Este artigo analisa as taxas de mortalidade perinatal e neonatal no Hospital de Clínicas de Porto Alegre entre 1984-1990, comparando dois períodos. As taxas de mortalidade neonatal, perinatal e fetal foram semelhantes a outros hospitais terciários. As principais causas de morte neonatal foram infecções, doença de membrana hialina e malformações. Embora os recursos tenham aumentado, as taxas de mortalidade, especialmente entre recém-nascidos de muito baixo peso, não diminuíram significativamente.
Mortes Maternas em Hospitais Tercearios do Rio GrandeCássimo Saide
1) O estudo analisou casos de morte materna no Hospital de Clínicas de Porto Alegre entre 1980-1999, encontrando 81 óbitos.
2) As principais causas de morte foram hipertensão (18,5%), infecção pós-cesariana (16%) e aborto séptico (12,3%).
3) Pacientes submetidas a cesareana apresentaram risco 10 vezes maior de morte relacionada ao procedimento em comparação ao parto normal.
Como contribuição à 1ª Semana de Mobilização pela Saúde das Mulheres o Portal de Boas Práticas do IFF/Fiocruz apresenta material sobre Mortalidade Materna, com o objetivo de expor suas causas e indicar ações necessárias para a sua redução.
A ocorrência de um óbito materno deve causar indignação nos profissionais de saúde e na sociedade. Todo óbito materno deve ser investigado pelos profissionais de maternidades, de unidades básicas e analisados pelos Comitês Municipais e Estaduais de Prevenção da Mortalidade Materna.
Material de 28 de maio de 2018
Disponível em: portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
Eixo: Atenção às Mulheres
Aprofunde seus conhecimentos acessando artigos disponíveis na biblioteca do Portal.
Disponível em: http://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/
Fácil acesso. Diferentes recursos. As melhores evidências. Um olhar multidisciplinar.
O documento discute a mortalidade materna no Brasil. Ele apresenta: 1) a taxa de mortalidade materna no Brasil tem diminuído lentamente e continua sendo um problema de saúde pública; 2) as taxas variam significativamente entre regiões, com taxas mais altas no Norte e Nordeste; 3) as principais causas de mortalidade materna são complicações obstétricas diretas ou indiretas.
Pesquisa IZ/APTA: Avaliação do Desempenho produtivo e reprodutivo de Fêmeas H...Rural Pecuária
1) O estudo avaliou o desempenho produtivo e reprodutivo de vacas mestiças de diferentes composições genéticas do cruzamento Holandês x Gir.
2) Os animais dos grupos genéticos 3/4 Holandês, 7/8 Holandês e puras por cruzamento tiveram melhores desempenhos para características produtivas, enquanto os 1/2 Holandês tiveram melhor desempenho reprodutivo.
3) As curvas de lactação variaram entre os grupos genéticos, com os puramente
O documento discute a saúde da mulher brasileira, com foco nas principais causas de mortalidade como doenças cardiovasculares e câncer, e mortalidade relacionada à gravidez e aborto. Apresenta dados sobre as altas taxas de mortalidade materna no Brasil em comparação a outros países, e como a saúde da mulher está ligada a fatores sociais como raça, classe social e condições de trabalho precárias.
Especialista Isabela Mantovani apresenta números estatísticos a respeito do a...Cynthia Ferreira
O documento resume 5 equívocos comuns sobre o aborto, argumentando que: 1) os números de abortos no Brasil são inflados, sendo na verdade cerca de 100.000 por ano; 2) a legalização do aborto não diminui, e sim aumenta os números de aborto; 3) países que legalizaram o aborto têm taxas muito maiores do que o Brasil.
O abortamento representa um grave problema de saúde pública, com maior incidência em países em desenvolvimento, sendo uma das principais causas de mortalidade materna no mundo, inclusive no Brasil.
Material de 24 de julho de 2018
Disponível em: portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
Eixo: Atenção às Mulheres
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Mortes Maternas em Hospitais Tercearios do Rio GrandeCássimo Saide
1) O estudo analisou casos de morte materna no Hospital de Clínicas de Porto Alegre entre 1980-1999, encontrando 81 óbitos.
2) As principais causas de morte foram hipertensão (18,5%), infecção pós-cesariana (16%) e aborto séptico (12,3%).
3) Pacientes submetidas a cesareana apresentaram risco 10 vezes maior de morte relacionada ao procedimento em comparação ao parto normal.
Como contribuição à 1ª Semana de Mobilização pela Saúde das Mulheres o Portal de Boas Práticas do IFF/Fiocruz apresenta material sobre Mortalidade Materna, com o objetivo de expor suas causas e indicar ações necessárias para a sua redução.
A ocorrência de um óbito materno deve causar indignação nos profissionais de saúde e na sociedade. Todo óbito materno deve ser investigado pelos profissionais de maternidades, de unidades básicas e analisados pelos Comitês Municipais e Estaduais de Prevenção da Mortalidade Materna.
Material de 28 de maio de 2018
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O documento discute a mortalidade materna no Brasil. Ele apresenta: 1) a taxa de mortalidade materna no Brasil tem diminuído lentamente e continua sendo um problema de saúde pública; 2) as taxas variam significativamente entre regiões, com taxas mais altas no Norte e Nordeste; 3) as principais causas de mortalidade materna são complicações obstétricas diretas ou indiretas.
Pesquisa IZ/APTA: Avaliação do Desempenho produtivo e reprodutivo de Fêmeas H...Rural Pecuária
1) O estudo avaliou o desempenho produtivo e reprodutivo de vacas mestiças de diferentes composições genéticas do cruzamento Holandês x Gir.
2) Os animais dos grupos genéticos 3/4 Holandês, 7/8 Holandês e puras por cruzamento tiveram melhores desempenhos para características produtivas, enquanto os 1/2 Holandês tiveram melhor desempenho reprodutivo.
3) As curvas de lactação variaram entre os grupos genéticos, com os puramente
O documento discute a saúde da mulher brasileira, com foco nas principais causas de mortalidade como doenças cardiovasculares e câncer, e mortalidade relacionada à gravidez e aborto. Apresenta dados sobre as altas taxas de mortalidade materna no Brasil em comparação a outros países, e como a saúde da mulher está ligada a fatores sociais como raça, classe social e condições de trabalho precárias.
