O documento discute o papel das associações de bairro na promoção do bem-estar da comunidade local, como reivindicar melhorias e trabalhar em prol do desenvolvimento do bairro. A gripe suína é apresentada como problema real, mas a dengue ainda é considerada problema maior. A lei seca é analisada em sua eficácia para reduzir acidentes no trânsito.

1. Sociedade
páginas
Educativa e
Cultural Lima
Barreto
Em construção da cidadania
Órgão Informativo da Sociedade Educativa e
Cultural Lima Barreto produzido em parceria com
os alunos do curso de Jornalismo do Centro
Universitário Newton Paiva
Ano III - no 9 - Agosto de 2009
Tiragem 5.000 exemplares
Gripe suína? Que nada, o grande
problema ainda é a dengue
Que a gripe suína já é uma realidade na socie- número de infectados pelo mosquito cresce, já pas-
PRODUZIDO PELOS ALUNOS dade não há dúvidas. Mas, o problema é que uma sam de 8 mil só em Belo Horizonte. Apesar disso, o
DE JORNALISMO DO CENTRO enfermidade perigosa como a dengue, que não cuidado só diminui.
UNIVERSITÁRIO NEWTON PAIVA, deveria ser ignorada, ainda é deixada de lado. O Página 6
DAYSE AGUIAR
COMO ATIVIDADE PRÁTICA
DO CURSO.
Ajudar faz bem
e aquece Lei Seca
o coração! ainda não
Colabore com a funciona
Sociedade Educativa e como deveria
Cultural Lima Barreto Página 5
para que ela possa
continuar prestando
serviços à comunidade.
Você pode fazer qualquer
3
tipo de doação: roupas,
brinquedos, dinheiro, O que fazem as Associações de Bairro
o
alimentos etc. Página 4
O que vale é contribuir!
Cerol: brincadeira que pode matar
Entre em contato conosco: Página 7
3347.3282
População debate políticas sociais ano de
8734.3281 Página 3
infos m muita
r açã
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2. Endereços e cursos das associações
SOCIEDADE EDUCATIVA E
CULTURAL LIMA BARRETO
editorial End. Rua Margarida P Torres, 1460 CEP: 31230-390
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TEL: 33473282 / 87343281 / 92774412
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PROJETOS EM FUNCIONAMENTO:
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Pré-Vestibular
Pré-Enem
“Um homem ia pela floresta quando ouviu um temas atuais e polêmicos. Assim, o Páginas Aber- Clube de Reflexão Política
rugido terrível. Era um leão. Ele teve muito medo e pôs- tas espera colaborar para a construção de uma
se a correr. Mas a floresta era densa e o sol já estava se sociedade mais justa e fraterna, pois, em tempos ASSOCIAÇÃO DO BAIRRO
pondo. Não viu por onde ia e caiu num precipício. No de mudanças a qualquer hora podemos ouvir um
SENHOR BOM JESUS
desespero agarrou-se a um galho que se projetava sobre terrível rugido e devemos estar atentos e bem
Dia da reunião: Toda terça-feira de cada mês
o abismo e lá ficou. Foi quando, olhando para a parede informados para os novos desafios e criar forças
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do precipício, viu uma pequena planta que ali crescia. para superá-los com sucesso.
