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                                                                                                                 O GLOBO
                                                                                                                          OPINIÃO


          Não se pode transigir nos direitos autorais
        P
                 alavras simples em português, “so-                      sura, mas o termo pegou, circula na rede de     propriedade intelectual, montados fora dos                             questão uma antiga e falsa ideia de que tudo
                 pa” e “pipa” são acrônimos, em in-                      computadores e a manifestação de quarta fez     Estados Unidos. Cabe um parêntese: uma lei                             na internet é de graça. Não pode ser, pois a
                 glês, de duas leis em discussão no                      parlamentares recuarem. Mas a discussão         de 1998 (Digital Millenium Copyright Act) per-                         rede mundial de computadores não fez desa-
                 Congresso americano capazes de in-                      continuará. Ao “Wall Street Jour-                             mite que servidores sejam legal-                         parecer o custo — que não é baixo — de pro-
        cendiar a internet. “Stop On-line Piracy Act”                    nal”, um dos fundadores do Wi-                                mente derrubados, se estiveram                           dução de conteúdos, em qualquer mídia.
        e “Protect Intellectual Property Act” , algo co-                 kipedia, Jimmy Wales, declarou:                               a serviço da pirataria. Mas só se                           Os chamados “agregadores de conteúdo”,
        mo leis do “Pare a Pirataria On-line” e da                       “A política de internet não deve         Projetos no          funcionarem nos Estados Uni-                             Google, o maior deles, se lançaram e construí-
        “Proteção da Propriedade Intelectual”, en-                       ser estabelecida por Hollywood.”                              dos. Sopa e Pipa — a primeira lei                        ram forte base empresarial capturando textos,
        contram-se, pela ordem, na Câmara dos Re-                        A menção à sede dos grande es-            congresso           é mais direta ao ponto — esten-                          fotos, vídeos sem o devido pagamento a do-
        presentantes e no Senado. Na quarta, surgiu                      túdios, hoje todos, ou quase, liga-                           dem o raio de ação da Justiça                            nos e autores. Este tempo passou. Isolada-
        o primeiro sinal, para o grande público, da                      dos a algum conglomerado de               americano           americana para fora do país. Afi-                        mente ou por meio de representações associa-
        reação de grupos conhecidos no mundo di-                         comunicação, ajuda a se enten-                                nal, sites têm sido criados no ex-                       tivas, editores da mídia impressa e TVs nego-
        gital aos projetos de lei: o site da Wikipedia,                  der quem está no centro da briga erguem barreiras terior para vender ao consumi-                                       ciam com Google e similares a disponibilidade
        nos Estados Unidos, entre outros, iniciou um                     nos EUA.                                                      dor americano filmes, shows de                           de seu acervo, enquanto, no caso de jornais e
        blecaute de 24 horas contra Sopa e Pipa. O                          As leis, voltadas ao correto contra usurpação TV, programas de computador, li-                                      revistas, começa-se a cobrar pelo acesso de
        Google colocou uma tarja preta, e assim por                      combate à crescente indústria da                              vros, músicas, muita coisa, até                          leitores a cardápios especiais colocados na re-
        diante.                                                          pirataria — destruidora de em-                                medicamentos, sem a devida re-                           de. Sopa e Pipa são apenas a expressão legal,
           Alegam os opositores das propostas, seme-                     pregos formais, sonegadora de                                 muneração aos proprietários.                             nos Estados Unidos, de um movimento maior,
        lhantes nos propósitos, que se trata de uma                      recursos tributários, etc. —, permitirão que a  Tudo pago por cartão de crédito (barrar essas                          iniciado pela conscientização das empresas
        indevida ingerência do Estado no mundo “li-                      Justiça e o Ministério Público americanos re-   transferências não é tecnicamente difícil).                            tradicionais de comunicação sobre o que de
        vre” da internet, algo como uma “censura”. É                     primam esquemas de pirataria, e o conse-           O conflito, resumido entre “Hollywood vs.                           fato começava a ocorrer na sua atividade com
        um exagero equiparar as leis a um ato de cen-                    quente desrespeito a direitos autorais e de     Vale do Silício”, vai muito além disso. Está em                        o surgimento da internet.