Especialista Isabela Mantovani apresenta números estatísticos a respeito do a...Cynthia Ferreira
O documento resume 5 equívocos comuns sobre o aborto, argumentando que: 1) os números de abortos no Brasil são inflados, sendo na verdade cerca de 100.000 por ano; 2) a legalização do aborto não diminui, e sim aumenta os números de aborto; 3) países que legalizaram o aborto têm taxas muito maiores do que o Brasil.
O abortamento representa um grave problema de saúde pública, com maior incidência em países em desenvolvimento, sendo uma das principais causas de mortalidade materna no mundo, inclusive no Brasil.
Material de 24 de julho de 2018
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Este documento analisa as tendências da taxa de mortalidade infantil e da prevalência de baixo peso ao nascer no Rio Grande do Sul entre 2000-2013. A taxa de mortalidade infantil caiu de 14,9 para 5,6 por 1.000 nascidos vivos, impulsionada pelo aumento da escolaridade materna e do acesso pré-natal. Entretanto, houve aumento da prevalência de recém-nascidos com muito baixo peso, assim como de prematuridade e gestações múltiplas, fatores de risco associados à mortalidade infantil.
1) O estudo comparou resultados maternos e perinatais entre 494 gestantes com mais de 40 anos e 988 gestantes entre 20-29 anos.
2) A idade materna avançada esteve associada a maior risco de hipertensão, parto cesáreo, hemorragia puerperal e baixo índice de Apgar.
3) Quanto aos resultados neonatais, a idade materna avançada esteve associada a maior risco de morte perinatal e óbito fetal.
Impacto das MF congênitas na mortalidadegisa_legal
1) O estudo avaliou a incidência de malformações congênitas em recém-nascidos em uma maternidade no Recife e seu impacto na mortalidade perinatal e neonatal.
2) A incidência de malformações foi de 2,8%, sendo mais comum em natimortos (6,7%) do que em nativivos (2,7%).
3) As malformações do sistema nervoso central, osteomuscular e cardíacas foram as mais prevalentes e as malformações contribuíram significativamente para a mortalidade neonatal precoce e tardia.
1) O estudo analisou a frequência de defeitos congênitos no Rio Grande do Sul entre 2001-2005, comparando diagnósticos no nascimento com causas de morte até 1 ano.
2) Foram analisados 25 defeitos ou grupos responsáveis por mais de 80% dos casos.
3) Alguns defeitos parecem estar subestimados no nascimento, especialmente cardiopatias e outros que requerem exames especializados.
1) O estudo analisou a frequência de defeitos congênitos no Rio Grande do Sul entre 2001-2005, comparando diagnósticos no nascimento com causas de morte até 1 ano.
2) Foram analisados 25 defeitos representando 81,7% dos casos diagnosticados e 86,7% das mortes.
3) Alguns defeitos parecem ter sido subdiagnosticados no nascimento, especialmente cardiopatias e outros que requerem exames especiais.
Este documento resume a situação da saúde da mulher no Brasil, destacando que: 1) Há diferenças regionais no perfil epidemiológico devido às condições socioeconômicas; 2) A violência doméstica e sexual afeta principalmente a população feminina, enquanto a violência afeta mais os homens; 3) As principais causas de morte da mulher são doenças cardiovasculares e cânceres, especialmente de mama e colo do útero.
O artigo científico "A Iniciativa Hospital Amigo da Criança: contribuição para o incremento da Amamentação e a redução da Mortalidade Infantil no Brasil" tem como objetivos: estimar a fração atribuível populacional da mortalidade infantil evitável
mediante as mudanças em indicadores de amamentação no Brasil devido à IHAC.
Métodos: trata-se de uma estimativa do impacto da IHAC na redução da mortalidade infantil com nível de inferência de plausibilidade, utilizando-se dados secundários da II Pesquisa de Prevalência do Aleitamento Materno de 2008. Inicialmente calculou-se o efeito da IHAC em elevar as taxas da amamentação na primeira hora de vida, amamentação exclusiva e qualquer amamentação a partir das prevalências de amamentação entre os nascidos em hospitais amigos da criança e os nascidos em não hospitais amigos da criança. Posteriormente, foi estimada a fração atribuível da não amamentação para mortalidade neonatal tardia, mortalidade por todas as causas e mortalidade por infecções, para nascidos em HAC e NHAC e estimou-se o número de óbitos evitáveis caso todas as crianças nascessem em HAC.
Resultados: a redução de 4,2% das mortes neonatais tardias foi atribuída ao aumento das prevalências de AMPH proporcionado pela IHAC. Mediante a promoção da amamentação
em menores de 6 meses, a IHAC contribuiu potencialmente para reduzir 3,5% de mortes por todas as causas e 4,2% de mortes por infecção.
Conclusões: a redução da mortalidade em crianças de 7 a 180 dias em 2008, potencialmente atribuível à IHAC através da promoção de indicadores de AM, reforça a importância
de fortalecer e expandir essa iniciativa no Brasil para aumentar a sobrevivência infantil.
Essa pesquisa foi publicada na Revista Brasileira de Saúde Materno-Infantil, publicação do Instituto de Medicina Integral Fernandes Figueira (IMIP).
Parabéns as autoras!
Prof. Marcus Renato de Carvalho
O documento apresenta dados sobre indicadores materno e infantis da região do 10o Centro Regional de Saúde de Altamira entre janeiro e agosto de 2021, incluindo: 1) taxas de gravidez na adolescência, pré-natal, partos normais; 2) coeficientes de mortalidade infantil e neonatal; 3) principais causas de óbito infantil; e 4) situação das investigações de óbitos fetais, infantis, maternos e de mulheres em idade fértil.
O documento apresenta dados sobre indicadores materno e infantis da região do 10o Centro Regional de Saúde de Altamira entre janeiro e agosto de 2021, incluindo: 1) a proporção de gravidez na adolescência, 2) a proporção de pré-natal com sete ou mais consultas, 3) a proporção de partos normais, 4) os coeficientes de mortalidade infantil e neonatal, 5) as principais causas de óbito infantil, 6) a investigação de óbitos fetais, infantis, maternos e de mulheres em idade
1) Mortes maternas e perinatais podem ser evitadas com medidas de prevenção e atenção adequada durante a gravidez e parto.
