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3ºedição
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PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 2
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE PATOLOGIA
PARASITOLOGIA NA PRÁTICA
REVISÃO Profa. Dra. FLÁVIA RAQUEL NASCIMENTO
Profa. ANDRÉA MARQUES DA SILVA PIRES
2017
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PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 3
“Dedico esta obra, primeiramente, a Deus e
meus pais, esposa Viviane e filho Levi, minha
família por inteiro, meus amigos de 72º turma
de Medicina e aos professores Aymoré, Vitorino,
Flávia Raquel, Andréa Pires, Eloísa que muito me
ensinaram e continuam a ensinar.”
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PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 4
Sou médico oftalmologista, especialista em glaucoma, formado pela
Universidade Federal do Maranhão. Durante o curso de medicina, fui
monitor da disciplina de Parasitologia durante dois anos.
Comecei a me interessar sobre o tema durante o curso e me
perguntava se iria aproveitar esse conhecimento na vida médica que fosse
escolher. Eis que ao iniciar meus estudos na oftalmologia me deparo com
patologias como toxoplasmose ocular, pediculose e miiase ou
neurorretinites causada por parasitas.
Estudar parasitologia é saber das doenças a partir da sua origem. É
saber e conhecer para poder evitá-las. É ter um conhecimento amplo sobre a
natureza e sobre as doenças. É ampliar seus horizontes de conhecimento
muito mais que enfermarias de hospitais ou laboratórios de pesquisa.
Durante as aulas práticas, percebi que havia dificuldade, por parte de
alguns alunos, em identificar as lâminas. Então, desenvolvi esta apostila de
aprendizado prático para incentivá-los e auxiliá-los.
Caso tenham sugestões ou critica, elas poderão ser enviadas para meu
e-mail: alexisgaleno@gmail.com. Elas serão muito bem aceitas e servirão
para o melhoramento de futuras edições.
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PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 5
SUMÁRIO
HELMINTOS – ASCHELMINTHES
Ascaris lumbricoides.......................................................................................................... 7
Enterobius vermicularis..................................................................................................... 9
Trichuris trichiura.............................................................................................................. 10
Ancylostomidae................................................................................................................... 12
Necator americanus…........................................................................................................ 13
Wuchereria bancrofti.......................................................................................................... 15
Strongyloides stercoralis.................................................................................................... 16
Schistosoma mansoni......................................................................................................... 17
HELMINTOS – PLATYELMINTHES
Hymenolepis nana.............................................................................................................. 20
Hymenolepis diminuta........................................................................................................ 21
Dipylidium caninum........................................................................................................... 23
Echinococcus granulosus................................................................................................... 24
Taenia solium..................................................................................................................... 26
Taenia saginata................................................................................................... .............. 28
PROTOZOÁRIOS – APICOMPLEXA
Cryptosporidium................................................................................................................. 29
Isospora belli...................................................................................................................... 30
Toxoplasma gondii............................................................................................................. 32
Plasmodium sp.................................................................................................................... 33
PROTOZOÁRIOS – SARCOMASTIGOPHORA
Trypanosoma e Leishmania................................................................................................ 36
Giardia lamblia.................................................................................................................. 38
Trichomonas vaginalis....................................................................................................... 40
Entamoeba.......................................................................................................................... 41
ARTROPODES- INSECTA (NEMATOCERA)
Psychodidae........................................................................................................................ 44
Culicidae............................................................................................................................. 45
Simuliidae........................................................................................................................... 47
Ceratopogonidae................................................................................................................ 47
ARTROPODES- INSECTA (HEMIPTERA)
Triatominae......................................................................................................................... 48
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PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 6
ARTRÓPODES- INSECTA (ANOPLURA)
Anoplura............................................................................................................................. 49
ARTROPODES- INSECTA (SIPHONAPTERA)
Siphonaptera....................................................................................................................... 51
ARTROPODES- INSECTA(ACARI)
Ixodides............................................................................................................................... 53
ARTROPODES- INSECTA (CYCLORRAPHA) e (BRACHYCERA)
Moscas................................................................................................................................ 56
Referencias ......................................................................................................................... 59
_________________________________________________________________
PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 7
HELMINTOS – ASCHELMINTHES
Ascaris lumbricoides
FILO: Aschelminthes
CLASSE: Nematoda
SUPERFAMÍLIA: Ascaroidea
FAMÍLIA: Ascarididae
GÊNERO: Ascaris
ESPÉCIE: A. lumbricoides
São animais longos, robustos e cilíndricos, apresentando extremidade
afilada. Macho apresenta cor leitosa com extremidade posterior fortemente
encurvada para face ventral. A fêmea é mais robusta que o macho com
extremidade posterior é retilínea.
Figura 1 – Fêmea (female) e macho (male)
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PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 8
OVOS
Tem cor castanha, são grandes, ovais com membrana externa mamilonada.
• Infértil: mais alongado, membrana mamilonada, mais delgada e
citoplasma granuloso.
• Fértil: membrana com mamelões e citoplasma denso e escuro.
• Fértil embrionado: mais arredondado, embrióforo presente.
• Fértil decorticado: duas membranas, transparente e lisa.
Figura 2: Ovo fértil, ovo embrionado, ovo fértil, ovo infértil
CICLO DE VIDA
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PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 9
Enterobius vermicularis
FILO: Aschelminthes
CLASSE: Nematoda
SUPERFAMÍLIA: Oxyuroidea
FAMÍLIA: Oxyuridae
GÊNERO: Enterobius
ESPÉCIE: E. vermiculares
Corpo filiforme, presença de asas cefálicas na extremidade anterior,
boca seguida de esôfago terminando em um bulbo cardíaco. Macho tem
cerca de 5mm, cauda fortemente recurvada ventralmente com espículo
permanente. A fêmea tem 1 cm de comprimento cauda pontiaguda e longa.
Figura 3: Asas cefálicas Figura 4: Comparação entre macho e fêmea
OVOS
Aspecto de “D”, amarelado, membrana lisa dupla e transparente, é
embrionado.
Figura 5: Ovos de E. vermiculares (formato de D)
_________________________________________________________________
PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 10
CICLO DE VIDA
Trichuris trichiura
FILO: Aschelminthes
CLASSE: Nematoda
ORDEM: Trichurida
FAMÍLIA: Trichuridae
GÊNERO: Trichuris
ESPÉCIE: T. trichiura
Medem de 3 a 5 cm, sendo os machos menores que as fêmeas. Região
anterior afilada e mais comprida que a posterior que é mais robusta. Aspecto
de chicote. O macho é menor, extremidade posterior fortemente recurvada
_________________________________________________________________
PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 11
ventralmente, apresenta espículo protegido por bainha. A fêmea é maior,
extremidade posterior romba e reta
Figura 6: Comparação entre fêmea e macho
OVOS
Ovo com formato elíptico, com poros salientes e transparentes nas
extremidades preenchido por material lipídico, saliências nas regiões polares.
Aspecto de bandeja.
Figura 7: Ovos de T. trichiura
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PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 12
CICLO DE VIDA
Ancylostomidae
FILO: Aschelminthes
CLASSE: Nematoda
SUPERFAMÍLIA: Strongyloidea
FAMÍLIA: Ancylostomidae
GÊNERO: Ancylostoma
ESPÉCIES: A. duodenale A. caninum, A.braziliense
Ancylostoma duodenale: corpo cilindriforme, cápsula bucal com 2 pares de
dentes ventrais, cor róseo vermelho.
Ancylostoma caninum : corpo cilindriforme, cápsula bucal com 3 pares de
dentes ventrais, cor róseo vermelho.
Ancylostoma braziliense: corpo cilindriforme, cápsula bucal com 1 par de
dentes ventrais, cor róseo vermelho. Macho com extremidade posterior com
bolsa copulatória bem desenvolvida e fêmea com extremidade afilada.
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PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 13
Figura 8: Na sequencia A. braziliense, A. caninum e A. duodenale
Necator americanus
FILO: Aschelminthes
CLASSE: Nematoda
SUPERFAMÍLIA: Strongyloidea
FAMÍLIA: Ancylostomidea
GÊNERO: Necator
ESPÉCIE: Necator americanus
Necator americanus: forma cilíndrica, cápsula bucal com duas laminas
cortantes na margem interna da boca e outras duas subventrais. O macho é
menor que a fêmea, com bolsa copulatória bem desenvolvida. A fêmea é
maior, com extremidade posterior afilada sem processo espiniforme
terminal.
Figura 9: Macho com bolsa copulatória e N.americanus
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PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 14
OVOS
Ovo blastomerizado: oval com dupla membrana, presença de
blastômeros.
Ovo larvado: oval com dupla membrana, presença de blastômeros em
estágio embrionado.
Figura 10: Ovos embrionados de Ancylostomideo
CICLO DE VIDA
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PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 15
Wuchereria bancrofti
FILO: Aschelminthes
CLASSE: Nematoda
SUPERFAMÍLIA: Filarioidea
FAMÍLIA: Onchocercidae
GÊNERO: Wuchereria
ESPÉCIE: W. bancrofti
O macho apresenta corpo delgado, branco leitoso, extremidade
anterior afilada e posterior encurvada. A fêmea tem corpo delgado e branco
leitoso. Microfilária apresenta membrana ou bainha delicada apoiada sobre
células subcuticulares e somáticas
Figura 11: W .bancrofti
CICLO DE VIDA
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PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 16
Strongyloides stercoralis
FILO: Aschelminthes
CLASSE: Nematoda
SUPERFAMÍLIA: Rhabdiasoidea
FAMÍLIA: Rhabdiasidae
GÊNERO: Strongyloides
ESPÉCIE: S. stercoralis
Fêmea partenogenética: corpo cilíndrico com aspecto longo,
extremidade anterior arredondada e posterior afilada. Apresenta cutícula
fina e transparente. Aparelho genital anfidelfo ou divergente.
Fêmea de vida livre: fusiforme com extremidade anterior arredondada
e posterior afilada.