Bairro Senhor Bom Jesus
Era um pé de morango. Nela havia um morango verme- Queremos ainda que você se alegre conosco,
PRESIDENTE: JOÃO ARAÚJO
lho. Estendeu seu braço e o colheu. E comeu.” pois, com esta edição, o Páginas Abertas come-
CEP: 31230-570 – TEL: 34224266
Assim termina esta estória. E é com base nesta mora seu terceiro ano e acreditamos estar no cami-
pequena estória Zen que o Páginas Abertas quer levar a nho certo. E como presente queremos convidá-lo a
você, amigo leitor, grandes reflexões sociais. Você já participar da edição do próximo jornal , mande ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES
tomou conhecimento do SUAS — Serviço único de suas opiniões e sugestões para nossa redação jor- E AMIGOS DO CAIÇARA
assistência social? Já procurou saber quais os projetos nalpaginasabertas@gmail.com para que possa- Dia de reunião: Todo terceiro sábado de cada mês
que a Associação do seu bairro vem desenvolvendo ou se mos fazer um jornal cada vez melhor. Rua Nazareno, 65
“ela” desenvolve algum? Assuntos como estes permeam Agora é com você, boa leitura e até a próxima Bairro Caiçara
esta edição do nosso jornal. Nosso objetivo é lhe infor- edição. PRESIDENTE: WASHINGTON
mar a respeito de seus direitos e deveres apresentando Equipe Páginas Abertas CEP: 30775-130 – TEL: 34157971
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WESLEY FAGUNDES LINO
expediente
A lei chegou com toda força e provocou grande mortes girava em torno de 40.000 anuais. Órgão Informativo da Sociedade Educativa e Cultural Lima Barreto:
RECURSOS HUMANOS
polêmica. No início da aprovação, ela reduziu o Nos Estados Unidos, ainda é permitido con- Coordenador/professor - Éderson Batista Balbino
consumo alcoólico entre os motoristas, grandes sumir 8,0 decigramas de álcool por litro de san- Pedagoga – Anderson Neves
Advogado – Donata Terezinha Balbino
responsáveis pelas tragédias no trânsito brasileiro. gue, mas lá, as estradas e a educação para o trân- Secretária – Édson Leão
A sociedade brasileira, através de seus repre- sito estão muito longe da realidade brasileira. Av. Américo Vespúcio, 1610, Nova Esperança, Belo Horizonte, Minas Gerais
seclimabarreto@yahoo.com.br / seclimabarreto.blogspot.com
sentantes políticos, tomou medidas rígidas contra A lei deve ser utilizada como instrumento
as tragédias ocorridas no trânsito. O objetivo era benéfico e controlador dos índices de acidentes. Jornal - laboratório do Centro Universitário Newton Paiva /
Central de Produção Jornalística – CPJ:
diminuir o número de vidas perdidas. Muitos Sua aplicação visa reduzir as mortes e o grande
Coordenadora do Curso de Jornalismo: Profª Marialice Emboava, Editor
motoristas, com receio de perderem suas cartei- número de pessoas com deficiência causadas pelo Responsável: Eustáquio Trindade Netto - MG 02146 MT, Coordenador adjunto
ras de habilitação, reduziram, ou mesmo passa- trânsito. A aplicação da Lei seca trará mais segu- da CPJ: Edwaldo Cordeiro JP 11388 / Projeto Gráfico e Direção de Arte:
Helô Costa - MG 00127 DG, colaboraram nesta edição estagiários
ram a se abster do álcool, pelo menos quando rança para todos, condutores de veículos, passa- do curso de Jornalismo: Lucas Simões e Michael Eudes (Edição e textos),
tiverem que conduzir veículos. geiros e pedestres. Reduzirá as despesas com Carla Oliveira, Francisco Teixeira, Frederico Alves, Gabriel Moura,
Lucas Horta e Roberta Andrade (Textos),
Antes de vigorar a lei seca, era permitido o hospitais, fisioterapias, indenizações e tanto
Dayse Aguiar e Mariana Reis (Fotografia)
consumo de bebidas até 8,0 decigramas de sofrimento que os acidentes provocam. Como Adrielle Lopes, Érica Caetano e Rodrigo Honório (Diagramação)
(álcool) por litro de sangue. Esta quantidade, sociedade, devemos cobrar de nossas autoridades
Correspondência: Centro Universitário Newton Paiva, Campus
ainda que dentro da legalidade, favorecia grande o cumprimento dessa lei e não deixar que seja Carlos Luz: Rua Catumbi, 546, Caiçara, Belo Horizonte,
Minas Gerais, CEP: 31230-600 Telefone: (31) 3516-2734
violência por todo o país. O terrível número de burlada e que o caos retorne. cpj.jornalismo@newtonpaiva.br
Sociedade
PAGINA 2 Educativa e
Cultural Lima
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Barreto

3. Debate
Sociedade quer maior participação nas decisões políticas
FOTOS DAYSE AGUIAR
LUCAS SIMÕES
O artigo 5º da Constituição Federal do Brasil
deixa claro: “todos são iguais perante a lei”.
Mesmo assim, muitos grupos sociais ainda travam
lutas para que a lei seja cumprida. Diante disso, a
8ª Conferência de Assuntos Sociais, realizada
entre os dias 17 e 18 de julho no colégio Municipal
Marconi, propiciou aos cidadãos presentes uma
discussão sobre novas propostas de políticas de
assistência social.
