1) O estudo comparou resultados maternos e perinatais entre 494 gestantes com mais de 40 anos e 988 gestantes entre 20-29 anos.
2) A idade materna avançada esteve associada a maior risco de hipertensão, parto cesáreo, hemorragia puerperal e baixo índice de Apgar.
3) Quanto aos resultados neonatais, a idade materna avançada esteve associada a maior risco de morte perinatal e óbito fetal.
Gravidez após os 35 anos e cuidados a tomarfebrasgo
Este documento discute os riscos e cuidados relacionados à gravidez após os 35 anos. Mulheres mais velhas têm maior probabilidade de complicações na gravidez que podem afetar a mãe e o bebê, e também correm maior risco de problemas de saúde no futuro. Exames pré-natais cuidadosos são recomendados para monitorar a saúde da mãe e do feto.
Gravidez após os 35 anos e cuidados a tomarLuana Ortencio
Este documento discute os riscos e cuidados associados à gravidez após os 35 anos. Mulheres nesta faixa etária têm maior probabilidade de complicações na gravidez que podem afetar a mãe e o bebê, e também riscos maiores de problemas de saúde ao longo da vida. Exames pré-natais detalhados e rastreamento de anomalias são recomendados para identificar problemas potenciais e melhorar os resultados. Apesar dos riscos aumentados, a gravidez após 35 anos ainda é possível com os devidos cuidados.
1) O documento relata oito casos de gestações ocorridas após cirurgia bariátrica em mulheres com obesidade grave.
2) As pacientes tiveram ganho de peso adequado durante a gestação e não ocorreram complicações maternas ou fetais importantes.
3) Dois partos foram prematuros, os demais a termo, e apenas um recém-nascido precisou de cuidados especiais, sugerindo que a gravidez após cirurgia bariátrica pode ser segura para a mãe e o f
M0rtalidade perinatal e neonatal no HospitalCássimo Saide
Este artigo analisa as taxas de mortalidade perinatal e neonatal no Hospital de Clínicas de Porto Alegre entre 1984-1990, comparando dois períodos. As taxas de mortalidade neonatal, perinatal e fetal foram semelhantes a outros hospitais terciários. As principais causas de morte neonatal foram infecções, doença de membrana hialina e malformações. Embora os recursos tenham aumentado, as taxas de mortalidade, especialmente entre recém-nascidos de muito baixo peso, não diminuíram significativamente.
Cesariana versus parto vaginal como nasceradrianomedico
Este documento analisa os riscos associados ao parto cirúrgico (cesariana) em comparação com o parto vaginal, tanto a curto como a longo prazo para a mãe e recém-nascido. Discute também os custos mais elevados associados à cesariana e questiona o aumento das taxas deste procedimento cirúrgico. Pretende realizar uma revisão das complicações e fatores que influenciam a decisão de realizar cesariana ou parto vaginal.
Este documento descreve um estudo que avaliou a prevalência de doença periodontal em mulheres no pós-parto e sua influência no nascimento de bebês prematuros com baixo peso. Os resultados mostraram que 91,2% das mulheres tinham doença periodontal, classificada como leve, moderada ou grave. Entretanto, apenas 11% das mulheres com doença periodontal tiveram parto prematuro com bebês de baixo peso, não havendo uma associação significativa entre a doença periodontal e o nascimento de be
- As crianças que são amamentadas por mais tempo têm menor morbidade e mortalidade, menos maloclusão dentária e maior inteligência do que aquelas amamentadas por menos tempo ou não amamentadas. Estes benefícios persistem até mais tarde na vida.
- A amamentação também beneficia as mães, podendo prevenir câncer de mama, aumentar o intervalo entre partos e reduzir riscos de diabetes e câncer de ovário.
- Embora a amamentação seja reconhecidamente importante, apenas 37% das crianças em países de baixa e
- As crianças que são amamentadas por mais tempo têm menor morbidade e mortalidade, menos maloclusão dentária e maior inteligência do que aquelas amamentadas por menos tempo ou não amamentadas. Estes benefícios persistem até mais tarde na vida.