2) Taxas de mortalidade materna e perinatal no Brasil são altas em comparação a países desenvolvidos, com a maioria das mortes sendo evitáveis.
3) Embora partos domiciliares planejados possam ter benefícios psicossociais, estudos apontam risco aumentado de mortalidade perinatal e neonatal em comparação a partos hospitalares.
O documento analisa a taxa de mortalidade infantil no município de Mairiporã entre 2005-2009, destacando as principais causas de morte neonatal e pós-neonatal em 2009. A taxa de mortalidade neonatal diminuiu, enquanto outras causas como malformações congênitas aumentaram, indicando a necessidade de melhorias no pré-natal, parto, puerpério e sistema de saúde materno-infantil no município.
Este documento descreve os resultados de um estudo que analisou 432 ecocardiogramas pediátricos realizados entre outubro de 2013 e fevereiro de 2015 em um hospital universitário no Rio Grande do Norte. Os achados mostraram altas taxas de anormalidades, especialmente em recém-nascidos, com forame oval patente e comunicação interventricular sendo as anomalias mais comuns. O estudo conclui que o uso sistemático de um formulário padrão para ecocardiogramas permite melhorar o atendimento e coletar dados sobre
1. O documento é um manual técnico sobre gestação de alto risco produzido pelo Ministério da Saúde brasileiro.
2. Ele fornece informações sobre fatores de risco para gestações, doenças que podem afetar a gravidez, avaliação e cuidados para fetos e gestantes, e orientações para profissionais de saúde.
3. O manual aborda temas como síndromes hipertensivas e hemorrágicas, intercorrências clínicas como infecções e cardiopatias, avaliação fetal, antecip
Este estudo comparou os efeitos do banho logo após o nascimento versus após 3 horas de vida em recém-nascidos a termo e saudáveis. Os resultados mostraram que a temperatura, frequência cardíaca, respiratória e saturação de oxigênio na admissão na unidade neonatal foram similares entre os grupos. Entretanto, a taxa de aleitamento materno e o tempo na sala de parto foram maiores no grupo que recebeu banho logo após o nascimento.
Este documento descreve um estudo sobre a frequência de espinha bífida entre crianças nascidas com defeitos congênitos na cidade de Pelotas, Brasil. O estudo avaliou 52 casos de recém-nascidos com espinha bífida e 52 controles sem morbidades, e não encontrou associações significativas entre espinha bífida e fatores de risco maternos como idade, número de gestações ou uso de ácido fólico. Mais estudos serão necessários com amostras maiores para verificar possíveis assoc
O documento fornece estatísticas sobre nascimentos e óbitos na 3a CRS em 2009. Apresenta dados como o número total de nascidos vivos (10.029), coeficiente de mortalidade (14,9), principais causas de óbito neonatal e infantil (malformações, prematuridade, asfixia), acesso à UTI neonatal e local de ocorrência dos óbitos.
Este documento analisa os dados de partos normais e cesarianas em duas maternidades no sul do Brasil entre 2007 e 1994. Os resultados mostram um aumento significativo nas taxas de cesarianas nas duas maternidades entre os períodos estudados, chegando a 41,1% e 40,7% dos partos em 2007. A maioria dos partos cesarianos ocorreram em mulheres entre 21-30 anos e os recém-nascidos pesavam principalmente entre 2.501g e 3.500g.
1) O aborto induzido é muito comum entre mulheres de baixa renda no Brasil, com 21,4% das mulheres casadas relatando já ter feito um aborto induzido.
2) A maioria dos abortos induzidos (50,9%) são feitos por médicos, porém a qualidade dos cuidados é questionável devido à ilegalidade.
3) Razões econômicas são a principal justificativa para o aborto induzido, revelando a necessidade de melhor acesso a planejamento familiar.
O documento apresenta um manual para estudantes sobre a Atenção Integrada às Doenças Prevalentes na Infância - Neonatal (AIDPI Neonatal). O manual fornece informações sobre como avaliar e classificar riscos na gestação e ao nascer, determinar a idade gestacional, avaliar problemas de nutrição e desenvolvimento, e priorizar o tratamento de recém-nascidos.
1) O estudo analisou 29,770 recém-nascidos para estimar a prevalência de cardiopatias congênitas diagnosticadas ao nascimento e seus fatores associados.
2) A prevalência de cardiopatia foi de 9,58 por 1,000 recém-nascidos vivos e 87,72 por 1,000 natimortos.
3) As cardiopatias apresentaram-se isoladas, associadas a outras anomalias, ou como parte de síndromes, sendo associadas a baixo peso ao nascer, idade materna avançada e sexo feminino
Este documento analisa as tendências da taxa de mortalidade infantil e da prevalência de baixo peso ao nascer no Rio Grande do Sul entre 2000-2013. A taxa de mortalidade infantil caiu de 14,9 para 5,6 por 1.000 nascidos vivos, impulsionada pelo aumento da escolaridade materna e do acesso pré-natal. Entretanto, houve aumento da prevalência de recém-nascidos com muito baixo peso, assim como de prematuridade e gestações múltiplas, fatores de risco associados à mortalidade infantil.
1) O estudo comparou resultados maternos e perinatais entre 494 gestantes com mais de 40 anos e 988 gestantes entre 20-29 anos.
2) A idade materna avançada esteve associada a maior risco de hipertensão, parto cesáreo, hemorragia puerperal e baixo índice de Apgar.
3) Quanto aos resultados neonatais, a idade materna avançada esteve associada a maior risco de morte perinatal e óbito fetal.
Impacto das MF congênitas na mortalidadegisa_legal
1) O estudo avaliou a incidência de malformações congênitas em recém-nascidos em uma maternidade no Recife e seu impacto na mortalidade perinatal e neonatal.
2) A incidência de malformações foi de 2,8%, sendo mais comum em natimortos (6,7%) do que em nativivos (2,7%).
