SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 21
Baixar para ler offline
Manual de Animação
Centro de Formação Profissional de Tomar
1 | P á g i n a
Tipos de Animação Turística
Existem inúmeras actividades de animação turística, as quais se podem inserir ou
subdividir em diversos grupos ou tipos.
Assim podemos falar em:
Animação Sócio-Cultural
o Exposições de Pintura, Escultura, Selos, Fotografias, Artesanato etc.
o Organização de Conferências, Seminários e Colóquios
o Concertos Musicais
o Representações Teatrais
o Festivais de Cinema
o Jornadas Gastronómicas e Enológicas
Recreação e Entretenimento
o Concursos de Teatro e Literários
o Organização de concursos de dança e bailes
o Concursos de Gastronomia/Cozinha
o Desfiles de Moda
o Secções de Magia
o Jantares de Gala
o Organização de Concursos
Manual de Animação
Centro de Formação Profissional de Tomar
2 | P á g i n a
Desportivas
o - Concursos de Pesca e Caça
o - Torneios de Ténis ou Golfe
o - Canoagem
o - Passeios Pedestres
o - Outras competições/actividades em instalações desportivas
Infantis
o - Competições desportivas e jogos tradicionais
o - Trabalhos manuais
o - Festas, Teatro, Marionetas etc.
o - Cursos de língua
Metodologia da Animação Turística
Planeamento da Animação Turística
Motivação
Há que constantemente que rever as motivações do turista, tendo em conta:
o Quais os factores que motivam a fidelização dos clientes
o Que factores desmotivam os mesmos
Manual de Animação
Centro de Formação Profissional de Tomar
3 | P á g i n a
o Que expectativas dos turistas se encontram realmente realizadas ou
satisfeitas, e quais as que podem ser ainda melhoradas
o Que apetências inovadoras e diferenciais, poderão ser potenciadas a fim de
transformá-las em reais expectativas
Meio Sócio-Económico (análise de mercado)
o Que imagem temos junto do mercado alvo
o Características sócio-económicas desse mercado
o Qual o espectro etário dos mesmos
o Nível de educação
o Estada média do cliente e época do ano, em que mais se deslocam
o Desenvolvimento dos países emissores/ regiões de “outgoing”
o Ofertas da concorrência dos países/ regiões de “incoming”
o Meios de transporte disponíveis de acesso á região e ao país em causa
o Alojamentos disponíveis
o Categorias sócio-profissionais dos clientes
o Vencimentos e despesas médias
Meio-Ambiente
É tudo aquilo que nos rodeia e que pode de alguma forma intervir no projecto de
animação que se pretende desenvolver.
Estrutura física do local (é importante determinar onde é que será desenvolvida a
acção de animação, e quais as condições necessárias para tal)
É importante saber a opinião dos Políticos, poder ou influência política (fazer um
levantamento da opinião pública, o que é que as pessoas pensam do nosso evento,
aferir quem são os poderes políticos da região pois estes geralmente aproveitam-se
de eventos para chamar à atenção mas também podem ser poderosas forças de
bloqueio ao desenvolvimento dos mesmos)
Manual de Animação
Centro de Formação Profissional de Tomar
4 | P á g i n a
Grupos ou associações cívicas da comunidade (apurar igualmente da sua
receptividade face ao evento ex associações ambientalistas)
Entidades oficiais (Ex. Governador Civil, Presidente da Câmara Municipal, Forças
policiais, para obtenção de licenças ou apoios quer ao nível financeiro quer logístico)
Forças vivas do local (lideres do comércio ou da indústria para eventuais apoios
financeiros)
Media local (relação que se tem com os media a nível local)
Projecto
O Projecto de Animação
Os projectos de animação deverão criar uma atmosfera tal, que permita ao cliente
um ambiente de bem-estar, oferecendo-lhe diversas possibilidades de se divertir,
distrair, satisfazer a curiosidade e descobrir as particularidades do local onde se
encontra:
Características:
o Flexíveis e abertos a alternativas propostas
o Diversificados, visando a satisfação dos diferentes públicos
o Cativantes, visando o ritmo e a anulação de tempos mortos
o Adequados ao público, recursos e equipamentos
o Complementares, visando a sua harmonia
Na elaboração do projecto importa responder a algumas questões fundamentais
Nomeadamente:
Para quem (quem é o público alvo a que se vai dirigir a animação)
Para satisfazer que necessidades (quais as necessidades do cliente alvo)
Manual de Animação
Centro de Formação Profissional de Tomar
5 | P á g i n a
Que ocupação de espaço (m2, acessibilidades, características geográficas)
Que equipamentos (fazer lista de todos os equipamentos necessários para o evento)
Quem envolver (pessoas que vão estar envolvidas, monitores, forças de segurança,
bombeiros etc.)
Algumas das respostas às questões anteriormente colocadas, podem ser respondidas
através da realização de:
Estudos de Mercado senão vejamos:
o Que imagem temos junto do nosso mercado alvo
o Características sócio-económicas desses mercados
o Qual o espectro etário dos mesmos
o Que factores motivam a deslocação/viagem
o Como se vão deslocar até ao local de destino
o Que factores desmotivam os mesmos
o Que expectativas se encontram realmente satisfeitas
o Que expectativas podem ainda ser aperfeiçoadas
o Que apetências inovadoras e diferenciadas poderão ser potenciadas
o Quais as expectativas inerentes à viagem
Recursos Disponíveis
Está bastante difundida a ideia preconcebida que a animação turística exige, a
utilização de materiais equipamentos e recursos em grande quantidade e de elevado
custo. Na verdade o volume e o custo do material apresentam-se sempre
directamente proporcionais à ambição e à dimensão que se quer dar aos programas
de animação.
É no entanto ideal a óptima utilização do que já disponível e para tal temos de
considerar:
Manual de Animação
Centro de Formação Profissional de Tomar
6 | P á g i n a
o Atractivos naturais (O que é que o local dispõe em termos de recursos
naturais, se é perto de praias ou barragens, montanhas etc.)
o Atractivos de carácter cultural (Monumentos, ruínas, tradições etc.)
o Facilidades (Transportes, serviços públicos, de saúde etc.)
o Equipamentos e serviços diversos (Disponíveis ou fáceis de alugar)
o Recursos técnicos (e a região tem por ex. monitores de escalada ou
electricistas técnicos de som)
o Recursos financeiros (Orçamentos, patrocínios, subsídios etc. )
o População local (Se poderão ser envolvidos na animação como colaboradores
logísticos)
Plano de Animação
É nesta fase que se define concretamente o que se vai fazer quando e onde se vai
fazer o programa de animação.
1- Definir a ideia (O que se vai fazer)
2- Estratégia de implementação (Como é que se vai por em prática)
3- Variáveis do Marketing Mix (analisar)
4- Esquematização das infra-estruturas existentes (atender aos vários aspectos
como sendo saneamento básico, recolha de lixo, parques de estacionamento,
acessibilidades etc.)
5- Concretização do local (ter em conta o ponto anterior e fazer planta do local ou
do percurso do evento)
6- Definição de equipamentos (listagem dos equipamentos necessários para o
evento)
7- Orçamento financeiro
8- Estrutura legal (Autorizações legais e licenças)
9- Estrutura operacional (Programa como vão decorrer as actividades, horários etc.)
10- Análise e avaliação dos resultados
Manual de Animação
Centro de Formação Profissional de Tomar
7 | P á g i n a
Um bom processo de marketing está ligado ao tempo despendido na análise dos
elementos disponíveis na continua e disciplinada análise de questões que quando
respondidas determinarão o sucesso da implementação de actividades que geram a
animação
Factos
Correntes
Motivos Alternativas
possíveis
Revisão dos
Factos
O quê? O que se faz
agora
Porque se
faz agora
O que se
poderia fazer
agora
O que deveria
ser feito
Como? Como é feito Porquê
desta
forma
Poderia ser feito
de outra forma
Como deveria
ser feito
Quando Quando é
feito
Porquê
nesta
altura
Poderia ser feito
noutra altura
Quando deveria
ser feito
Quem? Quem faz Porquê
essa pessoa
Quem mais
poderia fazer
Quem o deveria
fazer
Metodologia do projecto de Animação
Qualquer projecto de Animação tem de ser devidamente estruturado sendo
analisadas as seguintes etapas:
1.Apresentação
2.Fundamentação
3.Planificação
4.Execução
5.Avaliação
Manual de Animação
Centro de Formação Profissional de Tomar
8 | P á g i n a
De um modo geral estas fases do projecto de animação já foram descritas no ponto
anterior (plano de animação), contudo e dada a sua importância não é demais focar
de uma forma esquemática as fases a que o desenvolvimento de um projecto desta
natureza deve obedecer.
Barreiras à implementação do plano de Animação
Existem factores de ordem diversa que colocam em causa a realização de
determinados eventos ou programas de animação:
o Não tem retorno de investimento tangível o que origina falta de interesse por
parte e eventuais investidores/patrocinadores
o Geras despesas consideráveis quando confrontadas com as receitas
previsíveis (não é viável do ponto de vista económico)
o A aceitação por parte do público-alvo não é espontânea, implicando uma
revisão do projecto
o Existem esforços de contenção de despesas que não se coadunam com os
resultados pretendidos
o Se a criação de determinado evento é demasiado dispendiosa e não se espera
