SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 6
Baixar para ler offline
NEWSLETTER LICINIA DE CAMPOS
SEMANA 42

CULINÁRIA COMO ESTRATÉGIA DE PROMOÇÃO DA SAÚDE

Acredito firmemente no poder da culinária. Penso que é uma das melhores maneiras de exercer
controle na nossa saúde. Mas como alguém pode comer direito se não aprendeu a cozinhar? Como
podemos implementar todos os guias dietéticos atuais sem saber fazer nossa própria refeição – ao
menos de vez em quando?

Recentemente o Culinary Institute of America e a Escola de Medicina de Harvard estabeleceram um
projeto em comum para complementar e integrar as terapias médicas na Escola de Medicina. A missão é
colocar a América cozinhando – e eles querem que os médicos sejam os maiores educadores deste
movimento. Acreditam que o ato de cozinhar – e a apreciação de alimentos de boa qualidade de
maneira consciente – pode ser a melhor solução a longo termo para ajudar os EUA a combater a
obesidade e as condições médicas crônicas.

Hoje, vivemos em uma cultura altamente consciente do glamour da Culinária, com tendências ao
“alimento como entretenimento”, com veiculação máxima dos grandes chefes pela mídia, mas isso não
ensinou as pessoas a cozinhar. Todas essas pessoas que assistem intermináveis sessões de programas de
culinária sabem recitar todos os nomes dos chefes televisivos, mas geralmente não sabem como assar
um frango.

Como nutricionista, penso que é realmente importante ir além de ensinar a respeito de gramas de
gorduras, % de calorias e miligramas de nutrientes. Não podemos (como educadores) instigar as pessoas
a consumirem mais frutas, hortaliças e grãos integrais ou a comprar na mercearia mais próxima e evitar
alimentos processados, sem muni-los de habilidades culinárias, necessárias para implementar estes
aprendizados. Treinamento culinário e educação nutricional devem caminhar juntos.

A maioria das pessoas não possui habilidades culinárias básicas. A definição de culinária mudou. Agora
mais parece uma cozinha de montagem e aquecimento – e provavelmente no microondas. Pela 1ª vez, a
lasanha consumida em casa está mais próxima de ser descongelada do que preparada com ingredientes
caseiros. Se a comida não vier em uma embalagem com instruções, muitas pessoas não sabem o que
fazer. Embora ouçam constantemente sobre as virtudes de alimentos frescos, naturais e não
processados, e são estimulados a consumir mais hortaliças, grãos e refeições baseadas em vegetais, as
pessoas quase sempre se sentem mal equipadas para cumprir este ensinamento. Mesmo com os shows
de culinária, muito populares na televisão, muitas pessoas não são ativas em suas próprias cozinhas.
Comida ficou tão glamourizada, mas conhecimentos básicos estão em falta.
A internet é fonte de um número crescente de nutricionistas e aconselhamentos dietéticos, combinando
educação nutricional com instruções de culinária caseira. A tendência é trabalhar com pacientes em
suas próprias cozinhas e ajudá-los a comprar e preparar refeições nutritivas. Não mais é suficiente
aconselhar as pessoas a consumirem 20g deste ingrediente ou meia xícara daquele. Pacientes precisam
estar aptos a traduzir isso em escolhas alimentares e a aprenderem como prepará-las.

O 1º passo é ensinar as habilidades com a faca, a selecionar utensílios de cozinha e introduzir técnicas
básicas de cocção, como assar, refogar e saltear. Muitos cozinheiros domésticos sabem que devem
limitar o sódio, o açúcar e a gordura, mas não sabem COMO fazê-lo em sua própria cozinha e nem
preparar refeições que sejam saborosas – e ao mesmo tempo rápidas, fáceis e econômicas. (PS: existe
isso sim)

O triste é saber que poucas pessoas estão cientes do que deve ser feito para comer bem, tanto em
sentido nutricional quanto em qualidades organolépticas – sabor, paladar, contraste de cores, harmonia
de ingredientes. Por isso a grande maioria precisa aprender COMO essas duas qualidades fazem parte
da equação.

Uma das soluções seria trazer de volta uma disciplina defunta para o colegial: Economia Doméstica. Esta
solução foi proposta por 2 profissionais de saúde na edição de 12 de maio do ano passado no Journal of
the American Medical Association. Muitos pais nunca aprenderam a cozinhar e assim se baseiam em
restaurantes, deliveries, refeições congeladas e alimentos pré-preparados como suprimento básico.
Quem tem poder financeiro privilegiado pode desfrutar de uma cozinheira, mas que nem sempre sabe
aplicar muito bem as técnicas gastronômicas ao cotidiano, priorizando sempre os valores sensoriais e se
esquecendo (por falta de aprendizado) dos valores nutricionais. Comer não só é um ato prazeroso, como
também é um ato de nutrir. Muitas crianças raramente experimentaram como é o sabor de uma
verdadeira refeição feita em casa e muito menos o que é necessário para prepará-la.

Não vai adiantar nada colocar uma disciplina baseada em Educação Nutricional na Escola, se esta não for
acompanhada das ferramentas de aprendizado necessárias para preparar os alimentos preconizados
como saudáveis. Um currículo renovado em Economia Doméstica pode equipar os adolescentes com
conhecimentos essenciais para vidas longas e saudáveis e reverter as tendências em obesidade e as
causas relacionadas com dietas deficientes. Ensinamentos de preparação de alimentos na escola podem
ajudar a desenvolver relação saudável com alimentos para que sejam menos tentados a seguir dietas da
moda. A conclusão é que este pode ser um dos melhores investimentos que a sociedade pode fazer.

As habilidades culinárias

Evidências demonstram que durante as últimas décadas aconteceu um declínio gradual nas habilidades
culinárias. Saber cozinhar no dia-a-dia é visto como antiquado e pode não ser mais necessário em um
mundo cada vez mais baseado em tecnologias. Uma pesquisa recente com jovens de 7 a 16 anos na
Inglaterra (Caraher et al, 1999) mostrou que as habilidades culinárias dos jovens são grandemente
influenciadas por tecnologias. Por exemplo, aprender a cozinhar um alimento no microondas pode ser
mais interessante (e limpo) que o tradicional.

As habilidades culinárias norteiam a maneira que as pessoas visualizam os alimentos, e a disponibilidade
dos alimentos determinam, de alguma maneira, o tipo e a variedade de cozimento aplicados.
Habilidades e conhecimentos inadequados são motivo de preocupação, pois podem levar às dietas
empobrecidas e subsequentes deficiências nutricionais. Os avanços em tecnologia e vidas cada dia mais
ocupadas conduziram a um consumo crescente de refeições prontas. A atitude atual é de que o dinheiro
obtido na luta pode comprar refeições com o mínimo de trabalho, então por que se aborrecer em
aprender a cozinhar? A disponibilidade de alimentos prontos para consumo retira a necessidade das
habilidades culinárias a fim de colocar comida na mesa. A popularidade de alimentos já preparados não
diminui a importância do cozimento com ingredientes básicos. A maior preocupação em particular com
refeições prontas é que as pessoas sem saber acabam consumindo grandes quantidades de gorduras e
açúcares, com falta de outros nutrientes mais importantes e antioxidantes, protetores de doenças.

