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Estratégias de modificação
molecular
UC: Estrutura e Dinâmica dos Fármacos
Prof. MSc. Keylla Gomes
17 de Novembro de 2023
Jacobina - BA
Estratégias de modificação molecular
2
Bioisosterismo
Latenciação de
fármacos
Simplificação
Molecular
Diminuição do grau
de liberdade
conformacional
Modelagem
Molecular – QSAR e
Docking
Bioisosterismo
3
▷ Ferramenta da Química Medicinal para o
planejamento racional de fármacos – Protótipos.
▷ 1919 –Langmuir: Princípio do isosterismo
Átomos ou grupos de átomos que possuam
configurações eletrônicas e propriedades
físico-químicas semelhantes
Bioisosterismo
4
▷ 1919 –Langmuir: Princípio do isosterismo
Substituir átomos ou grupos de átomos em uma
molécula que possuam semelhança quanto as
propriedades eletrônicas e estéricas
Isosterismo x Bioisosterismo: não são a mesma coisa!
Bioisosterismo
5
Bioisosterismo
6
▷ 1925 – Grimm: Regra do Hidreto
A adição de um hidreto a
um átomo fornece um
pseudo-átomo com as
mesmas propriedades
físicas daqueles presentes
na coluna imediatamente
posterior da Tabela
Periódica.
F-
Número de elétrons
6 7 8 9 10 11
C H N H -O- -F Ne Na+
CH -NH- -OH FH NeH
-CH2- -NH2 OH2 FH2
-CH3 NH3 OH3
+
CH4 NH4+
Bioisosterismo
7
▷ 1932 – Enlermeyer
• São isósteros:
– Elementos de uma mesma coluna da tabela periódica
– Pseudo-átomos (Cl e CN, por exemplo)
– Anéis equivalentes
Equivalentes
Bioisosterismo
8
▷ 1932 – Enlermeyer
• São isósteros: átomos,
íons ou moléculas para os
quais a camada periférica
de elétrons pode ser
considerada idêntica.
Bioisosterismo
9
▷ Conceitos atuais
• Isósteros:
– Volume e formas similares
– Ponto de ebulição, densidade,
viscosidade e condutividade
térmica similares
– Distintas: momento dipolar,
polaridade, polarizabilidade,
tamanho
10
Bioisosterismo x Isosterismo
Isósteros
Elemento ou grupamento com configurações estéreas e
eletrônicas semelhantes. Possuem, em geral, volume molecular,
número de átomos ou disposição eletrônica semelhantes.
Bioisósteros
Bioisósteros são substituintes ou grupos que possuem
similaridades químicas ou físico-químicas.
.E apresentam propriedades biológicas similares.
11
Bioisosterismo x Isosterismo
2008 – Barreiro
Bioisosteros: subunidades estruturais que possuem o mesmo
volume molecular, forma, distribuição eletrônica e propriedades
físico-químicas semelhantes, e que, uma vez no organismo,
podem apresentar ação biológica similar.
12
Propriedade da Química Medicinal que avalia
como as modificações estruturais interferem
nos parâmetros de atividade biológica do
fármaco.
Bioisosterismo
13
Bioisosterismo
Bioisósteres do Ácido
Carboxílico
Bioisósteres da Amida
14
Bioisosterismo
▷ Objetivos
Potência Seletividade Eliminação de
grupos tóxicos
Modificação de
grupos tóxicos Patente
• Otimização de protótipos para a obtenção de novos fármacos
15
Bioisosterismo
• Monovalente, bivalente,
trivalente, tetravalente e
equivalência de anéis
Clássico
• Cíclico e não cíclico
• Interconversíveis
Não
clássico
16
Bioisosterismo
Classificação (1970):
Bioisosterismo Clássico: Atende as exigências preconizadas
pelas definições de Grimm e Erlenmeyer.
Monovalente
F, H, OH, NH, CH3
SH, OH, Cl, Br,
CF3
Bivalentes
Monovalentes
C=S, -C=O,-C=NH, -C=C-
Trivalentes
CH=, -N=, -P=,
Tetravalentes
+ +
NR4 , CR4, PR4
17
Bioisosterismo
Classificação (1970):
Bioisosterismo Clássico: Atende as exigências preconizadas
pelas definições de Grimm e Erlenmeyer.
