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Métodologia de Investigação
Científica
Curso de Ensino da Língua
Portuguesa
ISCED-HUILA
MÉTODOS DAS CIÊNCIAS SOCIAIS (Gil, 2007)
Conhecimento - Tipos de conhecimento:
• C. Empírico
• C. Filosófico
• C. Teológico
• C. Científico
Método científico
• Conceito de método
• Métodos que fornecem as bases lógicas:
• Dedutivo
• Indutivo
• Hipotéctico-dedutivo
• Dialéctico
• Fenomenológico
Métodos que indicam os meios técnicos da investigação
Estes métodos têm por objetivo proporcionar ao investigador os
meios técnicos para garantir a objectividade e a precisão no
estudo dos factos sociais. Mais especificamente, visam fornecer a
orientação necessária à realização da pesquisa social, sobretudo
no referente à obtenção, processamento e validação dos dados
pertinentes à problemática em investigação.
Podem ser identificados vários métodos desta natureza nas
ciências sociais. Nem sempre um método é adoptado rigorosa ou
exclusivamente numa investigação. Com frequência, dois ou mais
métodos são combinados. Isto porque nem sempre um único
método é suficiente para orientar todos os procedimentos a serem
desenvolvidos ao longo da investigação.
Os métodos específicos mais adoptados nas ciências sociais são: o
histórico, o experimental, o observacional, o comparativo, o
estatístico, o clínico e o monográfico.
Método histórico
No método histórico, o foco está na investigação de acontecimentos
ou instituições do passado, para verificar sua influência na
sociedade de hoje; considera que é fundamental estudar suas raízes
visando à compreensão de sua natureza e função, pois, conforme
Lakatos e Marconi (2007, p. 107), “as instituições alcançaram sua
forma atual através de alterações de suas partes componentes, ao
longo do tempo, influenciadas pelo contexto cultural particular de
cada época.” Seu estudo, visando a uma melhor compreensão do
papel que actualmente desempenham na sociedade, deve remontar
aos períodos de sua formação e de suas modificações. Esse método
é típico dos estudos qualitativos.
Método experimental
O método experimental consiste essencialmente em submeter os
objectos de estudo à influência de certas variáveis, em condições
controladas e conhecidas pelo investigador, para observar os
resultados que a variável produz no objecto. Não constitui
exagero afirmar que boa parte dos conhecimentos obtidos nos
últimos três séculos deve-se ao emprego do método
experimental, que pode ser considerado como o método por
excelência das ciências naturais.
Limitações da experimentação no campo das ciências sociais
fazem com que este método só possa ser aplicado em poucos
casos, visto que considerações éticas e técnicas impedem sua
utilização.
Método observacional
O método observacional é um dos mais utilizados nas ciências
sociais e apresenta alguns aspectos curiosos. Por outro lado,
pode ser considerado como o mais primitivo, e
consequentemente o mais impreciso. Mas, por outro lado, pode
ser tido como um dos mais modernos, visto ser o que possibilita
o mais elevado grau de precisão nas ciências sociais. Tanto é
que em Psicologia os procedimentos de observação são
frequentemente estudados como próximos aos procedimentos
experimentais. Nestes casos, o método observacional difere do
experimental em apenas um aspecto: nos experimentos o
cientista toma providências para que alguma coisa ocorra, afim
de observar o que se segue, ao passo que no estudo por
observação apenas observa algo que acontece ou já aconteceu.
Há investigações em ciências sociais que se valem exclusivamente
do método observacional. Outras utilizam-no em conjunto com
outros métodos. E pode-se afirmar com muita segurança que
qualquer investigação em ciências sociais deve valer-se, em mais de
um momento, de procedimentos observacionais.
