SlideShare uma empresa Scribd logo
Professora Adeline Palmeira
Profilaxia da Endocardite
Bacteriana na Clínica
Odontológica
Professora Daniela Medeiros
O que mudou nos últimos anos?
Alunos;
Introdução;
Entender como funciona essa profilaxia;
Explorar os medicamentos presentes no
artigo.
Resumo do
seminário
Ana Caroline Ferreira Barbosa
Ludmila Arruda
Rafaella Rodrigues
Alunos
Thaysa Nunes
Vinícius Ponce
Introdução
Neste seminário, exploraremos sobre como a profilaxia da Endocardite Bacteriana
mudou nas Clínicas Odontológicas nos últimos anos e como os medicamentos
foram presentes nessas mudanças.
Como os ATB agem para
prevenir a ocorrência de
EB?
Há quem afirme que o uso profilático de ATB
não afeta a incidência, o nível ou o tipo de
bacteremia (Hall et al., 1996), enquanto outros
encontram esta relação.
Assim, tem sido levantada a hipótese de que se
os ATB realmente previnem a EB, isso ocorre
não pela eliminação ou redução da bacteremia
transitória, mas sim pela redução da adesão das
bactérias às valvas cardíacas ou pela inibição
da multiplicação bacteriana quando já aderidas
O que é a Endocardite
Bacteriana?
Iniciada por uma bacteremia, a endocardite
bacteriana (EB) é uma infecção do endocárdio,
geralmente o endocárdio valvar, mas que pode
acometer outras estruturas do coração, como o
endocárdio das comunicações interventriculares e
as próteses valvares. É uma doença rara, mas que
causa seqüelas graves, muitas vezes o óbito
Qual o protocolo atual de profilaxia da EB,
recomendado pela American Heart
Association?
comendado pela American Heart Association? Administração de 2 g de
amoxicilina para adultos; 50 mg/ kg para crianças, em dose única, por via
oral, 1 hora antes do procedimento.
É possível fazer a profilaxia da endocardite
bacteriana por meio da aplicação local de
substâncias antimicrobianas?
É aconselhável usar soluções de clorexidina ou de iodo-povidine, imediatamente
antes de procedimentos odontológicos em pacientes com risco de desenvolver
EB, a fim de reduzir o número de bactérias na boca. Porém, este é um recurso
apenas complementar à profilaxia antibiótica feita por via sistêmica.
Bulários
O paciente já se encontra sob tratamento com
ATB, por ordem médica ou odontológica. Qual
deve ser a conduta?
Se o paciente está tomando um antibiótico normalmente empregado para a profilaxia da
endocardite (amoxicilina, por exemplo), deve-se selecionar um fármaco de outro grupo, como a
clindamicina, azitromicina etc., ao invés de simplesmente aumentar a dose do antibiótico em uso.
Em pacientes sob tratamento de doença periodontal com o uso concomitante de tetraciclinas,
sugere-se que a medicação seja suspensa por no mínimo três ou quatro dias antes do dia agendado
para um procedimento, no qual será instituída a profilaxia da EB com amoxicilina.
Qual o protocolo para pacientes incapazes de
fazer uso da medicação por via oral?
Em pacientes incapazes de fazer uso da medicação por via oral, é recomendado
o uso de ampicilina 2g (crianças: 50 mg/ kg), por via intramuscular ou
intravenosa, 30 minutos antes do procedimento, reservando-se a clindamicina
para os pacientes com história de alergia às penicilinas, na dose de 600 mg
(crianças: 20 mg/kg), por via intravenosa, 30 minutos antes da intervenção.
Bulários
Obviamente que não. Outros cuidados também devem ser levados em consideração pelo CD, como planejar o
tratamento de tal forma que seja possível realizar o maior número de procedimentos odontológicos, sob uma
mesma cobertura antibiótica; fazer o paciente bochechar uma solução de digluconato de clorexidina a 0,2%, por
um minuto, antes do início de cada sessão de atendimento; certificar-se que o paciente tomou a dose profilática
do antibiótico, antes da intervenção; estabelecer normas rígidas de anti-sepsia e evitar ao máximo os
traumatismos gengivais desnecessários.
E quando um paciente cardiopata de alto risco para a
endocardite for portador de periodontite agressiva,
colonizada pelo Actinobacillus actinomycetemcomitans
(Aa), como deve ser feita a profilaxia antibiótica?
O Aa é uma bactéria de particular importância para o CD, por estar comumente associada às
periodontites agressivas e ser resistente às penicilinas. SLOTS et al. (1983) propõem que a
profilaxia da EB em pacientes com alto número de Aa deva ser feita em dois estágios: primeiro, a
administração sistêmica de doxiciclina 100 mg por 14 dias, para eliminar o Aa e segundo, a
instituição do protocolo profilático convencional, contra os Streptococcus viridans, antes de
cada procedimento que cause bacteremia significativa.
No atendimento de um paciente de risco para a
EB, basta administrar o ATB antes da intervenção que
causa bacteremia?
Bulário
Conclusão


