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NÍQUEL LATERÍTICO EM
NIQUELÂNDIA-GO
VIKTOR FERREIRA DE OLIVEIRA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
CENTRO DE CIÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA
SUMÁRIO
1. Introdução
 Localização
 Níquel
2. Uso do níquel da Indústria
3. Reservas
 Mundiais
 Brasileiras
 Valor de Mercado
4. Geologia
 O complexo Niquelândia
 Origem
 Evolução
5. Depósitos
 Reservas de Ni em Niquelandia
 Depósitos de Ni sobre Peridotitos
 Depósitos de Ni sobre Dunitos
6. Imagens
7. Referências
LOCALIZAÇÃO
Níquelandia é um município brasileiro do estado de Goiás;
Fica a 330km da capital Goiânia;
Mesorregião do Norte Goiano – Microrregião de Porangatu;
Sua população é de 42 380 habitantes;
Área de 9.843Km², sendo o maior município goiano;
O complexo Niquelândia fica a NNE da cidade.
N
Foto aérea da extração
em Niquelandia-GO
NÍQUEL
A sua designação vem de kupfernickel, aplicado por mineiros alemães
para indicar o falso cobre que extraíam da mina.
O clarcke do níquel é de 84 ppm
Teores de jazidas em torno de 1 a 1,5% Ni
Símbolo – Ni Número atômico - 28 Peso específico - 8,5
g/cm³
Sistema de
cristalização
isométrico
Levemente duro Metal branco
prateado
Maleável Dureza Escala de
Mohs – 3,5
Caráter
Ferromagnético
Boa Resistência a
oxidação e corrosão
USO DO NÍQUEL NA INDÚSTRIA
Aço Inoxidável – 65%
Superligas de níquel – 12%
Outros – 23%
 Outras ligas
 Baterias recarregáveis
 Reações de catálise
 Cunhagens de moedas
 Revestimentos metálicos
 Fundição.
65%
12%
23%
Aço Inoxidável Superligas de níquel Outros
RESERVAS MUNDIAIS
Reserva e produção mundial
RESERVAS BRASILEIRAS
RESERVAS MINERAIS -
2009
RESERVAS BRASILEIRASQUANTIDADE E VALOR DA PRODUÇÃO MINERAL COMERCIALIZADA - 2009
PRINCIPAIS EMPRESAS PRODUTORAS - 2009
RESERVAS BRASILEIRAS
VALOR DE MERCADO DO NÍQUEL
Valor atual do níquel - 13430,00 US$/ton
Preço do Níquel (Ton) – jan/2007 – jul/2013
Diminuição da
demanda e
embargo russo
Importação de
níquel por parte da
China
Crise econômica de 2008
GEOLOGIA
O complexo de Niquelândia é um dos maiores corpos máficos-ultramáficos do Brasil.
Juntamente com Barro Alto e Canabrava, define um lineamento de direção NNE e de
aproximadamente 300 km de extensão.
A área de afloramento é de geometria ovalada com 59 km de comprimento por 29 km de
largura, com uma parte achatada voltada para o sul.
Seus contatos com as rochas circunvizinhas dão-se por falhamentos.
Corresponde a uma elevação estrutural fortemente tectonizada, com trends direcionais
NNE-SSW e mergulhos de 40 a 65º para W, entre terrenos granito-gnáissicos
milonitizados.
O COMPLEXO NIQUELÂNDIA
Definidas em cinco zonas diferentes
Agrupadas em duas seqüências:
 Inferior com 4 unidades:
1. BGZ;
2. BPZ;
3. LUZ;
4. LGZ e LGZ superior.
 Superior com 1 unidade
1. UGAZ.
O COMPLEXO NIQUELÂNDIA
Sequência inferior - Unidades BGZ, BPZ e LUZ.
• BGZ:
Metagabro milonítico de grão fino próximo a falha basal. ;
Gabro apresenta camadas alternantes ricas em Cr-espinélio, websterito
e peridotito. (100m).
• Transição BGZ-BPZ: BGZ (gradualmente) para harzburgitos e dunitos da
BPZ.