- A amamentação também beneficia as mães, podendo prevenir câncer de mama, aumentar o intervalo entre partos e reduzir riscos de diabetes e câncer de ovário.
- Embora a amamentação seja reconhecidamente importante, apenas 37% das crianças em países de baixa e
Gravidez após os 35 anos e cuidados a tomarfebrasgo
Este documento discute os riscos e cuidados relacionados à gravidez após os 35 anos. Mulheres mais velhas têm maior probabilidade de complicações na gravidez que podem afetar a mãe e o bebê, e também correm maior risco de problemas de saúde no futuro. Exames pré-natais cuidadosos são recomendados para monitorar a saúde da mãe e do feto.
Gravidez após os 35 anos e cuidados a tomarLuana Ortencio
Este documento discute os riscos e cuidados associados à gravidez após os 35 anos. Mulheres nesta faixa etária têm maior probabilidade de complicações na gravidez que podem afetar a mãe e o bebê, e também riscos maiores de problemas de saúde ao longo da vida. Exames pré-natais detalhados e rastreamento de anomalias são recomendados para identificar problemas potenciais e melhorar os resultados. Apesar dos riscos aumentados, a gravidez após 35 anos ainda é possível com os devidos cuidados.
1) O documento relata oito casos de gestações ocorridas após cirurgia bariátrica em mulheres com obesidade grave.
2) As pacientes tiveram ganho de peso adequado durante a gestação e não ocorreram complicações maternas ou fetais importantes.
3) Dois partos foram prematuros, os demais a termo, e apenas um recém-nascido precisou de cuidados especiais, sugerindo que a gravidez após cirurgia bariátrica pode ser segura para a mãe e o f
M0rtalidade perinatal e neonatal no HospitalCássimo Saide
Este artigo analisa as taxas de mortalidade perinatal e neonatal no Hospital de Clínicas de Porto Alegre entre 1984-1990, comparando dois períodos. As taxas de mortalidade neonatal, perinatal e fetal foram semelhantes a outros hospitais terciários. As principais causas de morte neonatal foram infecções, doença de membrana hialina e malformações. Embora os recursos tenham aumentado, as taxas de mortalidade, especialmente entre recém-nascidos de muito baixo peso, não diminuíram significativamente.
Cesariana versus parto vaginal como nasceradrianomedico
Este documento analisa os riscos associados ao parto cirúrgico (cesariana) em comparação com o parto vaginal, tanto a curto como a longo prazo para a mãe e recém-nascido. Discute também os custos mais elevados associados à cesariana e questiona o aumento das taxas deste procedimento cirúrgico. Pretende realizar uma revisão das complicações e fatores que influenciam a decisão de realizar cesariana ou parto vaginal.
Este documento descreve um estudo que avaliou a prevalência de doença periodontal em mulheres no pós-parto e sua influência no nascimento de bebês prematuros com baixo peso. Os resultados mostraram que 91,2% das mulheres tinham doença periodontal, classificada como leve, moderada ou grave. Entretanto, apenas 11% das mulheres com doença periodontal tiveram parto prematuro com bebês de baixo peso, não havendo uma associação significativa entre a doença periodontal e o nascimento de be
- As crianças que são amamentadas por mais tempo têm menor morbidade e mortalidade, menos maloclusão dentária e maior inteligência do que aquelas amamentadas por menos tempo ou não amamentadas. Estes benefícios persistem até mais tarde na vida.
- A amamentação também beneficia as mães, podendo prevenir câncer de mama, aumentar o intervalo entre partos e reduzir riscos de diabetes e câncer de ovário.
- Embora a amamentação seja reconhecidamente importante, apenas 37% das crianças em países de baixa e
- As crianças que são amamentadas por mais tempo têm menor morbidade e mortalidade, menos maloclusão dentária e maior inteligência do que aquelas amamentadas por menos tempo ou não amamentadas. Estes benefícios persistem até mais tarde na vida.
- A amamentação também beneficia as mães, podendo prevenir câncer de mama, aumentar o intervalo entre partos e reduzir riscos de diabetes e câncer de ovário.