O que mudou nos últimos anos foi uma mudança de conceitos em relação à profilaxia da EB. Questões como por quais
mecanismos os ATB podem prevenir esta doença ou qual a realeficácia desta medida, ainda não foram respondidas
de forma convincente. Também é questionado se o risco de efeitos adversos por parte destes fármacos não seria
maior que o benefício previsto. Paralelamente, a idéia corrente que associa o tratamento odontológico com a EB
talvez deva ser reavaliada. No momento atual, a profilaxia antibiótica para a EB deve se restringir aos pacientes
odontológicos com alto risco para a doença, como os portadores de próteses valvares cardíacas ou que apresentam
história prévia de EB, após troca de informações com o médico especialista.

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Slide Farmáco

Diretriz brasileira de_infeccao_urinaria_de_repeticao_(soc_bras_de_urologia)
Diretriz brasileira de_infeccao_urinaria_de_repeticao_(soc_bras_de_urologia)Diretriz brasileira de_infeccao_urinaria_de_repeticao_(soc_bras_de_urologia)
Diretriz brasileira de_infeccao_urinaria_de_repeticao_(soc_bras_de_urologia)
Kashyra Rosania
 
Antifúngicos
AntifúngicosAntifúngicos
Antifúngicos
Pedro Panzetta
 
Protocolo Medicamentoso em odontologia.pptx
Protocolo Medicamentoso em odontologia.pptxProtocolo Medicamentoso em odontologia.pptx
Protocolo Medicamentoso em odontologia.pptx
WilberthLincoln1
 
ENFERMAGEM 7.pdf
ENFERMAGEM 7.pdfENFERMAGEM 7.pdf
ENFERMAGEM 7.pdf
ArlenoFavacho2
 
Decreto lei 95 criticas 22.05.15
Decreto lei 95 criticas 22.05.15Decreto lei 95 criticas 22.05.15
Decreto lei 95 criticas 22.05.15
salgadokk
 
Alimentação e hipocoagulação.pdf
Alimentação e hipocoagulação.pdfAlimentação e hipocoagulação.pdf
Alimentação e hipocoagulação.pdf
idaval_1
 
Tra
TraTra
Guia de antibiotico
Guia de antibioticoGuia de antibiotico
Guia de antibiotico
Natal Laroca
 
Guia prático das interações medicamentosas
Guia prático das interações medicamentosasGuia prático das interações medicamentosas
Guia prático das interações medicamentosas
Lucas Stolfo Maculan
 
Aula_Princípios de Antibioticoterapia PDF.pdf
Aula_Princípios de Antibioticoterapia PDF.pdfAula_Princípios de Antibioticoterapia PDF.pdf
Aula_Princípios de Antibioticoterapia PDF.pdf
emillyevelinsilvasen
 
