Este documento descreve uma peça de teatro sobre Josefa Teixeira, uma mulher desarrumada cujo marido reclama pela falta de organização da casa. Após receber conselhos da Tia Verde-Água, Josefa passa a seguir suas instruções e recebe a ajuda de dez anões, que ajudam a manter a casa em ordem, resolvendo seus problemas conjugais.
A Prefeitura de São Bernardo do Campo preparou uma série resgatando momentos da história da cidade em homenagem ao seu aniversário de 462 anos. Vale a pena conferir!
Trabalho realizado no âmbito da disciplina de Português 12ºD (Escola Básica 2,3/ de Vale de Cambra 2009/2010), a propósito do estudo de alguns poemas da 3ª fase literária de Álvaro de Campos - heterónimo de Fernando Pessoa.
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Egito antigo resumo - aula de história.pdfsthefanydesr
O Egito Antigo foi formado a partir da mistura de diversos povos, a população era dividida em vários clãs, que se organizavam em comunidades chamadas nomos. Estes funcionavam como se fossem pequenos Estados independentes.
Por volta de 3500 a.C., os nomos se uniram formando dois reinos: o Baixo Egito, ao Norte e o Alto Egito, ao Sul. Posteriormente, em 3200 a.C., os dois reinos foram unificados por Menés, rei do alto Egito, que tornou-se o primeiro faraó, criando a primeira dinastia que deu origem ao Estado egípcio.
Começava um longo período de esplendor da civilização egípcia, também conhecida como a era dos grandes faraós.
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - AlfabetinhoMateusTavares54
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1. 2011
Os Dez Anõezinhos da
Tia Verde-Água
Inovinter
Curso Técnicas de Acção
Educativa
21-03-2011
2. 2011
Os Dez Anõezinhos da
Tia Verde-Água
Inovinter
Curso Técnicas de Acção
Educativa
21-03-2011
3. Os Dez Anõezinhos da Tia Verde-
Água
Personagens:
António Maneca (marido)
Josefa Teixeira (esposa)
Teresa Rebolho (comadre)
Palmira Russo (vizinha)
Serafim Carteiro (carteiro)
Tia Verde-Água (conselheira)
I Acto
Cenário
(uma casa na aldeia, mas desarrumada)
4. Cena I
Josefa Teixeira e Teresa Rebolho
Josefa Teixeira (entra em casa com a comadre
que encontra)
- Pois é, comadre Teresa, há que tempos que não te
via!!!
Ficamos comadres desde que foi baptizado meu
Joãozinho…
Teresa Rebolho (encolhendo os ombros)
- Pois é verdade, Josefa… Como sabes, fui para
Lisboa servir. Não tardou, casei com o meu
Belmiro e por lá temos vivido…
Ainda cá vim uma vez, mas tu estavas para a casa
da tua mãe…
Josefa Teixeira (convidativa)
- É verdade, é verdade, fui lá almoçar…
5. Josefa Teixeira (descontraída)
- Vamos beber um chá e comer uns bolinhos.
Olha, não repares… (olhando para a mesa)
Ainda está aqui a louça do jantar de ontem.
Teresa Rebolho (aborrecida)
- Isto mete-me impressão (vira a cara para o lado)
Confesso que não é bem…
Agora o chá é saboroso, é mesmo! (bebem de novo
e deita a mão a cabeça e deita uma olhadela à
desarrumação)
Josefa Teixeira (descontraída)
- Olha, deixa lá isso…, e não repares por ainda não
ter feito a cama…
Fui à rua, demorei com esta e com aquela…
6. Teresa Rebolho (admirada)
- Nem digas isso… Então tu tens coragem de saíres
de casa sem deixares a cama feita?!...
Ai!!! Se fosse com o meu Belmiro… Estava
perdida…
A cama é das primeiras coisas que faço… Deixo-a
arejar um pouco e depois, zás, mãos à obra, fica
feita. Foi o que me ensinou a minha mãezinha.
Josefa Teixeira (comprometida)
- O meu Tónio também está sempre a ralhar-me.
Diz que não tenho cuidado no amanho da casa…
que sou desmazelada, preguiçosa, que não tenho as
camas feitas, a loiça lavada, o pó limpo, o almoço a
horas, que…que.
Teresa Rebolho (insistente)
- Olha, não te zangues comigo, acho que devias
arrumar mais a casa.
