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ESPM – ESCOLA SUPERIOR DE PROPAGANDA E MARKETING
TRABALHO DE CONCLUSÃO DA MATÉRIA PCAII
Bianca Phaeton
Livia Neves
Taís Malheiros
Walison Santana
CRIAÇÃO DE UMA PLATAFORMA E APLICATIVO QUE POSSIBILITA CUSTOMIZAR E
DIVULGAR OFERTAS PARA FREQUENTADORES DE SHOPPINGS.
Rio de Janeiro
2013
Bianca Phaeton
Livia Neves
Taís Malheiros
Walison Santana
CRIAÇÃO DE UMA PLATAFORMA E APLICATIVO QUE POSSIBILITA CUSTOMIZAR E
DIVULGAR OFERTAS PARA FREQUENTADORES DE SHOPPINGS.
Professor orientador: Eduardo Ariel
Rio de Janeiro
2013
RESUMO
O presente trabalho propõe a criação de um sistema composto por uma plataforma para
gerenciamento de ofertas e um aplicativo de promoções e interação entre o shopping e seus clientes
utilizando recursos de uma rede Wi Fi, localização indoor, realidade aumentada e análise de
comportamento. O cliente poderá fazer das suas compras uma experiência mais agradável e
rentável. O usuário de smartphone, frequentador de um shopping, ao entrar no estabelecimento é
convidado a utilizar a rede Wi Fi e para isto, ele deverá fazer um download de um aplicativo e
preencher um breve cadastro com seus dados pessoais, além de um questionário sobre gostos e
interesses para finalizar o seu acesso ao aplicativo e, assim, iniciar uma nova experiência. O usuário
terá acesso a banners, flyers e adesivos espalhados pelo shopping que o convidarão a utilizar o
aplicativo e aproveitar os descontos e promoções. O aplicativo utilizará o recurso de geolocalização
e a plataforma o recurso de customização de promoções seguindo o perfil de consumo dos usuários
já captados inicialmente. Desta forma torna-se possível gerar aumento de transações nos momentos
de hiato dos estabelecimentos localizados dentro do shopping por meio da criação de ofertas. Uma
vez instalado o aplicativo, toda vez que o usuário retornar ao shopping, o aplicativo conectará
automaticamente a rede Wi Fi (a não ser que o smartphone esteja com este recurso bloqueado) para
que as interações sejam iniciadas. Também serão enviadas via SMS aos usuários, com este serviço
pré-programado, notificações de promoções e ofertas. Outra experiência oferecida diz respeito ao
momento em que o usuário estiver dentro de uma loja: o mesmo poderá participar de uma
experiência de realidade aumentada ao acessar o espaço online da marca, por meio de recursos
como o uso do QR Code nas etiquetas das roupas, acessórios e objetos e provadores virtuais, o que
lhe permitirá acessar maiores informações no espaço da loja no aplicativo ou aumentar a interação
do cliente com a marca nas redes sociais.
Palavras-chave: Shopping, Descontos, Clientes.
ABSTRACT
This project proposes the creation of a system composed of a platform for managing offers
and an application for sales and interaction between the mall and its clients using the resources of
a Wi Fi, indoor location, improved reality and behavior analysis. The customer can make their
shopping experience more enjoyable and profitable. The smartphone user, a mall-goer, to enjoy the
facility of the application is invited to use the Wi-Fi network and make a download of the
application and fill out a brief registration with their personal data, plus a questionnaire about
tastes and interests to terminate the access and thus initiate the new experience. The user will have
access to banners, flyers and stickers around the mall that will invite him to use the application and
take advantage of sales and discounts. The application uses the GPS feature and the platform
customizes promotions by following the consumption profile of users already captured initially.
Thus it becomes possible to generate increased transactions in times of hiatus establishments
located within the mall through the creation of offers. Once installed the application, every time the
user returns to the mall, the app will automatically connect to a Wi-Fi network (unless the
smartphone is locked for this feature) so that the interactions are initiated. A SMS message will also
be sent to users with this service preprogrammed for notifications of promotions and offers.
Another experience is offered with regard to when the user is inside a store: he will be able to
participate in an improved reality experience when accessing the online space of the brand,
through features such as the use of the QR Code on clothing labels, accessories and objects to be
used in a virtual fitting room, allowing him to access more information in the brand store space or
increase his customer interaction with the brand on social networks.
Key words: Shopping, Discounts, Costumers.
SUMÁRIO
1 Introdução .........................................................................................................13
2 Descrição da organização ................................................................................15
2.1 O projeto ..............................................................................................15
2.2 Parceiros e atividades chave ................................................................25
2.3 Proposições de valor ............................................................................26
2.4 Relacionamento com o cliente ............................................................26
2.5 Canais de comunicação .......................................................................26
2.6 Recursos chave ....................................................................................26
2.7 Estrutura de custos ..............................................................................27
2.8 Fluxos de receitas ................................................................................28
2.9 Definições estratégicas ........................................................................30
2.9.1 Missão ..............................................................................................30
2.9.2 Visão .................................................................................................30
2.9.3 Valores .............................................................................................30
3 Análise externa .................................................................................................30
3.1 Macro ambiente ...................................................................................30
3.1.1 Econômico ........................................................................................30
3.1.1.1 Panorama mundial ........................................................................30
3.1.1.2 Panorama econômico nacional .....................................................32
3.1.1.2.1 Emprego e renda .........................................................................34
3.1.2 Demografia ......................................................................................36
3.1.3 Socio-Cultural ................................................................................38
3.1.3.1 Movimentos e tendências no Brasil ..............................................38
3.1.4 Político-legal ...................................................................................39
3.1.4.1 A intermediação junto aos órgão de defesa do consumidor ..........41
3.1.4.2 Termos de ajustes de conduta ........................................................41
3.1.5 Legislação das redes sociais e comportamento do usuário .............43
3.1.6 Segurança da informação ................................................................45
3.1.7 Tecnológico ......................................................................................46
3.2 Microambiente ...................................................................................49
3.2.1 Mercado ............................................................................................49
3.2.1.1 Redes sociais ................................................................................51
3.2.1.2 Tamanho do mercado ...................................................................52
3.2.1.2.1 Participação de mercado ............................................................53
3.2.1.3 Estratégias de marketing dos shoppings ........................................54
3.2.1.4 Concorrência .................................................................................56
3.2.1.4.1 Concorrência direta ....................................................................56
3.2.1.4.1.1 Ubee ........................................................................................57
3.2.1.4.1.2 Tô no shopping ........................................................................57
3.2.1.4.1.3 Clube Premiare ........................................................................58
3.2.1.4.2 Concorrência indireta .................................................................58
3.2.1.4.2.1 Groupon e Peixe Urbano ........................................................58
4 Consumidor ......................................................................................................59
4.1 Classe C ...............................................................................................59
4.1.1 Perfil de consumo, hábitos de uso e atitudes ....................................61
4.2 Jovens e adolescentes ..........................................................................63
4.2.1 Perfil de consumo, hábitos de uso e atitudes ....................................63
5 Marketing Mix ..................................................................................................64
6 Posicionamento .................................................................................................65
6.1 Mapa perceptivo ..................................................................................66
7 Diagnóstico ........................................................................................................67
7.1 Análise Swot .......................................................................................67
7.2 Cinco forças de Porter .........................................................................67
7.2.1 Ameaças a novos entrantes (Barreiras de entrada) ...........................67
7.2.2. Ameaça de substitutos .....................................................................67
7.2.3. Poder de barganha dos clientes .......................................................68
7.2.4. Poder de barganha dos fornecedores ...............................................68
7.2.5. Rivalidade entre concorrentes (Barreira de saída) ..........................69
7.3. Estratégia do Oceano Azul .................................................................69
7.4 Benchmarking .....................................................................................71
7.4.1 Benchmarking funcional ..................................................................72
7.5 Produto de análise ................................................................................73
8 Apresentação do produto .................................................................................73
8.1 Matriz de avaliação ..............................................................................74
8.2 Estudo de cores.....................................................................................74
8.3 Famílias tipográficas ............................................................................75
8.4 A marca ................................................................................................76
8.5 Logo .....................................................................................................77
8.5.1 Recomendações de uso da logo.........................................................77
9 Arquitetura de informação ..............................................................................78
9.1 Árvore preliminar do sistema (Fluxograma) .......................................78
9.2 Card Sorting ........................................................................................80
9.3 Mind Map ............................................................................................81
9.4 Conformidade guideline da Apple .......................................................82
10 Usabilidade ......................................................................................................88
10.1 Wireframes.........................................................................................88
10.2 Avaliação de compreensão (Ícones)...................................................91
10.3 Design de interface (Layout do projeto) ............................................96
10.4 Prototipagem ......................................................................................98
10.5 Testes de prototipagem.......................................................................98
10.5.1 Considerações sobre os testes .........................................................99
11 Estudo do público alvo..................................................................................100
11.1 Persona ............................................................................................100
11.2 Pesquisa qualitativa (Coleta de dados).............................................101
11.2.1 Gráficos da pesquisa......................................................................101
11.3 Cenário .............................................................................................109
12 Conclusão.......................................................................................................112
13 Referências ....................................................................................................113
13.1 Bibliográfica.....................................................................................113
13.2 Digital...............................................................................................114
14 Lista de termos .............................................................................................119
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Experiência personalizada com localização por GPS ....................... 16
Figura 2 – Experiência personalizada para angriar novos clientes ......................16
Figura 3 – Mapeamento indor dos serviços personalizados versus a localização
dos usuários ..........................................................................................................17
Figura 4 – Experiência mobile com processo de autenticação ............................ 18
Figura 5 – Autenticação .......................................................................................18
Figura 6 – Fluxo de tarefas ..................................................................................19
Figura 7 – A plataforma .......................................................................................19
Figura 8 – Fluxo de tarefas ..................................................................................20
Figura 9 – A plataforma .......................................................................................20
Figura 10 – Autenticação .....................................................................................21
Figura 11 – Fluxo de tarefas ................................................................................21
Figura 12 – A plataforma .....................................................................................22
Figura 13 – A plataforma..................................................................................... 22
Figura 14 – A plataforma .....................................................................................23
Figura 15 – A paltaforma .....................................................................................23
Figura 16 – A plataforma..................................................................................... 24
Figura 17 – A plataforma .....................................................................................24
Figura 18 – A plataforma .....................................................................................25
Figura 19 – Canvas de estrutura do modelo de negócios..................................... 27
Figura 20 – Estudo do mercado dos shoppings no Brasil.....................................28
Figura 21 – Estrutura da receita do projeto.......................................................... 29
Figura 22 – Gráfico da variação do PIB brasileiro ..............................................32
Figura 23 – Gráfico do crescimento do PIB ........................................................ 32
Figura 24 – Gráfico do PIB e Investimento......................................................... 33
Figura 25 – Gráfico do invertimento brasileiro ................................................... 33
Figura 26 – Gráfico do coeficiente de Gini ..........................................................34
Figura 27 – Gráfico da evolução do salário mínimo real..................................... 35
Figura 28 – Gráfico da taxa de desemprego ........................................................ 35
Figura 29 – Gráfico de composição das classes brasileiras .................................36
Figura 30 – Gráfico da composição populacional por gênero ............................. 37
Figura 31 – Quadro de composição populacional por faixa etária ...................... 37
Figura 32 – Quadro de crescimento das capitais .................................................38
Figura 33 – Wi-Fi Offload ................................................................................... 48
Figura 34 – Gráfico de redes sociais e e-commerce por gênero.......................... 51
Figura 35 – Fluxo médio diário e densidade de visitantes por parte de shopping 54
Figura 36 – Novos shoppings até 2014................................................................ 55
Figura 37 – Crescimento da base instalada de shopping nos próximos 3 anos ....55
Figura 38 – Imagem ilustrativa de marketing mix dos concorrentes....................65
Figura 39 – Tabela dos 4P’s da concorrência ......................................................65
Figura 40 – Gráfico do mapa perceptivo ..............................................................66
Figura 41 – Quadro da Análise SWOT.................................................................67
Figura 42 – Gráfico da Matriz de avaliação..........................................................70
Figura 43 – Quadro das quatro ações....................................................................71
Figura 44 – Tabela de Banchmarking Funcional..................................................72
Figura 45 – Tabela de oportunidades e ameaças do aplicativo.............................73
Figura 46 – Matriz de avaliação............................................................................74
Figura 47 – Estudo das cores ................................................................................75
Figura 48 – Famílias tipográficas ........................................................................76
Figura 49 – Logo...................................................................................................77
Figura 50 – Recomendações de uso da logo.........................................................78
Figura 51 – Fluxograma preliminar do projeto.....................................................79
Figura 52 – Card Sorting.......................................................................................81
Figura 53 – Mind Map inicial do projeto..............................................................82
Figura 54 – Barra de ferramentas e barra de navegação dos botões.....................83
Figura 55 – Feedback............................................................................................84
Figura 56 – Exibição de tabela..............................................................................85
Figura 57 – Indicador de Valor (slider) ................................................................85
Figura 58 – Alerta de visualização temporária ....................................................86
Figura 59 – Campo de texto..................................................................................87
Figura 60 – Botões e imagens...............................................................................88
Figura 61 – Grid guia............................................................................................89
Figura 62 – Wireframes do projeto.......................................................................90
Figura 63 – Teste de avaliação de compreensão dos ícones: símbolos organizados
por grupo................................................................................................................91
Figura 64 – Teste de avaliação de compreensão dos ícones: usuário 01 inicia o
teste começando a combinar os símbolos para estruturar o menu ........................92
Figura 65 – Teste de avaliação de compreensão dos ícones: usuário 01 estrutura
uma possível combinação dos símbolos para o menu............................................92
Figura 66 – Teste de avaliação de compreensão dos ícones: usuário 01 estrutura
o que acredita ser a melhor estrutura para o menu.................................................93
Figura 67 – Teste de avaliação de compreensão dos ícones: usuário 02 estrutura
Uma possível combinação dos símbolos para o menu...........................................93
Figura 68 – Teste de avaliação de compreensão dos ícones: usuário 02 estrutura
o que acredita ser a melhor estrutura para o menu.................................................94
Figura 69 – Teste de avaliação de compreensão dos ícones: usuário 03 estrutura
uma possível combinação dos símbolos para o menu............................................94
Figura 70 – Teste de avaliação de compreensão dos ícones: usuário 03 estrutura
o que acredita ser a melhor estrutura para o menu.................................................95
Figura 71 – Teste de avaliação de compreensão dos ícones: usuário 04 estrutura
uma possível combinação dos símbolos para o menu ...........................................95
Figura 72 – Teste de avaliação de compreensão dos ícones: usuário 04 estrutura
o que acredita ser a melhor estrutura para o menu.................................................96
Figura 73 – Telas do aplicativo.............................................................................97
Figura 74 – Teste de prototipagem .....................................................................100
Figura 75 – Gráfico de dados sobre o sexo dos participantes.............................101
Figura 76 – Gráfico de dados sobre a faixa etária dos participantes ..................102
Figura 77 – Gráfico de dados sobre o grau de escolaridade dos participantes ...102
Figura 78 – Gráfico de dados sobre com quem os participantes moram............103
Figura 79 – Gráfico de dados sobre a frequência de visitas dos participantes ao
shopping...............................................................................................................103
Figura 80– Gráfico de dados sobre o motivo das visitas dos participantes ao
shopping...............................................................................................................104
Figura 81 – Gráfico de dados sobre a frequência de compras feitas pelos
participantes .........................................................................................................104
Figura 82– Gráfico de dados sobre o motivo das compras efetuadas pelos
participantes .........................................................................................................105
Figura 83 – Gráfico de dados sobre o acesso a internet pelo celular dos
participantes .........................................................................................................105
Figura 84 – Gráfico de dados sobre a funcionalidade mais utilizada no celular
dos participantes...................................................................................................106
Figura 85 – Estereótipo da Persona 1 .................................................................108
Figura 86 – Estereótipo da Persona 2 .................................................................109
LISTA DE SIGLAS
ANPROTEC - Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores
ABDI - Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial
B2B – Business to Business
CISCO -Cisco Systems, Inc
FIA - Fundação Instituto de Administração
GPS - Global Positioning System
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IOS - iPhone/iPad/iPod Operational System
LAN – Local Area Network
PDV – Ponto de venda
MBIT/S - Mega Bytes per second
MSAP - Mobility Services Advertisement Protocol
NGH - Next Generation Hotspot
QR Code - Quick Response Code
SMS - Short Message Service
SWOT - Matriz Strengths, Weaknesses, Opportunities, and Threats (KOTLER)
TI - Tecnologia da Informação
UFPE - Universidade Federal de Pernambuco
USB - Universal Serial Bus
WI FI - Wireless Fidelity
13
INTRODUÇÃO
A transição do desktop para dispositivos móveis, como tablets e smartphones, atualmente
é um realidade cada vez mais comum. De tão atrativa, esta nova conjuntura tem gerado uma
discussão se os desktop ou laptops estarão destinados ao desuso. Isto se deve ao fato de um
smartphone unir à pró-atividade da web, à mobilidade e a facilidade de um celular com o
multiuso dos aplicativos. Afinal, um aplicativo instalado em um celular com GPS, sensor de
movimento e de iluminação, transforma um pequeno hardware em uma ferramenta sem limites.
Tão sem limites que atualmente milhares de aplicativos são criados e registrados na Apple App
Store, Play Store, Blackberry App World, Market Place e Amazon App Store. Porém, o mais
importante é entender a mudança no comportamento do usuário que em poucos anos se acostumou
e se transformou em um heavy user de smartphones.
É possível perceber que brasileiros que moram em grandes e médias metrópoles têm, além
do hábito do uso de smartphones, o hábito frequente de ir ao shopping. Seja por motivo de lazer
(principalmente aos domingos e acompanhado da família) ou de passagem (um almoço no horário
de trabalho), o ambiente do shopping faz parte, pelo menos uma vez por semana, da vida de vários
brasileiros. Além da conveniência, da segurança e do fato do Brasil ter uma grande classe média
emergente, outro fator pode aumentar a frequência nos shoppings: o acesso à Internet por meio da
tecnologia Wi Fi. Para trazer mais consumidores para seu estabelecimento, inúmeros grupos donos
de grandes shoppings, como por exemplo, o grupo Jereissati e os shoppings Iguatemi, estão
oferecendo acesso à internet por meio de redes Wi Fi que é limitado por raio de alcance e senhas.
Mesmo com o crescimento da oferta do lazer aliado à prestação de serviços, com o conforto, a
segurança e a conveniência, fazer compras ainda é a principal motivação da ida ao shopping.
O perfil do atual usuário de smartphones quer estar conectado 24 horas e ter acesso a bons
preços. Já os lojistas buscam cada vez mais aumentar a rentabilidade de seus estabelecimentos. Ao
analisarmos os principais frequentadores de shoppings, ou seja, a mulher de 18 a 30 anos e pessoas
das classes C e D, principalmente C, percebemos um forte potencial de aumento na taxa de
conversão das vendas. Fato impulsionado pelo crescimento do poder aquisitivo feminino da
chamada nova classe média brasileira. Pensando em tornar a experiência de ir a um shopping mais
do que acessar a internet, propõe-se aumentar o lucro dos lojistas e, assim dos grupos donos dos
shoppings e seus investidores, com a ideia de um aplicativo que torna a ida ao shopping interativa,
14
econômica e simples idealizado para os consumidores. Para os lojistas, foi idealizada uma
plataforma de gerenciamento de ofertas, marketing mobile e analytics para os lojistas.
O projeto We look tem como objetivo criar um sistema composto por uma plataforma
para gerenciamento de ofertas e um aplicativo de promoções e interação entre o shopping e seus
clientes utilizando recursos de uma rede Wi Fi, localização indoor, realidade aumentada e análise
de comportamento. O cliente poderá fazer das suas compras uma experiência mais agradável e
rentável.
Como análise de benchmarking, foi feito um estudo da concorrência representada pelos
produtos Clube Premiare, Tô no Shopping e Ubee, pois estes representam os principais
concorrentes no mercado de aplicativos voltados para uso no varejo de shoppings.
Como fluxo de receitas, o projeto será vendido para grupos administradores de shoppings,
que revenderão o projeto para os lojistas e gerentes dos estabelecimentos dentro do shopping que
tenham interesse em aumentar as suas receitas. Além deste valor inicial de venda como receita, o
projeto também oferece a possibilidade de manutenção do sistema com uma equipe alocada dentro
do shopping ou o serviço de branding application para publicidade de marcas dentro do aplicativo.
O produto se apresenta em um aplicativo com um layout leve e tecnológico, priorizando
as cores azul, prata e branco associadas as cores da marca, rosa pink, azul esverdeado e prata.
Essas cores unidas remetem a ideia de modernidade, confiabilidade e tecnologia que o projeto
busca comunicar. O processo de design de interface foi feito por meio do desenvolvimento do
wireframe e do layout, sendo que ambos foram avaliados e aprovados por meio de testes de
usabilidade e acessibilidade, como os testes com protótipos de alta e baixa fidelidade.
Como estudo do público alvo, foram elaboradas personas e cenários e também foi feita
uma pesquisa qualitativa para melhor conhecimento dos interesses e objetivos dos possíveis
futuros consumidores do produto em questão. Deste modo, foi percebido que o mercado de
aplicativos para uso em ambientes de varejo de shoppings está se desenvolvendo rapidamente, mas
ainda existem poucos concorrentes com projetos inovadores e que realmente atendam as
necessidades da classe C, uma vez que esta busca cada vez mais descontos com qualidade e
rapidez.
15
2 DESCRIÇÃO DA ORGANIZAÇÃO
O projeto We look destina-se a uma negociação B2B, onde dentro de um sistema,
composto por uma plataforma e um aplicativo que emitirá um código promocional com desconto,
por meio de uma rede Wi Fi, e o serviço de operação e manutenção das ofertas por meio da
plataforma.
Idealizada para os lojistas, a plataforma se estrutura onde eles poderão ter acesso a um
servidor geral com o painel administrativo da loja e customizar ofertas, elaborar campanhas de
marketing e ter acesso ao CRM, mediante ao alinhamento às estratégias do grupo administrativo do
shopping. Tal plataforma é a solução ideal para criar, divulgar e acompanhar os resultados de
ofertas exclusivas, manter um relacionamento direto com os consumidores, obter estatísticas
diferenciadas sobre o perfil dos clientes e seus hábitos de consumo e muito mais.
Também criado para os consumidores, o aplicativo apresenta promoções e interação entre
o shopping e seus clientes utilizando recursos de uma rede Wi Fi. Ao acessar o aplicativo, o usuário
poderá localizar e participar das promoções customizadas pelos lojistas na plataforma, compartilhá-
las e curtí-las no Facebook ou enviar para amigos por SMS ou e-mail, salvar as suas ofertas
preferidas em uma wish list e ver a distância deste em relação as lojas de sua escolha no mapa
indicativo. Além disso, ter acesso ao espaço online das marcas, onde poderá ter uma experiência de
realidade aumentada, por meio do uso da leitura do QR code nos tags dos objetos, uso do provador
virtual para desenvolver a estratégia de up selling e acesso ao acervo digital da marca, como vídeos
e fotografias.
2.1 O PROJETO
Para esse projeto de conclusão de PCAII estamos aplicando empreendedorismo social, um
conceito utilizado para descrever um negócio (KOLKO, 2011) que tenta gerar um novo tipo de
lucro – uma forma social de moeda, normalmente definida como um tipo de avaliação das
necessidades humanas. Essa é uma forma de empreendedorismo que existe há bastante tempo,
desenvolvida normalmente em trabalhos inovadores onde se cria produtos, sistemas e serviços para
ajudar as pessoas a fazerem mais coisas, serem felizes, ou qualquer outro utilitário emocional que
possa promover benefícios úteis segundo o especialista em design de interação. (KOLKO, 2011).
16
O projeto é composto de uma plataforma de interação digital que permite customização de
ofertas, campanhas publicitárias, e promoções on-line, além de manipular toda base de dados
coletadas em gráficos analíticos que auxiliam na segmentação do mercado consumidor.
Figura 01 – Experiência personalizada com localização por GPS
Fonte: Cisco, 2012.
Figura 02 – Experiência personalizada para angariar novos clientes
Fonte: Cisco, 2012.
17
Um grande diferencial do projeto é o recurso de localização, que permite que o cliente
receba descontos de estabelecimento próximos a ele de acordo com seus interesses, além de uma
pesquisa de comparação de preços como o buscapé e zoom tornando o produto mais atraente para o
cliente.
Figura 03 – Mapeamento indoor dos serviços personalizados versus a localização dos usuários
Fonte: Cisco, 2012.
Abaixo será listado quais são os passos para que o usuário do shopping interaja com o
aplicativo.
PASSO I: O cliente entra no shopping e é convidado a ter acesso à rede Wi Fi. Para isso é
necessário baixar o aplicativo We look e iniciar a interação com a plataforma.
18
Figura 04 – Experiência mobile com processo de autenticação.
Fonte: Cisco, 2012.
Figura 05 – Autenticação.
Fonte: Cisco, 2012
19
PASSO II: Após baixar o aplicativo e autorizar a interação, o cliente preencherá um questionário de
perfil de consumo e costumes.
Figura 06 – Fluxo de tarefas.
Fonte: MALHEIROS, NEVES, PHAETON, SANTANA, 2013
Figura 07 – A plataforma.
Fonte: Cisco, 2012
PASSO III: Já dentro do shopping, o usuário inicia a interação com a plataforma por meio da rede
Wi Fi, recebendo notificações e tendo acesso a todas as promoções.
20
Figura 08 – Fluxo de tarefas.
Fonte: MALHEIROS, NEVES, PHAETON, SANTANA, 2013
Figura 09 – A plataforma.
Fonte: Cisco, 2012
PASSO IV: Utilizando o serviço de localização e com informação de interesses e gostos do cliente,
a plataforma customizada ofertas segmentadas e envia notificações para o cliente convidando-o a
21
entrar no estabelecimento próximo a ele e utilizar o seu desconto.
Figura 10 – Autenticação.
Fonte: Cisco, 2012
PASSO V: O cliente sempre terá a opção de permitir ou não se quer receber as ofertas ou continuar
com a interação.
Figura 11 – Fluxo de tarefas.
Fonte: MALHEIROS, NEVES, PHAETON, SANTANA, 2013
22
Figura 12– A plataforma.
Fonte: Cisco, 2012
PASSO VI: Se houver o desejo de continuar a interação, será oferecido um serviço de comparação
de preços de produtos em oferta.
Figura 13 – A plataforma.
Fonte: Cisco, 2012
23
Figura 14– A plataforma.
Fonte: Cisco, 2012
PASSO VII: Ao sair da loja, o cliente migra para o 3G automaticamente e o controlador da rede Wi
Fi identifica o ID do smartphone.
Figura 15 – A plataforma.
Fonte: Cisco, 2012
PASSO VIII: O controlador da rede Wi Fi identifica o ID do smartphone para que sempre que o
cliente retornar ao shopping o mesmo seja conectado automaticamente à rede Wi Fi.
24
Essa é uma solução que permite interação com o usuário através de tecnologia Wi Fi e uma
plataforma de nova geração oferecendo a melhor experiência de compras entre o frequentador
portador de um smartphone e as lojas e estabelecimentos do shopping.
Figura 16 – A plataforma.
Fonte: Cisco, 2012
A plataforma permitirá que os novos smartphones e os hotspot realizem todo tipo de
interação.
Figura 17 – A plataforma.
Fonte: Cisco, 2012
25
Os novos smartphones já estão aptos para suportar a tecnologia de serviços de publicidade
e diversas interações.
Figura 18 – A plataforma.
Fonte: Cisco, 2012
2.2 PARCEIROS E ATIVIDADES CHAVE
Os parceiros chave do projeto são as lojas e os restaurantes do shopping que contratarão o
serviço, assim como o serviço de concierge prestado pelos shoppings, o qual prestará
esclarecimento para as dúvidas dos usuários frequentadores do shopping e a equipe administrativa
do shopping, responsável pela pré-aprovação das ofertas.
São consideradas atividades chave a prospecção de novos parceiros comerciais ou
investidores para o projeto, planejamento de marketing para divulgação da marca e aumento de
fatores como share of mind, aumento da barreira de entrada de novos concorrentes e fidelização dos
clientes (grupos donos de shoppings) e consumidores frequentadores de shopping. Além disso, deve
ocorrer a manutenção e atualização da plataforma e do aplicativo para a entrega destes aos
respectivos usuários, ou seja, donos dos estabelecimentos e consumidores localizados dentro dos
shoppings. Essa atividade deve ser feita de maneira que a característica de exclusividade do projeto
seja sempre preservada.
26
2.3 PROPOSIÇÕES DE VALOR
Por ser um aplicativo de fácil acesso (somente por meio do uso de uma rede Wi Fi de longa
distância) e com uso de alta tecnologia, apresenta uma experiência estável, prazerosa e útil, uma vez
que ao se conectar, o cliente recebe as melhores ofertas do shopping, sem precisar buscá-las em
sites ou ir ao estabelecimento físico. O projeto também traz o aspecto social por meio da divulgação
das promoções entre os usuários, onde este pode convidar amigos a participar de um desconto
através de um share nas redes sociais, além de causar buzz no shopping, propocionando uma
melhoria na imagem dos estabelecimentos participantes e também a possibildade de um futuro
branding application. O questionário preenchido no primeiro acesso ao aplicativo fornece uma base
de dados confiável aos donos dos estabelecimentos do shopping para análise do perfil de consumo e
localização dos seus frequentadores.
2.4 RELACIONAMENTO COM O CLIENTE
O relacionamento com o cliente (grupos donos de shopping) acontecerá por meio de uma
equipe de programação para manutenção e atualização da plataforma e do aplicativo, que poderá ser
alocada ou terceirizada, e de um analista de marketing e negócios.
2.5 CANAIS DE COMUNICAÇÃO
Por ser um projeto que exige uma comunicação em âmbito físico e de grande espectro (um
grande ambiente como o shopping) e também dinâmico e virtual (Internet), serão utilizados canais
de comunicação impressos, como flyers, folders, banners e outdoors dentro dos shoppings e nas
proximidades, e digitais como mídias sociais (por exemplo o Facebook), sites do shopping e das
marcas participantes, e-mail marketing e publicidade impressa em revistas para divulgar o
aplicativo dentro do shopping ou em estabelecimentos associados.
2.6 RECURSOS CHAVE
Como recursos chave, serão utilizados a rede Wi Fi do shopping, uma ferramenta de disparo
de SMS e um gerador de QR Code instalados dentro da plataforma. O aplicativo será programado
em Cocoa Touch, sendo assim necessário que o usuário frequentador do shopping possua um
smartphone compatível.
27
2.7 ESTRUTURA DE CUSTOS
Nosso modelo de negócio consiste na venda de uma plataforma integrada à rede Wi Fi do
shopping, do aplicativo We Look, das licenças por lojas e da operação assistida por um ano
conforme descrito no plano financeiro em um modelo B2B oferecido aos donos dos shoppings,
além e o ganho de 1% em cima de qualquer compra que foi convertida através de leads gerados no
aplicativo We look.
Figura 19 – Canvas da estrutura do modelo de negócios
Fonte: MALHEIROS, NEVES, PHAETON, SANTANA, 2013.
Ao se analisar o mercado dos shoppings no Brasil, percebe-se um grande potencial de gerar
um aumento no ticket médio dos frequentadores. Hoje um shopping de grande porte em uma
localização urbana tem em média 270 lojas e um fluxo de médio de 23.000 pessoas transitando
diariamente em todo país. Frequentadores esses que gastam em média, R$19,08, proveniente de
uma demanda qualificada de famílias de média e alta renda que, atualmente, compõem mais de 80%
das vendas realizadas nos shopping centers.
28
O	
  Mercado	
   R$	
  