3) As malformações do sistema nervoso central, osteomuscular e cardíacas foram as mais prevalentes e as malformações contribuíram significativamente para a mortalidade neonatal precoce e tardia.
1) O estudo analisou a frequência de defeitos congênitos no Rio Grande do Sul entre 2001-2005, comparando diagnósticos no nascimento com causas de morte até 1 ano.
2) Foram analisados 25 defeitos ou grupos responsáveis por mais de 80% dos casos.
3) Alguns defeitos parecem estar subestimados no nascimento, especialmente cardiopatias e outros que requerem exames especializados.
1) O estudo analisou a frequência de defeitos congênitos no Rio Grande do Sul entre 2001-2005, comparando diagnósticos no nascimento com causas de morte até 1 ano.
2) Foram analisados 25 defeitos representando 81,7% dos casos diagnosticados e 86,7% das mortes.
3) Alguns defeitos parecem ter sido subdiagnosticados no nascimento, especialmente cardiopatias e outros que requerem exames especiais.
Este documento resume a situação da saúde da mulher no Brasil, destacando que: 1) Há diferenças regionais no perfil epidemiológico devido às condições socioeconômicas; 2) A violência doméstica e sexual afeta principalmente a população feminina, enquanto a violência afeta mais os homens; 3) As principais causas de morte da mulher são doenças cardiovasculares e cânceres, especialmente de mama e colo do útero.
O artigo científico "A Iniciativa Hospital Amigo da Criança: contribuição para o incremento da Amamentação e a redução da Mortalidade Infantil no Brasil" tem como objetivos: estimar a fração atribuível populacional da mortalidade infantil evitável
mediante as mudanças em indicadores de amamentação no Brasil devido à IHAC.
Métodos: trata-se de uma estimativa do impacto da IHAC na redução da mortalidade infantil com nível de inferência de plausibilidade, utilizando-se dados secundários da II Pesquisa de Prevalência do Aleitamento Materno de 2008. Inicialmente calculou-se o efeito da IHAC em elevar as taxas da amamentação na primeira hora de vida, amamentação exclusiva e qualquer amamentação a partir das prevalências de amamentação entre os nascidos em hospitais amigos da criança e os nascidos em não hospitais amigos da criança. Posteriormente, foi estimada a fração atribuível da não amamentação para mortalidade neonatal tardia, mortalidade por todas as causas e mortalidade por infecções, para nascidos em HAC e NHAC e estimou-se o número de óbitos evitáveis caso todas as crianças nascessem em HAC.
Resultados: a redução de 4,2% das mortes neonatais tardias foi atribuída ao aumento das prevalências de AMPH proporcionado pela IHAC. Mediante a promoção da amamentação
em menores de 6 meses, a IHAC contribuiu potencialmente para reduzir 3,5% de mortes por todas as causas e 4,2% de mortes por infecção.
Conclusões: a redução da mortalidade em crianças de 7 a 180 dias em 2008, potencialmente atribuível à IHAC através da promoção de indicadores de AM, reforça a importância
de fortalecer e expandir essa iniciativa no Brasil para aumentar a sobrevivência infantil.
Essa pesquisa foi publicada na Revista Brasileira de Saúde Materno-Infantil, publicação do Instituto de Medicina Integral Fernandes Figueira (IMIP).
Parabéns as autoras!
Prof. Marcus Renato de Carvalho
O documento apresenta dados sobre indicadores materno e infantis da região do 10o Centro Regional de Saúde de Altamira entre janeiro e agosto de 2021, incluindo: 1) taxas de gravidez na adolescência, pré-natal, partos normais; 2) coeficientes de mortalidade infantil e neonatal; 3) principais causas de óbito infantil; e 4) situação das investigações de óbitos fetais, infantis, maternos e de mulheres em idade fértil.
O documento apresenta dados sobre indicadores materno e infantis da região do 10o Centro Regional de Saúde de Altamira entre janeiro e agosto de 2021, incluindo: 1) a proporção de gravidez na adolescência, 2) a proporção de pré-natal com sete ou mais consultas, 3) a proporção de partos normais, 4) os coeficientes de mortalidade infantil e neonatal, 5) as principais causas de óbito infantil, 6) a investigação de óbitos fetais, infantis, maternos e de mulheres em idade
1) Mortes maternas e perinatais podem ser evitadas com medidas de prevenção e atenção adequada durante a gravidez e parto.
2) Taxas de mortalidade materna e perinatal no Brasil são altas em comparação a países desenvolvidos, com a maioria das mortes sendo evitáveis.
3) Embora partos domiciliares planejados possam ter benefícios psicossociais, estudos apontam risco aumentado de mortalidade perinatal e neonatal em comparação a partos hospitalares.
O documento analisa a taxa de mortalidade infantil no município de Mairiporã entre 2005-2009, destacando as principais causas de morte neonatal e pós-neonatal em 2009. A taxa de mortalidade neonatal diminuiu, enquanto outras causas como malformações congênitas aumentaram, indicando a necessidade de melhorias no pré-natal, parto, puerpério e sistema de saúde materno-infantil no município.
Este documento descreve os resultados de um estudo que analisou 432 ecocardiogramas pediátricos realizados entre outubro de 2013 e fevereiro de 2015 em um hospital universitário no Rio Grande do Norte. Os achados mostraram altas taxas de anormalidades, especialmente em recém-nascidos, com forame oval patente e comunicação interventricular sendo as anomalias mais comuns. O estudo conclui que o uso sistemático de um formulário padrão para ecocardiogramas permite melhorar o atendimento e coletar dados sobre
1. O documento é um manual técnico sobre gestação de alto risco produzido pelo Ministério da Saúde brasileiro.
2. Ele fornece informações sobre fatores de risco para gestações, doenças que podem afetar a gravidez, avaliação e cuidados para fetos e gestantes, e orientações para profissionais de saúde.
