SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 7
Conceitos de Património
Segundo Barbosa (2001, p. 67), a origem etimológica
da palavra património vem do latim patrimonium,
encontrando-se associado à ideia de uma herança
paterna ou bens de família.
Hebert (1989) citado por Gonçalves (2003, p. 35)
define património como todos os bens tangíveis e
intangíveis, do passado incluindo a paisagem natural,
e o meio construído, ofícios culturais, idiomas,
crenças, religiosas, e tradições culturais.
Arqueologia.
• Este termo foi utilizado pela primeira vez por Platão (427-
347 a.C.), filósofo grego, ao se referir à ciência que tinha
por campo de acção o estudo das antiguidades.
• Gordon Childe (1977: 21) defende que a arqueologia é uma
forma de história e não uma simples disciplina auxiliar. Os
dados arqueológicos são documentos históricos por direito
próprio e não meras abonações de textos escritos.
• Por sua vez, Meneses (2002, p. 14) argumenta que, a
palavra arqueologia vem do grego que significa: archaios-
antigo e logos – ciência.
património arqueológico
• Segundo a Política e a Estratégia do Mar
(2017: 71 e 4), o património arqueológico,
como sendo os “vestígios, bens e outros
indícios da evolução dos seres humanos”,
sendo os achados arqueológicos: depósitos
estratigráficos, estruturas, construções,
agrupamentos arquitetônicos, sítios
valorizados, bens móveis e monumentos, bem
como o respectivo contexto, localizados no
mar e nas zonas costeiras.
Tipos de Património Arqueológico ou
Cultural
• Bens culturais imateriais; constituem elementos
essenciais da memória colectiva do povo, tais como
história e literatura oral, as tradições populares, os
ritos e o folclore, as próprias línguas nacionais e ainda
obras de engenho humano e todas as formas de
criação artística e literária
• Bens Materiais; são os bens imóveis e móveis pelo seu
valor arqueológico, histórico, bibliográfico, artístico e
científico fazem parte do património cultural
moçambicano. Os elementos naturais, sítios e
paisagens protegidos por Lei ou passives de tal
protecção, em razão do seu valor cultural.
A Protecção Jurídica do Patrimônio
Arqueológico
• A Lei nº10/88 de 22 de Dezembro de 1988, que surgiu da revogação
do Diploma Legislativo n.º 825, define o património cultural
moçambicano na sua diversidade, desde os bens tangíveis e
intangíveis. Esta lei concebe o património arqueológico como uma
componente do património cultural (Lei nº10/88, 1988, p. 13).
• O Decreto n.º27/94 de 20 de Julho de 1994 constitui o regulamento
específico da lei nº10/88 de 22 de Dezembro, para a protecção do
património arqueológico. Este Decreto surgiu da necessidade do
Estado Moçambicano formular um conjunto de regras para
controlar as actividades de caça ao tesouro, ao longo da costa de
Moçambique, assim como licenciar trabalhos de pesquisa
arqueológica (Macamo 2006, p. 11). Entretanto, uma das formas
para a preservação do património arqueológico é através do
inventário e registo no livro de tombo (Decreto n.º27/94, 1994, p.
73).
Cont.
• Recentemente, em 2010 foram aprovadas duas políticas, a de Museus e
de Monumentos. A Resolução n°11/10, de 2 de Junho que aprova a
política dos Museus, e tem por objecto a preservação e valorização dos
bens móveis do património cultural de Moçambique. Esta política aplica se
aos bens móveis do património cultural relevantes para a compreensão da
história de Moçambique, assim como sobre a sua pré-história largamente
conhecida através de vestígios arqueológicos.
• A Resolução 12/10, de 2 de Junho que aprova a política dos Monumentos,
tem como âmbito de acção os bens imóveis do Património cultural criados
ou integrados na história de Moçambique. O seu principal objectivo é
promover a valorização, preservação e fruição do património cultural
Moçambicano, usando os monumentos, conjuntos e sítios como fonte de
Identidade Nacional. Na presente resolução estão formulados os
princípios orientadores com vista a garantir a preservação e valorização
dos monumentos, conjuntos e sítios (estações arqueológicas e locais
históricos).
• MUITO OBRIGRADO…

