O documento descreve o método de dosagem de concreto IPT, com objetivo de determinar a resistência à compressão axial, tração por compressão diametral e módulo de elasticidade de concreto em diferentes idades, além de determinar o traço para obter 21 MPa de resistência aos 28 dias. É detalhado o processo de amostragem, moldagem, cura e ensaio de corpos de prova cilíndricos, assim como o controle de aceitação do concreto de acordo com a ABNT.
1. DOSAGEM PELO
MÉTODO IPT
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ- CAMPUS BELÉM
INSTITUTO DE TECNOLOGIA – ITEC
FACULDADE DE ENGENHARIA CIVIL - FEC
DISCIPLINA: CONCRETOS E ARGAMASSAS
PROFESSOR: PAULO SÉRGIO
BELÉM – PA
MARÇO DE 2017
DISCENTES:
LUIZ FELIPE OLIVEIRA BRESCOVIT
MARTONIO RIBEIRO PINHEIRO
SAULO LOBO MARTINS DE SOUSA
WAGNER ALVES FERREIRA
2. O método de dosagem de concreto IPT é
bastante simples e versátil, com ênfase na
experimentação expedida, emprego de diagrama IPT
de dosagem e possibilidade de adaptação a outros
métodos.
INTRODUÇÃO
3. Elaboração do diagrama de dosagem (1:6,5)
Determinar a resistência à compressão axial
no 7º e 28º dia, traço pobre(1:6,5).
Determinar a resistência à tração por
compressão diametral no 28º dia, traço
pobre(1:6,5).
Determinar o módulo de elasticidade do
concreto no 28º dia, traço pobre(1:6,5).
Determinar, o traço para o concreto que
ofereça 21 MPa de resistência a compressão
axial aos 28 dias e Sd=5,5.
OBJETIVO
4. Utilizou-se o Cimento Portland CP-IV.
Água fornecida pela estação de tratamento de água
da Universidade Federal do Pará.
Massa específica do cimento=3,10 g/cm3
Massa específica da areia=2,60 g/cm3
Massa específica da brita=2,62 g/cm3
Aditivo
PROCEDIMENTOS E ELABORAÇÃO DOS
MATERIAS E DAS MISTURAS
EXPERIMENTAIS.
6. Através da tensão de ruptura à compressão axial
de um cilindro de concreto, com altura igual ao
dobro do diâmetro, com tolerância de 1% para o
diâmetro e 2% para a altura.
COMO É OBTIDA ESSA RESISTÊNCIA?
7. NM 33:1998 Amostragem de concreto fresco. Método de
ensaio.
NBR NM67:1998 Concreto. Determinação da consistência
pelo abatimento do tronco de cone. Método de ensaio.
Deve-se retirar uma pequena porção do concreto para
ensaios de consistência do concreto fresco, conforme a
NBR NM67:1998
COLETA E AMOSTRAGEM
8. NBR 5738:2003 Concreto. Procedimento para moldagem e cura
de corpos de prova cilíndricos.
MOLDAGEM DOS CORPOS DE PROVA
Fonte: NBR 5738:2003.
9. NBR 5739:2007 Concreto. Ensaios de compressão de
corpos de prova cilíndricos.
Eixo da maquina coincidir com o centro do corpo de
prova;
Ajuste da velocidade de carga de acordo com o diâmetro
do corpo de prova;
Ensaios devem ser realizados por laboratórios
competentes e supervisionados pela RBLE – Rede
Brasileira de Laboratórios de Ensaios
ENSAIO DE RESISTÊNCIA
11. Segurança e estabilidade estrutural;
Referencial de segurança;
A propriedade do concreto que melhor o qualifica é a
resistência a compressão.
IMPORTÂNCIA DA RESISTÊNCIA A
COMPRESSÃO
12. Valores mais ou menos dispersos – variam de uma
obra para outra, conforme o rigor da produção do
concreto.
ESTATÍSTICA
Média Desvio Padrão
Resistência característica
do concreto à compressão
13. Fck – Resistência à compressão característica do concreto;
Fckef– Resistência à compressão efetiva ou real;
Fckest – Resistência característica estimada do concreto à
compressão.