Mas será que se ater às refeições prontas resultam em saúde comparável às refeições caseiras? Na
última situação se pode ter controle sobre os ingredientes e se tenta utilizar o melhor e o mais fresco, e
incluir maior quantidade e variedade de ingredientes. Exemplo: molho enlatado X molho caseiro – o
molho enlatado pode não conter o azeite extra-virgem, alho, ervas, hortaliças aromáticas, etc e portanto
pode não ser tão denso fitoquimicamente.

A grande maioria dos profissionais em saúde promove alimentos como arroz, macarrão, pescado, frutas
e hortaliças sem se remeter adequadamente às habilidades e conhecimentos necessários para o preparo
destes alimentos. Algumas pessoas possuem estas habilidades, mas podem não colocá-las em prática.
Pessoas de grupos sócio-econômicos mais elevados parecem ser os primeiros a não escolher o
cozimento dos básicos. Não se sabe se é porque podem sustentar financeiramente suas escolhas mais
sofisticadas, se é por conta da falta de tempo, ou porque é culturalmente aceitável, ou porque não
podem cozinhar, ou uma combinação destes fatores.

Historicamente, foi sempre tarefa da mãe ensinar as habilidades culinárias para a filha, e cozinhar era
visto como domínio feminino. Atualmente isto está mudando cada vez mais, com muitos homens
mostrando interesse em alimentos e mesmo tornando essa tarefa como ocupação de período integral.
Estamos vendo um número crescente de homens trabalhando como chefes em restaurantes e muito
chefes masculinos apresentando shows de culinária e/ou escrevendo para revistas.
O interesse público em alimentos foi às alturas e isto está bem evidente no número de programas de
culinária ao redor do mundo, nas vendas de livros e revistas. Caraher et al (1999) se preocupou com este
assunto: “o crescimento dos programas de culinária na TV pode estar levando a culinária a se tornar
como atividade de um espectador mais que uma atividade ativa ou participativa”. A maior restrição a
fazer a respeito da popularidade desses programas é que não parecem preocupados com o preparo de
alimentos saudáveis, ao contrário na maioria das vezes cozinham alimentos ricos em gorduras como
creme de leite ou frituras ou quando o fazem, utilizam-se de ingredientes incomuns à população
brasileira, fazendo com que a realidade fique distante do “televisionado”. O ato de cozinhar está
passando por uma troca conceitual, de tarefa diária para atividade de lazer, com muitas pessoas
indicando que gostam de cozinhar por prazer, para desestressar ou para exibir sua criatividade. Cozinhar
como lazer está sendo mais frequente entre os grupos socio-econômicos mais elevados.

Adquirir as habilidades para cozinhar tem seus benefícios. Dá à pessoa a capacidade de cozinhar
partindo dos preceitos básicos, fornece uma base pela qual a habilidade culinária pode-se desenvolver.
Ter a habilidade de cozinhar no cotidiano abre um novo horizonte em ingredientes, texturas e sabores.
Uma vez aprendidos os princípios básicos da culinária, pode-se experimentar ingredientes diferentes e
culinárias dos mais diversos recantos, abrindo uma janela para o mundo.

Referência bibliográfica:

CARAHER, M. & LANG, T. Can’t cook, won’t cook: a review of cooking skills and their relevance to health
promotion. Int. J. Health Prom. & Educ, Vol 32; no 3; 1999 pp 89-100.

Dra Licinia de Campos
Graduada em Nutrição (Universidade São Judas Tadeu) com formação autodidata em Gastronomia; pós-graduada em Gestão
de Negócios de Serviços de Alimentação (SENAC); curso de especialização em Docência e Didática para Ensino Superior em
Turismo e Hotelaria (SENAC); curso de Auditor Líder ISO 22000 (Food Design); ex-redatora do Suplemento Feminino do jornal
“O Estado de SP” (1984- 1989); especialização em Antropologia Alimentar através de premiação para o Seminário:
“Alimentation et hiérarchies sociales et culturelles” pelo IEHCA na Universidade de Tours, França; participante do programa
“Com Sabor” da Rede Mulher por 3 anos; tradutora de diversos fascículos e livros para a Editora Globo; consultora
gastronômica- nutricional do site www.sic.org.br (Serviço de Informação da Carne) e do site www.lacteabrasil.org.br;
palestrante especializada em Gastronomia e Nutrição; redatora da revista NutriNews há mais de 10 anos com premio Destaque
Food Service 2008; docente em vários cursos das unidades SENAC desde 1998; Coordenadora do curso de Gastronomia da
Faculdade Paschoal Dantas; Consultora e Assessora Especializada em Gestão Operacional Administrativa de Unidades
Alimentares; mestranda pela Universidade de Léon, Espanha do curso Master em Gerontologia – Ciência do Envelhecimento.

Contatos comerciais p/ assessoria gastronômica e nutricional em Serviços de Alimentação; preparo de manuais e receituários
p/ veiculação em internet, revistas, folhetos, etc; tradução de textos culinários e nutricionais; aulas, palestras e treinamentos
em Higiene e Manipulação Alimentar, Cortes e Qualidades das carnes bovinas, suínas e ovinas, Adequação de Métodos de
Procedimentos e Cozimentos em Unidades Alimentares, Cardápios característicos da Culinária Internacional por especificidade
(européia, asiática, oriental, brasileira, etc), Desenvolvimento de produtos alimentares normais ou com peculiaridades
dietéticas.

e-mail: liciniadecampos@uol.com.br.

Tel: (11) 97376596

RECEITA

O tradicional também pode ser nutritivo

Picadinho à brasileira

A maioria dos picadinhos possui os mesmos ingredientes principais, mesmo quando há ligeiras variações
na receita do molho. Um picadinho é uma apresentação simples feita com carne moída, cebolas,
tomates, às vezes pimentões e vários temperos combinados. O valor nutricional do picadinho depende
da qualidade de seus ingredientes. Falando de forma genérica, uma porção de picadinho – carne +
molho – gira ao redor de 250 kcal, contém 16g de gordura (uma vez mais, depende de quem está
preparando) e oferece quase 60 mg de colesterol. Considera-se uma porção mais ou menos ½ xícara de
carne com molho. As calorias adicionais ficam por conta dos acompanhamentos.

Em sua receita original, picadinho nunca seria considerado como comida dietética, que possa ajudar a
pessoa em atingir seus objetivos de perda de peso. Mas a preparação pode ser transformada em menos
calórica e gordurosa com algumas mudanças simples na receita. A 1ª medida seria utilizar carne moída
com menor porcentagem de gordura. Segundo, substituir o arroz branco normal por arroz integral.