Faturamento	
  dos	
  Shoppings	
  em	
  2011	
  no	
  Brasil	
   109.000.000.000,00	
  
Número	
  de	
  Shoppings	
  em	
  2011	
   419,00	
  
Frequentadores	
  diários	
  dos	
  Shoppings	
   37.882,00	
  
Frequentadores	
  anuais	
  dos	
  Shoppings	
  no	
  Brasil	
   13.637.520,00	
  
Ticket	
  Médio	
  de	
  clientes	
   19,08	
  
Número	
  de	
  Vendas	
  Diário	
   12.627,00	
  
A	
  estrutura	
  da	
  Receita	
  do	
  Shopping	
   R$	
  
Ticket	
  Médio	
  de	
  clientes	
  +	
  Aumento	
  de	
  20%	
   23,00	
  
Figura 20 – Estudo do mercado dos shoppings no Brasil
Fonte: MALHEIROS, NEVES, PHAETON, SANTANA, 2013.
Esse modelo se torna sustentável pelo fato de atrair uma massa de cliente para geração de
leads através de inbound marketing, com o uso de uma tecnologia que faz parte de 24h do mercado
potencial que é o acesso à internet (Wi Fi). Com isso seguindo a regra básica de um modelo de
negócio conseguimos gerar um custo de aquisição do cliente (CAC) menor que o valor total que ele
gera a empresa. Além de inovador, esse projeto tende a diminuir a intervenção humana na venda e
na prospecção de promoções.
2.8 FLUXOS DE RECEITAS
O projeto tem como objetivo aumentar a receita do shopping nos períodos de hiato (segunda
a sexta das 15h às 18h e sábado das 10h às 12h) em 20% por meio do uso do aplicativo pelos
frequentadores do shopping e comercializar campanhas publicitárias com notificações, mensagens e
no aplicativo.
Os custos para desenvolvimento do aplicativo e da plataforma We look serão divididos em:
analista de negócios, programador, analista de rede, criação e manutenção da plataforma, design
digital (interface), geração de conteúdo (Mídias e redação) e operação assistida da rede Wi Fi.
29
O	
  Projeto	
  
	
  A	
  estrutura	
  dos	
  custos	
  iniciais	
   R$	
  
Desenvolvimento	
  do	
  aplicativo	
   19.500,00	
  
Material	
  de	
  divulgação	
  e	
  apresentação	
   10.000,00	
  
Custo	
  com	
  Viagens	
   20.000,00	
  
Instalação	
  e	
  Parametrização	
  da	
  Plataforma	
  -­‐	
  72	
  horas	
   9.500,00	
  
TOTAL	
   59.000,00	
  
	
   	
  A	
  estrutura	
  dos	
  custos	
  Operacionais	
   R$	
  
Energia	
  elétrica	
  Mensal	
   110,00	
  
Aluguel	
  de	
  sala	
  Mensal	
   1.500,00	
  
Link	
  de	
  100M	
  operadora	
  de	
  telecomunicações	
  Mensal	
   199,00	
  
Impostos	
  -­‐	
  20%	
  da	
  receita	
   3.145,00	
  
A	
  Plataforma	
   110.000,00	
  
Um	
  analista	
  de	
  rede	
  de	
  dados	
  -­‐	
  Consultoria	
  de	
  1	
  ano	
   60.000,00	
  
Uma	
  analista	
  de	
  marketing	
  digital	
  -­‐	
  Consultoria	
  de	
  1	
  ano	
   60.000,00	
  
Especialista	
  de	
  Negócios	
  -­‐	
  Consultoria	
  de	
  1	
  ano	
   60.000,00	
  
Desenvolvimento	
  do	
  aplicativo	
   19.500,00	
  
Computador	
  Desktop	
  -­‐	
  5	
   10.000,00	
  
Notebook	
  -­‐	
  2	
   4.000,00	
  
Mobiliário	
  Escritório	
   5.000,00	
  
Impressora	
  Multifuncional	
   10.000,00	
  
TOTAL	
   343.454,00	
  
	
   	
  
Taxa	
  de	
  Conversão	
  
(Número	
  de	
  Vendas*100)	
  /	
  
Número	
  de	
  Visitantes	
  
	
   	
  Taxa	
  de	
  Conversão	
   33%	
  
	
   	
  A	
  estrutura	
  da	
  Receita	
  do	
  Projeto	
   R$	
  
Receita	
  de	
  publicidade	
  não	
  operacionais	
  mensais	
   10.000,00	
  
A	
  plataforma	
  com	
  toda	
  infra	
  e	
  instalação	
  	
   200.000,00	
  
A	
  estrutura	
  da	
  Receita	
  do	
  Projeto	
   R$	
  
2%	
  sobre	
  cada	
  venda	
   0,02	
  
Vendas	
  convertidas	
  diáriamente	
  de	
  um	
  shopping	
   12.501,00	
  
TOTAL	
  DA	
  RECEITA	
  MENSAL	
   15.723,00	
  
	
   	
  Capital	
  de	
  Giro	
   R$	
  
OPEX	
  x	
  3	
  Meses	
  sem	
  receita	
   1.729.116,00	
  
Figura 21 – Estrutura da receita do projeto
Fonte: MALHEIROS, NEVES, PHAETON, SANTANA, 2013.
Segue em anexo o VPL (Valor presente líquido) do projeto que foi calculado com base na
estrutura de preços apresentada acima.
30
2.9 DEFINIÇÕES ESTRATÉGICAS
2.9.1 Missão
Proporcionar aos representantes do shopping um aumento na receita, aos lojistas uma
possibilidade de melhor gerenciamento da marca e de suas ofertas e aos usuários frequentadores de
shopping, uma experiência de compra rentável e agradável.
2.9.2 Visão
Tornar-se o aplicativo e a plataforma, relacionados a compras em varejo, mais respeitados e
rentáveis do mercado brasileiro por sua inovação, confiabilidade e eficiência, obtendo resultados
amplos para atingir e beneficiar compradores e anunciantes.
2.9.3 Valores
Honestidade e clareza com os compradores e diálogo direto e acessível com os usuários,
oferecendo uma solução rentável e justa.
3 ANÁLISE EXTERNA
3.1 MACROAMBIENTE
As novas tecnologias afetam diretamente o produto/negócio quando introduzidas no
mercado. O ambiente tecnológico é um dos que apresentam mudanças mais rápidas no macro
ambiente quando comparado aos demais devido a sua alta competitividade.
3.1.1 Econômico
3.1.1.1 Panorama Mundial
O surgimento de pólos tecnológicos em diversas regiões brasileiras têm demonstrado a
importância do setor de TI para a economia do país. Uma prova do crescimento deste setor é que
um estudo realizado em 2008 pela Associação Nacional de Entidades Promotoras de
Empreendimentos Inovadores (ANPROTEC), em parceria com a Agência Brasileira de
31
Desenvolvimento Industrial (ABDI), indica a existência de 74 parques tecnológicos (PqTs)
consolidados no Brasil, entre outros ainda por vir. A maior concentração dos empreendimentos está
nas regiões Sul e Sudeste.
Um exemplo com projeção nacional é o Porto Digital, que opera em Recife, capital de
Pernambuco. Fundado em Julho de 2000, o pólo já gerou quatro mil postos de trabalho, atraindo
dez empresas de outras regiões do País e quatro multinacionais.
Consumidores de China, Brasil e Cingapura são os usuários mais vorazes de mídias
digitais do mundo, graças principalmente à rápida adoção de smartphones e tablets. É o que revela
um estudo sobre o consumidor digital, encomendado pela KPMG International, que apura o
impacto dos conteúdos digitais e tradicionais sobre cerca de 9 mil consumidores de nove países.
Entre os consumidores chineses de regiões urbanas, 78% possuem ou pretendem possuir
um smartphone, percentual pouco maior do que a intenção demonstrada em relação à posse de
laptops (76%), enquanto 51% dizem que têm ou pretendem ter um tablet (penetração maior do que
a percebida nos Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha ou Austrália). Na contagem geral dos
entrevistados de nove países, 53% possuem ou pretendem possuir um smartphone, e pouco mais de
um quarto dos respondentes (26%) têm ou pretendem ter um tablet, segundo dados da KPMG
International.
Estes consumidores não só preferem acessar conteúdos digitalmente, mas estão mais
dispostos a pagar por isso. A propensão dos consumidores em dispositivos móveis em pagar por
conteúdos pode gerar valiosos insights aos provedores de mídia ou de tecnologias sobre modelos
revolucionários de obter retorno financeiro.
Com isso, podemos concluir que nos países emergentes, as pessoas não estão
sobrecarregadas com o legado dos computadores portáteis e saltaram diretamente para os
dispositivos móveis. Isso cria oportunidades incríveis para a área de tecnologia e empresas de
mídia, muitas das quais estão lutando para criar modelos rentáveis de negócio como o nosso
projeto.
32
3.1.1.2 Panorama Econômico Nacional
A economia brasileira cresceu 0,4% no segundo trimestre (de abril a junho) de 2012 em
relação aos três primeiros meses de 2012, segundo dados do IBGE. Em valores correntes, a soma de
todas as riquezas produzidas pela economia no período alcançou R$ 1,1trilhão.
Figura 22 – Gráfico da variação do PIB brasileiro
Fonte: G1.com, com dados do IBGE
No semestre, a economia brasileira cresceu 0,6% sobre o mesmo período do ano passado.
Entre os setores analisados pelo IBGE, o setor de serviços registrou um avanço, porém leve, de
0,7% em relação aos outros setores. Já a indústria recuou 2,5%, no setor de serviços.
Depois da acomodação ocorrida em 2011, a economia brasileira tende a acelerar, apontam
especialistas. Com investimentos tanto do setor privado, como do setor público, a média de
expansão do PIB prevista até 2014 deve ser superior à dos quatro anos anteriores.
Figura 23 – Gráfico do crescimento do PIB
Fonte: Ministério da Fazenda, 2012, com dados do IBGE e Ministério da Fazenda
33
No acumulado de 12 meses até novembro de 2011, o comércio varejista registrou
crescimento de 7% e o comércio varejista ampliado cresceu 7,7%. No ano, o desempenho do setor
deverá ser inferior ao ocorrido no ano anterior, quando acumulou altas respectivas de 10,9% e de
12,2%. Mesmo assim, os números são expressivos e atestam o dinamismo doméstico do País.
As taxas de crescimento do investimento têm sido superiores ao crescimento do PIB desde
2004, com exceção do ano de 2009. Isso garante que a maior capacidade produtiva do país seja
revertida para o atendimento da demanda doméstica crescente. Para os próximos anos, o modelo de
crescimento adotado pelo Governo Federal dará ainda maior ênfase ao investimento em todos os
setores da economia.
Figura 24 – Gráfico do PIB e Investimento
Fonte: Ministério da Fazenda, 2012
As oportunidades da economia brasileira, em conjunto com as medidas tomadas a fim de
encorajar o investimento de longo prazo, aumentaram a contribuição do investimento para o
crescimento econômico, alcançando 20,8% do PIB em 2012.
Figura 25 – Gráfico do investimento brasileiro
Fonte: Ministério da Fazenda, 2012, com dados do IBGE
34
3.1.1.2.1 Emprego e Renda
A taxa de desemprego atingiu o menor nível registrado pelo IBGE, em dezembro de 2011,
alcançando 4,7%. Não menos importante foi o crescimento da formalização no mercado de trabalho
brasileiro. Desde 2003, o País criou quase 17,3 milhões de postos formais de trabalho. Ainda
merece destaque a continuação do aumento na renda real dos trabalhadores, fator determinante para
uma sensação de maior bem estar e otimismo dos cidadãos brasileiros.
O Índice de Gini, usado para medir a desigualdade de renda, tem caído continuamente nos
últimos anos. A explicação vem da redução da desigualdade na renda do trabalho, da política de
valorização do salário mínimo, ao lado dos programas de transferência de renda e da estabilidade
macroeconômica.
Figura 26 – Gráfico do coeficiente de Gini
Fonte: Ministério da Fazenda, 2012, baseados dados do IBGE
• com base empessoas de 10 anos ou mais de idade com base na renda per capita de todos os trabalhos
efetivamente recebida.
A aceleração do crescimento nos últimos anos causou uma expansão significativa da renda
per capita. Como resultado da política de valorização implementada pelo Governo, o valor do
salário mínimo teve um aumento ainda mais significativo, tendo crescido 66% de 2002 a 2012. Em
janeiro de 2012, o salário mínimo passou de R$ 545 para R$ 622, o que poderá injetar mais de R$
50 bilhões no mercado interno brasileiro, segundo dados do DIEESE.
35
Figura 27 – Gráfico da evolução do salário mínimo Real
Fonte: Ministério da Fazenda, 2012, baseada nos dados do DIEESE
Mesmo em cenário de menor crescimento da economia, o mercado de trabalho mostrou
bom desempenho. Houve declínio da desocupação, que atingiu 4,7% no final do ano. Isto evidencia
o dinamismo da economia brasileira em um cenário distinto daquele vivido pelas economias
avançadas.
Figura 28 – Gráfico da taxa de desemprego
Fonte: Ministério da Fazenda, 2012, baseada nos dados do IBGE
Além de fortalecer o mercado interno e potencializar o crescimento das regiões mais pobres
do País, o novo ciclo de desenvolvimento econômico promove a expansão da nova classe média. O
crescimento da classe média é resultado da melhoria da renda dos mais pobres desde 2003.
36
Figura 29 – Gráfico da composição das classes brasileiras
Fonte: Ministério da Fazenda, 2012,com base em dados da FGV
Pesquisas confirmam que os brasileiros aumentaram a sua renda familiar devido
principalmente ao aumento do poder de compra da Classe C.
Após a criação do Plano Real e da crescente estabilização da moeda no mercado
estrangeiro, as políticas de aumento de renda do governo possibilitaram a mudança de classe social
para milhões de pessoas. Para definir o perfil da classe C, percebe-se que é uma classe na maioria
urbana, uma vez que 89% vivem em cidades, e sua maior concentração fica na região sul (61% dos
habitantes), sudeste (59% dos habitantes) e centro-oeste (56% dos habitantes).
Esse grande grupo de pessoas que pertencem à classe C (renda mensal entre R$ 1.750 e R$
7.500) possui um papel muito importante na sustentação do crescimento do país, pois de acordo
com o presidente da FIA, mesmo que o cenário econômico internacional venha a experimentar
condições adversas, a melhor distribuição de renda – que se reflete no crescimento da classe C – e a
redução dos impostos em importantes setores, como o da linha branca, farão com que o consumo se
mantenha firme. Os números estão sinalizando que, no futuro, o país será conduzido por essa nova
classe de consumidores.
3.1.2 Demografia
O Brasil possui cerca de 194 milhões de habitantes, o que o determina como a quinta nação
mais populosa do planeta Terra. Apesar de o crescimento demográfico ter diminuído desde a década
de 1960, a população brasileira praticamente dobrou desde a década de 1970.
O Brasil possui atualmente uma baixa densidade demográfica (22,43 hab/km2) e a
37
distribuição populacional pelo território é extremamente desigual. Afinal, percebe-se uma grande
concentração nas zonas litorâneas, principalmente no Sudeste e no Nordeste. Sendo as áreas com as
menores concentrações o Norte e o Centro-Oeste.
Composição populacional por genêro
Figura 30 – Gráfico da composição populacional por gênero
Fonte: “O Brasil em Números”, Portal Brasil.
Atualmente, as taxas de natalidade brasileiras têm se equiparado as de outros países
subdesenvolvidos. Porém, devido a grande concentração populacional nos centros urbanos e a
crescente participação da mulher no mercado de trabalho, percebe-se uma sensível queda nas taxas
nos últimos anos.
Composição populacional por faixa etária
Figura 31 – Quadro de composição populacional por faixa etária
Fonte: Nova Enciclopédia Barsa de 1998: Datapédia.
91.000.000	
  
