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Ao, o último neandertal
O Neandertal e a era da globalização
O homem de Neandertal ou pré-histórico, propriamente dito, que é nos apresentado na
obra “Ao, o último neandertal”, sob a direção de Jacques Malatter explora a ideia de como
o ‘desconhecido’ pode impressionar.
O filme se desdobra pela história de Ao, um neandertal que perde seu clã (família) e se
convence a deixar o local onde vive, para seguir na busca pelo irmão gêmeo, Oa, seu único
laço familiar ainda vivo, de quem foi separado aos 9 anos de idade. Durante essa procura,
Ao enfrenta uma série de conflitos relacionados a própria existência. Ele conhece povos de
outras espécies e não é bem-acolhido, pelo simples fato de ser diferente, de não pertencer
àquele clã.
Ao – O Último Neandertal (Ao – Le Dernier Néandertal) – 2010
É nessa caminhada que Ao conhece Aki, uma mulher homo sapiens. Quando Ao a encontra, ela está dando
a luz, e ele acredita cegamente na ideia de que as forças superiores estão lhe devolvendo uma família. Mas
esse contato não foi nada agradável, nos primeiros momentos. Os dois não conseguiam se entender. Por
esse motivo, Ao, sequestra a criança e continua a busca pelo irmão gêmeo. No entanto, ele percebe que não
tem como alimentá-la, pois, ela precisa exclusivamente do leite materno para sobreviver.
No decorrer da trajetória do último neandertal, é possível perceber várias perseguições sofridas por ele,
advindas de outros povos. É nítida a ideia de que “não pertencer ao mesmo clã” era algo imperdoável. As
diferenças eram pré-requisito para os duelos começarem. Em uma das batalhas com os povos de outro clã,
Ao está com a criança por ele sequestrada. É nesse momento, que Aki ressurge procurando pela filha, e
ambos se aliam para deter os povos inimigos. Aki e Ao vencem a batalha. E desde então, começam a andar
juntos rumo ao clã de origem do neandertal.
Esse é o contexto do filme, que vai se desenrolando e trazendo para o atual momento vivido pela
humanidade, vários aspectos que merecem destaque. Neste interim, é possível pensar sobre o ângulo das
diferenças. É curioso como naquela época, o desconhecido já era alvo de contestação, de julgamentos e
preconceitos, que davam origem aos duelos. Nos dias atuais, a situação continua a mesma. As manchetes
dos jornais nos mostram cotidianamente, que a ideia do ‘diferente’ ainda assusta. Ser diferente ainda é um
dilema em nossa sociedade.
Mas, ser diferente, em si, não é o problema. O problema é que o homem pré-histórico mostrado no filme,
não morreu. Aquele homem que distribui ódio e causa destruição por onde passa ainda existe. As pessoas
odeiam umas às outras porque são de religiões diferentes, porque são de esquerda ou de direita. Encontrar
ódio gratuito entre a humanidade está mais fácil do que encontrar a palavra “Amor” em um caça-palavras
de duas linhas e duas colunas só.
E com a evolução da tecnologia, é possível odiar uma pessoa até mesmo sem conhecê-la, dá pra odiar pelas
redes sociais. Na era em que vivemos, uma foto no Instagram é mais do que suficiente pra isso. Uma
postagem no Facebook ou uma mensagem mal interpretada no WhatsApp já são motivos plausíveis para
amaldiçoar a pessoa lá do outro lado até a terceira geração.
Em suma, o homem de hoje ainda é o mesmo de dez mil anos atrás. Somos todos aquele homem pré-
histórico. Às vezes adormecidos, mas basta que despertem nossos instintos primitivos para que o homem
neandertal reapareça dentro de nós. O cenário muda, os atores mudam, mas o roteiro ainda é o mesmo.
Homem de Neandertal
Por Emerson Santiago
O Homo neanderthalensis ou Homem de Neandertal é uma espécie extinta do gênero Homo, cuja
existência está ligada à evolução do homem moderno. Sua existência é comprovada por meio de vários
fósseis encontrados na Europa e na Ásia datando do período Pleistoceno (cerca de 2 milhões e 500 mil a 12
mil anos atrás). O nome desta espécie é uma referência ao vale de Neander, na Alemanha, local onde um
dos primeiros fósseis foi descoberto. As evidências arqueológicas atestam que os primeiros Homens de
Neandertal viveram na Europa há cerca de duzentos mil anos.