Macho de vida livre: aspecto fusiforme, extremidade anterior
arredondada e posterior recurvada. Apresenta dois pequenos espículos na
extremidade posterior.
Larvas filarioídes com porção anterior afilada, posterior termina-se em
duas pontas. Nota-se primórdio genital.
Figura 12: Larva do S. stercoralis
OVOS
Ovos elípticos, parede fina e transparente.
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PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 17
CICLO DE VIDA
Schistosoma mansoni
FILO: Platyelminthes
ORDEM: Digenea
FAMÍLIA: Schistosomatidae
GÊNERO: Schistosoma
ESPÉCIE: S. mansoni
Macho mais grosso, tem cor esbranquiçada, mede cerca de 1cm, corpo
dividido em 2 porções. Anterior na qual encontramos a ventosa oral e a
ventosa ventral. Porção posterior onde encontramos o canal ginecóforo.
Fêmea é fina, tegumento liso, mede cerca 1,5 cm. Tem cor mais escura.
Na metade anterior encontramos a ventosa oral e o acetábulo. Seguida a
este se observa à vulva. Na metade posterior, as glândulas vitelogênicas e o
ceco.
Miracídio tem forma cilíndrica, apresenta cílios que permitem
movimentação no meio aquático. Na extremidade anterior apresenta papila
apical.
Cercária divide-se em corpo e cauda. Corpo é recoberto por pequenos
espinhos e tem duas ventosas oral e ventral, a cauda termina em bifurcação.
_________________________________________________________________
PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 18
Figura 13: Cercária
Figura 14: Fêmea do S. mansoni e macho do S. mansoni
OVOS
Formato oval, sem opérculo. Na parte mais larga encontramos espículo
voltada para trás. O ovo maduro apresenta um miracídio formado e é
encontrado nas fezes.
Figura 15: ovo do S. mansoni
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PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 19
CICLO DE VIDA
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PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 20
HELMINTOS - PLATYELMINTHES
Hymenolepis nana
FILO: Platyelminthes
CLASSE: Cestoda
ORDEM: Cyclophyllidae
FAMÍLIA: Hymenolepididae
GÊNERO: Hymenolepis
ESPÉCIE: H. nana
Adulto: escales com 4 ventosas e um rostro retrátil armado de
ganchos. Proglote estreita e apresentando poros genitais unilaterais.
Figura 16: Escolex do H. nana e Proglotes H. nana
OVOS
Quase esférico, aparência de “chapéu mexicano”, membrana externa
delgada envolvendo um espaço claro, membrana interna envolvendo a
oncosfera, apresenta dois mamelões claros em posição oposta dos quais
partem filamentos longos.
Figura 17: Ovo do H. nana
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PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 21
CICLO DE VIDA
Hymenolepis diminuta
FILO: Platyelminthes
CLASSE: Cestoda
ORDEM: Cyclophyllidae
FAMÍLIA: Hymenolepididae
GÊNERO: Hymenolepis
ESPÉCIE: H.diminuta
Adulto: maior que o H.nana, com 4 ventosas, sem rostro (escolex).
Proglotes trapezóides.
Figura 18: escolex de H.diminuta e proglote de H. diminuta
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PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 22
OVOS
Arredondados, membrana interna e externa sem filamentos polares.
Figura 19: ovo de H. diminuta
CICLO DE VIDA
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PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 23
Dipylidium caninum
FILO: Platyelminthes
CLASSE: Cestoda
ORDEM: Cyclophyllidae
FAMÍLIA: Dilepididae
GÊNERO: Dipylidium
ESPÉCIE: D. caninum
Adulto: presença de 2 poros genitais. Escolex com rostro retrátil e com
4 fileiras de ganchos. Proglotes grávidas parecendo sementes de abóbora.
Figura 20: Escolex de D. caninum e Proglote de D. caninum
OVOS
Figura 21: ovos de D. caninum
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PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 24
CICLO DE VIDA
Echinococcus granulosus
FILO: Platyelminthes
CLASSE: Cestoda
ORDEM: Cyclophyllidae
FAMÍLIA: Taeniidae
GÊNERO: Echinococcus
ESPÉCIE: E. granulosus
Adulto: escolex globoso com 4 ventosas, rostro armado com 1 fileira de
acúleos. Colo curto. Corpo formado por 3 ou 4 proglotes uma ou duas jovens,
uma madura e uma grávida.
Cisto hidático: 3 membranas nítidas (adventícia, anista e proligera),
vesícula proligera e escolex ou protoescolex.
Areia hidática: formada por escolex isolados e por fragmentos da
membrana proligera e das vesículas proligeras.
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PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 25
Figura 22: Areia hidática e E. granulosus
CICLO DE VIDA
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PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 26
Taenia solium
FILO: Platyelminthes
CLASSE: Cestoda
ORDEM: Cyclophyllidae
FAMÍLIA: Taeniidae
GÊNERO: Taenia
ESPÉCIE: T. solium, Cysticercus cellulosae
Adulto: escolex: globoso, rostro armado, dupla fileira de acúleos, 4
ventosas formadas de tecido muscular arredondadas e proeminentes. Colo
situado imediatamente abaixo do escolex, sem segmentação e da origem as
proglotes jovens. É conhecido como zona de crescimento. Estróbilo é o corpo
do helminto, formado pela união de proglotes jovens, maduras e grávidas.
Proglote grávida: quadrangular com poro genital nítido e ramificações
do tipo dendriticas.
Figura 23: Proglote T. solium e Escolex T. solium
Cysticercus cellulosae é a larva da T.solium. É constituído de escolex com 4
ventosas, rostelo, colo e uma vesícula membranosa contendo liquido no seu
interior.
Figura 24 Cisticerco
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PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 27
CICLO DE VIDA (TAENIA)
CICLO DE VIDA (CISTICERCO)
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PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 28
Taenia saginata
FILO: Platyelminthes
CLASSE: Cestoda
ORDEM: Cyclophyllidae
FAMÍLIA: Taeniidae
GÊNERO: Taenia
ESPÉCIE: T. saginata, Cystucercus bovis
Adulto escolex quadrangular com 4 ventosas, sem rostro armado, sem
acúleos. Colo situado imediatamente abaixo do escolex, sem segmentação,
dando origem as proglotes jovens. É conhecido como zona de crescimento.
Estróbilo é o corpo do helminto, formado pela união de proglotes
jovens, maduras e grávidas.
Proglote grávida: retangular com poro genital nítido, numerosas
ramificações uterinas do tipo dicotômicas.
Cysticercus bovis: é a larva da T. saginata, difere do C. cellulosae apenas pela
ausência do rostelo.
Figura 25 Proglote tipo dicotômicas da T. saginata e Escolex da T. saginata
OVOS
Ovo de Taenia sp.:Esférico, constituído por uma casca protetora
denominada embrióforo, formado por blocos piramidais de quitina unidos
entre si por substância cimentante. Dentro do embrióforo encontramos a
oncosfera com dupla membrana e pares de acúleos. Embrião hexacanto.
Figura 26: Ovos de T. saginata
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PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 29
PROTOZOÁRIOS – APICOMPLEXA
Cryptosporidium
SUB-REINO: Protozoa
FILO: Apicomplexa
CLASSE: Sporozoea
ORDEM: Eucoccidiida
FAMÍLIA: Cryptosporidiidae
GÊNERO: Cryptosporidium
Desenvolve-se em microvilosidades de células epiteliais do Trato
gastrointestinal. Parasita a parte externa do citoplasma dando a impressão
de ser extracelular. Encontrado nos tecidos, fezes e meio ambiente. Os
oocistos são esféricos com 4 esporozoítos livres no interior.
Figura 27: Oocistos de cryptosporidium
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PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 30
CICLO DE VIDA
Isospora belli
SUB-REINO: Protozoa
FILO: Apicomplexa
CLASSE: Sporozoea
ORDEM: Eucoccidiida
FAMÍLIA: Eimeriidae
GÊNERO: Isospora
ESPÉCIE: I. belli
Forma oval, membrana dupla. São oocistos com 2 esporocistos e com 4
esporozoítos em cada um. São monoxenos com multiplicação assexuada.
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PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 31
Oocisto maduro apresenta o esporoblasto em divisão e imaturo
apresenta esporoblasto único.
Figura 28: Oocisto maduro e oocisto imaturo
CICLO DE VIDA
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PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 32
Toxoplasma gondii
SUB-REINO: Protozoa
FILO: Apicomplexa
CLASSE: Sporozoea
ORDEM: Eucoccidiida
FAMÍLIA: Sarcocystidae
GÊNERO: Toxoplasma
ESPÉCIE: T.gondii
Taquizoíto: encontrado na fase aguda, é uma estrutura extracelular
em forma de banana ou meia lua, com uma extremidade mais afilada e outra
arredondada e o núcleo em posição mais ou menos central. Encontrada nos
líquidos orgânicos, células SMF e células hepáticas, pulmonares, nervosa,
submucosa e musculares
Bradizoíto: é a forma encontrada em vários tecidos (musculares
esqueléticos, cardíacos, nervoso e retina) geralmente durante a fase crônica
da infecção.
Cisto com bradizoítos: possui uma parede dupla bastante resistente ás
condições do meio ambiente. São esféricos e após esporulação no meio
ambiente contem dois esporocistos, com quatro esporozoítos.
Oocisto: é a forma de resistência que possui uma parede dupla. São
produzidos nas células intestinais de felídeos não imunes e eliminados nas
fezes. Após esporulação no meio ambiente contem dois esporocistos com 4
esporozoitos cada.
Figura 29: Cisto com bradizoíto,Taquizoíto e Oocisto
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PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 33
CICLO DE VIDA
Plasmodium sp.
SUB-REINO: Protozoa
FILO: Apicomplexa
CLASSE: Sporozoea
ORDEM: Eucoccidiida
FAMÍLIA: Plasmodiidae
GÊNERO: Plasmodium
ESPÉCIE: P. vivax, P. falciparum
Esquizonte de P. vivax: parasita hemácias que se apresentam maiores
que a não parasitadas, presença de vários núcleos nítidos.