                       Círculo vicioso dos juros e da inflação
        O
                   Brasil permanece com as taxas                         xos a política monetária começa a perder efi-  sobre alguns avanços macroeconômicos                                       No conjunto dos gastos públicos, os in-
                   reais de juros mais altas entre as                    cácia. E a inflação reaparece com garras       que ajudariam o país a quebrar o círculo vi-                            vestimentos continuam representando
                   economias relevantes do planeta,                      mais afiadas, o que leva o Banco Central a     cioso. Um dos principais avanços seria o au-                            uma pequena parcela. E acabam sendo os
                   posição nada lisonjeira (com                          subir os juros de novo para ten-                           mento da taxa de poupança in-                               primeiros a ser sacrificados a qualquer si-
        4,8%, acima dos 2,8% da Hungria, em séria                        tar segurá-la.                                             terna. Para que a economia bra-                             nal de perda de receita. O custeio absorve
        crise). No entanto, também não são abona-                           Trata-se de um processo pe-                             sileira seja mais competitiva e                             a maior parte das despesas governamen-
        dores os níveis de inflação no país.                             noso, porque tem impacto nega-      Em 2009 e 2010, eficiente terá de investir mais, e                                 tais, e o esforço político para comprimi-lo
           As metas de inflação estão acomodadas                         tivo sobre as finanças públicas,                           tanto melhor se esse investi-                               não é relevante. Tempos atrás, o governo
        em um patamar elevado para padrões inter-                        desnorteia os investimentos e         taxas também         mento vier do aumento da pou-                               propôs ao Congresso um limite para o cres-
        nacionais — já que são esses os parâmetros                       distancia grande número de                                 pança doméstica, de modo que                                cimento dos gastos com custeio. Por essa
        usados para as taxas de juros — e só com                         brasileiros de muitas facilidades      caíram, mas         a expansão não fique tão depen-                             proposta, a expansão não poderia superar
        muito esforço recuaram no ano passado pa-                        da vida moderna.                                           dente dos humores dos merca-                                a que fosse apresentada pelo Produto In-
        ra o teto tolerado (6,5%) por essa política.                        É difícil estabelecer uma exa-       tiveram de         dos financeiros internacionais.                             terno Bruto (PIB). É um tema que ficou em
           Decerto, o Brasil precisa quebrar essa tra-                   ta relação de causa e efeito por-                             Em face dos desafios que o                               banho-maria. Com a proposta, o governo
        jetória de gangorra nas taxas de juros versus                    que não são poucas as distor-         voltar a subir       país tem pela frente, a contri-                             busca dar a impressão que está fazendo
        inflação. Por estarem bem acima do que se-                       ções que foram se acumulando                               buição do setor público para o                              sua parte, e só não faz mais porque não en-
        ria recomendável, os juros são cortados pe-                      nesse quadro de anormalidade,                              aumento da poupança interna é                               contra o respaldo político do Congresso. É
        las autoridades monetárias sempre que é                          o que, resulta, às vezes, em uma                           fundamental. E isso poderia ser                             triste que uma definição tão importante pa-
        possível, como na quarta, em mais 0,5 pon-                       discussão sobre o que vem primeiro, se o       traduzido por investimentos sob responsa-                               ra o futuro da economia brasileira fique na
        to, para 10,5%. A partir de um determinado                       ovo ou a galinha.                              bilidade governamental ou que sejam com-                                esfera do “faz de conta”. E acabe recaindo
        momento, com juros ligeiramente mais bai-                           Em paralelo, parece existir menos dúvidas   partilhados pelo Estado.                                                sobre as taxas de juros.




O crescimento necessário                                                                                                                                                                                                                                          Marcelo
ROGÉRIO FURQUIM WERNECK                  der um crescimento econômico de
                                         4,5% ao ano. O que há de peculiar é



N
           a discussão sobre a possível que, entre todas, a que mais mobiliza
           desaceleração do crescimen- o governo seja a folga fiscal propicia-
           to chinês, voltou a ser lem- da por tal ritmo de expansão do
           brado na mídia que a lideran- PIB.