Equivalência de anéis
Número de
átomos
Hibridização
Polaridade Geometria
18
Bioisosterismo
Equivalência de anéis
Bioisosterismo Não-Clássico: Número de átomos diferentes e
exibem propriedades estéreas e eletrônicas diferentes:
• 1. Cíclico e não-cíclico
• 2. Interconversíveis
19
Bioisosterismo
 Substituição isostérica
ideal:
Não altera significativamente a
interação do fármaco com seu alvo
terapêutico.
20
Otimização
Receptor
Vias
metabólicas
Farmacóforo
Toxicóforo
21
Bioisosterismo
22
Bioisosterismo
Clássico
23
Bioisosterismo
Clássico
24
Inibidores da enzima Cicloxigenase
Piroxicam
Tenoxicam
Aza-piroxicam Isoxicam
Bioisosterismo
Clássico
25
Inibidores da enzima Cicloxigenase
Piroxicam
Tenoxicam
Aza-piroxicam Isoxicam
Bioisosterismo
Clássico
26
Bioisosterismo Não-Clássico
Agonista dos receptores β2 -adrenérgicos
27
Inibidores da enzima Cicloxigenase
Simplificação Molecular
▷ Estratégia da Química Medicinal que visa o desenvolvimento
de análogos estruturalmente menos complexos.
Eficácia
Estabilidade e
Segurança
Biodisponibilidade
Protótipos
derivados
de plantas
medicinais –
alvo
28
Simplificação Molecular
▷ Objetivos
Eficácia
Biodisponibilidade
Facilitar o processo de síntese
Facilitar a determinação do
farmacóforo
Toxicidade
29
Simplificação Molecular
▷ Estratégias
1. Grupos funcionais: Podem ser eliminados ou substituídos por grupos
funcionais menores que exerçam a mesma função farmacológica.
2. Redução da cadeia lateral: Retirar porções que não façam parte do
farmacóforo e não interfiram na ligação com o receptor e na atividade
farmacológica.
O farmacóforo deve ser
preservado!
30
Simplificação Molecular
O farmacóforo deve ser
preservado!
Manutenção das estruturas que são
essenciais para a atividade farmacológica.
31
Simplificação Molecular
Além do grupo farmacofórico, determinar as subunidades
toxicofóricas também é importante!
Grupos funcionais
eletrofílicos
Aceptores de
Michael
Epóxidos
Citotoxicidade e hepatotoxicidade
32
Simplificação Molecular
Morfina Petidina
33
Simplificação Molecular
34
Simplificação Molecular
35
Simplificação Molecular
36
Simplificação Molecular
37
Latenciação
Estratégia da química medicinal
Fármaco – transporte inativo
In vivo – Ativo
Processo de modificação molecular que transforma um fármaco em
uma forma de transporte inativo.
Após a absorção – reações químicas por enzimas
metabolizadoras e se torna ativa próximo ao local de atuação.
Ex: pró-fármaco
38
Latenciação
Estratégia da química medicinal
Fármaco – transporte inativo
In vivo – Ativo
Processo de modificação molecular que transforma um fármaco em
uma forma de transporte inativo.
Após a absorção – reações químicas por enzimas
metabolizadoras e se torna ativa próximo ao local de atuação.
Ex: pró-fármaco
39
Latenciação
Efeito terapêutico
Efeitos secundários
40
Latenciação
▷ Objetivos
Estabilidade
Seletividade
Biodisponibilidade
Toxicidade
41
Latenciação
▷ Estratégias
1. Adição de grupos protetores: protege o fármaco da degradação e
metabolização – liberação in vivo  Pró-fármacos
2. Conjugação com transportadores: facilita a entrada do fármaco no organismo
e liberação apenas no local de ação
3. Modificação da estrutura molecular: modificação na estrutura  maior
hidrossolubilidade ou lipossolubilidade  absorção e biodisponibilidade
4. Incorporação em sistemas de liberação controlado: nanopartículas, cápsulas,
lipossomas  proteção do fármaco  liberação no local de ação.
42
Latenciação
▷ Exemplos
43
Latenciação
▷ Exemplos
44
Diminuição do grau de modelagem
conformacional
▷ Técnica de otimização de fármacos que visa diminuir a
quantidade de conformações que um fármaco pode assumir
▷ Maior estabilidade
▷ Interação fármaco-receptor
▷ Estereoisômeros  Centros quirais
45
Diminuição do grau de modelagem
conformacional
▷ Objetivos
Seletividade
Afinidade do
fármaco-receptor
Interação com fármacos
indesejados
46
Diminuição do grau de modelagem
conformacional
▷ Estratégias:
1. Restrição Estérica: adição de grupos volumosos  dificulta a rotação
2. Ligações Insaturadas: maior rigidez  menor rotação ao redor do eixo da
ligação.