92.000.000	
  
93.000.000	
  
94.000.000	
  
95.000.000	
  
96.000.000	
  
97.000.000	
  
98.000.000	
  
Mulheres	
   Homens	
  
População	
  por	
  genêro	
  2010	
  
38
Figura 32 – Quadro de crescimento das capitais
Fonte: ARCHELA e THERY 2008, Wikimedia Commons.
3.1.3. Socio-cultural
3.1.3.1 Movimentos e Tendências no Brasil
Diante do avanço tecnológico do país e o apreço pelo mundo virtual, observados nos tópicos
acima, o aumento no total de adeptos do mundo digital vem se potencializando e superando as
expectativas.
O Instituto Ibope Nielsen registrou recentemente, um crescimento de 14% nos usuários
ativos de Internet, em relação ao mesmo período do ano passado. Com o resultado, ultrapassamos
nações tradicionais como Alemanha, França e Reino Unido, restando apenas Japão e Estados
Unidos na liderança absoluta. O auge dos dados diz respeito às residências, responsáveis por um
crescimento de 37%, entre 2009 e 2011, na adesão de hábitos ligados às ferramentas virtuais. Até o
final do terceiro trimestre, estima-se aproximadamente 78 milhões de “cidadãos online”.
39
Fatores como o aquecimento da economia e consequente redução dos preços de
equipamentos de informática e softwares, tal como a inclusão digital das classes C e D contribuem
para esse novo cenário. Para 2013, um avanço ainda maior é previsto por especialistas,
ultrapassando rapidamente a marca de 80 milhões de cibernéticos.
3.1.4 Político-legal
No aplicativo We look, serão utilizados anúncios contextualizados e para envio de
mailigns será usada base de dados própria (CRM). A empresa respeita a privacidade do usuário e se
compromete a não divulgar nenhuma informação pessoal a terceiros. Logo no ato do cadastro, o
usuário deve aceitar os termos de uso do aplicativo e optar por receber ou não os comunicados do
aplicativo e/ou de seus parceiros via e-mail. A equipe acredita fielmente que, se essas ações forem
feitas da forma correta, com foco em realmente agradar os usuários e entregar conteúdos relevantes,
isso não será encarado por eles como um problema ou algo invasivo. Por isso, é de extrema
necessidade levar em conta as normas da Associação Brasileira de Marketing Direto (ABEMD),
que tem um guia de boas práticas a serem seguidas nesse tipo de comunicação.
Ainda no âmbito político-legal, é importante destacar que toda a mecânica foi
desenvolvida exclusivamente para o aplicativo, e todo o processo é único e diferente de qualquer
outro produto existente no mercado.
Quanto ao fornecedor, ou seja, aquele que desenvolve o aplicativo para uso do shopping,
para que seus lojistas façam uso dos descontos para o consumidor, não parece haver maiores
dificuldades; sua responsabilidade é objetiva, conforme delimitam os artigos 12 e 14 do CDC.
Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o
importador respondem, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos
causados aos consumidores por defeitos decorrentes de projeto, fabricação, construção, montagem,
fórmulas, manipulação, apresentação ou acondicionamento de seus produtos, bem como por
informações insuficientes ou inadequadas sobre sua utilização e riscos.
Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de
culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos
serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos
40
Embora se auto-intitulem como meros "intermediadores" entre o fornecedor e o
consumidor, acreditando com isso estarem isentos de qualquer responsabilidade, não restam
dúvidas de que os shoppings se enquadram no conceito de fornecedor do artigo 3º, do CDC que
prevê: "Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira,
bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação,
construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou
prestação de serviços”.
Não podemos nos esquecer de que "fornecer" tem, entre seus significados, os de "facilitar"
e "proporcionar", que é exatamente o que shopping fará ao anunciar os produtos e serviços para os
consumidores, podendo, assim, ser considerado fornecedor.
Assim, e ainda sob o enfoque das regras do Código de Defesa do Consumidor, a
responsabilidade dos shoppings é objetiva, o que significa dizer que responderão civilmente,
independentemente de culpa, pela reparação de eventuais danos causados aos consumidores por
defeitos relativos aos serviços prestados ou produtos vendidos (artigos 12º e 14º, do CDC).
Desse modo, o consumidor que tiver algum dano dela decorrente, poderá ajuizar ação cível
contra o shopping e contra o fabricante do produto ou fornecedor do serviço adquirido, pois ambos
são responsáveis, solidariamente, a teor do disposto no artigo 25, § 1º, do Código de Defesa do
Consumidor.
O objetivo principal da lei é reunir todas as informações necessárias ao consumidor, da
maneira mais clara e objetiva possível, evitando qualquer tipo de dubiedade ou 'enganosidade' nas
orientações disponibilizadas no aplicativo e na plataforma.
Quanto às responsabilidades de funcionamento da plataforma proposta neste trabalho,
tendo em vista, ainda, a impossibilidade de funcionamento integral e ininterrupto de qualquer
sistema de informática, inclusive em razão da dependência de serviços de telecomunicações
prestados por terceiros, não garantimos a prestação do serviço de forma ininterrupta e/ou isenta de
erros. Eventualmente, o sistema poderá não estar disponível por motivos técnicos ou falhas da
internet, ou por qualquer outro evento fortuito ou de força maior alheio ao nosso controle.
41
3.1.4.1 A Intermediação Junto aos Órgãos de Defesa do Consumidor
Os consumidores estão cada vez mais exigentes ao adquirir um produto ou serviço e estes
estão cada vez mais complexos, o que exige uma regulamentação mais rigorosa e mais restritiva.
Como citado nos tópicos acima, desde que esteja entre os termos pré-acertados para a
manutenção da plataforma e do aplicativo, a equipe do We look se responsabiliza por qualquer dano
ou instabilidade que não seja causado(a) por um serviço terceirizado. Caso contrário, a
intermediação junto aos Órgãos de Defesa do Consumidor será feita pela equipe administrativa e
jurídica do escritório.
3.1.4.2 Termos de Ajustes de Conduta
O termo de ajuste de conduta (TAC), também conhecido como compromisso de
ajustamento de conduta, foi criado pelo art. 211 do Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA
(Lei n. 8.069/90) e pelo art. 113 do Código de Defesa do Consumidor - CDC (Lei n. 8.078/90). Está
hoje consagrado no art. 5º, § 6º, da Lei da Ação Civil Pública (Lei n. 7.347/85, com as alterações da
Lei n. 8.078/90). Por meio dele, um órgão público legitimado à ação civil pública toma do causador
do dano a interesses difusos, interesses coletivos ou interesses individuais homogêneos o
compromisso de adequar sua conduta às exigências da lei, mediante cominações, que têm o caráter
de título executivo.
Vivemos uma época em que os conflitos de toda ordem avolumam-se e como
consequência há enorme acúmulo de ações judiciais que tornam os trabalhos judiciários ainda mais
lentos, o que já ocorre em razão das normas processuais ultrapassadas e das condições materiais de
trabalho totalmente insuficientes para fazer frente à demanda.
Assim uma das questões no âmbito do direito processual que tem sido objeto de profundas
preocupações é exatamente a busca de soluções alternativas para a solução dos conflitos judiciais,
de modo que a prestação seja rápida e ao mesmo tempo segura.
A definição legal desses direitos encontra-se no Código de Defesa do Consumidor, da
seguinte maneira:
Art. 81. A defesa dos interesses e direitos dos consumidores e das vítimas poderá ser
42
exercida em juízo individualmente, ou a título coletivo.
Parágrafo único. A defesa coletiva será exercida quando se tratar de:
I - interesses ou direitos difusos, assim entendidos, para efeitos deste
código, os transindividuais, de natureza indivisível, de que sejam titulares
pessoas indeterminadas e ligadas por circunstâncias de fato;
II - interesses ou direitos coletivos, assim entendidos, para efeitos deste
código, os transindividuais, de natureza indivisível de que seja titular
grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte
contrária por uma relação jurídica base;
III - interesses ou direitos individuais homogêneos, assim entendidos os
decorrentes de origem comum.
Direitos e deveres do USUÁRIO:
- Quando o usuário entrar em um ambiente ele se autenticará de forma segura e automática
ao Wi Fi da loja e ao se movimentar, receberá informação ofertas ou eventos relacionados ao
estabelecimento.
- Dependendo da localização na loja, o cliente poderá receber descontos de produtos
próximos de acordo com seus interesses e a própria loja poderá lhe enviar uma comparação de
preços.
- Ao se afastar do perímetro da rede Wi Fi, o smartphone do usuário se desconectará
automaticamente. Porém, caso seja autorizado previamente, o cliente continuará a receber
mensagens de promoções, eventos e entre outros.
Direitos e deveres do LOJISTA:
- Em uma sala de operação um analista de negócios e de operação realiza reuniões com as
lojas e estabelecimentos para definir as ofertas, compras coletivas, promoções e notificações
publicitárias de marca.
- A plataforma irá coletar e armazenar dados de geolocalização e perfis de interesses dos
clientes que servirão para segmentar as interações negociadas previamente.
- Um operador de rede Wi Fi garantirá a integridade e disponibilidade da rede Wi Fi e do
funcionamento do aplicativo. O cliente deverá dispor de um sinal de qualidade em todo shopping e
43
o aplicativo deverá estar com todos os recursos disponíveis e funcionando.
- Fornecer esclarecimento as dúvidas dos usuários frequentadores do shopping.
Direitos e deveres do SHOPPING:
- Manter a operabilidade e disponibilidade da rede Wi Fi por todo o perímetro pré-definido
no contrato.
- Manter a plataforma e o aplicativo atualizados para os lojistas.
- Fornecer esclarecimento as dúvidas dos lojistas e fomentar business relacionados ao
aplicativo e a plataforma.
Informações pessoais fornecidas: No processo da pesquisa, foram recebidas e armazenadas
todas as informações digitadas em nosso serviço ou que nos fornecam de qualquer outra maneira.
Os tipos de informações pessoais coletadas incluem nome, endereço de email, data de aniversário,
nomes de usuário do Twitter e/ou Facebook, informações sobre o uso do nosso. Quando o serviço é
usado, recebemos automaticamente a localização do usuário. As informações pessoais que nos
fornece são usadas para permitir que configurem uma conta de usuário e perfil para interagir com
outros usuários por meio do serviço, melhorar o conteúdo do serviço, personalizar os anúncios e
conteúdos que são exibidos e para comunicar novidades sobre coisas especiais e novos recursos.
Informações coletadas automaticamente: Quando o serviço é usado, o aplicativo
automaticamente recebe e registra em logs de servidor informações sobre o navegador ou
plataforma móvel, incluindo localização. Os dados com informações não pessoais são tratados,
exceto quando somos obrigados a agir diferentemente de acordo com alguma lei aplicável. O We
look só usa esses dados de maneira a desenvolver a própria experiência de uso do aplicativo.
3.1.5. Legislação das Redes Sociais e Comportamento do usuário
As redes sociais já fazem parte do cotidiano brasileiro, e não é só para diversão. Usuários
buscam fazer networking navegando nesses canais através do trabalho, da rua ou de suas casas. A
visita a redes sociais como o Facebook cresce exponencialmente.
Em abril de 2012, a Hi-Mídia, realizou uma pesquisa sobre o comportamento dos usuários
de redes sociais no Brasil em parceria com a M.Sense, empresa especializada em pesquisa de
mercado digital. Dentre os entrevistados, 95% dos que responderam, utilizam redes sociais.
44
Acessado por 86% dos entrevistados, o Facebook tem forte apelo para
comunicação com amigos e familiares, segundo 81% de seus usuários. Já o
Twitter, acessado por 32% dos pesquisados, tem como principal objetivo a
atualização de notícias e acontecimentos para 58% dos entrevistados que
possuem conta. As demais redes aparecem com percentuais menores de
acesso, com 33% para o Google+, 22% para Linkedin e 16% para o Badoo
e 10% para o Sonico. Uma parcela considerável dos pesquisados, 63%,
afirmou ainda usar o Orkut.
A pesquisa aponta ainda que a frequência de uso e o local de acesso variam
de acordo com a ferramenta. O acesso domiciliar é o mais comum entre
todas as redes, variando de 83% a 93% de acordo com cada uma delas. Já
no trabalho, 35% dos usuários de Facebook, 37% dos cadastrados no
Twitter, 40% dos que possuem Linkedin e 22% das pessoas que têm Orkut
disseram acessar suas contas.
Os usuários de Facebook ganham também no quesito mobilidade. Dos
pesquisados que afirmaram possuir conta na rede, 23% acessam via celular
ou outro dispositivo móvel, contra 25% do Twitter, 15% do Linkedin e 12%
do Orkut. O tempo que os internautas passam conectados também varia.
Cinquenta e sete por cento dos usuários de Facebook acessam suas contas
mais de uma vez por dia e 20% disseram ficar conectado o dia todo. Com
assinantes menos assíduos, o Twitter possui 12% dos usuários conectados o
dia todo e o Linkedin, apenas 6%.
A pesquisa avaliou ainda a interação do usuário com marcas no Facebook
e no Twitter. No primeiro, 57% dos usuários curtem alguma marca e
buscam novidades sobre elas. Já no Twitter, a busca é sobre melhores
oportunidades de compra e descontos. Entre os entrevistados, 57% curtem
no Facebook alguma marca, sendo a Nike a marca mais citadas e 73%
comentam sobre suas compras quando são surpreendidos tanto
positivamente como negativamente. O uso das redes para comentar sobre
compras é elevado (65%) e não se restringe às reclamações ou elogios a
determinada marca.
45
As redes sociais devem ter papel relevante durante o ano de 2012 no que se
refere a discussões políticas e nas eleições: 56% concordam que existe
influência dos comentários nas redes sociais em assuntos sociais e políticos
para abaixo assinados, mobilizações em prol de uma causa e eleições em
2012.
No Twitter, 55% dos entrevistados disseram apenas observar o que
acontece na rede e apenas 25% disseram valorizar o número de seguidores
e 32%, os retweets. A pesquisa apontou ainda que 60% dos assinantes usam
a rede como forma de discutir assuntos sociais e políticos, contra 56% do
Facebook. E 61% acreditam que o Twitter pode influenciar em um possível
contato profissional, frente a 56% dos usuários do Facebook.
Outro ponto avaliado pela pesquisa foi a geração de conteúdo e o status
social. O estudo identificou que 53% dos usuários de Facebook
compartilham e interagem com os conteúdos publicados, além de valorizar
muito este tipo de ação. Dentre os entrevistados, 48% afirmaram gostar de
ser marcados em fotos, embora 50% se incomode em receber posts
irrelevantes. A segurança também foi fator apontado pelos entrevistados e
40% deles disseram se sentir expostos na rede social.1
Essa pesquisa mostra que a exposição das pessoas nas redes sociais aumenta cada vez
mais, e com esse fato, os riscos e as implicações jurídicas também ganham outra proporção.
3.1.6. Segurança da Informação
É de suma importância dar atenção aos aspectos da segurança da informação do projeto,
pois é a proteção da informação de vários tipos de ameaças para garantir a continuidade do negócio,
minimizar o risco e maximizar o retorno sobre os investimentos e as oportunidades de negócio.
De acordo com Sêmola (2003), pode-se definir Segurança da Informação como uma área
do conhecimento dedicada à proteção de ativos da informação contra acessos não autorizados,
1
Dados disponíveis em <http://www.hi-midia.com/pesquisas/abril2012-redes-sociais-
comportamento-dos-usuarios/>Acessado em 22/01/2013
	
