2. "É no brincar, e talvez apenas no
brincar, que a criança ou o adulto
fruem na sua liberdade de criação",
e completa: "é no brincar, e somente
no brincar, que o indivíduo, criança
ou adulto, pode ser criativo e utilizar
sua personalidade integral: e é
somente sendo criativo que o
indivíduo descobre o eu (self)"
(Winnicott,1975: 79-80).
WINNICOTT
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Siqueira
3. Para Winnicott, todo indivíduo possui
uma tendência inata ao
amadurecimento e, para que essa
tendência se concretize, é necessário
a adaptação do meio ambiente ao
bebê e suas necessidades.
Essa adaptação é exigida mais
intensamente no relacionamento do
bebê com sua mãe (ou alguém que
faça esse papel), que aceite a ideia de
ser responsável por um bebê.
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4. Criatividade primária
Tomando como certa a questão da
criatividade primária como ingrediente
particular e constituinte básico para o
desenvolvimento da capacidade de
brincar, passa-se então para a questão
de situar o brincar em um espaço no
qual ele se torna possível. Para isso, é
necessário esclarecer que uma das
características do brincar é que ele não
é nem da ordem da realidade externa
nem da realidade interna propriamente
dita, está em um meio entre ambos.
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5. Espaço potencial
O brincar se desenvolve dentro de um
espaço potencial, numa zona
intermediária, nem dentro, nem fora,
nem realidade interna, nem realidade
objetivamente percebida, nem no Eu,
nem no Não-Eu, mas no entre
ambos, de modo que, ao mesmo
tempo que não está contido neles, os
preserva e harmoniza.
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6. Teoria da Brincadeira
1. O bebê e o objeto estão fundidos um no
outro.
2. O objeto é repudiado, aceito de novo e
objetivamente percebido.
3. Ficar sozinho na presença de alguém. A
criança está brincando agora com base na
suposição de que a mãe ou a substituta está
disponível e é digna de confiança.
4. Fluir duas áreas da brincadeira: Primeiro a
mãe brinca com a criança, mas com cuidado
suficiente para ajustar-se às atividades lúdicas
da criança. Depois a criança introduz seu
próprio brincar. Desse modo está preparado o
caminho para um brincar conjunto num
relacionamento. Profª Dra Teresa Cristina Barbo
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7. O Brincar para Winnicott
Winnicott redimensionou o conceito
da brincadeira, situando o brincar do
analista e o valor que essa atividade
possui em si, instituída como uma
atividade infantil, e que também faz
parte do mundo adulto.
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8. O Brincar para Winnicott
Para ele os analistas infantis por se
ocuparem tanto dos possíveis
significados do brincar não possuíam
um claro enunciado descritivo sobre o
brincar. Para ele "Brincar é algo
além de imaginar e desejar, brincar
é o fazer."
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9. O Brincar para Winnicott
Winnicott aproximou a sessão de
psicanálise à noção do brincar. Para
ele, a sessão se dá mediante a
sobreposição de duas áreas do
brincar - a do paciente e a do analista.
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10. O Brincar para Winnicott
Para a criança, o
brincar é sua
linguagem
(expressa suas
alegrias, frustrações,
habilidades e
dificuldades". É a
maneira encontrada
para se expressar no
mundo e comunicar
a sua realidade
interior.
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11. O Brincar para Winnicott
A Ludoterapia
Mostra que O BRINCAR ajuda a criança a SE
EXPRESSAR, a conhecer A SI MESMA e ajuda o
terapeuta a entender seus PROBLEMAS
EMOCIONAIS. É o ramo da psicologia que se
constitui tendo o LÚDICO como uma possibilidade.
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12. O Brincar para Winnicott
Se o paciente não pode brincar, o
trabalho do analista é ajudá-lo a sair
desta impossibilidade para a situação
daquele que brinca.
Se o analista ele mesmo não pode
brincar, neste caso simplesmente não
serve para o ofício.
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13. O Brincar para Winnicott
Winnicott consider
a a criança em
processo contínuo de
constituir-se sujeito
em um corpo que se
desenvolve,
amadurece e cresce
em inter-relação
permanente com o
ambiente, em sua
teoria explicita que
pelo brincar a criança
se apropria de
experiências com e
através de um espaço
situado entre o real e
a fantasia.
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14. O Brincar para Winnicott
"A criança joga (brinca) para
expressar agressão, adquirir
experiência, controlar ansiedades,
estabelecer contatos sociais como
integração da personalidade e por
prazer."
(Winnicott)
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15. O Brincar para Winnicott
Ao brincar a criança necessita focar
a sua atenção na brincadeira e
desenvolver a sua criatividade,
curiosidade, autoconfiança, motivação,
empatia, cooperação.
Aprende a lidar com as frustrações,
as regras, ganhar e perder nos jogos e
outros conhecimentos e habilidades em
relação ao seu comportamento
necessários para o cotidiano.
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16. O Brincar para Winnicott
O espaço do brincar fica na
fronteira da subjetividade, e é
chamado de espaço potencial .
O brincar facilita a comunicação,
tanto consigo como com os outros.
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17. O Brincar para Winnicott
Quando a
criança brinca está
dando sinais de
sua vivacidade,
está
se socializando co
m outras crianças
e ao mesmo tempo
consigo mesmo
(eu). Ao mesmo
tempo que brinca a
criança cria
relações.
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18. O Brincar para Winnicott
Para o psicanalista, enquanto
brinca a criança revela relatos íntimos
que são falas reveladoras para a
realização do trabalho terapêutico.
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19. O Brincar para Winnicott
O brincar não se limita às crianças
apenas, mas se estende
aos adultos também, segundo
Winnicott.
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20. O Brincar para Winnicott
"É no brincar, e talvez apenas no
brincar, que a criança ou o adulto
fruem sua liberdade de
criação." (Winnicott).
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21. O Brincar para Winnicott
A mãe "brinca" com
seu bebê mesmo
antes do seu
nascimento, pois ela
fica
imaginando/idealizan
do como será.
Ao ser mãe associa
as lembranças de
sua infância, quando
brincava com sua
boneca.
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22. O Brincar para Winnicott
Após o nascimento do bebê já há uma
relação criada da mãe para com o bebê
e do bebê com a mãe, pois esse já
reconhece sua voz que ouvia desde o
útero.
No início, essa relação acontece como
se o bebê fosse o brinquedo (a boneca)
de sua mãe, a partir dessa interação, a
criança vai aprendendo a linguagem do
brincar e se apropriando dela.
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23. O Brincar para Winnicott
"... a brincadeira que é universal e que
é própria da saúde: o brincar facilita o
crescimento e, portanto, a saúde; o
brincar conduz a relacionamento
grupais; o brincar pode ser uma forma
de comunicação na psicoterapia... "
(Winnicott, 1975,
p.63) Profª Dra Teresa Cristina Barbo
Siqueira
24. Masturbação
[...] o elemento masturbatório está
essencialmente ausente no momento
em que a criança brinca, ou em outras
palavras, quando uma criança está
brincando, se a excitação física do
envolvimento instintual, se torna
evidente, então o brincar se
interrompe ou, pelo menos, se
estraga.(WINNICOTT, 1982).
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25. Referência Bibliográfica:
WINNICOTT, D. W. O brincar e a
realidade. Trad. de José Octavio de
Aguiar Abreu e Vanede Nobre. Rio de
Janeiro, Imago, 1975.
WINNICOTT, D. W. - A criança e o seu
mundo. Rio de Janeiro: Editora LTC,
1982.
Site na PUC :
http://professor.pucgoias.edu.br/SiteD
ocente/
home/professor.asp?key=1258
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