• BPZ :
Central - Piroxênitos (em veios ou camadas) são raros ou
ausentes.
• Transição BPZ-LUZ: Horizontes dessimétrico de cromita.
• LUZ:
Dois horizontes de gabro (5 e 10m);
Alternância de websteritos e peridotitos (↑Cpx);
Horizonte de cromita (200m acima da 1ª ocorrência de dunitos);
O COMPLEXO NIQUELÂNDIA
Sequência inferior – Unidade LGZ:
 Dois finos horizontes de websteritos e peridotitos que ocorrem na sua base;
 Gabros melanocráticos para leucocráticos;
 Textura granoblástica heterogranular;
 Ocasionalmente textura cumulática - fase cúmulos formada por Cpx e
Opx.
 Plagioclásio, augita, hiperstênio e pequenas quantidades de ilmenita e
magnetita;
 Px com lamelas de exsolução (exceção - Presença neoblastos de px. sem
lamelas;
 O anfibólio começa a aparecer nas porções superiores desta unidade
LGZ Superior – Aparece biotita, quartzo, hornblenda e ortopiroxênio (dezenas
de metros).
O COMPLEXO NIQUELÂNDIA
Sequência superior – Unidade UGAZ
 Gabros e anortositos (intercalados).
 Gabros
Texturas cumuláticas (fases cúmulos marcadas pelos plagioclásios e
olivinas) e ortopiroxênio como intercúmulos; Textura Localmente
ofítica.
 Anortositos
Predomina hornblenda com plagioclásio e magnetita.
 Topo - Pequenas camadas de Cpx.
ORIGEM
Várias hipóteses controversas - Estratiforme (Rivalente et al., 1982; e Girardi et al., 1986) vs Ofiolítica
(Danni & Leonardos, 1981; e Danni et al., 1982).
Rivalenti et al. (1982)
 As indicações de uma diferenciação a partir de um pulso de magma para este complexo foram
apresentadas - magma parental do complexo parece estar situado no campo saturado em olivinas
no tetraedro do basalto.
 O gabro fino (contato embasamento-BGZ) = borda de resfriamento (composição picritica do líquido
original).
 Ordem de cristalização – Usado o diagrama pseudo-ternário de Ol-SiO2-Pl
 Variação de pressão (instabilidade no interior da câmara magmática) = Presença de cromita +
Extensão lateral das camadas de cromita + Formação de camadas e variação na concentração de
ferro
ORIGEM
Girardi et al. (1986)
 Os indícios da presença de vários pulsos de magmas
 Câmara magmática preenchida por uma intrusão de líquidos anidros
 Forma alongada da câmara = Perda de calor maior no piso e no teto (principais regiões de
resfriamento)
 Cristalização se desenvolveria para o interior do complexo.
 Tectonismo ativo atua na câmara = Grandes variações de pressão = Limites das fases do
sistema basáltico
 Variação + Continuidade de influxo de magma = Mecanismo que gerou o acamadamento das
sequências ultramáficas
EVOLUÇÃO
2.0 Ga - ↑↑ volume de magma máfico primitivo → dentro da crosta continental = Forma série inferior
acamadada em um ambiente extensional continental. (Ferreira Filho & Pimentel, 2000);
1,3 a 1,25 Ga – Formação de um rift, possivelmente envolvendo uma faixa oceânica = Forneceu
material (anortosito) para UGAZ. (Pimentel et al., 2004);
800 Ma – Outro rift (continental) = Magmas máficos (séries inferiores). (Pimentel et al., 2004);
700 a 795 Ma - Metamorfismo de alto grau e deformação dúctil associada (compatível com 800 Ma) -
(Ferreira Filho & Pimentel, 2000)
650-610Ma – Último evento de resfriamento (Fim da atividade orogênica do Cinturão Brasilia) (Ferreira
Filho & Pimentel, 2000) ;
630 Ma - Metamorfismo regional (na faixa Brasília) ← Final do fechamento e colisão continental (São
Francisco e Amazônico). A ascensão tectônica final dos complexos máficos-ultramáficos. (Pimentel et
al., 2004)
DEPÓSITOS
Os depósitos de lateritas foram formados em períodos de erosão e
intemperismo de rochas ultramáficas
Laterita resultante do peridotito, dunito ou piroxenito - Silicato de
níquel (Teor médio excede 1,5%).