Método comparativo
O método comparativo procede pela investigação de indivíduos,
classes, fe- nômenos ou fatos, com vistas a ressaltar as diferenças e
similaridades entre eles. Sua ampla utilização nas ciências sociais
deve-se ao fato de possibilitar o estudo comparativo de grandes
grupamentos sociais, separados pelo espaço e pelo tem- po. Assim é
que podem ser realizados estudos comparando diferentes culturas
ou sistemas políticos. Podem também ser efetivadas pesquisas
envolvendo padrões de comportamento familiar ou religioso de
épocas diferentes.
Algumas vezes, o método comparativo é visto como mais superficial em
relação a outros. No entanto, há situações em que seus procedimentos são
desenvolvidos mediante rigoroso controle e seus resultados proporcionam
elevado grau de generalização. Os trabalhos de Piaget, no campo do
desenvolvimento intelectual da criança, constituem importantes exemplos
da utilização do método comparativo.
Método estatístico
Este método fundamenta-se na aplicação da teoria estatística da
probabilidade e constitui importante auxílio para a investigação em
ciências sociais. Há que se considerar, porém, que as explicações obtidas
mediante a utilização do método estatístico não podem ser consideradas
absolutamente verdadeiras, mas dotadas de boa probabilidade de serem
verdadeiras.
Mediante a utilização de testes estatísticos, torna-se possível determinar,
em termos numéricos, a probabilidade de acerto de determinada
conclusão, bem como a margem de erro de um valor obtido.
Os procedimentos estatísticos fornecem considerável reforço às
conclusões obtidas, sobretudo mediante a experimentação e a
observação. Tanto é que os conhecimentos obtidos em alguns
sectores da Psicologia e da Economia devem-se fundamentalmente
à utilização do método estatístico.
Método clínico
O método clínico apóia-se numa relação profunda entre
pesquisador e pesquisado. E utilizado, principalmente, na pesquisa
psicológica, onde os pesquisados são indivíduos que procuram o
psicólogo ou o psiquiatra para obter ajuda.
O método clínico tornou-se um dos mais importantes na
investigação psicológica, sobretudo depois dos trabalhos de Freud.
Sua contribuição à Psicologia tem sido muito significativa,
particularmente no que se refere ao estudo dos determinantes
inconscientes do comportamento.
Todavia, o pesquisador que adopta o método clínico deve cercar-
se de muitos cuidados ao propor generalizações, visto que esse
método se apoia em casos individuais e envolve experiências
subjectivas.
Método monográfico
O método monográfico parte do princípio de que o estudo de um
caso em profundidade pode ser considerado representativo de
muitos outros ou mesmo de todos os casos semelhantes. Esses
casos podem ser indivíduos, instituições, grupos, comunidades etc.
Embora reconhecendo a importância de o pesquisador seguir um
método como referência, entendemos que o ideal é empregar
métodos e não um método, visando a ampliar as possibilidades de
análise, considerando que não há apenas uma forma capaz de
abarcar toda complexidade das investigações.
PESQUISA SOCIAL
Definição
Quem já não realizou algum tipo de pesquisa, ao longo de sua vida?
Certamente, você costuma “pesquisar” preços antes de comprar
uma televisão, uma geladeira, um carro, uma casa, a carne para um
saboroso churrasco, não é?
Pesquisar faz parte do nosso cotidiano, mas aqui, neste texto,
iremos tomar a palavra “pesquisa” num sentido mais preciso, mais
específico, que vai além do sentido amplo que lhe é dado pelo
senso comum.
Assim, pesquisar, num sentido amplo, é procurar uma informação
que não sabemos e que precisamos saber. Consultar livros e
revistas, verificar documentos, conversar com pessoas, fazendo
perguntas para obter respostas, são formas de pesquisa, considerada
como sinónimo de busca, de investigação e indagação.
Esse sentido amplo de pesquisa se opõe ao conceito de pesquisa como
tratamento de investigação científica que tem por objectivo
comprovar uma hipótese levantada, através do uso de processos
científicos.
Pode-se definir pesquisa como o processo formal e sistemático de
desenvolvimento do método científico.
