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Fernando Lincoln Mattos
Padrões Livres
O que está em jogo

Em primeiro lugar, o Conhecimento

As Economias estão baseadas crescentemente em
informações e bens intangíveis. O software e seus
códigos-fonte são fundamentais neste contexto.

Ao contrário dos bens tangíveis, os intangíveis
podem ser utilizados sem desgaste. Podem ser
copiados sem perda. Não é possível expropriá-los,
não se desgastam, não é possível “pirateá-los”.

Em segundo lugar, os Padrões

Padrões proprietários X Padrões públicos. Padrões
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A “propriedade intelectual” e sua
desconstrução

Como surgiu a propriedade intelectual

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
Sentença judicial de Massachussets-EUA, 1845,
julgando conflito de uma patente específica: as
ideias tem status equivalentes a bens materiais,
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acompanharam este entendimento.

Surge como monopólio por tempo limitado,
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A “propriedade intelectual” e sua
desconstrução

O que a “propriedade intelectual” virou

Nos bens tangíveis, o empresário detém os meios
de distribuição da obra. O autor vende os direitos
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
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copyrights dificilmente duram menos que 100
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Alice no País das Maravilhas Lewis Carroll
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(Bavária, Alemanha)
A orgia do copyright

As corporações e o “mercado da informação”

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
Registros de todo tipo: registro de ideia, registro
preventivo (para bloqueio de ideia do concorrente),
prevenção de cópias.

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
Patentes apenas para extorquir dinheiro

O negócio do futuro: o mercado especulativo de
plantas, frutas, medicamentos, receitas, ervas
curativas, animais, microorganismos e... genoma
humano
Softwares e bolos
CREATE OR REPLACE FUNCTION
func_listar_orcamentoanual(OUT id
INTEGER,
OUT estado VARCHAR,
OUT diretoria
VARCHAR,
OUT ano INTEGER)
RETURNS SETOF record AS
$$
DECLARE
resultado RECORD;
BEGIN
FOR resultado IN SELECT * FROM
tab_orcamentoAnual LOOP
id := resultado.id;
estado := resultado.estado;
diretoria := resultado.diretoria;
ano := resultado.ano;
RETURN NEXT;
END LOOP;
END;
$$ LANGUAGE 'plpgsql';
INGREDIENTES
# 2 copos e meio de farinha
# 2 copos e meio de açúcar
# 1 copo de leite
# 4 ovos
# Fermento em pó
MODO DE PREPARO
1. Bata as claras em neve,
2. à parte bata o açúcar com as gemas,
misture as claras batendo sempre
3. a farinha de trigo o fermento e o leite
fervendo, por último uma pitada de sal
4. Asse em forno pré-aquecido
5. Assadeira de buraco ou redonda
6. Cubra com uma mistura de açúcar clara
e maracujá, você pode também por um
chocolate ou algum ao seu gosto
(http://tudogostoso.uol.com.br/receita/2986-
bolo-simples.html)
Os quatro tipos de liberdade
do software livre
Pré-requisito: acesso ao código-fonte do programa

Liberdade de executar o programa

Liberdade de estudar o programa e adaptá-lo às suas
necessidades

Liberdade para redistribuir cópias do programa

Liberdade de modificar o programa e distribuí-lo com
estas modificações
Software livre não é o mesmo que software
gratuito! Um software livre pode perfeitamente ser
vendido pelo seu autor, desde que possibilite as 4
liberdades.
Software proprietário

Pode ser vendido ou não. Sua principal diferença
para o software livre é que seu dono não dá
acesso ao código-fonte.

Outros tipos de software proprietário:

Software freeware – é gratuito, mas não pode ser
modificado sem autorização.
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Software shareware (“trial” ou “amostra grátis”) –
é gratuito, mas possui limitações de uso: tempo,
funcionalidades, etc.
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Software demo – apenas para DEMOnstrações.
Possui limitações de uso.
Licenças mais utilizadas para distribuição
de software: Copyleft, Copyright e Creative
Commons

Copyleft: “all rights reversed”
(associada à GPL – General Public License)

Copyright: “all rights reserved”
(dividido em “direito de autor” e “direito de reprodução”)
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compartilhar. E agora?
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O velho artifício da “propriedade intelectual” não
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(Digital Rights Management)
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são, sempre, coletivas, em sua história e em seu
processo de criação.
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Padrões livres e os grandes temas
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A questão dos padrões livres “puxa” discussões
sobre:

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Os padrões livres, o conhecimento e as quatro liberdades do software livre