7. Josefa Teixeira (despreocupada)
- Olha, sabes? Os homens são uns exagerados… Há
dias, vê lá o disparate…
O meu Tónio chamou-me Josefa, come e dorme…
São coisas que se digam a uma mulher
trabalhadeira como eu?!...
Teresa Rebolho (preocupada)
- Olha Josefa, isso são coisas da vossa conta… lá
dizia a minha mãe: entre homem e mulher não
metas a colher…
Mas, tem cuidado: tantas vezes o cântaro vai à
fonte que um dia lá fica a asa… E sempre tenho
ouvido dizer que o teu António é trabalhador e
honrado.
E agora tenho que ir… (faz o gesto de se levantar
para sair)
8. Josefa Teixeira (despreocupada)
- Deixa-te ficar mais um pouco… (pondo a mão
no ombro para a reter mais um pouco, mas ela
levanta-se rápido)
Teresa Rebolho (decidida)
- Não, não, Josefa… Já estou como se costuma
dizer: primeiro as obrigações e só depois as
devoções… Quem não trabuca não manduca…
Josefa Teixeira (espreguiçando-se)
- Maldito seja quem inventou o trabalho… Mas, se
estás com pressa, então adeus…
9. Cena II
Josefa Teixeira e Serafim Carteiro
Josefa Teixeira (volta para dentro, senta-se numa
cadeira, espreguiça-se, deixa tudo desordenado)
- Viva o descanso!... Viva o descanso!...
(monologa, e adormece a ressonar)
Serafim Carteiro (de sacola a tiracolo, bate á
porta e chama)
-Tia Josefa, é o carteiro, tem uma carta registada…
Josefa Teixeira (acorda estremunhada e cai da
cadeira, mas levanta-se rapidamente e,
esfregando os olhos, vai abrir a porta)
-Bom dia, senhor Serafim, até fiquei assustada…
desculpe lá, andava nas minhas lides de casa e
tropecei…
10. Serafim Carteiro (incrédulo)
-É preciso, é preciso trabalhar…Quem não trabalha
nem comer devia…, lá dizia a minha mãezinha... A
preguiça é a mãe de todos os vícios…
Josefa Teixeira (zangada)
-Agora esta… o senhor Serafim tem cada uma:
quem não trabalha não devia comer… Não
concordo… mas não concorda mesmo… O meu pai
até dizia que só trabalha quem não sabe fazer mais
nada…
Serafim Carteiro (discordando)
- Olhe, olhe, mesmo trabalhando muito, a vida é
difícil, quanto mais cruzando os braços…
Ainda tenho que dar muito à sola… (abrindo a
sacola)
Tem aqui uma carta registada…(tira envelope e
um recibo, pede para assinar e prepara-se para
sair)
11. Cena III
Josefa Teixeira e António Maneca
(a mulher está sentada a um canto da casa a
dormitar)
António Maneca (apressado e com aparência de
cansado, abre a porta e chama)
- Josefa, ó Josefa, são horas de almoço… Tenho de
almoçar depressa… Vou à cidade, com o patrão,
buscar material…
(não obtendo chama mais alto) Josefa? (ouve
barulho no canto da sala)
Josefa Teixeira (atrapalhada)
- Ó António, ó marido, tem paciência, eu vou já…
não parei toda a manhã…
António Maneca (olhando para a mesa com chá e
com loiça, a cama por fazer, a lareira apagada e
suja, grita com ar desmazelado)
12. - Ó mulher, ó Josefa, eu não suporto mais… ando
nisto há anos… Não fazes nada a tempo e horas.
António Maneca (de mãos levantadas, continua
a gritar)
- Não pode ser… Farto-me de trabalhar e tu sempre
atrasada.
Tenho que ir sem almoço, mas, num dia destes
vou-me embora. (sai furioso)
13. Cena IV
Josefa Teixeira e Palmira Russo
Palmira Russo (batendo à porta aflita)
- Josefa, ó Josefa, o que é que se passa?...
Ouvi-te gritar, O que é, o que é?...
Abre a porta…
Josefa Teixeira (abre a porta a chorar)
-Foi o meu António que se zangou comigo.
Arreliou-se por não ter a casa arrumada e o comer
feito.
Estou desgraçada!...