Picadinho à brasileira (8 porções)

750g de coxão mole moído – 1 xícara de cebola bem picada – ½ xícara de pimentão verde picado – 250 g
de tomates pelados picados – 1 xícara de purê de tomates – 1 ½ colheres (chá) de molho inglês – 1 ½
colheres (chá) de suco de limão – 1 ½ colheres (chá) de mostarda amarela – 1 dente de alho esmagado –
pimenta do reino (opcional)

Coloque na panela a carne moída e deixe refogar em fogo médio, sempre mexendo para quebrar a
carne, até ficar completamente dourada, sem traços rosados. Junte então o alho e a cebola e refogue
até ficarem dourados. Junte os tomates picados, o purê e os temperos. Aqueça bem por 10 minutos em
fogo médio, mexendo de vez em quando. Sirva com batatas “fritas” (segue receita).

Informação nutricional: 272 kcal; proteínas 22,1 g; gorduras totais 6,7 g; carboidratos 30g; fibras 2,9 g;
colesterol 54 mg; ferro 3,2 mg; sódio 673 mg; cálcio 43 mg.
Batatas fritas no forno (4 porções)

4 batatas médias – ½ colher (sopa) de azeite de oliva – ¼ colher (chá) de sal – ½ colher (chá) de alho em
pó – ½ colher (chá) de cebola em pó

Preaqueça o forno quente, 220°C. Corte as batatas ao meio e depois em gomos. Coloque-as em uma
tigela e regue com o azeite. Misture bem para envolvê-las. Em outra tigela, misture o alho em pó, a
cebola em pó e o sal. Polvilhe por igual sobre as batatas e mexa para envolver. Coloque as batatas em
assadeira. Asse por 15 – 20 minutos, virando de vez em quando, até ficarem douradas e macias ao garfo.

Informação nutricional: 167 kcal; proteínas 4g; carboidratos totais 35g; gorduras totais 3,5g; fibras 4g;
açúcares 2g; sódio 159mg.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Causas e conseqüências da obesidade infantil e juvenil. dr. caio et dra. caio.
Causas e conseqüências da obesidade infantil e juvenil. dr. caio et dra. caio.Causas e conseqüências da obesidade infantil e juvenil. dr. caio et dra. caio.
Causas e conseqüências da obesidade infantil e juvenil. dr. caio et dra. caio.Van Der Häägen Brazil
 
MANUAL DE CONTAGEM DE CARBOIDRATOS PARA PESSOAS COM DIABETES
MANUAL DE CONTAGEM DE CARBOIDRATOS PARA PESSOAS COM DIABETESMANUAL DE CONTAGEM DE CARBOIDRATOS PARA PESSOAS COM DIABETES
MANUAL DE CONTAGEM DE CARBOIDRATOS PARA PESSOAS COM DIABETESCreche Segura
 
Sono ruim e sonolência diurna excessiva na ausência de apnéia obstrutiva do s...
Sono ruim e sonolência diurna excessiva na ausência de apnéia obstrutiva do s...Sono ruim e sonolência diurna excessiva na ausência de apnéia obstrutiva do s...
Sono ruim e sonolência diurna excessiva na ausência de apnéia obstrutiva do s...Van Der Häägen Brazil
 
Apresentação Educação Nutricional Infantil
Apresentação Educação Nutricional InfantilApresentação Educação Nutricional Infantil
Apresentação Educação Nutricional InfantilFabiVivieGabi
 
Receitas AlimentaçãO Escolar Lanche Gostoso 02
Receitas AlimentaçãO Escolar Lanche Gostoso 02Receitas AlimentaçãO Escolar Lanche Gostoso 02
Receitas AlimentaçãO Escolar Lanche Gostoso 02tsunamidaiquiri
 
Manual Patologias na Alimentação Escolar-_2ed (1)
Manual Patologias na Alimentação Escolar-_2ed (1)Manual Patologias na Alimentação Escolar-_2ed (1)
Manual Patologias na Alimentação Escolar-_2ed (1)Gisele Karnopp
 
Cardápios Saudáveis
Cardápios SaudáveisCardápios Saudáveis
Cardápios SaudáveisCreche Segura
 
Receitas E Carcapios Saudaveis
Receitas E Carcapios  SaudaveisReceitas E Carcapios  Saudaveis
Receitas E Carcapios SaudaveisTomateVerdeFrito
 
Guia alimentar para população brasileira
Guia alimentar para população brasileiraGuia alimentar para população brasileira
Guia alimentar para população brasileiraCarolina Sá
 
Bicastiradentes saudei obesidadeinfantil
Bicastiradentes saudei obesidadeinfantilBicastiradentes saudei obesidadeinfantil
Bicastiradentes saudei obesidadeinfantiltemastransversais
 
Apresentação Educação Nutricional Infantil
Apresentação Educação Nutricional InfantilApresentação Educação Nutricional Infantil
Apresentação Educação Nutricional InfantilFabiVivieGabi
 
Bicastiradentes saudeii higieneesaude
Bicastiradentes saudeii higieneesaudeBicastiradentes saudeii higieneesaude
Bicastiradentes saudeii higieneesaudetemastransversais
 
Power point ednutri
Power point ednutriPower point ednutri
Power point ednutriLaura Cen
 
Requisitos nutricionais na idade escolar
Requisitos nutricionais na idade escolarRequisitos nutricionais na idade escolar
Requisitos nutricionais na idade escolarSara Bagagem
 
Projeto políticas publicas
Projeto políticas publicasProjeto políticas publicas
Projeto políticas publicasUyaraPortugal
 
= Utf8 b_tn_v0cmljzkdhzi_nvifnhdwrhdmvslnbkzg==_= (1)
= Utf8 b_tn_v0cmljzkdhzi_nvifnhdwrhdmvslnbkzg==_= (1)= Utf8 b_tn_v0cmljzkdhzi_nvifnhdwrhdmvslnbkzg==_= (1)
= Utf8 b_tn_v0cmljzkdhzi_nvifnhdwrhdmvslnbkzg==_= (1)Ramalde Santana
 
Dez passos para uma alimentação saudável para crianças brasileiras menores de...
Dez passos para uma alimentação saudável para crianças brasileiras menores de...Dez passos para uma alimentação saudável para crianças brasileiras menores de...
Dez passos para uma alimentação saudável para crianças brasileiras menores de...Letícia Spina Tapia
 
Linhas de-orientação-para-uma-alimentação-vegetariana-saudável
Linhas de-orientação-para-uma-alimentação-vegetariana-saudávelLinhas de-orientação-para-uma-alimentação-vegetariana-saudável
Linhas de-orientação-para-uma-alimentação-vegetariana-saudávelLicínia Simões
 
Alimentação vegetariana em idade escolar
Alimentação vegetariana em idade escolarAlimentação vegetariana em idade escolar
Alimentação vegetariana em idade escolarLicínia Simões
 
Manual alimentacao saudavel
Manual alimentacao saudavelManual alimentacao saudavel
Manual alimentacao saudavelIvone Reges
 

Mais procurados (20)

Causas e conseqüências da obesidade infantil e juvenil. dr. caio et dra. caio.
Causas e conseqüências da obesidade infantil e juvenil. dr. caio et dra. caio.Causas e conseqüências da obesidade infantil e juvenil. dr. caio et dra. caio.
Causas e conseqüências da obesidade infantil e juvenil. dr. caio et dra. caio.
 