Mais de 20 jazidas. Principais: Corriola, Córrego da Fazenda,
Vendinha, Angiquinho e Ribeirão do Engenho.
Dois tipos de minério
 Garnierita, que resulta da decomposição do piroxênito.
 Oxidado, que resulta da decomposição de peridotito e dunitos.
RESERVAS DE NÍQUEL LATERÍTICO EM
NIQUELÂNDIA
JAZIDAS DE NI SOBRE
PIROXÊNITOS (OLIVEIRA & TRESCASES (1982)
Serra da Mantiqueira (Niquelandia-GO) - Jazidas situadas a cotas superiores a 950 m.
Perfil de alteração ideal:
↑ Rocha fresca
Websterito - Composto por de bronzita e diopsídio (pode ter: olivina serpentinizada,
bastita e plagioclásio)
↑ Rocha alterada (8m) – 0,1-3% Ni
Restos de piroxênio e serpentina, esmectita e goethita.
Aparece muitas vezes cortada por veios de garnierita. (+ veios = ↑ concentração)
↑ Argila verde (25m) – 2-5% Ni Aumento da esmectita (natureza nontronitica – Baixo valor de Mg)
Destruição dos minerais primários.
Conserva estruturas da rocha
Principal horizonte mineralizado
↑ Argila marrom(15m) – 0,1-1,5% Ni Composta por goethita e caulinita.
Sofreu compactação (densidade maior que a da argila verde)
↑ Laterita vermelha (6m) – 0,1-1% Ni Parcialmente coluvionar (hematita e caulinita)
Pode ocorrer Fe, Ni, Mn e Co. (“in situ” sobre a forma de veios negros)
JAZIDAS DE NI SOBRE
PIROXÊNITOS (OLIVEIRA & TRESCASES (1982)
Relações estruturais e mineralógicas entre minerais primários e secundários = esquema de filiação
mineralógica:
Passagem da Goethita-Hematita pra laterita libera Ni para as regiões adjacentes.
Olivina Goethita Hematita
Bronzita
EsmectitaDiopsídio
Serpentina
(Bastita)
Plagioclásio Caulinita
JAZIDAS DE NI SOBRE DUNITOS(OLIVEIRA & TRESCASES (1982)
Perfis na jazida de Angiquinho (mais de 20 m de espessura) e nas jazidas de Niquelândia N
(mais de 8 m de espessura) :
↑ Rocha fresca – 0,2-0,3% Ni
Minerais primários: Olivina,enstatita e cromita.
Serpentinização → Retículo de serpentina (núcleos ocupados - resto de olivina), veios de
carbonato e brucita, bastita (←Opx) e magnetita.
↑ Rocha alterada – 0,7-2% Ni
Desaparece Brucita
Dissolução incongruente da olivina → resíduo ferruginoso
↑ Saprolito grosseiro – 1-1,5% Ni
Serpentina pode aparecer colorida ← Fe liberado pela olivina
Pode ser cortada por veios de magnesita e sepiolita. (Minerais com vida curta. + alteração
= - minerais)
Surge quartzo (Veios ou ocupando o buraco deixado pela olivina) – Permanece até a laterita
vermelha
↑* Saprolito argiloso verde – 2-5% Ni
Bastita → Esmectita
Fe → Goethita
↑* Saprolito argiloso amarelo – 0,4-2,5%
Ni
Esmectita → Goethita
JAZIDAS DE NI SOBRE DUNITOS(OLIVEIRA & TRESCASES (1982)
Óxidos de origem hipógena (magnetita e cromita) ← Oxidação durante a alteração
 Cromita (cristais maiores) ocorre apenas na superfície.