Palmira Russo (com ar de sabichona)
- Olha, rapariga, se eu estivesse no teu lugar, ia à
Tia Verde-Água, pedir conselhos…
Pode ser que resolva o teu problema… (insistindo)
Vai, vai lá filha…
14. Em coisas de homens, recorrer a fadas ou anões
costumam dar certo… (prepara-se para sair)
Josefa Teixeira (anima-se)
- Obrigada, muito obrigada pelo seu conselho, vou
lá já…
(acaba o acto e cai pano)
15. II Acto
Cenário
(Uma casa humilde, mas muito limpa e asseada
onde habita uma velhinha que anda encostada a
um pau)
Cena Única
Josefa Teixeira e Tia Verde-Água
Josefa Teixeira (com ar de pessoa desorientada,
bate à porta de Tia Verde-Água)
- Tia Verde-Água, se vossemecê não me vale nesta
ocasião, sou a mulher mais desgraçada do mundo!
Tia Verde-Água (encosta o pau, mas com
compreensão)
- Diga o que a apoquenta, vizinha, que eu farei o
possível para a ajudar.
16. Josefa Teixeira (muito admirada com a
organização da velhinha, mas chorosa e com os
braços abertos)
- Ah tia Verde-Água, se eu tivesse a minha casa
limpa como a sua, já o meu marido não estaria tão
zangado e eu não seria tão infeliz, como sou!
Eu não posso fazer tudo ao mesmo tempo, porque
só tenho duas mãos.
Tia Verde-Água (atenciosa)
- É verdade, é… Todos nós só temos duas mãos e
chegam muito bem, mas em que te posso ajudar?...
Josefa Teixeira (suplicante e sentada numa
cadeira a chorar)
- É para dar uma solução a esta desgraça, pois toda
a gente diz que vossemecê tem fadas que a ajudam
no trabalho e é por isso que tem tudo em sua casa
com tanta ordem.
17. Tia Verde-Água (com convicção)
- Pois tenho, sim, filha… Há muito tempo que
devia ter vindo procurar-me, que logo lhe dava
solução e lhe prestava auxílio.
Mas não são as fadas que me ajudam, essas têm
mais do que fazer… São dez anõezinhos muito
desembaraçados e arranjadinhos que me deu a
minha fada madrinha…
Josefa Teixeira (erguendo a cabeça e espantada
com a informação)
- Ai é!... Ai é!... Diga, diga lá então…
Tia Verde-Água (continuando)
- Agora, para a ajudar, vou mandá-los para sua
casa, mas para que a possam ajudar mesmo,
mesmo, é necessário que faça o seguinte: logo pela
manhã cedo, levante-se, arranje-se com esmero,
faça a cama.
18. Josefa Teixeira (receptiva)
- Vou, vou fazer isso… sim, sim senhora…
Tia Verde-Água (continuando)
- Depois vá à cozinha acender o lume para almoço,
encha os cântaros de água, varra a casa, cosa a
roupa e, enquanto vai cozinhando o jantar, vá
fiando e dobando as suas meadas até o seu marido
vir comer…
Se assim fizer, garanto-lhe que os dez anõezinhos
não a largarão e trabalharão para ajudar…
Josefa Teixeira (agradecendo, sai dizendo muito
animada)
- Bem haja! Vou fazer assim, vou, vou… (despede-
se e vai para sua casa)
(acaba o acto e cai o pano)
19. III Acto
Cenário
(a mesma casa de aldeia do 1.º acto, mas agora
cm tudo arrumado)
Cena I
Josefa Teixeira, Teresa Rebolho, Palmira Russo
Josefa Teixeira (a arrumar a casa)
- Até que nem custa muito… Ai que bom!: os dez
anõezinhos…(monologando)
Palmira Russo (a passar junto da porta da casa
de Josefa)
- Olá, Teresa, então por cá?! Não me digas que vais
para casa da tua comadre Josefa?!
20. Teresa Rebolho (sem receios)
- Olha que acertaste mesmo… Tens cá um olho!...
Pois é verdade… estive aqui à dias e, como amanhã
volto a Lisboa, venho-me despedir dela e do
António…
Palmira Russo (decidida)
- Então vou entrar contigo… Mas ouve lá: as coisas
por lá vão de mal a pior… Ela é muito
desmazelada… E o teu compadre, há dias, saiu de
casa a dizer: não aguento isto… vou-me separar…
Teresa Rebolho (condoída)
- Nem digas tal! Isso é mau!... Precisa de ajuda…
Palmira Russo (com ar de bisbilhoteira)
- Mas isso é verdade, verdadinha… Ela gritava:
acudam, acudam… Até lá fui para lhe acudir…
Teresa Rebolho (desapontada)
- O António disse isso?! Até parece impossível…
21. Palmira Russo (com ar de alcoviteira)
- Tal coisa vi que até lhe aconselhei ir consultar a
Tia Verde-Água.