MANUAL DE CONTAGEM DE CARBOIDRATOS PARA PESSOAS COM DIABETES
MANUAL DE CONTAGEM DE CARBOIDRATOS PARA PESSOAS COM DIABETESMANUAL DE CONTAGEM DE CARBOIDRATOS PARA PESSOAS COM DIABETES
MANUAL DE CONTAGEM DE CARBOIDRATOS PARA PESSOAS COM DIABETES
 
Sono ruim e sonolência diurna excessiva na ausência de apnéia obstrutiva do s...
Sono ruim e sonolência diurna excessiva na ausência de apnéia obstrutiva do s...Sono ruim e sonolência diurna excessiva na ausência de apnéia obstrutiva do s...
Sono ruim e sonolência diurna excessiva na ausência de apnéia obstrutiva do s...
 
Apresentação Educação Nutricional Infantil
Apresentação Educação Nutricional InfantilApresentação Educação Nutricional Infantil
Apresentação Educação Nutricional Infantil
 
Receitas AlimentaçãO Escolar Lanche Gostoso 02
Receitas AlimentaçãO Escolar Lanche Gostoso 02Receitas AlimentaçãO Escolar Lanche Gostoso 02
Receitas AlimentaçãO Escolar Lanche Gostoso 02
 
Manual Patologias na Alimentação Escolar-_2ed (1)
Manual Patologias na Alimentação Escolar-_2ed (1)Manual Patologias na Alimentação Escolar-_2ed (1)
Manual Patologias na Alimentação Escolar-_2ed (1)
 
Cardápios Saudáveis
Cardápios SaudáveisCardápios Saudáveis
Cardápios Saudáveis
 
Receitas E Carcapios Saudaveis
Receitas E Carcapios  SaudaveisReceitas E Carcapios  Saudaveis
Receitas E Carcapios Saudaveis
 
Guia alimentar para população brasileira
Guia alimentar para população brasileiraGuia alimentar para população brasileira
Guia alimentar para população brasileira
 
Bicastiradentes saudei obesidadeinfantil
Bicastiradentes saudei obesidadeinfantilBicastiradentes saudei obesidadeinfantil
Bicastiradentes saudei obesidadeinfantil
 
Apresentação Educação Nutricional Infantil
Apresentação Educação Nutricional InfantilApresentação Educação Nutricional Infantil
Apresentação Educação Nutricional Infantil
 
Bicastiradentes saudeii higieneesaude
Bicastiradentes saudeii higieneesaudeBicastiradentes saudeii higieneesaude
Bicastiradentes saudeii higieneesaude
 
Power point ednutri
Power point ednutriPower point ednutri
Power point ednutri
 
Requisitos nutricionais na idade escolar
Requisitos nutricionais na idade escolarRequisitos nutricionais na idade escolar
Requisitos nutricionais na idade escolar
 
Projeto políticas publicas
Projeto políticas publicasProjeto políticas publicas
Projeto políticas publicas
 
= Utf8 b_tn_v0cmljzkdhzi_nvifnhdwrhdmvslnbkzg==_= (1)
= Utf8 b_tn_v0cmljzkdhzi_nvifnhdwrhdmvslnbkzg==_= (1)= Utf8 b_tn_v0cmljzkdhzi_nvifnhdwrhdmvslnbkzg==_= (1)
= Utf8 b_tn_v0cmljzkdhzi_nvifnhdwrhdmvslnbkzg==_= (1)
 
Dez passos para uma alimentação saudável para crianças brasileiras menores de...
Dez passos para uma alimentação saudável para crianças brasileiras menores de...Dez passos para uma alimentação saudável para crianças brasileiras menores de...
Dez passos para uma alimentação saudável para crianças brasileiras menores de...
 
Linhas de-orientação-para-uma-alimentação-vegetariana-saudável
Linhas de-orientação-para-uma-alimentação-vegetariana-saudávelLinhas de-orientação-para-uma-alimentação-vegetariana-saudável
Linhas de-orientação-para-uma-alimentação-vegetariana-saudável
 
Alimentação vegetariana em idade escolar
Alimentação vegetariana em idade escolarAlimentação vegetariana em idade escolar
Alimentação vegetariana em idade escolar
 
Manual alimentacao saudavel
Manual alimentacao saudavelManual alimentacao saudavel
Manual alimentacao saudavel
 

Destaque

Ejercicio estadistica basica dbh de arboles.pptxokis
Ejercicio estadistica basica dbh de arboles.pptxokisEjercicio estadistica basica dbh de arboles.pptxokis
Ejercicio estadistica basica dbh de arboles.pptxokisyamilaperales
 
Botando o Pé na Estrada (artigo por jane santa cruz)
Botando o Pé na Estrada (artigo por jane santa cruz)Botando o Pé na Estrada (artigo por jane santa cruz)
Botando o Pé na Estrada (artigo por jane santa cruz)Panacéia Delirante
 
Epitafio
EpitafioEpitafio
Epitafiosucasp
 
Deus E O Diabo Na Terra Do Sol
Deus E O Diabo Na Terra Do SolDeus E O Diabo Na Terra Do Sol
Deus E O Diabo Na Terra Do Solrbmayrink
 

Destaque (6)

Ejercicio estadistica basica dbh de arboles.pptxokis
Ejercicio estadistica basica dbh de arboles.pptxokisEjercicio estadistica basica dbh de arboles.pptxokis
Ejercicio estadistica basica dbh de arboles.pptxokis
 
Botando o Pé na Estrada (artigo por jane santa cruz)
Botando o Pé na Estrada (artigo por jane santa cruz)Botando o Pé na Estrada (artigo por jane santa cruz)
Botando o Pé na Estrada (artigo por jane santa cruz)
 
Epitafio
EpitafioEpitafio
Epitafio
 
Relembrando a aula5
Relembrando a aula5Relembrando a aula5
Relembrando a aula5
 
Deus E O Diabo Na Terra Do Sol
Deus E O Diabo Na Terra Do SolDeus E O Diabo Na Terra Do Sol
Deus E O Diabo Na Terra Do Sol
 
Mareas
MareasMareas
Mareas
 

Semelhante a Ensinando habilidades culinárias básicas para promover saúde

Super herois super-saudaveis
Super herois super-saudaveisSuper herois super-saudaveis
Super herois super-saudaveisjoana silva
 
Receitasecarcapiossaudaveis 100310162900-phpapp02 (1)
Receitasecarcapiossaudaveis 100310162900-phpapp02 (1)Receitasecarcapiossaudaveis 100310162900-phpapp02 (1)
Receitasecarcapiossaudaveis 100310162900-phpapp02 (1)Bibliotecaunipacs
 
Manual alimentacao inteligente
Manual alimentacao inteligenteManual alimentacao inteligente
Manual alimentacao inteligentemiguita123
 
Manual alimentacao inteligente
Manual alimentacao inteligenteManual alimentacao inteligente
Manual alimentacao inteligenteAna Rito
 