ça do Partido Comunista da China es-        É importante ter essa firme convic-
taria convencida de que a expansão da ção do governo em mente, ao anali-
economia não pode cair abaixo de 7% a sar suas supostas dúvidas sobre co-
8% ao ano. Crescimento mais lento po- mo conduzir a política macroeconô-
ria em risco a coesão social do país e o mica nos próximos meses. O Planalto
regime unipartidário. Guardadas as de- assustou-se com a desaceleração da
vidas proporções, pode-se fazer inda- economia. E quer que o crescimento
gação similar sobre o Brasil: a que taxa seja retomado tão logo quanto possí-
tem de crescer a economia brasileira? vel. Há boas razões para crer que, em
Embora não seja uma per-                              um cenário em que não
gunta fácil, o governo tem                            haja uma deterioração
a resposta pronta.                                    dramática do quadro
   Na entrevista publicada      Desaceleração econômico mundial, a
na revista “The New Yor-                              retomada já esteja a ca-
ker”, em dezembro passa-         bota em risco minho, na esteira do
do, a presidente Dilma                                afrouxamento monetá-
Rousseff explicou que              expansão           rio observado nos últi-
“precisamos manter a eco-                             mos meses. Mas o gover-
nomia crescendo, sem in-           de gastos          no não quer dar tempo
flação, para gerar receita                            ao tempo e deixar que
que permita continuar             do governo          os efeitos da queda da
nossa política de distribui-                          taxa de juros se façam
ção de renda”. A equipe da                            sentir em toda sua ex-
Fazenda tem sido bem                                  tensão. Um aumento do
mais específica. Está convencida de nível de atividade concentrado no se-
que o crescimento tem de ser de pelo gundo semestre lhe parece tardio e
menos 4,5% ao ano, para que a receita insuficiente. Significaria mais um ano                            blico, que caiu no ano passado. Não                 mais alarmantes. Mas como recupe-                     blico. Caso a situação externa se
tributária permita ao governo conti- de crescimento do PIB a cerca de 3%.                               por contenção de gastos, mas em de-                 rar o investimento público e assegu-                  agrave, poderá ser feita nova e vulto-
nuar a expandir o dispêndio e levar E de pouca fartura fiscal para fazer                                corrência do desmantelamento das                    rar o impulso fiscal capaz de anteci-                 sa transferência de recursos do Te-
adiante seus programas, sem deteriora- face ao reajuste do salário mínimo e a                           cadeias de comando que acionavam                    par a retomada, sem que as contas                     souro ao BNDES, com roupagem sal-
ção das contas públicas.                 outros aumentos de dispêndio já en-                            decisões de investimento em minis-                  públicas se deteriorem e o combate à                  vacionista. Mas, mesmo que não se
   É uma visão um tanto peculiar dos comendados.                                                        térios infestados por esquemas de                   inflação seja comprometido?                           agrave, o governo parece disposto a
limites da desaceleração do cresci-         Pronto a abandonar seu novo dis-                            corrupção.                                             Não é difícil vislumbrar a “solu-                  fazer tal transferência a seco. Dissi-
mento. Na China, menos de 7% deixa- curso sobre política fiscal, adotado                                   O Planalto agora tem pressa. Foi-se              ção”. Mais uma vez, o governo pare-                   mulando-a, talvez, com a cortina de
ria o país à beira da explosão social. há menos de cinco meses, o Planalto                              o primeiro ano do mandato. Há elei-                 ce propenso a apelar para o orça-                     fumaça de um programa espalhafato-
No Brasil, menos de 4,5% deixaria o não esconde que gostaria que o es-                                  ções municipais pela frente. A cada                 mento paralelo que montou no BN-                      so — e inócuo — de contingencia-
governo impossibilitado de dar con- tímulo monetário fosse complemen-                                   dia, as deficiências da infraestrutura              DES, alimentado por transferências                    mento de gastos.
tinuidade à rápida expansão de gasto tado com mais um vigoroso impulso                                  parecem mais desgastantes. E os cro-                diretas do Tesouro, não contabiliza-
público que embasa seu projeto po- fiscal. O governo anda especialmente                                 nogramas da preparação do país pa-                  das nas estatísticas de resultado pri-                ROGÉRIO FURQUIM WERNECK é
lítico. Há muitas razões para defen- preocupado com o investimento pú-                                  ra a Copa do Mundo e as Olimpíadas,                 mário e de dívida líquida do setor pú-                economista.