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Património Arqueológico em mocambique.ppt

Patrimônio cultural imaterial 1
Patrimônio cultural imaterial 1Patrimônio cultural imaterial 1
Patrimônio cultural imaterial 1Mauro André Pinto
 
Visita técnica ao Arquivo Distrital de Évora
Visita técnica ao Arquivo Distrital de ÉvoraVisita técnica ao Arquivo Distrital de Évora
Visita técnica ao Arquivo Distrital de ÉvoraJorge Janeiro
 
slides_ufcd_3499_patrimonio_cultural.ppt
slides_ufcd_3499_patrimonio_cultural.pptslides_ufcd_3499_patrimonio_cultural.ppt
slides_ufcd_3499_patrimonio_cultural.pptRita_Mestre
 
Apostila plano museológico
Apostila plano museológicoApostila plano museológico
Apostila plano museológicolpcufpe
 
Apostila -gestao_de_bens_culturais
Apostila  -gestao_de_bens_culturaisApostila  -gestao_de_bens_culturais
Apostila -gestao_de_bens_culturaisPaula Pauleira
 
Patrimônio Histórico/Cultural Trabalho
Patrimônio Histórico/Cultural Trabalho Patrimônio Histórico/Cultural Trabalho
Patrimônio Histórico/Cultural Trabalho Emerson Mathias
 
Introdução a história objetivas
Introdução a história   objetivasIntrodução a história   objetivas
Introdução a história objetivasZé Knust
 
Cultura e manifestações artísticas
Cultura e manifestações artísticasCultura e manifestações artísticas
Cultura e manifestações artísticasBia Mattar
 

Semelhante a Património Arqueológico em mocambique.ppt (20)

Bacia do Rio Grande Aula 2 Versão Aluno
Bacia do Rio Grande Aula 2 Versão AlunoBacia do Rio Grande Aula 2 Versão Aluno
Bacia do Rio Grande Aula 2 Versão Aluno
 
Patrimônio cultural imaterial 1
Patrimônio cultural imaterial 1Patrimônio cultural imaterial 1
Patrimônio cultural imaterial 1
 
Bacia do Rio Tietê - Aula 2 - Versão Aluno
Bacia do Rio Tietê -  Aula 2 - Versão AlunoBacia do Rio Tietê -  Aula 2 - Versão Aluno
Bacia do Rio Tietê - Aula 2 - Versão Aluno
 
Bacia do Rio Pardo- Aula 2 - Versão Aluno
Bacia do Rio Pardo-  Aula 2 - Versão AlunoBacia do Rio Pardo-  Aula 2 - Versão Aluno
Bacia do Rio Pardo- Aula 2 - Versão Aluno
 
Património
PatrimónioPatrimónio
Património
 
B património
B patrimónioB património
B património
 
Visita técnica ao Arquivo Distrital de Évora
Visita técnica ao Arquivo Distrital de ÉvoraVisita técnica ao Arquivo Distrital de Évora
Visita técnica ao Arquivo Distrital de Évora
 
Patrimônio cultural - Projeto Aripuanã
Patrimônio cultural -  Projeto AripuanãPatrimônio cultural -  Projeto Aripuanã
Patrimônio cultural - Projeto Aripuanã
 
Patrimonio
PatrimonioPatrimonio
Patrimonio
 
slides_ufcd_3499_patrimonio_cultural.ppt
slides_ufcd_3499_patrimonio_cultural.pptslides_ufcd_3499_patrimonio_cultural.ppt
slides_ufcd_3499_patrimonio_cultural.ppt
 
Patrimônio (i)material da humanidade
Patrimônio (i)material da humanidadePatrimônio (i)material da humanidade
Patrimônio (i)material da humanidade
 