- Embora a amamentação seja reconhecidamente importante, apenas 37% das crianças em países de baixa e
O documento discute o seguimento de recém-nascidos de extremo baixo peso, descrevendo a evolução dos cuidados neonatais ao longo das décadas e a importância do acompanhamento destes pacientes após a alta hospitalar para avaliar o desenvolvimento e identificar possíveis complicações.
Este documento descreve a pesquisa "Nascer no Brasil", que estudou os determinantes e efeitos das intervenções obstétricas no parto no Brasil. A pesquisa entrevistou quase 24 mil mulheres em 266 hospitais e encontrou altas taxas de cesarianas, uso frequente de intervenções durante o trabalho de parto e diferenças regionais.
Hipertireodismo na gravidez repercussões materno-fetaisadrianomedico
1) O estudo avaliou os resultados de 60 gestantes com hipertireoidismo, divididas em grupos com hipertireoidismo compensado ou descompensado.
2) O grupo com hipertireoidismo descompensado apresentou maiores taxas de complicações maternas e fetais, como partos prematuros e restrição de crescimento fetal.
3) Os níveis elevados de hormônios tireoidianos e doses maiores de medicamentos no terceiro trimestre contribuíram para piores resultados no grupo com hipertireoidismo descompensado.
Esperar o início do trabalho de parto de maneira espontânea e proporcionar nascimentos no termo completo ou tardio são de extrema importância para desfechos maternos e fetais positivos.
Objetivo dessa apresentação:
Reforçar a importância do nascimento a termo completo/tardio e de aguardar o início do trabalho de parto espontaneamente.
Material de 14 de setembro de 2020
Disponível em: portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
Eixo: Atenção às Mulheres
Aprofunde seus conhecimentos acessando artigos disponíveis na biblioteca do Portal.
Disponível em: https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/
Fácil acesso. Diferentes recursos. As melhores evidências. Um olhar multidisciplinar.
Este documento analisa as tendências da taxa de mortalidade infantil e da prevalência de baixo peso ao nascer no Rio Grande do Sul entre 2000-2013. A taxa de mortalidade infantil caiu de 14,9 para 5,6 por 1.000 nascidos vivos, impulsionada pelo aumento da escolaridade materna e do acesso pré-natal. Entretanto, houve aumento da prevalência de recém-nascidos com muito baixo peso, assim como de prematuridade e gestações múltiplas, fatores de risco associados à mortalidade infantil.
Utilização de eco para diag de pca na maternidade do rjgisa_legal
O documento descreve um estudo sobre a utilização do ecocardiograma no diagnóstico de persistência do canal arterial em recém-nascidos pré-termos. O estudo encontrou uma prevalência de 33% de persistência do canal arterial, sendo mais comum em recém-nascidos com peso ao nascer menor que 1000g ou idade gestacional menor que 30 semanas. O ecocardiograma mostrou-se uma ferramenta útil para diagnóstico precoce e auxílio na conduta clínica.
O documento resume os principais aspectos da abordagem clínica e laboratorial da gestação de baixo risco, incluindo a realização da anamnese obstétrica, exame físico da gestante, abordagem laboratorial, e o acompanhamento da gestante durante o pré-natal, com consultas programadas de acordo com os trimestres gestacionais.
O documento descreve um estudo sobre a associação entre o estado nutricional pré-gestacional de mulheres e resultados obstétricos. O estudo avaliou 433 mulheres no Brasil e encontrou que 31,6% tinham desvios de peso pré-gestacionais. Mulheres obesas pré-gestação tinham maior risco de síndrome hipertensiva da gravidez, e mulheres com baixo peso pré-gestacional tinham maior risco de bebês com baixo peso ao nascer. O estado nutricional pré-gestacional é importante para resultados da gravidez.
Mortes Maternas em Hospitais Tercearios do Rio GrandeCássimo Saide
1) O estudo analisou casos de morte materna no Hospital de Clínicas de Porto Alegre entre 1980-1999, encontrando 81 óbitos.
2) As principais causas de morte foram hipertensão (18,5%), infecção pós-cesariana (16%) e aborto séptico (12,3%).
3) Pacientes submetidas a cesareana apresentaram risco 10 vezes maior de morte relacionada ao procedimento em comparação ao parto normal.