um retorno de capital, verifica-se um desinteresse pelo plano ou pelo evento
Factores de Sucesso na Animação
Que factores podem conduzir ao sucesso da animação
o Planificar todas as variáveis do programa (planificando todas as etapas)
o A Esquematização das infra-estruturas deve ser considerado prioritário
o Nunca esquecer que os patrocinadores são um instrumento importante do
Marketing e são geradores e receita
o Promotores privados necessitam do suporte do sector público (entidades
oficiais)
Manual de Animação
Centro de Formação Profissional de Tomar
9 | P á g i n a
o A promoção é um factor crítico de sucesso
o Pequenas comunidades são igualmente tão importantes como as grandes,
porque permitem a focalização dos eventos de animação
o Envolver sempre que possível as comunidades locais no evento
o Não esquecer que o impacto económico consegue sempre unir esforços da
comunidade para o evento/animação
o Fazer eventos por vezes não é economicamente viável, usar o que temos
disponível gratuitamente
o Quanto maior for o evento/animação, maior será a importância da
comunidade no desenvolvimento do mesmo. Usar voluntários sempre que
existam.
Para o sucesso da animação muitas vezes contribui o facto de sermos diferentes da
concorrência nomeadamente:
o Atenção especial às crianças e aos jovens
o Distracção adulta dos adultos
o Programas educacionais para a 3ª idade
o Comunicação contínua na linguagem/idioma do cliente
o Apelar à participação colectiva
o Respeito pelos clientes não participantes
o Nunca ferir susceptibilidades
o Incluir o ensino de gastronomia local, desporto e cultura
o Dar uma animação variada dinâmica e criativa
o Dar liberdade de actuação ao cliente
o Locais com condições de segurança
o Praticar marketing directo
Manual de Animação
Centro de Formação Profissional de Tomar
10 | P á g i n a
Qualidade na Animação
10 Etapas para a qualidade na Animação:
1. Implementação de normas de qualidade
2. Maior envolvimento das pessoas que fazem parte do “team” da animação, na
decisão do evento ou na concretização da ideia.
3. Conhecimento profundo das necessidades do público-alvo.
4. Maior atenção aos não utilizadores do evento Animação
5. Um maior empenho nos processos e nas técnicas de Marketing
6. Escutar o Feedback do cliente
7. Análise mais profunda dos hábitos dos públicos – como e por onde circulam,
participam e se relacionam com as equipas de animação.
8. Maior sofisticação na concepção do serviço a fornecer (programa de
animação)
9. Tecnologia aliada ao evento
10. Formação e nível de serviço das pessoas envolvidas no programa de
animação
O Animador
Uma das componentes mais importantes na realização de projectos de animação é
sem dúvida o animador
Indiciada esta necessidade de animação/animador, ele “animador” tem de possuir
grandes qualidades de comunicação, abertura de espírito, muita disponibilidade,
um carácter extrovertido, talentoso e ser especialista em pelo menos uma actividade
desportiva ou lúdica. Tem de ter uma personalidade forte, e ser possuidor de
grande imaginação, ser dinâmico, flexível e ter grande capacidade sugestiva, enfim
possuir um conjunto de aptidões que tornam esta profissão difícil e mais completa
do que muitos podem pensar.
Manual de Animação
Centro de Formação Profissional de Tomar
11 | P á g i n a
Perfil e Atribuições do Animador
De acordo com diversos especialista existem 14 qualidades que qualquer bom
animador deve possuir:
1. Ser um excelente comunicador
2. Ser criativo dinâmico e espírito de líder
3. Ter forte capacidade de adaptação
4. Ter grande capacidade organizativa
5. Dominar técnicas e recursos
6. Ter uma atitude de permanente aprendizagem
7. Ter capacidade de improviso
8. Ter capacidade pedagógica
9. Ser tolerante
10. Ser observador
11. Ter simpatia e amabilidade
12. Ser aglutinador de grupo
13. Ser entusiasta
14. Ser resistente física e psicologicamente
Estas são sem dúvida as principais aptidões que um animador deve possuir, mas
para que do ponto de vista da intervenção do animador e para seu próprio controlo
e orientação, o evento seja um sucesso às aptidões atrás referidas deveremos
acrescentar alguns princípios orientadores
Os princípios orientadores de um bom animador são:
o Nunca esquecer que o objectivo principal do animador é satisfazer os gostos e
as expectativas do maior número possível de clientes e de os entreter
Manual de Animação
Centro de Formação Profissional de Tomar
12 | P á g i n a
o Tentarem sempre uma adaptação às condições específicas do trabalho a
efectuar, sem apresentarem demasiados obstáculos
o Terem sempre presente que um animador não é apenas considerado como
indivíduo, mas também com o que faz. Do seu comportamento depende o
trabalho e a credibilidade de toda uma equipa
o Tentarem desde o primeiro minuto atrair a simpatia dos colegas e e gestores.
Tê-los como amigos poderá significar melhores condições de trabalho. Tê-los
como inimigos pode levar ao insucesso total
o Devem publicitar de todas as formas possíveis as suas iniciativas e as da
equipa, para que nunca alguém possa dizer “eu não sabia”
o Devem procurar aproveitar-se de todas as ocasiões em que se verifique
disponibilidade e entusiasmo por parte dos participantes para implementar
uma nova actividade que vá de encontro das suas expectativas
o Recordar que o segredo para agradar a todos é não ter preferência por
ninguém em particular. Tem de ser dada atenção a todos e da mesma forma
o Não esgotar em poucos dias todas as energias, deitando-se tarde e
acumulando sonos em atraso. Tem de aprender a gerir a fadiga e o stress,
pois de tem de estar activo por longos períodos
o Nunca se envolver em comportamentos mais ou menos íntimos ou de fácil
equívoco com qualquer cliente
Atribuições do animador
Animar aspectos, monumentos estruturas e acontecimentos, promover o acesso à
cultura, contribuir para o desenvolvimento das capacidades criadoras, promover o
contacto entre os elementos do grupo, suscitar iniciativas, aumentar a participação
nas actividades propostas e introduzir a noção de cultura no âmbito dos tempos
livres
Cada vez mais o animador tem de saber organizar planificar e dirigir actividades
Manual de Animação
Centro de Formação Profissional de Tomar
13 | P á g i n a
Animação na Hotelaria
Os programas de animação
O programa de animação ideal deve ser.
o Adequado ao tipo de público, recursos e equipamentos que se dispõe
o Equipamento variado para contemplar, todos os interesses e actividades
possíveis
o Complementar compondo um conjunto harmonioso e não uma soma de
actividades sem conexão
o Interessante sem espaços mortos nem vazios, sem que possa dar a impressão
de inactividade e mantendo sempre o mesmo ritmo
o Flexível e aberto a possíveis alternativas ou propostas
O Marketing na Animação Turística
É fundamental considerar o turismo como motor de um processo de
desenvolvimento integrado e coerente, na perspectiva do seu chamado “efeito
multiplicador”, e que a procura que as receitas obtidas com esta actividade voltem a
ser investidas na própria região e assim conseguir promover a criação e/ou
desenvolvimento de outras actividades, postos de trabalho assim com a valorização
profissional no turismo e nos sectores directa ou indirectamente com ele
relacionados. Importa para tal, que o turismo seja correctamente concebido e gerido
levando à definição de uma política coerente de desenvolvimento turístico. Neste
contexto os profissionais de turismo deverão ter em conta a existência de instalações
de alojamento e restauração adequadas ao segmento de mercado que servem mas, e
simultaneamente não poderão esquecer que deverão também conceber, organizar,
implementar e gerir estruturas e formas de animação que considerem devidamente,
e numa óptica de Marketing, o tipo de cliente e consequentemente, o tipo de
necessidades a satisfazer assim como os preços a praticar. A animação turística
Manual de Animação
Centro de Formação Profissional de Tomar
14 | P á g i n a
permite organizar determinadas actividades cujo objectivo é permitir ao turista o
acesso adequado aos recursos e assim assegurar a sua exploração
A Animação Sócio-Cultural numa óptica de marketing
A função do animador surge face à necessidade de em diversas áreas proceder à
dinamização e revitalização de estruturas sociais e culturais. Importa para o efeito
formar especialistas, indivíduos que conheçam os diferentes recursos disponíveis no
âmbito da sua área de actuação, e que por outro lado identifiquem com exactidão as
necessidades e motivações do público-alvo para o qual estão a trabalhar. Só desta
forma poderão conceber o “programa” mais adequado ou seja o que melhor serve o
público.
Se considerarmos que “uma abordagem de marketing começa com a preocupação
de identificar o consumidor ou o comprador e as necessidades que o motivam, em
ordem a conceber, organizar e utilizar os meios adequados a dar-lhe satisfação, com
a máxima rentabilidade possível” então estamos no domínio do Marketing.
O Institute of Marketing define marketing enquanto “ um processo de gestão
responsável pela antecipação, previsão e satisfação das necessidades do consumidor