Ou
“Uma atividade humana, honesta, cujo propósito é descobrir respostas
para as indagações ou questões significativas que são propostas”
(TRUJILLO FERRARI, 1982, p. 167).
O objectivo fundamental da pesquisa é descobrir respostas para
problemas mediante o emprego de procedimentos científicos.
A partir dessa conceituação, pode-se, portanto, definir pesquisa social
como o processo que, utilizando a metodologia científica, permite a
obtenção de novos conhecimentos no campo da realidade social.
A pesquisa tem por finalidade conhecer e explicar os fenómenos
que ocorrem no mundo. Por isso, ela sempre inicia com uma
interrogação, com uma grande pergunta que a estimula. Assim,
podemos dizer que o processo de investigação é consequência de
questionamentos de factos e fenómenos que ocorrem na realidade.
Existe, portanto, uma dúvida e essa dúvida gera um
questionamento, que por sua vez desencadeia actividades
operacionais e intelectuais próprias de uma investigação científica.
Existem várias formas de classificar as pesquisas.
do ponto de vista da sua natureza
A pesquisa, sob o ponto de vista da sua natureza, pode ser:
a) pesquisa básica: objectiva gerar conhecimentos novos úteis
para o avanço da ciência sem aplicação prática prevista. Envolve
verdades e interesses universais;
Na pesquisa teórica, os pesquisadores trabalham para gerar
novas teorias.
Roesch (1999, p. 65) dá alguns exemplos de questões de
pesquisa teórica em ciências sociais:
qual é a natureza da cultura?
como ela emerge?
como é transmitida?
por que os indivíduos se comportam de determinada forma?
quais são as estruturas e o processo da organização social
humana?
b) pesquisa aplicada: objectiva gerar conhecimentos para
aplicação prática dirigidos à solução de problemas
específicos. Envolve verdades e interesses locais.
A pesquisa aplicada, por sua vez, apresenta muitos pontos de
contacto com a pesquisa pura, pois depende de suas descobertas e
se enriquece com o seu desenvolvimento; todavia, tem como
característica fundamental o interesse na aplicação, utilização e
conseqüências práticas dos conhecimentos. Sua preocupação está
menos voltada para o desenvolvimento de teorias de valor
universal que para a aplicação imediata numa realidade
circunstancial. De modo geral é este o tipo de pesquisa a que mais
se dedicam os psicólogos, sociólogos, economistas, assistentes
sociais e outros pesquisadores sociais.
Quanto aos Objectivos
Segundo Gil (2007), quanto aos objetivos existem três tipos de
pesquisas: exploratórias, descritivas e explicativas.
Pesquisa exploratória: tem a finalidade de ampliar o conhe-
cimento a respeito de um determinado fenômeno. Segundo o
autor, esse tipo de pesquisa, aparentemente simples, explora a
realidade buscando maior conhecimento, para depois planejar
uma pesquisa descritiva.
Pesquisa descritiva: procura conhecer a realidade estudada,
suas características e seus problemas. Pretende “descrever com
exatidão os fatos e fenômenos de determinada realidade”
(TRIVIÑOS, 1987, p. 100, grifo do autor). Considerando a
definição do autor, podemos destacar que noventa por cento dos
estudos em Administração são descritivos.
Pesquisa explicativa: é aquela centrada na
preocupação de identificar factores determinantes ou
de contribuição no desencadeamento dos fenômenos.
Explicar a razão pela qual se dá uma ocorrência social
ou natural.
Quando o pesquisador procura explicar os porquês das
coisas e suas causas, por meio do registo, da análise,
da classificação e da interpretação dos fenômenos
observados. Visa a identificar os factores que
determinam ou contribuem para a ocorrência dos
fenômenos; “aprofunda o conhecimento da realidade
porque explica a razão, o porquê das coisas.”