Cortando os horizontes *→ bolsões de clorita;
Angiquinho → horizonte espesso de couraça ferruginosa
 Formada pelo matérial da laterita vermelha (hematita e goethita).
Perfil não ocorre nas vertentes (perfil menos espesso);
Perfil de alteração
 Perfis silicatados (esmectíticos) – Topos aplainados ou baixadas (menor
drenagem)
 Perfis oxidados (saprólito ferruginoso) – Nas encostas e topos (maior drenagem)
• Calcedônia forma as encostas
• Argila verde (Esmectita) - Ni, Cu e Co
• Minério de Ni -> Garnierita (Silicato Hidratado de Níquel)
• Lateritas amarelas = 98% do minério oxidado típico
• Mais a Sul ocorrem na conta de 600m (Falhamento)
Pequenos veios de garnierita em piroxênito (parte de
baixo) e saprólito (parte de cima)
2cm
Contato geológico entre Gabro-Norito e Piroxenito (Complexo
Acamadado) - Niquelândia-GO
Bloco com alta concentração de Níquel laterítico (Complexo
acamadado) - Niquelândia-GO
Mina de Ni (trabalho de ampliação) em - Niquelândia-GO
CARMINATTI, M. G. (2006). MODELAGEM GEOFÍSICA DOS CORPOS MÁFICOS-
ULTRAMÁFICOS DE CANA BRAVA, NIQUELÂNDIA E BARRO ALTO, CENTRO DE
GOIÁS. Tese (Doutorado) - Universidade de São Paulo, 297 p.
OLIVEIRA, S.M.B. de & TRESCASES, J.J., 1982. Estudo mineralógico e
geoquímico da laterita niquelífera de Niquelândia-Goiás. In: CONGRESSO
BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 32, Salvador, 1982.
FARIAS, J. O. G. (2009). - Relatório Técnico 24 - Perfil da Mineração de
Níquel, Ministério de minas e energia, 55 p.
SILVA, C. S. - Níquel (DNPM/GO) (p. 258 a 273)
Mapa da CPRM de Goiás e Distrito Federal
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Goiás e do Distrito Federal

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Níquel laterítico em Niquelândia-GO

  • 1. NÍQUEL LATERÍTICO EM NIQUELÂNDIA-GO VIKTOR FERREIRA DE OLIVEIRA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA
  • 2. SUMÁRIO 1. Introdução  Localização  Níquel 2. Uso do níquel da Indústria 3. Reservas  Mundiais  Brasileiras  Valor de Mercado 4. Geologia  O complexo Niquelândia  Origem  Evolução 5. Depósitos  Reservas de Ni em Niquelandia  Depósitos de Ni sobre Peridotitos  Depósitos de Ni sobre Dunitos 6. Imagens 7. Referências
  • 3. LOCALIZAÇÃO Níquelandia é um município brasileiro do estado de Goiás; Fica a 330km da capital Goiânia; Mesorregião do Norte Goiano – Microrregião de Porangatu; Sua população é de 42 380 habitantes; Área de 9.843Km², sendo o maior município goiano; O complexo Niquelândia fica a NNE da cidade.
  • 4. N Foto aérea da extração em Niquelandia-GO
  • 5. NÍQUEL A sua designação vem de kupfernickel, aplicado por mineiros alemães para indicar o falso cobre que extraíam da mina. O clarcke do níquel é de 84 ppm Teores de jazidas em torno de 1 a 1,5% Ni Símbolo – Ni Número atômico - 28 Peso específico - 8,5 g/cm³ Sistema de cristalização isométrico Levemente duro Metal branco prateado Maleável Dureza Escala de Mohs – 3,5 Caráter Ferromagnético Boa Resistência a oxidação e corrosão
  • 6. USO DO NÍQUEL NA INDÚSTRIA Aço Inoxidável – 65% Superligas de níquel – 12% Outros – 23%  Outras ligas  Baterias recarregáveis  Reações de catálise  Cunhagens de moedas  Revestimentos metálicos  Fundição. 65% 12% 23% Aço Inoxidável Superligas de níquel Outros
  • 7. RESERVAS MUNDIAIS Reserva e produção mundial
  • 8.