Manualde antibioticoterapia
Manualde antibioticoterapiaManualde antibioticoterapia
Manualde antibioticoterapia
MalabaPalmeiras
 
Osteoporose -MS
Osteoporose -MSOsteoporose -MS
Osteoporose -MS
Arquivo-FClinico
 
Seminário Nacional Prevenção Quaternária
Seminário Nacional Prevenção QuaternáriaSeminário Nacional Prevenção Quaternária
Seminário Nacional Prevenção Quaternária
André L. Silva (Monge Yakusan)
 
Congresso brasileiro auditoria quimioterapia oral_2013_pdf
Congresso brasileiro auditoria quimioterapia oral_2013_pdfCongresso brasileiro auditoria quimioterapia oral_2013_pdf
Congresso brasileiro auditoria quimioterapia oral_2013_pdf
Leandro Brust
 
Adequacao do-meio-bucal-e-promocao-de-saude
Adequacao do-meio-bucal-e-promocao-de-saudeAdequacao do-meio-bucal-e-promocao-de-saude
Adequacao do-meio-bucal-e-promocao-de-saude
Lucas Stolfo Maculan
 
Adequacao do-meio-bucal-e-promocao-de-saude
Adequacao do-meio-bucal-e-promocao-de-saudeAdequacao do-meio-bucal-e-promocao-de-saude
Adequacao do-meio-bucal-e-promocao-de-saude
Lucas Stolfo Maculan
 
Aor 30
Aor 30Aor 30
Periodontite - Fatores Etiológicos, Sintomas e Tratamento - Concurso Odontologia
Periodontite - Fatores Etiológicos, Sintomas e Tratamento - Concurso OdontologiaPeriodontite - Fatores Etiológicos, Sintomas e Tratamento - Concurso Odontologia
Periodontite - Fatores Etiológicos, Sintomas e Tratamento - Concurso Odontologia
André Milioli Martins
 
Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (IRAS) no período neo...
Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (IRAS) no período neo...Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (IRAS) no período neo...
Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (IRAS) no período neo...
Portal de Boas Práticas em Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente (IFF/Fiocruz)
 

Semelhante a Slide Farmáco (19)

Diretriz brasileira de_infeccao_urinaria_de_repeticao_(soc_bras_de_urologia)
Diretriz brasileira de_infeccao_urinaria_de_repeticao_(soc_bras_de_urologia)Diretriz brasileira de_infeccao_urinaria_de_repeticao_(soc_bras_de_urologia)
Diretriz brasileira de_infeccao_urinaria_de_repeticao_(soc_bras_de_urologia)
 
Antifúngicos
AntifúngicosAntifúngicos
Antifúngicos
 
Protocolo Medicamentoso em odontologia.pptx
Protocolo Medicamentoso em odontologia.pptxProtocolo Medicamentoso em odontologia.pptx
Protocolo Medicamentoso em odontologia.pptx
 
ENFERMAGEM 7.pdf
ENFERMAGEM 7.pdfENFERMAGEM 7.pdf
ENFERMAGEM 7.pdf
 
Decreto lei 95 criticas 22.05.15
Decreto lei 95 criticas 22.05.15Decreto lei 95 criticas 22.05.15
Decreto lei 95 criticas 22.05.15
 
Alimentação e hipocoagulação.pdf
Alimentação e hipocoagulação.pdfAlimentação e hipocoagulação.pdf
Alimentação e hipocoagulação.pdf
 
Tra
TraTra
Tra
 
Guia de antibiotico
Guia de antibioticoGuia de antibiotico
Guia de antibiotico
 
Guia prático das interações medicamentosas
Guia prático das interações medicamentosasGuia prático das interações medicamentosas
Guia prático das interações medicamentosas
 