3. Estruturas cíclicas: anéis apresentam maior rigidez  duplas alternadas
4. Interações intermoleculares: ligações mais fortes  maior rigidez. Pode
ocorrer uma modificação estrutural destinada ao favorecimento de algum tipo de
interação.
47
Diminuição do grau de modelagem
conformacional
▷ Exemplos:
Ciprofloxacino
48
Diminuição do grau de modelagem
conformacional
▷ Exemplos:
Ritonavir
49
Diminuição do grau de modelagem
conformacional
▷ Exemplos:
Haloperidol
50
Docking Molecular
▷ Técnica computacional destinada à análise do fármaco e o
alvo molecular através da estrutura química 3D de ambos.
▷ Desenvolvimento de novos fármacos
▷ Molécula de interesse  alvo biológico
51
Docking Molecular
Preparação
da estrutura
Busca por
sítios de
ligação
Geração de
conformações
Avaliação da
afinidade
52
Docking Molecular
▷ Exemplos:
Ratelgravir
53
Docking Molecular
▷ Exemplos:
54
Docking Molecular
▷ Exemplos:
55
Docking Molecular
▷ Exemplos:
56
Docking Molecular
▷ Exemplos:
57
Docking Molecular
▷ Exemplos:
58
QSAR - Relação estrutura e atividade
quantitativa
Objetivos
Relacionar atividade biológica de uma série de compostos aos seus parâmetros
físico-químicos de uma forma quantitava através de uma fórmula matemática.
Avaliar de forma quantitativa as propriedades biológicas e físico-químicas das
moléculas.
59
QSAR - Relação estrutura e atividade
quantitativa
Hidrofobicidade da molécula
Hidrofobicidade dos substituintes
Propriedades eletrônicas dos
substituintes
Propriedades estéricas dos
substituintes
Propriedades mais
estudadas
60
QSAR - Relação estrutura e atividade
quantitativa
 Hidrofobicidade da Molécula
Coeficiente de partição =
[Molécula em octanol]
[Molécula em água]
Alta hidrofobicidade
Altos valores P
61
QSAR - Relação estrutura e atividade
quantitativa
 Hidrofobicidade da Molécula
Absorção de
fármacos
62
QSAR - Relação estrutura e atividade
quantitativa
 Hidrofobicidade da Molécula
• Atividade do fármaco está frequentemente relacionado a P
• Ligação de fármaco à albumina está relacionada também com o valor
de P
• Ligação aumenta a medida que log P aumenta
• Ligação é maior para fármacos hidrofóbicos
63
QSAR - Relação estrutura e atividade quantitativa
 Hidrofobicidade da Molécula
64
QSAR - Relação estrutura e atividade
quantitativa
 Hidrofobicidade da Molécula
Log P o
Log P
Log (1/C)
Log 1 - 0.22(logP) 2+1.04 logP +2.16
Atividade
anestésica geral
Hidrofobicidade - Éteres
Valor ótimo de log P para atividade anestésica = log P o
65
QSAR - Relação estrutura e atividade
quantitativa
 Hidrofobicidade da Molécula
66
QSAR - Relação estrutura e atividade quantitativa
 Hidrofobicidade da Molécula
Equações de QSAR são apenas aplicáveis para compostos de mesma classe
estrutural (ex.: éteres)
• Porém, log P o  similar para anestésicos de diferentes classes estruturais (cerca
de 2.3)
• Estruturas com log P aproximado 2.3 passam a BHE facilmente
(ex. Barbitúricos potentes tendo log P de aproximadamente 2.0)
•Deve-se modficar o valor de log P de fármacos que estão próximos a 2.0 para
evitar-se efeitos colaterais no SNC.
67
QSAR - Relação estrutura e atividade
quantitativa
 Constante de hidrofobicidade (π)
 Hidrofobicidade do substituinte  Hidrogênio
Benzeno
(LogP = 2.13)
Clorobenzeno
(LogP = 2.84)
Benzamida
(LogP = 0.64)
Cl CONH2
68
QSAR - Relação estrutura e atividade
quantitativa
 Constante de hidrofobicidade (π)
 Hidrofobicidade do substituinte  Hidrogênio
π (Cl) = 0,71
π (CONH2) = - 1.49
Valores (+) correspondem a substituintes
mais hidrofóbicos que o hidrogênio.