3. O manual aborda temas como síndromes hipertensivas e hemorrágicas, intercorrências clínicas como infecções e cardiopatias, avaliação fetal, antecip
Este estudo comparou os efeitos do banho logo após o nascimento versus após 3 horas de vida em recém-nascidos a termo e saudáveis. Os resultados mostraram que a temperatura, frequência cardíaca, respiratória e saturação de oxigênio na admissão na unidade neonatal foram similares entre os grupos. Entretanto, a taxa de aleitamento materno e o tempo na sala de parto foram maiores no grupo que recebeu banho logo após o nascimento.
Este documento descreve um estudo sobre a frequência de espinha bífida entre crianças nascidas com defeitos congênitos na cidade de Pelotas, Brasil. O estudo avaliou 52 casos de recém-nascidos com espinha bífida e 52 controles sem morbidades, e não encontrou associações significativas entre espinha bífida e fatores de risco maternos como idade, número de gestações ou uso de ácido fólico. Mais estudos serão necessários com amostras maiores para verificar possíveis assoc
O documento fornece estatísticas sobre nascimentos e óbitos na 3a CRS em 2009. Apresenta dados como o número total de nascidos vivos (10.029), coeficiente de mortalidade (14,9), principais causas de óbito neonatal e infantil (malformações, prematuridade, asfixia), acesso à UTI neonatal e local de ocorrência dos óbitos.
Este documento analisa os dados de partos normais e cesarianas em duas maternidades no sul do Brasil entre 2007 e 1994. Os resultados mostram um aumento significativo nas taxas de cesarianas nas duas maternidades entre os períodos estudados, chegando a 41,1% e 40,7% dos partos em 2007. A maioria dos partos cesarianos ocorreram em mulheres entre 21-30 anos e os recém-nascidos pesavam principalmente entre 2.501g e 3.500g.
1) O aborto induzido é muito comum entre mulheres de baixa renda no Brasil, com 21,4% das mulheres casadas relatando já ter feito um aborto induzido.
2) A maioria dos abortos induzidos (50,9%) são feitos por médicos, porém a qualidade dos cuidados é questionável devido à ilegalidade.
3) Razões econômicas são a principal justificativa para o aborto induzido, revelando a necessidade de melhor acesso a planejamento familiar.
O documento apresenta um manual para estudantes sobre a Atenção Integrada às Doenças Prevalentes na Infância - Neonatal (AIDPI Neonatal). O manual fornece informações sobre como avaliar e classificar riscos na gestação e ao nascer, determinar a idade gestacional, avaliar problemas de nutrição e desenvolvimento, e priorizar o tratamento de recém-nascidos.
1) O estudo analisou 29,770 recém-nascidos para estimar a prevalência de cardiopatias congênitas diagnosticadas ao nascimento e seus fatores associados.
2) A prevalência de cardiopatia foi de 9,58 por 1,000 recém-nascidos vivos e 87,72 por 1,000 natimortos.
3) As cardiopatias apresentaram-se isoladas, associadas a outras anomalias, ou como parte de síndromes, sendo associadas a baixo peso ao nascer, idade materna avançada e sexo feminino
Semelhante a M0rtalidade perinatal e neonatal no Hospital (20)
Concepção, gravidez, parto e pós-parto: perspectivas feministas e interseccionais
Livro integra a coleção Temas em Saúde Coletiva
A mais recente publicação do Instituto de SP traça a evolução da política de saúde voltada para as mulheres e pessoas que engravidam no Brasil ao longo dos últimos cinquenta anos.
A publicação se inicia com uma análise aprofundada de dois conceitos fundamentais: gênero e interseccionalidade. Ao abordar questões de saúde da mulher, considera-se o contexto social no qual a mulher está inserida, levando em conta sua classe, raça e gênero. Um dos pontos centrais deste livro é a transformação na assistência ao parto, influenciada significativamente pelos movimentos sociais, que desde a década de 1980 denunciam o uso irracional de tecnologia na assistência.
Essas iniciativas se integraram ao movimento emergente de avaliação tecnológica em saúde e medicina baseada em evidências, resultando em estudos substanciais que impulsionaram mudanças significativas, muitas das quais são discutidas nesta edição. Esta edição tem como objetivo fomentar o debate na área da saúde, contribuindo para a formação de profissionais para o SUS e auxiliando na formulação de políticas públicas por meio de uma discussão abrangente de conceitos e tendências do campo da Saúde Coletiva.
Esta edição amplia a compreensão das diversas facetas envolvidas na garantia de assistência durante o período reprodutivo, promovendo uma abordagem livre de preconceitos, discriminação e opressão, pautada principalmente nos direitos humanos.
Dois capítulos se destacam: ‘“A pulseirinha do papai”: heteronormatividade na assistência à saúde materna prestada a casais de mulheres em São Paulo’, e ‘Políticas Públicas de Gestação, Práticas e Experiências Discursivas de Gravidez Trans masculina’.
Parabéns às autoras e organizadoras!
Prof. Marcus Renato de Carvalho
www.agostodourado.com
1. MORTALIDADE PERINATAL E NEONATAL
Rev Ass Med Brasil 1997; 43(1): 35-9 35
Artigo Especial
Mortalidade perinatal e neonatal no Hospital de Clínicas
de Porto Alegre
Unidade de Neonatologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Serviço de Pediatria. Faculdade de Medicina da Universidade Federal
do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS.
E. MIURA, L.H. FAILACE, H. FIORI
(A) para 2,2% (B). As causas mais freqüentes de
morte neonatal foram: a) infecção intra-uterina
(22,4%); b) doença de membrana hialina (20,1%); c)
malformações múltiplas (18,2%); d) asfixia perinatal
(15,5%); e) infecções pós-natais específicas (9,7%). As
causas de morte fetal foram: a) asfixia (38,7%); b)
infecções intra-uterinas (9%); c) toxemia (8,2%); d)
malformações múltiplas (7,4%). No período B, foi
significativo o aumento de óbitos por infecções pós-
natais, OR 7 (1,9-30,6) e por malformações congêni-
tas, OR 1,6 (0,8-3,2). Não houve redução significativa
na taxa de mortalidade em menores de 1.500g OR 90
(61-118) em A para 54 (37-68) em B.
CONCLUSÃO. Não houve redução nas taxas de mor-
talidade neonatal, apesar dos avanços tecnológicos
e na capacitação técnica.