Do ponto de vista da forma de abordagem do problema
Sob o ponto de vista da abordagem do problema, a pesquisa
pode ser:
a) Pesquisa quantitativa: considera que tudo pode ser
quantificável, o que significa traduzir em números opiniões
e informações para classificá-las e analisá-las. Requer o uso
de recursos e de técnicas estatísticas (percentagem, média,
moda, mediana, desvio-padrão, coeficiente de correlação,
análise de regressão etc.).
b) Pesquisaqualitativa:consideraqueháumarelaçãodinâmicaen
treomundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável
entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não
pode ser traduzido em números. A interpretação dos
fenômenos e a atribuição de significados são básicas no
processo de pesquisa qualitativa.
Esta não requer o uso de métodos e técnicas estatísticas. O ambiente
natural é a fonte direta para coleta de dados e o pesquisador é o
instrumento-chave. Tal pesquisa é descritiva. Os pesquisadores
tendem a analisar seus dados indutivamente. O processo e seu
significado são os focos principais de abordagem.
É comum autores não diferenciarem abordagem quantitativa da
qualitativa, pois consideram que a pesquisa quantitativa é também
qualitativa. Entendemos, então, que a maneira pela qual
pretendemos analisar o problema ou fenômeno e o enfoque adoptado
é o que determina uma metodologia quantitativa ou qualitativa.
Assim, o tipo de abordagem utilizada na pesquisa dependerá dos
interesses do autor (pesquisador) e do tipo de estudo que ele
desenvolverá. É importante acrescentar que essas duas abordagens
estão interligadas e complementam-se.
Problema → Conjecturas → Dedução de consequências
observadas → Tentativa de falseamento → Corroboração
Quando os conhecimentos disponíveis sobre determinado assunto
são insuficientes para a explicação de um fenômeno, surge o
problema. Para tentar explicar a dificuldade expressa no problema,
são formuladas conjecturas ou hipóteses. Das hipóteses formuladas,
deduzem-se consequências que deverão ser testadas ou falseadas.
Falsear significa tentar tornar falsas as consequências deduzidas das
hipóteses. Enquanto no método dedutivo procura-se a todo custo
confirmar a hipótese, no método hipotético-dedutivo, ao contrário,
procuram-se evidências empíricas para derrubá-la.
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  • 1. Métodologia de Investigação Científica Curso de Ensino da Língua Portuguesa ISCED-HUILA MÉTODOS DAS CIÊNCIAS SOCIAIS (Gil, 2007)
  • 2. Conhecimento - Tipos de conhecimento: • C. Empírico • C. Filosófico • C. Teológico • C. Científico Método científico • Conceito de método • Métodos que fornecem as bases lógicas: • Dedutivo • Indutivo • Hipotéctico-dedutivo • Dialéctico • Fenomenológico
  • 3. Métodos que indicam os meios técnicos da investigação Estes métodos têm por objetivo proporcionar ao investigador os meios técnicos para garantir a objectividade e a precisão no estudo dos factos sociais. Mais especificamente, visam fornecer a orientação necessária à realização da pesquisa social, sobretudo no referente à obtenção, processamento e validação dos dados pertinentes à problemática em investigação. Podem ser identificados vários métodos desta natureza nas ciências sociais. Nem sempre um método é adoptado rigorosa ou exclusivamente numa investigação. Com frequência, dois ou mais métodos são combinados. Isto porque nem sempre um único método é suficiente para orientar todos os procedimentos a serem desenvolvidos ao longo da investigação.
  • 4. Os métodos específicos mais adoptados nas ciências sociais são: o histórico, o experimental, o observacional, o comparativo, o estatístico, o clínico e o monográfico. Método histórico No método histórico, o foco está na investigação de acontecimentos ou instituições do passado, para verificar sua influência na sociedade de hoje; considera que é fundamental estudar suas raízes visando à compreensão de sua natureza e função, pois, conforme Lakatos e Marconi (2007, p. 107), “as instituições alcançaram sua forma atual através de alterações de suas partes componentes, ao longo do tempo, influenciadas pelo contexto cultural particular de cada época.” Seu estudo, visando a uma melhor compreensão do papel que actualmente desempenham na sociedade, deve remontar aos períodos de sua formação e de suas modificações. Esse método é típico dos estudos qualitativos.
