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Método Fônico

ALFABETIZAÇÃO FÔNICA
Seqüência de atividades para apresentação dos sons
Som da letra A

Aula 1

1- Professora mostra a letra e pronuncia o som da mesma:
--“Vamos conhecer o som da




                                                                         letra. Repitam
comigo:A. Agora você.......Agora você...

2- Dar exemplos de coisas, conhecidas das crianças, que iniciam com o som “a”. Pedir
que repitam as palavras pronunciadas, desenhar no quadro ou mostrar figuras das
mesmas.

3- Escrever ao lado de cada desenho o nome e destacar a letra “a”.

4- Escrever as diferentes formas que esta letra pode ser representada. Maiúscula,
minúscula, de máquina e manuscrita.

5- Escrever o nome dos alunos e analisar se existe o som trabalhado nele. Destacar.

6- Vamos ler um texto sobre esta letra. A professora lê o texto podendo escrevê-lo no
quadro ou dar uma folha com o texto digitado. (obs: explicar o que significa cada
palavra nova apresentada)

A
Ela está no astronauta
a nas asa do avião.
Na andorinha, na arara,
na amizade e no azulão.
Pintar as figuras da folha apresentada destacando a letra A.

Aula 2

1- Recordar o som A trabalhado na aula anterior;(auditivo, visual e falado)
Mostrar a forma manuscrita e gráfica.

2- Oferecer uma folha com a letra A e várias figuras (sem os nomes) onde os alunos irão
apontar, circular e pintar as que iniciam com o som trabalhado.
Sugestão de figuras: Amendoim, alfinete, agulha, alho, abajur, arara, avião, gravata,
sapato, fósforo.

3- Após esta atividade feita a professora escreve o nome destas figuras e o aluno aponta
e destaca a letra no início da palavra com uma cor e no meio e no final com outra cor.

4- Apresentar uma folha com figuras e seus respectivos nomes onde falta a letra “a”.
Pedir aos alunos que completem as palavras com a letra A (caixa alta).

Aula 3
1- Representar a letra no quadro em manuscrito;

2- Representar a letra em tamanho aumentado para que cada aluno possa experimentar o
movimento correto da letra;

3- Solicitar que os alunos, individualmente, vão até a lousa e escrevam a letra com giz;
(trabalho 100% acompanhado pela professora e observado pelos colegas)

4- Distribuir uma folha com a letra “a” em manuscrito .Fazer o movimento da letra na
folha dada; (com cola, tinta, colagem, etc)

5- Em folha branca treinar o movimento da letra livremente;

6- Cantar a música da D. Aranha. Distribuir uma folha com letra em manuscrito e pedir
que circulem as letras “a” encontradas. Colorir as figuras.

7- Estar sempre com os seus nomes à vista para que estejam em contato com as letras de
seus nomes;

Aula 4

1- Distribuir folha com vários nomes escritos e pedir que pintem somente os que
iniciam com o som “a”;
2- Sugestão de música e brincadeiras para desenvolver a percepção auditiva:
- O sapo não lava o pé; ( cantar trocando as vogais)
- Repetir palavras trocando as vogais,
- Completar frases com palavras que terminem com som parecido;

3- Apresentar a vogal escrita em tarja;

4- Desenhar a tarja no quadro e solicitar que cada um venha escrever a letra com o
movimento correto;

5- Após a criança escrever no quadro dar a ela o seu caderno de tarja com a lição já
preparada para que ela escreva; (elaborar atividades de escrita e de percepção visual e
auditiva)


Dicas:
· Executar o mesmo processo para as demais vogais;
· É importante criar uma rotina e um ritmo para o desenvolvimento das atividades;
· Não esquecer de associação grafema/fonema;
· Solicitar aos alunos o apontamento do está sendo trabalhado em momentos fora das
aulas de alfabetização para que o aluno fora do contexto de sala aprimore sua
aprendizagem.
FONTE: ALFABETIZAÇÃ




Imagine-se numa sala de concertos, apreciando uma orquestra, com violinos,
trombones, violoncelos e flautas, entre outros instrumentos. Você seria capaz de
distinguir entre os sons produzidos pelos de sopro e os de corda? A maioria dos leigos
em música considera isso difícil. Da mesma forma, identificar os sons que compõem
uma sílaba é uma tarefa complexa para os alunos que estão na transição da hipótese de
escrita silábica para a silábico-alfabética. Essa analogia foi feita pela psicolinguista
argentina Emilia Ferreiro, que sintetizou as conclusões a que chegaram pesquisadores
por ela orientados no recente artigo A Desestabilização das Escritas Silábicas:
Alternâncias e Desordem com Pertinência.