1. O parto é uma experiência cultural e fisiológica complexa. As visões do parto e as práticas associadas variam entre culturas.
2. A maioria das mulheres descreve a gravidez de forma positiva, mas o parto é frequentemente descrito como difícil. Fatores como a dor, ansiedade e apoio afetam a experiência.
3. Estudos mostram que a presença de um acompanhante de apoio e o contato inicial com o bebê melhoram o bem-estar da mãe após o parto.
Este documento analisa os dados de partos normais e cesarianas em duas maternidades no sul do Brasil entre 2007 e 1994. Os resultados mostram um aumento significativo nas taxas de cesarianas nas duas maternidades entre os períodos estudados, chegando a 41,1% e 40,7% dos partos em 2007. A maioria dos partos cesarianos ocorreram em mulheres entre 21-30 anos e os recém-nascidos pesavam principalmente entre 2.501g e 3.500g.
Indicações de cesariana baseadas em evidênciasadrianomedico
O documento discute as principais indicações para cesárea no Brasil com base em evidências da literatura. As taxas de cesárea variam bastante entre regiões brasileiras e entre o SUS e planos de saúde privados, chegando a 80% nos planos privados. A revisão analisou as principais indicações reportadas, como distócia, desproporção cefalopélvica e má posição fetal, e concluiu que em nenhum caso existe indicação absoluta de cesárea, podendo o parto normal ser tentado mediante intervenções como ocitocina
Síntese de Evidências para Politicas de Saúde - Mortalidade Materna no Estado...http://bvsalud.org/
Este documento resume três estratégias para reduzir a mortalidade materna no estado do Piauí, Brasil: (1) rastreamento da pré-eclâmpsia mediando pressão arterial e proteinúria; (2) regionalização e uso de telessaúde para melhorar o acesso aos cuidados; (3) administração precoce de aspirina para gestantes de alto risco. Ele analisa evidências sobre esses métodos e discute considerações para implementação.
Nesta sexta-feira (10 de abril de 2015) o Centro Latino Americano de Perinatologia - CLAP publicou essa importante nota técnica da OMS sobre cesarianas.
É mencionado o sistema de classificação de Robson para taxas hospitalares.
O documento ressalta que a indicação de cirurgia cesariana deve ser precisa para evitar iatrogenias.
1. O documento analisa os fatores associados à marcação antecipada de parto cesáreo no Brasil com base nos dados da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde de 2006.
2. Variáveis como local de pré-natal e parto, parturição, meses de gravidez e complicações durante a gravidez foram estatisticamente significativas para explicar a marcação antecipada de cesárea.
3. A chance de cesárea eletiva é menor para mulheres que fizeram pré-natal e parto em serviços do SUS.
1) Mortes maternas e perinatais podem ser evitadas com medidas de prevenção e atenção adequada durante a gravidez e parto.
2) Taxas de mortalidade materna e perinatal no Brasil são altas em comparação a países desenvolvidos, com a maioria das mortes sendo evitáveis.
3) Embora partos domiciliares planejados possam ter benefícios psicossociais, estudos apontam risco aumentado de mortalidade perinatal e neonatal em comparação a partos hospitalares.
Aleitamento Materno PrevalêNcia E Factores CondicionantesBiblioteca Virtual
Este estudo avaliou a prevalência do aleitamento materno e fatores que influenciam a amamentação nos primeiros seis meses após o parto. Os resultados mostraram que 91% das mulheres amamentavam na saída da maternidade, porém esta taxa caiu para 54,7% aos três meses e 34,1% aos seis meses. Fatores como nível educacional mais alto, estilos de vida saudáveis, experiência positiva de amamentar anteriormente influenciaram positivamente a manutenção do aleitamento materno.
1) O documento apresenta uma revisão sistemática da literatura sobre mortalidade materna no estado do Paraná entre 2000-2010.
2) Foram identificados inicialmente 30 artigos, mas após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão restaram 9 artigos.
3) A comparação dos dados mostrou uma queda na razão de mortalidade materna no estado, com causas obstétricas diretas sendo predominantes, especialmente doenças hipertensivas.