tendo em vista a obtenção de lucros”
Neste sentido pode-se concluir que:
a) O animador “trabalha” os recursos, concebendo programas que dirige a públicos
perfeitamente identificados
b) Esta postura de adequação dos programas aos públicos alvo, visam obter a
satisfação do consumidor e a rendibilidade máxima para a organização, insere-se
numa postura de marketing
Manual de Animação
Centro de Formação Profissional de Tomar
15 | P á g i n a
Um plano de marketing tipo engloba vulgarmente as seguintes tarefas:
1. Percepção e entendimento da missão e dos valores da empresa
2. Análise do mercado (análise externa) e da empresa (análise interna) a fim de
determinar os seus trunfos, as suas oportunidades, as suas fraquezas e a suas
ameaças
3. Formulação dos objectivos de marketing (definidos quantitativamente e
qualitativamente, e num dado espaço de tempo) e consequente definição das
estratégias genéricas possíveis
4. Selecção ou escolha estratégica de marketing. Por cada objectivo considerado,
os gestores devem decidir-se por uma de muitas opções estratégicas a
adoptar. É nesta altura que se deve segmentar o mercado e avaliar a
rendibilidade de cada um dos segmentos assim como proceder a uma
avaliação dos diferentes posicionamentos concorrências a fim de propor o
posicionamento mais adequado ao produto em causa
5. Definição dos planos de acção. Estes referem-se às diferentes decisões que se
relacionam com cada área estratégica de que é constituído o marketing-mix
(produto, preço, promoção e distribuição). Os planos de acção descrevem
minuciosamente a forma como as estratégias são implementadas. São a
última fase do planeamento de marketing e podem classificar-se como
“catálogos de tarefas” a realizar, resumindo, “como”, “quando”, e “por
quem”.
Particularidades da animação turística
O turismo como fenómeno humano é rico, complexo e polivalente. Numa
perspectiva de Marketing, recorre-se à utilização dos recursos a fim de criar
produtos turísticos e finalmente conceber as ofertas turísticas. Estas são
percepcionadas pelos consumidores como destinos turísticos. Como tal há que
Manual de Animação
Centro de Formação Profissional de Tomar
16 | P á g i n a
proceder, numa dada região à inventariação dos recursos aí existentes, pois eles são
a base sobre a qual se vai desenvolver a actividade turística. Os serviços e
equipamentos deverão ser definidos com vista a proporcionar ao turista a utilização
dos recursos, satisfazendo as suas necessidades e possibilitando-lhe a fruição dos
atractivos do destino. Neste sentido estamos face a produtos turísticos ou seja, a
conjuntos de componentes que agregados são capazes de satisfazer as motivações e
as expectativas de um determinado segmento de mercado. Precisamos agora de lhe
atribuir um preço, distribuí-los e dá-los a conhecer ao consumidores, para que estes
os percepcionem e saibam como e onde podem adquiri-los. Concebemos assim
ofertas turísticas (conjuntos de serviços) que se podem comprar por determinado
preço, que se desenvolvem em determinado local num tempo específico
possibilitando a quem os adquire a fruição de uma experiência de viagem completa.
O turista requer pois, um conjunto de serviços que não se limitam ao alojamento e
ao transporte, exigindo também actividades recreativas. Neste caso a inovação e o
desenvolvimento de novos produtos surgem como fundamentais no sentido da
obtenção de êxito por parte das empresas que trabalham na área da animação. A
imaginação reveste-se de extrema importância e a criatividade é imprescindível para
não criar fadiga ou cansaço no turista. O marketing assume assim um papel de
extrema importância e relevo.
Caso se pretenda lançar um programa de animação à que ter em atenção ao
seguinte:
o Estudo da procura e das suas motivações, em relação às actividades
recreativas (estar em ambientes agradáveis, alargar as relações sociais,
divertir-se, desenvolvimento da personalidade etc.)
o Estudo da oferta (recursos naturais e histórico-culturais adequados para o
desenvolvimento de programas de animação, existência de instalações
turísticas adequadas etc.)
Manual de Animação
Centro de Formação Profissional de Tomar
17 | P á g i n a
As fases de lançamento de um produto de animação requerem um plano de
marketing que comporte:
o A criação de possíveis ideias de recreação e animação
o Processo de selecção das mesmas mediante testes feitos a terceiros
o Valorização económica da sua rendibilidade
o Desenvolvimento de projectos e produtos para a sua aplicação
o Distribuição e promoção do produto
o Comercialização e venda concreta.
Assim é importante que os gestores de animação realizem as seguintes
actividades:
o Estudos de da procura e da oferta (características dos clientes e dos recursos)
o Planificação dos projectos de animação de acordo com os resultados dos
estudos
o Definição dos pressupostos e dos meios financeiros
o Definição das relações de cooperação com os diversos sectores que
participam na campanha turística geral (alojamento e transportes)
o Utilização racional dos recursos e do projecto de animação
o Realização dos programas definindo os diferentes campos de acção
o Actividades de promoção e venda (sites, folhetos brochuras etc.)
Segundo Guibilato não basta para estimular a vida do turista alimentá-lo e alojá-lo.
Ele desloca-se com o objectivo de desfrutar e utilizar os recursos assim como
praticar determinadas actividades. Com tal é necessário dar-lhe a oportunidade de o
fazer.
Manual de Animação
Centro de Formação Profissional de Tomar
18 | P á g i n a
Para quê fazer Animação?
Animação marca a diferença, é uma componente turística e está intimamente ligada
ao êxito de um destino turístico. Já não é só um complemento
Hoje em dia pode ser o factor principal de atracção de turistas
Há que proceder há elaboração de um projecto geral da zona em questão
verificando as possibilidades de criação dessa animação, enquadrando-a com as
infra-estruturas existentes, a própria paisagem e demais recursos naturais,
adequando-o ao seu público-alvo considerando factores como: idade, estatuto social,
poder de compra, principais motivações etc. Este projecto ou a definição de uma
estratégia a implementar deve ter como parceiros as entidades públicas e privadas
da região (C.M, Hotelaria, Restauração, Rent a car) e a própria população.
Animação serve para ou deve-se à :
o Enriquecer conhecimentos,
o Necessidade de evasão fuga,
o Necessidade de descobrir,
o Necessidade de pausa física/mental,
o Necessidade de auto-realização,
o Necessidade de comunicação,
o Necessidade de socialização e
o Necessidade de satisfazer a curiosidade
E surge no seguimento do preenchimento dos níveis inferiores da pirâmide de
Maslow.
Hierarquia das necessidades (MASLOW)
Manual de Animação
Centro de Formação Profissional de Tomar
19 | P á g i n a
o Necessidades fisiológicas
o Necessidades de segurança
o Necessidades sociais
o Necessidades psicológicas
o Necessidades de auto-realização
Necessidades relacionadas com a origem do turismo.
Repouso, evasão, socialização, comunicação, descoberta, satisfação de curiosidade,
conhecimento e auto-realização.
ASPECTOS OPERATIVOS DA ANIMAÇÃO TURÍSTICA
A animação promove e mobiliza recursos humanos mediante um processo
participativo que desenvolve potencialidades latentes nos grupos de indivíduos de
modo a permitir-lhes expressar, estruturar e dinamizar as suas próprias
experiências.
No campo da acção, a prática da animação exige a resposta a 6 questões
fundamentais:
Pessoas
o Destinatários dos programas/actividades
Lugares
o Âmbito espacial onde se realizam as actividades
Tempo
o Âmbito temporal (hora, dia, período do dia, vários dias)
Actividades
Manual de Animação
Centro de Formação Profissional de Tomar
20 | P á g i n a
o Definição das actividades que servem de suporte aos programas
Métodos
o Procedimentos e técnicas a utilizar para a organização e realização de
actividades
Meios técnicos
o Recursos utilizados (materiais e financeiros)
Ou de uma outra forma
A elaboração de um projecto de animação deve responder às seguintes questões:
o O Quê? – Qual a natureza do projecto o que se pretende fazer
o Por Quê? – Origem do projecto – natureza do projecto que actividades foram
escolhidas
o Para Quê – Objectivo
o Quanto? – Metas
o Onde? – Localização física do projecto
o Como? – Actividades, tarefas e metodologia
o Quando? – Calendarização/cronograma
o A Quem? – Destinatários
o Com o quê? – Recursos materiais e financeiros
Manual de Animação
Centro de Formação Profissional de Tomar
21 | P á g i n a
Factores Que Contribuem para o Desenvolvimento da Animação Turística
o Capacidade atractiva dos recursos naturais e culturais
o Alteração do conceito de férias para férias activas
o Papel importante na realização, satisfação e desenvolvimento sócio-cultural
dos turistas
Consequências da implementação da animação
o Criação de infra-estruturas e equipamentos
o Criação de postos de trabalho,
o Aparecimento de novas profissões,
o Diversificação da oferta de serviços,
o Aumento da estadia média,
o Diversificação das fontes de receita
o Desenvolvimento das economias locais