Trofozoíto jovem de P.vivax: dentro da hemácia com contorno
irregular e um pouco maior que as demais, hipocrômica, cromatina espessa,
única, com esfera do anel para dentro.
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PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 34
Gametócito de P.vivax hemácia aumentada, cromatina difusa e
pigmentos maláricos.
O esquizonte de P. falciparum só é observado em sangue periférico em
formas graves da doença.
Trofozoíto de P. falciparum maiores que o do P. vivax, apresentam
forma de anel de bacharel, de ferradura, podem causar multiparasitismo em
hemácias, que apresentam normociticas e normocrômicas.
Gametócito de P. falciparum presença de pigmentos malárico, forma
de banana, marginal a hemácia. Macro: cromatina puntiforme, gametócito
feminino. Micro: espalhada, gametócito masculino
Figura 30: Esquizonte P. falciparum e Gametócito P. falciparum
Figura 31: Trofozoito P. falciparum e Trofozoito P. falciparum
Figura 32: Esquizonte P.vivax e Gametócito P.vivax
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PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 35
Figura 33: Trofozoito P. vivax e Esquizonte rompido P. vivax
CICLO DE VIDA
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PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 36
PROTOZOÁRIOS – SARCOMASTIGOPHORA
Trypanosoma e Leishmania
SUB-REINO: Kinetoplastida
FILO: Sarcomastigophora
CLASSE: Zoomastigophorea
ORDEM: Kinetoplastida
FAMÍLIA: Trypanosomatidae
GÊNERO: Trypanosoma e Leishmania
Forma amastigota: forma arredondada ou oval, com flagelo que não se
exterioriza (ambos os gêneros).
Promastigota: forma alongada com cinetoplasto anterior ao núcleo; o
flagelo torna-se livre através da porção anterior da célula (Leishmania).
Epimastigota: forma alongada com cinetoplasto justanuclear e anterior
ao núcleo; possui pequena membrana ondulante
lateralmente(Trypanosoma).
Tripomastigota: forma alongada com cinetoplasto posterior ao núcleo;
o flagelo forma uma extensa membrana ondulante e torna-se livre na porção
anterior da célula (Trypanossoma).
Paramastigota: forma intermediária entre as formas pro e
opimastigota, cinetoplasto justa nuclear (Leishmania).
Figura 34: forma amastigota e Promastigota de leishmania
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PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 37
Figura 35: tripomastigota e epimastigota de trypanosoma
CICLO DE VIDA (Leishmania)
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PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 38
CICLO DE VIDA (Tripanossoma)
Giardia lamblia
SUB-REINO: Protozoa
FILO: Sarcomastigophora
CLASSE: Zoomastigophorea
ORDEM: Diplomonadida
FAMÍLIA: Hexamitidae
GÊNERO: Giardia
ESPÉCIE: G.lamblia
Os trofozoítos apresentam dois núcleos ovalados próximo a
extremidade anterior. Possui 4 pares de flagelos ( 1 par anterior, 1 par
ventral, 1 posterior e 1 par caudal). Apresenta espaços claros ao redor do
núcleo, ventosas, forma piriforme, sem membrana ondulante.
O cisto é oval e elipsóide. No seu interior, encontram-se dois ou 4
núcleos , um número variável de fibrilas e os corpos escuros com forma de
meia lua situado no pólo oposto aos núcleos.
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PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 39
Figura 36: Trofozoíto de Giardia, Trofozoíto de Giardia e Giardia lamblia
CICLO DE VIDA
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PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 40
Trichomonas vaginalis
SUB-REINO: Protozoa
FILO: Sarcomastigophora
SUB FILO: Mastigophora
CLASSE: Zoomastigophorea
ORDEM: Trichomonadida
FAMÍLIA: Trichomonadidae
GÊNERO: Trichomonas
ESPÉCIE: T. vaginalis
Possui apenas forma trofozoito. São piriformes ou ovóides. Flagelo
recorrente, núcleo alongado, eixo hialino (axóstilo) se exteriorizando, 4
flagelos projetados para porção anterior, complexo granular basal, com 1
núcleo alongado elipsóide, próximo a extremidade anterior com dupla
membrana nuclear e pode apresentar nucléolo, presença de membrana
ondulante.
Figura 37: T. vaginalis
_________________________________________________________________
PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 41
CICLO DE VIDA
Entamoeba
SUB-REINO: Protozoa
FILO: Sarcomastigophora
SUBFILO: Sarcodina
CLASSE: Lobosea
ORDEM: Amoebida
FAMÍLIA: Entamoebidae
GÊNERO: Entamoeba
E. coli: Trofozoíto com citoplasma não é diferenciado em endo e
ectoplasma; o núcleo apresenta cromatina grosseira e irregular e o
cariossoma grande e excêntrico
E. coli: O cisto apresenta-se como pequena esfera contendo ate oito
núcleos, com corpos cromatoídes finos, semelhantes a feixes ou agulhas(se
corado em HF).
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PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 42
E. histolytica: Trofozoíto com o citoplasma é dividido em ecto e
endoplasma; o núcleo apresenta cromatina constituída por grânulos
delicados e o cariossoma é pequeno e central
E. histolytica: Os cistos são esféricos ou ovais. O numero de núcleos
varia de 1 a 4. Os corpos cromatoídes quando presentes no cisto tem a forma
de bastonetes ou de charutos, com pontas arredondadas.
Figura 38: Cisto de E .coli, Cisto de E.coli e Trofozoito E.coli
Figura 39: Trofozoíto E.coli, Cisto E.histolytica e Cisto E.histolytica
Figura 40: Trofozoíto E. histolytica e Trofozoíto E .histolytica
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PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 43
CICLO DE VIDA
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PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 44
ARTROPODES- INSECTA(NEMATOCERA)
Psychodidae
FILO: Arthropoda
CLASSE: Insecta
ORDEM: Diptera
SUBORDEM: Nematocera
FAMÍLIA: Psychodidae
SUBFAMÍLIA: Phlebotominae
GÊNERO: Lutzomyia
Adultos:olhos semelhantes entre os sexos. Medem cerca de 2 a 4 mm,
corpo coberto por pêlos finos, escamas nas asas e esternitos abdominais,
pernas compridas e esbeltas.Posição da cabeça formando ângulo de 90º com
eixo longitudinal do corpo. Aspecto corcunda.
Extremidade posterior nos machos é bifurcada (gonapófises). O braço
dorsal é composto pelo basistilo e pelo basistilo, e o elemento ventral é
constituído por um par de parâmetros. As fêmeas apresentam a extremidade
posterior arredondada (lobulada) e internamente encontra-se um par de
espermatecas. Antenas longas formadas por 14 flagelômeros cilíndricos com
palpos menores que a probóscida.
As fêmeas apresentam cibário. Asas em forma de lança e com nervuras
paralelas. Abdome formado por 10 segmentos, com os 3 últimos
modificados.
Ovos alongados, elípticos, ligeiramente recurvados e esbranquiçados.
Larvas com cabeça bem definida, corpo com 9 segmentos torácicos e nove
abdominais. Pupas cilíndricas, constituída de um cefalotórax e abdome com 9
segmentos.
Figura 41: macho com cauda bifurcada e detalhe das asas
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PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 45
Culicidae
FILO: Arthropoda
CLASSE: Insecta
ORDEM: Diptera
SUBORDEM: Nematocera
FAMÍLIA: Culicidae
TRIBO: Anophelini, Culicini
GÊNERO: Anopheles, Aedes, Culex
Medem de 3 a 6 mm, antenas com 15 a 16 segmentos: plumosa no
macho e pilosa na fêmea, ausência de ocelos, palpos nítidos, corpo revestido
por escamas , pernas longas. Mosquitos holometábolos. Pupas apresentam
cefalotórax e estrutura do sifão respiratório que diferencia as tribos.
Tribos: Anophelini e Culicini
Posição dos ovos: Isolados na água : Anopheles
Isolados fora da água: Aedes
Unidos formando jangada: Culex
Anophelini: ovos isolados, larvas sem sifão, paralelas a superfície da
água, pupas com sifão em funil, escutelo em meia-lua, machos com antenas
plumosas e palpos em clava. Fêmea com antenas pilosas, palpos longos e
asas manchadas. Pupa apresenta sifão respiratório em forma de funil.
Culicini: Ovos unidos, formando “jangada” sobre a água (Culex) ou
isolados e fora d’água na parede do recipiente (Aedes), larva com sifão
perpendicular a superfície, pupas com sifão cilíndrico, escutelo trilobado.
Machos com antenas plumosas, palpos cilíndricos e fêmeas com antenas
pilosas e palpos curtos, asas sem manchas. Pupa apresenta sifão em forma
tubular.
Culicidae= Anophelini= Anopheles e Culicini= Culex e Aedes)
Regra Prática:
1º passo: olhar antena (plumosa = macho/ pilosa = fêmea).
2º passo: fêmeas com palpos longos = anophelini e palpo curto = culicini
(macho palpo longo espatulado = anophelini e palpo longo não espatulado =
culicini).
_________________________________________________________________
PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 46
Figura 42: Anopheles e Culicini
Figura 43: larva Anopheles e larva Culicini (sifão respiratorio)
Figura 44: diferenças entre macho de Aanopheles e fêmea de Culicini
Figura 45: Pupa de Culicini e Pupa de anophelini
_________________________________________________________________
PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 47
Simuliidae
FILO: Arthropoda
CLASSE: Insecta
ORDEM: Diptera
SUBORDEM: Nematocera
FAMÍLIA: Simuliidae
GÊNERO: Simulium
Simulidae:Medem de 1 a 5 mm, antenas formadas por 11 artículos
com aspecto de chocalho de cascavel, corpo robusto de cor escura. O macho
apresenta olhos juntos (holópticos) e as fêmeas olhos separados (dicópticos),
asas com nervuras bem fortes, abdome curto.