Este documento apresenta os resultados de uma pesquisa sobre fatores associados a complicações após abortos ilegais no Brasil. A pesquisa encontrou que mulheres que tiveram abortos realizados por médicos em clínicas ou hospitais e usando métodos modernos tiveram menos complicações, enquanto abortos feitos em casa ou por não-profissionais tiveram mais complicações. Quanto mais avançada a gravidez no momento do aborto, maior o risco de complicações. Idade mais jovem não esteve associada a mais complicações.
Este estudo comparou os efeitos do banho logo após o nascimento versus após 3 horas de vida em recém-nascidos a termo e saudáveis. Os resultados mostraram que a temperatura, frequência cardíaca, respiratória e saturação de oxigênio na admissão na unidade neonatal foram similares entre os grupos. Entretanto, a taxa de aleitamento materno e o tempo na sala de parto foram maiores no grupo que recebeu banho logo após o nascimento.
O documento discute o seguimento de recém-nascidos de extremo baixo peso, descrevendo a evolução dos cuidados neonatais ao longo das décadas e a importância do acompanhamento destes pacientes após a alta hospitalar para avaliar o desenvolvimento e identificar possíveis complicações.
Este documento descreve a pesquisa "Nascer no Brasil", que estudou os determinantes e efeitos das intervenções obstétricas no parto no Brasil. A pesquisa entrevistou quase 24 mil mulheres em 266 hospitais e encontrou altas taxas de cesarianas, uso frequente de intervenções durante o trabalho de parto e diferenças regionais.
Hipertireodismo na gravidez repercussões materno-fetaisadrianomedico
1) O estudo avaliou os resultados de 60 gestantes com hipertireoidismo, divididas em grupos com hipertireoidismo compensado ou descompensado.
2) O grupo com hipertireoidismo descompensado apresentou maiores taxas de complicações maternas e fetais, como partos prematuros e restrição de crescimento fetal.
3) Os níveis elevados de hormônios tireoidianos e doses maiores de medicamentos no terceiro trimestre contribuíram para piores resultados no grupo com hipertireoidismo descompensado.
Esperar o início do trabalho de parto de maneira espontânea e proporcionar nascimentos no termo completo ou tardio são de extrema importância para desfechos maternos e fetais positivos.
Objetivo dessa apresentação:
Reforçar a importância do nascimento a termo completo/tardio e de aguardar o início do trabalho de parto espontaneamente.
Material de 14 de setembro de 2020
Disponível em: portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
Eixo: Atenção às Mulheres
Aprofunde seus conhecimentos acessando artigos disponíveis na biblioteca do Portal.
Disponível em: https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/
Fácil acesso. Diferentes recursos. As melhores evidências. Um olhar multidisciplinar.
Este documento analisa as tendências da taxa de mortalidade infantil e da prevalência de baixo peso ao nascer no Rio Grande do Sul entre 2000-2013. A taxa de mortalidade infantil caiu de 14,9 para 5,6 por 1.000 nascidos vivos, impulsionada pelo aumento da escolaridade materna e do acesso pré-natal. Entretanto, houve aumento da prevalência de recém-nascidos com muito baixo peso, assim como de prematuridade e gestações múltiplas, fatores de risco associados à mortalidade infantil.
Utilização de eco para diag de pca na maternidade do rjgisa_legal
O documento descreve um estudo sobre a utilização do ecocardiograma no diagnóstico de persistência do canal arterial em recém-nascidos pré-termos. O estudo encontrou uma prevalência de 33% de persistência do canal arterial, sendo mais comum em recém-nascidos com peso ao nascer menor que 1000g ou idade gestacional menor que 30 semanas. O ecocardiograma mostrou-se uma ferramenta útil para diagnóstico precoce e auxílio na conduta clínica.
O documento resume os principais aspectos da abordagem clínica e laboratorial da gestação de baixo risco, incluindo a realização da anamnese obstétrica, exame físico da gestante, abordagem laboratorial, e o acompanhamento da gestante durante o pré-natal, com consultas programadas de acordo com os trimestres gestacionais.