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Manualdeanimao

Copa do mundo kpmg
Copa do mundo kpmgCopa do mundo kpmg
Copa do mundo kpmgStudiesfree
 
Pé de Cachimbo
Pé de CachimboPé de Cachimbo
Pé de CachimboGPC-UERJ
 
Palestra na Factum - "Desafios na Produção de Eventos" - 25/06/2015
Palestra na Factum - "Desafios na Produção de Eventos" - 25/06/2015Palestra na Factum - "Desafios na Produção de Eventos" - 25/06/2015
Palestra na Factum - "Desafios na Produção de Eventos" - 25/06/2015Rafael Guerra
 
Armando Arruda (Ubrafe)
Armando Arruda (Ubrafe)Armando Arruda (Ubrafe)
Armando Arruda (Ubrafe)Sistema CNC
 
Topicos De Um Projeto
Topicos De Um ProjetoTopicos De Um Projeto
Topicos De Um Projetobethbal
 
Projeto empreendedorismo
Projeto   empreendedorismoProjeto   empreendedorismo
Projeto empreendedorismoVtonetto
 
Projetos Culturais - Elaboração, planejamento e gestão (Daniele Torres) - Red...
Projetos Culturais - Elaboração, planejamento e gestão (Daniele Torres) - Red...Projetos Culturais - Elaboração, planejamento e gestão (Daniele Torres) - Red...
Projetos Culturais - Elaboração, planejamento e gestão (Daniele Torres) - Red...Cultura e Mercado
 
ELABORAÇÃO DE PROJETO CULTURAL COMPETITIVO
ELABORAÇÃO DE PROJETO CULTURAL COMPETITIVOELABORAÇÃO DE PROJETO CULTURAL COMPETITIVO
ELABORAÇÃO DE PROJETO CULTURAL COMPETITIVOZecaRoland1
 
ETPM2012 - avaliação do Encontro
ETPM2012 - avaliação do EncontroETPM2012 - avaliação do Encontro
ETPM2012 - avaliação do EncontroPedro Nascimento
 
Semana Global de Empreendedorismo | SENAC Bertioga, 2015
Semana Global de Empreendedorismo | SENAC Bertioga, 2015Semana Global de Empreendedorismo | SENAC Bertioga, 2015
Semana Global de Empreendedorismo | SENAC Bertioga, 2015Aristides Faria
 
Como elaborar projetos de eventos
Como elaborar projetos de eventosComo elaborar projetos de eventos
Como elaborar projetos de eventosPaulo Marquêz
 
Projeto cultural cemec nany semicek
Projeto cultural cemec nany semicekProjeto cultural cemec nany semicek
Projeto cultural cemec nany semicekCultura e Mercado
 
Projetos Culturais - Daniele Torres (Maio - 2015)
Projetos Culturais - Daniele Torres (Maio - 2015)Projetos Culturais - Daniele Torres (Maio - 2015)
Projetos Culturais - Daniele Torres (Maio - 2015)Cultura e Mercado
 
Projetos Culturais - Daniele Torres (Janeiro 2015) Rede Cemec
Projetos Culturais - Daniele Torres (Janeiro 2015) Rede CemecProjetos Culturais - Daniele Torres (Janeiro 2015) Rede Cemec
Projetos Culturais - Daniele Torres (Janeiro 2015) Rede CemecCultura e Mercado
 
Apresentação institucional
Apresentação institucionalApresentação institucional
Apresentação institucionalRota Eventos
 