Ceratopogonidae
FILO: Arthropoda
CLASSE: Insecta
ORDEM: Diptera
SUBORDEM: Nematocera
FAMÍLIA: Ceratopogonidae
GÊNERO: Culicoides
Ceratopogonidae: medem de 1 a 2mm, antenas formadas de 13 a14
segmentos e são plumosas nos machos e pilosa nas fêmea. O corpo é escuro
e pequeno. Asas apresentam manchas características, as nervuras anteriores
são fortes e posteriores são fracas, abdome curto. Probóscida robusta e
curva, palpos curtos.
_________________________________________________________________
PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 48
ARTROPODES- INSECTA (HEMIPTERA)
Triatominae
FILO: Arthropoda
CLASSE: Insecta
ORDEM: Hemíptera
FAMÍLIA: Reduviidae
SUBFAMÍLIA: Triatominae
GÊNERO: Triatoma, Panstrongylus e Rhodnius
Apresenta corpo segmentado em cabeça, tórax e abdome. Asas com
parte proximal rígida e parte distal membranosa, probóscida curta e reta não
ultrapassando o primeiro par de patas nas espécies hematófagas, se é curta
e reta trata-se de espécie predadora e nos fitófagos a probóscida reta,
constituída por 4 segmentos, sempre ultrapassando o primeiro par de patas.
Macho: extremidade posterior arredondada.
Fêmea: extremidade posterior com visualização de ovopositor.
Triatoma: cabeça alongada e tubérculo antenífero em um ponto médio entre
os olhos e o clípeo.
Panstrogylus: cabeça robusta, curta em relação ao tórax, tubérculo
antenífero próximas aos olhos.
Rhodnius: cabeça alongada e delgada, tubérculo antenífero próximo ao
clípeo.
Figura 46: Triatoma infestans e Triatoma
_________________________________________________________________
PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 49
Figura 47: Rhodnius e Panstrogylus
ARTRÓPODES- INSECTA (ANOPLURA)
Anoplura
FILO: Arthropoda
CLASSE: Insecta
ORDEM: Anoplura
FAMÍLIA: Pediculidae
GÊNERO: Pediculus
Pediculide: possui cabeça ovóide com antena, abdome alongado com
último segmento bifurcado na fêmea. No abdome estão localizadas as placas
paratergais , as patas apresentam-se com último segmento em forma de
pinça. Base da cabeça é afilada.
FILO: Arthropoda
CLASSE: Insecta
ORDEM: Anoplura
FAMÍLIA: Pthiridae
GÊNERO: Pthirus
Ptirus: Possui corpo robusto, com tórax maior que abdome e abdome
curto com presença de espiráculos respiratórios, base da cabeça alargada,
presença de metapódios nas bordas laterais do abdome, o ultimo segmento
em forma de pinça.
_________________________________________________________________
PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 50
Figura 48: Lêndea e Fêmea de Pediculus captis
Figura 49: Macho do Pediculus captis e Ptirus púbis
CICLO DE VIDA
_________________________________________________________________
PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 51
ARTROPODES- INSECTA (SIPHONAPTERA)
Siphonaptera
:
FILO: Arthropoda
CLASSE: Insecta
ORDEM: Siphonaptera
FAMÍLIA: Pulicidae
GÊNERO: Pulex, Ctenocephalides, Xenopsylla
Machos: apresentam edeago (estrutura longa e curvada na porção posterior).
Fêmeas: apresentam espermateca (estrutura em forma de virgula).
Ctenocephalides: presença de ctenídeo genal (8 ou 9 dentes) e
ctenídeo pronotal .
Xenopsylla: presença no occipício de 2 series de cerdas formando um
V. Apresenta sutura mesopleural no mesonoto.
Pulex: apresenta 1 cerda no occipício; cerda genal, coxa posterior com
pequenos espinhos irregularmente distribuídos.
FILO: Arthropoda
CLASSE: Insecta
ORDEM: Siphonaptera
FAMÍLIA: Rhopalopsyllidae
GÊNERO: Polygenis
Polygenis: 3 fileiras de cerdas no occipício, 2 fileiras no abdome.
Machos: apresentam edeago (estrutura longa e curvada na porção posterior).
Fêmeas: apresentam espermateca (estrutura em forma de virgula).
FILO: Arthropoda
CLASSE: Insecta
ORDEM: Siphonaptera
FAMÍLIA: Tungidae
GÊNERO: Tunga
Tunga: conjunto formado por 3 segmentos torácicos mais curtos que o
primeiro abdominal, lacinias serrilhadas, fronte com tubérculo pronunciado.
_________________________________________________________________
PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 52
Machos: apresentam edeago (estrutura longa e curvada na porção posterior).
Fêmeas: apresentam espermateca (estrutura em forma de virgula).
Figura 50: Ctenideo do Ctenocephalides e Xenopsylla
Figura 51: Pulex e Tunga
Figura 52: Edeago nos machos e Espermateca nas fêmeas
_________________________________________________________________
PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 53
ARTROPODES- INSECTA (ACARI)
Ixodidae
FILO: Arthropoda
CLASSE: Insecta
ORDEM: Acari
SUBORDEM: Ixodides
FAMÍLIA: Ixodidae
GÊNERO: Amblyomma, Rhipicephalus, Boophilus
Rhipicephalus: base do capitulo larga, curto e hexagonal, com ângulo
projetando–se lateralmente. Machos apresentam 1 par de placas adanais.
Fêmeas com ausência de placas adanais. Apresentam peritrema atrás da 4º
pata. Presença de festões marginais. Rostro curto, palpos cônicos e peritrema
em forma de virgula.
Amblyomma: 2º segmento no palpo pelo menos duas vezes mais longa
que larga, capitulo alongado.Sem placas adanais. Possui capítulo longo de
base quadrada. Fêmea com escudo curto.
Macho apresentam escudo recobrindo toda área dorsal. Presença de festões
marginais
Boophilus: 2 pares de placas adanais. Processo caudal (exclusivo),
ausência de festões marginais, base do capitulo retangular/oval, rostro curto
e palpos mais curtos que as quelíceras, estigmas circulares.
Macho apresenta escudo longo e 2 pares de placas adanais .
FILO: Arthropoda
CLASSE: Insecta
ORDEM: Acari
SUBORDEM: Ixodides
FAMÍLIA: Argasidae
Argasidae: ausência de escudo, capítulo ventral, peritrema entre 3º ou
4º par de patas.
_________________________________________________________________
PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 54
FILO: Arthropoda
CLASSE: Insecta
ORDEM: Acari
SUBORDEM: Sarcoptiformes
FAMÍLIA: Sarcoptidae
GÊNERO: Sarcoptes
Sarcoptes: corpo globoso, pernas curtas, sem garras, cutícula marcada
por estrias, presença de cerdas ou espinhos. Fêmea: cerdas longas (3º e 4º
patas).
FILO: Arthropoda
CLASSE: Insecta
ORDEM: Acari
SUBORDEM: Sarcoptiformes
FAMÍLIA: Pyroglyphidae
GÊNERO: Dermatophagoides
Figura 53: Rhipicephalus e Rhipicephalus
_________________________________________________________________
PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 55
Figura 54: Amblyomma e Boophilus
Figura 55: Boophilus e Sarcoptis
CICLO DE VIDA ( Sarcoptes)
_________________________________________________________________
PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 56
ARTROPODES- INSECTA (CYCLORRAPHA)
Moscas
SUBORDEM Muscomorpha: antena trisegmentada com terceiro
segmento com estrutura cerdiforme => arista, olhos grandes, separados nas
fêmeas e juntos nos machos.
FILO: Arthropoda
CLASSE: Insecta
ORDEM: Diptera
SUBORDEM: Cyclorrhapha
FAMÍLIA: Muscidae
GÊNERO:Musca
FILO: Arthropoda
CLASSE: Insecta
ORDEM: Diptera
SUBORDEM: Cyclorrhapha
FAMÍLIA: Calliphoridae
GÊNERO: Cochliomyia, Chrysomya, Lucilia
Família Calliphoridae
Conchiliomya(varejeira): mede 8 mm, cor verde, reflexos azul
metálico, mesonoto com 3 faixas negras longitudinais, olhos de cor vermelha.
Chrysomya: mede 8mm, cor metálica, apresenta 2 faixas transversais
escuras no mesonoto e 3 no dorso do abdome.
FILO: Arthropoda
CLASSE: Insecta
ORDEM: Diptera
SUBORDEM: Cyclorrhapha
FAMÍLIA: Sarcophagidae
GÊNERO: Sarcophaga
Família Sarcophagidae: 6 a 10 mm, cor cinzenta, mesotórax com 3
faixas negras e abdome axadrezado.
_________________________________________________________________
PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 57
FILO: Arthropoda
CLASSE: Insecta
ORDEM: Diptera
SUBORDEM: Cyclorrhapha
FAMÍLIA: Oestridae
GÊNERO: Dermatobia
Figura 56: Musca domestica e Sarcophagidae
ARTROPODES- INSECTA (BRACHYCERA)
SUBORDEM Brachycera: apresentam antenas com 3 segmentos, ultimo mais
longo que os demais.
FILO: Arthropoda
CLASSE: Insecta
ORDEM: Diptera
SUBORDEM: Brachycera
FAMÍLIA: Tabanidae
GÊNERO: Tabanus, Chrysops, Fidena
Tabanidae (mutuca): cabeça mais larga que o tórax, semelhante a uma
calota, olhos grandes, dicópticos(separados) nas fêmeas e holópticos (juntos)
no macho, abdome mais largo que o tórax com sete segmentos, terceira
nervura das asas bifurcadas. Em pouso asas ficam abertas e separadas.