Josefa Teixeira (com ar de atarefada, vai abrir a
porta com um pano de pó na mão)
- Ó que surpresa agradável, entrem, entrem… O
António também deve estar a chegar… As coisas
estão a correr bem… A Tia Verde-Água foi para
mim uma santa…
Palmira Russo (curiosa)
- Diz, diz lá: como foi?...
Josefa Teixeira (reconfortada)
- Emprestou-me uns ajudantes, que nem vos digo
mais nada, é segredo… Ando mesmo satisfeita…
Como podem ver, agora a minha casa está limpa e
asseada…(levantam-se e vão verificar)
22. Teresa Rebolho (satisfeita)
- Olha que bom, estou mesmo feliz por saber
disso… Agora o que te digo é que a tua casa está
mesmo um primor… Nem parece a mesma.
Palmira Russo (virando-se para elas,
desconcentrada com aquilo)
-Nem quero acreditar!... depois do que ouvi do
António e do que vi aqui em casa… Isto deu uma
volta completa!... (continua admirada)… Aqui há
dedo da Tia Verde-Água.
Josefa Teixeira (confiante)
-Ufa! Até que enfim a minha vida mudou nesta
semana… O meu António agora anda feliz…
Palmira Russo (invejosa)
-Nunca esperei que isso viesse a acontecer…
(passa a mão pela cabeça)
23. Josefa Teixeira (satisfeita)
-Pois é o que vos digo… De manhã, o meu António
tem a roupa preparada; ao meio-dia, em ponto, o
almoço está na mesa; à noite, encontra tudo
arrumado e a ceia feitinha… Anda um amor
comigo (levanta-se e vai ver a lareira)
Teresa Rebolho (contente)
-Olha, comadre, estou mesmo contente com isso…
Nós fomos sempre amigas…
24. Cena III
(As mulheres e o António Maneca)
António Maneca (entrando satisfeito)
-Boa noite, Josefa (beija a mulher, depois olha
em volta para ver como está a casa e, deparando
com as visitas, exclama)
Ó que surpresa! Por aqui minha comadre Teresa!...
dá cá um abração… Olá, Palmira, tu também por
aqui… Anda cá Josefa ao pé de mim… Vamos
todos festejar… pois a felicidade voltou a nossa
casa.
(acaba o acto e cai o pano)
25. IV Acto
(o mesmo cenário do acto II)
Cena única
(Josefa Teixeira e Tia Verde-Água)
Tia Verde-Água (a limpar a casa com ar
cansado)
Josefa Teixeira (satisfeita, bate à porta da Tia
Verde-Água e a velhinha, e a velhinha apoiada
numa vassourinha, vem abrir)
-Ó Tia Verde-Água, devido a si, tudo melhorou em
minha casa… Venho até pedir-lhe para me
continuar a emprestar os seus dez anõezinhos…
Tia Verde-Água (com serenidade)
-Mas então diga-me lá como foi isso?...
26. Josefa Teixeira (animada)
-Olhe, todos os dias faço tudo como a senhora
mandou… E sem me aborrecer…
Tia Verde-Água (insistente)
-Com que então os anõezinhos têm lhe feito bom
serviço?
Josefa Teixeira (entusiasmada)
-Tão bom, que já trago a minha casa num brinco, e
o meu marido sempre satisfeito.
Tia Verde-Água (compreensiva)
-Pois se a vizinha lá quer os dez anõezinhos deixe-
os estar consigo e trate-os bem. Mas, olhe cá, com
franqueza, ainda os não viu?
Josefa Teixeira (admirada e ingénua)
- Eu, não senhora! E gostava muito de os ver e de
lhes agradecer… Hão-de ser tão espertinhos e
engraçadinhos…
27. Tia Verde-Água (decidida)
- Pois então, se os quer ver, olhe para as suas mãos
e conte os seus dez dedos…
Josefa Teixeira (engraçada, conta os dedos,
monologando)
- Um… Dez… (acaba e olha para a tia)
São estes os dez anõezinhos da tia Verde
Água???!!!!!!
Tia Verde-Água (concluindo)
- Pois são esses os dez anõezinhos da tiaVerde-
Água…
Vitória, vitória que se acabou a
estória…