O ensino de Filosofia e a Lei 10.639. Rio de Janeiro: Pallas, 2015. Canal Instituto Humanitas Unisinos. A dimensão ético-política de Ubuntu: Uma proposta para a superação do racismo em 'nuestra América’. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=gCVmAreGyZA. Podcast Filosofia POP. “Filosofia Africana: Ancestralidade e Encantamento, com Adilbênia Machado”. Disponível em: https://filosofiapop.com.br/podcast/filosofia-pop-011-filosofia- africana-ancestralidade-e-encantamento/. GELEDÉS. Ubuntu: A Filosofia Africana que nutre o conceito de humanidade em sua essência. Disponível em: https://www.geledes.org.br/ubuntu-filosofia- africana-conceito-de-humanidade-em-sua-essencia/. Acessos em: 15 out. 2021. SUGESTÕES
  • 42. “Em poder de Jano estão os inícios...” Imagem: Powerpoint “Mulheres Filósofas – Djamila Ribeiro: pequena aula antirracista”. Disponível em: https://repositorio.educacao.sp.gov.br/#!/midia?videoPlay=16579& id=46. “Mulheres Filósofas – Angela Davis: “Mulheres, raça e classe” – Parte 01”. Disponível em: https://repositorio.educacao.sp.gov.br/#!/midia?videoPlay=14214& id=72. “Mulheres Filósofas – Angela Davis: “Mulheres, raça e classe” – Parte 02”. Disponível em: https://repositorio.educacao.sp.gov.br/#!/midia?videoPlay=14231& id=72. Acessos em: 15 out. 2021. SUGESTÕES – MENU DE CONTEÚDOS INTEGRADOS
  • 43. Dussel: filosofia da libertação FILOSOFIA – 1ª SÉRIE (EM)
  • 44. Habilidade: identificar e analisar as demandas e os protagonismos políticos, sociais e culturais dos povos indígenas e das populações afrodescendentes (incluindo as quilombolas) no Brasil contemporâneo, considerando a história das Américas e o contexto de exclusão desses grupos da ordem social e econômica atual, promovendo ações para a redução das desigualdades étnico- raciais no país. Dussel: filosofia da libertação Imagem: Powerpoint Objetos de conhecimento: • A identidade na produção filosófica: a Filosofia nos países africanos e latino americanos; • A desigualdade, a exclusão e os direitos: os distintos aspectos da sociabilidade e da cidadania.
  • 45. Dussel: filosofia da libertação Imagem: Powerpoint PARA SE ORGANIZAR: • AULA 01: Em poder de Jano estão os inícios; • AULA 02: Dussel: filosofia da libertação. Caderno do Aluno, SP Faz Escola, 1ª série EM, Volume 4, 2º semestre, p. 289 – 294.
  • 46. Dussel: filosofia da libertação MILLS, Charles W. Ignorância branca. Tradução: Breno Ricardo Guimarães Santos. Griot. Revista de Filosofia. Amargosa - BA, v.17, n.1, p.413-438, junho, 2018. (CC BY 4.0) Disponível em: https://www.redalyc.org/jatsRepo/5766/576664502028/html/. Acesso em 15 out. 2021. Ignorância branca… É um assunto amplo. Quanto tempo você tem? Não é suficiente. Ignorância é normalmente pensada como o anverso passivo do conhecimento, o recuo sombrio antes da propagação do Esclarecimento. Mas... Imagine uma ignorância que resiste. Imagine uma ignorância que revida. Imagine uma ignorância militante, agressiva, que não deve ser intimidada, uma ignorância que é ativa, dinâmica, que se recusa a desaparecer tranquilamente – de modo algum confinada ao iletrado, ao sem educação, mas propagada nos níveis mais altos da terra, de fato se apresentando despudoradamente como conhecimento.
  • 47. Dussel: filosofia da libertação De acordo com Mills, a Filosofia é a mais “branca” entre todas as disciplinas de Humanidades. Pensando a partir do que discutimos no encontro passado, qual foi sua impressão a respeito da percepção de Mills? © Pixabay Elaborado especialmente para o CMSP.
  • 48. Dussel: filosofia da libertação “Por que vocês precisam buscar uma referência nos Estados Unidos? Eu aprendo mais com Lélia Gonzalez do que vocês comigo.” Angela Davis, ao visitar o Brasil em 2019. Fonte: MERCIER, Daniela. Lélia Gonzalez, onipresente. El País, 25 out. 2020. Disponível em: https://brasil.elpais.com/cultura/2020-10-25/lelia-gonzalez-onipresente.html. Acesso em: 16 out. 2021.