_________________________________________________________________
PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 58
Figura 57: Tabanidae
Figura 58: Chrysomya
Figura 59: Conchiliomya
_________________________________________________________________
PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 59
REFERENCIAS
1. Neves, David Pereira – Parasitologia Humana – 10º edição – São Paulo:
Editora Atheneu, 2000
Sites (IMAGENS)
2.www.dpd.cdc.gov/dpdx/HTML/image_Library.htm
3.www.ufrgs.br/para-site/alfabe.htm
4.www.telmeds.org/AVIM/Apara/

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Parasitologia na Prática - 3 Edição

  • 2. _________________________________________________________________ PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 2 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE PATOLOGIA PARASITOLOGIA NA PRÁTICA REVISÃO Profa. Dra. FLÁVIA RAQUEL NASCIMENTO Profa. ANDRÉA MARQUES DA SILVA PIRES 2017
  • 3. _________________________________________________________________ PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 3 “Dedico esta obra, primeiramente, a Deus e meus pais, esposa Viviane e filho Levi, minha família por inteiro, meus amigos de 72º turma de Medicina e aos professores Aymoré, Vitorino, Flávia Raquel, Andréa Pires, Eloísa que muito me ensinaram e continuam a ensinar.”
  • 4. _________________________________________________________________ PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 4 Sou médico oftalmologista, especialista em glaucoma, formado pela Universidade Federal do Maranhão. Durante o curso de medicina, fui monitor da disciplina de Parasitologia durante dois anos. Comecei a me interessar sobre o tema durante o curso e me perguntava se iria aproveitar esse conhecimento na vida médica que fosse escolher. Eis que ao iniciar meus estudos na oftalmologia me deparo com patologias como toxoplasmose ocular, pediculose e miiase ou neurorretinites causada por parasitas. Estudar parasitologia é saber das doenças a partir da sua origem. É saber e conhecer para poder evitá-las. É ter um conhecimento amplo sobre a natureza e sobre as doenças. É ampliar seus horizontes de conhecimento muito mais que enfermarias de hospitais ou laboratórios de pesquisa. Durante as aulas práticas, percebi que havia dificuldade, por parte de alguns alunos, em identificar as lâminas. Então, desenvolvi esta apostila de aprendizado prático para incentivá-los e auxiliá-los. Caso tenham sugestões ou critica, elas poderão ser enviadas para meu e-mail: alexisgaleno@gmail.com. Elas serão muito bem aceitas e servirão para o melhoramento de futuras edições.
  • 5. _________________________________________________________________ PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 5 SUMÁRIO HELMINTOS – ASCHELMINTHES Ascaris lumbricoides.......................................................................................................... 7 Enterobius vermicularis..................................................................................................... 9 Trichuris trichiura.............................................................................................................. 10 Ancylostomidae................................................................................................................... 12 Necator americanus…........................................................................................................ 13 Wuchereria bancrofti.......................................................................................................... 15 Strongyloides stercoralis.................................................................................................... 16 Schistosoma mansoni......................................................................................................... 17 HELMINTOS – PLATYELMINTHES Hymenolepis nana.............................................................................................................. 20 Hymenolepis diminuta........................................................................................................ 21 Dipylidium caninum........................................................................................................... 23 Echinococcus granulosus................................................................................................... 24 Taenia solium..................................................................................................................... 26 Taenia saginata................................................................................................... .............. 28 PROTOZOÁRIOS – APICOMPLEXA Cryptosporidium................................................................................................................. 29 Isospora belli...................................................................................................................... 30 Toxoplasma gondii............................................................................................................. 32 Plasmodium sp.................................................................................................................... 33 PROTOZOÁRIOS – SARCOMASTIGOPHORA Trypanosoma e Leishmania................................................................................................ 36 Giardia lamblia.................................................................................................................. 38 Trichomonas vaginalis....................................................................................................... 40 Entamoeba.......................................................................................................................... 41 ARTROPODES- INSECTA (NEMATOCERA) Psychodidae........................................................................................................................ 44 Culicidae............................................................................................................................. 45 Simuliidae........................................................................................................................... 47 Ceratopogonidae................................................................................................................ 47 ARTROPODES- INSECTA (HEMIPTERA) Triatominae......................................................................................................................... 48
  • 6. _________________________________________________________________ PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 6 ARTRÓPODES- INSECTA (ANOPLURA) Anoplura............................................................................................................................. 49 ARTROPODES- INSECTA (SIPHONAPTERA) Siphonaptera....................................................................................................................... 51 ARTROPODES- INSECTA(ACARI) Ixodides............................................................................................................................... 53 ARTROPODES- INSECTA (CYCLORRAPHA) e (BRACHYCERA) Moscas................................................................................................................................ 56 Referencias ......................................................................................................................... 59
  • 7. _________________________________________________________________ PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 7 HELMINTOS – ASCHELMINTHES Ascaris lumbricoides FILO: Aschelminthes CLASSE: Nematoda SUPERFAMÍLIA: Ascaroidea FAMÍLIA: Ascarididae GÊNERO: Ascaris ESPÉCIE: A. lumbricoides São animais longos, robustos e cilíndricos, apresentando extremidade afilada. Macho apresenta cor leitosa com extremidade posterior fortemente encurvada para face ventral. A fêmea é mais robusta que o macho com extremidade posterior é retilínea. Figura 1 – Fêmea (female) e macho (male)
  • 8. _________________________________________________________________ PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 8 OVOS Tem cor castanha, são grandes, ovais com membrana externa mamilonada. • Infértil: mais alongado, membrana mamilonada, mais delgada e citoplasma granuloso. • Fértil: membrana com mamelões e citoplasma denso e escuro. • Fértil embrionado: mais arredondado, embrióforo presente. • Fértil decorticado: duas membranas, transparente e lisa. Figura 2: Ovo fértil, ovo embrionado, ovo fértil, ovo infértil CICLO DE VIDA
  • 9. _________________________________________________________________ PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 9 Enterobius vermicularis FILO: Aschelminthes CLASSE: Nematoda SUPERFAMÍLIA: Oxyuroidea FAMÍLIA: Oxyuridae GÊNERO: Enterobius ESPÉCIE: E. vermiculares Corpo filiforme, presença de asas cefálicas na extremidade anterior, boca seguida de esôfago terminando em um bulbo cardíaco. Macho tem cerca de 5mm, cauda fortemente recurvada ventralmente com espículo permanente. A fêmea tem 1 cm de comprimento cauda pontiaguda e longa. Figura 3: Asas cefálicas Figura 4: Comparação entre macho e fêmea OVOS Aspecto de “D”, amarelado, membrana lisa dupla e transparente, é embrionado. Figura 5: Ovos de E. vermiculares (formato de D)
  • 10. _________________________________________________________________ PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 10 CICLO DE VIDA Trichuris trichiura FILO: Aschelminthes CLASSE: Nematoda ORDEM: Trichurida FAMÍLIA: Trichuridae GÊNERO: Trichuris ESPÉCIE: T. trichiura Medem de 3 a 5 cm, sendo os machos menores que as fêmeas. Região anterior afilada e mais comprida que a posterior que é mais robusta. Aspecto de chicote. O macho é menor, extremidade posterior fortemente recurvada
  • 11. _________________________________________________________________ PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 11 ventralmente, apresenta espículo protegido por bainha. A fêmea é maior, extremidade posterior romba e reta Figura 6: Comparação entre fêmea e macho OVOS Ovo com formato elíptico, com poros salientes e transparentes nas extremidades preenchido por material lipídico, saliências nas regiões polares. Aspecto de bandeja. Figura 7: Ovos de T. trichiura
  • 12. _________________________________________________________________ PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 12 CICLO DE VIDA Ancylostomidae FILO: Aschelminthes CLASSE: Nematoda SUPERFAMÍLIA: Strongyloidea FAMÍLIA: Ancylostomidae GÊNERO: Ancylostoma ESPÉCIES: A. duodenale A. caninum, A.braziliense Ancylostoma duodenale: corpo cilindriforme, cápsula bucal com 2 pares de dentes ventrais, cor róseo vermelho. Ancylostoma caninum : corpo cilindriforme, cápsula bucal com 3 pares de dentes ventrais, cor róseo vermelho. Ancylostoma braziliense: corpo cilindriforme, cápsula bucal com 1 par de dentes ventrais, cor róseo vermelho. Macho com extremidade posterior com bolsa copulatória bem desenvolvida e fêmea com extremidade afilada.
  • 13. _________________________________________________________________ PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 13 Figura 8: Na sequencia A. braziliense, A. caninum e A. duodenale Necator americanus FILO: Aschelminthes CLASSE: Nematoda SUPERFAMÍLIA: Strongyloidea FAMÍLIA: Ancylostomidea GÊNERO: Necator ESPÉCIE: Necator americanus Necator americanus: forma cilíndrica, cápsula bucal com duas laminas cortantes na margem interna da boca e outras duas subventrais. O macho é menor que a fêmea, com bolsa copulatória bem desenvolvida. A fêmea é maior, com extremidade posterior afilada sem processo espiniforme terminal. Figura 9: Macho com bolsa copulatória e N.americanus
  • 14. _________________________________________________________________ PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 14 OVOS Ovo blastomerizado: oval com dupla membrana, presença de blastômeros. Ovo larvado: oval com dupla membrana, presença de blastômeros em estágio embrionado. Figura 10: Ovos embrionados de Ancylostomideo CICLO DE VIDA
  • 15. _________________________________________________________________ PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 15 Wuchereria bancrofti FILO: Aschelminthes CLASSE: Nematoda SUPERFAMÍLIA: Filarioidea FAMÍLIA: Onchocercidae GÊNERO: Wuchereria ESPÉCIE: W. bancrofti O macho apresenta corpo delgado, branco leitoso, extremidade anterior afilada e posterior encurvada. A fêmea tem corpo delgado e branco leitoso. Microfilária apresenta membrana ou bainha delicada apoiada sobre células subcuticulares e somáticas Figura 11: W .bancrofti CICLO DE VIDA
  • 16. _________________________________________________________________ PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 16 Strongyloides stercoralis FILO: Aschelminthes CLASSE: Nematoda SUPERFAMÍLIA: Rhabdiasoidea FAMÍLIA: Rhabdiasidae GÊNERO: Strongyloides ESPÉCIE: S. stercoralis Fêmea partenogenética: corpo cilíndrico com aspecto longo, extremidade anterior arredondada e posterior afilada. Apresenta cutícula fina e transparente. Aparelho genital anfidelfo ou divergente. Fêmea de vida livre: fusiforme com extremidade anterior arredondada e posterior afilada. Macho de vida livre: aspecto fusiforme, extremidade anterior arredondada e posterior recurvada. Apresenta dois pequenos espículos na extremidade posterior. Larvas filarioídes com porção anterior afilada, posterior termina-se em duas pontas. Nota-se primórdio genital. Figura 12: Larva do S. stercoralis OVOS Ovos elípticos, parede fina e transparente.