UNITERMOS: Recém-nascido. Mortalidade perinatal. Mor-
talidade neonatal.
INTRODUÇÃO
Em Porto Alegre, no ano de 1991, a mortalidade
infantil foi de 13,8 por mil, sendo a mortalidade
neonatal responsável por 58,1% dos óbitos. E mais da
metade dos óbitos da mortalidade infantil tardia
estão associados à prematuridade1
. A análise dessas
causas são usadas pelos profissionais de saúde no
planejamento e tomada de decisões nos programas
de saúde. O estudo permanente das causas de morte
fetal e neonatal de um hospital permite identificar
as condições de saúde da população servida e a
qualidade de assistência perinatal oferecida, faci-
litando as correções das distorções detectadas2-4
. A
classificação da mortalidade perinatal de Quebec,
Canadá5
, é utilizada no Hospital de Clínicas de Porto
Alegre (HCPA), a exemplo da maioria dos serviços de
perinatologia.
Este trabalho analisou os coeficientes de mortali-
dade neonatal e perinatal durante sete anos, e com-
parou dois períodos: (A) 1984-1987 versus (B) 1988-
1990, com o objetivo de comparar as diferenças nas
enfermidades básicas causadoras de mortes intra-
uterinas e neonatais e tendências dos óbitos por
grupos de peso.
RESUMO — OBJETIVO. Análise epidemiológica da
mortalidade neonatal e perinatal de 20.280 crianças
nascidas vivas com 500g ou mais e 374 natimortos
ocorridas no Hospital de Clínicas de Porto Alegre,
no período de 1984 a 1990.
PROPOSTA. Comparar dois períodos: A (1984-1987)
com B (1988-1990), estabelecendo as mudanças ocor-
ridas.
MÉTODOS. É um estudo retrospectivo de revisão
dos registros de nascimentos do centro obstétrico,
internações e óbitos da unidade neonatal e mortes
fetais e dos laudos de necrópsia.
RESULTADOS. Faleceram 258 RN, com um coeficien-
te de mortalidade neonatal de 12,7 por mil. A taxa de
natimortalidade foi de 18,4 por mil. O coeficiente de
mortalidade perinatal foi de 28,4 por mil. A incidên-
cia de baixo peso ao nascer (<2.500g), de 11,2%, e a de
muito baixo peso ao nascer (<1.500g) foi de 1,8%.
Este último grupo aumentou sua incidência de 1,5%
MATERIAL E MÉTODOS
Os dados foram obtidos por meio da revisão dos
registros do centro obstétrico e da unidade neonatal
do HCPA, bem como da revisão dos prontuários de
todos os óbitos dos fetos e dos RN nesse período e dos
laudos de necrópsia, quando disponíveis. Esses da-
dos foram agrupados por faixas de peso de 500g, a
partir de 500g. Foram calculados os seguintes coefi-
cientes: natimortalidade ou mortalidade fetal, mor-
talidade neonatal precoce (até 7 dias), mortalidade
neonatal tardia (8-28 dias), perinatal, que é a soma
da natimortalidade e a mortalidade neonatal preco-
ce. Foram comparadas as tendências de óbitos nos
dois períodos nos RN de baixo peso (<2.500g) e de
muito baixo peso (<1.500g) por meio das razões de
riscos de óbitos (OR=odds ratio), com intervalo de
confiança (CI) de 95%.
RESULTADOS
No período de 1o
de janeiro de 1984 a 31 de
dezembro de 1990, nasceram na maternidade do
HCPA 20.280 crianças vivas com 500g ou mais, e 374
2. Rev Ass Med Brasil 1997; 43(1): 35-936
MIURA, E et al.
Tabela 1 - Mortalidade por faixas de peso das crianças nascidas no Hospital de Clínicas de Porto Alegre
(1984-1990)
Peso No
No
No
Mortalidade No
No
(g) nascidos partos óbitos neonatal óbitos óbitos
vivos neonatais por mil até 7 dias 8-28 dias
500-999 143 138 102 713,3 81 21
1.000-1.499 227 217 40 176 32 8
1.500-1.999 517 487 41 79 30 11
2.000-2.499 1.401 1.324 18 12,8 16 2
2.500-2.999 4.241 4.164 24 5,6 17 7
3.000-3.499 7.699 7.666 16 2,07 12 4
3.500-3.999 4.661 4.651 6 1,3 4 2
> 4.000 1.357 1.357 2 1,4 2 -
Desconhecido 34 34 9 - 9 -
Total 20.280 20.038 258 12,7 203 55
Taxa de mortalidade neonatal 12,7 por mil. Taxa de mortalidade neonatal precoce 10,0 por mil (até 7 dias). Taxa de
mortalidade neonatal tardia 2,7 por mil (8-28 dias). Taxa de mortalidade perinatal 28,4 por mil (natimortos + neomortos até
7 dias). Taxa de natimortalidade 18,4 por mil. Índice de baixo peso 11,2%. Índice de muito baixo peso 1,8%.
crianças nascidas mortas. A distribuição dos recém-
nascidos (RN) por faixas de peso de 500g é mostrada
na tabela 1. Nessa mesma tabela são apresentados os
índices de mortalidade neonatal, neonatal precoce e
neonatal tardia, por faixas de peso.
DISCUSSÃO
Na tabela 1, os dados mostram que o coeficiente de
mortalidade neonatal hospitalar do HCPA, no perío-
do de 1984 a 1990, foi de 12,7 por mil, a fetal, 16,8 por
mil, e a perinatal, 28,4 por mil. O coeficiente de
mortalidade neonatal é semelhante aos hospitais
terciários de países industrializados, como os retira-
dos do Women’s College Hospital, de Toronto, no
período de 1980-1984: 11,6 por mil7
. Os dados de
hospitais brasileiros disponíveis são os do Hospital
Regional da Asa Sul, Brasília, que mostram, no
período de 1985-1991, mortalidade perinatal de 35,4
por mil, mortalidade fetal de 19,6 por mil e mortali-
dade neonatal de 16 por mil8
. As estatísticas da
Maternidade de Cachoeirinha, São Paulo, de 1982,
revelaram taxa de neomortalidade de 17,2 por mil,
sendo 600,3 por mil a mortalidade em menores de
1.500g9
. Esses resultados são comprometedores, pois
revelam as más condições socioeconômicas da popu-
lação e de assistência médica perinatal3,9
.