  • 49. Dussel: filosofia da libertação Fonte: DUSSEL, E. Filosofia da libertação. São Paulo: Ed. Loyola, 1977, p. 11, 14. EGO COGITO EGO CONQUIRO “Teologia da Libertação”
  • 50. Dussel: filosofia da libertação MÉTODO “ANALÉTICO”: propõe uma filosofia da práxis, em que a ética seja valorizada – um indivíduo eticamente justo é comprometido com a libertação. Imagem: Powerpoint Elaborado especialmente para o CMSP com base em DUSSEL, E. Filosofia da libertação. São Paulo: Ed. Loyola, 1977, p. 21.
  • 51. • ANÍBAL QUIJANO: “colonialidade do poder” Dussel: filosofia da libertação Estudos subalternos; Estudos pós-coloniais; Estudos decoloniais. Padrão de dominação global; face encoberta da modernidade. Elaborado especialmente para o CMSP.
  • 52. Dussel: filosofia da libertação SUGESTÕES GONZALEZ, Lélia. A categoria político-cultural de amefricanidade. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1988. FANON, Franz. Pele negra, máscaras brancas. Salvador: EDUFBA, 2008. PESSANHA, E. A. de Melo. Do epistemicídio: as estratégias de matar o conhecimento negro africano e afrodiaspórico. Disponível em: file:///C:/Users/SEDUC/Downloads/lsardeiro-11- do-epistemicidio-as-estrategias-de-matar-o-conhecimento-negro-africano-e- afrodiasporico.pdf. Revista Cult. Dossiê Aníbal Quijano, o mundo a partir da América Latina. Disponível em: https://revistacult.uol.com.br/home/dossie-cult-anibal-quijano/. QUINTERO, P.; FIGUEIRA, P.; ELIZALDE P. C. Uma breve história dos estudos decoloniais. Disponível em: https://masp.org.br/uploads/temp/temp-QE1LhobgtE4MbKZhc8Jv.pdf. Desscolonizarte, artes visuais de um ponto de vista decolonial. Disponível em: https://blog.evoe.cc/descolonizarte-artes-visuais-de-um-ponto-de-vista-decolonial/. Acessos em: 15 out. 2021 Imagem: Powerpoint https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/problemata/article/view/49136
  • 53. Pálido ponto azul – pt. 01 FILOSOFIA – 1ª SÉRIE (EM)
  • 54. Objetos de conhecimento: • As políticas públicas para o meio ambiente e os impactos de anúncios e publicidade de estímulo ao consumo; • A bioética e sua função descritiva, normativa e protetora; • Os discursos éticos e políticos na identificação de posições não enunciadas. Pálido ponto azul – pt. 01 Imagem: Powerpoint Habilidade: analisar os impactos socioambientais decorrentes de práticas de instituições governamentais, de empresas e de indivíduos, discutindo as origens dessas práticas e selecionando, incorporando e promovendo aquelas que favoreçam a consciência e a ética socioambiental e o consumo responsável.
  • 55. PARA SE ORGANIZAR: • Aula 01: Pálido ponto azul – pt. 01; • Aula 02: Pálido ponto azul – pt. 02. Pálido ponto azul – pt. 01 Caderno do Aluno - 1ª série EM, Currículo em Ação, p. 295 – 299.
  • 56. Pálido ponto azul – pt. 01 “Pale blue dot” (foto tirada pela sonda Voyager 1, a seis bilhões de quilômetros da Terra, em 1990. Série “Retrato de Família”: https://nssdc.gsfc.nasa.gov/photo_gallery/photogallery-solarsystem.html
  • 57. Pálido ponto azul – pt. 01 Currículo em Ação, 2021. Caderno do Aluno, Filosofia, 1ª série EM, vol. 4, p. 295.
  • 58. Há discursos parecidos com este hoje? De quais premissas eles partem? Pálido ponto azul – pt. 01 © Pixabay Elaborado especialmente para o CMSP.
  • 59. “Nunca antes do termo desses últimos quatro séculos de sua história, o homem ocidental percebeu tão bem que, ao arrogar-se o direito de separar radicalmente a humanidade da animalidade, concedendo a uma tudo o que tirava da outra, abria um ciclo maldito. E que a mesma fronteira, constantemente empurrada, serviria para separar homens de outros homens, e reivindicar em prol de minorias cada vez mais restritas o privilégio de um humanismo corrompido de nascença por ter feito do amor-próprio seu princípio e noção.” Pálido ponto azul – pt. 01 LÉVI-STRAUSS, Claude. Jean-Jacques Rousseau, fundador das ciências do homem. In: _____. Antropologia estrutural dois. Trad. Beatriz Perrone-Moisés. São Paulo: Cosac Naify, 2013, p. 45-55. p. 53.