  • 17. _________________________________________________________________ PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 17 CICLO DE VIDA Schistosoma mansoni FILO: Platyelminthes ORDEM: Digenea FAMÍLIA: Schistosomatidae GÊNERO: Schistosoma ESPÉCIE: S. mansoni Macho mais grosso, tem cor esbranquiçada, mede cerca de 1cm, corpo dividido em 2 porções. Anterior na qual encontramos a ventosa oral e a ventosa ventral. Porção posterior onde encontramos o canal ginecóforo. Fêmea é fina, tegumento liso, mede cerca 1,5 cm. Tem cor mais escura. Na metade anterior encontramos a ventosa oral e o acetábulo. Seguida a este se observa à vulva. Na metade posterior, as glândulas vitelogênicas e o ceco. Miracídio tem forma cilíndrica, apresenta cílios que permitem movimentação no meio aquático. Na extremidade anterior apresenta papila apical. Cercária divide-se em corpo e cauda. Corpo é recoberto por pequenos espinhos e tem duas ventosas oral e ventral, a cauda termina em bifurcação.
  • 18. _________________________________________________________________ PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 18 Figura 13: Cercária Figura 14: Fêmea do S. mansoni e macho do S. mansoni OVOS Formato oval, sem opérculo. Na parte mais larga encontramos espículo voltada para trás. O ovo maduro apresenta um miracídio formado e é encontrado nas fezes. Figura 15: ovo do S. mansoni
  • 20. _________________________________________________________________ PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 20 HELMINTOS - PLATYELMINTHES Hymenolepis nana FILO: Platyelminthes CLASSE: Cestoda ORDEM: Cyclophyllidae FAMÍLIA: Hymenolepididae GÊNERO: Hymenolepis ESPÉCIE: H. nana Adulto: escales com 4 ventosas e um rostro retrátil armado de ganchos. Proglote estreita e apresentando poros genitais unilaterais. Figura 16: Escolex do H. nana e Proglotes H. nana OVOS Quase esférico, aparência de “chapéu mexicano”, membrana externa delgada envolvendo um espaço claro, membrana interna envolvendo a oncosfera, apresenta dois mamelões claros em posição oposta dos quais partem filamentos longos. Figura 17: Ovo do H. nana
  • 21. _________________________________________________________________ PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 21 CICLO DE VIDA Hymenolepis diminuta FILO: Platyelminthes CLASSE: Cestoda ORDEM: Cyclophyllidae FAMÍLIA: Hymenolepididae GÊNERO: Hymenolepis ESPÉCIE: H.diminuta Adulto: maior que o H.nana, com 4 ventosas, sem rostro (escolex). Proglotes trapezóides. Figura 18: escolex de H.diminuta e proglote de H. diminuta
  • 22. _________________________________________________________________ PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 22 OVOS Arredondados, membrana interna e externa sem filamentos polares. Figura 19: ovo de H. diminuta CICLO DE VIDA
  • 23. _________________________________________________________________ PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 23 Dipylidium caninum FILO: Platyelminthes CLASSE: Cestoda ORDEM: Cyclophyllidae FAMÍLIA: Dilepididae GÊNERO: Dipylidium ESPÉCIE: D. caninum Adulto: presença de 2 poros genitais. Escolex com rostro retrátil e com 4 fileiras de ganchos. Proglotes grávidas parecendo sementes de abóbora. Figura 20: Escolex de D. caninum e Proglote de D. caninum OVOS Figura 21: ovos de D. caninum
  • 24. _________________________________________________________________ PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 24 CICLO DE VIDA Echinococcus granulosus FILO: Platyelminthes CLASSE: Cestoda ORDEM: Cyclophyllidae FAMÍLIA: Taeniidae GÊNERO: Echinococcus ESPÉCIE: E. granulosus Adulto: escolex globoso com 4 ventosas, rostro armado com 1 fileira de acúleos. Colo curto. Corpo formado por 3 ou 4 proglotes uma ou duas jovens, uma madura e uma grávida. Cisto hidático: 3 membranas nítidas (adventícia, anista e proligera), vesícula proligera e escolex ou protoescolex. Areia hidática: formada por escolex isolados e por fragmentos da membrana proligera e das vesículas proligeras.
  • 25. _________________________________________________________________ PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 25 Figura 22: Areia hidática e E. granulosus CICLO DE VIDA
  • 26. _________________________________________________________________ PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 26 Taenia solium FILO: Platyelminthes CLASSE: Cestoda ORDEM: Cyclophyllidae FAMÍLIA: Taeniidae GÊNERO: Taenia ESPÉCIE: T. solium, Cysticercus cellulosae Adulto: escolex: globoso, rostro armado, dupla fileira de acúleos, 4 ventosas formadas de tecido muscular arredondadas e proeminentes. Colo situado imediatamente abaixo do escolex, sem segmentação e da origem as proglotes jovens. É conhecido como zona de crescimento. Estróbilo é o corpo do helminto, formado pela união de proglotes jovens, maduras e grávidas. Proglote grávida: quadrangular com poro genital nítido e ramificações do tipo dendriticas. Figura 23: Proglote T. solium e Escolex T. solium Cysticercus cellulosae é a larva da T.solium. É constituído de escolex com 4 ventosas, rostelo, colo e uma vesícula membranosa contendo liquido no seu interior. Figura 24 Cisticerco
  • 28. _________________________________________________________________ PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 28 Taenia saginata FILO: Platyelminthes CLASSE: Cestoda ORDEM: Cyclophyllidae FAMÍLIA: Taeniidae GÊNERO: Taenia ESPÉCIE: T. saginata, Cystucercus bovis Adulto escolex quadrangular com 4 ventosas, sem rostro armado, sem acúleos. Colo situado imediatamente abaixo do escolex, sem segmentação, dando origem as proglotes jovens. É conhecido como zona de crescimento. Estróbilo é o corpo do helminto, formado pela união de proglotes jovens, maduras e grávidas. Proglote grávida: retangular com poro genital nítido, numerosas ramificações uterinas do tipo dicotômicas. Cysticercus bovis: é a larva da T. saginata, difere do C. cellulosae apenas pela ausência do rostelo. Figura 25 Proglote tipo dicotômicas da T. saginata e Escolex da T. saginata OVOS Ovo de Taenia sp.:Esférico, constituído por uma casca protetora denominada embrióforo, formado por blocos piramidais de quitina unidos entre si por substância cimentante. Dentro do embrióforo encontramos a oncosfera com dupla membrana e pares de acúleos. Embrião hexacanto. Figura 26: Ovos de T. saginata
  • 29. _________________________________________________________________ PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 29 PROTOZOÁRIOS – APICOMPLEXA Cryptosporidium SUB-REINO: Protozoa FILO: Apicomplexa CLASSE: Sporozoea ORDEM: Eucoccidiida FAMÍLIA: Cryptosporidiidae GÊNERO: Cryptosporidium Desenvolve-se em microvilosidades de células epiteliais do Trato gastrointestinal. Parasita a parte externa do citoplasma dando a impressão de ser extracelular. Encontrado nos tecidos, fezes e meio ambiente. Os oocistos são esféricos com 4 esporozoítos livres no interior. Figura 27: Oocistos de cryptosporidium
  • 30. _________________________________________________________________ PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 30 CICLO DE VIDA Isospora belli SUB-REINO: Protozoa FILO: Apicomplexa CLASSE: Sporozoea ORDEM: Eucoccidiida FAMÍLIA: Eimeriidae GÊNERO: Isospora ESPÉCIE: I. belli Forma oval, membrana dupla. São oocistos com 2 esporocistos e com 4 esporozoítos em cada um. São monoxenos com multiplicação assexuada.
  • 31. _________________________________________________________________ PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 31 Oocisto maduro apresenta o esporoblasto em divisão e imaturo apresenta esporoblasto único. Figura 28: Oocisto maduro e oocisto imaturo CICLO DE VIDA
  • 32. _________________________________________________________________ PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 32 Toxoplasma gondii SUB-REINO: Protozoa FILO: Apicomplexa CLASSE: Sporozoea ORDEM: Eucoccidiida FAMÍLIA: Sarcocystidae GÊNERO: Toxoplasma ESPÉCIE: T.gondii Taquizoíto: encontrado na fase aguda, é uma estrutura extracelular em forma de banana ou meia lua, com uma extremidade mais afilada e outra arredondada e o núcleo em posição mais ou menos central. Encontrada nos líquidos orgânicos, células SMF e células hepáticas, pulmonares, nervosa, submucosa e musculares Bradizoíto: é a forma encontrada em vários tecidos (musculares esqueléticos, cardíacos, nervoso e retina) geralmente durante a fase crônica da infecção. Cisto com bradizoítos: possui uma parede dupla bastante resistente ás condições do meio ambiente. São esféricos e após esporulação no meio ambiente contem dois esporocistos, com quatro esporozoítos. Oocisto: é a forma de resistência que possui uma parede dupla. São produzidos nas células intestinais de felídeos não imunes e eliminados nas fezes. Após esporulação no meio ambiente contem dois esporocistos com 4 esporozoitos cada. Figura 29: Cisto com bradizoíto,Taquizoíto e Oocisto
  • 33. _________________________________________________________________ PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 33 CICLO DE VIDA Plasmodium sp. SUB-REINO: Protozoa FILO: Apicomplexa CLASSE: Sporozoea ORDEM: Eucoccidiida FAMÍLIA: Plasmodiidae GÊNERO: Plasmodium ESPÉCIE: P. vivax, P. falciparum Esquizonte de P. vivax: parasita hemácias que se apresentam maiores que a não parasitadas, presença de vários núcleos nítidos. Trofozoíto jovem de P.vivax: dentro da hemácia com contorno irregular e um pouco maior que as demais, hipocrômica, cromatina espessa, única, com esfera do anel para dentro.