  
46
alterações indevidas ou sua indisponibilidade.
Uma política de segurança consiste num conjunto formal de regras que devem ser seguidas
pelos utilizadores dos recursos de uma organização.
As políticas de segurança devem ter implementação realista, e definir claramente as áreas
de responsabilidade dos utilizadores, do pessoal de gestão de sistemas e redes e da direção. Deve
também adaptar-se a alterações na organização. As políticas de segurança fornecem um
enquadramento para a implementação de mecanismos de segurança, definem procedimentos de
segurança adequados, processos de auditoria à segurança e estabelecem uma base para
procedimentos legais na sequência de ataques.
O documento que define a política de segurança deve deixar de fora todos os aspectos
técnicos de implementação dos mecanismos de segurança, pois essa implementação pode variar ao
longo do tempo. Deve ser também um documento de fácil leitura e compreensão, além de resumido.
Os elementos da política de segurança devem ser considerados:
a) A Disponibilidade: o sistema deve estar disponível de forma que quando o usuário
necessitar, possa usar. Dados críticos devem estar disponíveis ininterruptamente.
b) A Legalidade
c) A Integridade: o sistema deve estar sempre íntegro e em condições de ser usado.
d) A Autenticidade: o sistema deve ter condições de verificar a identidade dos usuários, e este
ter condições de analisar a identidade do sistema.
e) A Confidencialidade: dados privados devem ser apresentados somente aos donos dos dados
ou ao grupo por ele liberado. No caso do aplicativo e da plataforma, a proteção das
informações dos usuários acontecerá por meio do uso de funções do proteção de dados da
linguagem Cocoa Touch e também de dados criptografados, além de selos de segurança.
3.1.7 Tecnológico
Nos últimos anos a melhoria da capacidade dos novos smartphones tem provocando grandes
mudanças no comportamento dos usuários. Pela primeira vez, usuários de smartphone estão
consumindo mais dados do que todos os dispositivos móveis e dos desktops.
47
O consumo de dados do iphone 5 é quatro vezes superior ao do iphone 3G, lançado em
2008, isso se dá por conta não apenas da compatibilidade com o 4G (na versão internacional, ainda
incompatível com a frequência de 2,5 GHz no Brasil), mas também pelo melhor desempenho
gráfico e maior tela, que se traduzem em uma maior atividade dos usuários. Outra razão é a
sincronização na nuvem: muitos dos iphones 5 são sincronizados no icloud, o que gera tráfego .
Apesar de ter sido o dispositivo com maior consumo de dados entre 125 aparelhos, o iphone 5
chegou a ter o domínio desafiado pelo Samsung Galaxy S III.
Antes de seguir adiante, vale lembrar que Smartphone é um telefone celular que possui um
sistema operacional. Os principais sistemas operacionais hoje são:
 Android (Google)
 Symbiam (Nokia)
 iPhone OS (Apple)
 BlackBerry (RIM)
 Bada (Samsung)
 Windows Phone (Microsoft)
No 3º trimestre de 2012 foram adquiridos 179,7 milhões smartphones no mundo, um
aumento de 45,3% em relação ao 3T11.
A compra de smartphones da Samsung aumentaram 100,4%, no 3T12, se comparado ao
3T11, totalizando 56,3 milhões de unidades vendidas, impulsionada pelas vendas de aparelhos da
linha Galaxy. A Apple vendeu 26,9 milhões de Iphones no 3T12, representando um crescimento de
57,3% nas vendas se comparado ao mesmo período do ano anterior. As vendas de smartphones da
Nokia caíram 62,5% no 3T12 em comparação com o 3T11.
Nos últimos anos, as redes de computadores têm se popularizado. Há basicamente dois
tipos de redes: redes com fio, utilizando meios físicos de comunicação (cabos) e redes sem fio que
utilizam o ar como meio de comunicação, onde trafegam sinais de radiofrequência e a transmissão e
recepção ocorre através de antenas, sistema Wireless.
Entre os possíveis sistemas de comunicação para redes wireless pode-se destacar o sistema
Wi Fi (Wireless Fidelity).
Com a popularização recente da tecnologia Wi Fi nas redes locais, os usuários finais tem
48
acesso à conexão de a banda larga, visto que, o sistema permite que dispositivos se conectem a rede
local (LAN – Local Area Network) e à Internet a velocidades de até 54 Mbit/s (banda larga), livres
de cabos e com portabilidade, porém sem mobilidade plena, ainda que restrita a 100 metros de cada
ponto de acesso.
Para se conectar a uma rede wireless, é preciso estar ao alcance do sinal de acesso da rede.
Há diversos tipos e modelos de placas disponíveis, variando apenas no tipo de antena (interna ou
externa) disponibilizada. Algumas placas disponíveis no mercado.
Como não é possível acompanhar o aumento da necessidade de banda nas redes móveis
(3G, por exemplo) sem aumentar os custos no mesmo ritmo, a solução encontrada é fazer o offload.
O offload nada mais é do que tirar o tráfego da rede móvel, sempre que possível. Por
exemplo, quando chegamos em casa e ligamos o Wi-Fi do telefone e acessamos a internet através
dele ao invés do 3G, estamos fazendo uma espécie de offload, de maneira manual.
Figura 33 – Wi-Fi Offload
Fonte: Cisco, 2012
Por causa da popularidade, facilidade de uso e alta capacidade, a tecnologia Wi Fi é
considerada essencial para lidar com o crescimento explosivo de tráfego de dados no Brasil. De
acordo com relatórios da indústria, espera-se um crescimento do tráfego de dados móveis no Brasil
em 19 vezes até 2016, o que corresponde a uma taxa de crescimento anual de 79%.
49
3.2 MICROAMBIENTE
3.2.1 Mercado
O mercado de shopping center no Brasil tem crescido de forma vigorosa e, até certo ponto,
surpreendente. Cidades e regiões que até pouco tempo atrás eram consideradas de baixo potencial
hoje têm shopping e com bom desempenho. O mercado, de certa maneira, tem se mostrado superior
ao que se estimava.
A entrada volumosa de capital externo e o crescimento significativo do poder de compra dos
consumidores trouxe ao mercado de shopping um dinamismo que não se esperava. São exatamente
nesses momentos de quase euforia que residem as oportunidades, mas também os grandes riscos.
Além de grandes investidores, a maioria dos shoppings foi construída com financiamentos
de bancos privados e com a participação de fundos de pensão e outros investidores privados
reunidos em acordos societários através da aquisição de quotas-partes. Atualmente contam com
linhas de crédito do BNDES.
O ano de 2011 deverá ser marcado por muitas inaugurações de novos shoppings,
intensificando a tendência de crescimento do setor que já foi observada no ano passado.
Geralmente, os proprietários do shopping nomeiam uma administração encarregada da
gestão do centro comercial, podendo ser dividida em duas categorias principais: autogestão e gestão
terceirizada. Autogestão é quando um organismo é administrado pelos seus participantes em regime
de democracia direta, já em gestão terceirizada ou outsourcing é uma prática que visa a redução de
custo e o aumento da qualidade.
Com estes novos centros, o mercado nacional terminou o ano de 2010 com 381 shopping
centers em funcionamento. Pelo critério IBOPE Inteligência, somente são considerados shopping
centers os empreendimentos com mais de 4 mil metros quadrados de área de varejo,
predominantemente locados e com administração centralizada.
Os shoppings normalmente pertencem a um único proprietário que disponibiliza contratos
de utilização das suas lojas, com cadeias ou outros tipos de utilizadores (lojistas). Os lojistas pela
50
condução do seu negócio, com maior ou menor autonomia, de acordo com as condições do contrato
de utilização da loja. Mesmo nos casos onde o lojista tem uma grande autonomia, o controle sobre o
negócio através da realização de auditorias ao funcionamento da loja ou do estabelecimento da
obrigação de declaração periódica das vendas realizadas.
A maioria dos shoppings brasileiros é de porte médio, ou seja, tem área comercial entre 14
mil e 35 mil metros quadrados. Apenas 82 shoppings (21% do total) podem ser considerados
shoppings regionais ou supra-regionais, com área comercial acima de 35 mil metros quadrados.
Quase todos estão localizados em cidades com mais de 600 mil habitantes. Tipicamente, o shopping
médio tem em médio 90 lojas, o shopping médio 150 e o grande 270 lojas. Os supermercados estão
presentes em muitos shoppings: 30% dos pequenos têm supermercado, assim como 50% dos
médios e 43% dos grandes. Ou seja, o supermercado é um elemento importante no composto
varejista dos shoppings.
Segundo o censo IBOPE 2011 atualmente, 143 cidades brasileiras contam com shopping
centers. A distribuição regional dos shoppings acompanha a distribuição populacional de renda
mais elevada.
A região sudeste é a mais populosa entre as cinco regiões brasileiras e, não por acaso, abriga
também a maior parte dos shoppings existentes: são 205 empreendimentos em operação em 77
cidades somando um total de 5,4 milhões de m² de área bruta comercial. Em segundo lugar aparece
a região sul, com 73 shoppings, seguida do nordeste, com 56 shoppings, centro-oeste, com 37 e
norte, com 11centros comerciais. As regiões sul e norte têm características que as distinguem da
média. Na região sul a oferta de shoppings é mais pulverizada, distribuída em um maior número de
cidades e composta por empreendimentos menores. No outro extremo, a região norte conta com
uma oferta de shoppings concentrada em apenas quatro cidades e com tamanho muito acima da
média.
Os shopping no Brasil, tomando como base os dados divulgados pelo último Censo
Demográfico do IBGE, no país deve chegar ao final de 2011 a uma população total de 193 milhões
de habitantes. Neste mesmo período, a demanda qualificada para produtos usualmente
comercializados em shopping center, excluindo supermercado, soma R$ 425 bilhões. Demanda
qualificada é o consumo proveniente das famílias de média e alta renda que, atualmente, compõem
51
mais de 80% das vendas realizadas nos shopping centers.
Quando se analisa conjuntamente os dados de população, consumo e shopping por cidade, o
quadro que emerge é de um mercado extremamente concentrado: 2,6% dos municípios brasileiros
reÚnem 42% da população brasileira, 64% da demanda qualificada para shopping e 100% dos
shoppings em operação. Em geral, somente cidades com mais de 600 mil habitantes têm mais de um
shopping (média de 2,6 shoppings). Os maiores centros urbanos, cidades com mais de 1,2 milhão de
habitantes, tem uma grande concentração de shoppings: em média, 13,5 shoppings.or	
  
	
  
3.2.1.1 Redes Sociais
De acordo com um estudo realizado pela e-bit no primeiro semestre de 2010, através de
dados de pesquisas coletadas no processo de finalização de compra das lojas virtuais, 55% dos e-
consumidores que fizeram uma compra pela internet influenciados por uma rede social são
mulheres, o que pode indicar maior propensão do público feminino em ser seduzido pelas ofertas ou
recomendações nesse canal. No comércio eletrônico em geral, a divisão é exatamente pela metade:
50% são homens, 50% mulheres.
As redes de relacionamento vêm se tornando não apenas um eficaz canal de acesso às lojas
virtuais, mas principalmente uma oportunidade de divulgar a marca para os e-consumidores e para
os internautas que estão à iminência de realizar a primeira compra online.
Figura 34 – Gráfico de redes sociais e e-commerce por gênero
Fonte: e-bitInformação (www.ebitempresa.com.br)
Se formos separar o perfil dos usuários que foram influenciados pelas redes sociais em
suas compras, é possível observar algumas diferenças. Quando se diz respeito à idade, os
compradores de redes sociais são, em média, sete anos mais jovens que os compradores do
mercado: 34 anos contra 41.
52
Dos entrevistados, 27% dos usuários das redes sociais possuem entre 35 e 49 anos, ante
39% dos consumidores na internet como um todo. Na faixa mais jovem, entre 18 e 24 anos, temos
respectivamente, 21% contra apenas 8%.
O estudo mostrou também que 65% dos internautas que foram influenciados a comprar na
Web através de redes sociais são light users (possuem uma frequência baixa de compra), ao mesmo
tempo em que 35% são heavy users (alta frequência de compra). Essa diferença pode ser explicada
pela menor média de idade dos usuários de redes sociais citada anteriormente.
As categorias preferidas dos e-consumidores provenientes de redes sociais são moda e
acessórios, com cerca de 20% do volume transacional. A mesma categoria representa 4% das
vendas totais no comércio virtual. Paralelo a isso, os e-consumidores não impactados pelas redes
sociais compraram produtos mais caros, como eletrodomésticos, com 14% de participação no
volume total de transações. Até por esse motivo, o tíquete médio deles é consideravelmente maior
do que os R$ 269 dos consumidores influenciados por mídias sociais.
3.2.1.2 Tamanho do Mercado
Com a estabilização econômica, a inflação sob controle e a redução das taxas de juros no
país, veio um aumento no consumo per capita, que por sua vez impulsionou o aumento das vendas
do varejo. Essa combinação gerou um aumento da procura dos lojistas por novos espaços.
No Brasil, os shoppings apresentam outros atrativos além da concentração de lojas, serviços
diversificados em um só local, disponibilidade de estacionamentos e climatização dos ambientes. A
sensação de segurança proporcionada e o abrigo contra as chuvas tropicais que irrompem
justamente no período das festas natalinas, momento de maior concentração de vendas do ano, são
os fatores que levam as vendas de shopping a crescer em níveis bem superiores aos do varejo em
geral. Sendo assim, ao longo do tempo observamos um aumento do percentual de participação das
vendas do setor sobre as vendas totais do varejo, representando 18,3% desta em 2011.
O crescimento do setor de shopping brasileiro vem desempenhando também um importante
papel na economia do país, gerando muitos empregos e aumentando expressivamente a integração
com a comunidade, por meio de ações sociais. Em 2011 foram gerados 775 mil empregos. O setor
também passou a ser muito importante no desenvolvimento de cidades de médio e pequeno porte,
53
pois, apesar de ainda elevada concentração nas grandes cidades, nos últimos cinco anos observou-se
uma tendência de interiorização. Ou seja, as empresas passaram a buscar oportunidades de
investimentos nessas cidades, através de empreendimentos em formato menores que atendam a
vizinhança e pequenas comunidades, consequentemente ajudando o desenvolvimento econômico
dessas cidades.
Outra tendência observada no setor é a de ampliar a função social e comunitária dos
shoppings, ofertando variados tipos de serviço, entretenimento, lazer e cultura. Segundo uma
pesquisa realizada pela ABRASCE em 2009, apenas 37% dos frequentadores de shoppings vão aos
empreendimentos com o objetivo de fazer compras (a porcentagem restante se refere a outros
motivos).
3.2.1.2.1 Participação de Mercado
A participação de shopping centers brasileiros representa aproximadamente 19% do volume
de vendas do mercado de varejo nacional (excluindo automóveis), contrastando com percentuais de
70% e 40% nos Estados Unidos e na França, respectivamente. Esses números demonstram o notável
potencial de crescimento do setor de shopping centers no Brasil.
A indústria de shopping centers fechou o ano de 2011 com um faturamento de R$ 108
bilhões, ante os R$ 91 bilhões de 2010, um aumento de 18,6% no período, segundo dados da
Associação. O número representa mais de 2,7% do Produto Interno Bruto (PIB), e no final de 2011
já era responsável por mais de 775 mil vagas de trabalho.
Diariamente, 8,7 milhões de pessoas visitam algum dos shoppings brasileiros. A média de
visitantes por shopping está em torno de 23 mil pessoas por dia, mas este valor apresenta grandes
variações dependendo do tamanho do empreendimento e de sua localização. A relação mais óbvia é
a existente entre fluxo e tamanho do shopping: os de grande porte atraem diariamente 2,5 vezes
mais consumidores do que shoppings pequenos. Porém, embora os shoppings pequenos atraiam um
número menor de pessoas, eles apresentam maior concentração de consumidores por metro
quadrado. Ou seja, a densidade de pessoas nos shoppings pequenos é maior do que nos grandes
shoppings. Geralmente, a proximidade geográfica do shopping pequeno de seus clientes faz com
que este seja mais integrado na vida dos consumidores e, proporcionalmente, visitado mais
frequentemente.
54
	