Valores (-) correspondem a substituintes
menos hidrofóbicos que o hidrogênio.
69
QSAR - Relação estrutura e atividade quantitativa
 Constante de hidrofobicidade (π)
 É possível calcular o valor da constante de hidrofobicidade pela soma dos
valores.
70
QSAR - Relação estrutura e atividade quantitativa
 Constante de hidrofobicidade (π)
 É possível calcular o valor da constante de hidrofobicidade pela soma dos
valores.
Valores de pi
definidos pela escala
de Hansch
71
QSAR - Relação estrutura e atividade quantitativa
 Constante de hidrofobicidade (π)
CH3: 0,3
Fenil: 1.0
Hidroxila: - 0,7
72
QSAR - Relação estrutura e atividade
quantitativa
 Constante de hidrofobicidade (π)
• Em uma mesma equação QSAR é possível calcular o valor de P e
pi.
• P – Determina a hidrofobicidade total da molécula — absorção,
ligação com o receptor.
• Pi – Identifica regiões específicas da molécula que podem interagir
com regiões hidrofóbicas dos ligantes.
73
QSAR - Relação estrutura e atividade quantitativa
 Constante de Hammett (σ)
• Medida que relaciona a velocidade de uma reação química com a
natureza e posição dos substituintes.
• Constante que avalia os efeitos eletrônicos dos substituintes.
• Efeitos eletrônicos: e-doador (capacidade de doar elétrons) ou e-
receptor (capacidade de receber elétrons).
• Valores da constante dependem de efeitos indutivos e de
ressonância.
74
QSAR - Relação estrutura e atividade
quantitativa
 Constante de Hammett (σ)
Velocidade da reação 
posição dos substituintes
75
QSAR - Relação estrutura e atividade
quantitativa
 Constante de Hammett (σ)
• Substituintes adjacentes  maior proximidade
efeito estérico  dificulta o acesso do reagente
às ligações + efeito eletrônico: repulsão entre
as cargas.
• Valores da constante invalidados pelo efeito
estérico.
76
QSAR - Relação estrutura e atividade
quantitativa
 Constante de Hammett (σ)
• Substituintes separados por uma posição no anel
 menor interferência estérica  menor impacto
na velocidade da reação - acesso do reagente.
• A natureza dos substituintes pode interferir nos
efeitos eletrônicos.
77
QSAR - Relação estrutura e atividade
quantitativa
 Constante de Hammett (σ)
• Substituintes localizados em posições opostas
um ao outro  menos efeitos estéricos  efeitos
eletrônicos pronunciados.
78
79
80
QSAR - Relação estrutura e atividade
quantitativa
 Constante de Hammett (σ)
• Grupos e-retiradores aumentam a atividade do fármaco.
• O efeito de ressonância ocorre apenas em anéis aromáticos
• Em cadeias alifáticas ocorre apenas o efeito indutivo.
81
QSAR - Relação estrutura e atividade quantitativa
82
QSAR - Relação estrutura e atividade quantitativa
83
QSAR - Relação estrutura e atividade quantitativa
84
QSAR - Relação estrutura e atividade quantitativa
 Estudo de caso
1 – Calcule o logo de P da molécula utilizando os seguintes substituintes:
a) NH2 (R1), CH3 (R2)  molécula A
b) CH3 (R1), OH (R2)  molécula B
c) NH2 (R1), OH (R2)  molécula C
CH3: 0,3
Fenil: 1.0
Hidroxila: - 0,7
R1
R2
85
QSAR - Relação estrutura e atividade quantitativa
 Estudo de caso
2- Com base no valor de P calculado, responda:
a) Qual molécula teria melhor efeito terapêutico a nível de BHE?
b) Qual molécula teria maior biodisponibilidade?
c) Qual molécula representaria o Pº?
86
QSAR - Relação estrutura e atividade quantitativa
 Estudo de caso
3 – Com base nas possíveis moléculas geradas pelas substituições propostas, imaginando que no sítio
ativo do receptor estão os seguintes grupos funcionais descritos abaixo, quais seriam as interações
fármaco-receptor que cada um das moléculas fariam? Em casos de interações de hidrogênio especifique se
seriam doadoras ou aceitadoras.
Obs: a ligação acontecerá na conformação planar, ou seja, sem modificação de conformação da
molécula
b) Com base nisso, qual molécula/fármaco exerceria melhor efeito terapêutico?