Manual para uma_alimentacao_saudavel_em_jardins_de_infancia
Manual para uma_alimentacao_saudavel_em_jardins_de_infanciaManual para uma_alimentacao_saudavel_em_jardins_de_infancia
Manual para uma_alimentacao_saudavel_em_jardins_de_infanciajoana silva
 
NIT PORTAL SOCIAL - DECIFRANDO RÓTULOS DE ALIMENTOS E MANTENDO DIETA EQUILIBR...
NIT PORTAL SOCIAL - DECIFRANDO RÓTULOS DE ALIMENTOS E MANTENDO DIETA EQUILIBR...NIT PORTAL SOCIAL - DECIFRANDO RÓTULOS DE ALIMENTOS E MANTENDO DIETA EQUILIBR...
NIT PORTAL SOCIAL - DECIFRANDO RÓTULOS DE ALIMENTOS E MANTENDO DIETA EQUILIBR...Nit Portal Social
 
Manual alimentacao inteligente
Manual alimentacao inteligenteManual alimentacao inteligente
Manual alimentacao inteligenteArtur Carvalho
 
Manual alimentacao inteligente
Manual alimentacao inteligenteManual alimentacao inteligente
Manual alimentacao inteligenteJoão Soares
 
Manual alimentacao inteligente
Manual alimentacao inteligenteManual alimentacao inteligente
Manual alimentacao inteligenteBeacarol
 
Alimentacao inteligente passo 2
Alimentacao inteligente passo 2Alimentacao inteligente passo 2
Alimentacao inteligente passo 2Camila Viana
 
Manualalimentacaointeligente 131231091631-phpapp02
Manualalimentacaointeligente 131231091631-phpapp02Manualalimentacaointeligente 131231091631-phpapp02
Manualalimentacaointeligente 131231091631-phpapp02Viviane Maia
 
Manual alimentacao inteligente
Manual alimentacao inteligenteManual alimentacao inteligente
Manual alimentacao inteligenteLicínia Simões
 
Manual alimentacao saudavel
Manual alimentacao saudavelManual alimentacao saudavel
Manual alimentacao saudavelosvaldo64gomes
 
Revista da ABESO 2016 - Obesidade e Infertilidade - Evidências clinicas - Dr ...
Revista da ABESO 2016 - Obesidade e Infertilidade - Evidências clinicas - Dr ...Revista da ABESO 2016 - Obesidade e Infertilidade - Evidências clinicas - Dr ...
Revista da ABESO 2016 - Obesidade e Infertilidade - Evidências clinicas - Dr ...Conrado Alvarenga
 
Ferramentas de educação nutricional para adultos e crianças
Ferramentas de educação nutricional para adultos e criançasFerramentas de educação nutricional para adultos e crianças
Ferramentas de educação nutricional para adultos e criançasPriscila Moreira
 
Resenha muito além do peso
Resenha   muito além do pesoResenha   muito além do peso
Resenha muito além do pesoDeiciane Araújo
 

Semelhante a Ensinando habilidades culinárias básicas para promover saúde (20)

Super herois super-saudaveis
Super herois super-saudaveisSuper herois super-saudaveis
Super herois super-saudaveis
 
Receitasecarcapiossaudaveis 100310162900-phpapp02 (1)
Receitasecarcapiossaudaveis 100310162900-phpapp02 (1)Receitasecarcapiossaudaveis 100310162900-phpapp02 (1)
Receitasecarcapiossaudaveis 100310162900-phpapp02 (1)
 
Manual alimentacao inteligente
Manual alimentacao inteligenteManual alimentacao inteligente
Manual alimentacao inteligente
 
Manual alimentacao inteligente
Manual alimentacao inteligenteManual alimentacao inteligente
Manual alimentacao inteligente
 
Manual para uma_alimentacao_saudavel_em_jardins_de_infancia
Manual para uma_alimentacao_saudavel_em_jardins_de_infanciaManual para uma_alimentacao_saudavel_em_jardins_de_infancia
Manual para uma_alimentacao_saudavel_em_jardins_de_infancia
 
NIT PORTAL SOCIAL - DECIFRANDO RÓTULOS DE ALIMENTOS E MANTENDO DIETA EQUILIBR...
NIT PORTAL SOCIAL - DECIFRANDO RÓTULOS DE ALIMENTOS E MANTENDO DIETA EQUILIBR...NIT PORTAL SOCIAL - DECIFRANDO RÓTULOS DE ALIMENTOS E MANTENDO DIETA EQUILIBR...
NIT PORTAL SOCIAL - DECIFRANDO RÓTULOS DE ALIMENTOS E MANTENDO DIETA EQUILIBR...
 
Manual alimentacao inteligente
Manual alimentacao inteligenteManual alimentacao inteligente
Manual alimentacao inteligente
 
Manual alimentacao inteligente
Manual alimentacao inteligenteManual alimentacao inteligente
Manual alimentacao inteligente
 
Manual alimentacao inteligente
Manual alimentacao inteligenteManual alimentacao inteligente
Manual alimentacao inteligente
 
Alimentacao inteligente passo 2
Alimentacao inteligente passo 2Alimentacao inteligente passo 2
Alimentacao inteligente passo 2
 
Manualalimentacaointeligente 131231091631-phpapp02
Manualalimentacaointeligente 131231091631-phpapp02Manualalimentacaointeligente 131231091631-phpapp02
Manualalimentacaointeligente 131231091631-phpapp02
 
Visa educação e nutrição - peso saudável
Visa   educação e nutrição - peso saudávelVisa   educação e nutrição - peso saudável
Visa educação e nutrição - peso saudável
 
Manual alimentacao inteligente
Manual alimentacao inteligenteManual alimentacao inteligente
Manual alimentacao inteligente
 
Manual alimentacao saudavel
Manual alimentacao saudavelManual alimentacao saudavel
Manual alimentacao saudavel
 
supersizeme
supersizemesupersizeme
supersizeme
 
Revista da ABESO 2016 - Obesidade e Infertilidade - Evidências clinicas - Dr ...
Revista da ABESO 2016 - Obesidade e Infertilidade - Evidências clinicas - Dr ...Revista da ABESO 2016 - Obesidade e Infertilidade - Evidências clinicas - Dr ...
Revista da ABESO 2016 - Obesidade e Infertilidade - Evidências clinicas - Dr ...
 
