No documento PLANO SALVADOR 500, a Prefeitura Municipal de Salvador anuncia que se propõe a planejar o desenvolvimento sustentável de Salvador, com três escalas entrelaçadas e complementares. A primeira, de cunho estratégico, tem por natureza pensar o município num horizonte de longo prazo, a segunda diz respeito ao planejamento urbano do município, ao Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano - PDDU e a terceira, chamada de planejamento operacional, tem o objetivo de identificar as demandas mais urgentes da população e encaminhar soluções imediatas que resolvam ou atenuem problemas no curto prazo. A análise do documento supracitado permite constatar que o mesmo não contempla nos seus devidos termos o desenvolvimento sustentável de Salvador. O PLANO SALVADOR 500 apresenta, também, grande incongruência ao adotar um planejamento de cunho estratégico que não prevê nenhuma estratégia de integração com os demais municípios da RMS. É questionável a metodologia adotada no PLANO SALVADOR 500 para o traçado dos cenários para Salvador pelo fato de não considerar os cenários de evolução da crise econômica mundial, brasileira e do Estado da Bahia com suas repercussões sobre a cidade de Salvador, bem como os impactos que as mudanças climáticas poderão trazer para a cidade de Salvador. O PLANO SALVADOR 500 é, em síntese, mera carta de intenção.