Receptor
Sítio de ligação 1: O – H
Sítio 2: N
Sítio 3: Bolsa Hidrofóbica
87
Referências
▷ BARREIRO, E. J; FRAGA, C. A. M. Química Medicinal: as bases
moleculares da ação dos fármacos. São Paulo: Artmed, 2014.
▷ Andrei, C. C et al. Da Química Medicinal à Química
Combinatória e Modelagem Molecular. s/n. Manole, 2023.
OBRIGADA!
17 de Novembro de 2023
Jacobina - BA
UC: Estrutura e Dinâmica dos Fármacos
Prof. MSc. Keylla Gomes

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  • 1. Estratégias de modificação molecular UC: Estrutura e Dinâmica dos Fármacos Prof. MSc. Keylla Gomes 17 de Novembro de 2023 Jacobina - BA
  • 2. Estratégias de modificação molecular 2 Bioisosterismo Latenciação de fármacos Simplificação Molecular Diminuição do grau de liberdade conformacional Modelagem Molecular – QSAR e Docking
  • 3. Bioisosterismo 3 ▷ Ferramenta da Química Medicinal para o planejamento racional de fármacos – Protótipos. ▷ 1919 –Langmuir: Princípio do isosterismo Átomos ou grupos de átomos que possuam configurações eletrônicas e propriedades físico-químicas semelhantes
  • 4. Bioisosterismo 4 ▷ 1919 –Langmuir: Princípio do isosterismo Substituir átomos ou grupos de átomos em uma molécula que possuam semelhança quanto as propriedades eletrônicas e estéricas Isosterismo x Bioisosterismo: não são a mesma coisa!
  • 6. Bioisosterismo 6 ▷ 1925 – Grimm: Regra do Hidreto A adição de um hidreto a um átomo fornece um pseudo-átomo com as mesmas propriedades físicas daqueles presentes na coluna imediatamente posterior da Tabela Periódica. F- Número de elétrons 6 7 8 9 10 11 C H N H -O- -F Ne Na+ CH -NH- -OH FH NeH -CH2- -NH2 OH2 FH2 -CH3 NH3 OH3 + CH4 NH4+
  • 7. Bioisosterismo 7 ▷ 1932 – Enlermeyer • São isósteros: – Elementos de uma mesma coluna da tabela periódica – Pseudo-átomos (Cl e CN, por exemplo) – Anéis equivalentes Equivalentes
  • 8. Bioisosterismo 8 ▷ 1932 – Enlermeyer • São isósteros: átomos, íons ou moléculas para os quais a camada periférica de elétrons pode ser considerada idêntica.
  • 9. Bioisosterismo 9 ▷ Conceitos atuais • Isósteros: – Volume e formas similares – Ponto de ebulição, densidade, viscosidade e condutividade térmica similares – Distintas: momento dipolar, polaridade, polarizabilidade, tamanho
  • 10. 10 Bioisosterismo x Isosterismo Isósteros Elemento ou grupamento com configurações estéreas e eletrônicas semelhantes. Possuem, em geral, volume molecular, número de átomos ou disposição eletrônica semelhantes. Bioisósteros Bioisósteros são substituintes ou grupos que possuem similaridades químicas ou físico-químicas. .E apresentam propriedades biológicas similares.
  • 11. 11 Bioisosterismo x Isosterismo 2008 – Barreiro Bioisosteros: subunidades estruturais que possuem o mesmo volume molecular, forma, distribuição eletrônica e propriedades físico-químicas semelhantes, e que, uma vez no organismo, podem apresentar ação biológica similar.
  • 12. 12 Propriedade da Química Medicinal que avalia como as modificações estruturais interferem nos parâmetros de atividade biológica do fármaco. Bioisosterismo
  • 14. 14 Bioisosterismo ▷ Objetivos Potência Seletividade Eliminação de grupos tóxicos Modificação de grupos tóxicos Patente • Otimização de protótipos para a obtenção de novos fármacos
  • 15. 15 Bioisosterismo • Monovalente, bivalente, trivalente, tetravalente e equivalência de anéis Clássico • Cíclico e não cíclico • Interconversíveis Não clássico
  • 16. 16 Bioisosterismo Classificação (1970): Bioisosterismo Clássico: Atende as exigências preconizadas pelas definições de Grimm e Erlenmeyer. Monovalente F, H, OH, NH, CH3 SH, OH, Cl, Br, CF3 Bivalentes Monovalentes C=S, -C=O,-C=NH, -C=C- Trivalentes CH=, -N=, -P=, Tetravalentes + + NR4 , CR4, PR4
  • 17. 17 Bioisosterismo Classificação (1970): Bioisosterismo Clássico: Atende as exigências preconizadas pelas definições de Grimm e Erlenmeyer. Equivalência de anéis Número de átomos Hibridização Polaridade Geometria
  • 18. 18 Bioisosterismo Equivalência de anéis Bioisosterismo Não-Clássico: Número de átomos diferentes e exibem propriedades estéreas e eletrônicas diferentes: • 1. Cíclico e não-cíclico • 2. Interconversíveis
  • 19. 19 Bioisosterismo  Substituição isostérica ideal: Não altera significativamente a interação do fármaco com seu alvo terapêutico.