  • 34. _________________________________________________________________ PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 34 Gametócito de P.vivax hemácia aumentada, cromatina difusa e pigmentos maláricos. O esquizonte de P. falciparum só é observado em sangue periférico em formas graves da doença. Trofozoíto de P. falciparum maiores que o do P. vivax, apresentam forma de anel de bacharel, de ferradura, podem causar multiparasitismo em hemácias, que apresentam normociticas e normocrômicas. Gametócito de P. falciparum presença de pigmentos malárico, forma de banana, marginal a hemácia. Macro: cromatina puntiforme, gametócito feminino. Micro: espalhada, gametócito masculino Figura 30: Esquizonte P. falciparum e Gametócito P. falciparum Figura 31: Trofozoito P. falciparum e Trofozoito P. falciparum Figura 32: Esquizonte P.vivax e Gametócito P.vivax
  • 35. _________________________________________________________________ PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 35 Figura 33: Trofozoito P. vivax e Esquizonte rompido P. vivax CICLO DE VIDA
  • 36. _________________________________________________________________ PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 36 PROTOZOÁRIOS – SARCOMASTIGOPHORA Trypanosoma e Leishmania SUB-REINO: Kinetoplastida FILO: Sarcomastigophora CLASSE: Zoomastigophorea ORDEM: Kinetoplastida FAMÍLIA: Trypanosomatidae GÊNERO: Trypanosoma e Leishmania Forma amastigota: forma arredondada ou oval, com flagelo que não se exterioriza (ambos os gêneros). Promastigota: forma alongada com cinetoplasto anterior ao núcleo; o flagelo torna-se livre através da porção anterior da célula (Leishmania). Epimastigota: forma alongada com cinetoplasto justanuclear e anterior ao núcleo; possui pequena membrana ondulante lateralmente(Trypanosoma). Tripomastigota: forma alongada com cinetoplasto posterior ao núcleo; o flagelo forma uma extensa membrana ondulante e torna-se livre na porção anterior da célula (Trypanossoma). Paramastigota: forma intermediária entre as formas pro e opimastigota, cinetoplasto justa nuclear (Leishmania). Figura 34: forma amastigota e Promastigota de leishmania
  • 37. _________________________________________________________________ PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 37 Figura 35: tripomastigota e epimastigota de trypanosoma CICLO DE VIDA (Leishmania)
  • 38. _________________________________________________________________ PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 38 CICLO DE VIDA (Tripanossoma) Giardia lamblia SUB-REINO: Protozoa FILO: Sarcomastigophora CLASSE: Zoomastigophorea ORDEM: Diplomonadida FAMÍLIA: Hexamitidae GÊNERO: Giardia ESPÉCIE: G.lamblia Os trofozoítos apresentam dois núcleos ovalados próximo a extremidade anterior. Possui 4 pares de flagelos ( 1 par anterior, 1 par ventral, 1 posterior e 1 par caudal). Apresenta espaços claros ao redor do núcleo, ventosas, forma piriforme, sem membrana ondulante. O cisto é oval e elipsóide. No seu interior, encontram-se dois ou 4 núcleos , um número variável de fibrilas e os corpos escuros com forma de meia lua situado no pólo oposto aos núcleos.
  • 39. _________________________________________________________________ PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 39 Figura 36: Trofozoíto de Giardia, Trofozoíto de Giardia e Giardia lamblia CICLO DE VIDA
  • 40. _________________________________________________________________ PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 40 Trichomonas vaginalis SUB-REINO: Protozoa FILO: Sarcomastigophora SUB FILO: Mastigophora CLASSE: Zoomastigophorea ORDEM: Trichomonadida FAMÍLIA: Trichomonadidae GÊNERO: Trichomonas ESPÉCIE: T. vaginalis Possui apenas forma trofozoito. São piriformes ou ovóides. Flagelo recorrente, núcleo alongado, eixo hialino (axóstilo) se exteriorizando, 4 flagelos projetados para porção anterior, complexo granular basal, com 1 núcleo alongado elipsóide, próximo a extremidade anterior com dupla membrana nuclear e pode apresentar nucléolo, presença de membrana ondulante. Figura 37: T. vaginalis
  • 41. _________________________________________________________________ PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 41 CICLO DE VIDA Entamoeba SUB-REINO: Protozoa FILO: Sarcomastigophora SUBFILO: Sarcodina CLASSE: Lobosea ORDEM: Amoebida FAMÍLIA: Entamoebidae GÊNERO: Entamoeba E. coli: Trofozoíto com citoplasma não é diferenciado em endo e ectoplasma; o núcleo apresenta cromatina grosseira e irregular e o cariossoma grande e excêntrico E. coli: O cisto apresenta-se como pequena esfera contendo ate oito núcleos, com corpos cromatoídes finos, semelhantes a feixes ou agulhas(se corado em HF).
  • 42. _________________________________________________________________ PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 42 E. histolytica: Trofozoíto com o citoplasma é dividido em ecto e endoplasma; o núcleo apresenta cromatina constituída por grânulos delicados e o cariossoma é pequeno e central E. histolytica: Os cistos são esféricos ou ovais. O numero de núcleos varia de 1 a 4. Os corpos cromatoídes quando presentes no cisto tem a forma de bastonetes ou de charutos, com pontas arredondadas. Figura 38: Cisto de E .coli, Cisto de E.coli e Trofozoito E.coli Figura 39: Trofozoíto E.coli, Cisto E.histolytica e Cisto E.histolytica Figura 40: Trofozoíto E. histolytica e Trofozoíto E .histolytica
  • 44. _________________________________________________________________ PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 44 ARTROPODES- INSECTA(NEMATOCERA) Psychodidae FILO: Arthropoda CLASSE: Insecta ORDEM: Diptera SUBORDEM: Nematocera FAMÍLIA: Psychodidae SUBFAMÍLIA: Phlebotominae GÊNERO: Lutzomyia Adultos:olhos semelhantes entre os sexos. Medem cerca de 2 a 4 mm, corpo coberto por pêlos finos, escamas nas asas e esternitos abdominais, pernas compridas e esbeltas.Posição da cabeça formando ângulo de 90º com eixo longitudinal do corpo. Aspecto corcunda. Extremidade posterior nos machos é bifurcada (gonapófises). O braço dorsal é composto pelo basistilo e pelo basistilo, e o elemento ventral é constituído por um par de parâmetros. As fêmeas apresentam a extremidade posterior arredondada (lobulada) e internamente encontra-se um par de espermatecas. Antenas longas formadas por 14 flagelômeros cilíndricos com palpos menores que a probóscida. As fêmeas apresentam cibário. Asas em forma de lança e com nervuras paralelas. Abdome formado por 10 segmentos, com os 3 últimos modificados. Ovos alongados, elípticos, ligeiramente recurvados e esbranquiçados. Larvas com cabeça bem definida, corpo com 9 segmentos torácicos e nove abdominais. Pupas cilíndricas, constituída de um cefalotórax e abdome com 9 segmentos. Figura 41: macho com cauda bifurcada e detalhe das asas
  • 45. _________________________________________________________________ PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 45 Culicidae FILO: Arthropoda CLASSE: Insecta ORDEM: Diptera SUBORDEM: Nematocera FAMÍLIA: Culicidae TRIBO: Anophelini, Culicini GÊNERO: Anopheles, Aedes, Culex Medem de 3 a 6 mm, antenas com 15 a 16 segmentos: plumosa no macho e pilosa na fêmea, ausência de ocelos, palpos nítidos, corpo revestido por escamas , pernas longas. Mosquitos holometábolos. Pupas apresentam cefalotórax e estrutura do sifão respiratório que diferencia as tribos. Tribos: Anophelini e Culicini Posição dos ovos: Isolados na água : Anopheles Isolados fora da água: Aedes Unidos formando jangada: Culex Anophelini: ovos isolados, larvas sem sifão, paralelas a superfície da água, pupas com sifão em funil, escutelo em meia-lua, machos com antenas plumosas e palpos em clava. Fêmea com antenas pilosas, palpos longos e asas manchadas. Pupa apresenta sifão respiratório em forma de funil. Culicini: Ovos unidos, formando “jangada” sobre a água (Culex) ou isolados e fora d’água na parede do recipiente (Aedes), larva com sifão perpendicular a superfície, pupas com sifão cilíndrico, escutelo trilobado. Machos com antenas plumosas, palpos cilíndricos e fêmeas com antenas pilosas e palpos curtos, asas sem manchas. Pupa apresenta sifão em forma tubular. Culicidae= Anophelini= Anopheles e Culicini= Culex e Aedes) Regra Prática: 1º passo: olhar antena (plumosa = macho/ pilosa = fêmea). 2º passo: fêmeas com palpos longos = anophelini e palpo curto = culicini (macho palpo longo espatulado = anophelini e palpo longo não espatulado = culicini).
  • 46. _________________________________________________________________ PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 46 Figura 42: Anopheles e Culicini Figura 43: larva Anopheles e larva Culicini (sifão respiratorio) Figura 44: diferenças entre macho de Aanopheles e fêmea de Culicini Figura 45: Pupa de Culicini e Pupa de anophelini
  • 47. _________________________________________________________________ PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 47 Simuliidae FILO: Arthropoda CLASSE: Insecta ORDEM: Diptera SUBORDEM: Nematocera FAMÍLIA: Simuliidae GÊNERO: Simulium Simulidae:Medem de 1 a 5 mm, antenas formadas por 11 artículos com aspecto de chocalho de cascavel, corpo robusto de cor escura. O macho apresenta olhos juntos (holópticos) e as fêmeas olhos separados (dicópticos), asas com nervuras bem fortes, abdome curto. Ceratopogonidae FILO: Arthropoda CLASSE: Insecta ORDEM: Diptera SUBORDEM: Nematocera FAMÍLIA: Ceratopogonidae GÊNERO: Culicoides Ceratopogonidae: medem de 1 a 2mm, antenas formadas de 13 a14 segmentos e são plumosas nos machos e pilosa nas fêmea. O corpo é escuro e pequeno. Asas apresentam manchas características, as nervuras anteriores são fortes e posteriores são fracas, abdome curto. Probóscida robusta e curva, palpos curtos.