  • 60. Pálido ponto azul – pt. 01 Elaborado especialmente para o CMSP. HOLOCENO ANTROPOCENO O que significa nomear a atual era geohistórica como ANTROPOCENO? Paul Crutzen (Nobel de Química - 1995). Cerca de 12 mil anos atrás. TANATOCENO CAPITALOCENO
  • 61. Pálido ponto azul – pt. 01 Imagem: Powerpoint Elaborado especialmente para o CMSP. Se você fosse nomear a atual era geohistórica, que nome você daria a ela e por quê?
  • 62. Pálido ponto azul – pt. 01 Currículo em Ação, 2021. Caderno do Aluno, Filosofia, 1ª série EM, vol. 4, p. 295. PROPOSTA DE ATIVIDADE:
  • 63. Pálido ponto azul – pt. 01 Imagem: Powerpoint SUGESTÕES: BBC Brasil. 30 anos do 'Pálido Ponto Azul': a icônica foto que mudou a forma como vemos nosso planeta. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/geral-51497794. SAGAN, Carl. Pálido ponto azul. São Paulo: Cia. Das Letras, 2019. HARAWAY, Donna. Antropoceno, Capitaloceno, Plantationoceno, Chthuluceno: fazendo parentes. Disponível em: http://climacom.mudancasclimaticas.net.br/antropoceno-capitaloceno- plantationoceno-chthuluceno-fazendo-parentes/#_edn5. Site Footprint Network. https://www.footprintnetwork.org/. Associação de Pesquisa e Práticas em Humanidades. Que tempos são estes? Disponível em: https://apph.com.br/quetempossaoestes. Acessos em: 20 out. 2021.
  • 64. Pálido ponto azul – pt. 02 FILOSOFIA – 1ª SÉRIE (EM)
  • 65. Habilidade: Analisar os impactos socioambientais decorrentes de práticas de instituições governamentais, de empresas e de indivíduos, discutindo as origens dessas práticas e selecionando, incorporando e promovendo aquelas que favoreçam a consciência e a ética socioambiental e o consumo responsável. Imagem: Powerpoint Objetivos da aula: • As políticas públicas para o meio ambiente e os impactos de anúncios e de publicidade de estímulo ao consumo; • A bioética e sua função descritiva, normativa e protetora; • Os discursos éticos e políticos na identificação de posições não enunciadas. Pálido ponto azul – pt. 02
  • 66. PARA SE ORGANIZAR: Aula 01: Pálido ponto azul – Pt. 01 Aula 02: Pálido ponto azul – Pt. 02 Caderno do Aluno, 1ª série EM, Currículo em Ação, p. 295–299. Pálido ponto azul – pt. 02
  • 68. Ilustração de Henrique Alvim Corrêa para a edição francesa de “A guerra dos mundos”, 1906. Domínio Público. Wikimedia Commons. Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:War-of-the-worlds-tripod.jpg. Ilustração de Warwick Goble para a edição em inglês de 1898. Domínio Público. Wikimedia Commons. Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:War_of_the_Worlds_pg_231.jpg. Acessos em: 8 nov. 2021. Pálido ponto azul – pt. 02
  • 69. Guerra dos mundos, de H. G. Wells, 1897. “Ninguém teria acreditado, nos últimos anos do século XIX, que as atividades humanas estavam a ser ávida e intimamente observadas por uma inteligência superior à do homem, mas tão mortal como a sua; que, enquanto se atarefavam com os seus assuntos, estavam a ser escrutinados e estudados, possivelmente quase tanto quanto um homem com seu microscópio estuda as criaturas efêmeras que se aglomeram e se multiplicam numa gota de água. Com infinita complacência, os homens andavam de um lado para o outro neste globo, entretidos com os seus assuntos, serenos na sua certeza de domínio sobre a matéria.” WELLS. H. G. a Guerra dos Mundos. Trad. João Bernardo Paiva Boléo. Porto: Porto Editora, p. 16. Pálido ponto azul – pt. 02
  • 70. “A atmosfera é muito mais rarefeita que a nossa, os oceanos reduziram-se até apenas um terço da superfície, e as lentas estações deslocam gigantescas massas de neve que se juntam e derretem perto de ambos os polos, inundando periodicamente as zonas temperadas. Esta última fase de exaustão, que para nós é ainda incrivelmente remota, tornou-se um problema atual para os habitantes de Marte. A pressão imediata da necessidade avivou-lhes a inteligência, aumentou-lhes os poderes e endureceu-lhes os corações. E, observando através do espaço, com instrumentos e inteligência para nós difíceis de conceber, eles veem, na sua distância mais próxima, a apenas 56.000.000 quilômetros em direção ao Sol, uma estrela matinal de esperança, o nosso próprio planeta mais quente, repleto de vegetação verde e água cinzenta, com uma atmosfera nublosa cheia de fertilidade, com vislumbres através das nuvens de vastas extensões de países populosos e braços de mar infestados de navios. E nós homens, as criaturas que habitam esta Terra, devemos ser para eles pelo menos tão estranhos e modestos como os macacos e lêmures são para nós”. WELLS. H. G. a Guerra dos Mundos. Trad. João Bernardo Paiva Boléo. Porto: Porto Editora, p. 16-17. Pálido ponto azul – pt. 02