  • 5. Método experimental O método experimental consiste essencialmente em submeter os objectos de estudo à influência de certas variáveis, em condições controladas e conhecidas pelo investigador, para observar os resultados que a variável produz no objecto. Não constitui exagero afirmar que boa parte dos conhecimentos obtidos nos últimos três séculos deve-se ao emprego do método experimental, que pode ser considerado como o método por excelência das ciências naturais. Limitações da experimentação no campo das ciências sociais fazem com que este método só possa ser aplicado em poucos casos, visto que considerações éticas e técnicas impedem sua utilização.
  • 6. Método observacional O método observacional é um dos mais utilizados nas ciências sociais e apresenta alguns aspectos curiosos. Por outro lado, pode ser considerado como o mais primitivo, e consequentemente o mais impreciso. Mas, por outro lado, pode ser tido como um dos mais modernos, visto ser o que possibilita o mais elevado grau de precisão nas ciências sociais. Tanto é que em Psicologia os procedimentos de observação são frequentemente estudados como próximos aos procedimentos experimentais. Nestes casos, o método observacional difere do experimental em apenas um aspecto: nos experimentos o cientista toma providências para que alguma coisa ocorra, afim de observar o que se segue, ao passo que no estudo por observação apenas observa algo que acontece ou já aconteceu.
  • 7. Há investigações em ciências sociais que se valem exclusivamente do método observacional. Outras utilizam-no em conjunto com outros métodos. E pode-se afirmar com muita segurança que qualquer investigação em ciências sociais deve valer-se, em mais de um momento, de procedimentos observacionais. Método comparativo O método comparativo procede pela investigação de indivíduos, classes, fe- nômenos ou fatos, com vistas a ressaltar as diferenças e similaridades entre eles. Sua ampla utilização nas ciências sociais deve-se ao fato de possibilitar o estudo comparativo de grandes grupamentos sociais, separados pelo espaço e pelo tem- po. Assim é que podem ser realizados estudos comparando diferentes culturas ou sistemas políticos. Podem também ser efetivadas pesquisas envolvendo padrões de comportamento familiar ou religioso de épocas diferentes.
  • 8. Algumas vezes, o método comparativo é visto como mais superficial em relação a outros. No entanto, há situações em que seus procedimentos são desenvolvidos mediante rigoroso controle e seus resultados proporcionam elevado grau de generalização. Os trabalhos de Piaget, no campo do desenvolvimento intelectual da criança, constituem importantes exemplos da utilização do método comparativo. Método estatístico Este método fundamenta-se na aplicação da teoria estatística da probabilidade e constitui importante auxílio para a investigação em ciências sociais. Há que se considerar, porém, que as explicações obtidas mediante a utilização do método estatístico não podem ser consideradas absolutamente verdadeiras, mas dotadas de boa probabilidade de serem verdadeiras. Mediante a utilização de testes estatísticos, torna-se possível determinar, em termos numéricos, a probabilidade de acerto de determinada conclusão, bem como a margem de erro de um valor obtido.
  • 9. Os procedimentos estatísticos fornecem considerável reforço às conclusões obtidas, sobretudo mediante a experimentação e a observação. Tanto é que os conhecimentos obtidos em alguns sectores da Psicologia e da Economia devem-se fundamentalmente à utilização do método estatístico. Método clínico O método clínico apóia-se numa relação profunda entre pesquisador e pesquisado. E utilizado, principalmente, na pesquisa psicológica, onde os pesquisados são indivíduos que procuram o psicólogo ou o psiquiatra para obter ajuda. O método clínico tornou-se um dos mais importantes na investigação psicológica, sobretudo depois dos trabalhos de Freud. Sua contribuição à Psicologia tem sido muito significativa, particularmente no que se refere ao estudo dos determinantes inconscientes do comportamento.