Obesidade Infantil
Obesidade InfantilObesidade Infantil
Obesidade Infantil
 
Eu consigo emagrecer dr. joel fuhrman
Eu consigo emagrecer   dr. joel fuhrmanEu consigo emagrecer   dr. joel fuhrman
Eu consigo emagrecer dr. joel fuhrman
 
Ferramentas de educação nutricional para adultos e crianças
Ferramentas de educação nutricional para adultos e criançasFerramentas de educação nutricional para adultos e crianças
Ferramentas de educação nutricional para adultos e crianças
 
Resenha muito além do peso
Resenha   muito além do pesoResenha   muito além do peso
Resenha muito além do peso
 

Mais de Marcos Azevedo

Transtorno Déficit de Atenção e Hiperatividade
Transtorno Déficit de Atenção e HiperatividadeTranstorno Déficit de Atenção e Hiperatividade
Transtorno Déficit de Atenção e HiperatividadeMarcos Azevedo
 
Psicomotricidade e o brincar
Psicomotricidade e o brincar   Psicomotricidade e o brincar
Psicomotricidade e o brincar Marcos Azevedo
 
Filosofia e Sociologia - 2º bimestre 2016
Filosofia e Sociologia - 2º bimestre 2016Filosofia e Sociologia - 2º bimestre 2016
Filosofia e Sociologia - 2º bimestre 2016Marcos Azevedo
 
Aula revolução industrial
Aula revolução industrialAula revolução industrial
Aula revolução industrialMarcos Azevedo
 
Resolução Prova de Geometria Analítica
Resolução Prova de Geometria AnalíticaResolução Prova de Geometria Analítica
Resolução Prova de Geometria AnalíticaMarcos Azevedo
 
Exame Geometria Analítica 1° e 2° Semestres
Exame Geometria Analítica 1° e 2° SemestresExame Geometria Analítica 1° e 2° Semestres
Exame Geometria Analítica 1° e 2° SemestresMarcos Azevedo
 
Geometria analítica anotações de aula 1° semestre 2010
Geometria analítica anotações de aula 1° semestre 2010Geometria analítica anotações de aula 1° semestre 2010
Geometria analítica anotações de aula 1° semestre 2010Marcos Azevedo
 
Pratica 4 -_sistemas_de_equacoes_lineares
Pratica 4 -_sistemas_de_equacoes_linearesPratica 4 -_sistemas_de_equacoes_lineares
Pratica 4 -_sistemas_de_equacoes_linearesMarcos Azevedo
 
Modelo formatação artigo científico
Modelo formatação artigo científicoModelo formatação artigo científico
Modelo formatação artigo científicoMarcos Azevedo
 
Manual monografia graduação e pós fpd
Manual monografia graduação e pós fpdManual monografia graduação e pós fpd
Manual monografia graduação e pós fpdMarcos Azevedo
 
Colgiogniosdofuturo 120229074905-phpapp01
Colgiogniosdofuturo 120229074905-phpapp01Colgiogniosdofuturo 120229074905-phpapp01
Colgiogniosdofuturo 120229074905-phpapp01Marcos Azevedo
 
Proposta gênios educação infantil
Proposta gênios educação infantil Proposta gênios educação infantil
Proposta gênios educação infantil Marcos Azevedo
 
Newsletter licinia de campos 54 carambola
Newsletter licinia de campos 54   carambolaNewsletter licinia de campos 54   carambola
Newsletter licinia de campos 54 carambolaMarcos Azevedo
 

Mais de Marcos Azevedo (20)

Transtorno Déficit de Atenção e Hiperatividade
Transtorno Déficit de Atenção e HiperatividadeTranstorno Déficit de Atenção e Hiperatividade
Transtorno Déficit de Atenção e Hiperatividade
 
Psicomotricidade e o brincar
Psicomotricidade e o brincar   Psicomotricidade e o brincar
Psicomotricidade e o brincar
 
Filosofia e Sociologia - 2º bimestre 2016
Filosofia e Sociologia - 2º bimestre 2016Filosofia e Sociologia - 2º bimestre 2016
Filosofia e Sociologia - 2º bimestre 2016
 
Aula revolução industrial
Aula revolução industrialAula revolução industrial
Aula revolução industrial
 
Resolução Prova de Geometria Analítica
Resolução Prova de Geometria AnalíticaResolução Prova de Geometria Analítica
Resolução Prova de Geometria Analítica
 
Exame Geometria Analítica 1° e 2° Semestres
Exame Geometria Analítica 1° e 2° SemestresExame Geometria Analítica 1° e 2° Semestres
Exame Geometria Analítica 1° e 2° Semestres
 
Geometria analítica anotações de aula 1° semestre 2010
Geometria analítica anotações de aula 1° semestre 2010Geometria analítica anotações de aula 1° semestre 2010
Geometria analítica anotações de aula 1° semestre 2010
 
Pratica 4 -_sistemas_de_equacoes_lineares
Pratica 4 -_sistemas_de_equacoes_linearesPratica 4 -_sistemas_de_equacoes_lineares
Pratica 4 -_sistemas_de_equacoes_lineares
 
Lista recup
Lista recupLista recup
Lista recup
 
Modelo formatação artigo científico
Modelo formatação artigo científicoModelo formatação artigo científico
Modelo formatação artigo científico
 
1º lista 2013
1º lista 20131º lista 2013
1º lista 2013
 
061 relatorio modelo
061 relatorio modelo061 relatorio modelo
061 relatorio modelo
 
Manual monografia graduação e pós fpd
Manual monografia graduação e pós fpdManual monografia graduação e pós fpd
Manual monografia graduação e pós fpd
 
Os elementos euclides
Os elementos euclidesOs elementos euclides
Os elementos euclides
 
Limites parte1
Limites parte1Limites parte1
Limites parte1
 
Colgiogniosdofuturo 120229074905-phpapp01
Colgiogniosdofuturo 120229074905-phpapp01Colgiogniosdofuturo 120229074905-phpapp01
Colgiogniosdofuturo 120229074905-phpapp01
 
Proposta gênios educação infantil
Proposta gênios educação infantil Proposta gênios educação infantil
Proposta gênios educação infantil
 
Abnt 2011 FPD
Abnt 2011 FPDAbnt 2011 FPD
Abnt 2011 FPD
 
Newsletter licinia de campos 54 carambola
Newsletter licinia de campos 54   carambolaNewsletter licinia de campos 54   carambola
Newsletter licinia de campos 54 carambola
 