Entre as características peculiares ao Neandertal
destacam-se a parte do meio do rosto protuberante, os
ossos da face angulares, e um nariz enorme, que
proporcionava a umidificação e aquecimento do ar frio e
seco. Seus corpos eram mais baixos e atarracados que o do
moderno ser humano, outra adaptação à vida em ambientes
frios. Seus cérebros, porém, eram tão grandes como os
nossos e, muitas vezes maior, proporcionais aos seus corpos
mais musculosos. Acredita-se que seu cérebro seria 20%
maior do que o tamanho médio de um cérebro humano
moderno, e anatomicamente idêntico a este. As áreas
responsáveis pelo pensamento complexo eram tão
avançados como o nosso, o que significa que o Neandertal
deveria ter a capacidade de pensar como nós.
O Neandertal foi possivelmente a forma mais carnívora do ser humano que já viveu. Geralmente estavam
em torno das florestas onde caçavam grandes animais como veados, cavalos e gados selvagens. Além disso,
as florestas davam a lenha e o material para a construção de abrigos e lanças. Na maior parte de sua
existência, os Neandertais experimentaram um ambiente onde o clima era leve, às vezes até mais quente
do que hoje, mas é certo que eles também conviveram com longos períodos de frio intenso.
Mas, por volta de trinta mil anos atrás, os neandertais já haviam desaparecido, exatamente no momento em
que os primeiros seres humanos modernos surgiam na Europa. O ambiente experimentava mudanças muito
bruscas entre temperaturas quentes e frias, o que acarretou mudanças no modo de vida Neandertal. As
florestas das quais eles dependiam começaram a recuar, dando lugar a planícies abertas, onde suas
estratégias de caça não funcionavam tão bem. Como consequência, os neandertais recuaram junto com as
florestas, e sua população caiu à medida em que seus locais de caça encolhiam.
A constituição física que tinha feito do Neandertal um ser tão bem adaptado para a Idade do Gelo, foi ao
mesmo tempo a sua sentença de morte. Tal espécie poderia ser muito melhor adaptada ao frio em
comparação aos primeiros seres humanos modernos, mas como as condições ambientais mudaram, foram
os nossos antepassados a sobreviver, pois puderam aproveitar melhor o ambiente mais aberto que estava
se desenvolvendo.
Bibliografia:
Neanderthal (em inglês). Disponível
em: http://www.bbc.co.uk/sn/tvradio/programmes/horizon/neanderthal_prog_summary.shtml. Acesso
em: 29 set. 2012.
Ilustração: http://rt.com/news/sci-tech/operation-phoenix-science-fiction-or-science-fact/

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Neandertal1

  • 1. Ao, o último neandertal O Neandertal e a era da globalização O homem de Neandertal ou pré-histórico, propriamente dito, que é nos apresentado na obra “Ao, o último neandertal”, sob a direção de Jacques Malatter explora a ideia de como o ‘desconhecido’ pode impressionar. O filme se desdobra pela história de Ao, um neandertal que perde seu clã (família) e se convence a deixar o local onde vive, para seguir na busca pelo irmão gêmeo, Oa, seu único laço familiar ainda vivo, de quem foi separado aos 9 anos de idade. Durante essa procura, Ao enfrenta uma série de conflitos relacionados a própria existência. Ele conhece povos de outras espécies e não é bem-acolhido, pelo simples fato de ser diferente, de não pertencer àquele clã. Ao – O Último Neandertal (Ao – Le Dernier Néandertal) – 2010 É nessa caminhada que Ao conhece Aki, uma mulher homo sapiens. Quando Ao a encontra, ela está dando a luz, e ele acredita cegamente na ideia de que as forças superiores estão lhe devolvendo uma família. Mas esse contato não foi nada agradável, nos primeiros momentos. Os dois não conseguiam se entender. Por esse motivo, Ao, sequestra a criança e continua a busca pelo irmão gêmeo. No entanto, ele percebe que não tem como alimentá-la, pois, ela precisa exclusivamente do leite materno para sobreviver. No decorrer da trajetória do último neandertal, é possível perceber várias perseguições sofridas por ele, advindas de outros povos. É nítida a ideia de que “não pertencer ao mesmo clã” era algo imperdoável. As diferenças eram pré-requisito para os duelos começarem. Em uma das batalhas com os povos de outro clã, Ao está com a criança por ele sequestrada. É nesse momento, que Aki ressurge procurando pela filha, e ambos se aliam para deter os povos inimigos. Aki e Ao vencem a batalha. E desde então, começam a andar juntos rumo ao clã de origem do neandertal. Esse é o contexto do filme, que vai se desenrolando e trazendo para o atual momento vivido pela humanidade, vários aspectos que merecem destaque. Neste