A Conferência, que acontece de dois em dois
anos, teve como tema desta edição o programa
Sistema Único de Assistência Social (SUAS), res-
ponsável por assegurar direitos de igualdade
social, direito à renda, direito de proteção social e
muitos outros. As propostas que definiram os
temas para novas políticas sociais foram votadas
em uma pré-conferência, e contou com a partici-
pação da população, em cada uma das nove regio-
nais de Belo Horizonte.
Presente na abertura do evento o prefeito de
Belo Horizonte, Márcio Lacerda, apontou a Con- estou participando como espectador, me interes-
ferência como boa forma de a população partici- sei. Mas o que era importante para a gente eles
par das políticas do município. “Aqui, podemos não votaram, nem foi escolhida a proposta”.
aprofundar o trabalho da gestão participativa, O líder comunitário do bairro Coqueiros,
com o cidadão participando ativamente”, disse. O região noroeste de Belo Horizonte, Fernando de
ministro de Desenvolvimento Social e Combate à Lacerda, participou pela primeira vez do encon-
Fome, Patrus Ananias, também presente, defen- tro. Fernando acredita na informação da comuni-
deu o acesso aos direitos de todos. “O objetivo é dade para que políticas sociais possam ser
que os pobres não recebam benéficos assisten- implantadas de forma mais eficiente. “Tem mui-
ciais, mas que eles tenham, efetivamente, acesso tas coisas que a comunidade não tem acesso e é de
a seus direitos”. direito, e aqui a gente fica bem informado. Após
Mas não são todos que têm seus direitos asse- essa Conferência, muitos líderes comunitários
gurados ainda. É o caso do representante dos vão informar às pessoas o direito delas”, afirmou.
Moradores de Rua de Belo Horizonte, Carlos Levi Mesmo com elogios e críticas, a importância
Corsino. Ele ficou indignado porque a proposta de da Conferência foi fazer com que a população se
melhoraria das ações sociais para a população de envolvesse mais com as políticas sociais implan-
rua não foi analisada pela Conferência. “Eu vim, tadas nos municípios. Prefeito Márcio Lacerda quer participação social
Lima Barreto Sociedade Educativa Cultural
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Educativa e PAGINA 3
Cultural Lima
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4. Cooperação
Força que vem do bairro
FOTOS DAYSE AGUIAR
LUCAS HORTA E ROBERTA ANDRADE
“Trabalhar pela comunidade e pelo seu bem
estar”, assim João Araújo, presidente da Associa-
ção de Bairro Senhor Bom Jesus, define o traba-
lho dessas associações. É nessa linha de pensa-
mento que o presidente da Associação dos Mora-
dores e Amigos do Caiçara, Washington Guedes,
explica o papel desse tipo de organização. “A Asso-
ciação é constituída para reivindicar melhorias
para a comunidade”, ressalta.
Na presidência da Associação, João já con-
quistou várias melhorias para o bairro: expansão
do itinerário do ônibus, reforma e retomada das
obras do Centro de Saúde, troca de postes danifi-
cados e a implantação de 5ª a 8ª série na Escola
Estadual Tomás Brandão.
A associação ainda administra a Quadra de
Esportes Senhor Bom Jesus, em parceria com a
Prefeitura de Belo Horizonte, onde funcionam
projetos como, Talentos da Bola e Esporte For-
mando Cidadania, que estimulam atividades físi-
cas de crianças e idosos. No espaço também são
realizadas as festas da comunidade. Segundo João Araújo afirma que boa vontade é fundamental para presidir e ajudar as associação de bairro
João Araújo, uma das metas da associação é a
construção de uma rampa para o acesso de defi- Araújo, “muitas vezes as pessoas veem as obras e
cientes. Ele adverte — Se não tiver boa vontade, a não sabem que foi um pedido da associação”, e
pessoa não dá conta desse trabalho. ainda revela que “os vereadores do bairro levam o
Segundo Washington, a associação do bairro crédito de muitas das obras que a associação conse-
Caiçara obteve sucesso em obras como a reforma gue”. Para ele, uma das maiores dificuldades de
do Parque do Caiçara, que anteriormente carecia uma associação são os interesses particulares.