  
Figura 35 – Fluxo médio diário e densidade de visitantes por porte de shopping
Fonte: IBOPE, 2011.
O shopping no varejo, diariamente, 8,7 milhões de pessoas visitam algum dos shoppings
brasileiros. A média de visitantes por shopping está em torno de 23 mil pessoas por dia, mas este
valor apresenta grandes variações dependendo do tamanho do empreendimento e de sua
localização. A relação mais óbvia é a existente entre fluxo e tamanho do shopping: os de grande
porte atraem diariamente 2,5 vezes mais consumidores do que shoppings pequenos. Porém, embora
os shoppings pequenos atraiam um número menor de pessoas, eles apresentam maior concentração
de consumidores por metro quadrado. Ou seja, a densidade de pessoas nos shoppings pequenos é
maior do que nos grandes shoppings. Geralmente, a proximidade geográfica do shopping pequeno
de seus clientes faz com que este seja mais integrado na vida dos consumidores e,
proporcionalmente, visitado mais frequentemente. O varejo brasileiro movimentou em 2010 por
volta de R$ 638 bilhões em vendas totais (demanda total excluindo supermercados, automotivos,
combustível e material de construção). O faturamento estimado pelo IBOPE Inteligência para o
setor de shopping center em 2010 é de R$ 89,5 bilhões.
3.2.1.3 Estratégias de Marketing dos Shoppings
Fatores como crédito e prazos facilitados, o aumento dos empregos formais e a ascensão das
classes de renda B e C também figuram entre os acontecimentos que ajudaram a impulsionar o
mercado. Os próximos anos, em especial 2011 e 2012, serão anos de intensa atividade no setor de
shopping center. O Cadastro de Shopping Centers do IBOPE Inteligência, única fonte do setor de
55
shoppings que verifica sistematicamente o status de cada empreendimento, mostra que 96 novos
shoppings já se encontram em etapa avançada de desenvolvimento e implantação, devendo ser
inaugurados entre 2011 e 2014. Considerando-se que a previsão de inaugurações seja mantida, 85
novos shoppings deverão entrar em operação no biênio 2011/2012, representando um incremento de
23% em dois anos. Com esses novos entrantes, serão adicionados estes valores ao mercado de
shopping:
Figura 36 – Novos shoppings até 2014
Fonte: IBOPE, 2011
Do ponto de vista geográfico, os shoppings estão se interiorizando e, com as novas
inaugurações, chegarão a outras 27 cidades, todas com população abaixo de 600 mil habitantes.
O movimento, portanto, é claro no sentido de atingir novos mercados fora dos grandes
centros urbanos. Do ponto de vista regional, no entanto, continuará a elevada concentração dos
novos empreendimentos na região sudeste. Com esses novos empreendimentos, o crescimento
previsto da base instalada por região será o seguinte:
Figura 37 – Crescimento da base instalada de shopping, nos próximos 3 anos
Fonte: IBOPE, 2011
56
O bom momento da economia brasileira mostra que o aumento de consumo acima da taxa
de inflação teve um impacto positivo nos lucros dos shoppings centers. E o bom desempenho das
vendas no mercado de varejo tem estimulado a procura por novos espaços em shoppings centers.
Embora bastante pulverizado e diversificado, o segmento de shopping centers do país
apresenta um nível de qualidade de especialização que se equipara às melhores do mundo, sendo o
Brasil o décimo país do mundo em número de shopping centers construídos, de acordo com a
ABRASCE.
3.2.1.4 Concorrência
O termo concorrente designa uma empresa que atua nos mesmos mercados e com o mesmo
tipo de produtos ou serviços oferecidos por outra. Para atuar num mercado, qualquer que seja ele, é
importante saber quem são os empresários com os quais você vai disputar espaço e clientes. E a
primeira ação é mapear quem são seus concorrentes.
Concorrente direto pode ser aquele que vende a mesma linha de produtos para um mesmo
público alvo, com uma mesma faixa de preço em um mesmo tipo de PDV ou aquele que vende a
mesma linha de produtos para um mesmo público alvo, com uma mesma faixa de preço, em tipos
de PDV diferentes. Já o concorrente indireto é aquele que não vende a mesma linha de produtos,
mas que atinge seu público alvo com uma estratégia clara de substituição de produto.
No presente trabalho, nos focaremos no mercado de shopping centers, visto que é o nicho
que o aplicativo We look pretende atingir.
3.2.1.4.1 Concorrência Direta
Acompanhando esta tendência de empreendimentos em formato comunitário, observamos
o surgimento de plataformas de interação em shoppings. Tais modelos podem ser considerados
concorrentes diretos do aplicativo e plataforma We look. São eles: “Ubee”, “Tô no Shopping” e, o
mais recente, “Clube Premiare” desenvolvido somente para o Shopping Rio Design Leblon.
57
3.2.1.4.1.1 Ubee
O Ubee é uma plataforma voltada para aumentar o mercado varejista, de forma a adquirir
novos consumidores, conhecer seus hábitos de consumo e fidelizá-los. A plataforma funciona
através de um aplicativo de celular que traz mais interação aos consumidores, lhes permitindo saber
onde se encontram os melhores produtos e ofertas para seu perfil de consumo.
Além disso, os mesmos são premiados com descontos e produtos só por visitarem as lojas
e divulgá-las nas redes sociais, aumentando o tráfego e a exposição online da loja. Os hábitos dos
compradores podem ser monitorados em tempo real, coletando somente dados não pessoais,
gerando relatórios com sugestões para as áreas de logística, marketing e comunicação da loja,
possibilitando um melhor planejamento baseado em métricas de extrema precisão, capturadas por
nossa tecnologia proprietária de localização indoor, tecnologia esta que tem precisão em média 30
vezes superior à localização padrão dos smartphones.
3.2.1.4.1.2 Tô no Shopping
O Tô no Shopping é um guia para iOS que foi desenvolvido para facilitar a localização de
shoppings e lojas dos principais centros comerciais do Brasil. Esse aplicativo é interessante tanto
para turistas, quanto para os próprios moradores da cidade. O cadastro da localização dos shoppings
ainda não é completo, mas a intenção é que com o tempo a maioria esteja presente.
O aplicativo traz diversas informações sobre o shopping, como: localização, telefone, e-
mail, notícias, eventos, promoções e fotos. Tô no shopping é um aplicativo que foi criado para
facilitar a localização do que está ao seu redor. Sejam Shoppings ou lojas, o aplicativo ajuda a levar
o usuário aonde quer chegar. Mesmo se ele não estiver com iPhone, iPad ou iPod Touch por perto, é
possível ver todo o conteúdo e benefícios do aplicativo através do site.
O programa traz localização de shoppings em todo Brasil e permite ligações para shoppings
e lojas, além do envio de e-mails diretamente do aplicativo. Para ajudar a todos os usuários do
programa, está disponível a opção de comentar sobre o shopping e a loja da sua preferência e a
opção para localização do shopping mais próximo.
58
3.2.1.4.1.3 Clube Premiare
Programa de relacionamento baseado em recompensas criado pelo shopping Rio Design
Leblon, localizado no Rio de Janeiro. O sistema de pontuação e resgate é feito por meio de um
aplicativo para celulares. O programa é baseado na visitação do shopping, sendo que a cada visita e
contato com o Rio Design Leblon, o cliente pode ganhar pontos que serão trocados por benefícios
nas lojas do shopping.
O Clube Premiare tem como principal objetivo potencializar a conversão de vendas do
shopping, promover a fidelização do público e ser uma nova forma de se relacionar com o cliente.
Para utilizá-lo, o cliente deve baixar o aplicativo, se cadastrar no Programa e começar a realizar
“check-ins” (por cada qual ganhará 100 pontos) e interações enquanto estiver no shopping. Para
resgatar a pontuação, o cliente deve ir a “concierge” do shopping para solicitar a emissão de um
bilhete que lhe dará o direito de obter o benefício em uma das lojas.
3.2.1.4.2 Concorrência Indireta
Consideramos os sites de compra coletiva a concorrência indireta às plataformas
disponibilizadas nos shoppings. O conceito de compra coletiva surgiu nos Estados Unidos, em
2008, e desembarcou no Brasil no início de 2010. Os sites oferecem descontos em produtos e
serviços que só serão válidos depois de atingirem um número mínimo de interessados. O modelo de
negócio virou febre: já existem mais de mil sites como estes no Brasil. A seguir, analisaremos os
sites Grupon, atual líder do mercado, e Peixe Urbano, o pioneiro no Brasil.
3.2.1.4.2.1 Groupon e Peixe Urbano
Lançado em novembro de 2008 em Chicago, nos Estados Unidos, o Groupon hoje está
presente em 48 países. Depois de alcançar a liderança no segmento de compra coletiva brasileira –
em dois anos, foram 10 milhões de cupons vendidos - o Groupon também se tornou líder de
reclamações no Procon-SP, chegando a ser autuado pelo órgão ao lado de outros concorrentes no
fim do ano passado.
O vice-presidente na América Latina, Patrick Schimidt, em entrevista afirmou que a
59
empresa está cuidando de perto do desenvolvimento de novas tecnologias para integrar o site às
plataformas móveis – como smartphones e tablets - e ampliar o ramo de atuação para não perder
mercado. Enquanto outros sites de compra coletiva no Brasil buscam na publicidade a receita para
aumentar o lucro, o Groupon quer deixar de ser apenas um site de compra coletivo para se tornar
uma espécie de guia de entretenimento. O plano é fazer com que o consumidor gaste mais tempo na
página da empresa lendo resenhas de outros clientes, avaliando estabelecimentos e fazendo as
reservas dos cupons adquiridos.
Fundado no Brasil no início de 2010 por três amigos - Julio Vasconcellos, Emerson Andrade
e Alex Tabor -, o Peixe Urbano hoje conta também com a sociedade do empresário e apresentador
de TV Luciano Huck e com o investimento de seis grandes fundos. Foi à primeira companhia a
introduzir o conceito de compras coletivas na América Latina, revolucionando o comércio
eletrônico para serviços locais.
Atualmente, com mais de 20 milhões de usuários cadastrados, o Peixe Urbano é um dos sites
mais acessados do país. No início de 2012, foi a primeira empresa brasileira a ser eleita a "Melhor
Startup Internacional do Ano" pelo Crunchies Awards, principal premiação dos Estados Unidos
para startups da área de Internet e tecnologia.
Em 2012, o Peixe Urbano adquiriu diversas operações na América Latina do site Groupalia.
Em março, a empresa comprou as operações no Brasil, Argentina, México, Chile, Colômbia e Peru.
Até então, a Groupalia era o quarto maior site de compras coletivas. A estratégia, porém, ainda está
em transição. O Peixe Urbano anunciou uma série de demissões – estima-se que tenham sido
desligadas do negócio entre 140 e 200 pessoas – o que foi justificado pela empresa como uma
forma de ganhar escala e eficiência após as aquisições.
4 CONSUMIDOR
4.1 CLASSE C
Por ser um público que busca descontos e comodidade com rapidez e segurança, o
consumidor da classe C costuma com frequência ir a centros comerciais como shoppings.
O setor de shoppings observa a tendência de empreendimentos voltados a públicos
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  • 1. ESPM – ESCOLA SUPERIOR DE PROPAGANDA E MARKETING TRABALHO DE CONCLUSÃO DA MATÉRIA PCAII Bianca Phaeton Livia Neves Taís Malheiros Walison Santana CRIAÇÃO DE UMA PLATAFORMA E APLICATIVO QUE POSSIBILITA CUSTOMIZAR E DIVULGAR OFERTAS PARA FREQUENTADORES DE SHOPPINGS. Rio de Janeiro 2013
  • 2. Bianca Phaeton Livia Neves Taís Malheiros Walison Santana CRIAÇÃO DE UMA PLATAFORMA E APLICATIVO QUE POSSIBILITA CUSTOMIZAR E DIVULGAR OFERTAS PARA FREQUENTADORES DE SHOPPINGS. Professor orientador: Eduardo Ariel Rio de Janeiro 2013
  • 3. RESUMO O presente trabalho propõe a criação de um sistema composto por uma plataforma para gerenciamento de ofertas e um aplicativo de promoções e interação entre o shopping e seus clientes utilizando recursos de uma rede Wi Fi, localização indoor, realidade aumentada e análise de comportamento. O cliente poderá fazer das suas compras uma experiência mais agradável e rentável. O usuário de smartphone, frequentador de um shopping, ao entrar no estabelecimento é convidado a utilizar a rede Wi Fi e para isto, ele deverá fazer um download de um aplicativo e preencher um breve cadastro com seus dados pessoais, além de um questionário sobre gostos e interesses para finalizar o seu acesso ao aplicativo e, assim, iniciar uma nova experiência. O usuário terá acesso a banners, flyers e adesivos espalhados pelo shopping que o convidarão a utilizar o aplicativo e aproveitar os descontos e promoções. O aplicativo utilizará o recurso de geolocalização e a plataforma o recurso de customização de promoções seguindo o perfil de consumo dos usuários já captados inicialmente. Desta forma torna-se possível gerar aumento de transações nos momentos de hiato dos estabelecimentos localizados dentro do shopping por meio da criação de ofertas. Uma vez instalado o aplicativo, toda vez que o usuário retornar ao shopping, o aplicativo conectará automaticamente a rede Wi Fi (a não ser que o smartphone esteja com este recurso bloqueado) para que as interações sejam iniciadas. Também serão enviadas via SMS aos usuários, com este serviço pré-programado, notificações de promoções e ofertas. Outra experiência oferecida diz respeito ao momento em que o usuário estiver dentro de uma loja: o mesmo poderá participar de uma experiência de realidade aumentada ao acessar o espaço online da marca, por meio de recursos como o uso do QR Code nas etiquetas das roupas, acessórios e objetos e provadores virtuais, o que lhe permitirá acessar maiores informações no espaço da loja no aplicativo ou aumentar a interação do cliente com a marca nas redes sociais. Palavras-chave: Shopping, Descontos, Clientes.
  • 4. ABSTRACT This project proposes the creation of a system composed of a platform for managing offers and an application for sales and interaction between the mall and its clients using the resources of a Wi Fi, indoor location, improved reality and behavior analysis. The customer can make their shopping experience more enjoyable and profitable. The smartphone user, a mall-goer, to enjoy the facility of the application is invited to use the Wi-Fi network and make a download of the application and fill out a brief registration with their personal data, plus a questionnaire about tastes and interests to terminate the access and thus initiate the new experience. The user will have access to banners, flyers and stickers around the mall that will invite him to use the application and take advantage of sales and discounts. The application uses the GPS feature and the platform customizes promotions by following the consumption profile of users already captured initially. Thus it becomes possible to generate increased transactions in times of hiatus establishments located within the mall through the creation of offers. Once installed the application, every time the user returns to the mall, the app will automatically connect to a Wi-Fi network (unless the smartphone is locked for this feature) so that the interactions are initiated. A SMS message will also be sent to users with this service preprogrammed for notifications of promotions and offers. Another experience is offered with regard to when the user is inside a store: he will be able to participate in an improved reality experience when accessing the online space of the brand, through features such as the use of the QR Code on clothing labels, accessories and objects to be used in a virtual fitting room, allowing him to access more information in the brand store space or increase his customer interaction with the brand on social networks. Key words: Shopping, Discounts, Costumers.
  • 5. SUMÁRIO 1 Introdução .........................................................................................................13 2 Descrição da organização ................................................................................15 2.1 O projeto ..............................................................................................15 2.2 Parceiros e atividades chave ................................................................25 2.3 Proposições de valor ............................................................................26 2.4 Relacionamento com o cliente ............................................................26 2.5 Canais de comunicação .......................................................................26 2.6 Recursos chave ....................................................................................26 2.7 Estrutura de custos ..............................................................................27 2.8 Fluxos de receitas ................................................................................28 2.9 Definições estratégicas ........................................................................30 2.9.1 Missão ..............................................................................................30 2.9.2 Visão .................................................................................................30 2.9.3 Valores .............................................................................................30 3 Análise externa .................................................................................................30 3.1 Macro ambiente ...................................................................................30 3.1.1 Econômico ........................................................................................30 3.1.1.1 Panorama mundial ........................................................................30 3.1.1.2 Panorama econômico nacional .....................................................32 3.1.1.2.1 Emprego e renda .........................................................................34 3.1.2 Demografia ......................................................................................36 3.1.3 Socio-Cultural ................................................................................38 3.1.3.1 Movimentos e tendências no Brasil ..............................................38 3.1.4 Político-legal ...................................................................................39 3.1.4.1 A intermediação junto aos órgão de defesa do consumidor ..........41 3.1.4.2 Termos de ajustes de conduta ........................................................41 3.1.5 Legislação das redes sociais e comportamento do usuário .............43 3.1.6 Segurança da informação ................................................................45 3.1.7 Tecnológico ......................................................................................46 3.2 Microambiente ...................................................................................49
  • 6. 3.2.1 Mercado ............................................................................................49 3.2.1.1 Redes sociais ................................................................................51 3.2.1.2 Tamanho do mercado ...................................................................52 3.2.1.2.1 Participação de mercado ............................................................53 3.2.1.3 Estratégias de marketing dos shoppings ........................................54 3.2.1.4 Concorrência .................................................................................56 3.2.1.4.1 Concorrência direta ....................................................................56 3.2.1.4.1.1 Ubee ........................................................................................57 3.2.1.4.1.2 Tô no shopping ........................................................................57 3.2.1.4.1.3 Clube Premiare ........................................................................58 3.2.1.4.2 Concorrência indireta .................................................................58 3.2.1.4.2.1 Groupon e Peixe Urbano ........................................................58 4 Consumidor ......................................................................................................59 4.1 Classe C ...............................................................................................59 4.1.1 Perfil de consumo, hábitos de uso e atitudes ....................................61 4.2 Jovens e adolescentes ..........................................................................63 4.2.1 Perfil de consumo, hábitos de uso e atitudes ....................................63 5 Marketing Mix ..................................................................................................64 6 Posicionamento .................................................................................................65 6.1 Mapa perceptivo ..................................................................................66 7 Diagnóstico ........................................................................................................67 7.1 Análise Swot .......................................................................................67 7.2 Cinco forças de Porter .........................................................................67 7.2.1 Ameaças a novos entrantes (Barreiras de entrada) ...........................67 7.2.2. Ameaça de substitutos .....................................................................67 7.2.3. Poder de barganha dos clientes .......................................................68 7.2.4. Poder de barganha dos fornecedores ...............................................68 7.2.5. Rivalidade entre concorrentes (Barreira de saída) ..........................69 7.3. Estratégia do Oceano Azul .................................................................69 7.4 Benchmarking .....................................................................................71 7.4.1 Benchmarking funcional ..................................................................72 7.5 Produto de análise ................................................................................73 8 Apresentação do produto .................................................................................73
  • 7. 8.1 Matriz de avaliação ..............................................................................74 8.2 Estudo de cores.....................................................................................74 8.3 Famílias tipográficas ............................................................................75 8.4 A marca ................................................................................................76 8.5 Logo .....................................................................................................77 8.5.1 Recomendações de uso da logo.........................................................77 9 Arquitetura de informação ..............................................................................78 9.1 Árvore preliminar do sistema (Fluxograma) .......................................78 9.2 Card Sorting ........................................................................................80 9.3 Mind Map ............................................................................................81 9.4 Conformidade guideline da Apple .......................................................82 10 Usabilidade ......................................................................................................88 10.1 Wireframes.........................................................................................88 10.2 Avaliação de compreensão (Ícones)...................................................91 10.3 Design de interface (Layout do projeto) ............................................96 10.4 Prototipagem ......................................................................................98 10.5 Testes de prototipagem.......................................................................98 10.5.1 Considerações sobre os testes .........................................................99 11 Estudo do público alvo..................................................................................100 11.1 Persona ............................................................................................100 11.2 Pesquisa qualitativa (Coleta de dados).............................................101 11.2.1 Gráficos da pesquisa......................................................................101 11.3 Cenário .............................................................................................109 12 Conclusão.......................................................................................................112 13 Referências ....................................................................................................113 13.1 Bibliográfica.....................................................................................113 13.2 Digital...............................................................................................114 14 Lista de termos .............................................................................................119
  • 8. LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Experiência personalizada com localização por GPS ....................... 16 Figura 2 – Experiência personalizada para angriar novos clientes ......................16 Figura 3 – Mapeamento indor dos serviços personalizados versus a localização dos usuários ..........................................................................................................17 Figura 4 – Experiência mobile com processo de autenticação ............................ 18 Figura 5 – Autenticação .......................................................................................18 Figura 6 – Fluxo de tarefas ..................................................................................19 Figura 7 – A plataforma .......................................................................................19 Figura 8 – Fluxo de tarefas ..................................................................................20 Figura 9 – A plataforma .......................................................................................20 Figura 10 – Autenticação .....................................................................................21 Figura 11 – Fluxo de tarefas ................................................................................21 Figura 12 – A plataforma .....................................................................................22 Figura 13 – A plataforma..................................................................................... 22 Figura 14 – A plataforma .....................................................................................23 Figura 15 – A paltaforma .....................................................................................23 Figura 16 – A plataforma..................................................................................... 24 Figura 17 – A plataforma .....................................................................................24 Figura 18 – A plataforma .....................................................................................25 Figura 19 – Canvas de estrutura do modelo de negócios..................................... 27 Figura 20 – Estudo do mercado dos shoppings no Brasil.....................................28 Figura 21 – Estrutura da receita do projeto.......................................................... 29 Figura 22 – Gráfico da variação do PIB brasileiro ..............................................32 Figura 23 – Gráfico do crescimento do PIB ........................................................ 32 Figura 24 – Gráfico do PIB e Investimento......................................................... 33 Figura 25 – Gráfico do invertimento brasileiro ................................................... 33 Figura 26 – Gráfico do coeficiente de Gini ..........................................................34 Figura 27 – Gráfico da evolução do salário mínimo real..................................... 35 Figura 28 – Gráfico da taxa de desemprego ........................................................ 35 Figura 29 – Gráfico de composição das classes brasileiras .................................36 Figura 30 – Gráfico da composição populacional por gênero ............................. 37