  • 71. “E, antes que os julguemos com demasiada severidade, não podemos esquecer a crueldade e total destruição que a nossa espécie lançou, não apenas sobre os animais, como os extintos bisontes e dodós, como também sobre as nossas próprias raças inferiores.” WELLS. H. G. a Guerra dos Mundos. Trad. João Bernardo Paiva Boléo. Porto: Porto Editora, p. 16. Pálido ponto azul – pt. 02
  • 72. BRUNO LATOUR Filósofo, sociólogo e antropólogo francês (1947). Elaborado especialmente para o CMSP. Bruno Latour. Kokuyo, 2017. CC BY-SA 4.0. Wikimedia Commons. Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Bruno_Latour_in_Taiwan_P1250394_(cropped).jpg. Acesso em: 8 nov. 2021. Pálido ponto azul – pt. 02 • Ciência em ação (1987); • Jamais fomos modernos (1991); • Políticas da natureza (1999); • Diante de Gaia: oito conferências sobre a natureza no Antropoceno (2020).
  • 73. Você já ouviu falar na Teoria de Gaia? Pálido ponto azul – pt. 02 © Pixabay Elaborado especialmente para o CMSP.
  • 74. Do Χάος (Caos – Primeiro deus primordial), nascem quatro filhos: Gaia (mãe-Terra); Tártaro (o abismo); Eros (o amor); Érebo (as trevas); Nix (a noite). Gaia, Anselm Feuerbach (1875). Pálido ponto azul – pt. 02 Elaborado especialmente para o CMSP. Gaia. Anselm Feurbach, 1875. Domínio Público. Wikimedia Commons. Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Feuerbach_Gaea.jpg. Acesso em: 8 nov. 2021.
  • 75. Chronos e Gaia com quatro filhos – as estações do ano personificadas? Mosaico de uma vila romana em Sentinum, primeira metade do śeculo III a.C. Elaborado especialmente para o CMSP. Mosaico em Sassoferrato, Itália, Cerca 200-250 d.C, representando Chronos e Gaia. Glypothek, Munique. Domínio Público. Wikimedia Commons. Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Aion_mosaic_Glyptothek_Munich_W504.jpg. Acesso em: 8 nov. 2021. Pálido ponto azul – pt. 02
  • 76. Hipótese de Gaia A biosfera e os componentes físicos da Terra (atmosfera, criosfera, hidrosfera e litosfera) funcionam de modo intimamente integrado, formando um complexo sistema interagente, o qual mantém as condições climáticas e biogeoquímicas preferivelmente em equilíbrio. Ou seja, a vida e seu substrato inorgânico são interdependentes. James Lovelock (ambientalista inglês), a sugestão da denominação veio de Willian Golding (1972). “As idades de Gaia” (1988) “A vingança de Gaia” (2006) Em 2040, a Europa se pareceria com o Saara e Londres estaria submersa. Pálido ponto azul – pt. 02 Elaborado especialmente para o CMSP.
  • 77. Pálido ponto azul – pt. 02 Três fatores nos anos 1990: 1. A globalização. 2. O aumento das desigualdades sociais. 3. As mutações climáticas. É necessário ter uma visão unificada desses três fenômenos, em vez de continuarmos a entendê-los de forma isolada. Elaborado especialmente para o CMSP. LATOUR, Bruno. Diante de Gaia: oito conferências sobre a natureza no Antropoceno. Ubu Editora, 2020. • Latour: Gaia é uma noção interessante para refletir sobre a catástrofe ecológica contemporânea. Gaia como conceito nos permite pensar em soluções para os problemas ecológicos sem recair na separação, na dicotomia natureza x cultura.
  • 78. Pálido ponto azul – pt. 02 Considerada por Latour como mais importante do que a passagem do Antigo Regime das monarquias para os Novos Regimes da modernidade, no século XVIII, o NRC fala de uma alteração de todo planeta em um período de 10 mil anos. NOVO REGIME CLIMÁTICO (NRC) Elaborado especialmente para o CMSP. LATOUR, Bruno. Diante de Gaia: oito conferências sobre a natureza no Antropoceno. Ubu Editora, 2020.