de estrutura e hoje é um espaço com quadras “Algumas vezes o morador precisa de uma obra em
poliesportivas, pista de caminhada, além de uma sua rua, daí ele entra na associação e depois que a
área propícia para o lazer de crianças. De acordo obra é feita nunca mais ele aparece”, reconhece.
com a professora do Instituto Sagrada Família Washington Guedes ressalta um ponto impor-
Pollyana Bauer, o local “é um parque da família e tante no dia-a-dia das Associações, que é a falta de
virou um ponto de recreação da comunidade”. estrutura. A Associação dos Moradores e Amigos do
Outra conquista da associação foi a instalação do Caiçara não possui sede própria. Um terreno para a
semáforo no cruzamento das ruas Conselheiro construção da sede está em estudo junto com a Pre-
Barbosa com Dom Braz Baltazar. feitura de Belo Horizonte. Ele diz que “o objetivo é ter
Mas o trabalho das associações de bairro nem uma sede com estrutura para receber a população, as
sempre é conhecido pelos moradores. Segundo João crianças e abrigar projetos para a comunidade”. Reforma do Parque do Caiçara beneficia moradores
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Sociedade
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Cultural Lima
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5. Desconfiança
Lei Seca enfrenta descrença da população
FRANCISCO TEIXEIRA dentes de trânsito. Para ele, a educação é
essencial. “Não se deve deixar tudo por conta
Multa de R$ 957,70, retenção do veículo, das escolas e autoridades. Nós também temos
perda da carteira de motorista e detenção de que fazer a nossa parte”, frisa.
seis meses a três anos de prisão. Apesar do O comandante do Batalhão de Trânsito da
rigor da “Lei Seca”, fica a pergunta: em um Polícia Militar de Minas Gerais, Roberto
ano de existência ela conseguiu diminuir o Lemos, diz que em Belo Horizonte, “em com-
número de acidentes causados por motoristas paração com o mesmo período do ano passado,
alcoolizados? houve redução de 1.785 ocorrências sem víti-
Levantamento feito pela Polícia Rodoviá- mas e decréscimo de 267 casos em que as
ria Federal revela que o número de acidentes pessoas se machucaram sem gravidade”.
no País aumentou após a Lei entrar em vigor. Segundo o comandante, em conjunto com
No período de 20 de junho de 2008 (quando a melhorias estruturais no trânsito, é necessário
Lei passou a vigorar) a 16 de Junho de 2009, investir em campanhas educacionais perma-
ocorreram 138.226 acidentes nas Rodovias pois não há estrutura suficiente para fiscali- nentes. “A conscientização, às vezes, é mais
Federais, contra 127.683 no mesmo período zar. É preciso cobrar mais, ter mais rigor no importante que a aplicação de uma lei rígida.”,
do biênio 2007-2008. Entretanto, houve redu- trânsito e reavaliar os critérios para autuar ressalta Lemos.
ção no número de mortes: 6.729 para 6.614, uma pessoa”, diz. O oficial destaca que o número de oficiais
durante a vigência da Lei. Para o taxista Eustáquio Vieira da Silva, a será aumentado de 270 para 435 homens em
A comerciante Renata Borges se mostra rigidez das leis não é a única ferramenta BH. O governo federal também vai distribuir
desiludida com a situação. “A lei não funciona, necessária para promover a redução dos aci- 10.000 bafômetros em todo o país.
Economia
Redução do IPI: bom momento para comprar ou não?
ROBERTA ANDRADE mente diminuíram, o Movimento das Donas de cos, tem percebido que os preços baixaram
Casa e Consumidores de Minas Gerais (MDC-MG) mesmo”. No entanto, ela acredita que ainda é um
No dia 17 de abril, o governo federal anunciou realizou pesquisas com os consumidores nas princi- momento de ter cautela. “Para quem tem condi-
a redução do Imposto sobre Produto Industriali- pais lojas de eletrodomésticos de BH. Segundo Tere- ções de comprar é um bom momento, mas não é
zado (IPI), para os produtos da chamada linha zinha Furst, diretora de pesquisa do MDC-MG, os bom se endividar”, analisa.