Slides de Eventos (prova)
Slides de Eventos (prova)Slides de Eventos (prova)
Slides de Eventos (prova)mariana_bmarcal
 

Semelhante a Manualdeanimao (20)

Copa do mundo kpmg
Copa do mundo kpmgCopa do mundo kpmg
Copa do mundo kpmg
 
Pé de Cachimbo
Pé de CachimboPé de Cachimbo
Pé de Cachimbo
 
Palestra na Factum - "Desafios na Produção de Eventos" - 25/06/2015
Palestra na Factum - "Desafios na Produção de Eventos" - 25/06/2015Palestra na Factum - "Desafios na Produção de Eventos" - 25/06/2015
Palestra na Factum - "Desafios na Produção de Eventos" - 25/06/2015
 
Armando Arruda (Ubrafe)
Armando Arruda (Ubrafe)Armando Arruda (Ubrafe)
Armando Arruda (Ubrafe)
 
Topicos De Um Projeto
Topicos De Um ProjetoTopicos De Um Projeto
Topicos De Um Projeto
 
Projeto empreendedorismo
Projeto   empreendedorismoProjeto   empreendedorismo
Projeto empreendedorismo
 
Projetos Culturais - Elaboração, planejamento e gestão (Daniele Torres) - Red...
Projetos Culturais - Elaboração, planejamento e gestão (Daniele Torres) - Red...Projetos Culturais - Elaboração, planejamento e gestão (Daniele Torres) - Red...
Projetos Culturais - Elaboração, planejamento e gestão (Daniele Torres) - Red...
 
Elaboração de Projetos
Elaboração de ProjetosElaboração de Projetos
Elaboração de Projetos
 
ELABORAÇÃO DE PROJETO CULTURAL COMPETITIVO
ELABORAÇÃO DE PROJETO CULTURAL COMPETITIVOELABORAÇÃO DE PROJETO CULTURAL COMPETITIVO
ELABORAÇÃO DE PROJETO CULTURAL COMPETITIVO
 
Manual projetos culturais
Manual projetos culturaisManual projetos culturais
Manual projetos culturais
 
Manual projetos
Manual projetosManual projetos
Manual projetos
 
ETPM2012 - avaliação do Encontro
ETPM2012 - avaliação do EncontroETPM2012 - avaliação do Encontro
ETPM2012 - avaliação do Encontro
 
Semana Global de Empreendedorismo | SENAC Bertioga, 2015
Semana Global de Empreendedorismo | SENAC Bertioga, 2015Semana Global de Empreendedorismo | SENAC Bertioga, 2015
Semana Global de Empreendedorismo | SENAC Bertioga, 2015
 
Como elaborar projetos de eventos
Como elaborar projetos de eventosComo elaborar projetos de eventos
Como elaborar projetos de eventos
 
Projeto cultural cemec nany semicek
Projeto cultural cemec nany semicekProjeto cultural cemec nany semicek
Projeto cultural cemec nany semicek
 
Projetos Culturais - Daniele Torres (Maio - 2015)
Projetos Culturais - Daniele Torres (Maio - 2015)Projetos Culturais - Daniele Torres (Maio - 2015)
Projetos Culturais - Daniele Torres (Maio - 2015)
 
Projetos Culturais - Daniele Torres (Janeiro 2015) Rede Cemec
Projetos Culturais - Daniele Torres (Janeiro 2015) Rede CemecProjetos Culturais - Daniele Torres (Janeiro 2015) Rede Cemec
Projetos Culturais - Daniele Torres (Janeiro 2015) Rede Cemec
 
Apresentação institucional
Apresentação institucionalApresentação institucional
Apresentação institucional
 
Apresentação
ApresentaçãoApresentação
Apresentação
 
Slides de Eventos (prova)
Slides de Eventos (prova)Slides de Eventos (prova)
Slides de Eventos (prova)
 

Último

Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Ilda Bicacro
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...IsabelPereira2010
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdfLeloIurk1
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdfAna Lemos
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.Mary Alvarenga
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdfLeloIurk1
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfLeloIurk1
 
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFicha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFtimaMoreira35
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....LuizHenriquedeAlmeid6
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteVanessaCavalcante37
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxferreirapriscilla84
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Ilda Bicacro
 
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos DescritoresATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos DescritoresAnaCarinaKucharski1
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...licinioBorges
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorINTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorEdvanirCosta
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...azulassessoria9
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfprofesfrancleite
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfWagnerCamposCEA
 

Último (20)

Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFicha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
 
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos DescritoresATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
 
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorINTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
 