  • 10. RESERVAS BRASILEIRASQUANTIDADE E VALOR DA PRODUÇÃO MINERAL COMERCIALIZADA - 2009 PRINCIPAIS EMPRESAS PRODUTORAS - 2009
  • 11.
  • 13. VALOR DE MERCADO DO NÍQUEL Valor atual do níquel - 13430,00 US$/ton Preço do Níquel (Ton) – jan/2007 – jul/2013 Diminuição da demanda e embargo russo Importação de níquel por parte da China Crise econômica de 2008
  • 14. GEOLOGIA O complexo de Niquelândia é um dos maiores corpos máficos-ultramáficos do Brasil. Juntamente com Barro Alto e Canabrava, define um lineamento de direção NNE e de aproximadamente 300 km de extensão. A área de afloramento é de geometria ovalada com 59 km de comprimento por 29 km de largura, com uma parte achatada voltada para o sul. Seus contatos com as rochas circunvizinhas dão-se por falhamentos. Corresponde a uma elevação estrutural fortemente tectonizada, com trends direcionais NNE-SSW e mergulhos de 40 a 65º para W, entre terrenos granito-gnáissicos milonitizados.
  • 15. O COMPLEXO NIQUELÂNDIA Definidas em cinco zonas diferentes Agrupadas em duas seqüências:  Inferior com 4 unidades: 1. BGZ; 2. BPZ; 3. LUZ; 4. LGZ e LGZ superior.  Superior com 1 unidade 1. UGAZ.
  • 16. O COMPLEXO NIQUELÂNDIA Sequência inferior - Unidades BGZ, BPZ e LUZ. • BGZ: Metagabro milonítico de grão fino próximo a falha basal. ; Gabro apresenta camadas alternantes ricas em Cr-espinélio, websterito e peridotito. (100m). • Transição BGZ-BPZ: BGZ (gradualmente) para harzburgitos e dunitos da BPZ. • BPZ : Central - Piroxênitos (em veios ou camadas) são raros ou ausentes. • Transição BPZ-LUZ: Horizontes dessimétrico de cromita. • LUZ: Dois horizontes de gabro (5 e 10m); Alternância de websteritos e peridotitos (↑Cpx); Horizonte de cromita (200m acima da 1ª ocorrência de dunitos);
  • 17. O COMPLEXO NIQUELÂNDIA Sequência inferior – Unidade LGZ:  Dois finos horizontes de websteritos e peridotitos que ocorrem na sua base;  Gabros melanocráticos para leucocráticos;  Textura granoblástica heterogranular;  Ocasionalmente textura cumulática - fase cúmulos formada por Cpx e Opx.  Plagioclásio, augita, hiperstênio e pequenas quantidades de ilmenita e magnetita;  Px com lamelas de exsolução (exceção - Presença neoblastos de px. sem lamelas;  O anfibólio começa a aparecer nas porções superiores desta unidade LGZ Superior – Aparece biotita, quartzo, hornblenda e ortopiroxênio (dezenas de metros).
  • 18. O COMPLEXO NIQUELÂNDIA Sequência superior – Unidade UGAZ  Gabros e anortositos (intercalados).  Gabros Texturas cumuláticas (fases cúmulos marcadas pelos plagioclásios e olivinas) e ortopiroxênio como intercúmulos; Textura Localmente ofítica.  Anortositos Predomina hornblenda com plagioclásio e magnetita.  Topo - Pequenas camadas de Cpx.