RESISTÊNCIA CARACTERÍSTICA DO
CONCRETO
Fonte: Boletim técnico – Controle da resistência do concreto.
Fckef Fckest
14. Passo 1: Definição da extensão do lote que será julgado:
CONTROLE DE ACEITAÇÃO DO CONCRETO
Fonte: NBR NBR12655:2006
Passo 2: Definição do tipo de amostragem a ser adotado:
Controle por amostra total: Amostrar todas as
amassadas. Recomendável para vigas, pilares etc...
Controle por amostra parcial: Amostrar algumas
amassadas representativas como lajes, sapatas etc...
15. CONTROLE DE ACEITAÇÃO DO CONCRETO
Passo 3: Tamanho mínimo da amostra (só aplicável
a amostra parcial);
6 exemplares – Concreto grupo I
12 exemplares – Concreto grupo II
Passo 4: Retirada (coleta) e moldagem dos corpos de
prova;
NM 33:1998
16. Passo 5: Análise dos resultados: Amostragem total;
A cada 20 resultados, o Fckes será o inferior dos valores.
A cada 40 resultados, será o segundo inferior.
A cada 100, será o quinto inferior.
CONTROLE DE ACEITAÇÃO DO CONCRETO
Passo 6: Analise dos resultados: Amostragem parcial.
17. CONTROLE DE ACEITAÇÃO DO CONCRETO
Exemplo: Conhecendo-se os resultados de controle do
concreto (condição de preparo do concreto tipo A)
apresentados na Tabela 2, correspondentes aos pilares do
primeiro e do segundo subsolos de um edifício com 41m3 de
concreto (6 caminhões betoneira), pergunta-se se foi atendida
a resistência característica especificada no projeto estrutural,
de fck = 20MPa a 28dias de idade?
Fonte: Boletim técnico – Controle da resistência do concreto.
18. Ordenar os resultados dos exemplares: ordem crescente
20,9 ≤ 22,2 ≤ 26,5 ≤ 26,8 ≤ 26,9 ≤ 28,3
20,0 ≤ 21,5 ≤ 22,3 ≤ 23,9 ≤ 26,1≤ 26,2
fC1 ≤ fC2 ≤ fC3 ≤ fC4 ≤ fC5 ≤ fC6
Calcular o fck ( ABNT NBR 12655:2006) para a condição de preparo A (central)
e amostras com 6 a 12 exemplares (n)
fck,est ≥ Ѱ6 . fC1
lote 1: fck,est ≥ 0,92 . 20,9 = 19,3 Mpa
lote 2: fck,est ≥ 0,92 . 20,0 = 18,4 Mpa
Fonte: Boletim técnico – Controle da resistência do concreto.
19. Onde:
m = n/2
f1, f2, ..., fm = valores das resistências dos exemplares, em ordem
crescente
Portanto das duas estimativas de fck,est obtêm-se que:
Lote 1: fck,est = 19,3 Mpa
Lote 2: fck,est = 19,2 Mpa
Substituindo os valores:
Lote 1: fck,est ≥ 16,6 Mpa
Lote 2: fck,est ≥ 19,2 Mpa
20. Quando o fckest< fck;
Revisão do projeto considerando o novo resultado
de resistência característica do concreto à compressão.
CORREÇÃO DO CONCRETO DO LOTE
Permanecendo a insegurança, extrair testemunhos
de acordo com a NBR 7680:2007 e estimar o novo fck
equivalente de acordo com a ABNT NBR 12655:2006.
Fonte: Boletim técnico – Controle da resistência do concreto.
21. É possível observar a importância da realização do
controle de qualidade do concreto, uma vez que o
mesmo ajuda a guiar-nos sobre o andamento da obra
em geral.
CONCLUSÃO
22. Jéssica, Pacheco & Helene, Paulo. Controle da resistência do
concreto. 2013. Boletim técnico - ALCONPAT Internacional.
PEREIRA., M. S. (2008). Controle da Resistência do concreto:
Paradigmas e Variabilidades – Estudo de caso. Dissertação de
mestrado em Estruturas e Construção Civil, Publicação PECC.,
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental, Universidade
de Brasília, Brasília, DF,229p.
REFERÊNCIAS