branca. Mas o que realmente significa isso? Signi- preços diminuíram, em média, 6%. Segundo a economista Joseane de Souza, o
fica que geladeiras, fogões e máquinas de lavar De acordo com a pesquisa, os preços dos produ- governo vem buscando adotar medidas para faci-
ficaram mais baratas para o consumidor. Essa tos apresentaram variação de até 54%. Segundo o litar o acesso ao crédito. Ela acredita que o
medida foi tomada para reaquecer a economia, gerente de uma das lojas Ricardo Eletro, Denilson momento é propício para a compra, mas é preciso
depois da Crise Financeira Mundial. Barbosa, após o anúncio da redução do IPI, as vendas tomar alguns cuidados. Joseane diz que, “é
Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, aumentaram 22%. Em uma das lojas Casas Bahia, o importante pesquisar preços entre os concorren-
o IPI das geladeiras caiu de 15% para 5%, o de fogões, aumento foi de 20%, segundo o gerente David Alves. tes e se informar sobre as taxas de juros cobradas
de 5% para zero, o de máquinas de lavar, de 20% para Hoje, a maior dúvida que ronda o consumidor na realização das compras a prazo”.
10% e o de tanquinhos, de 10% para zero. é se o momento é bom para comprar. Segundo A redução do IPI para a linha branca foi prorro-
Para comprovar se os preços dos produtos real- Terezinha, “quem tem comprado eletrodomésti- gada até o dia 31 de outubro.
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Em construção da cidadania
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6. Mobilização
Dengue deveria preocupar mais do que a gripe suína
DAYSE AGUIAR
GABRIEL MOURA catinha, realiza o dia do meio-ambiente, no Parque
do Caiçara. Nesse evento ocorrem campanhas de
Até agora foram confirmados 133 casos de gripe preservação ecológica, além da manutenção de
suína (vírus H1N1) em Minas Gerais. Enquanto caixas d’águas e recolhimento de pneus.
todos estão preocupados com o avanço da nova A Associação também conta com o apoio de
gripe, a dengue já atingiu 8.025 pessoas só em Belo escoteiros, que mobilizam os alunos das escolas
Horizonte, segundo dados apurados pela Secretaria do bairro a evitarem a proliferação do mosquito
Municipal de saúde. “A dengue é muito mais peri- Aedes aegypti. Washington conta que é muito
gosa, pois ela pode causar complicações, enquanto bom ter a ajuda dos escoteiros, “pois eles sabem
a gripe suína é muito parecida com a gripe comum”, como direcionar os trabalhos com as crianças”, e
compara o pediatra Amaury de Castro. Ele ressalta acrescenta: “a mobilização tem que vir da gente”.
que “a dengue deve ser evitada dentro de casa, Na regional Noroeste estão confirmados 714
impedindo a proliferação dos focos”. casos da doença, sendo 709 do tipo clássico e cinco
As associações de moradores dos bairros da com complicações. Para evitar a proliferação da
Região Noroeste estão fazendo campanhas de doença, a prefeitura faz campanhas de alerta que
Todos os anos a dengue volta por falta de cuidados
conscientização. João Araújo, presidente da Asso- vão desde filmes publicitários até panfletos. Além
ciação do Bairro Bom Jesus, em duas de suas ações, Na Associação dos Moradores e Amigos do Cai- disso, foram feitos mutirões semanais, uma ação
distribui panfletos e afixa cartazes alertando sobre çara o presidente, Washington Guedes, promove a conjunta da Zoonose e a Superintendência de
os perigos da dengue no quadro de avisos da Qua- conscientização junto às igrejas do bairro. Além Limpeza Urbana (SLU), que tiraram 760 tonela-
dra de Esportes, Senhor Bom Jesus. disso, a Associação, em parceria com o Núcleo Cas- das de lixo das áreas de risco da cidade.
Educação
Saúde e educação se unem em prol da cidadania
FREDERICO ALVES das medidas e programas para suprir as principais
DAYSE AGUIAR
carências dos estudantes.