Classicismo rev
Classicismo revClassicismo rev
Classicismo rev
 

Ensinando habilidades culinárias básicas para promover saúde

  • 1. NEWSLETTER LICINIA DE CAMPOS SEMANA 42 CULINÁRIA COMO ESTRATÉGIA DE PROMOÇÃO DA SAÚDE Acredito firmemente no poder da culinária. Penso que é uma das melhores maneiras de exercer controle na nossa saúde. Mas como alguém pode comer direito se não aprendeu a cozinhar? Como podemos implementar todos os guias dietéticos atuais sem saber fazer nossa própria refeição – ao menos de vez em quando? Recentemente o Culinary Institute of America e a Escola de Medicina de Harvard estabeleceram um projeto em comum para complementar e integrar as terapias médicas na Escola de Medicina. A missão é colocar a América cozinhando – e eles querem que os médicos sejam os maiores educadores deste movimento. Acreditam que o ato de cozinhar – e a apreciação de alimentos de boa qualidade de maneira consciente – pode ser a melhor solução a longo termo para ajudar os EUA a combater a obesidade e as condições médicas crônicas. Hoje, vivemos em uma cultura altamente consciente do glamour da Culinária, com tendências ao “alimento como entretenimento”, com veiculação máxima dos grandes chefes pela mídia, mas isso não ensinou as pessoas a cozinhar. Todas essas pessoas que assistem intermináveis sessões de programas de culinária sabem recitar todos os nomes dos chefes televisivos, mas geralmente não sabem como assar um frango. Como nutricionista, penso que é realmente importante ir além de ensinar a respeito de gramas de gorduras, % de calorias e miligramas de nutrientes. Não podemos (como educadores) instigar as pessoas a consumirem mais frutas, hortaliças e grãos integrais ou a comprar na mercearia mais próxima e evitar alimentos processados, sem muni-los de habilidades culinárias, necessárias para implementar estes aprendizados. Treinamento culinário e educação nutricional devem caminhar juntos. A maioria das pessoas não possui habilidades culinárias básicas. A definição de culinária mudou. Agora mais parece uma cozinha de montagem e aquecimento – e provavelmente no microondas. Pela 1ª vez, a lasanha consumida em casa está mais próxima de ser descongelada do que preparada com ingredientes caseiros. Se a comida não vier em uma embalagem com instruções, muitas pessoas não sabem o que fazer. Embora ouçam constantemente sobre as virtudes de alimentos frescos, naturais e não processados, e são estimulados a consumir mais hortaliças, grãos e refeições baseadas em vegetais, as pessoas quase sempre se sentem mal equipadas para cumprir este ensinamento. Mesmo com os shows de culinária, muito populares na televisão, muitas pessoas não são ativas em suas próprias cozinhas. Comida ficou tão glamourizada, mas conhecimentos básicos estão em falta.
  • 2. A internet é fonte de um número crescente de nutricionistas e aconselhamentos dietéticos, combinando educação nutricional com instruções de culinária caseira. A tendência é trabalhar com pacientes em suas próprias cozinhas e ajudá-los a comprar e preparar refeições nutritivas. Não mais é suficiente aconselhar as pessoas a consumirem 20g deste ingrediente ou meia xícara daquele. Pacientes precisam estar aptos a traduzir isso em escolhas alimentares e a aprenderem como prepará-las. O 1º passo é ensinar as habilidades com a faca, a selecionar utensílios de cozinha e introduzir técnicas básicas de cocção, como assar, refogar e saltear. Muitos cozinheiros domésticos sabem que devem limitar o sódio, o açúcar e a gordura, mas não sabem COMO fazê-lo em sua própria cozinha e nem preparar refeições que sejam saborosas – e ao mesmo tempo rápidas, fáceis e econômicas. (PS: existe isso sim) O triste é saber que poucas pessoas estão cientes do que deve ser feito para comer bem, tanto em sentido nutricional quanto em qualidades organolépticas – sabor, paladar, contraste de cores, harmonia de ingredientes. Por isso a grande maioria precisa aprender COMO essas duas qualidades fazem parte da equação. Uma das soluções seria trazer de volta uma disciplina defunta para o colegial: Economia Doméstica. Esta solução foi proposta por 2 profissionais de saúde na edição de 12 de maio do ano passado no Journal of the American Medical Association. Muitos pais nunca aprenderam a cozinhar e assim se baseiam em restaurantes, deliveries, refeições congeladas e alimentos pré-preparados como suprimento básico. Quem tem poder financeiro privilegiado pode desfrutar de uma cozinheira, mas que nem sempre sabe aplicar muito bem as técnicas gastronômicas ao cotidiano, priorizando sempre os valores sensoriais e se esquecendo (por falta de aprendizado) dos valores nutricionais. Comer não só é um ato prazeroso, como também é um ato de nutrir. Muitas crianças raramente experimentaram como é o sabor de uma verdadeira refeição feita em casa e muito menos o que é necessário para prepará-la. Não vai adiantar nada colocar uma disciplina baseada em Educação Nutricional na Escola, se esta não for acompanhada das ferramentas de aprendizado necessárias para preparar os alimentos preconizados como saudáveis. Um currículo renovado em Economia Doméstica pode equipar os adolescentes com conhecimentos essenciais para vidas longas e saudáveis e reverter as tendências em obesidade e as causas relacionadas com dietas deficientes. Ensinamentos de preparação de alimentos na escola podem ajudar a desenvolver relação saudável com alimentos para que sejam menos tentados a seguir dietas da moda. A conclusão é que este pode ser um dos melhores investimentos que a sociedade pode fazer. As habilidades culinárias Evidências demonstram que durante as últimas décadas aconteceu um declínio gradual nas habilidades culinárias. Saber cozinhar no dia-a-dia é visto como antiquado e pode não ser mais necessário em um
  • 3. mundo cada vez mais baseado em tecnologias. Uma pesquisa recente com jovens de 7 a 16 anos na Inglaterra (Caraher et al, 1999) mostrou que as habilidades culinárias dos jovens são grandemente influenciadas por tecnologias. Por exemplo, aprender a cozinhar um alimento no microondas pode ser mais interessante (e limpo) que o tradicional. As habilidades culinárias norteiam a maneira que as pessoas visualizam os alimentos, e a disponibilidade dos alimentos determinam, de alguma maneira, o tipo e a variedade de cozimento aplicados. Habilidades e conhecimentos inadequados são motivo de preocupação, pois podem levar às dietas empobrecidas e subsequentes deficiências nutricionais. Os avanços em tecnologia e vidas cada dia mais ocupadas conduziram a um consumo crescente de refeições prontas. A atitude atual é de que o dinheiro obtido na luta pode comprar refeições com o mínimo de trabalho, então por que se aborrecer em aprender a cozinhar? A disponibilidade de alimentos prontos para consumo retira a necessidade das habilidades culinárias a fim de colocar comida na mesa. A popularidade de alimentos já preparados não diminui a importância do cozimento com ingredientes básicos. A maior preocupação em particular com refeições prontas é que as pessoas sem saber acabam consumindo grandes quantidades de gorduras e açúcares, com falta de outros nutrientes mais importantes e antioxidantes, protetores de doenças. Mas será que se ater às refeições prontas resultam em saúde comparável às refeições caseiras? Na última situação se pode ter controle sobre os ingredientes e se tenta utilizar o melhor e o mais fresco, e incluir maior quantidade e variedade de ingredientes. Exemplo: molho enlatado X molho caseiro – o molho enlatado pode não conter o azeite extra-virgem, alho, ervas, hortaliças aromáticas, etc e portanto pode não ser tão denso fitoquimicamente. A grande maioria dos profissionais em saúde promove alimentos como arroz, macarrão, pescado, frutas e hortaliças sem se remeter adequadamente às habilidades e conhecimentos necessários para o preparo destes alimentos. Algumas pessoas possuem estas habilidades, mas podem não colocá-las em prática. Pessoas de grupos sócio-econômicos mais elevados parecem ser os primeiros a não escolher o cozimento dos básicos. Não se sabe se é porque podem sustentar financeiramente suas escolhas mais sofisticadas, se é por conta da falta de tempo, ou porque é culturalmente aceitável, ou porque não podem cozinhar, ou uma combinação destes fatores. Historicamente, foi sempre tarefa da mãe ensinar as habilidades culinárias para a filha, e cozinhar era visto como domínio feminino. Atualmente isto está mudando cada vez mais, com muitos homens mostrando interesse em alimentos e mesmo tornando essa tarefa como ocupação de período integral. Estamos vendo um número crescente de homens trabalhando como chefes em restaurantes e muito chefes masculinos apresentando shows de culinária e/ou escrevendo para revistas.