  • 9. Figura 31 – Quadro de composição populacional por faixa etária ...................... 37 Figura 32 – Quadro de crescimento das capitais .................................................38 Figura 33 – Wi-Fi Offload ................................................................................... 48 Figura 34 – Gráfico de redes sociais e e-commerce por gênero.......................... 51 Figura 35 – Fluxo médio diário e densidade de visitantes por parte de shopping 54 Figura 36 – Novos shoppings até 2014................................................................ 55 Figura 37 – Crescimento da base instalada de shopping nos próximos 3 anos ....55 Figura 38 – Imagem ilustrativa de marketing mix dos concorrentes....................65 Figura 39 – Tabela dos 4P’s da concorrência ......................................................65 Figura 40 – Gráfico do mapa perceptivo ..............................................................66 Figura 41 – Quadro da Análise SWOT.................................................................67 Figura 42 – Gráfico da Matriz de avaliação..........................................................70 Figura 43 – Quadro das quatro ações....................................................................71 Figura 44 – Tabela de Banchmarking Funcional..................................................72 Figura 45 – Tabela de oportunidades e ameaças do aplicativo.............................73 Figura 46 – Matriz de avaliação............................................................................74 Figura 47 – Estudo das cores ................................................................................75 Figura 48 – Famílias tipográficas ........................................................................76 Figura 49 – Logo...................................................................................................77 Figura 50 – Recomendações de uso da logo.........................................................78 Figura 51 – Fluxograma preliminar do projeto.....................................................79 Figura 52 – Card Sorting.......................................................................................81 Figura 53 – Mind Map inicial do projeto..............................................................82 Figura 54 – Barra de ferramentas e barra de navegação dos botões.....................83 Figura 55 – Feedback............................................................................................84 Figura 56 – Exibição de tabela..............................................................................85 Figura 57 – Indicador de Valor (slider) ................................................................85 Figura 58 – Alerta de visualização temporária ....................................................86 Figura 59 – Campo de texto..................................................................................87 Figura 60 – Botões e imagens...............................................................................88 Figura 61 – Grid guia............................................................................................89 Figura 62 – Wireframes do projeto.......................................................................90 Figura 63 – Teste de avaliação de compreensão dos ícones: símbolos organizados por grupo................................................................................................................91
  • 10. Figura 64 – Teste de avaliação de compreensão dos ícones: usuário 01 inicia o teste começando a combinar os símbolos para estruturar o menu ........................92 Figura 65 – Teste de avaliação de compreensão dos ícones: usuário 01 estrutura uma possível combinação dos símbolos para o menu............................................92 Figura 66 – Teste de avaliação de compreensão dos ícones: usuário 01 estrutura o que acredita ser a melhor estrutura para o menu.................................................93 Figura 67 – Teste de avaliação de compreensão dos ícones: usuário 02 estrutura Uma possível combinação dos símbolos para o menu...........................................93 Figura 68 – Teste de avaliação de compreensão dos ícones: usuário 02 estrutura o que acredita ser a melhor estrutura para o menu.................................................94 Figura 69 – Teste de avaliação de compreensão dos ícones: usuário 03 estrutura uma possível combinação dos símbolos para o menu............................................94 Figura 70 – Teste de avaliação de compreensão dos ícones: usuário 03 estrutura o que acredita ser a melhor estrutura para o menu.................................................95 Figura 71 – Teste de avaliação de compreensão dos ícones: usuário 04 estrutura uma possível combinação dos símbolos para o menu ...........................................95 Figura 72 – Teste de avaliação de compreensão dos ícones: usuário 04 estrutura o que acredita ser a melhor estrutura para o menu.................................................96 Figura 73 – Telas do aplicativo.............................................................................97 Figura 74 – Teste de prototipagem .....................................................................100 Figura 75 – Gráfico de dados sobre o sexo dos participantes.............................101 Figura 76 – Gráfico de dados sobre a faixa etária dos participantes ..................102 Figura 77 – Gráfico de dados sobre o grau de escolaridade dos participantes ...102 Figura 78 – Gráfico de dados sobre com quem os participantes moram............103 Figura 79 – Gráfico de dados sobre a frequência de visitas dos participantes ao shopping...............................................................................................................103 Figura 80– Gráfico de dados sobre o motivo das visitas dos participantes ao shopping...............................................................................................................104 Figura 81 – Gráfico de dados sobre a frequência de compras feitas pelos participantes .........................................................................................................104 Figura 82– Gráfico de dados sobre o motivo das compras efetuadas pelos participantes .........................................................................................................105 Figura 83 – Gráfico de dados sobre o acesso a internet pelo celular dos
  • 11. participantes .........................................................................................................105 Figura 84 – Gráfico de dados sobre a funcionalidade mais utilizada no celular dos participantes...................................................................................................106 Figura 85 – Estereótipo da Persona 1 .................................................................108 Figura 86 – Estereótipo da Persona 2 .................................................................109
  • 12. LISTA DE SIGLAS ANPROTEC - Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores ABDI - Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial B2B – Business to Business CISCO -Cisco Systems, Inc FIA - Fundação Instituto de Administração GPS - Global Positioning System IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IOS - iPhone/iPad/iPod Operational System LAN – Local Area Network PDV – Ponto de venda MBIT/S - Mega Bytes per second MSAP - Mobility Services Advertisement Protocol NGH - Next Generation Hotspot QR Code - Quick Response Code SMS - Short Message Service SWOT - Matriz Strengths, Weaknesses, Opportunities, and Threats (KOTLER) TI - Tecnologia da Informação UFPE - Universidade Federal de Pernambuco USB - Universal Serial Bus WI FI - Wireless Fidelity
  • 13. 13 INTRODUÇÃO A transição do desktop para dispositivos móveis, como tablets e smartphones, atualmente é um realidade cada vez mais comum. De tão atrativa, esta nova conjuntura tem gerado uma discussão se os desktop ou laptops estarão destinados ao desuso. Isto se deve ao fato de um smartphone unir à pró-atividade da web, à mobilidade e a facilidade de um celular com o multiuso dos aplicativos. Afinal, um aplicativo instalado em um celular com GPS, sensor de movimento e de iluminação, transforma um pequeno hardware em uma ferramenta sem limites. Tão sem limites que atualmente milhares de aplicativos são criados e registrados na Apple App Store, Play Store, Blackberry App World, Market Place e Amazon App Store. Porém, o mais importante é entender a mudança no comportamento do usuário que em poucos anos se acostumou e se transformou em um heavy user de smartphones. É possível perceber que brasileiros que moram em grandes e médias metrópoles têm, além do hábito do uso de smartphones, o hábito frequente de ir ao shopping. Seja por motivo de lazer (principalmente aos domingos e acompanhado da família) ou de passagem (um almoço no horário de trabalho), o ambiente do shopping faz parte, pelo menos uma vez por semana, da vida de vários brasileiros. Além da conveniência, da segurança e do fato do Brasil ter uma grande classe média emergente, outro fator pode aumentar a frequência nos shoppings: o acesso à Internet por meio da tecnologia Wi Fi. Para trazer mais consumidores para seu estabelecimento, inúmeros grupos donos de grandes shoppings, como por exemplo, o grupo Jereissati e os shoppings Iguatemi, estão oferecendo acesso à internet por meio de redes Wi Fi que é limitado por raio de alcance e senhas. Mesmo com o crescimento da oferta do lazer aliado à prestação de serviços, com o conforto, a segurança e a conveniência, fazer compras ainda é a principal motivação da ida ao shopping. O perfil do atual usuário de smartphones quer estar conectado 24 horas e ter acesso a bons preços. Já os lojistas buscam cada vez mais aumentar a rentabilidade de seus estabelecimentos. Ao analisarmos os principais frequentadores de shoppings, ou seja, a mulher de 18 a 30 anos e pessoas das classes C e D, principalmente C, percebemos um forte potencial de aumento na taxa de conversão das vendas. Fato impulsionado pelo crescimento do poder aquisitivo feminino da chamada nova classe média brasileira. Pensando em tornar a experiência de ir a um shopping mais do que acessar a internet, propõe-se aumentar o lucro dos lojistas e, assim dos grupos donos dos shoppings e seus investidores, com a ideia de um aplicativo que torna a ida ao shopping interativa,
  • 14. 14 econômica e simples idealizado para os consumidores. Para os lojistas, foi idealizada uma plataforma de gerenciamento de ofertas, marketing mobile e analytics para os lojistas. O projeto We look tem como objetivo criar um sistema composto por uma plataforma para gerenciamento de ofertas e um aplicativo de promoções e interação entre o shopping e seus clientes utilizando recursos de uma rede Wi Fi, localização indoor, realidade aumentada e análise de comportamento. O cliente poderá fazer das suas compras uma experiência mais agradável e rentável. Como análise de benchmarking, foi feito um estudo da concorrência representada pelos produtos Clube Premiare, Tô no Shopping e Ubee, pois estes representam os principais concorrentes no mercado de aplicativos voltados para uso no varejo de shoppings. Como fluxo de receitas, o projeto será vendido para grupos administradores de shoppings, que revenderão o projeto para os lojistas e gerentes dos estabelecimentos dentro do shopping que tenham interesse em aumentar as suas receitas. Além deste valor inicial de venda como receita, o projeto também oferece a possibilidade de manutenção do sistema com uma equipe alocada dentro do shopping ou o serviço de branding application para publicidade de marcas dentro do aplicativo. O produto se apresenta em um aplicativo com um layout leve e tecnológico, priorizando as cores azul, prata e branco associadas as cores da marca, rosa pink, azul esverdeado e prata. Essas cores unidas remetem a ideia de modernidade, confiabilidade e tecnologia que o projeto busca comunicar. O processo de design de interface foi feito por meio do desenvolvimento do wireframe e do layout, sendo que ambos foram avaliados e aprovados por meio de testes de usabilidade e acessibilidade, como os testes com protótipos de alta e baixa fidelidade. Como estudo do público alvo, foram elaboradas personas e cenários e também foi feita uma pesquisa qualitativa para melhor conhecimento dos interesses e objetivos dos possíveis futuros consumidores do produto em questão. Deste modo, foi percebido que o mercado de aplicativos para uso em ambientes de varejo de shoppings está se desenvolvendo rapidamente, mas ainda existem poucos concorrentes com projetos inovadores e que realmente atendam as necessidades da classe C, uma vez que esta busca cada vez mais descontos com qualidade e rapidez.
  • 15. 15 2 DESCRIÇÃO DA ORGANIZAÇÃO O projeto We look destina-se a uma negociação B2B, onde dentro de um sistema, composto por uma plataforma e um aplicativo que emitirá um código promocional com desconto, por meio de uma rede Wi Fi, e o serviço de operação e manutenção das ofertas por meio da plataforma. Idealizada para os lojistas, a plataforma se estrutura onde eles poderão ter acesso a um servidor geral com o painel administrativo da loja e customizar ofertas, elaborar campanhas de marketing e ter acesso ao CRM, mediante ao alinhamento às estratégias do grupo administrativo do shopping. Tal plataforma é a solução ideal para criar, divulgar e acompanhar os resultados de ofertas exclusivas, manter um relacionamento direto com os consumidores, obter estatísticas diferenciadas sobre o perfil dos clientes e seus hábitos de consumo e muito mais. Também criado para os consumidores, o aplicativo apresenta promoções e interação entre o shopping e seus clientes utilizando recursos de uma rede Wi Fi. Ao acessar o aplicativo, o usuário poderá localizar e participar das promoções customizadas pelos lojistas na plataforma, compartilhá- las e curtí-las no Facebook ou enviar para amigos por SMS ou e-mail, salvar as suas ofertas preferidas em uma wish list e ver a distância deste em relação as lojas de sua escolha no mapa indicativo. Além disso, ter acesso ao espaço online das marcas, onde poderá ter uma experiência de realidade aumentada, por meio do uso da leitura do QR code nos tags dos objetos, uso do provador virtual para desenvolver a estratégia de up selling e acesso ao acervo digital da marca, como vídeos e fotografias. 2.1 O PROJETO Para esse projeto de conclusão de PCAII estamos aplicando empreendedorismo social, um conceito utilizado para descrever um negócio (KOLKO, 2011) que tenta gerar um novo tipo de lucro – uma forma social de moeda, normalmente definida como um tipo de avaliação das necessidades humanas. Essa é uma forma de empreendedorismo que existe há bastante tempo, desenvolvida normalmente em trabalhos inovadores onde se cria produtos, sistemas e serviços para ajudar as pessoas a fazerem mais coisas, serem felizes, ou qualquer outro utilitário emocional que possa promover benefícios úteis segundo o especialista em design de interação. (KOLKO, 2011).
  • 16. 16 O projeto é composto de uma plataforma de interação digital que permite customização de ofertas, campanhas publicitárias, e promoções on-line, além de manipular toda base de dados coletadas em gráficos analíticos que auxiliam na segmentação do mercado consumidor. Figura 01 – Experiência personalizada com localização por GPS Fonte: Cisco, 2012. Figura 02 – Experiência personalizada para angariar novos clientes Fonte: Cisco, 2012.
  • 17. 17 Um grande diferencial do projeto é o recurso de localização, que permite que o cliente receba descontos de estabelecimento próximos a ele de acordo com seus interesses, além de uma pesquisa de comparação de preços como o buscapé e zoom tornando o produto mais atraente para o cliente. Figura 03 – Mapeamento indoor dos serviços personalizados versus a localização dos usuários Fonte: Cisco, 2012. Abaixo será listado quais são os passos para que o usuário do shopping interaja com o aplicativo. PASSO I: O cliente entra no shopping e é convidado a ter acesso à rede Wi Fi. Para isso é necessário baixar o aplicativo We look e iniciar a interação com a plataforma.
  • 18. 18 Figura 04 – Experiência mobile com processo de autenticação. Fonte: Cisco, 2012. Figura 05 – Autenticação. Fonte: Cisco, 2012
  • 19. 19 PASSO II: Após baixar o aplicativo e autorizar a interação, o cliente preencherá um questionário de perfil de consumo e costumes. Figura 06 – Fluxo de tarefas. Fonte: MALHEIROS, NEVES, PHAETON, SANTANA, 2013 Figura 07 – A plataforma. Fonte: Cisco, 2012 PASSO III: Já dentro do shopping, o usuário inicia a interação com a plataforma por meio da rede Wi Fi, recebendo notificações e tendo acesso a todas as promoções.
  • 20. 20 Figura 08 – Fluxo de tarefas. Fonte: MALHEIROS, NEVES, PHAETON, SANTANA, 2013 Figura 09 – A plataforma. Fonte: Cisco, 2012 PASSO IV: Utilizando o serviço de localização e com informação de interesses e gostos do cliente, a plataforma customizada ofertas segmentadas e envia notificações para o cliente convidando-o a
  • 21. 21 entrar no estabelecimento próximo a ele e utilizar o seu desconto. Figura 10 – Autenticação. Fonte: Cisco, 2012 PASSO V: O cliente sempre terá a opção de permitir ou não se quer receber as ofertas ou continuar com a interação. Figura 11 – Fluxo de tarefas. Fonte: MALHEIROS, NEVES, PHAETON, SANTANA, 2013
  • 22. 22 Figura 12– A plataforma. Fonte: Cisco, 2012 PASSO VI: Se houver o desejo de continuar a interação, será oferecido um serviço de comparação de preços de produtos em oferta. Figura 13 – A plataforma. Fonte: Cisco, 2012
  • 23. 23 Figura 14– A plataforma. Fonte: Cisco, 2012 PASSO VII: Ao sair da loja, o cliente migra para o 3G automaticamente e o controlador da rede Wi Fi identifica o ID do smartphone. Figura 15 – A plataforma. Fonte: Cisco, 2012 PASSO VIII: O controlador da rede Wi Fi identifica o ID do smartphone para que sempre que o cliente retornar ao shopping o mesmo seja conectado automaticamente à rede Wi Fi.
  • 24. 24 Essa é uma solução que permite interação com o usuário através de tecnologia Wi Fi e uma plataforma de nova geração oferecendo a melhor experiência de compras entre o frequentador portador de um smartphone e as lojas e estabelecimentos do shopping. Figura 16 – A plataforma. Fonte: Cisco, 2012 A plataforma permitirá que os novos smartphones e os hotspot realizem todo tipo de interação. Figura 17 – A plataforma. Fonte: Cisco, 2012
  • 25. 25 Os novos smartphones já estão aptos para suportar a tecnologia de serviços de publicidade e diversas interações. Figura 18 – A plataforma. Fonte: Cisco, 2012 2.2 PARCEIROS E ATIVIDADES CHAVE Os parceiros chave do projeto são as lojas e os restaurantes do shopping que contratarão o serviço, assim como o serviço de concierge prestado pelos shoppings, o qual prestará esclarecimento para as dúvidas dos usuários frequentadores do shopping e a equipe administrativa do shopping, responsável pela pré-aprovação das ofertas. São consideradas atividades chave a prospecção de novos parceiros comerciais ou investidores para o projeto, planejamento de marketing para divulgação da marca e aumento de fatores como share of mind, aumento da barreira de entrada de novos concorrentes e fidelização dos clientes (grupos donos de shoppings) e consumidores frequentadores de shopping. Além disso, deve ocorrer a manutenção e atualização da plataforma e do aplicativo para a entrega destes aos respectivos usuários, ou seja, donos dos estabelecimentos e consumidores localizados dentro dos shoppings. Essa atividade deve ser feita de maneira que a característica de exclusividade do projeto seja sempre preservada.
  • 26. 26 2.3 PROPOSIÇÕES DE VALOR Por ser um aplicativo de fácil acesso (somente por meio do uso de uma rede Wi Fi de longa distância) e com uso de alta tecnologia, apresenta uma experiência estável, prazerosa e útil, uma vez que ao se conectar, o cliente recebe as melhores ofertas do shopping, sem precisar buscá-las em sites ou ir ao estabelecimento físico. O projeto também traz o aspecto social por meio da divulgação das promoções entre os usuários, onde este pode convidar amigos a participar de um desconto através de um share nas redes sociais, além de causar buzz no shopping, propocionando uma melhoria na imagem dos estabelecimentos participantes e também a possibildade de um futuro branding application. O questionário preenchido no primeiro acesso ao aplicativo fornece uma base de dados confiável aos donos dos estabelecimentos do shopping para análise do perfil de consumo e localização dos seus frequentadores. 2.4 RELACIONAMENTO COM O CLIENTE O relacionamento com o cliente (grupos donos de shopping) acontecerá por meio de uma equipe de programação para manutenção e atualização da plataforma e do aplicativo, que poderá ser alocada ou terceirizada, e de um analista de marketing e negócios. 2.5 CANAIS DE COMUNICAÇÃO Por ser um projeto que exige uma comunicação em âmbito físico e de grande espectro (um grande ambiente como o shopping) e também dinâmico e virtual (Internet), serão utilizados canais de comunicação impressos, como flyers, folders, banners e outdoors dentro dos shoppings e nas proximidades, e digitais como mídias sociais (por exemplo o Facebook), sites do shopping e das marcas participantes, e-mail marketing e publicidade impressa em revistas para divulgar o aplicativo dentro do shopping ou em estabelecimentos associados. 2.6 RECURSOS CHAVE Como recursos chave, serão utilizados a rede Wi Fi do shopping, uma ferramenta de disparo de SMS e um gerador de QR Code instalados dentro da plataforma. O aplicativo será programado em Cocoa Touch, sendo assim necessário que o usuário frequentador do shopping possua um smartphone compatível.
  • 27. 27 2.7 ESTRUTURA DE CUSTOS Nosso modelo de negócio consiste na venda de uma plataforma integrada à rede Wi Fi do shopping, do aplicativo We Look, das licenças por lojas e da operação assistida por um ano conforme descrito no plano financeiro em um modelo B2B oferecido aos donos dos shoppings, além e o ganho de 1% em cima de qualquer compra que foi convertida através de leads gerados no aplicativo We look. Figura 19 – Canvas da estrutura do modelo de negócios Fonte: MALHEIROS, NEVES, PHAETON, SANTANA, 2013. Ao se analisar o mercado dos shoppings no Brasil, percebe-se um grande potencial de gerar um aumento no ticket médio dos frequentadores. Hoje um shopping de grande porte em uma localização urbana tem em média 270 lojas e um fluxo de médio de 23.000 pessoas transitando diariamente em todo país. Frequentadores esses que gastam em média, R$19,08, proveniente de uma demanda qualificada de famílias de média e alta renda que, atualmente, compõem mais de 80% das vendas realizadas nos shopping centers.
  • 28. 28 O  Mercado   R$   Faturamento  dos  Shoppings  em  2011  no  Brasil   109.000.000.000,00   Número  de  Shoppings  em  2011   419,00   Frequentadores  diários  dos  Shoppings   37.882,00   Frequentadores  anuais  dos  Shoppings  no  Brasil   13.637.520,00   Ticket  Médio  de  clientes   19,08   Número  de  Vendas  Diário   12.627,00   A  estrutura  da  Receita  do  Shopping   R$   Ticket  Médio  de  clientes  +  Aumento  de  20%   23,00   Figura 20 – Estudo do mercado dos shoppings no Brasil Fonte: MALHEIROS, NEVES, PHAETON, SANTANA, 2013. Esse modelo se torna sustentável pelo fato de atrair uma massa de cliente para geração de leads através de inbound marketing, com o uso de uma tecnologia que faz parte de 24h do mercado potencial que é o acesso à internet (Wi Fi). Com isso seguindo a regra básica de um modelo de negócio conseguimos gerar um custo de aquisição do cliente (CAC) menor que o valor total que ele gera a empresa. Além de inovador, esse projeto tende a diminuir a intervenção humana na venda e na prospecção de promoções. 2.8 FLUXOS DE RECEITAS O projeto tem como objetivo aumentar a receita do shopping nos períodos de hiato (segunda a sexta das 15h às 18h e sábado das 10h às 12h) em 20% por meio do uso do aplicativo pelos frequentadores do shopping e comercializar campanhas publicitárias com notificações, mensagens e no aplicativo. Os custos para desenvolvimento do aplicativo e da plataforma We look serão divididos em: analista de negócios, programador, analista de rede, criação e manutenção da plataforma, design digital (interface), geração de conteúdo (Mídias e redação) e operação assistida da rede Wi Fi.
  • 29. 29 O  Projeto    A  estrutura  dos  custos  iniciais   R$   Desenvolvimento  do  aplicativo   19.500,00   Material  de  divulgação  e  apresentação   10.000,00   Custo  com  Viagens   20.000,00   Instalação  e  Parametrização  da  Plataforma  -­‐  72  horas   9.500,00   TOTAL   59.000,00      A  estrutura  dos  custos  Operacionais   R$   Energia  elétrica  Mensal   110,00   Aluguel  de  sala  Mensal   1.500,00   Link  de  100M  operadora  de  telecomunicações  Mensal   199,00   Impostos  -­‐  20%  da  receita   3.145,00   A  Plataforma   110.000,00   Um  analista  de  rede  de  dados  -­‐  Consultoria  de  1  ano   60.000,00   Uma  analista  de  marketing  digital  -­‐  Consultoria  de  1  ano   60.000,00   Especialista  de  Negócios  -­‐  Consultoria  de  1  ano   60.000,00   Desenvolvimento  do  aplicativo   19.500,00   Computador  Desktop  -­‐  5   10.000,00   Notebook  -­‐  2   4.000,00   Mobiliário  Escritório   5.000,00   Impressora  Multifuncional   10.000,00   TOTAL   343.454,00       Taxa  de  Conversão   (Número  de  Vendas*100)  /   Número  de  Visitantes      Taxa  de  Conversão   33%      A  estrutura  da  Receita  do  Projeto   R$   Receita  de  publicidade  não  operacionais  mensais   10.000,00   A  plataforma  com  toda  infra  e  instalação     200.000,00   A  estrutura  da  Receita  do  Projeto   R$   2%  sobre  cada  venda   0,02   Vendas  convertidas  diáriamente  de  um  shopping   12.501,00   TOTAL  DA  RECEITA  MENSAL   15.723,00      Capital  de  Giro   R$   OPEX  x  3  Meses  sem  receita   1.729.116,00   Figura 21 – Estrutura da receita do projeto Fonte: MALHEIROS, NEVES, PHAETON, SANTANA, 2013. Segue em anexo o VPL (Valor presente líquido) do projeto que foi calculado com base na estrutura de preços apresentada acima.