Os ministérios da Saúde e da Educação uni- Para Mirian a maior dificuldade da iniciativa,
ram forças e criaram o projeto “Saúde na Escola”. que funciona desde junho de 2008, é conseguir que
O programa consiste em um trabalho conjunto de dois serviços consigam trabalhar em harmonia em
escolas públicas e dos funcionários dos postos de prol de um bem comum, e desta forma os alunos
saúde, para melhorar o aproveitamento de recur- tirarem o máximo de proveito possível.
sos que as instituições dispõem e desenvolver o
atendimento às crianças e adolescentes. DESEMPENHO
A ideia do programa é uma abordagem ampla A importância do projeto é clara. Um aluno que
em todos os aspectos da vida dos alunos, para esteja, por exemplo, com dor de dente, terá seu
aumentar o rendimento dentro e fora da sala de a educação se unam para garantir que todos os direi- desempenho dentro da sala de aula comprometido.
aula. Para isso, a integração do posto de saúde, da tos das crianças e adolescentes sejam respeitados”. É importante também que o estudante saiba que
escola e dos pais dos alunos é muito importante. O funcionamento do projeto é simples, pri- tem direito aos serviços médicos básicos, essa é a
A coordenadora do projeto pelo lado da educação meiro há uma conversa entre o gerente da uni- intenção do “Saúde na Escola”, que a educação e a
no município, Mirian Cunha de Oliveira, fala da dade básica de saúde e o corpo docente da escola. saúde caminhem juntos para ajudar no desenvolvi-
importância do projeto: “É importante que a saúde e Então, de acordo com as necessidades, são defini- mento dos jovens na construção da cidadania.
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Sociedade
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Barreto

7. DAYSE AGUIAR
Acidentes Domésticos
Médico alerta sobre
acidentes no lar
LUCAS HORTA
Ser responsável por uma criança dá bastante tra-
balho aos pais, avós etc. Mas esse trabalho não se res-
tringe apenas à alimentação, estudo e higiene. Outro
ponto fundamental são os cuidados para que elas não
sofram acidentes dentro do lar e, com isso, evitar uma
tragédia que pode causar danos irreversíveis.
Os utensílios domésticos podem virar verda-
deiras armas. Objetos pequenos que podem ser
engolidos, remédios, produtos químicos e tóxicos
são exemplos disso. Deixar as crianças longe do
fogão também evita o risco delas se queimarem,
seja com a própria chama ou com água quente.
Detalhes que exigem atenção máxima dos pais.
Segundo a Fundação Hospitalar do Estado de
Minas Gerais (FHEMIG), o número de acidentes
A mistura de vidro moído e cola usada nas linhas se torna uma arma mortal – principalmente para motoqueiros domésticos envolvendo queimadura entre crianças
de 0 a 12 anos em 2008 foi de 563. Já os casos envol-
vendo intoxicação, no mesmo período, foram de
Perigo 928; de ingestão de objetos estranhos — peças de
brinquedos, parafusos, moedas foram de 2.554.
Uma linha entre a vida e a morte O pediatra Amaury de Castro recomenda os
primeiros socorros específicos para cada tipo de
acidente. “Em caso de queimaduras, compressas
MICHAEL EUDES por volta de R$ 16,00. de pano úmido deverão ser colocadas imediata-
O uso do cerol é considerado crime penal capi- mente no local atingido, já no caso de intoxicação
“Olha o mandado!”; “Dá linha!”; “Descar- tulado nos artigos 129, 132 e 278 do Código Penal ou ingestão de objetos estranhos o paciente deverá
rega!”. Essas são expressões comuns para quem Brasileiro, além do artigo 37 da Lei das Contraven- forçar o vomito”, aconselha.
colore o céu com papagaios de plástico e de seda. ções Penais. No caso de uso por criança ou adoles- Ele completa: “Na ocorrência de queda, o cor-
No entanto, nesta época do ano, esta aparente cente, estes são apreendidos e encaminhados à reto a se fazer é imobilizar o acidentado e chamar
brincadeira inocente traz um grande perigo: a autoridade competente. O adulto que também socorro médico imediatamente’’. O médico tam-
linha com cerol. utilizar será conduzido, juntamente com o mate- bém diz que o melhor a se fazer é a prevenção, para
Os fortes ventos aliado à época de férias escola- rial até a autoridade judiciária, podendo até per- que esses acidentes não ocorram. “A vigília dos pais
res enchem as lajes e as ruas de jovens, que usam a manecer preso. Em Minas Gerais, a Lei Estadual ou responsáveis é fundamental para manter as
mistura de vidro moído e cola nas linhas para cor- n° 14.349/02 de 15/07/02 prevê multa para os crianças a salvo desses perigos e evitar transtornos
tar a linha de outros papagaios. Esse efeito cortante infratores. maiores no futuro’’, ressalta.