O documento descreve um estudo sobre a associação entre o estado nutricional pré-gestacional de mulheres e resultados obstétricos. O estudo avaliou 433 mulheres no Brasil e encontrou que 31,6% tinham desvios de peso pré-gestacionais. Mulheres obesas pré-gestação tinham maior risco de síndrome hipertensiva da gravidez, e mulheres com baixo peso pré-gestacional tinham maior risco de bebês com baixo peso ao nascer. O estado nutricional pré-gestacional é importante para resultados da gravidez.
Mortes Maternas em Hospitais Tercearios do Rio GrandeCássimo Saide
1) O estudo analisou casos de morte materna no Hospital de Clínicas de Porto Alegre entre 1980-1999, encontrando 81 óbitos.
2) As principais causas de morte foram hipertensão (18,5%), infecção pós-cesariana (16%) e aborto séptico (12,3%).
3) Pacientes submetidas a cesareana apresentaram risco 10 vezes maior de morte relacionada ao procedimento em comparação ao parto normal.
1. O parto é uma experiência cultural e fisiológica complexa. As visões do parto e as práticas associadas variam entre culturas.
2. A maioria das mulheres descreve a gravidez de forma positiva, mas o parto é frequentemente descrito como difícil. Fatores como a dor, ansiedade e apoio afetam a experiência.
3. Estudos mostram que a presença de um acompanhante de apoio e o contato inicial com o bebê melhoram o bem-estar da mãe após o parto.
Este documento analisa os dados de partos normais e cesarianas em duas maternidades no sul do Brasil entre 2007 e 1994. Os resultados mostram um aumento significativo nas taxas de cesarianas nas duas maternidades entre os períodos estudados, chegando a 41,1% e 40,7% dos partos em 2007. A maioria dos partos cesarianos ocorreram em mulheres entre 21-30 anos e os recém-nascidos pesavam principalmente entre 2.501g e 3.500g.
Indicações de cesariana baseadas em evidênciasadrianomedico
O documento discute as principais indicações para cesárea no Brasil com base em evidências da literatura. As taxas de cesárea variam bastante entre regiões brasileiras e entre o SUS e planos de saúde privados, chegando a 80% nos planos privados. A revisão analisou as principais indicações reportadas, como distócia, desproporção cefalopélvica e má posição fetal, e concluiu que em nenhum caso existe indicação absoluta de cesárea, podendo o parto normal ser tentado mediante intervenções como ocitocina
Síntese de Evidências para Politicas de Saúde - Mortalidade Materna no Estado...http://bvsalud.org/
Este documento resume três estratégias para reduzir a mortalidade materna no estado do Piauí, Brasil: (1) rastreamento da pré-eclâmpsia mediando pressão arterial e proteinúria; (2) regionalização e uso de telessaúde para melhorar o acesso aos cuidados; (3) administração precoce de aspirina para gestantes de alto risco. Ele analisa evidências sobre esses métodos e discute considerações para implementação.
Nesta sexta-feira (10 de abril de 2015) o Centro Latino Americano de Perinatologia - CLAP publicou essa importante nota técnica da OMS sobre cesarianas.
É mencionado o sistema de classificação de Robson para taxas hospitalares.
O documento ressalta que a indicação de cirurgia cesariana deve ser precisa para evitar iatrogenias.
1. O documento analisa os fatores associados à marcação antecipada de parto cesáreo no Brasil com base nos dados da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde de 2006.
2. Variáveis como local de pré-natal e parto, parturição, meses de gravidez e complicações durante a gravidez foram estatisticamente significativas para explicar a marcação antecipada de cesárea.
3. A chance de cesárea eletiva é menor para mulheres que fizeram pré-natal e parto em serviços do SUS.
1) Mortes maternas e perinatais podem ser evitadas com medidas de prevenção e atenção adequada durante a gravidez e parto.
2) Taxas de mortalidade materna e perinatal no Brasil são altas em comparação a países desenvolvidos, com a maioria das mortes sendo evitáveis.
3) Embora partos domiciliares planejados possam ter benefícios psicossociais, estudos apontam risco aumentado de mortalidade perinatal e neonatal em comparação a partos hospitalares.