  • 48. _________________________________________________________________ PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 48 ARTROPODES- INSECTA (HEMIPTERA) Triatominae FILO: Arthropoda CLASSE: Insecta ORDEM: Hemíptera FAMÍLIA: Reduviidae SUBFAMÍLIA: Triatominae GÊNERO: Triatoma, Panstrongylus e Rhodnius Apresenta corpo segmentado em cabeça, tórax e abdome. Asas com parte proximal rígida e parte distal membranosa, probóscida curta e reta não ultrapassando o primeiro par de patas nas espécies hematófagas, se é curta e reta trata-se de espécie predadora e nos fitófagos a probóscida reta, constituída por 4 segmentos, sempre ultrapassando o primeiro par de patas. Macho: extremidade posterior arredondada. Fêmea: extremidade posterior com visualização de ovopositor. Triatoma: cabeça alongada e tubérculo antenífero em um ponto médio entre os olhos e o clípeo. Panstrogylus: cabeça robusta, curta em relação ao tórax, tubérculo antenífero próximas aos olhos. Rhodnius: cabeça alongada e delgada, tubérculo antenífero próximo ao clípeo. Figura 46: Triatoma infestans e Triatoma
  • 49. _________________________________________________________________ PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 49 Figura 47: Rhodnius e Panstrogylus ARTRÓPODES- INSECTA (ANOPLURA) Anoplura FILO: Arthropoda CLASSE: Insecta ORDEM: Anoplura FAMÍLIA: Pediculidae GÊNERO: Pediculus Pediculide: possui cabeça ovóide com antena, abdome alongado com último segmento bifurcado na fêmea. No abdome estão localizadas as placas paratergais , as patas apresentam-se com último segmento em forma de pinça. Base da cabeça é afilada. FILO: Arthropoda CLASSE: Insecta ORDEM: Anoplura FAMÍLIA: Pthiridae GÊNERO: Pthirus Ptirus: Possui corpo robusto, com tórax maior que abdome e abdome curto com presença de espiráculos respiratórios, base da cabeça alargada, presença de metapódios nas bordas laterais do abdome, o ultimo segmento em forma de pinça.
  • 50. _________________________________________________________________ PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 50 Figura 48: Lêndea e Fêmea de Pediculus captis Figura 49: Macho do Pediculus captis e Ptirus púbis CICLO DE VIDA
  • 51. _________________________________________________________________ PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 51 ARTROPODES- INSECTA (SIPHONAPTERA) Siphonaptera : FILO: Arthropoda CLASSE: Insecta ORDEM: Siphonaptera FAMÍLIA: Pulicidae GÊNERO: Pulex, Ctenocephalides, Xenopsylla Machos: apresentam edeago (estrutura longa e curvada na porção posterior). Fêmeas: apresentam espermateca (estrutura em forma de virgula). Ctenocephalides: presença de ctenídeo genal (8 ou 9 dentes) e ctenídeo pronotal . Xenopsylla: presença no occipício de 2 series de cerdas formando um V. Apresenta sutura mesopleural no mesonoto. Pulex: apresenta 1 cerda no occipício; cerda genal, coxa posterior com pequenos espinhos irregularmente distribuídos. FILO: Arthropoda CLASSE: Insecta ORDEM: Siphonaptera FAMÍLIA: Rhopalopsyllidae GÊNERO: Polygenis Polygenis: 3 fileiras de cerdas no occipício, 2 fileiras no abdome. Machos: apresentam edeago (estrutura longa e curvada na porção posterior). Fêmeas: apresentam espermateca (estrutura em forma de virgula). FILO: Arthropoda CLASSE: Insecta ORDEM: Siphonaptera FAMÍLIA: Tungidae GÊNERO: Tunga Tunga: conjunto formado por 3 segmentos torácicos mais curtos que o primeiro abdominal, lacinias serrilhadas, fronte com tubérculo pronunciado.
  • 52. _________________________________________________________________ PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 52 Machos: apresentam edeago (estrutura longa e curvada na porção posterior). Fêmeas: apresentam espermateca (estrutura em forma de virgula). Figura 50: Ctenideo do Ctenocephalides e Xenopsylla Figura 51: Pulex e Tunga Figura 52: Edeago nos machos e Espermateca nas fêmeas
  • 53. _________________________________________________________________ PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 53 ARTROPODES- INSECTA (ACARI) Ixodidae FILO: Arthropoda CLASSE: Insecta ORDEM: Acari SUBORDEM: Ixodides FAMÍLIA: Ixodidae GÊNERO: Amblyomma, Rhipicephalus, Boophilus Rhipicephalus: base do capitulo larga, curto e hexagonal, com ângulo projetando–se lateralmente. Machos apresentam 1 par de placas adanais. Fêmeas com ausência de placas adanais. Apresentam peritrema atrás da 4º pata. Presença de festões marginais. Rostro curto, palpos cônicos e peritrema em forma de virgula. Amblyomma: 2º segmento no palpo pelo menos duas vezes mais longa que larga, capitulo alongado.Sem placas adanais. Possui capítulo longo de base quadrada. Fêmea com escudo curto. Macho apresentam escudo recobrindo toda área dorsal. Presença de festões marginais Boophilus: 2 pares de placas adanais. Processo caudal (exclusivo), ausência de festões marginais, base do capitulo retangular/oval, rostro curto e palpos mais curtos que as quelíceras, estigmas circulares. Macho apresenta escudo longo e 2 pares de placas adanais . FILO: Arthropoda CLASSE: Insecta ORDEM: Acari SUBORDEM: Ixodides FAMÍLIA: Argasidae Argasidae: ausência de escudo, capítulo ventral, peritrema entre 3º ou 4º par de patas.
  • 54. _________________________________________________________________ PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 54 FILO: Arthropoda CLASSE: Insecta ORDEM: Acari SUBORDEM: Sarcoptiformes FAMÍLIA: Sarcoptidae GÊNERO: Sarcoptes Sarcoptes: corpo globoso, pernas curtas, sem garras, cutícula marcada por estrias, presença de cerdas ou espinhos. Fêmea: cerdas longas (3º e 4º patas). FILO: Arthropoda CLASSE: Insecta ORDEM: Acari SUBORDEM: Sarcoptiformes FAMÍLIA: Pyroglyphidae GÊNERO: Dermatophagoides Figura 53: Rhipicephalus e Rhipicephalus
  • 55. _________________________________________________________________ PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 55 Figura 54: Amblyomma e Boophilus Figura 55: Boophilus e Sarcoptis CICLO DE VIDA ( Sarcoptes)
  • 56. _________________________________________________________________ PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 56 ARTROPODES- INSECTA (CYCLORRAPHA) Moscas SUBORDEM Muscomorpha: antena trisegmentada com terceiro segmento com estrutura cerdiforme => arista, olhos grandes, separados nas fêmeas e juntos nos machos. FILO: Arthropoda CLASSE: Insecta ORDEM: Diptera SUBORDEM: Cyclorrhapha FAMÍLIA: Muscidae GÊNERO:Musca FILO: Arthropoda CLASSE: Insecta ORDEM: Diptera SUBORDEM: Cyclorrhapha FAMÍLIA: Calliphoridae GÊNERO: Cochliomyia, Chrysomya, Lucilia Família Calliphoridae Conchiliomya(varejeira): mede 8 mm, cor verde, reflexos azul metálico, mesonoto com 3 faixas negras longitudinais, olhos de cor vermelha. Chrysomya: mede 8mm, cor metálica, apresenta 2 faixas transversais escuras no mesonoto e 3 no dorso do abdome. FILO: Arthropoda CLASSE: Insecta ORDEM: Diptera SUBORDEM: Cyclorrhapha FAMÍLIA: Sarcophagidae GÊNERO: Sarcophaga Família Sarcophagidae: 6 a 10 mm, cor cinzenta, mesotórax com 3 faixas negras e abdome axadrezado.
  • 57. _________________________________________________________________ PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 57 FILO: Arthropoda CLASSE: Insecta ORDEM: Diptera SUBORDEM: Cyclorrhapha FAMÍLIA: Oestridae GÊNERO: Dermatobia Figura 56: Musca domestica e Sarcophagidae ARTROPODES- INSECTA (BRACHYCERA) SUBORDEM Brachycera: apresentam antenas com 3 segmentos, ultimo mais longo que os demais. FILO: Arthropoda CLASSE: Insecta ORDEM: Diptera SUBORDEM: Brachycera FAMÍLIA: Tabanidae GÊNERO: Tabanus, Chrysops, Fidena Tabanidae (mutuca): cabeça mais larga que o tórax, semelhante a uma calota, olhos grandes, dicópticos(separados) nas fêmeas e holópticos (juntos) no macho, abdome mais largo que o tórax com sete segmentos, terceira nervura das asas bifurcadas. Em pouso asas ficam abertas e separadas.
  • 58. _________________________________________________________________ PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 58 Figura 57: Tabanidae Figura 58: Chrysomya Figura 59: Conchiliomya
  • 59. _________________________________________________________________ PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 59 REFERENCIAS 1. Neves, David Pereira – Parasitologia Humana – 10º edição – São Paulo: Editora Atheneu, 2000 Sites (IMAGENS) 2.www.dpd.cdc.gov/dpdx/HTML/image_Library.htm 3.www.ufrgs.br/para-site/alfabe.htm 4.www.telmeds.org/AVIM/Apara/