  • 19. ORIGEM Várias hipóteses controversas - Estratiforme (Rivalente et al., 1982; e Girardi et al., 1986) vs Ofiolítica (Danni & Leonardos, 1981; e Danni et al., 1982). Rivalenti et al. (1982)  As indicações de uma diferenciação a partir de um pulso de magma para este complexo foram apresentadas - magma parental do complexo parece estar situado no campo saturado em olivinas no tetraedro do basalto.  O gabro fino (contato embasamento-BGZ) = borda de resfriamento (composição picritica do líquido original).  Ordem de cristalização – Usado o diagrama pseudo-ternário de Ol-SiO2-Pl  Variação de pressão (instabilidade no interior da câmara magmática) = Presença de cromita + Extensão lateral das camadas de cromita + Formação de camadas e variação na concentração de ferro
  • 20. ORIGEM Girardi et al. (1986)  Os indícios da presença de vários pulsos de magmas  Câmara magmática preenchida por uma intrusão de líquidos anidros  Forma alongada da câmara = Perda de calor maior no piso e no teto (principais regiões de resfriamento)  Cristalização se desenvolveria para o interior do complexo.  Tectonismo ativo atua na câmara = Grandes variações de pressão = Limites das fases do sistema basáltico  Variação + Continuidade de influxo de magma = Mecanismo que gerou o acamadamento das sequências ultramáficas
  • 21. EVOLUÇÃO 2.0 Ga - ↑↑ volume de magma máfico primitivo → dentro da crosta continental = Forma série inferior acamadada em um ambiente extensional continental. (Ferreira Filho & Pimentel, 2000); 1,3 a 1,25 Ga – Formação de um rift, possivelmente envolvendo uma faixa oceânica = Forneceu material (anortosito) para UGAZ. (Pimentel et al., 2004); 800 Ma – Outro rift (continental) = Magmas máficos (séries inferiores). (Pimentel et al., 2004); 700 a 795 Ma - Metamorfismo de alto grau e deformação dúctil associada (compatível com 800 Ma) - (Ferreira Filho & Pimentel, 2000) 650-610Ma – Último evento de resfriamento (Fim da atividade orogênica do Cinturão Brasilia) (Ferreira Filho & Pimentel, 2000) ; 630 Ma - Metamorfismo regional (na faixa Brasília) ← Final do fechamento e colisão continental (São Francisco e Amazônico). A ascensão tectônica final dos complexos máficos-ultramáficos. (Pimentel et al., 2004)
  • 22. DEPÓSITOS Os depósitos de lateritas foram formados em períodos de erosão e intemperismo de rochas ultramáficas Laterita resultante do peridotito, dunito ou piroxenito - Silicato de níquel (Teor médio excede 1,5%). Mais de 20 jazidas. Principais: Corriola, Córrego da Fazenda, Vendinha, Angiquinho e Ribeirão do Engenho. Dois tipos de minério  Garnierita, que resulta da decomposição do piroxênito.  Oxidado, que resulta da decomposição de peridotito e dunitos.
  • 23. RESERVAS DE NÍQUEL LATERÍTICO EM NIQUELÂNDIA
  • 24. JAZIDAS DE NI SOBRE PIROXÊNITOS (OLIVEIRA & TRESCASES (1982) Serra da Mantiqueira (Niquelandia-GO) - Jazidas situadas a cotas superiores a 950 m. Perfil de alteração ideal: ↑ Rocha fresca Websterito - Composto por de bronzita e diopsídio (pode ter: olivina serpentinizada, bastita e plagioclásio) ↑ Rocha alterada (8m) – 0,1-3% Ni Restos de piroxênio e serpentina, esmectita e goethita. Aparece muitas vezes cortada por veios de garnierita. (+ veios = ↑ concentração) ↑ Argila verde (25m) – 2-5% Ni Aumento da esmectita (natureza nontronitica – Baixo valor de Mg) Destruição dos minerais primários. Conserva estruturas da rocha Principal horizonte mineralizado ↑ Argila marrom(15m) – 0,1-1,5% Ni Composta por goethita e caulinita. Sofreu compactação (densidade maior que a da argila verde) ↑ Laterita vermelha (6m) – 0,1-1% Ni Parcialmente coluvionar (hematita e caulinita) Pode ocorrer Fe, Ni, Mn e Co. (“in situ” sobre a forma de veios negros)