  • 24. 24 Inibidores da enzima Cicloxigenase Piroxicam Tenoxicam Aza-piroxicam Isoxicam Bioisosterismo Clássico
  • 25. 25 Inibidores da enzima Cicloxigenase Piroxicam Tenoxicam Aza-piroxicam Isoxicam Bioisosterismo Clássico
  • 26. 26 Bioisosterismo Não-Clássico Agonista dos receptores β2 -adrenérgicos
  • 27. 27 Inibidores da enzima Cicloxigenase Simplificação Molecular ▷ Estratégia da Química Medicinal que visa o desenvolvimento de análogos estruturalmente menos complexos. Eficácia Estabilidade e Segurança Biodisponibilidade Protótipos derivados de plantas medicinais – alvo
  • 28. 28 Simplificação Molecular ▷ Objetivos Eficácia Biodisponibilidade Facilitar o processo de síntese Facilitar a determinação do farmacóforo Toxicidade
  • 29. 29 Simplificação Molecular ▷ Estratégias 1. Grupos funcionais: Podem ser eliminados ou substituídos por grupos funcionais menores que exerçam a mesma função farmacológica. 2. Redução da cadeia lateral: Retirar porções que não façam parte do farmacóforo e não interfiram na ligação com o receptor e na atividade farmacológica. O farmacóforo deve ser preservado!
  • 30. 30 Simplificação Molecular O farmacóforo deve ser preservado! Manutenção das estruturas que são essenciais para a atividade farmacológica.
  • 31. 31 Simplificação Molecular Além do grupo farmacofórico, determinar as subunidades toxicofóricas também é importante! Grupos funcionais eletrofílicos Aceptores de Michael Epóxidos Citotoxicidade e hepatotoxicidade
  • 37. 37 Latenciação Estratégia da química medicinal Fármaco – transporte inativo In vivo – Ativo Processo de modificação molecular que transforma um fármaco em uma forma de transporte inativo. Após a absorção – reações químicas por enzimas metabolizadoras e se torna ativa próximo ao local de atuação. Ex: pró-fármaco
  • 38. 38 Latenciação Estratégia da química medicinal Fármaco – transporte inativo In vivo – Ativo Processo de modificação molecular que transforma um fármaco em uma forma de transporte inativo. Após a absorção – reações químicas por enzimas metabolizadoras e se torna ativa próximo ao local de atuação. Ex: pró-fármaco
  • 41. 41 Latenciação ▷ Estratégias 1. Adição de grupos protetores: protege o fármaco da degradação e metabolização – liberação in vivo  Pró-fármacos 2. Conjugação com transportadores: facilita a entrada do fármaco no organismo e liberação apenas no local de ação 3. Modificação da estrutura molecular: modificação na estrutura  maior hidrossolubilidade ou lipossolubilidade  absorção e biodisponibilidade 4. Incorporação em sistemas de liberação controlado: nanopartículas, cápsulas, lipossomas  proteção do fármaco  liberação no local de ação.
  • 44. 44 Diminuição do grau de modelagem conformacional ▷ Técnica de otimização de fármacos que visa diminuir a quantidade de conformações que um fármaco pode assumir ▷ Maior estabilidade ▷ Interação fármaco-receptor ▷ Estereoisômeros  Centros quirais
  • 45. 45 Diminuição do grau de modelagem conformacional ▷ Objetivos Seletividade Afinidade do fármaco-receptor Interação com fármacos indesejados
  • 46. 46 Diminuição do grau de modelagem conformacional ▷ Estratégias: 1. Restrição Estérica: adição de grupos volumosos  dificulta a rotação 2. Ligações Insaturadas: maior rigidez  menor rotação ao redor do eixo da ligação. 3. Estruturas cíclicas: anéis apresentam maior rigidez  duplas alternadas 4. Interações intermoleculares: ligações mais fortes  maior rigidez. Pode ocorrer uma modificação estrutural destinada ao favorecimento de algum tipo de interação.