Aula_Princípios de Antibioticoterapia PDF.pdf
Aula_Princípios de Antibioticoterapia PDF.pdfAula_Princípios de Antibioticoterapia PDF.pdf
Aula_Princípios de Antibioticoterapia PDF.pdf
 
Manualde antibioticoterapia
Manualde antibioticoterapiaManualde antibioticoterapia
Manualde antibioticoterapia
 
Osteoporose -MS
Osteoporose -MSOsteoporose -MS
Osteoporose -MS
 
Seminário Nacional Prevenção Quaternária
Seminário Nacional Prevenção QuaternáriaSeminário Nacional Prevenção Quaternária
Seminário Nacional Prevenção Quaternária
 
Congresso brasileiro auditoria quimioterapia oral_2013_pdf
Congresso brasileiro auditoria quimioterapia oral_2013_pdfCongresso brasileiro auditoria quimioterapia oral_2013_pdf
Congresso brasileiro auditoria quimioterapia oral_2013_pdf
 
Adequacao do-meio-bucal-e-promocao-de-saude
Adequacao do-meio-bucal-e-promocao-de-saudeAdequacao do-meio-bucal-e-promocao-de-saude
Adequacao do-meio-bucal-e-promocao-de-saude
 
Adequacao do-meio-bucal-e-promocao-de-saude
Adequacao do-meio-bucal-e-promocao-de-saudeAdequacao do-meio-bucal-e-promocao-de-saude
Adequacao do-meio-bucal-e-promocao-de-saude
 
Aor 30
Aor 30Aor 30
Aor 30
 
Periodontite - Fatores Etiológicos, Sintomas e Tratamento - Concurso Odontologia
Periodontite - Fatores Etiológicos, Sintomas e Tratamento - Concurso OdontologiaPeriodontite - Fatores Etiológicos, Sintomas e Tratamento - Concurso Odontologia
Periodontite - Fatores Etiológicos, Sintomas e Tratamento - Concurso Odontologia
 
Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (IRAS) no período neo...
Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (IRAS) no período neo...Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (IRAS) no período neo...
Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (IRAS) no período neo...
 

Último

8. Medicamentos que atuam no Sistema Endócrino.pdf
8. Medicamentos que atuam no Sistema Endócrino.pdf8. Medicamentos que atuam no Sistema Endócrino.pdf
8. Medicamentos que atuam no Sistema Endócrino.pdf
jhordana1
 
Bioquímica [Salvo automaticamente] [Salvo automaticamente].pptx
Bioquímica [Salvo automaticamente] [Salvo automaticamente].pptxBioquímica [Salvo automaticamente] [Salvo automaticamente].pptx
Bioquímica [Salvo automaticamente] [Salvo automaticamente].pptx
BeatrizLittig1
 
3° Aula.ppt historia do Sistema Unico de Saude
3° Aula.ppt historia do Sistema Unico de Saude3° Aula.ppt historia do Sistema Unico de Saude
3° Aula.ppt historia do Sistema Unico de Saude
WilberthLincoln1
 
higienização de espaços e equipamentos
higienização de    espaços e equipamentoshigienização de    espaços e equipamentos
higienização de espaços e equipamentos
Manuel Pacheco Vieira
 
Medicamentos que atuam no Sistema Digestório.pdf
Medicamentos que atuam no Sistema Digestório.pdfMedicamentos que atuam no Sistema Digestório.pdf
Medicamentos que atuam no Sistema Digestório.pdf
jhordana1
 
Treinamento NR35_Trabalho em Altura 2024.pptx
Treinamento NR35_Trabalho em Altura 2024.pptxTreinamento NR35_Trabalho em Altura 2024.pptx
Treinamento NR35_Trabalho em Altura 2024.pptx
Ruan130129
 