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          Ciência: Ana Lucia Azevedo; Saúde: Marília Martins;                                                                                                                                   o dobro do de capa atual
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Juros e inflação no Brasil formam círculo vicioso

  • 1. 6 Sexta-feira, 20 de janeiro de 2012 . O GLOBO OPINIÃO Não se pode transigir nos direitos autorais P alavras simples em português, “so- sura, mas o termo pegou, circula na rede de propriedade intelectual, montados fora dos questão uma antiga e falsa ideia de que tudo pa” e “pipa” são acrônimos, em in- computadores e a manifestação de quarta fez Estados Unidos. Cabe um parêntese: uma lei na internet é de graça. Não pode ser, pois a glês, de duas leis em discussão no parlamentares recuarem. Mas a discussão de 1998 (Digital Millenium Copyright Act) per- rede mundial de computadores não fez desa- Congresso americano capazes de in- continuará. Ao “Wall Street Jour- mite que servidores sejam legal- parecer o custo — que não é baixo — de pro- cendiar a internet. “Stop On-line Piracy Act” nal”, um dos fundadores do Wi- mente derrubados, se estiveram dução de conteúdos, em qualquer mídia. e “Protect Intellectual Property Act” , algo co- kipedia, Jimmy Wales, declarou: a serviço da pirataria. Mas só se Os chamados “agregadores de conteúdo”, mo leis do “Pare a Pirataria On-line” e da “A política de internet não deve Projetos no funcionarem nos Estados Uni- Google, o maior deles, se lançaram e construí- “Proteção da Propriedade Intelectual”, en- ser estabelecida por Hollywood.” dos. Sopa e Pipa — a primeira lei ram forte base empresarial capturando textos, contram-se, pela ordem, na Câmara dos Re- A menção à sede dos grande es- congresso é mais direta ao ponto — esten- fotos, vídeos sem o devido pagamento a do- presentantes e no Senado. Na quarta, surgiu túdios, hoje todos, ou quase, liga- dem o raio de ação da Justiça nos e autores. Este tempo passou. Isolada- o primeiro sinal, para o grande público, da dos a algum conglomerado de americano americana para fora do país. Afi- mente ou por meio de representações associa- reação de grupos conhecidos no mundo di- comunicação, ajuda a se enten- nal, sites têm sido criados no ex- tivas, editores da mídia impressa e TVs nego- gital aos projetos de lei: o site da Wikipedia, der quem está no centro da briga erguem barreiras terior para vender ao consumi- ciam com Google e similares a disponibilidade nos Estados Unidos, entre outros, iniciou um nos EUA. dor americano filmes, shows de de seu acervo, enquanto, no caso de jornais e blecaute de 24 horas contra Sopa e Pipa. O As leis, voltadas ao correto contra usurpação TV, programas de computador, li- revistas, começa-se a cobrar pelo acesso de Google colocou uma tarja preta, e assim por combate à crescente indústria da vros, músicas, muita coisa, até leitores a cardápios especiais colocados na re- diante. pirataria — destruidora de em- medicamentos, sem a devida re- de. Sopa e Pipa são apenas a expressão legal, Alegam os opositores das propostas, seme- pregos formais, sonegadora de muneração aos proprietários. nos Estados Unidos, de um movimento maior, lhantes nos propósitos, que se trata de uma recursos tributários, etc. —, permitirão que a Tudo pago por cartão de crédito (barrar essas iniciado pela conscientização das empresas indevida ingerência do Estado no mundo “li- Justiça e o Ministério Público americanos re- transferências não é tecnicamente difícil). tradicionais de comunicação sobre o que de vre” da internet, algo como uma “censura”. É primam esquemas de pirataria, e o conse- O conflito, resumido entre “Hollywood vs. fato começava a ocorrer na sua atividade com um exagero equiparar as leis a um ato de cen- quente desrespeito a direitos autorais e de Vale do Silício”, vai muito além disso. Está em o surgimento da internet. Círculo vicioso dos juros e da inflação O Brasil