  • 30. 30 2.9 DEFINIÇÕES ESTRATÉGICAS 2.9.1 Missão Proporcionar aos representantes do shopping um aumento na receita, aos lojistas uma possibilidade de melhor gerenciamento da marca e de suas ofertas e aos usuários frequentadores de shopping, uma experiência de compra rentável e agradável. 2.9.2 Visão Tornar-se o aplicativo e a plataforma, relacionados a compras em varejo, mais respeitados e rentáveis do mercado brasileiro por sua inovação, confiabilidade e eficiência, obtendo resultados amplos para atingir e beneficiar compradores e anunciantes. 2.9.3 Valores Honestidade e clareza com os compradores e diálogo direto e acessível com os usuários, oferecendo uma solução rentável e justa. 3 ANÁLISE EXTERNA 3.1 MACROAMBIENTE As novas tecnologias afetam diretamente o produto/negócio quando introduzidas no mercado. O ambiente tecnológico é um dos que apresentam mudanças mais rápidas no macro ambiente quando comparado aos demais devido a sua alta competitividade. 3.1.1 Econômico 3.1.1.1 Panorama Mundial O surgimento de pólos tecnológicos em diversas regiões brasileiras têm demonstrado a importância do setor de TI para a economia do país. Uma prova do crescimento deste setor é que um estudo realizado em 2008 pela Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (ANPROTEC), em parceria com a Agência Brasileira de
  • 31. 31 Desenvolvimento Industrial (ABDI), indica a existência de 74 parques tecnológicos (PqTs) consolidados no Brasil, entre outros ainda por vir. A maior concentração dos empreendimentos está nas regiões Sul e Sudeste. Um exemplo com projeção nacional é o Porto Digital, que opera em Recife, capital de Pernambuco. Fundado em Julho de 2000, o pólo já gerou quatro mil postos de trabalho, atraindo dez empresas de outras regiões do País e quatro multinacionais. Consumidores de China, Brasil e Cingapura são os usuários mais vorazes de mídias digitais do mundo, graças principalmente à rápida adoção de smartphones e tablets. É o que revela um estudo sobre o consumidor digital, encomendado pela KPMG International, que apura o impacto dos conteúdos digitais e tradicionais sobre cerca de 9 mil consumidores de nove países. Entre os consumidores chineses de regiões urbanas, 78% possuem ou pretendem possuir um smartphone, percentual pouco maior do que a intenção demonstrada em relação à posse de laptops (76%), enquanto 51% dizem que têm ou pretendem ter um tablet (penetração maior do que a percebida nos Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha ou Austrália). Na contagem geral dos entrevistados de nove países, 53% possuem ou pretendem possuir um smartphone, e pouco mais de um quarto dos respondentes (26%) têm ou pretendem ter um tablet, segundo dados da KPMG International. Estes consumidores não só preferem acessar conteúdos digitalmente, mas estão mais dispostos a pagar por isso. A propensão dos consumidores em dispositivos móveis em pagar por conteúdos pode gerar valiosos insights aos provedores de mídia ou de tecnologias sobre modelos revolucionários de obter retorno financeiro. Com isso, podemos concluir que nos países emergentes, as pessoas não estão sobrecarregadas com o legado dos computadores portáteis e saltaram diretamente para os dispositivos móveis. Isso cria oportunidades incríveis para a área de tecnologia e empresas de mídia, muitas das quais estão lutando para criar modelos rentáveis de negócio como o nosso projeto.
  • 32. 32 3.1.1.2 Panorama Econômico Nacional A economia brasileira cresceu 0,4% no segundo trimestre (de abril a junho) de 2012 em relação aos três primeiros meses de 2012, segundo dados do IBGE. Em valores correntes, a soma de todas as riquezas produzidas pela economia no período alcançou R$ 1,1trilhão. Figura 22 – Gráfico da variação do PIB brasileiro Fonte: G1.com, com dados do IBGE No semestre, a economia brasileira cresceu 0,6% sobre o mesmo período do ano passado. Entre os setores analisados pelo IBGE, o setor de serviços registrou um avanço, porém leve, de 0,7% em relação aos outros setores. Já a indústria recuou 2,5%, no setor de serviços. Depois da acomodação ocorrida em 2011, a economia brasileira tende a acelerar, apontam especialistas. Com investimentos tanto do setor privado, como do setor público, a média de expansão do PIB prevista até 2014 deve ser superior à dos quatro anos anteriores. Figura 23 – Gráfico do crescimento do PIB Fonte: Ministério da Fazenda, 2012, com dados do IBGE e Ministério da Fazenda
  • 33. 33 No acumulado de 12 meses até novembro de 2011, o comércio varejista registrou crescimento de 7% e o comércio varejista ampliado cresceu 7,7%. No ano, o desempenho do setor deverá ser inferior ao ocorrido no ano anterior, quando acumulou altas respectivas de 10,9% e de 12,2%. Mesmo assim, os números são expressivos e atestam o dinamismo doméstico do País. As taxas de crescimento do investimento têm sido superiores ao crescimento do PIB desde 2004, com exceção do ano de 2009. Isso garante que a maior capacidade produtiva do país seja revertida para o atendimento da demanda doméstica crescente. Para os próximos anos, o modelo de crescimento adotado pelo Governo Federal dará ainda maior ênfase ao investimento em todos os setores da economia. Figura 24 – Gráfico do PIB e Investimento Fonte: Ministério da Fazenda, 2012 As oportunidades da economia brasileira, em conjunto com as medidas tomadas a fim de encorajar o investimento de longo prazo, aumentaram a contribuição do investimento para o crescimento econômico, alcançando 20,8% do PIB em 2012. Figura 25 – Gráfico do investimento brasileiro Fonte: Ministério da Fazenda, 2012, com dados do IBGE
  • 34. 34 3.1.1.2.1 Emprego e Renda A taxa de desemprego atingiu o menor nível registrado pelo IBGE, em dezembro de 2011, alcançando 4,7%. Não menos importante foi o crescimento da formalização no mercado de trabalho brasileiro. Desde 2003, o País criou quase 17,3 milhões de postos formais de trabalho. Ainda merece destaque a continuação do aumento na renda real dos trabalhadores, fator determinante para uma sensação de maior bem estar e otimismo dos cidadãos brasileiros. O Índice de Gini, usado para medir a desigualdade de renda, tem caído continuamente nos últimos anos. A explicação vem da redução da desigualdade na renda do trabalho, da política de valorização do salário mínimo, ao lado dos programas de transferência de renda e da estabilidade macroeconômica. Figura 26 – Gráfico do coeficiente de Gini Fonte: Ministério da Fazenda, 2012, baseados dados do IBGE • com base empessoas de 10 anos ou mais de idade com base na renda per capita de todos os trabalhos efetivamente recebida. A aceleração do crescimento nos últimos anos causou uma expansão significativa da renda per capita. Como resultado da política de valorização implementada pelo Governo, o valor do salário mínimo teve um aumento ainda mais significativo, tendo crescido 66% de 2002 a 2012. Em janeiro de 2012, o salário mínimo passou de R$ 545 para R$ 622, o que poderá injetar mais de R$ 50 bilhões no mercado interno brasileiro, segundo dados do DIEESE.
  • 35. 35 Figura 27 – Gráfico da evolução do salário mínimo Real Fonte: Ministério da Fazenda, 2012, baseada nos dados do DIEESE Mesmo em cenário de menor crescimento da economia, o mercado de trabalho mostrou bom desempenho. Houve declínio da desocupação, que atingiu 4,7% no final do ano. Isto evidencia o dinamismo da economia brasileira em um cenário distinto daquele vivido pelas economias avançadas. Figura 28 – Gráfico da taxa de desemprego Fonte: Ministério da Fazenda, 2012, baseada nos dados do IBGE Além de fortalecer o mercado interno e potencializar o crescimento das regiões mais pobres do País, o novo ciclo de desenvolvimento econômico promove a expansão da nova classe média. O crescimento da classe média é resultado da melhoria da renda dos mais pobres desde 2003.
  • 36. 36 Figura 29 – Gráfico da composição das classes brasileiras Fonte: Ministério da Fazenda, 2012,com base em dados da FGV Pesquisas confirmam que os brasileiros aumentaram a sua renda familiar devido principalmente ao aumento do poder de compra da Classe C. Após a criação do Plano Real e da crescente estabilização da moeda no mercado estrangeiro, as políticas de aumento de renda do governo possibilitaram a mudança de classe social para milhões de pessoas. Para definir o perfil da classe C, percebe-se que é uma classe na maioria urbana, uma vez que 89% vivem em cidades, e sua maior concentração fica na região sul (61% dos habitantes), sudeste (59% dos habitantes) e centro-oeste (56% dos habitantes). Esse grande grupo de pessoas que pertencem à classe C (renda mensal entre R$ 1.750 e R$ 7.500) possui um papel muito importante na sustentação do crescimento do país, pois de acordo com o presidente da FIA, mesmo que o cenário econômico internacional venha a experimentar condições adversas, a melhor distribuição de renda – que se reflete no crescimento da classe C – e a redução dos impostos em importantes setores, como o da linha branca, farão com que o consumo se mantenha firme. Os números estão sinalizando que, no futuro, o país será conduzido por essa nova classe de consumidores. 3.1.2 Demografia O Brasil possui cerca de 194 milhões de habitantes, o que o determina como a quinta nação mais populosa do planeta Terra. Apesar de o crescimento demográfico ter diminuído desde a década de 1960, a população brasileira praticamente dobrou desde a década de 1970. O Brasil possui atualmente uma baixa densidade demográfica (22,43 hab/km2) e a
  • 37. 37 distribuição populacional pelo território é extremamente desigual. Afinal, percebe-se uma grande concentração nas zonas litorâneas, principalmente no Sudeste e no Nordeste. Sendo as áreas com as menores concentrações o Norte e o Centro-Oeste. Composição populacional por genêro Figura 30 – Gráfico da composição populacional por gênero Fonte: “O Brasil em Números”, Portal Brasil. Atualmente, as taxas de natalidade brasileiras têm se equiparado as de outros países subdesenvolvidos. Porém, devido a grande concentração populacional nos centros urbanos e a crescente participação da mulher no mercado de trabalho, percebe-se uma sensível queda nas taxas nos últimos anos. Composição populacional por faixa etária Figura 31 – Quadro de composição populacional por faixa etária Fonte: Nova Enciclopédia Barsa de 1998: Datapédia. 91.000.000   92.000.000   93.000.000   94.000.000   95.000.000   96.000.000   97.000.000   98.000.000   Mulheres   Homens   População  por  genêro  2010  
  • 38. 38 Figura 32 – Quadro de crescimento das capitais Fonte: ARCHELA e THERY 2008, Wikimedia Commons. 3.1.3. Socio-cultural 3.1.3.1 Movimentos e Tendências no Brasil Diante do avanço tecnológico do país e o apreço pelo mundo virtual, observados nos tópicos acima, o aumento no total de adeptos do mundo digital vem se potencializando e superando as expectativas. O Instituto Ibope Nielsen registrou recentemente, um crescimento de 14% nos usuários ativos de Internet, em relação ao mesmo período do ano passado. Com o resultado, ultrapassamos nações tradicionais como Alemanha, França e Reino Unido, restando apenas Japão e Estados Unidos na liderança absoluta. O auge dos dados diz respeito às residências, responsáveis por um crescimento de 37%, entre 2009 e 2011, na adesão de hábitos ligados às ferramentas virtuais. Até o final do terceiro trimestre, estima-se aproximadamente 78 milhões de “cidadãos online”.
  • 39. 39 Fatores como o aquecimento da economia e consequente redução dos preços de equipamentos de informática e softwares, tal como a inclusão digital das classes C e D contribuem para esse novo cenário. Para 2013, um avanço ainda maior é previsto por especialistas, ultrapassando rapidamente a marca de 80 milhões de cibernéticos. 3.1.4 Político-legal No aplicativo We look, serão utilizados anúncios contextualizados e para envio de mailigns será usada base de dados própria (CRM). A empresa respeita a privacidade do usuário e se compromete a não divulgar nenhuma informação pessoal a terceiros. Logo no ato do cadastro, o usuário deve aceitar os termos de uso do aplicativo e optar por receber ou não os comunicados do aplicativo e/ou de seus parceiros via e-mail. A equipe acredita fielmente que, se essas ações forem feitas da forma correta, com foco em realmente agradar os usuários e entregar conteúdos relevantes, isso não será encarado por eles como um problema ou algo invasivo. Por isso, é de extrema necessidade levar em conta as normas da Associação Brasileira de Marketing Direto (ABEMD), que tem um guia de boas práticas a serem seguidas nesse tipo de comunicação. Ainda no âmbito político-legal, é importante destacar que toda a mecânica foi desenvolvida exclusivamente para o aplicativo, e todo o processo é único e diferente de qualquer outro produto existente no mercado. Quanto ao fornecedor, ou seja, aquele que desenvolve o aplicativo para uso do shopping, para que seus lojistas façam uso dos descontos para o consumidor, não parece haver maiores dificuldades; sua responsabilidade é objetiva, conforme delimitam os artigos 12 e 14 do CDC. Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o importador respondem, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos decorrentes de projeto, fabricação, construção, montagem, fórmulas, manipulação, apresentação ou acondicionamento de seus produtos, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua utilização e riscos. Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos
  • 40. 40 Embora se auto-intitulem como meros "intermediadores" entre o fornecedor e o consumidor, acreditando com isso estarem isentos de qualquer responsabilidade, não restam dúvidas de que os shoppings se enquadram no conceito de fornecedor do artigo 3º, do CDC que prevê: "Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços”. Não podemos nos esquecer de que "fornecer" tem, entre seus significados, os de "facilitar" e "proporcionar", que é exatamente o que shopping fará ao anunciar os produtos e serviços para os consumidores, podendo, assim, ser considerado fornecedor. Assim, e ainda sob o enfoque das regras do Código de Defesa do Consumidor, a responsabilidade dos shoppings é objetiva, o que significa dizer que responderão civilmente, independentemente de culpa, pela reparação de eventuais danos causados aos consumidores por defeitos relativos aos serviços prestados ou produtos vendidos (artigos 12º e 14º, do CDC). Desse modo, o consumidor que tiver algum dano dela decorrente, poderá ajuizar ação cível contra o shopping e contra o fabricante do produto ou fornecedor do serviço adquirido, pois ambos são responsáveis, solidariamente, a teor do disposto no artigo 25, § 1º, do Código de Defesa do Consumidor. O objetivo principal da lei é reunir todas as informações necessárias ao consumidor, da maneira mais clara e objetiva possível, evitando qualquer tipo de dubiedade ou 'enganosidade' nas orientações disponibilizadas no aplicativo e na plataforma. Quanto às responsabilidades de funcionamento da plataforma proposta neste trabalho, tendo em vista, ainda, a impossibilidade de funcionamento integral e ininterrupto de qualquer sistema de informática, inclusive em razão da dependência de serviços de telecomunicações prestados por terceiros, não garantimos a prestação do serviço de forma ininterrupta e/ou isenta de erros. Eventualmente, o sistema poderá não estar disponível por motivos técnicos ou falhas da internet, ou por qualquer outro evento fortuito ou de força maior alheio ao nosso controle.
  • 41. 41 3.1.4.1 A Intermediação Junto aos Órgãos de Defesa do Consumidor Os consumidores estão cada vez mais exigentes ao adquirir um produto ou serviço e estes estão cada vez mais complexos, o que exige uma regulamentação mais rigorosa e mais restritiva. Como citado nos tópicos acima, desde que esteja entre os termos pré-acertados para a manutenção da plataforma e do aplicativo, a equipe do We look se responsabiliza por qualquer dano ou instabilidade que não seja causado(a) por um serviço terceirizado. Caso contrário, a intermediação junto aos Órgãos de Defesa do Consumidor será feita pela equipe administrativa e jurídica do escritório. 3.1.4.2 Termos de Ajustes de Conduta O termo de ajuste de conduta (TAC), também conhecido como compromisso de ajustamento de conduta, foi criado pelo art. 211 do Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA (Lei n. 8.069/90) e pelo art. 113 do Código de Defesa do Consumidor - CDC (Lei n. 8.078/90). Está hoje consagrado no art. 5º, § 6º, da Lei da Ação Civil Pública (Lei n. 7.347/85, com as alterações da Lei n. 8.078/90). Por meio dele, um órgão público legitimado à ação civil pública toma do causador do dano a interesses difusos, interesses coletivos ou interesses individuais homogêneos o compromisso de adequar sua conduta às exigências da lei, mediante cominações, que têm o caráter de título executivo. Vivemos uma época em que os conflitos de toda ordem avolumam-se e como consequência há enorme acúmulo de ações judiciais que tornam os trabalhos judiciários ainda mais lentos, o que já ocorre em razão das normas processuais ultrapassadas e das condições materiais de trabalho totalmente insuficientes para fazer frente à demanda. Assim uma das questões no âmbito do direito processual que tem sido objeto de profundas preocupações é exatamente a busca de soluções alternativas para a solução dos conflitos judiciais, de modo que a prestação seja rápida e ao mesmo tempo segura. A definição legal desses direitos encontra-se no Código de Defesa do Consumidor, da seguinte maneira: Art. 81. A defesa dos interesses e direitos dos consumidores e das vítimas poderá ser
  • 42. 42 exercida em juízo individualmente, ou a título coletivo. Parágrafo único. A defesa coletiva será exercida quando se tratar de: I - interesses ou direitos difusos, assim entendidos, para efeitos deste código, os transindividuais, de natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunstâncias de fato; II - interesses ou direitos coletivos, assim entendidos, para efeitos deste código, os transindividuais, de natureza indivisível de que seja titular grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica base; III - interesses ou direitos individuais homogêneos, assim entendidos os decorrentes de origem comum. Direitos e deveres do USUÁRIO: - Quando o usuário entrar em um ambiente ele se autenticará de forma segura e automática ao Wi Fi da loja e ao se movimentar, receberá informação ofertas ou eventos relacionados ao estabelecimento. - Dependendo da localização na loja, o cliente poderá receber descontos de produtos próximos de acordo com seus interesses e a própria loja poderá lhe enviar uma comparação de preços. - Ao se afastar do perímetro da rede Wi Fi, o smartphone do usuário se desconectará automaticamente. Porém, caso seja autorizado previamente, o cliente continuará a receber mensagens de promoções, eventos e entre outros. Direitos e deveres do LOJISTA: - Em uma sala de operação um analista de negócios e de operação realiza reuniões com as lojas e estabelecimentos para definir as ofertas, compras coletivas, promoções e notificações publicitárias de marca. - A plataforma irá coletar e armazenar dados de geolocalização e perfis de interesses dos clientes que servirão para segmentar as interações negociadas previamente. - Um operador de rede Wi Fi garantirá a integridade e disponibilidade da rede Wi Fi e do funcionamento do aplicativo. O cliente deverá dispor de um sinal de qualidade em todo shopping e
  • 43. 43 o aplicativo deverá estar com todos os recursos disponíveis e funcionando. - Fornecer esclarecimento as dúvidas dos usuários frequentadores do shopping. Direitos e deveres do SHOPPING: - Manter a operabilidade e disponibilidade da rede Wi Fi por todo o perímetro pré-definido no contrato. - Manter a plataforma e o aplicativo atualizados para os lojistas. - Fornecer esclarecimento as dúvidas dos lojistas e fomentar business relacionados ao aplicativo e a plataforma. Informações pessoais fornecidas: No processo da pesquisa, foram recebidas e armazenadas todas as informações digitadas em nosso serviço ou que nos fornecam de qualquer outra maneira. Os tipos de informações pessoais coletadas incluem nome, endereço de email, data de aniversário, nomes de usuário do Twitter e/ou Facebook, informações sobre o uso do nosso. Quando o serviço é usado, recebemos automaticamente a localização do usuário. As informações pessoais que nos fornece são usadas para permitir que configurem uma conta de usuário e perfil para interagir com outros usuários por meio do serviço, melhorar o conteúdo do serviço, personalizar os anúncios e conteúdos que são exibidos e para comunicar novidades sobre coisas especiais e novos recursos. Informações coletadas automaticamente: Quando o serviço é usado, o aplicativo automaticamente recebe e registra em logs de servidor informações sobre o navegador ou plataforma móvel, incluindo localização. Os dados com informações não pessoais são tratados, exceto quando somos obrigados a agir diferentemente de acordo com alguma lei aplicável. O We look só usa esses dados de maneira a desenvolver a própria experiência de uso do aplicativo. 3.1.5. Legislação das Redes Sociais e Comportamento do usuário As redes sociais já fazem parte do cotidiano brasileiro, e não é só para diversão. Usuários buscam fazer networking navegando nesses canais através do trabalho, da rua ou de suas casas. A visita a redes sociais como o Facebook cresce exponencialmente. Em abril de 2012, a Hi-Mídia, realizou uma pesquisa sobre o comportamento dos usuários de redes sociais no Brasil em parceria com a M.Sense, empresa especializada em pesquisa de mercado digital. Dentre os entrevistados, 95% dos que responderam, utilizam redes sociais.
  • 44. 44 Acessado por 86% dos entrevistados, o Facebook tem forte apelo para comunicação com amigos e familiares, segundo 81% de seus usuários. Já o Twitter, acessado por 32% dos pesquisados, tem como principal objetivo a atualização de notícias e acontecimentos para 58% dos entrevistados que possuem conta. As demais redes aparecem com percentuais menores de acesso, com 33% para o Google+, 22% para Linkedin e 16% para o Badoo e 10% para o Sonico. Uma parcela considerável dos pesquisados, 63%, afirmou ainda usar o Orkut. A pesquisa aponta ainda que a frequência de uso e o local de acesso variam de acordo com a ferramenta. O acesso domiciliar é o mais comum entre todas as redes, variando de 83% a 93% de acordo com cada uma delas. Já no trabalho, 35% dos usuários de Facebook, 37% dos cadastrados no Twitter, 40% dos que possuem Linkedin e 22% das pessoas que têm Orkut disseram acessar suas contas. Os usuários de Facebook ganham também no quesito mobilidade. Dos pesquisados que afirmaram possuir conta na rede, 23% acessam via celular ou outro dispositivo móvel, contra 25% do Twitter, 15% do Linkedin e 12% do Orkut. O tempo que os internautas passam conectados também varia. Cinquenta e sete por cento dos usuários de Facebook acessam suas contas mais de uma vez por dia e 20% disseram ficar conectado o dia todo. Com assinantes menos assíduos, o Twitter possui 12% dos usuários conectados o dia todo e o Linkedin, apenas 6%. A pesquisa avaliou ainda a interação do usuário com marcas no Facebook e no Twitter. No primeiro, 57% dos usuários curtem alguma marca e buscam novidades sobre elas. Já no Twitter, a busca é sobre melhores oportunidades de compra e descontos. Entre os entrevistados, 57% curtem no Facebook alguma marca, sendo a Nike a marca mais citadas e 73% comentam sobre suas compras quando são surpreendidos tanto positivamente como negativamente. O uso das redes para comentar sobre compras é elevado (65%) e não se restringe às reclamações ou elogios a determinada marca.
  • 45. 45 As redes sociais devem ter papel relevante durante o ano de 2012 no que se refere a discussões políticas e nas eleições: 56% concordam que existe influência dos comentários nas redes sociais em assuntos sociais e políticos para abaixo assinados, mobilizações em prol de uma causa e eleições em 2012. No Twitter, 55% dos entrevistados disseram apenas observar o que acontece na rede e apenas 25% disseram valorizar o número de seguidores e 32%, os retweets. A pesquisa apontou ainda que 60% dos assinantes usam a rede como forma de discutir assuntos sociais e políticos, contra 56% do Facebook. E 61% acreditam que o Twitter pode influenciar em um possível contato profissional, frente a 56% dos usuários do Facebook. Outro ponto avaliado pela pesquisa foi a geração de conteúdo e o status social. O estudo identificou que 53% dos usuários de Facebook compartilham e interagem com os conteúdos publicados, além de valorizar muito este tipo de ação. Dentre os entrevistados, 48% afirmaram gostar de ser marcados em fotos, embora 50% se incomode em receber posts irrelevantes. A segurança também foi fator apontado pelos entrevistados e 40% deles disseram se sentir expostos na rede social.1 Essa pesquisa mostra que a exposição das pessoas nas redes sociais aumenta cada vez mais, e com esse fato, os riscos e as implicações jurídicas também ganham outra proporção. 3.1.6. Segurança da Informação É de suma importância dar atenção aos aspectos da segurança da informação do projeto, pois é a proteção da informação de vários tipos de ameaças para garantir a continuidade do negócio, minimizar o risco e maximizar o retorno sobre os investimentos e as oportunidades de negócio. De acordo com Sêmola (2003), pode-se definir Segurança da Informação como uma área do conhecimento dedicada à proteção de ativos da informação contra acessos não autorizados, 1 Dados disponíveis em <http://www.hi-midia.com/pesquisas/abril2012-redes-sociais- comportamento-dos-usuarios/>Acessado em 22/01/2013  