Kit Jovens
Kit JovensKit Jovens
Kit Jovens
 
Educação Patrimonial_Aulas 1 e 2
Educação Patrimonial_Aulas 1 e 2Educação Patrimonial_Aulas 1 e 2
Educação Patrimonial_Aulas 1 e 2
 
03 Ebook - Patrimônio Cultural
03 Ebook - Patrimônio Cultural03 Ebook - Patrimônio Cultural
03 Ebook - Patrimônio Cultural
 
Apostila plano museológico
Apostila plano museológicoApostila plano museológico
Apostila plano museológico
 
Apostila -gestao_de_bens_culturais
Apostila  -gestao_de_bens_culturaisApostila  -gestao_de_bens_culturais
Apostila -gestao_de_bens_culturais
 
Bacia do Rio Tietê - Aula 1 - Versão Professor
Bacia do Rio Tietê -  Aula 1 - Versão ProfessorBacia do Rio Tietê -  Aula 1 - Versão Professor
Bacia do Rio Tietê - Aula 1 - Versão Professor
 
Patrimônio Histórico/Cultural Trabalho
Patrimônio Histórico/Cultural Trabalho Patrimônio Histórico/Cultural Trabalho
Patrimônio Histórico/Cultural Trabalho
 
Introdução a história objetivas
Introdução a história   objetivasIntrodução a história   objetivas
Introdução a história objetivas
 
Cultura e manifestações artísticas
Cultura e manifestações artísticasCultura e manifestações artísticas
Cultura e manifestações artísticas
 

Mais de Silva Bernardo Cuinica

Mais de Silva Bernardo Cuinica (11)

Justificativa.ppt
Justificativa.pptJustificativa.ppt
Justificativa.ppt
 
Direito do consumidor GRUPO V.ppt
Direito do consumidor GRUPO V.pptDireito do consumidor GRUPO V.ppt
Direito do consumidor GRUPO V.ppt
 
TEORIA DA BUROCRACIA.ppt
TEORIA DA BUROCRACIA.pptTEORIA DA BUROCRACIA.ppt
TEORIA DA BUROCRACIA.ppt
 
COMPETÊNCIAS DO GESTOR DE PROJECTOS.ppt
COMPETÊNCIAS DO GESTOR DE PROJECTOS.pptCOMPETÊNCIAS DO GESTOR DE PROJECTOS.ppt
COMPETÊNCIAS DO GESTOR DE PROJECTOS.ppt
 
INDUCAO - MAPUTO.ppt
INDUCAO - MAPUTO.pptINDUCAO - MAPUTO.ppt
INDUCAO - MAPUTO.ppt
 
Trabalho do grupo apresentacao Planificação
Trabalho do grupo apresentacao PlanificaçãoTrabalho do grupo apresentacao Planificação
Trabalho do grupo apresentacao Planificação
 
SLIDES silva RevisTOS.ppt
SLIDES silva RevisTOS.pptSLIDES silva RevisTOS.ppt
SLIDES silva RevisTOS.ppt
 
Resumo de Trabalho de Direito das Obrigacoes.ppt
Resumo de Trabalho de Direito das Obrigacoes.pptResumo de Trabalho de Direito das Obrigacoes.ppt
Resumo de Trabalho de Direito das Obrigacoes.ppt
 
Defesa Modulo EG Grupo II.ppt
Defesa Modulo EG Grupo II.pptDefesa Modulo EG Grupo II.ppt
Defesa Modulo EG Grupo II.ppt
 