Teoria de enfermagem de Callista Roy.pdf
Teoria de enfermagem de Callista Roy.pdfTeoria de enfermagem de Callista Roy.pdf
Teoria de enfermagem de Callista Roy.pdf
jhordana1
 
saúde coletiva para tecnico em enfermagem
saúde coletiva para tecnico em enfermagemsaúde coletiva para tecnico em enfermagem
saúde coletiva para tecnico em enfermagem
DavyllaVerasMenezes
 

Último (8)

8. Medicamentos que atuam no Sistema Endócrino.pdf
8. Medicamentos que atuam no Sistema Endócrino.pdf8. Medicamentos que atuam no Sistema Endócrino.pdf
8. Medicamentos que atuam no Sistema Endócrino.pdf
 
Bioquímica [Salvo automaticamente] [Salvo automaticamente].pptx
Bioquímica [Salvo automaticamente] [Salvo automaticamente].pptxBioquímica [Salvo automaticamente] [Salvo automaticamente].pptx
Bioquímica [Salvo automaticamente] [Salvo automaticamente].pptx
 
3° Aula.ppt historia do Sistema Unico de Saude
3° Aula.ppt historia do Sistema Unico de Saude3° Aula.ppt historia do Sistema Unico de Saude
3° Aula.ppt historia do Sistema Unico de Saude
 
higienização de espaços e equipamentos
higienização de    espaços e equipamentoshigienização de    espaços e equipamentos
higienização de espaços e equipamentos
 
Medicamentos que atuam no Sistema Digestório.pdf
Medicamentos que atuam no Sistema Digestório.pdfMedicamentos que atuam no Sistema Digestório.pdf
Medicamentos que atuam no Sistema Digestório.pdf
 
Treinamento NR35_Trabalho em Altura 2024.pptx
Treinamento NR35_Trabalho em Altura 2024.pptxTreinamento NR35_Trabalho em Altura 2024.pptx
Treinamento NR35_Trabalho em Altura 2024.pptx
 
Teoria de enfermagem de Callista Roy.pdf
Teoria de enfermagem de Callista Roy.pdfTeoria de enfermagem de Callista Roy.pdf
Teoria de enfermagem de Callista Roy.pdf
 
saúde coletiva para tecnico em enfermagem
saúde coletiva para tecnico em enfermagemsaúde coletiva para tecnico em enfermagem
saúde coletiva para tecnico em enfermagem
 