  • 47. 47 Diminuição do grau de modelagem conformacional ▷ Exemplos: Ciprofloxacino
  • 48. 48 Diminuição do grau de modelagem conformacional ▷ Exemplos: Ritonavir
  • 49. 49 Diminuição do grau de modelagem conformacional ▷ Exemplos: Haloperidol
  • 50. 50 Docking Molecular ▷ Técnica computacional destinada à análise do fármaco e o alvo molecular através da estrutura química 3D de ambos. ▷ Desenvolvimento de novos fármacos ▷ Molécula de interesse  alvo biológico
  • 51. 51 Docking Molecular Preparação da estrutura Busca por sítios de ligação Geração de conformações Avaliação da afinidade
  • 58. 58 QSAR - Relação estrutura e atividade quantitativa Objetivos Relacionar atividade biológica de uma série de compostos aos seus parâmetros físico-químicos de uma forma quantitava através de uma fórmula matemática. Avaliar de forma quantitativa as propriedades biológicas e físico-químicas das moléculas.
  • 59. 59 QSAR - Relação estrutura e atividade quantitativa Hidrofobicidade da molécula Hidrofobicidade dos substituintes Propriedades eletrônicas dos substituintes Propriedades estéricas dos substituintes Propriedades mais estudadas
  • 60. 60 QSAR - Relação estrutura e atividade quantitativa  Hidrofobicidade da Molécula Coeficiente de partição = [Molécula em octanol] [Molécula em água] Alta hidrofobicidade Altos valores P
  • 61. 61 QSAR - Relação estrutura e atividade quantitativa  Hidrofobicidade da Molécula Absorção de fármacos
  • 62. 62 QSAR - Relação estrutura e atividade quantitativa  Hidrofobicidade da Molécula • Atividade do fármaco está frequentemente relacionado a P • Ligação de fármaco à albumina está relacionada também com o valor de P • Ligação aumenta a medida que log P aumenta • Ligação é maior para fármacos hidrofóbicos
  • 63. 63 QSAR - Relação estrutura e atividade quantitativa  Hidrofobicidade da Molécula
  • 64. 64 QSAR - Relação estrutura e atividade quantitativa  Hidrofobicidade da Molécula Log P o Log P Log (1/C) Log 1 - 0.22(logP) 2+1.04 logP +2.16 Atividade anestésica geral Hidrofobicidade - Éteres Valor ótimo de log P para atividade anestésica = log P o
  • 65. 65 QSAR - Relação estrutura e atividade quantitativa  Hidrofobicidade da Molécula
  • 66. 66 QSAR - Relação estrutura e atividade quantitativa  Hidrofobicidade da Molécula Equações de QSAR são apenas aplicáveis para compostos de mesma classe estrutural (ex.: éteres) • Porém, log P o  similar para anestésicos de diferentes classes estruturais (cerca de 2.3) • Estruturas com log P aproximado 2.3 passam a BHE facilmente (ex. Barbitúricos potentes tendo log P de aproximadamente 2.0) •Deve-se modficar o valor de log P de fármacos que estão próximos a 2.0 para evitar-se efeitos colaterais no SNC.
  • 67. 67 QSAR - Relação estrutura e atividade quantitativa  Constante de hidrofobicidade (π)  Hidrofobicidade do substituinte  Hidrogênio Benzeno (LogP = 2.13) Clorobenzeno (LogP = 2.84) Benzamida (LogP = 0.64) Cl CONH2
  • 68. 68 QSAR - Relação estrutura e atividade quantitativa  Constante de hidrofobicidade (π)  Hidrofobicidade do substituinte  Hidrogênio π (Cl) = 0,71 π (CONH2) = - 1.49 Valores (+) correspondem a substituintes mais hidrofóbicos que o hidrogênio. Valores (-) correspondem a substituintes menos hidrofóbicos que o hidrogênio.
  • 69. 69 QSAR - Relação estrutura e atividade quantitativa  Constante de hidrofobicidade (π)  É possível calcular o valor da constante de hidrofobicidade pela soma dos valores.