é um perigo para quem utiliza motocicleta, espe- Apesar da punição, muitos ainda continuam se
DAYSE AGUIAR
cialmente os motoboys. O contato da linha com a divertindo dessa forma. Cabe à Polícia Militar fis-
rede elétrica também é risco para quem empina os calizar e apreender as linhas com cerol, mas não há
papagaios. uma fiscalização ostensiva devido a outras necessi-
Segundo Lídio Fernandes Costa, presidente da dades. “Sempre quando surgem denúncias, a PM
Associação de Motoqueiros de Belo Horizonte, averigua e apreende o material”, afirma o Sargento
foram 44 motoqueiros vítimas do cerol este ano, Vale, do 34° Batalhão da PMMG. As denúncias
com uma morte. Ainda segundo o presidente, o podem ser feitas por meio do telefone 190.
número de acidentes reduziu graças ao uso da Campanhas educativas são realizadas na ten-
antena retrátil, pelos motociclistas. “Não tinha o tativa de coibir essa atividade. Um exemplo é a
hábito de usar a antena, mas ela ajuda muito. “Não use cerol” promovida desde 1999 pela Asso-
Inclusive uso duas”, diz Costa. O custo da antena é ciação dos Motoqueiros da capital.
Vigilância dos pais pode evitar acidentes
Sociedade
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8. 3
Aniversário
Páginas Abertas, três anos de perseverança
anos de
inform muita
ação
FOTOS DAYSE AGUIAR
CARLA OLIVEIRA cebem. Éderson conta que havia um aterro sani-
tário em condições deploráveis atrás do Pré-Ves- “O Páginas tem
Há três anos nascia o jornal Páginas Abertas. tibular, e que após a reportagem do Jornal, a pre-
o poder de
Tudo começou porque havia grande necessi- feitura começou a fazer a limpeza do terreno.
dade de levar informação às pessoas sobre even- Após três anos em circulação, o Páginas conscientizar as
tos culturais que aconteciam na Região Noro- Abertas deverá crescer. Éderson afirma que a pessoas. Se nós
este de Belo Horizonte, local de circulação do ampliação da distribuição do Jornal é um dos trabalharmos
veículo, e também sobre notícias do Pré-Vestibu- planos para o crescimento e a visibilidade do
lar Lima Barreto, mantenedor do Jornal. veículo. Ele garante ainda que a participação
juntos, nós
Naquela época, a direção do Pré-Vestibular dos leitores será de grande importância nesse vamos crescer.”
procurou a Newton Paiva para estabelecer uma projeto. “Descobrimos qual a finalidade de levar Orlando Barnabé de Souza
parceria. A combinação de esforços produziu cultura para as pessoas. Quando nós descobrir-
um veículo altamente prestigiado pelos morado- mos a forma do leitor participar do jornal, ele
res da Região, pelo caráter informativo, e que terá outra cara”, disse convicto.
serve de voz a todos do local.
O Jornal consegue levar informação e cul- PERSISTÊNCIA “O Jornal é
tura às pessoas de forma simples e com quali- Responsável pela distribuição do Jornal pela uma forma
dade. “A partir do momento em que o Páginas Região, Orlando Barnabé de Souza sabe do de colocar as
Abertas começou a ser divulgado, nós pudemos potencial e do valor de sua entrega. “Eu levo um
observar mudanças de comportamento”, afir- e volto no lugar novamente”, conta. Sempre sor-
pessoas
mou Éderson Batista Balbino, diretor do Jornal. ridente e bem-humorado ‘Seu Barnabé’, como é em sintonia
Segundo ele, a aceitação foi tanta que muitos conhecido, não poupa elogios ao Jornal, e aposta com o que
moradores exigem as novas edições. na competência de toda equipe de produção.
acontece aqui.”
Como mediador cultural, o veículo não anun- “Ele é um Jornal cultural e instrutivo, e nenhum
Éderson Batista Balbino
cia somente uma agenda, ele também denuncia outro tem o que nós temos, que é a nossa humil-
problemas da Região que as autoridades não per- dade e capacidade de trabalhar”, ressalta.
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Sociedade
PAGINA 8 Educativa e
Cultural Lima
PRODUZIDO PELOS ALUNOS DE JORNALISMO DO CENTRO UNIVERSITÁRIO NEWTON PAIVA, COMO ATIVIDADE PRÁTICA DO CURSO. Em construção da cidadania
Barreto