Manualdeanimao

  • 1. Manual de Animação Centro de Formação Profissional de Tomar 1 | P á g i n a Tipos de Animação Turística Existem inúmeras actividades de animação turística, as quais se podem inserir ou subdividir em diversos grupos ou tipos. Assim podemos falar em: Animação Sócio-Cultural o Exposições de Pintura, Escultura, Selos, Fotografias, Artesanato etc. o Organização de Conferências, Seminários e Colóquios o Concertos Musicais o Representações Teatrais o Festivais de Cinema o Jornadas Gastronómicas e Enológicas Recreação e Entretenimento o Concursos de Teatro e Literários o Organização de concursos de dança e bailes o Concursos de Gastronomia/Cozinha o Desfiles de Moda o Secções de Magia o Jantares de Gala o Organização de Concursos
  • 2. Manual de Animação Centro de Formação Profissional de Tomar 2 | P á g i n a Desportivas o - Concursos de Pesca e Caça o - Torneios de Ténis ou Golfe o - Canoagem o - Passeios Pedestres o - Outras competições/actividades em instalações desportivas Infantis o - Competições desportivas e jogos tradicionais o - Trabalhos manuais o - Festas, Teatro, Marionetas etc. o - Cursos de língua Metodologia da Animação Turística Planeamento da Animação Turística Motivação Há que constantemente que rever as motivações do turista, tendo em conta: o Quais os factores que motivam a fidelização dos clientes o Que factores desmotivam os mesmos
  • 3. Manual de Animação Centro de Formação Profissional de Tomar 3 | P á g i n a o Que expectativas dos turistas se encontram realmente realizadas ou satisfeitas, e quais as que podem ser ainda melhoradas o Que apetências inovadoras e diferenciais, poderão ser potenciadas a fim de transformá-las em reais expectativas Meio Sócio-Económico (análise de mercado) o Que imagem temos junto do mercado alvo o Características sócio-económicas desse mercado o Qual o espectro etário dos mesmos o Nível de educação o Estada média do cliente e época do ano, em que mais se deslocam o Desenvolvimento dos países emissores/ regiões de “outgoing” o Ofertas da concorrência dos países/ regiões de “incoming” o Meios de transporte disponíveis de acesso á região e ao país em causa o Alojamentos disponíveis o Categorias sócio-profissionais dos clientes o Vencimentos e despesas médias Meio-Ambiente É tudo aquilo que nos rodeia e que pode de alguma forma intervir no projecto de animação que se pretende desenvolver. Estrutura física do local (é importante determinar onde é que será desenvolvida a acção de animação, e quais as condições necessárias para tal) É importante saber a opinião dos Políticos, poder ou influência política (fazer um levantamento da opinião pública, o que é que as pessoas pensam do nosso evento, aferir quem são os poderes políticos da região pois estes geralmente aproveitam-se de eventos para chamar à atenção mas também podem ser poderosas forças de bloqueio ao desenvolvimento dos mesmos)
  • 4. Manual de Animação Centro de Formação Profissional de Tomar 4 | P á g i n a Grupos ou associações cívicas da comunidade (apurar igualmente da sua receptividade face ao evento ex associações ambientalistas) Entidades oficiais (Ex. Governador Civil, Presidente da Câmara Municipal, Forças policiais, para obtenção de licenças ou apoios quer ao nível financeiro quer logístico) Forças vivas do local (lideres do comércio ou da indústria para eventuais apoios financeiros) Media local (relação que se tem com os media a nível local) Projecto O Projecto de Animação Os projectos de animação deverão criar uma atmosfera tal, que permita ao cliente um ambiente de bem-estar, oferecendo-lhe diversas possibilidades de se divertir, distrair, satisfazer a curiosidade e descobrir as particularidades do local onde se encontra: Características: o Flexíveis e abertos a alternativas propostas o Diversificados, visando a satisfação dos diferentes públicos o Cativantes, visando o ritmo e a anulação de tempos mortos o Adequados ao público, recursos e equipamentos o Complementares, visando a sua harmonia Na elaboração do projecto importa responder a algumas questões fundamentais Nomeadamente: Para quem (quem é o público alvo a que se vai dirigir a animação) Para satisfazer que necessidades (quais as necessidades do cliente alvo)
  • 5. Manual de Animação Centro de Formação Profissional de Tomar 5 | P á g i n a Que ocupação de espaço (m2, acessibilidades, características geográficas) Que equipamentos (fazer lista de todos os equipamentos necessários para o evento) Quem envolver (pessoas que vão estar envolvidas, monitores, forças de segurança, bombeiros etc.) Algumas das respostas às questões anteriormente colocadas, podem ser respondidas através da realização de: Estudos de Mercado senão vejamos: o Que imagem temos junto do nosso mercado alvo o Características sócio-económicas desses mercados o Qual o espectro etário dos mesmos o Que factores motivam a deslocação/viagem o Como se vão deslocar até ao local de destino o Que factores desmotivam os mesmos o Que expectativas se encontram realmente satisfeitas o Que expectativas podem ainda ser aperfeiçoadas o Que apetências inovadoras e diferenciadas poderão ser potenciadas o Quais as expectativas inerentes à viagem Recursos Disponíveis Está bastante difundida a ideia preconcebida que a animação turística exige, a utilização de materiais equipamentos e recursos em grande quantidade e de elevado custo. Na verdade o volume e o custo do material apresentam-se sempre directamente proporcionais à ambição e à dimensão que se quer dar aos programas de animação. É no entanto ideal a óptima utilização do que já disponível e para tal temos de considerar:
  • 6. Manual de Animação Centro de Formação Profissional de Tomar 6 | P á g i n a o Atractivos naturais (O que é que o local dispõe em termos de recursos naturais, se é perto de praias ou barragens, montanhas etc.) o Atractivos de carácter cultural (Monumentos, ruínas, tradições etc.) o Facilidades (Transportes, serviços públicos, de saúde etc.) o Equipamentos e serviços diversos (Disponíveis ou fáceis de alugar) o Recursos técnicos (e a região tem por ex. monitores de escalada ou electricistas técnicos de som) o Recursos financeiros (Orçamentos, patrocínios, subsídios etc. ) o População local (Se poderão ser envolvidos na animação como colaboradores logísticos) Plano de Animação É nesta fase que se define concretamente o que se vai fazer quando e onde se vai fazer o programa de animação. 1- Definir a ideia (O que se vai fazer) 2- Estratégia de implementação (Como é que se vai por em prática) 3- Variáveis do Marketing Mix (analisar) 4- Esquematização das infra-estruturas existentes (atender aos vários aspectos como sendo saneamento básico, recolha de lixo, parques de estacionamento, acessibilidades etc.) 5- Concretização do local (ter em conta o ponto anterior e fazer planta do local ou do percurso do evento) 6- Definição de equipamentos (listagem dos equipamentos necessários para o evento) 7- Orçamento financeiro 8- Estrutura legal (Autorizações legais e licenças) 9- Estrutura operacional (Programa como vão decorrer as actividades, horários etc.) 10- Análise e avaliação dos resultados
  • 7. Manual de Animação Centro de Formação Profissional de Tomar 7 | P á g i n a Um bom processo de marketing está ligado ao tempo despendido na análise dos elementos disponíveis na continua e disciplinada análise de questões que quando respondidas determinarão o sucesso da implementação de actividades que geram a animação Factos Correntes Motivos Alternativas possíveis Revisão dos Factos O quê? O que se faz agora Porque se faz agora O que se poderia fazer agora O que deveria ser feito Como? Como é feito Porquê desta forma Poderia ser feito de outra forma Como deveria ser feito Quando Quando é feito Porquê nesta altura Poderia ser feito noutra altura Quando deveria ser feito Quem? Quem faz Porquê essa pessoa Quem mais poderia fazer Quem o deveria fazer Metodologia do projecto de Animação Qualquer projecto de Animação tem de ser devidamente estruturado sendo analisadas as seguintes etapas: 1.Apresentação 2.Fundamentação 3.Planificação 4.Execução 5.Avaliação
  • 8. Manual de Animação Centro de Formação Profissional de Tomar 8 | P á g i n a De um modo geral estas fases do projecto de animação já foram descritas no ponto anterior (plano de animação), contudo e dada a sua importância não é demais focar de uma forma esquemática as fases a que o desenvolvimento de um projecto desta natureza deve obedecer. Barreiras à implementação do plano de Animação Existem factores de ordem diversa que colocam em causa a realização de determinados eventos ou programas de animação: o Não tem retorno de investimento tangível o que origina falta de interesse por parte e eventuais investidores/patrocinadores o Geras despesas consideráveis quando confrontadas com as receitas previsíveis (não é viável do ponto de vista económico) o A aceitação por parte do público-alvo não é espontânea, implicando uma revisão do projecto o Existem esforços de contenção de despesas que não se coadunam com os resultados pretendidos o Se a criação de determinado evento é demasiado dispendiosa e não se espera um retorno de capital, verifica-se um desinteresse pelo plano ou pelo evento Factores de Sucesso na Animação Que factores podem conduzir ao sucesso da animação o Planificar todas as variáveis do programa (planificando todas as etapas) o A Esquematização das infra-estruturas deve ser considerado prioritário o Nunca esquecer que os patrocinadores são um instrumento importante do Marketing e são geradores e receita o Promotores privados necessitam do suporte do sector público (entidades oficiais)