  • 70. 70 QSAR - Relação estrutura e atividade quantitativa  Constante de hidrofobicidade (π)  É possível calcular o valor da constante de hidrofobicidade pela soma dos valores. Valores de pi definidos pela escala de Hansch
  • 71. 71 QSAR - Relação estrutura e atividade quantitativa  Constante de hidrofobicidade (π) CH3: 0,3 Fenil: 1.0 Hidroxila: - 0,7
  • 72. 72 QSAR - Relação estrutura e atividade quantitativa  Constante de hidrofobicidade (π) • Em uma mesma equação QSAR é possível calcular o valor de P e pi. • P – Determina a hidrofobicidade total da molécula — absorção, ligação com o receptor. • Pi – Identifica regiões específicas da molécula que podem interagir com regiões hidrofóbicas dos ligantes.
  • 73. 73 QSAR - Relação estrutura e atividade quantitativa  Constante de Hammett (σ) • Medida que relaciona a velocidade de uma reação química com a natureza e posição dos substituintes. • Constante que avalia os efeitos eletrônicos dos substituintes. • Efeitos eletrônicos: e-doador (capacidade de doar elétrons) ou e- receptor (capacidade de receber elétrons). • Valores da constante dependem de efeitos indutivos e de ressonância.
  • 74. 74 QSAR - Relação estrutura e atividade quantitativa  Constante de Hammett (σ) Velocidade da reação  posição dos substituintes
  • 75. 75 QSAR - Relação estrutura e atividade quantitativa  Constante de Hammett (σ) • Substituintes adjacentes  maior proximidade efeito estérico  dificulta o acesso do reagente às ligações + efeito eletrônico: repulsão entre as cargas. • Valores da constante invalidados pelo efeito estérico.
  • 76. 76 QSAR - Relação estrutura e atividade quantitativa  Constante de Hammett (σ) • Substituintes separados por uma posição no anel  menor interferência estérica  menor impacto na velocidade da reação - acesso do reagente. • A natureza dos substituintes pode interferir nos efeitos eletrônicos.
  • 77. 77 QSAR - Relação estrutura e atividade quantitativa  Constante de Hammett (σ) • Substituintes localizados em posições opostas um ao outro  menos efeitos estéricos  efeitos eletrônicos pronunciados.
  • 78. 78
  • 79. 79
  • 80. 80 QSAR - Relação estrutura e atividade quantitativa  Constante de Hammett (σ) • Grupos e-retiradores aumentam a atividade do fármaco. • O efeito de ressonância ocorre apenas em anéis aromáticos • Em cadeias alifáticas ocorre apenas o efeito indutivo.
  • 81. 81 QSAR - Relação estrutura e atividade quantitativa
  • 82. 82 QSAR - Relação estrutura e atividade quantitativa
  • 83. 83 QSAR - Relação estrutura e atividade quantitativa
  • 84. 84 QSAR - Relação estrutura e atividade quantitativa  Estudo de caso 1 – Calcule o logo de P da molécula utilizando os seguintes substituintes: a) NH2 (R1), CH3 (R2)  molécula A b) CH3 (R1), OH (R2)  molécula B c) NH2 (R1), OH (R2)  molécula C CH3: 0,3 Fenil: 1.0 Hidroxila: - 0,7 R1 R2
  • 85. 85 QSAR - Relação estrutura e atividade quantitativa  Estudo de caso 2- Com base no valor de P calculado, responda: a) Qual molécula teria melhor efeito terapêutico a nível de BHE? b) Qual molécula teria maior biodisponibilidade? c) Qual molécula representaria o Pº?
  • 86. 86 QSAR - Relação estrutura e atividade quantitativa  Estudo de caso 3 – Com base nas possíveis moléculas geradas pelas substituições propostas, imaginando que no sítio ativo do receptor estão os seguintes grupos funcionais descritos abaixo, quais seriam as interações fármaco-receptor que cada um das moléculas fariam? Em casos de interações de hidrogênio especifique se seriam doadoras ou aceitadoras. Obs: a ligação acontecerá na conformação planar, ou seja, sem modificação de conformação da molécula b) Com base nisso, qual molécula/fármaco exerceria melhor efeito terapêutico? Receptor Sítio de ligação 1: O – H Sítio 2: N Sítio 3: Bolsa Hidrofóbica
  • 87. 87 Referências ▷ BARREIRO, E. J; FRAGA, C. A. M. Química Medicinal: as bases moleculares da ação dos fármacos. São Paulo: Artmed, 2014. ▷ Andrei, C. C et al. Da Química Medicinal à Química Combinatória e Modelagem Molecular. s/n. Manole, 2023.
  • 88. OBRIGADA! 17 de Novembro de 2023 Jacobina - BA UC: Estrutura e Dinâmica dos Fármacos Prof. MSc. Keylla Gomes