  • 2. O que está em jogo  Em primeiro lugar, o Conhecimento  As Economias estão baseadas crescentemente em informações e bens intangíveis. O software e seus códigos-fonte são fundamentais neste contexto.  Ao contrário dos bens tangíveis, os intangíveis podem ser utilizados sem desgaste. Podem ser copiados sem perda. Não é possível expropriá-los, não se desgastam, não é possível “pirateá-los”.  Em segundo lugar, os Padrões  Padrões proprietários X Padrões públicos. Padrões proprietários reforçam monopólios; padrões públicos desconcentram poder.
  • 3. A “propriedade intelectual” e sua desconstrução  Como surgiu a propriedade intelectual  Estatuto de Anne (Inglaterra, 1710), dando direitos exclusivos aos editores de Londres (copyright)  Sentença judicial de Massachussets-EUA, 1845, julgando conflito de uma patente específica: as ideias tem status equivalentes a bens materiais, quanto ao direito de propriedade. Outros juízes acompanharam este entendimento.  Surge como monopólio por tempo limitado, concedido ao autor/criador. Originalmente, o tempo deveria ser o suficiente para gratificá-lo, mas não para prejudicar o interesse público.
  • 4. A “propriedade intelectual” e sua desconstrução  O que a “propriedade intelectual” virou  Nos bens tangíveis, o empresário detém os meios de distribuição da obra. O autor vende os direitos de cópia ao empresário, que passa a deter os direitos exclusivos de cópia da obra.  Inicialmente criados para durar 14 anos, os copyrights dificilmente duram menos que 100 anos, no mundo todo (Estados Unidos: 120 anos, sempre evitando que Mickey, Pluto e Pato Donald caiam em domínio público).
  • 5. O Caso Walter Elias e seus “direitos de uso” “Criação” de Walter Verdadeiro criador Pinóquio Carlo Collodi A Bela Adormecida Irmãos Jacob e Philip Grimm Cinderela Charles Perrault Alice no País das Maravilhas Lewis Carroll Peter Pan James M. Barrie Castelo-símbolo da Disneylândia Cópia do castelo de Neuschwanstein (Bavária, Alemanha)
  • 6. A orgia do copyright  As corporações e o “mercado da informação”  O mercado das patentes  Registros de todo tipo: registro de ideia, registro preventivo (para bloqueio de ideia do concorrente), prevenção de cópias.  Patentes “submarinas”  Patentes apenas para extorquir dinheiro  O negócio do futuro: o mercado especulativo de plantas, frutas, medicamentos, receitas, ervas curativas, animais, microorganismos e... genoma humano
  • 7.
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  • 9. Softwares e bolos CREATE OR REPLACE FUNCTION func_listar_orcamentoanual(OUT id INTEGER, OUT estado VARCHAR, OUT diretoria VARCHAR, OUT ano INTEGER) RETURNS SETOF record AS $$ DECLARE resultado RECORD; BEGIN FOR resultado IN SELECT * FROM tab_orcamentoAnual LOOP id := resultado.id; estado := resultado.estado; diretoria := resultado.diretoria; ano := resultado.ano; RETURN NEXT; END LOOP; END; $$ LANGUAGE 'plpgsql'; INGREDIENTES # 2 copos e meio de farinha # 2 copos e meio de açúcar # 1 copo de leite # 4 ovos # Fermento em pó MODO DE PREPARO 1. Bata as claras em neve, 2. à parte bata o açúcar com as gemas, misture as claras batendo sempre 3. a farinha de trigo o fermento e o leite fervendo, por último uma pitada de sal 4. Asse em forno pré-aquecido 5. Assadeira de buraco ou redonda 6. Cubra com uma mistura de açúcar clara e maracujá, você pode também por um chocolate ou algum ao seu gosto (http://tudogostoso.uol.com.br/receita/2986- bolo-simples.html)
  • 10. Os quatro tipos de liberdade do software livre Pré-requisito: acesso ao código-fonte do programa  Liberdade de executar o programa  Liberdade de estudar o programa e adaptá-lo às suas necessidades  Liberdade para redistribuir cópias do programa  Liberdade de modificar o programa e distribuí-lo com estas modificações
  • 11. Software livre não é o mesmo que software gratuito! Um software livre pode perfeitamente ser vendido pelo seu autor, desde que possibilite as 4 liberdades.
  • 12. Software proprietário  Pode ser vendido ou não. Sua principal diferença para o software livre é que seu dono não dá acesso ao código-fonte.  Outros tipos de software proprietário:  Software freeware – é gratuito, mas não pode ser modificado sem autorização.  Software shareware (“trial” ou “amostra grátis”) – é gratuito, mas possui limitações de uso: tempo, funcionalidades, etc.  Software demo – apenas para DEMOnstrações. Possui limitações de uso.
  • 13. Licenças mais utilizadas para distribuição de software: Copyleft, Copyright e Creative Commons  Copyleft: “all rights reversed” (associada à GPL – General Public License)  Copyright: “all rights reserved” (dividido em “direito de autor” e “direito de reprodução”)  Creative Commons: “some rights reserved” (abdicação de parte dos direitos, pelo seu detentor)
  • 14. A internet foi criada para compartilhar. E agora?  O velho artifício da “propriedade intelectual” não funciona neste meio...  As tentativas (inúteis) de controle: o DRM (Digital Rights Management)  As estratégias da indústria:  Confundir compartilhamento com comércio  Dizer que as ideias podem ser individuais – quando são, sempre, coletivas, em sua história e em seu processo de criação.  A criatividade pede novas leis.
  • 15. Padrões livres e os grandes temas  A questão dos padrões livres “puxa” discussões sobre:  Democracia  Modelos econômicos/monopólios  Liberdades  Poder  Redes Sociais  Desobediência civil / Participação política