  • 9. Manual de Animação Centro de Formação Profissional de Tomar 9 | P á g i n a o A promoção é um factor crítico de sucesso o Pequenas comunidades são igualmente tão importantes como as grandes, porque permitem a focalização dos eventos de animação o Envolver sempre que possível as comunidades locais no evento o Não esquecer que o impacto económico consegue sempre unir esforços da comunidade para o evento/animação o Fazer eventos por vezes não é economicamente viável, usar o que temos disponível gratuitamente o Quanto maior for o evento/animação, maior será a importância da comunidade no desenvolvimento do mesmo. Usar voluntários sempre que existam. Para o sucesso da animação muitas vezes contribui o facto de sermos diferentes da concorrência nomeadamente: o Atenção especial às crianças e aos jovens o Distracção adulta dos adultos o Programas educacionais para a 3ª idade o Comunicação contínua na linguagem/idioma do cliente o Apelar à participação colectiva o Respeito pelos clientes não participantes o Nunca ferir susceptibilidades o Incluir o ensino de gastronomia local, desporto e cultura o Dar uma animação variada dinâmica e criativa o Dar liberdade de actuação ao cliente o Locais com condições de segurança o Praticar marketing directo
  • 10. Manual de Animação Centro de Formação Profissional de Tomar 10 | P á g i n a Qualidade na Animação 10 Etapas para a qualidade na Animação: 1. Implementação de normas de qualidade 2. Maior envolvimento das pessoas que fazem parte do “team” da animação, na decisão do evento ou na concretização da ideia. 3. Conhecimento profundo das necessidades do público-alvo. 4. Maior atenção aos não utilizadores do evento Animação 5. Um maior empenho nos processos e nas técnicas de Marketing 6. Escutar o Feedback do cliente 7. Análise mais profunda dos hábitos dos públicos – como e por onde circulam, participam e se relacionam com as equipas de animação. 8. Maior sofisticação na concepção do serviço a fornecer (programa de animação) 9. Tecnologia aliada ao evento 10. Formação e nível de serviço das pessoas envolvidas no programa de animação O Animador Uma das componentes mais importantes na realização de projectos de animação é sem dúvida o animador Indiciada esta necessidade de animação/animador, ele “animador” tem de possuir grandes qualidades de comunicação, abertura de espírito, muita disponibilidade, um carácter extrovertido, talentoso e ser especialista em pelo menos uma actividade desportiva ou lúdica. Tem de ter uma personalidade forte, e ser possuidor de grande imaginação, ser dinâmico, flexível e ter grande capacidade sugestiva, enfim possuir um conjunto de aptidões que tornam esta profissão difícil e mais completa do que muitos podem pensar.
  • 11. Manual de Animação Centro de Formação Profissional de Tomar 11 | P á g i n a Perfil e Atribuições do Animador De acordo com diversos especialista existem 14 qualidades que qualquer bom animador deve possuir: 1. Ser um excelente comunicador 2. Ser criativo dinâmico e espírito de líder 3. Ter forte capacidade de adaptação 4. Ter grande capacidade organizativa 5. Dominar técnicas e recursos 6. Ter uma atitude de permanente aprendizagem 7. Ter capacidade de improviso 8. Ter capacidade pedagógica 9. Ser tolerante 10. Ser observador 11. Ter simpatia e amabilidade 12. Ser aglutinador de grupo 13. Ser entusiasta 14. Ser resistente física e psicologicamente Estas são sem dúvida as principais aptidões que um animador deve possuir, mas para que do ponto de vista da intervenção do animador e para seu próprio controlo e orientação, o evento seja um sucesso às aptidões atrás referidas deveremos acrescentar alguns princípios orientadores Os princípios orientadores de um bom animador são: o Nunca esquecer que o objectivo principal do animador é satisfazer os gostos e as expectativas do maior número possível de clientes e de os entreter
  • 12. Manual de Animação Centro de Formação Profissional de Tomar 12 | P á g i n a o Tentarem sempre uma adaptação às condições específicas do trabalho a efectuar, sem apresentarem demasiados obstáculos o Terem sempre presente que um animador não é apenas considerado como indivíduo, mas também com o que faz. Do seu comportamento depende o trabalho e a credibilidade de toda uma equipa o Tentarem desde o primeiro minuto atrair a simpatia dos colegas e e gestores. Tê-los como amigos poderá significar melhores condições de trabalho. Tê-los como inimigos pode levar ao insucesso total o Devem publicitar de todas as formas possíveis as suas iniciativas e as da equipa, para que nunca alguém possa dizer “eu não sabia” o Devem procurar aproveitar-se de todas as ocasiões em que se verifique disponibilidade e entusiasmo por parte dos participantes para implementar uma nova actividade que vá de encontro das suas expectativas o Recordar que o segredo para agradar a todos é não ter preferência por ninguém em particular. Tem de ser dada atenção a todos e da mesma forma o Não esgotar em poucos dias todas as energias, deitando-se tarde e acumulando sonos em atraso. Tem de aprender a gerir a fadiga e o stress, pois de tem de estar activo por longos períodos o Nunca se envolver em comportamentos mais ou menos íntimos ou de fácil equívoco com qualquer cliente Atribuições do animador Animar aspectos, monumentos estruturas e acontecimentos, promover o acesso à cultura, contribuir para o desenvolvimento das capacidades criadoras, promover o contacto entre os elementos do grupo, suscitar iniciativas, aumentar a participação nas actividades propostas e introduzir a noção de cultura no âmbito dos tempos livres Cada vez mais o animador tem de saber organizar planificar e dirigir actividades
  • 13. Manual de Animação Centro de Formação Profissional de Tomar 13 | P á g i n a Animação na Hotelaria Os programas de animação O programa de animação ideal deve ser. o Adequado ao tipo de público, recursos e equipamentos que se dispõe o Equipamento variado para contemplar, todos os interesses e actividades possíveis o Complementar compondo um conjunto harmonioso e não uma soma de actividades sem conexão o Interessante sem espaços mortos nem vazios, sem que possa dar a impressão de inactividade e mantendo sempre o mesmo ritmo o Flexível e aberto a possíveis alternativas ou propostas O Marketing na Animação Turística É fundamental considerar o turismo como motor de um processo de desenvolvimento integrado e coerente, na perspectiva do seu chamado “efeito multiplicador”, e que a procura que as receitas obtidas com esta actividade voltem a ser investidas na própria região e assim conseguir promover a criação e/ou desenvolvimento de outras actividades, postos de trabalho assim com a valorização profissional no turismo e nos sectores directa ou indirectamente com ele relacionados. Importa para tal, que o turismo seja correctamente concebido e gerido levando à definição de uma política coerente de desenvolvimento turístico. Neste contexto os profissionais de turismo deverão ter em conta a existência de instalações de alojamento e restauração adequadas ao segmento de mercado que servem mas, e simultaneamente não poderão esquecer que deverão também conceber, organizar, implementar e gerir estruturas e formas de animação que considerem devidamente, e numa óptica de Marketing, o tipo de cliente e consequentemente, o tipo de necessidades a satisfazer assim como os preços a praticar. A animação turística
  • 14. Manual de Animação Centro de Formação Profissional de Tomar 14 | P á g i n a permite organizar determinadas actividades cujo objectivo é permitir ao turista o acesso adequado aos recursos e assim assegurar a sua exploração A Animação Sócio-Cultural numa óptica de marketing A função do animador surge face à necessidade de em diversas áreas proceder à dinamização e revitalização de estruturas sociais e culturais. Importa para o efeito formar especialistas, indivíduos que conheçam os diferentes recursos disponíveis no âmbito da sua área de actuação, e que por outro lado identifiquem com exactidão as necessidades e motivações do público-alvo para o qual estão a trabalhar. Só desta forma poderão conceber o “programa” mais adequado ou seja o que melhor serve o público. Se considerarmos que “uma abordagem de marketing começa com a preocupação de identificar o consumidor ou o comprador e as necessidades que o motivam, em ordem a conceber, organizar e utilizar os meios adequados a dar-lhe satisfação, com a máxima rentabilidade possível” então estamos no domínio do Marketing. O Institute of Marketing define marketing enquanto “ um processo de gestão responsável pela antecipação, previsão e satisfação das necessidades do consumidor tendo em vista a obtenção de lucros” Neste sentido pode-se concluir que: a) O animador “trabalha” os recursos, concebendo programas que dirige a públicos perfeitamente identificados b) Esta postura de adequação dos programas aos públicos alvo, visam obter a satisfação do consumidor e a rendibilidade máxima para a organização, insere-se numa postura de marketing