permanece com as taxas xos a política monetária começa a perder efi- sobre alguns avanços macroeconômicos No conjunto dos gastos públicos, os in- reais de juros mais altas entre as cácia. E a inflação reaparece com garras que ajudariam o país a quebrar o círculo vi- vestimentos continuam representando economias relevantes do planeta, mais afiadas, o que leva o Banco Central a cioso. Um dos principais avanços seria o au- uma pequena parcela. E acabam sendo os posição nada lisonjeira (com subir os juros de novo para ten- mento da taxa de poupança in- primeiros a ser sacrificados a qualquer si- 4,8%, acima dos 2,8% da Hungria, em séria tar segurá-la. terna. Para que a economia bra- nal de perda de receita. O custeio absorve crise). No entanto, também não são abona- Trata-se de um processo pe- sileira seja mais competitiva e a maior parte das despesas governamen- dores os níveis de inflação no país. noso, porque tem impacto nega- Em 2009 e 2010, eficiente terá de investir mais, e tais, e o esforço político para comprimi-lo As metas de inflação estão acomodadas tivo sobre as finanças públicas, tanto melhor se esse investi- não é relevante. Tempos atrás, o governo em um patamar elevado para padrões inter- desnorteia os investimentos e taxas também mento vier do aumento da pou- propôs ao Congresso um limite para o cres- nacionais — já que são esses os parâmetros distancia grande número de pança doméstica, de modo que cimento dos gastos com custeio. Por essa usados para as taxas de juros — e só com brasileiros de muitas facilidades caíram, mas a expansão não fique tão depen- proposta, a expansão não poderia superar muito esforço recuaram no ano passado pa- da vida moderna. dente dos humores dos merca- a que fosse apresentada pelo Produto In- ra o teto tolerado (6,5%) por essa política. É difícil estabelecer uma exa- tiveram de dos financeiros internacionais. terno Bruto (PIB). É um tema que ficou em Decerto, o Brasil precisa quebrar essa tra- ta relação de causa e efeito por- Em face dos desafios que o banho-maria. Com a proposta, o governo jetória de gangorra nas taxas de juros versus que não são poucas as distor- voltar a subir país tem pela frente, a contri- busca dar a impressão que está fazendo inflação. Por estarem bem acima do que se- ções que foram se acumulando buição do setor público para o sua parte, e só não faz mais porque não en- ria recomendável, os juros são cortados pe- nesse quadro de anormalidade, aumento da poupança interna é contra o respaldo político do Congresso. É las autoridades monetárias sempre que é o que, resulta, às vezes, em uma fundamental. E isso poderia ser triste que uma definição tão importante pa- possível, como na quarta, em mais 0,5 pon- discussão sobre o que vem primeiro, se o traduzido por investimentos sob responsa- ra o futuro da economia brasileira fique na to, para 10,5%. A partir de um determinado ovo ou a galinha. bilidade governamental ou que sejam com- esfera do “faz de conta”. E acabe recaindo momento, com juros ligeiramente mais bai- Em paralelo, parece existir menos dúvidas partilhados pelo Estado. sobre as taxas de juros. O crescimento necessário Marcelo ROGÉRIO FURQUIM WERNECK der um crescimento econômico de 4,5% ao ano. O que há de peculiar é N a discussão sobre a possível que, entre todas, a que mais mobiliza desaceleração do crescimen- o governo seja a folga fiscal propicia- to chinês, voltou a ser lem- da por tal ritmo de expansão do brado na mídia que a lideran- PIB. ça do Partido Comunista da China es- É importante ter essa firme convic- taria convencida de que a expansão da ção do governo em mente, ao anali- economia não pode cair abaixo de 7% a sar suas supostas dúvidas sobre co- 8% ao ano. Crescimento mais lento po- mo conduzir a política macroeconô- ria em risco a coesão social do país e o mica nos próximos meses. O Planalto regime unipartidário. Guardadas as de- assustou-se com a desaceleração da vidas proporções, pode-se fazer inda- economia. E quer que o crescimento gação