  • 46. 46 alterações indevidas ou sua indisponibilidade. Uma política de segurança consiste num conjunto formal de regras que devem ser seguidas pelos utilizadores dos recursos de uma organização. As políticas de segurança devem ter implementação realista, e definir claramente as áreas de responsabilidade dos utilizadores, do pessoal de gestão de sistemas e redes e da direção. Deve também adaptar-se a alterações na organização. As políticas de segurança fornecem um enquadramento para a implementação de mecanismos de segurança, definem procedimentos de segurança adequados, processos de auditoria à segurança e estabelecem uma base para procedimentos legais na sequência de ataques. O documento que define a política de segurança deve deixar de fora todos os aspectos técnicos de implementação dos mecanismos de segurança, pois essa implementação pode variar ao longo do tempo. Deve ser também um documento de fácil leitura e compreensão, além de resumido. Os elementos da política de segurança devem ser considerados: a) A Disponibilidade: o sistema deve estar disponível de forma que quando o usuário necessitar, possa usar. Dados críticos devem estar disponíveis ininterruptamente. b) A Legalidade c) A Integridade: o sistema deve estar sempre íntegro e em condições de ser usado. d) A Autenticidade: o sistema deve ter condições de verificar a identidade dos usuários, e este ter condições de analisar a identidade do sistema. e) A Confidencialidade: dados privados devem ser apresentados somente aos donos dos dados ou ao grupo por ele liberado. No caso do aplicativo e da plataforma, a proteção das informações dos usuários acontecerá por meio do uso de funções do proteção de dados da linguagem Cocoa Touch e também de dados criptografados, além de selos de segurança. 3.1.7 Tecnológico Nos últimos anos a melhoria da capacidade dos novos smartphones tem provocando grandes mudanças no comportamento dos usuários. Pela primeira vez, usuários de smartphone estão consumindo mais dados do que todos os dispositivos móveis e dos desktops.
  • 47. 47 O consumo de dados do iphone 5 é quatro vezes superior ao do iphone 3G, lançado em 2008, isso se dá por conta não apenas da compatibilidade com o 4G (na versão internacional, ainda incompatível com a frequência de 2,5 GHz no Brasil), mas também pelo melhor desempenho gráfico e maior tela, que se traduzem em uma maior atividade dos usuários. Outra razão é a sincronização na nuvem: muitos dos iphones 5 são sincronizados no icloud, o que gera tráfego . Apesar de ter sido o dispositivo com maior consumo de dados entre 125 aparelhos, o iphone 5 chegou a ter o domínio desafiado pelo Samsung Galaxy S III. Antes de seguir adiante, vale lembrar que Smartphone é um telefone celular que possui um sistema operacional. Os principais sistemas operacionais hoje são:  Android (Google)  Symbiam (Nokia)  iPhone OS (Apple)  BlackBerry (RIM)  Bada (Samsung)  Windows Phone (Microsoft) No 3º trimestre de 2012 foram adquiridos 179,7 milhões smartphones no mundo, um aumento de 45,3% em relação ao 3T11. A compra de smartphones da Samsung aumentaram 100,4%, no 3T12, se comparado ao 3T11, totalizando 56,3 milhões de unidades vendidas, impulsionada pelas vendas de aparelhos da linha Galaxy. A Apple vendeu 26,9 milhões de Iphones no 3T12, representando um crescimento de 57,3% nas vendas se comparado ao mesmo período do ano anterior. As vendas de smartphones da Nokia caíram 62,5% no 3T12 em comparação com o 3T11. Nos últimos anos, as redes de computadores têm se popularizado. Há basicamente dois tipos de redes: redes com fio, utilizando meios físicos de comunicação (cabos) e redes sem fio que utilizam o ar como meio de comunicação, onde trafegam sinais de radiofrequência e a transmissão e recepção ocorre através de antenas, sistema Wireless. Entre os possíveis sistemas de comunicação para redes wireless pode-se destacar o sistema Wi Fi (Wireless Fidelity). Com a popularização recente da tecnologia Wi Fi nas redes locais, os usuários finais tem
  • 48. 48 acesso à conexão de a banda larga, visto que, o sistema permite que dispositivos se conectem a rede local (LAN – Local Area Network) e à Internet a velocidades de até 54 Mbit/s (banda larga), livres de cabos e com portabilidade, porém sem mobilidade plena, ainda que restrita a 100 metros de cada ponto de acesso. Para se conectar a uma rede wireless, é preciso estar ao alcance do sinal de acesso da rede. Há diversos tipos e modelos de placas disponíveis, variando apenas no tipo de antena (interna ou externa) disponibilizada. Algumas placas disponíveis no mercado. Como não é possível acompanhar o aumento da necessidade de banda nas redes móveis (3G, por exemplo) sem aumentar os custos no mesmo ritmo, a solução encontrada é fazer o offload. O offload nada mais é do que tirar o tráfego da rede móvel, sempre que possível. Por exemplo, quando chegamos em casa e ligamos o Wi-Fi do telefone e acessamos a internet através dele ao invés do 3G, estamos fazendo uma espécie de offload, de maneira manual. Figura 33 – Wi-Fi Offload Fonte: Cisco, 2012 Por causa da popularidade, facilidade de uso e alta capacidade, a tecnologia Wi Fi é considerada essencial para lidar com o crescimento explosivo de tráfego de dados no Brasil. De acordo com relatórios da indústria, espera-se um crescimento do tráfego de dados móveis no Brasil em 19 vezes até 2016, o que corresponde a uma taxa de crescimento anual de 79%.
  • 49. 49 3.2 MICROAMBIENTE 3.2.1 Mercado O mercado de shopping center no Brasil tem crescido de forma vigorosa e, até certo ponto, surpreendente. Cidades e regiões que até pouco tempo atrás eram consideradas de baixo potencial hoje têm shopping e com bom desempenho. O mercado, de certa maneira, tem se mostrado superior ao que se estimava. A entrada volumosa de capital externo e o crescimento significativo do poder de compra dos consumidores trouxe ao mercado de shopping um dinamismo que não se esperava. São exatamente nesses momentos de quase euforia que residem as oportunidades, mas também os grandes riscos. Além de grandes investidores, a maioria dos shoppings foi construída com financiamentos de bancos privados e com a participação de fundos de pensão e outros investidores privados reunidos em acordos societários através da aquisição de quotas-partes. Atualmente contam com linhas de crédito do BNDES. O ano de 2011 deverá ser marcado por muitas inaugurações de novos shoppings, intensificando a tendência de crescimento do setor que já foi observada no ano passado. Geralmente, os proprietários do shopping nomeiam uma administração encarregada da gestão do centro comercial, podendo ser dividida em duas categorias principais: autogestão e gestão terceirizada. Autogestão é quando um organismo é administrado pelos seus participantes em regime de democracia direta, já em gestão terceirizada ou outsourcing é uma prática que visa a redução de custo e o aumento da qualidade. Com estes novos centros, o mercado nacional terminou o ano de 2010 com 381 shopping centers em funcionamento. Pelo critério IBOPE Inteligência, somente são considerados shopping centers os empreendimentos com mais de 4 mil metros quadrados de área de varejo, predominantemente locados e com administração centralizada. Os shoppings normalmente pertencem a um único proprietário que disponibiliza contratos de utilização das suas lojas, com cadeias ou outros tipos de utilizadores (lojistas). Os lojistas pela
  • 50. 50 condução do seu negócio, com maior ou menor autonomia, de acordo com as condições do contrato de utilização da loja. Mesmo nos casos onde o lojista tem uma grande autonomia, o controle sobre o negócio através da realização de auditorias ao funcionamento da loja ou do estabelecimento da obrigação de declaração periódica das vendas realizadas. A maioria dos shoppings brasileiros é de porte médio, ou seja, tem área comercial entre 14 mil e 35 mil metros quadrados. Apenas 82 shoppings (21% do total) podem ser considerados shoppings regionais ou supra-regionais, com área comercial acima de 35 mil metros quadrados. Quase todos estão localizados em cidades com mais de 600 mil habitantes. Tipicamente, o shopping médio tem em médio 90 lojas, o shopping médio 150 e o grande 270 lojas. Os supermercados estão presentes em muitos shoppings: 30% dos pequenos têm supermercado, assim como 50% dos médios e 43% dos grandes. Ou seja, o supermercado é um elemento importante no composto varejista dos shoppings. Segundo o censo IBOPE 2011 atualmente, 143 cidades brasileiras contam com shopping centers. A distribuição regional dos shoppings acompanha a distribuição populacional de renda mais elevada. A região sudeste é a mais populosa entre as cinco regiões brasileiras e, não por acaso, abriga também a maior parte dos shoppings existentes: são 205 empreendimentos em operação em 77 cidades somando um total de 5,4 milhões de m² de área bruta comercial. Em segundo lugar aparece a região sul, com 73 shoppings, seguida do nordeste, com 56 shoppings, centro-oeste, com 37 e norte, com 11centros comerciais. As regiões sul e norte têm características que as distinguem da média. Na região sul a oferta de shoppings é mais pulverizada, distribuída em um maior número de cidades e composta por empreendimentos menores. No outro extremo, a região norte conta com uma oferta de shoppings concentrada em apenas quatro cidades e com tamanho muito acima da média. Os shopping no Brasil, tomando como base os dados divulgados pelo último Censo Demográfico do IBGE, no país deve chegar ao final de 2011 a uma população total de 193 milhões de habitantes. Neste mesmo período, a demanda qualificada para produtos usualmente comercializados em shopping center, excluindo supermercado, soma R$ 425 bilhões. Demanda qualificada é o consumo proveniente das famílias de média e alta renda que, atualmente, compõem
  • 51. 51 mais de 80% das vendas realizadas nos shopping centers. Quando se analisa conjuntamente os dados de população, consumo e shopping por cidade, o quadro que emerge é de um mercado extremamente concentrado: 2,6% dos municípios brasileiros reÚnem 42% da população brasileira, 64% da demanda qualificada para shopping e 100% dos shoppings em operação. Em geral, somente cidades com mais de 600 mil habitantes têm mais de um shopping (média de 2,6 shoppings). Os maiores centros urbanos, cidades com mais de 1,2 milhão de habitantes, tem uma grande concentração de shoppings: em média, 13,5 shoppings.or     3.2.1.1 Redes Sociais De acordo com um estudo realizado pela e-bit no primeiro semestre de 2010, através de dados de pesquisas coletadas no processo de finalização de compra das lojas virtuais, 55% dos e- consumidores que fizeram uma compra pela internet influenciados por uma rede social são mulheres, o que pode indicar maior propensão do público feminino em ser seduzido pelas ofertas ou recomendações nesse canal. No comércio eletrônico em geral, a divisão é exatamente pela metade: 50% são homens, 50% mulheres. As redes de relacionamento vêm se tornando não apenas um eficaz canal de acesso às lojas virtuais, mas principalmente uma oportunidade de divulgar a marca para os e-consumidores e para os internautas que estão à iminência de realizar a primeira compra online. Figura 34 – Gráfico de redes sociais e e-commerce por gênero Fonte: e-bitInformação (www.ebitempresa.com.br) Se formos separar o perfil dos usuários que foram influenciados pelas redes sociais em suas compras, é possível observar algumas diferenças. Quando se diz respeito à idade, os compradores de redes sociais são, em média, sete anos mais jovens que os compradores do mercado: 34 anos contra 41.
  • 52. 52 Dos entrevistados, 27% dos usuários das redes sociais possuem entre 35 e 49 anos, ante 39% dos consumidores na internet como um todo. Na faixa mais jovem, entre 18 e 24 anos, temos respectivamente, 21% contra apenas 8%. O estudo mostrou também que 65% dos internautas que foram influenciados a comprar na Web através de redes sociais são light users (possuem uma frequência baixa de compra), ao mesmo tempo em que 35% são heavy users (alta frequência de compra). Essa diferença pode ser explicada pela menor média de idade dos usuários de redes sociais citada anteriormente. As categorias preferidas dos e-consumidores provenientes de redes sociais são moda e acessórios, com cerca de 20% do volume transacional. A mesma categoria representa 4% das vendas totais no comércio virtual. Paralelo a isso, os e-consumidores não impactados pelas redes sociais compraram produtos mais caros, como eletrodomésticos, com 14% de participação no volume total de transações. Até por esse motivo, o tíquete médio deles é consideravelmente maior do que os R$ 269 dos consumidores influenciados por mídias sociais. 3.2.1.2 Tamanho do Mercado Com a estabilização econômica, a inflação sob controle e a redução das taxas de juros no país, veio um aumento no consumo per capita, que por sua vez impulsionou o aumento das vendas do varejo. Essa combinação gerou um aumento da procura dos lojistas por novos espaços. No Brasil, os shoppings apresentam outros atrativos além da concentração de lojas, serviços diversificados em um só local, disponibilidade de estacionamentos e climatização dos ambientes. A sensação de segurança proporcionada e o abrigo contra as chuvas tropicais que irrompem justamente no período das festas natalinas, momento de maior concentração de vendas do ano, são os fatores que levam as vendas de shopping a crescer em níveis bem superiores aos do varejo em geral. Sendo assim, ao longo do tempo observamos um aumento do percentual de participação das vendas do setor sobre as vendas totais do varejo, representando 18,3% desta em 2011. O crescimento do setor de shopping brasileiro vem desempenhando também um importante papel na economia do país, gerando muitos empregos e aumentando expressivamente a integração com a comunidade, por meio de ações sociais. Em 2011 foram gerados 775 mil empregos. O setor também passou a ser muito importante no desenvolvimento de cidades de médio e pequeno porte,
  • 53. 53 pois, apesar de ainda elevada concentração nas grandes cidades, nos últimos cinco anos observou-se uma tendência de interiorização. Ou seja, as empresas passaram a buscar oportunidades de investimentos nessas cidades, através de empreendimentos em formato menores que atendam a vizinhança e pequenas comunidades, consequentemente ajudando o desenvolvimento econômico dessas cidades. Outra tendência observada no setor é a de ampliar a função social e comunitária dos shoppings, ofertando variados tipos de serviço, entretenimento, lazer e cultura. Segundo uma pesquisa realizada pela ABRASCE em 2009, apenas 37% dos frequentadores de shoppings vão aos empreendimentos com o objetivo de fazer compras (a porcentagem restante se refere a outros motivos). 3.2.1.2.1 Participação de Mercado A participação de shopping centers brasileiros representa aproximadamente 19% do volume de vendas do mercado de varejo nacional (excluindo automóveis), contrastando com percentuais de 70% e 40% nos Estados Unidos e na França, respectivamente. Esses números demonstram o notável potencial de crescimento do setor de shopping centers no Brasil. A indústria de shopping centers fechou o ano de 2011 com um faturamento de R$ 108 bilhões, ante os R$ 91 bilhões de 2010, um aumento de 18,6% no período, segundo dados da Associação. O número representa mais de 2,7% do Produto Interno Bruto (PIB), e no final de 2011 já era responsável por mais de 775 mil vagas de trabalho. Diariamente, 8,7 milhões de pessoas visitam algum dos shoppings brasileiros. A média de visitantes por shopping está em torno de 23 mil pessoas por dia, mas este valor apresenta grandes variações dependendo do tamanho do empreendimento e de sua localização. A relação mais óbvia é a existente entre fluxo e tamanho do shopping: os de grande porte atraem diariamente 2,5 vezes mais consumidores do que shoppings pequenos. Porém, embora os shoppings pequenos atraiam um número menor de pessoas, eles apresentam maior concentração de consumidores por metro quadrado. Ou seja, a densidade de pessoas nos shoppings pequenos é maior do que nos grandes shoppings. Geralmente, a proximidade geográfica do shopping pequeno de seus clientes faz com que este seja mais integrado na vida dos consumidores e, proporcionalmente, visitado mais frequentemente.
  • 54. 54   Figura 35 – Fluxo médio diário e densidade de visitantes por porte de shopping Fonte: IBOPE, 2011. O shopping no varejo, diariamente, 8,7 milhões de pessoas visitam algum dos shoppings brasileiros. A média de visitantes por shopping está em torno de 23 mil pessoas por dia, mas este valor apresenta grandes variações dependendo do tamanho do empreendimento e de sua localização. A relação mais óbvia é a existente entre fluxo e tamanho do shopping: os de grande porte atraem diariamente 2,5 vezes mais consumidores do que shoppings pequenos. Porém, embora os shoppings pequenos atraiam um número menor de pessoas, eles apresentam maior concentração de consumidores por metro quadrado. Ou seja, a densidade de pessoas nos shoppings pequenos é maior do que nos grandes shoppings. Geralmente, a proximidade geográfica do shopping pequeno de seus clientes faz com que este seja mais integrado na vida dos consumidores e, proporcionalmente, visitado mais frequentemente. O varejo brasileiro movimentou em 2010 por volta de R$ 638 bilhões em vendas totais (demanda total excluindo supermercados, automotivos, combustível e material de construção). O faturamento estimado pelo IBOPE Inteligência para o setor de shopping center em 2010 é de R$ 89,5 bilhões. 3.2.1.3 Estratégias de Marketing dos Shoppings Fatores como crédito e prazos facilitados, o aumento dos empregos formais e a ascensão das classes de renda B e C também figuram entre os acontecimentos que ajudaram a impulsionar o mercado. Os próximos anos, em especial 2011 e 2012, serão anos de intensa atividade no setor de shopping center. O Cadastro de Shopping Centers do IBOPE Inteligência, única fonte do setor de
  • 55. 55 shoppings que verifica sistematicamente o status de cada empreendimento, mostra que 96 novos shoppings já se encontram em etapa avançada de desenvolvimento e implantação, devendo ser inaugurados entre 2011 e 2014. Considerando-se que a previsão de inaugurações seja mantida, 85 novos shoppings deverão entrar em operação no biênio 2011/2012, representando um incremento de 23% em dois anos. Com esses novos entrantes, serão adicionados estes valores ao mercado de shopping: Figura 36 – Novos shoppings até 2014 Fonte: IBOPE, 2011 Do ponto de vista geográfico, os shoppings estão se interiorizando e, com as novas inaugurações, chegarão a outras 27 cidades, todas com população abaixo de 600 mil habitantes. O movimento, portanto, é claro no sentido de atingir novos mercados fora dos grandes centros urbanos. Do ponto de vista regional, no entanto, continuará a elevada concentração dos novos empreendimentos na região sudeste. Com esses novos empreendimentos, o crescimento previsto da base instalada por região será o seguinte: Figura 37 – Crescimento da base instalada de shopping, nos próximos 3 anos Fonte: IBOPE, 2011
  • 56. 56 O bom momento da economia brasileira mostra que o aumento de consumo acima da taxa de inflação teve um impacto positivo nos lucros dos shoppings centers. E o bom desempenho das vendas no mercado de varejo tem estimulado a procura por novos espaços em shoppings centers. Embora bastante pulverizado e diversificado, o segmento de shopping centers do país apresenta um nível de qualidade de especialização que se equipara às melhores do mundo, sendo o Brasil o décimo país do mundo em número de shopping centers construídos, de acordo com a ABRASCE. 3.2.1.4 Concorrência O termo concorrente designa uma empresa que atua nos mesmos mercados e com o mesmo tipo de produtos ou serviços oferecidos por outra. Para atuar num mercado, qualquer que seja ele, é importante saber quem são os empresários com os quais você vai disputar espaço e clientes. E a primeira ação é mapear quem são seus concorrentes. Concorrente direto pode ser aquele que vende a mesma linha de produtos para um mesmo público alvo, com uma mesma faixa de preço em um mesmo tipo de PDV ou aquele que vende a mesma linha de produtos para um mesmo público alvo, com uma mesma faixa de preço, em tipos de PDV diferentes. Já o concorrente indireto é aquele que não vende a mesma linha de produtos, mas que atinge seu público alvo com uma estratégia clara de substituição de produto. No presente trabalho, nos focaremos no mercado de shopping centers, visto que é o nicho que o aplicativo We look pretende atingir. 3.2.1.4.1 Concorrência Direta Acompanhando esta tendência de empreendimentos em formato comunitário, observamos o surgimento de plataformas de interação em shoppings. Tais modelos podem ser considerados concorrentes diretos do aplicativo e plataforma We look. São eles: “Ubee”, “Tô no Shopping” e, o mais recente, “Clube Premiare” desenvolvido somente para o Shopping Rio Design Leblon.
  • 57. 57 3.2.1.4.1.1 Ubee O Ubee é uma plataforma voltada para aumentar o mercado varejista, de forma a adquirir novos consumidores, conhecer seus hábitos de consumo e fidelizá-los. A plataforma funciona através de um aplicativo de celular que traz mais interação aos consumidores, lhes permitindo saber onde se encontram os melhores produtos e ofertas para seu perfil de consumo. Além disso, os mesmos são premiados com descontos e produtos só por visitarem as lojas e divulgá-las nas redes sociais, aumentando o tráfego e a exposição online da loja. Os hábitos dos compradores podem ser monitorados em tempo real, coletando somente dados não pessoais, gerando relatórios com sugestões para as áreas de logística, marketing e comunicação da loja, possibilitando um melhor planejamento baseado em métricas de extrema precisão, capturadas por nossa tecnologia proprietária de localização indoor, tecnologia esta que tem precisão em média 30 vezes superior à localização padrão dos smartphones. 3.2.1.4.1.2 Tô no Shopping O Tô no Shopping é um guia para iOS que foi desenvolvido para facilitar a localização de shoppings e lojas dos principais centros comerciais do Brasil. Esse aplicativo é interessante tanto para turistas, quanto para os próprios moradores da cidade. O cadastro da localização dos shoppings ainda não é completo, mas a intenção é que com o tempo a maioria esteja presente. O aplicativo traz diversas informações sobre o shopping, como: localização, telefone, e- mail, notícias, eventos, promoções e fotos. Tô no shopping é um aplicativo que foi criado para facilitar a localização do que está ao seu redor. Sejam Shoppings ou lojas, o aplicativo ajuda a levar o usuário aonde quer chegar. Mesmo se ele não estiver com iPhone, iPad ou iPod Touch por perto, é possível ver todo o conteúdo e benefícios do aplicativo através do site. O programa traz localização de shoppings em todo Brasil e permite ligações para shoppings e lojas, além do envio de e-mails diretamente do aplicativo. Para ajudar a todos os usuários do programa, está disponível a opção de comentar sobre o shopping e a loja da sua preferência e a opção para localização do shopping mais próximo.
  • 58. 58 3.2.1.4.1.3 Clube Premiare Programa de relacionamento baseado em recompensas criado pelo shopping Rio Design Leblon, localizado no Rio de Janeiro. O sistema de pontuação e resgate é feito por meio de um aplicativo para celulares. O programa é baseado na visitação do shopping, sendo que a cada visita e contato com o Rio Design Leblon, o cliente pode ganhar pontos que serão trocados por benefícios nas lojas do shopping. O Clube Premiare tem como principal objetivo potencializar a conversão de vendas do shopping, promover a fidelização do público e ser uma nova forma de se relacionar com o cliente. Para utilizá-lo, o cliente deve baixar o aplicativo, se cadastrar no Programa e começar a realizar “check-ins” (por cada qual ganhará 100 pontos) e interações enquanto estiver no shopping. Para resgatar a pontuação, o cliente deve ir a “concierge” do shopping para solicitar a emissão de um bilhete que lhe dará o direito de obter o benefício em uma das lojas. 3.2.1.4.2 Concorrência Indireta Consideramos os sites de compra coletiva a concorrência indireta às plataformas disponibilizadas nos shoppings. O conceito de compra coletiva surgiu nos Estados Unidos, em 2008, e desembarcou no Brasil no início de 2010. Os sites oferecem descontos em produtos e serviços que só serão válidos depois de atingirem um número mínimo de interessados. O modelo de negócio virou febre: já existem mais de mil sites como estes no Brasil. A seguir, analisaremos os sites Grupon, atual líder do mercado, e Peixe Urbano, o pioneiro no Brasil. 3.2.1.4.2.1 Groupon e Peixe Urbano Lançado em novembro de 2008 em Chicago, nos Estados Unidos, o Groupon hoje está presente em 48 países. Depois de alcançar a liderança no segmento de compra coletiva brasileira – em dois anos, foram 10 milhões de cupons vendidos - o Groupon também se tornou líder de reclamações no Procon-SP, chegando a ser autuado pelo órgão ao lado de outros concorrentes no fim do ano passado. O vice-presidente na América Latina, Patrick Schimidt, em entrevista afirmou que a
  • 59. 59 empresa está cuidando de perto do desenvolvimento de novas tecnologias para integrar o site às plataformas móveis – como smartphones e tablets - e ampliar o ramo de atuação para não perder mercado. Enquanto outros sites de compra coletiva no Brasil buscam na publicidade a receita para aumentar o lucro, o Groupon quer deixar de ser apenas um site de compra coletivo para se tornar uma espécie de guia de entretenimento. O plano é fazer com que o consumidor gaste mais tempo na página da empresa lendo resenhas de outros clientes, avaliando estabelecimentos e fazendo as reservas dos cupons adquiridos. Fundado no Brasil no início de 2010 por três amigos - Julio Vasconcellos, Emerson Andrade e Alex Tabor -, o Peixe Urbano hoje conta também com a sociedade do empresário e apresentador de TV Luciano Huck e com o investimento de seis grandes fundos. Foi à primeira companhia a introduzir o conceito de compras coletivas na América Latina, revolucionando o comércio eletrônico para serviços locais. Atualmente, com mais de 20 milhões de usuários cadastrados, o Peixe Urbano é um dos sites mais acessados do país. No início de 2012, foi a primeira empresa brasileira a ser eleita a "Melhor Startup Internacional do Ano" pelo Crunchies Awards, principal premiação dos Estados Unidos para startups da área de Internet e tecnologia. Em 2012, o Peixe Urbano adquiriu diversas operações na América Latina do site Groupalia. Em março, a empresa comprou as operações no Brasil, Argentina, México, Chile, Colômbia e Peru. Até então, a Groupalia era o quarto maior site de compras coletivas. A estratégia, porém, ainda está em transição. O Peixe Urbano anunciou uma série de demissões – estima-se que tenham sido desligadas do negócio entre 140 e 200 pessoas – o que foi justificado pela empresa como uma forma de ganhar escala e eficiência após as aquisições. 4 CONSUMIDOR 4.1 CLASSE C Por ser um público que busca descontos e comodidade com rapidez e segurança, o consumidor da classe C costuma com frequência ir a centros comerciais como shoppings. O setor de shoppings observa a tendência de empreendimentos voltados a públicos