Análises de escritas de crianças como Maria, 5 anos, foram a base da pesquisa da
argentina Claudia Molinari. Desafiada a escrever sopa, a menina produz primeiramente
uma escrita silábica: OA. Insatisfeita com a quantidade de letras - já que nessa fase a
maioria das crianças acredita que sejam necessárias no mínimo três para garantir uma
escrita legível -, ela acrescenta SP. O resultado final é OASP. "Todas as letras da
palavra estão ali, mas em desordem (...). O que Maria produz são duas escritas silábicas
justapostas", pontua Emilia.

Em outra etapa do estudo, ela observou crianças realizando a tarefa de escrever
consecutivamente uma mesma lista, primeiramente com lápis e papel e, em seguida, no
computador. Focou a análise, portanto, em pares de palavras, o que evidenciou
produções intrigantes, como as de Santiago, 5 anos. No caderno, ele representa soda
como SA e na tela como OD. Salame vira SAM no papel e ALE na tela. Apesar de
conhecer todas as letras de soda e de salame, ele não as coloca juntas. O fenômeno,
explica Emilia, é chamado de alternâncias grafofônicas.

Soluções curiosas como a de Maria e Santiago já haviam sido observadas pela
pesquisadora mexicana Graciela Quinteros. Ela notou que crianças com hipótese
silábica usavam algumas letras com três funções específicas - não correspondentes ao
som da sílaba propriamente dito:
- Recheio gráfico Para separar vogais iguais ou preencher um espaço dentro da palavra
ou no fim dela.

A PAE A
á    gua

AM      OA
ma      çã

- Curinga Como substituta de uma sílaba ou de uma consoante que a criança não sabe
grafar. A mesma letra aparece como curinga em várias palavras.

O MA B
to ma te

AB CI
ca qui

- Nome da sílaba Para escrever uma sílaba inteira. É comum o uso do K para CA e do
H para GA.

BI H D RO
bri ga dei ro

K SA
ca sa

Alternâncias grafofônicas, escritas silábicas justapostas, uso de letras como recheio
gráfico, curinga e substitutas de uma sílaba. As sofisticadas soluções são usadas pelos
que estão saindo da hipótese silábica com valor sonoro convencional e construindo uma
silábico-alfabética. A informação tem grande valor para o trabalho de professores como
Danielle Araujo, da EMEF Madalena Caltabiano Salum Benjamim, em
Pindamonhangaba, a 146 quilômetros de São Paulo, e da EMEF Professor Ernani
Giannico, em Tremembé, a 135 quilômetros da capital paulista.

Para não confundir esses avanços com retrocessos, ela procura fazer avaliações
criteriosas. Esse é um ponto crucial, já que aparentemente a escrita dos silábicos é mais
estável e fácil de interpretar, diferentemente da dos silábico-alfabéticos. "Quando
estudei o artigo da Emilia sobre desordem e alternâncias, passei a ver coisas que antes
não via." Para conseguir enxergar e distinguir as peculiaridades dos silábicos-
alfabéticos, Danielle se vale das sondagens individuais.

Ao identificar que o estudante está nessa fase intermediária entre a hipótese silábica e a
conquista da base alfabética, como fazê-lo avançar? "É preciso criar situações didáticas
que favoreçam a reflexão sobre o sistema alfabético de escrita, levando-o a analisar o
interior das sílabas", explica. Isso é útil quando ele se depara com palavras que
começam e terminam com a mesma letra. Para identificar a que procura, a criança tem
de analisar as letras do meio. O trabalho de Danielle se desdobra com Laiane de
Oliveira, do 4º ano, que tem deficiência intelectual. Para que ela aprenda a ler e
escrever, a professora flexibiliza as atividades (leia o quadro na próxima página).
Os erros mais comuns

- Perguntar à criança "que letra está faltando?". Se ela soubesse, já teria colocado.
O melhor é pedir que leia o que escreveu para que ela mesma decida por alguma
alteração.

- Pedir que o aluno ouça o som da sílaba. O problema não é de audição, mas de
concepção de escrita. Daí a importância de compreender como ele está pensando.