similar sobre o Brasil: a que taxa seja retomado tão logo quanto possí- tem de crescer a economia brasileira? vel. Há boas razões para crer que, em Embora não seja uma per- um cenário em que não gunta fácil, o governo tem haja uma deterioração a resposta pronta. dramática do quadro Na entrevista publicada Desaceleração econômico mundial, a na revista “The New Yor- retomada já esteja a ca- ker”, em dezembro passa- bota em risco minho, na esteira do do, a presidente Dilma afrouxamento monetá- Rousseff explicou que expansão rio observado nos últi- “precisamos manter a eco- mos meses. Mas o gover- nomia crescendo, sem in- de gastos no não quer dar tempo flação, para gerar receita ao tempo e deixar que que permita continuar do governo os efeitos da queda da nossa política de distribui- taxa de juros se façam ção de renda”. A equipe da sentir em toda sua ex- Fazenda tem sido bem tensão. Um aumento do mais específica. Está convencida de nível de atividade concentrado no se- que o crescimento tem de ser de pelo gundo semestre lhe parece tardio e menos 4,5% ao ano, para que a receita insuficiente. Significaria mais um ano blico, que caiu no ano passado. Não mais alarmantes. Mas como recupe- blico. Caso a situação externa se tributária permita ao governo conti- de crescimento do PIB a cerca de 3%. por contenção de gastos, mas em de- rar o investimento público e assegu- agrave, poderá ser feita nova e vulto- nuar a expandir o dispêndio e levar E de pouca fartura fiscal para fazer corrência do desmantelamento das rar o impulso fiscal capaz de anteci- sa transferência de recursos do Te- adiante seus programas, sem deteriora- face ao reajuste do salário mínimo e a cadeias de comando que acionavam par a retomada, sem que as contas souro ao BNDES, com roupagem sal- ção das contas públicas. outros aumentos de dispêndio já en- decisões de investimento em minis- públicas se deteriorem e o combate à vacionista. Mas, mesmo que não se É uma visão um tanto peculiar dos comendados. térios infestados por esquemas de inflação seja comprometido? agrave, o governo parece disposto a limites da desaceleração do cresci- Pronto a abandonar seu novo dis- corrupção. Não é difícil vislumbrar a “solu- fazer tal transferência a seco. Dissi- mento. Na China, menos de 7% deixa- curso sobre política fiscal, adotado O Planalto agora tem pressa. Foi-se ção”. Mais uma vez, o governo pare- mulando-a, talvez, com a cortina de ria o país à beira da explosão social. há menos de cinco meses, o Planalto o primeiro ano do mandato. Há elei- ce propenso a apelar para o orça- fumaça de um programa espalhafato- No Brasil, menos de 4,5% deixaria o não esconde que gostaria que o es- ções municipais pela frente. A cada mento paralelo que montou no BN- so — e inócuo — de contingencia- governo impossibilitado de dar con- tímulo monetário fosse complemen- dia, as deficiências da infraestrutura DES, alimentado por transferências mento de gastos. tinuidade à rápida expansão de gasto tado com mais um vigoroso impulso parecem mais desgastantes. E os cro- diretas do Tesouro, não contabiliza- público que embasa seu projeto po- fiscal. O governo anda especialmente nogramas da preparação do país pa- das nas estatísticas de resultado pri- ROGÉRIO FURQUIM WERNECK é lítico. Há muitas razões para defen- preocupado com o investimento pú- ra a Copa do Mundo e as Olimpíadas, mário e de dívida líquida do setor pú- economista. ORGANIZAÇÕES GLOBO FA L E C O M O G LO B O Presidente: Roberto Irineu Marinho Classifone: (21) 2534-4333 Para assinar: (21) 2534-4315 ou oglobo.com.br/assine Geral e Redação: (21) 2534-5000 Vice-Presidentes: João Roberto Marinho • José Roberto Marinho AGÊNCIA O GLOBO PUBLICIDADE SUCURSAIS A S S I N AT U R A V E N D A AV U L S A AT E N D I M E N T O OGLOBO DE NOTÍCIAS Noticiário: (21) 2534-4310 Belo Horizonte: Atendimento ao assinante ESTADOS DIAS ÚTEIS DOMINGOS AO LEITOR é publicado pela Infoglobo Comunicação e Participações S.A. 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