  • 15. Manual de Animação Centro de Formação Profissional de Tomar 15 | P á g i n a Um plano de marketing tipo engloba vulgarmente as seguintes tarefas: 1. Percepção e entendimento da missão e dos valores da empresa 2. Análise do mercado (análise externa) e da empresa (análise interna) a fim de determinar os seus trunfos, as suas oportunidades, as suas fraquezas e a suas ameaças 3. Formulação dos objectivos de marketing (definidos quantitativamente e qualitativamente, e num dado espaço de tempo) e consequente definição das estratégias genéricas possíveis 4. Selecção ou escolha estratégica de marketing. Por cada objectivo considerado, os gestores devem decidir-se por uma de muitas opções estratégicas a adoptar. É nesta altura que se deve segmentar o mercado e avaliar a rendibilidade de cada um dos segmentos assim como proceder a uma avaliação dos diferentes posicionamentos concorrências a fim de propor o posicionamento mais adequado ao produto em causa 5. Definição dos planos de acção. Estes referem-se às diferentes decisões que se relacionam com cada área estratégica de que é constituído o marketing-mix (produto, preço, promoção e distribuição). Os planos de acção descrevem minuciosamente a forma como as estratégias são implementadas. São a última fase do planeamento de marketing e podem classificar-se como “catálogos de tarefas” a realizar, resumindo, “como”, “quando”, e “por quem”. Particularidades da animação turística O turismo como fenómeno humano é rico, complexo e polivalente. Numa perspectiva de Marketing, recorre-se à utilização dos recursos a fim de criar produtos turísticos e finalmente conceber as ofertas turísticas. Estas são percepcionadas pelos consumidores como destinos turísticos. Como tal há que
  • 16. Manual de Animação Centro de Formação Profissional de Tomar 16 | P á g i n a proceder, numa dada região à inventariação dos recursos aí existentes, pois eles são a base sobre a qual se vai desenvolver a actividade turística. Os serviços e equipamentos deverão ser definidos com vista a proporcionar ao turista a utilização dos recursos, satisfazendo as suas necessidades e possibilitando-lhe a fruição dos atractivos do destino. Neste sentido estamos face a produtos turísticos ou seja, a conjuntos de componentes que agregados são capazes de satisfazer as motivações e as expectativas de um determinado segmento de mercado. Precisamos agora de lhe atribuir um preço, distribuí-los e dá-los a conhecer ao consumidores, para que estes os percepcionem e saibam como e onde podem adquiri-los. Concebemos assim ofertas turísticas (conjuntos de serviços) que se podem comprar por determinado preço, que se desenvolvem em determinado local num tempo específico possibilitando a quem os adquire a fruição de uma experiência de viagem completa. O turista requer pois, um conjunto de serviços que não se limitam ao alojamento e ao transporte, exigindo também actividades recreativas. Neste caso a inovação e o desenvolvimento de novos produtos surgem como fundamentais no sentido da obtenção de êxito por parte das empresas que trabalham na área da animação. A imaginação reveste-se de extrema importância e a criatividade é imprescindível para não criar fadiga ou cansaço no turista. O marketing assume assim um papel de extrema importância e relevo. Caso se pretenda lançar um programa de animação à que ter em atenção ao seguinte: o Estudo da procura e das suas motivações, em relação às actividades recreativas (estar em ambientes agradáveis, alargar as relações sociais, divertir-se, desenvolvimento da personalidade etc.) o Estudo da oferta (recursos naturais e histórico-culturais adequados para o desenvolvimento de programas de animação, existência de instalações turísticas adequadas etc.)
  • 17. Manual de Animação Centro de Formação Profissional de Tomar 17 | P á g i n a As fases de lançamento de um produto de animação requerem um plano de marketing que comporte: o A criação de possíveis ideias de recreação e animação o Processo de selecção das mesmas mediante testes feitos a terceiros o Valorização económica da sua rendibilidade o Desenvolvimento de projectos e produtos para a sua aplicação o Distribuição e promoção do produto o Comercialização e venda concreta. Assim é importante que os gestores de animação realizem as seguintes actividades: o Estudos de da procura e da oferta (características dos clientes e dos recursos) o Planificação dos projectos de animação de acordo com os resultados dos estudos o Definição dos pressupostos e dos meios financeiros o Definição das relações de cooperação com os diversos sectores que participam na campanha turística geral (alojamento e transportes) o Utilização racional dos recursos e do projecto de animação o Realização dos programas definindo os diferentes campos de acção o Actividades de promoção e venda (sites, folhetos brochuras etc.) Segundo Guibilato não basta para estimular a vida do turista alimentá-lo e alojá-lo. Ele desloca-se com o objectivo de desfrutar e utilizar os recursos assim como praticar determinadas actividades. Com tal é necessário dar-lhe a oportunidade de o fazer.
  • 18. Manual de Animação Centro de Formação Profissional de Tomar 18 | P á g i n a Para quê fazer Animação? Animação marca a diferença, é uma componente turística e está intimamente ligada ao êxito de um destino turístico. Já não é só um complemento Hoje em dia pode ser o factor principal de atracção de turistas Há que proceder há elaboração de um projecto geral da zona em questão verificando as possibilidades de criação dessa animação, enquadrando-a com as infra-estruturas existentes, a própria paisagem e demais recursos naturais, adequando-o ao seu público-alvo considerando factores como: idade, estatuto social, poder de compra, principais motivações etc. Este projecto ou a definição de uma estratégia a implementar deve ter como parceiros as entidades públicas e privadas da região (C.M, Hotelaria, Restauração, Rent a car) e a própria população. Animação serve para ou deve-se à : o Enriquecer conhecimentos, o Necessidade de evasão fuga, o Necessidade de descobrir, o Necessidade de pausa física/mental, o Necessidade de auto-realização, o Necessidade de comunicação, o Necessidade de socialização e o Necessidade de satisfazer a curiosidade E surge no seguimento do preenchimento dos níveis inferiores da pirâmide de Maslow. Hierarquia das necessidades (MASLOW)
  • 19. Manual de Animação Centro de Formação Profissional de Tomar 19 | P á g i n a o Necessidades fisiológicas o Necessidades de segurança o Necessidades sociais o Necessidades psicológicas o Necessidades de auto-realização Necessidades relacionadas com a origem do turismo. Repouso, evasão, socialização, comunicação, descoberta, satisfação de curiosidade, conhecimento e auto-realização. ASPECTOS OPERATIVOS DA ANIMAÇÃO TURÍSTICA A animação promove e mobiliza recursos humanos mediante um processo participativo que desenvolve potencialidades latentes nos grupos de indivíduos de modo a permitir-lhes expressar, estruturar e dinamizar as suas próprias experiências. No campo da acção, a prática da animação exige a resposta a 6 questões fundamentais: Pessoas o Destinatários dos programas/actividades Lugares o Âmbito espacial onde se realizam as actividades Tempo o Âmbito temporal (hora, dia, período do dia, vários dias) Actividades
  • 20. Manual de Animação Centro de Formação Profissional de Tomar 20 | P á g i n a o Definição das actividades que servem de suporte aos programas Métodos o Procedimentos e técnicas a utilizar para a organização e realização de actividades Meios técnicos o Recursos utilizados (materiais e financeiros) Ou de uma outra forma A elaboração de um projecto de animação deve responder às seguintes questões: o O Quê? – Qual a natureza do projecto o que se pretende fazer o Por Quê? – Origem do projecto – natureza do projecto que actividades foram escolhidas o Para Quê – Objectivo o Quanto? – Metas o Onde? – Localização física do projecto o Como? – Actividades, tarefas e metodologia o Quando? – Calendarização/cronograma o A Quem? – Destinatários o Com o quê? – Recursos materiais e financeiros
  • 21. Manual de Animação Centro de Formação Profissional de Tomar 21 | P á g i n a Factores Que Contribuem para o Desenvolvimento da Animação Turística o Capacidade atractiva dos recursos naturais e culturais o Alteração do conceito de férias para férias activas o Papel importante na realização, satisfação e desenvolvimento sócio-cultural dos turistas Consequências da implementação da animação o Criação de infra-estruturas e equipamentos o Criação de postos de trabalho, o Aparecimento de novas profissões, o Diversificação da oferta de serviços, o Aumento da estadia média, o Diversificação das fontes de receita o Desenvolvimento das economias locais