  • 4. O interesse público em alimentos foi às alturas e isto está bem evidente no número de programas de culinária ao redor do mundo, nas vendas de livros e revistas. Caraher et al (1999) se preocupou com este assunto: “o crescimento dos programas de culinária na TV pode estar levando a culinária a se tornar como atividade de um espectador mais que uma atividade ativa ou participativa”. A maior restrição a fazer a respeito da popularidade desses programas é que não parecem preocupados com o preparo de alimentos saudáveis, ao contrário na maioria das vezes cozinham alimentos ricos em gorduras como creme de leite ou frituras ou quando o fazem, utilizam-se de ingredientes incomuns à população brasileira, fazendo com que a realidade fique distante do “televisionado”. O ato de cozinhar está passando por uma troca conceitual, de tarefa diária para atividade de lazer, com muitas pessoas indicando que gostam de cozinhar por prazer, para desestressar ou para exibir sua criatividade. Cozinhar como lazer está sendo mais frequente entre os grupos socio-econômicos mais elevados. Adquirir as habilidades para cozinhar tem seus benefícios. Dá à pessoa a capacidade de cozinhar partindo dos preceitos básicos, fornece uma base pela qual a habilidade culinária pode-se desenvolver. Ter a habilidade de cozinhar no cotidiano abre um novo horizonte em ingredientes, texturas e sabores. Uma vez aprendidos os princípios básicos da culinária, pode-se experimentar ingredientes diferentes e culinárias dos mais diversos recantos, abrindo uma janela para o mundo. Referência bibliográfica: CARAHER, M. & LANG, T. Can’t cook, won’t cook: a review of cooking skills and their relevance to health promotion. Int. J. Health Prom. & Educ, Vol 32; no 3; 1999 pp 89-100. Dra Licinia de Campos Graduada em Nutrição (Universidade São Judas Tadeu) com formação autodidata em Gastronomia; pós-graduada em Gestão de Negócios de Serviços de Alimentação (SENAC); curso de especialização em Docência e Didática para Ensino Superior em Turismo e Hotelaria (SENAC); curso de Auditor Líder ISO 22000 (Food Design); ex-redatora do Suplemento Feminino do jornal “O Estado de SP” (1984- 1989); especialização em Antropologia Alimentar através de premiação para o Seminário: “Alimentation et hiérarchies sociales et culturelles” pelo IEHCA na Universidade de Tours, França; participante do programa “Com Sabor” da Rede Mulher por 3 anos; tradutora de diversos fascículos e livros para a Editora Globo; consultora gastronômica- nutricional do site www.sic.org.br (Serviço de Informação da Carne) e do site www.lacteabrasil.org.br; palestrante especializada em Gastronomia e Nutrição; redatora da revista NutriNews há mais de 10 anos com premio Destaque Food Service 2008; docente em vários cursos das unidades SENAC desde 1998; Coordenadora do curso de Gastronomia da Faculdade Paschoal Dantas; Consultora e Assessora Especializada em Gestão Operacional Administrativa de Unidades Alimentares; mestranda pela Universidade de Léon, Espanha do curso Master em Gerontologia – Ciência do Envelhecimento. Contatos comerciais p/ assessoria gastronômica e nutricional em Serviços de Alimentação; preparo de manuais e receituários p/ veiculação em internet, revistas, folhetos, etc; tradução de textos culinários e nutricionais; aulas, palestras e treinamentos em Higiene e Manipulação Alimentar, Cortes e Qualidades das carnes bovinas, suínas e ovinas, Adequação de Métodos de Procedimentos e Cozimentos em Unidades Alimentares, Cardápios característicos da Culinária Internacional por especificidade
  • 5. (européia, asiática, oriental, brasileira, etc), Desenvolvimento de produtos alimentares normais ou com peculiaridades dietéticas. e-mail: liciniadecampos@uol.com.br. Tel: (11) 97376596 RECEITA O tradicional também pode ser nutritivo Picadinho à brasileira A maioria dos picadinhos possui os mesmos ingredientes principais, mesmo quando há ligeiras variações na receita do molho. Um picadinho é uma apresentação simples feita com carne moída, cebolas, tomates, às vezes pimentões e vários temperos combinados. O valor nutricional do picadinho depende da qualidade de seus ingredientes. Falando de forma genérica, uma porção de picadinho – carne + molho – gira ao redor de 250 kcal, contém 16g de gordura (uma vez mais, depende de quem está preparando) e oferece quase 60 mg de colesterol. Considera-se uma porção mais ou menos ½ xícara de carne com molho. As calorias adicionais ficam por conta dos acompanhamentos. Em sua receita original, picadinho nunca seria considerado como comida dietética, que possa ajudar a pessoa em atingir seus objetivos de perda de peso. Mas a preparação pode ser transformada em menos calórica e gordurosa com algumas mudanças simples na receita. A 1ª medida seria utilizar carne moída com menor porcentagem de gordura. Segundo, substituir o arroz branco normal por arroz integral. Picadinho à brasileira (8 porções) 750g de coxão mole moído – 1 xícara de cebola bem picada – ½ xícara de pimentão verde picado – 250 g de tomates pelados picados – 1 xícara de purê de tomates – 1 ½ colheres (chá) de molho inglês – 1 ½ colheres (chá) de suco de limão – 1 ½ colheres (chá) de mostarda amarela – 1 dente de alho esmagado – pimenta do reino (opcional) Coloque na panela a carne moída e deixe refogar em fogo médio, sempre mexendo para quebrar a carne, até ficar completamente dourada, sem traços rosados. Junte então o alho e a cebola e refogue até ficarem dourados. Junte os tomates picados, o purê e os temperos. Aqueça bem por 10 minutos em fogo médio, mexendo de vez em quando. Sirva com batatas “fritas” (segue receita). Informação nutricional: 272 kcal; proteínas 22,1 g; gorduras totais 6,7 g; carboidratos 30g; fibras 2,9 g; colesterol 54 mg; ferro 3,2 mg; sódio 673 mg; cálcio 43 mg.
  • 6. Batatas fritas no forno (4 porções) 4 batatas médias – ½ colher (sopa) de azeite de oliva – ¼ colher (chá) de sal – ½ colher (chá) de alho em pó – ½ colher (chá) de cebola em pó Preaqueça o forno quente, 220°C. Corte as batatas ao meio e depois em gomos. Coloque-as em uma tigela e regue com o azeite. Misture bem para envolvê-las. Em outra tigela, misture o alho em pó, a cebola em pó e o sal. Polvilhe por igual sobre as batatas e mexa para envolver. Coloque as batatas em assadeira. Asse por 15 – 20 minutos, virando de vez em quando, até ficarem douradas e macias ao garfo. Informação nutricional: 167 kcal; proteínas 4g; carboidratos totais 35g; gorduras totais 3,5g; fibras 4g; açúcares 2g; sódio 159mg.