  • 10. Todavia, o pesquisador que adopta o método clínico deve cercar- se de muitos cuidados ao propor generalizações, visto que esse método se apoia em casos individuais e envolve experiências subjectivas. Método monográfico O método monográfico parte do princípio de que o estudo de um caso em profundidade pode ser considerado representativo de muitos outros ou mesmo de todos os casos semelhantes. Esses casos podem ser indivíduos, instituições, grupos, comunidades etc. Embora reconhecendo a importância de o pesquisador seguir um método como referência, entendemos que o ideal é empregar métodos e não um método, visando a ampliar as possibilidades de análise, considerando que não há apenas uma forma capaz de abarcar toda complexidade das investigações.
  • 11. PESQUISA SOCIAL Definição Quem já não realizou algum tipo de pesquisa, ao longo de sua vida? Certamente, você costuma “pesquisar” preços antes de comprar uma televisão, uma geladeira, um carro, uma casa, a carne para um saboroso churrasco, não é? Pesquisar faz parte do nosso cotidiano, mas aqui, neste texto, iremos tomar a palavra “pesquisa” num sentido mais preciso, mais específico, que vai além do sentido amplo que lhe é dado pelo senso comum. Assim, pesquisar, num sentido amplo, é procurar uma informação que não sabemos e que precisamos saber. Consultar livros e revistas, verificar documentos, conversar com pessoas, fazendo perguntas para obter respostas, são formas de pesquisa, considerada como sinónimo de busca, de investigação e indagação.
  • 12. Esse sentido amplo de pesquisa se opõe ao conceito de pesquisa como tratamento de investigação científica que tem por objectivo comprovar uma hipótese levantada, através do uso de processos científicos. Pode-se definir pesquisa como o processo formal e sistemático de desenvolvimento do método científico. Ou “Uma atividade humana, honesta, cujo propósito é descobrir respostas para as indagações ou questões significativas que são propostas” (TRUJILLO FERRARI, 1982, p. 167). O objectivo fundamental da pesquisa é descobrir respostas para problemas mediante o emprego de procedimentos científicos. A partir dessa conceituação, pode-se, portanto, definir pesquisa social como o processo que, utilizando a metodologia científica, permite a obtenção de novos conhecimentos no campo da realidade social.
  • 13. A pesquisa tem por finalidade conhecer e explicar os fenómenos que ocorrem no mundo. Por isso, ela sempre inicia com uma interrogação, com uma grande pergunta que a estimula. Assim, podemos dizer que o processo de investigação é consequência de questionamentos de factos e fenómenos que ocorrem na realidade. Existe, portanto, uma dúvida e essa dúvida gera um questionamento, que por sua vez desencadeia actividades operacionais e intelectuais próprias de uma investigação científica. Existem várias formas de classificar as pesquisas. do ponto de vista da sua natureza A pesquisa, sob o ponto de vista da sua natureza, pode ser: a) pesquisa básica: objectiva gerar conhecimentos novos úteis para o avanço da ciência sem aplicação prática prevista. Envolve verdades e interesses universais;
  • 14. Na pesquisa teórica, os pesquisadores trabalham para gerar novas teorias. Roesch (1999, p. 65) dá alguns exemplos de questões de pesquisa teórica em ciências sociais: qual é a natureza da cultura? como ela emerge? como é transmitida? por que os indivíduos se comportam de determinada forma? quais são as estruturas e o processo da organização social humana? b) pesquisa aplicada: objectiva gerar conhecimentos para aplicação prática dirigidos à solução de problemas específicos. Envolve verdades e interesses locais.