Slide Farmáco

  • 1. Professora Adeline Palmeira Profilaxia da Endocardite Bacteriana na Clínica Odontológica Professora Daniela Medeiros O que mudou nos últimos anos?
  • 2. Alunos; Introdução; Entender como funciona essa profilaxia; Explorar os medicamentos presentes no artigo. Resumo do seminário
  • 3. Ana Caroline Ferreira Barbosa Ludmila Arruda Rafaella Rodrigues Alunos Thaysa Nunes Vinícius Ponce
  • 4. Introdução Neste seminário, exploraremos sobre como a profilaxia da Endocardite Bacteriana mudou nas Clínicas Odontológicas nos últimos anos e como os medicamentos foram presentes nessas mudanças.
  • 5. Como os ATB agem para prevenir a ocorrência de EB? Há quem afirme que o uso profilático de ATB não afeta a incidência, o nível ou o tipo de bacteremia (Hall et al., 1996), enquanto outros encontram esta relação. Assim, tem sido levantada a hipótese de que se os ATB realmente previnem a EB, isso ocorre não pela eliminação ou redução da bacteremia transitória, mas sim pela redução da adesão das bactérias às valvas cardíacas ou pela inibição da multiplicação bacteriana quando já aderidas O que é a Endocardite Bacteriana? Iniciada por uma bacteremia, a endocardite bacteriana (EB) é uma infecção do endocárdio, geralmente o endocárdio valvar, mas que pode acometer outras estruturas do coração, como o endocárdio das comunicações interventriculares e as próteses valvares. É uma doença rara, mas que causa seqüelas graves, muitas vezes o óbito
  • 6. Qual o protocolo atual de profilaxia da EB, recomendado pela American Heart Association? comendado pela American Heart Association? Administração de 2 g de amoxicilina para adultos; 50 mg/ kg para crianças, em dose única, por via oral, 1 hora antes do procedimento. É possível fazer a profilaxia da endocardite bacteriana por meio da aplicação local de substâncias antimicrobianas? É aconselhável usar soluções de clorexidina ou de iodo-povidine, imediatamente antes de procedimentos odontológicos em pacientes com risco de desenvolver EB, a fim de reduzir o número de bactérias na boca. Porém, este é um recurso apenas complementar à profilaxia antibiótica feita por via sistêmica.
  • 8. O paciente já se encontra sob tratamento com ATB, por ordem médica ou odontológica. Qual deve ser a conduta? Se o paciente está tomando um antibiótico normalmente empregado para a profilaxia da endocardite (amoxicilina, por exemplo), deve-se selecionar um fármaco de outro grupo, como a clindamicina, azitromicina etc., ao invés de simplesmente aumentar a dose do antibiótico em uso. Em pacientes sob tratamento de doença periodontal com o uso concomitante de tetraciclinas, sugere-se que a medicação seja suspensa por no mínimo três ou quatro dias antes do dia agendado para um procedimento, no qual será instituída a profilaxia da EB com amoxicilina. Qual o protocolo para pacientes incapazes de fazer uso da medicação por via oral? Em pacientes incapazes de fazer uso da medicação por via oral, é recomendado o uso de ampicilina 2g (crianças: 50 mg/ kg), por via intramuscular ou intravenosa, 30 minutos antes do procedimento, reservando-se a clindamicina para os pacientes com história de alergia às penicilinas, na dose de 600 mg (crianças: 20 mg/kg), por via intravenosa, 30 minutos antes da intervenção.
  • 10. Obviamente que não. Outros cuidados também devem ser levados em consideração pelo CD, como planejar o tratamento de tal forma que seja possível realizar o maior número de procedimentos odontológicos, sob uma mesma cobertura antibiótica; fazer o paciente bochechar uma solução de digluconato de clorexidina a 0,2%, por um minuto, antes do início de cada sessão de atendimento; certificar-se que o paciente tomou a dose profilática do antibiótico, antes da intervenção; estabelecer normas rígidas de anti-sepsia e evitar ao máximo os traumatismos gengivais desnecessários. E quando um paciente cardiopata de alto risco para a endocardite for portador de periodontite agressiva, colonizada pelo Actinobacillus actinomycetemcomitans (Aa), como deve ser feita a profilaxia antibiótica? O Aa é uma bactéria de particular importância para o CD, por estar comumente associada às periodontites agressivas e ser resistente às penicilinas. SLOTS et al. (1983) propõem que a profilaxia da EB em pacientes com alto número de Aa deva ser feita em dois estágios: primeiro, a administração sistêmica de doxiciclina 100 mg por 14 dias, para eliminar o Aa e segundo, a instituição do protocolo profilático convencional, contra os Streptococcus viridans, antes de cada procedimento que cause bacteremia significativa. No atendimento de um paciente de risco para a EB, basta administrar o ATB antes da intervenção que causa bacteremia?
  • 12. Conclusão O que mudou nos últimos anos foi uma mudança de conceitos em relação à profilaxia da EB. Questões como por quais mecanismos os ATB podem prevenir esta doença ou qual a realeficácia desta medida, ainda não foram respondidas de forma convincente. Também é questionado se o risco de efeitos adversos por parte destes fármacos não seria maior que o benefício previsto. Paralelamente, a idéia corrente que associa o tratamento odontológico com a EB talvez deva ser reavaliada. No momento atual, a profilaxia antibiótica para a EB deve se restringir aos pacientes odontológicos com alto risco para a doença, como os portadores de próteses valvares cardíacas ou que apresentam história prévia de EB, após troca de informações com o médico especialista.