A maioria dos bebês morre nos primeiros sete dias
de vida, 84% do total, evidenciando a gravidade das
enfermidades que acometem o recém-nascido, além
de mostrar as más condições de nascimento9
.
Os RN menores de 2.500g (baixo peso) representa-
ram 11,2% do total dos nascimentos, porém foram
responsáveis por mais de 80% do total de óbitos; e os
RN menores de 1.500g (muito baixo peso) represen-
Tabela 2 — Mortalidade neonatal em recém-nascidos de baixo
pesoedemuitobaixopesonoHospitaldeClínicasdePortoAlegre
Peso ao nascer Nascidos 1984-1987 Nascidos 1988-1990
(g) vivos Óbitos OR vivos Óbitos OR
500-1.499 155 67 90 215 75 54
1.500-2.499 1.152 37 39 1.136 25 24
Razão de riscos (OR) morte neonatal <1.500g (CI 95%) = 90 (61-118) vs. 54
(37-68) não-significativo.
OR morte neonatal 1.500-2.500g (CI 95%) = 39 (24-61) vs. 24 (16-34) não-
significativo.
taram somente 1,8% do total de nascimentos e foram
responsáveis por 57% do total de óbitos. Este grupo
ocupa mais de 80% dos leitos de UTI e tem custos
extraordinariamente caros. Também nos centros re-
gionais de terapia intensiva neonatal de países
desenvolvidos tecnologicamente, os RN de baixo
peso e, mais particularmente, os de muito baixo peso
representam 85% da mortalidade neonatal. Portan-
to, a prematuridade é o fator de risco mais importan-
te determinante das graves patologias responsáveis
pela morbi-mortalidade neonatal6,10,11
.
Observa-se aumento progressivo no número de
nascimentos de menores de 1.500g no HCPA e que
hoje representam mais de 3% do total de nascimen-
tos. Houve a aquisição de novos equipamentos na
terapia intensiva, treinamento continuado do pes-
soal médico e de enfermagem. Entretanto, não hou-
ve redução significativa quanto às taxas de mortali-
dade. Apenas uma tendência na redução da mortali-
dade em menores de 1.500g, cuja razão de riscos
(odds ratio) caiu de 90 (61-118) para 54 (37-68), com
intervalo de confiança de 95%. Nos RN de moderado
baixo peso (1.500-2.500), houve uma leve tendência
3. MORTALIDADE PERINATAL E NEONATAL
Rev Ass Med Brasil 1997; 43(1): 35-9 37
Tabela 3 — Causas básicas de mortalidade neonatal no Hospital de Clínicas de Porto Alegre
Causas 1984 - 1987 1988 - 1990 OR
No de % No de %
casos casos
Infecções agudas intra-uterinas 32 27,1 26 18,4 NS
Doença da membrana hialina 26 22,0 26 18,4 NS
Asfixia perinatal 20 16,9 20 14,2 NS
Malformações múltiplas 17 14,4 30 21,2 1,6 (0,8-3,2)
Infecções pós-natais 3 2,5 22 15,6 7,0 (1,9-30,6)
Hemorragia intracraniana 3 2,5 2 1,4 NS
Outros distúrbios respiratórios 2 1,7 4 2,8 NS
Desnutrição fetal 2 1,7 - - NS
Isoimunização Rh 1 0,8 1 0,7 NS
Hidropsia fetal 1 0,8 - - NS
Causa desconhecida 11 9,3 10 7,1 NS
Total 118 100,0 141 100,0
NS = não-significativo
Tabela 4 — Causas básicas de natimortalidade no Hospital de
Clínicas de Porto Alegre
Causas básicas 1984 - 1987 1988 - 1990
No
casos % No
casos %
Asfixia perinatal por
descolamento prematuro
de placenta, circular e
nó de cordão, outras
patologias de cordão,
infarto placentário,
anomalias de trabalho
de parto 66 37,2 79 40,1
Infecções intra-uterinas 20 11,3 14 7,1
Toxemia 10 5,6 21 10,6
Malformações múltiplas 9 5,1 19 9,6
Sífilis 5 2,8 1 0,5
Isoimunização Rh 4 2,3 5 2,5
Outras doenças maternas 5 2,8 4 2,0
Diabetes melito 3 1,7 2 1,0
Listeriose 1 0,6 2 1,0
Desconhecido 54 29,9 50 25,4
Total 177 100,0 197 100,0
de redução com OR 39 (24-61) para 24 (16-34). Os
dados da Carolina do Norte (EUA) (1980-1984) mos-
traram que o OR de óbito para os menores 1.500g é
semelhante ao do HCPA, ou seja, de 85, porém, nos
RN de 1.500 a 2.500g, o OR é de somente 62
. Esses
resultados revelam as deficiências no atendimento a
gestante, feto e recém-nascido da equipe perinatal
do HCPA, com prevalência de enfermidades em fase
avançada, como a doença da membrana hialina,
asfixia e infecções3
.
Recentemente, comparamos a sobrevida dos pre-
maturos de muito baixo peso, no período de janeiro a
junho de 1991, com os dados de um estudo mul-
ticêntrico de sete centros universitários norte-ame-
ricanos, em que a sobrevida do HCPA foi semelhante
— 71% versus 74% de sobrevida nos sete centros dos
EUA. Houve diferença nos prematuros menores de
750g, em que a mortalidade no HCPA foi de 87%
versus 45% (EUA)12
. Isso mostra que ainda somos
incapazes de dar uma assistência adequada para os
RN menores de 750g.
Em nosso serviço, o número de natimortos de 16,8
por mil é exageradamente elevado, se comparado
com a taxa de 6 por mil de Toronto e outros hospitais
norte-americanos7,10,13
. Novamente, é um reflexo do
mau atendimento pré-natal, a má utilização dos
serviços pré-natais pelas gestantes, o encaminha-
mento tardio das gestantes com sofrimento fetal,
encaminhamento tardio das gravidezes de alto risco
para os hospitais de referência9
. As más condições
socioeconômicas e culturais das pacientes também
dificultam a eficiência do atendimento médico10,12
.