Evolução Histórica da Ciência Política slideshow.ppt
Evolução Histórica da Ciência Política slideshow.pptEvolução Histórica da Ciência Política slideshow.ppt
Evolução Histórica da Ciência Política slideshow.ppt
 
tfc Agira.ppt
tfc Agira.ppttfc Agira.ppt
tfc Agira.ppt
 

Património Arqueológico em mocambique.ppt

  • 1. Conceitos de Património Segundo Barbosa (2001, p. 67), a origem etimológica da palavra património vem do latim patrimonium, encontrando-se associado à ideia de uma herança paterna ou bens de família. Hebert (1989) citado por Gonçalves (2003, p. 35) define património como todos os bens tangíveis e intangíveis, do passado incluindo a paisagem natural, e o meio construído, ofícios culturais, idiomas, crenças, religiosas, e tradições culturais.
  • 2. Arqueologia. • Este termo foi utilizado pela primeira vez por Platão (427- 347 a.C.), filósofo grego, ao se referir à ciência que tinha por campo de acção o estudo das antiguidades. • Gordon Childe (1977: 21) defende que a arqueologia é uma forma de história e não uma simples disciplina auxiliar. Os dados arqueológicos são documentos históricos por direito próprio e não meras abonações de textos escritos. • Por sua vez, Meneses (2002, p. 14) argumenta que, a palavra arqueologia vem do grego que significa: archaios- antigo e logos – ciência.
  • 3. património arqueológico • Segundo a Política e a Estratégia do Mar (2017: 71 e 4), o património arqueológico, como sendo os “vestígios, bens e outros indícios da evolução dos seres humanos”, sendo os achados arqueológicos: depósitos estratigráficos, estruturas, construções, agrupamentos arquitetônicos, sítios valorizados, bens móveis e monumentos, bem como o respectivo contexto, localizados no mar e nas zonas costeiras.
  • 4. Tipos de Património Arqueológico ou Cultural • Bens culturais imateriais; constituem elementos essenciais da memória colectiva do povo, tais como história e literatura oral, as tradições populares, os ritos e o folclore, as próprias línguas nacionais e ainda obras de engenho humano e todas as formas de criação artística e literária • Bens Materiais; são os bens imóveis e móveis pelo seu valor arqueológico, histórico, bibliográfico, artístico e científico fazem parte do património cultural moçambicano. Os elementos naturais, sítios e paisagens protegidos por Lei ou passives de tal protecção, em razão do seu valor cultural.
  • 5. A Protecção Jurídica do Patrimônio Arqueológico • A Lei nº10/88 de 22 de Dezembro de 1988, que surgiu da revogação do Diploma Legislativo n.º 825, define o património cultural moçambicano na sua diversidade, desde os bens tangíveis e intangíveis. Esta lei concebe o património arqueológico como uma componente do património cultural (Lei nº10/88, 1988, p. 13). • O Decreto n.º27/94 de 20 de Julho de 1994 constitui o regulamento específico da lei nº10/88 de 22 de Dezembro, para a protecção do património arqueológico. Este Decreto surgiu da necessidade do Estado Moçambicano formular um conjunto de regras para controlar as actividades de caça ao tesouro, ao longo da costa de Moçambique, assim como licenciar trabalhos de pesquisa arqueológica (Macamo 2006, p. 11). Entretanto, uma das formas para a preservação do património arqueológico é através do inventário e registo no livro de tombo (Decreto n.º27/94, 1994, p. 73).
  • 6. Cont. • Recentemente, em 2010 foram aprovadas duas políticas, a de Museus e de Monumentos. A Resolução n°11/10, de 2 de Junho que aprova a política dos Museus, e tem por objecto a preservação e valorização dos bens móveis do património cultural de Moçambique. Esta política aplica se aos bens móveis do património cultural relevantes para a compreensão da história de Moçambique, assim como sobre a sua pré-história largamente conhecida através de vestígios arqueológicos. • A Resolução 12/10, de 2 de Junho que aprova a política dos Monumentos, tem como âmbito de acção os bens imóveis do Património cultural criados ou integrados na história de Moçambique. O seu principal objectivo é promover a valorização, preservação e fruição do património cultural Moçambicano, usando os monumentos, conjuntos e sítios como fonte de Identidade Nacional. Na presente resolução estão formulados os princípios orientadores com vista a garantir a preservação e valorização dos monumentos, conjuntos e sítios (estações arqueológicas e locais históricos).