- Não orientar os estudantes por achar que eles devem construir a escrita sozinhos.
É preciso oferecer a todos informações sobre a grafia das palavras, além de sugerir a
eles fontes escritas e a troca com os colegas.

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Método fônico

  • 1. Método Fônico ALFABETIZAÇÃO FÔNICA Seqüência de atividades para apresentação dos sons Som da letra A Aula 1 1- Professora mostra a letra e pronuncia o som da mesma: --“Vamos conhecer o som da letra. Repitam comigo:A. Agora você.......Agora você... 2- Dar exemplos de coisas, conhecidas das crianças, que iniciam com o som “a”. Pedir que repitam as palavras pronunciadas, desenhar no quadro ou mostrar figuras das mesmas. 3- Escrever ao lado de cada desenho o nome e destacar a letra “a”. 4- Escrever as diferentes formas que esta letra pode ser representada. Maiúscula, minúscula, de máquina e manuscrita. 5- Escrever o nome dos alunos e analisar se existe o som trabalhado nele. Destacar. 6- Vamos ler um texto sobre esta letra. A professora lê o texto podendo escrevê-lo no quadro ou dar uma folha com o texto digitado. (obs: explicar o que significa cada palavra nova apresentada) A Ela está no astronauta a nas asa do avião. Na andorinha, na arara, na amizade e no azulão.
  • 2. Pintar as figuras da folha apresentada destacando a letra A. Aula 2 1- Recordar o som A trabalhado na aula anterior;(auditivo, visual e falado) Mostrar a forma manuscrita e gráfica. 2- Oferecer uma folha com a letra A e várias figuras (sem os nomes) onde os alunos irão apontar, circular e pintar as que iniciam com o som trabalhado. Sugestão de figuras: Amendoim, alfinete, agulha, alho, abajur, arara, avião, gravata, sapato, fósforo. 3- Após esta atividade feita a professora escreve o nome destas figuras e o aluno aponta e destaca a letra no início da palavra com uma cor e no meio e no final com outra cor. 4- Apresentar uma folha com figuras e seus respectivos nomes onde falta a letra “a”. Pedir aos alunos que completem as palavras com a letra A (caixa alta). Aula 3 1- Representar a letra no quadro em manuscrito; 2- Representar a letra em tamanho aumentado para que cada aluno possa experimentar o movimento correto da letra; 3- Solicitar que os alunos, individualmente, vão até a lousa e escrevam a letra com giz; (trabalho 100% acompanhado pela professora e observado pelos colegas) 4- Distribuir uma folha com a letra “a” em manuscrito .Fazer o movimento da letra na folha dada; (com cola, tinta, colagem, etc) 5- Em folha branca treinar o movimento da letra livremente; 6- Cantar a música da D. Aranha. Distribuir uma folha com letra em manuscrito e pedir que circulem as letras “a” encontradas. Colorir as figuras. 7- Estar sempre com os seus nomes à vista para que estejam em contato com as letras de seus nomes; Aula 4 1- Distribuir folha com vários nomes escritos e pedir que pintem somente os que iniciam com o som “a”; 2- Sugestão de música e brincadeiras para desenvolver a percepção auditiva: - O sapo não lava o pé; ( cantar trocando as vogais) - Repetir palavras trocando as vogais, - Completar frases com palavras que terminem com som parecido; 3- Apresentar a vogal escrita em tarja; 4- Desenhar a tarja no quadro e solicitar que cada um venha escrever a letra com o
  • 3. movimento correto; 5- Após a criança escrever no quadro dar a ela o seu caderno de tarja com a lição já preparada para que ela escreva; (elaborar atividades de escrita e de percepção visual e auditiva) Dicas: · Executar o mesmo processo para as demais vogais; · É importante criar uma rotina e um ritmo para o desenvolvimento das atividades; · Não esquecer de associação grafema/fonema; · Solicitar aos alunos o apontamento do está sendo trabalhado em momentos fora das aulas de alfabetização para que o aluno fora do contexto de sala aprimore sua aprendizagem. FONTE: ALFABETIZAÇÃ Imagine-se numa sala de concertos, apreciando uma orquestra, com violinos, trombones, violoncelos e flautas, entre outros instrumentos. Você seria capaz de distinguir entre os sons produzidos pelos de sopro e os de corda? A maioria dos leigos em música considera isso difícil. Da mesma forma, identificar os sons que compõem uma sílaba é uma tarefa complexa para os alunos que estão na transição da hipótese de escrita silábica para a silábico-alfabética. Essa