  • 25. JAZIDAS DE NI SOBRE PIROXÊNITOS (OLIVEIRA & TRESCASES (1982) Relações estruturais e mineralógicas entre minerais primários e secundários = esquema de filiação mineralógica: Passagem da Goethita-Hematita pra laterita libera Ni para as regiões adjacentes. Olivina Goethita Hematita Bronzita EsmectitaDiopsídio Serpentina (Bastita) Plagioclásio Caulinita
  • 26. JAZIDAS DE NI SOBRE DUNITOS(OLIVEIRA & TRESCASES (1982) Perfis na jazida de Angiquinho (mais de 20 m de espessura) e nas jazidas de Niquelândia N (mais de 8 m de espessura) : ↑ Rocha fresca – 0,2-0,3% Ni Minerais primários: Olivina,enstatita e cromita. Serpentinização → Retículo de serpentina (núcleos ocupados - resto de olivina), veios de carbonato e brucita, bastita (←Opx) e magnetita. ↑ Rocha alterada – 0,7-2% Ni Desaparece Brucita Dissolução incongruente da olivina → resíduo ferruginoso ↑ Saprolito grosseiro – 1-1,5% Ni Serpentina pode aparecer colorida ← Fe liberado pela olivina Pode ser cortada por veios de magnesita e sepiolita. (Minerais com vida curta. + alteração = - minerais) Surge quartzo (Veios ou ocupando o buraco deixado pela olivina) – Permanece até a laterita vermelha ↑* Saprolito argiloso verde – 2-5% Ni Bastita → Esmectita Fe → Goethita ↑* Saprolito argiloso amarelo – 0,4-2,5% Ni Esmectita → Goethita
  • 27. JAZIDAS DE NI SOBRE DUNITOS(OLIVEIRA & TRESCASES (1982) Óxidos de origem hipógena (magnetita e cromita) ← Oxidação durante a alteração  Cromita (cristais maiores) ocorre apenas na superfície. Cortando os horizontes *→ bolsões de clorita; Angiquinho → horizonte espesso de couraça ferruginosa  Formada pelo matérial da laterita vermelha (hematita e goethita). Perfil não ocorre nas vertentes (perfil menos espesso); Perfil de alteração  Perfis silicatados (esmectíticos) – Topos aplainados ou baixadas (menor drenagem)  Perfis oxidados (saprólito ferruginoso) – Nas encostas e topos (maior drenagem)
  • 28.
  • 29. • Calcedônia forma as encostas • Argila verde (Esmectita) - Ni, Cu e Co • Minério de Ni -> Garnierita (Silicato Hidratado de Níquel) • Lateritas amarelas = 98% do minério oxidado típico • Mais a Sul ocorrem na conta de 600m (Falhamento)
  • 30. Pequenos veios de garnierita em piroxênito (parte de baixo) e saprólito (parte de cima) 2cm
  • 31. Contato geológico entre Gabro-Norito e Piroxenito (Complexo Acamadado) - Niquelândia-GO
  • 32. Bloco com alta concentração de Níquel laterítico (Complexo acamadado) - Niquelândia-GO
  • 33. Mina de Ni (trabalho de ampliação) em - Niquelândia-GO
  • 34. CARMINATTI, M. G. (2006). MODELAGEM GEOFÍSICA DOS CORPOS MÁFICOS- ULTRAMÁFICOS DE CANA BRAVA, NIQUELÂNDIA E BARRO ALTO, CENTRO DE GOIÁS. Tese (Doutorado) - Universidade de São Paulo, 297 p. OLIVEIRA, S.M.B. de & TRESCASES, J.J., 1982. Estudo mineralógico e geoquímico da laterita niquelífera de Niquelândia-Goiás. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 32, Salvador, 1982. FARIAS, J. O. G. (2009). - Relatório Técnico 24 - Perfil da Mineração de Níquel, Ministério de minas e energia, 55 p. SILVA, C. S. - Níquel (DNPM/GO) (p. 258 a 273) Mapa da CPRM de Goiás e Distrito Federal Geologia e Recursos Minerais do Estado de Goiás e do Distrito Federal