  • 15. A pesquisa aplicada, por sua vez, apresenta muitos pontos de contacto com a pesquisa pura, pois depende de suas descobertas e se enriquece com o seu desenvolvimento; todavia, tem como característica fundamental o interesse na aplicação, utilização e conseqüências práticas dos conhecimentos. Sua preocupação está menos voltada para o desenvolvimento de teorias de valor universal que para a aplicação imediata numa realidade circunstancial. De modo geral é este o tipo de pesquisa a que mais se dedicam os psicólogos, sociólogos, economistas, assistentes sociais e outros pesquisadores sociais. Quanto aos Objectivos Segundo Gil (2007), quanto aos objetivos existem três tipos de pesquisas: exploratórias, descritivas e explicativas.
  • 16. Pesquisa exploratória: tem a finalidade de ampliar o conhe- cimento a respeito de um determinado fenômeno. Segundo o autor, esse tipo de pesquisa, aparentemente simples, explora a realidade buscando maior conhecimento, para depois planejar uma pesquisa descritiva. Pesquisa descritiva: procura conhecer a realidade estudada, suas características e seus problemas. Pretende “descrever com exatidão os fatos e fenômenos de determinada realidade” (TRIVIÑOS, 1987, p. 100, grifo do autor). Considerando a definição do autor, podemos destacar que noventa por cento dos estudos em Administração são descritivos.
  • 17. Pesquisa explicativa: é aquela centrada na preocupação de identificar factores determinantes ou de contribuição no desencadeamento dos fenômenos. Explicar a razão pela qual se dá uma ocorrência social ou natural. Quando o pesquisador procura explicar os porquês das coisas e suas causas, por meio do registo, da análise, da classificação e da interpretação dos fenômenos observados. Visa a identificar os factores que determinam ou contribuem para a ocorrência dos fenômenos; “aprofunda o conhecimento da realidade porque explica a razão, o porquê das coisas.”
  • 18. Do ponto de vista da forma de abordagem do problema Sob o ponto de vista da abordagem do problema, a pesquisa pode ser: a) Pesquisa quantitativa: considera que tudo pode ser quantificável, o que significa traduzir em números opiniões e informações para classificá-las e analisá-las. Requer o uso de recursos e de técnicas estatísticas (percentagem, média, moda, mediana, desvio-padrão, coeficiente de correlação, análise de regressão etc.). b) Pesquisaqualitativa:consideraqueháumarelaçãodinâmicaen treomundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido em números. A interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados são básicas no processo de pesquisa qualitativa.
  • 19. Esta não requer o uso de métodos e técnicas estatísticas. O ambiente natural é a fonte direta para coleta de dados e o pesquisador é o instrumento-chave. Tal pesquisa é descritiva. Os pesquisadores tendem a analisar seus dados indutivamente. O processo e seu significado são os focos principais de abordagem. É comum autores não diferenciarem abordagem quantitativa da qualitativa, pois consideram que a pesquisa quantitativa é também qualitativa. Entendemos, então, que a maneira pela qual pretendemos analisar o problema ou fenômeno e o enfoque adoptado é o que determina uma metodologia quantitativa ou qualitativa. Assim, o tipo de abordagem utilizada na pesquisa dependerá dos interesses do autor (pesquisador) e do tipo de estudo que ele desenvolverá. É importante acrescentar que essas duas abordagens estão interligadas e complementam-se.
  • 20. Problema → Conjecturas → Dedução de consequências observadas → Tentativa de falseamento → Corroboração Quando os conhecimentos disponíveis sobre determinado assunto são insuficientes para a explicação de um fenômeno, surge o problema. Para tentar explicar a dificuldade expressa no problema, são formuladas conjecturas ou hipóteses. Das hipóteses formuladas, deduzem-se consequências que deverão ser testadas ou falseadas. Falsear significa tentar tornar falsas as consequências deduzidas das hipóteses. Enquanto no método dedutivo procura-se a todo custo confirmar a hipótese, no método hipotético-dedutivo, ao contrário, procuram-se evidências empíricas para derrubá-la.