analogia foi feita pela psicolinguista argentina Emilia Ferreiro, que sintetizou as conclusões a que chegaram pesquisadores por ela orientados no recente artigo A Desestabilização das Escritas Silábicas: Alternâncias e Desordem com Pertinência. Análises de escritas de crianças como Maria, 5 anos, foram a base da pesquisa da argentina Claudia Molinari. Desafiada a escrever sopa, a menina produz primeiramente uma escrita silábica: OA. Insatisfeita com a quantidade de letras - já que nessa fase a maioria das crianças acredita que sejam necessárias no mínimo três para garantir uma escrita legível -, ela acrescenta SP. O resultado final é OASP. "Todas as letras da palavra estão ali, mas em desordem (...). O que Maria produz são duas escritas silábicas justapostas", pontua Emilia. Em outra etapa do estudo, ela observou crianças realizando a tarefa de escrever consecutivamente uma mesma lista, primeiramente com lápis e papel e, em seguida, no computador. Focou a análise, portanto, em pares de palavras, o que evidenciou produções intrigantes, como as de Santiago, 5 anos. No caderno, ele representa soda como SA e na tela como OD. Salame vira SAM no papel e ALE na tela. Apesar de conhecer todas as letras de soda e de salame, ele não as coloca juntas. O fenômeno, explica Emilia, é chamado de alternâncias grafofônicas. Soluções curiosas como a de Maria e Santiago já haviam sido observadas pela pesquisadora mexicana Graciela Quinteros. Ela notou que crianças com hipótese silábica usavam algumas letras com três funções específicas - não correspondentes ao som da sílaba propriamente dito:
  • 4. - Recheio gráfico Para separar vogais iguais ou preencher um espaço dentro da palavra ou no fim dela. A PAE A á gua AM OA ma çã - Curinga Como substituta de uma sílaba ou de uma consoante que a criança não sabe grafar. A mesma letra aparece como curinga em várias palavras. O MA B to ma te AB CI ca qui - Nome da sílaba Para escrever uma sílaba inteira. É comum o uso do K para CA e do H para GA. BI H D RO bri ga dei ro K SA ca sa Alternâncias grafofônicas, escritas silábicas justapostas, uso de letras como recheio gráfico, curinga e substitutas de uma sílaba. As sofisticadas soluções são usadas pelos que estão saindo da hipótese silábica com valor sonoro convencional e construindo uma silábico-alfabética. A informação tem grande valor para o trabalho de professores como Danielle Araujo, da EMEF Madalena Caltabiano Salum Benjamim, em Pindamonhangaba, a 146 quilômetros de São Paulo, e da EMEF Professor Ernani Giannico, em Tremembé, a 135 quilômetros da capital paulista. Para não confundir esses avanços com retrocessos, ela procura fazer avaliações criteriosas. Esse é um ponto crucial, já que aparentemente a escrita dos silábicos é mais estável e fácil de interpretar, diferentemente da dos silábico-alfabéticos. "Quando estudei o artigo da Emilia sobre desordem e alternâncias, passei a ver coisas que antes não via." Para conseguir enxergar e distinguir as peculiaridades dos silábicos- alfabéticos, Danielle se vale das sondagens individuais. Ao identificar que o estudante está nessa fase intermediária entre a hipótese silábica e a conquista da base alfabética, como fazê-lo avançar? "É preciso criar situações didáticas que favoreçam a reflexão sobre o sistema alfabético de escrita, levando-o a analisar o interior das sílabas", explica. Isso é útil quando ele se depara com palavras que começam e terminam com a mesma letra. Para identificar a que procura, a criança tem de analisar as letras do meio. O trabalho de Danielle se desdobra com Laiane de Oliveira, do 4º ano, que tem deficiência intelectual. Para que ela aprenda a ler e escrever, a professora flexibiliza as atividades (leia o quadro na próxima página).
  • 5. Os erros mais comuns - Perguntar à criança "que letra está faltando?". Se ela soubesse, já teria colocado. O melhor é pedir que leia o que escreveu para que ela mesma decida por alguma alteração. - Pedir que o aluno ouça o som da sílaba. O problema não é de audição, mas de concepção de escrita. Daí a importância de compreender como ele está pensando. - Não orientar os estudantes por achar que eles devem construir a escrita sozinhos. É preciso oferecer a todos informações sobre a grafia das palavras, além de sugerir a eles fontes escritas e a troca com os colegas.