A prematuridade está freqüentemente associada
às causas básicas de mortalidade neonatal: as infec-
ções agudas intra-uterinas (sepse precoce e tardia
não-hospitalar) passaram a ser a primeira causa de
morte neonatal no período A; o mesmo ocorreu com
a doença de membrana hialina. As infecções pós-
natais ou hospitalares passaram a ser a terceira
causa de morte no período B, devido a maior so-
brevida dos prematuros e maior vigilância no regis-
tro de infecções hospitalares3
. As malformações gra-
ves tornaram-se a primeira causa de morte, à seme-
lhança dos hospitais7,16,17
em que nem sempre o fator
prematuridade está presente. Essas doenças indi-
cam aumento na transferência de gravidezes de
risco para os hospitais terciários. Os dados de morta-
lidade neonatal, em 16 hospitais do Rio Grande do
4. Rev Ass Med Brasil 1997; 43(1): 35-938
MIURA, E et al.
Sul com 307 óbitos (1984-1986), mostraram a seguin-
te freqüência: doença de membrana hialina (21,5%);
infecções intra-uterinas (20,5%); asfixia (18,2%);
malformações (15,6%) e infecções pós-natais bacte-
rianas (8,6%)7
. No hospital da Asa Sul de Brasília
(89-91), as principais causas de morte neonatal fo-
ram a asfixia (32%), as infecções (30%), seguidas da
doença de membrana hialina (20%), e as malfor-
mações fatais (14%)8
. Os dados de Toronto (80-84),
Quebec (80-82) e Carolina do Norte (80-84) mostra-
ram as malformações fatais e prematuridade extre-
ma como as principais causas. Essas duas enfermi-
dades são consideradas, usualmente, como patolo-
gias não-preveníveis, e as demais refletem deficiên-
cias de assistência médica no pré-natal e no parto das
gestantes e no recém-nascido, o mau atendimento na
sala de parto e na terapia intensiva neonatal5,11,14-17
.
A análise dos natimortos mostrou como primeira
causa a asfixia perinatal, em geral, representando as
dificuldades de assistência ao parto, pois nem sem-
pre é detectada. Infecções intra-uterinas vêm em
segundo lugar e estão relacionadas com as infecções
maternas não-tratadas; muitas vezes de difícil diag-
nóstico, como a relação entre bolsa rota e infecção.
Isso é mais grave na prematuridade, em que, muitas
vezes, a infecção é a causa do parto prematuro, além
da sua deficiência imunológica11,15,17
. Assim, somente
o controle adequado da gestante no pré-natal asse-
guraria a detecção e o tratamento adequado da
infecção intraparto5,10
. Nos estudos norte-america-
nos, os seguintes fatores de risco são significativos:
gestantes de cor não-branca, solteiras, adolescentes,
drogaditas e sem pré-natal. Isso representa popula-
ções de baixa renda, cujas más condições socio-
econômicas transcendem fatores diretamente rela-
cionados à saúde. Entretanto, é necessário que a
rede de assistência médica, pública e privada,
seja integrada e hierarquizada, possibilitando
redução gradual na mortalidade materna, fetal e
neonatal. A asfixia, a infecção e a doença da
membrana hialina são enfermidades potencial-
mente preveníveis. Restariam as enfermidades
ainda não passíveis de prevenção, como as mal-
formações graves e a prematuridade extrema de
menores de 750 gramas, ao nascer9,13,15
.
CONCLUSÕES
Os avanços tecnológicos e a capacitação do pessoal
médico e de enfermagem, nos cuidados intensivos
neonatais, não provocaram redução nos coeficientes de
mortalidade neonatal. Apenas uma tendência ao declí-
nio no grupo de RN menores de 1.500g. Houve aumen-
to nas causas de morte por infecções pós-natais ou
hospitalares e nas malformações congênitas graves.
SUMMARY
Perinatal and neonatal mortality at the Hospi-
tal de Clínicas de Porto Alegre, Brazil
Objective — Epidemiological analysis of neo-
natal and perinatal mortality of 20,280 newborns
alive with 500g or more and 374 stillbirths occurred
at the Hospital de Clínicas de Porto Alegre from 1984
to 1990.
Purpose — To compare two periods: A (1984-
1987) with B (1988-1990), estabilishing a rela-
tionship between the changes occurred in the causes
and the rate of mortality.
Methods — The retrospective study was done
with the records of promptuaries of obstetrical and
neonatal centers, and review of flow-sheets of the
deaths and autopsies.
Results — Between 1984 to 1990, 20,280 new-
borns alive with 500g or more, 374 stillbirths at
perinatal unit of Hospital de Clínicas de Porto
Alegre were born. 258 deaths occurred, the neo-
natal mortality rate was 12.7 per thousand. The
stillbirth rate was 18.4 per thousand. The peri-
natal mortality rate was 28.4 per thousand. The
incidence of low birth weight (<2,500g) was 11,2%
and very low birth weight (<1,500 g) was 1.8%, the
former group had an increase incidence between
1984-1988 (A) from 1.5% to 2.2% (B). The causes of
deaths were distributed as follow: a) intrauterine
infections (22.4%); b) hyaline membrane disease
(20.1%); c) congenital malformation (18.2%); d)
asphyxia (15.5%); e) postnatal infections (9.7%).
The causes of stillbirth were: a) perinatal asphyxia
(38.7%); b) intrauterine infections (9%); toxemia
(8.2%); d) malformation (7.4%). The period B
showed changes with an increase of postnatal
infections odds ratio (OR) 7 (1.9-30.6) and con-
genital malformations OR 1.6 (0.8-3.2). It did not
occurred a decrease in mortality rate for pre-
matures below 1,500g OR 90 (61-118) in A to 54
(37-68) in B.
Conclusions — The advances in technology and
human capacity were not sufficient to reduce signi-
ficantly the rate of neonatal mortality. [Rev Ass Med
Brasil 1997; 43(1): 35-9.]
KEY WORDS: Newborn. Perinatal mortality.
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