  • 79. SUGESTÕES: Filme “Mãe!”. Dir.: Darren Aronofsky (2017). Canal Instituto de Estudos Avançados da USP. Vídeo “Gaia – de mito a ciência”. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=r75GXUp3LM0. Acesso em: 8 nov. 2021. Canal The Economist. Vídeo “How to save humankind (according to James Lovelock). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=HuGj5n_vYz4. Acesso em: 8 nov. 2021. [ativar legendas em português]. Imagem: PowerPoint Pálido ponto azul – pt. 02
  • 80. Antropoceno e clima Profª. Maria Fernanda Degan FILOSOFIA – 1ª SÉRIE (EM)
  • 81. Habilidade – Analisar os impactos socioambientais decorrentes de práticas de instituições governamentais, de empresas e de indivíduos, discutindo as origens dessas práticas e selecionando, incorporando e promovendo aquelas que favoreçam a consciência e a ética socioambiental e o consumo responsável. Objetivos da aula: • As políticas públicas para o meio ambiente e os impactos de anúncios e publicidade de estímulo ao consumo; • A bioética e sua função descritiva, normativa e protetora; • Os discursos éticos e políticos na identificação de posições não enunciadas. Antropoceno e clima Imagem: Powerpoint
  • 82. PARA SE ORGANIZAR: Aula 01 – Pálido ponto azul – Pt. 01 Aula 02 – Pálido ponto azul – Pt. 02 Aula 03 – Antropoceno e clima. Caderno do Aluno – 1ª série EM, Currículo em Ação, p. 295 – 299. Imagem: Powerpoint Antropoceno e clima
  • 83. CONFERÊNCIA DO CLIMA Brasil participa da COP26, conferência para discutir meio ambiente e clima Delegação brasileira vai buscar consensos em questões ambientais e mostrar ações de preservação. A 26ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP26), em Glasgow, na Escócia, teve início no domingo (31). O encontro sobre o clima e o meio ambiente reúne representantes dos 196 países signatários do Acordo de Paris. Entre os assuntos discutidos estão ações de desenvolvimento e preservação do meio ambiente, emissão de gases que provocam efeito estufa e aquecimento global. Governo do Brasil. Conferência do Clima. Brasil participa da COP26, conferência para discutir meio ambiente e clima. CC BY-ND 3.0. Disponível em: https://www.gov.br/pt-br/noticias/meio-ambiente-e-clima/2021/10/brasil-participa-da-cop26-conferencia-para-discutir-meio- ambiente-e-clima. Acesso em: 17 nov. 2021. Antropoceno e clima
  • 84. CLIMA Conjunto dos fenômenos meteorológicos (temperatura, pressão atmosférica, ventos e precipitações) que caracterizam o estado médio da atmosfera e sua evolução em um lugar determinado. Imagem: Powerpoint Dicio. Dicionário Online de Português. Climas. Disponível em: https://www.dicio.com.br/climas/. Acesso em: 17 nov. 2021. Antropoceno e clima
  • 85. 𝑽𝒑𝒕 “Perspectiva de valores” Elaborado especialmente para o CMSP com base em LACEY, H. Os valores do progresso tecnocientífico e os pressupostos da sua sustentação. Revista Dialectus. Ano 9,n. 17. Maio-agosto 2020. p. 15-38. Disponível em: http://periodicos.ufc.br/dialectus/article/view/60606/162098. Acesso em: 17 nov. 2021. “pesquisa – SD” Ciência, tecnologia e valores Antropoceno e clima
  • 86. Em que se funda a legitimidade de implementar e utilizar inovações tecnocientíficas no mundo da vida cotidiana? © Pixabay Elaborado especialmente para o CMSP. Antropoceno e clima
  • 87. Antropoceno e clima SUGESTÕES Sobre Palavras. Revista Veja. “Do ‘klima’ ao clima”. Disponível em: https://veja.abril.com.br/blog/sobre-palavras/do-klima-ao-clima/. Acesso em: 17 nov. 2021. MARICONDA, Pablo; LACEY, Hugh. O modelo das interações entre as atividades científicas e os valores. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ss/a/WzsbnD95vXNn9DYLdfyQdMB/?lang=pt. Acesso em: 17 nov. 2021. TV Cultura. ONU faz alerta urgente sobre impacto humano irreversível para o clima. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=rk9u95YrmmI. Acesso em: 17 nov. 2021. Imagem: Powerpoint