interim, é possível pensar sobre o ângulo das diferenças. É curioso como naquela época, o desconhecido já era alvo de contestação, de julgamentos e preconceitos, que davam origem aos duelos. Nos dias atuais, a situação continua a mesma. As manchetes dos jornais nos mostram cotidianamente, que a ideia do ‘diferente’ ainda assusta. Ser diferente ainda é um dilema em nossa sociedade. Mas, ser diferente, em si, não é o problema. O problema é que o homem pré-histórico mostrado no filme, não morreu. Aquele homem que distribui ódio e causa destruição por onde passa ainda existe. As pessoas odeiam umas às outras porque são de religiões diferentes, porque são de esquerda ou de direita. Encontrar ódio gratuito entre a humanidade está mais fácil do que encontrar a palavra “Amor” em um caça-palavras de duas linhas e duas colunas só. E com a evolução da tecnologia, é possível odiar uma pessoa até mesmo sem conhecê-la, dá pra odiar pelas redes sociais. Na era em que vivemos, uma foto no Instagram é mais do que suficiente pra isso. Uma
  • 2. postagem no Facebook ou uma mensagem mal interpretada no WhatsApp já são motivos plausíveis para amaldiçoar a pessoa lá do outro lado até a terceira geração. Em suma, o homem de hoje ainda é o mesmo de dez mil anos atrás. Somos todos aquele homem pré- histórico. Às vezes adormecidos, mas basta que despertem nossos instintos primitivos para que o homem neandertal reapareça dentro de nós. O cenário muda, os atores mudam, mas o roteiro ainda é o mesmo. Homem de Neandertal Por Emerson Santiago O Homo neanderthalensis ou Homem de Neandertal é uma espécie extinta do gênero Homo, cuja existência está ligada à evolução do homem moderno. Sua existência é comprovada por meio de vários fósseis encontrados na Europa e na Ásia datando do período Pleistoceno (cerca de 2 milhões e 500 mil a 12 mil anos atrás). O nome desta espécie é uma referência ao vale de Neander, na Alemanha, local onde um dos primeiros fósseis foi descoberto. As evidências arqueológicas atestam que os primeiros Homens de Neandertal viveram na Europa há cerca de duzentos mil anos. Entre as características peculiares ao Neandertal destacam-se a parte do meio do rosto protuberante, os ossos da face angulares, e um nariz enorme, que proporcionava a umidificação e aquecimento do ar frio e seco. Seus corpos eram mais baixos e atarracados que o do moderno ser humano, outra adaptação à vida em ambientes frios. Seus cérebros, porém, eram tão grandes como os nossos e, muitas vezes maior, proporcionais aos seus corpos mais musculosos. Acredita-se que seu cérebro seria 20% maior do que o tamanho médio de um cérebro humano moderno, e anatomicamente idêntico a este. As áreas responsáveis pelo pensamento complexo eram tão avançados como o nosso, o que significa que o Neandertal deveria ter a capacidade de pensar como nós. O Neandertal foi possivelmente a forma mais carnívora do ser humano que já viveu. Geralmente estavam em torno das florestas onde caçavam grandes animais como veados, cavalos e gados selvagens. Além disso, as florestas davam a lenha e o material para a construção de abrigos e lanças. Na maior parte de sua existência, os Neandertais experimentaram um ambiente onde o clima era leve, às vezes até mais quente do que hoje, mas é certo que eles também conviveram com longos períodos de frio intenso. Mas, por volta de trinta mil anos atrás, os neandertais já haviam desaparecido, exatamente no momento em que os primeiros seres humanos modernos surgiam na Europa. O ambiente experimentava mudanças muito bruscas entre temperaturas quentes e frias, o que acarretou mudanças no modo de vida Neandertal. As florestas das quais eles dependiam começaram a recuar, dando lugar a planícies abertas, onde suas estratégias de caça não funcionavam tão bem. Como consequência, os neandertais recuaram junto com as florestas, e sua população caiu à medida em que seus locais de caça encolhiam. A constituição física que tinha feito do Neandertal um ser tão bem adaptado para a Idade do Gelo, foi ao mesmo tempo a sua sentença de morte. Tal espécie poderia ser muito melhor adaptada ao frio em comparação aos primeiros seres humanos modernos, mas como as condições ambientais mudaram, foram os nossos antepassados a sobreviver, pois puderam aproveitar melhor o ambiente mais aberto que estava se desenvolvendo. Bibliografia: Neanderthal (em inglês). Disponível em: http://www.bbc.co.uk/sn/tvradio/programmes/horizon/neanderthal_prog_summary.shtml. Acesso em: 29 set. 2012. Ilustração: http://rt.com/news/sci-tech/operation-phoenix-science-fiction-or-science-fact/