Aleitamento Materno PrevalêNcia E Factores CondicionantesBiblioteca Virtual
Este estudo avaliou a prevalência do aleitamento materno e fatores que influenciam a amamentação nos primeiros seis meses após o parto. Os resultados mostraram que 91% das mulheres amamentavam na saída da maternidade, porém esta taxa caiu para 54,7% aos três meses e 34,1% aos seis meses. Fatores como nível educacional mais alto, estilos de vida saudáveis, experiência positiva de amamentar anteriormente influenciaram positivamente a manutenção do aleitamento materno.
1) O documento apresenta uma revisão sistemática da literatura sobre mortalidade materna no estado do Paraná entre 2000-2010.
2) Foram identificados inicialmente 30 artigos, mas após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão restaram 9 artigos.
3) A comparação dos dados mostrou uma queda na razão de mortalidade materna no estado, com causas obstétricas diretas sendo predominantes, especialmente doenças hipertensivas.
Este documento apresenta os resultados de uma pesquisa sobre fatores associados a complicações após abortos ilegais no Brasil. A pesquisa encontrou que mulheres que tiveram abortos realizados por médicos em clínicas ou hospitais e usando métodos modernos tiveram menos complicações, enquanto abortos feitos em casa ou por não-profissionais tiveram mais complicações. Quanto mais avançada a gravidez no momento do aborto, maior o risco de complicações. Idade mais jovem não esteve associada a mais complicações.
Este estudo comparou os efeitos do banho logo após o nascimento versus após 3 horas de vida em recém-nascidos a termo e saudáveis. Os resultados mostraram que a temperatura, frequência cardíaca, respiratória e saturação de oxigênio na admissão na unidade neonatal foram similares entre os grupos. Entretanto, a taxa de aleitamento materno e o tempo na sala de parto foram maiores no grupo que recebeu banho logo após o nascimento.
1. RBGO - v. 20, nº 7, 1998 389
RESUMO
Objetivo: identificar o efeito da idade sobre os resultados maternos e perinatais das gestações
ocorridas em mulheres com 40 anos ou mais.
Métodos: comparamos 494 gestantes com mais de 40 anos, com 988 gestantes com idade
entre 20 e 29 anos, pareando-as por paridade. Após controlar possíveis variáveis
confundidoras pela análise multivariada, a idade materna avançada manteve associação
com a maior prevalência de hipertensão arterial, apresentação anômala, parto por cesária,
hemorragia puerperal, índice de Apgar baixo, morte perinatal, natimortalidade e sofrimento
fetal intraparto.
Resultados: a idade materna avançada esteve isoladamente associada à hipertensão arterial,
apresentação anômala, diagnóstico de sofrimento fetal intraparto, parto por cesária e
hemorragia puerperal. Com relação aos resultados neonatais, a idade materna avançada
estava associada independentemente apenas ao baixo índice de Apgar, morte perinatal e
óbito fetal.
Conclusões: esses achados mostram a necessidade de assistência obstétrica adequada
com atenção especial a esses fatores para procurar melhorar os resultados maternos e
perinatais das gestantes com idade avançada.
PALAVRAS-CHAVE: Idade materna. Gestação de alto risco.Complicações da gestação:
Hipertensa. Mortalidade Perinatal. Óbito Fetal.
O Impacto da Idade Materna Avançada
sobre os Resultados da Gravidez
Impact of Advanced Maternal Age on the Outcome of Pregnancy
José G. Cecatti, Aníbal Faúndes
Fernanda G. C. Surita, Márcia M. A. Aquino
Departamento de Tocoginecologia
Disciplina de Obstetrícia
Faculdade de Ciências Médicas
Universidade Estadual de Campinas
Correspondência:
José Guilherme Cecatti
CAISM - UNICAMP
Caixa Postal 6030
13081-970 Campinas – SP, Brasil
20(7):389-394,1998
RBGO
Trabalhos Originais
2. RBGO - v. 20, nº 7, 1998
390
Introdução
São poucos os casos documentados de
gravidez na sexta década de vida, que tenham
evoluído até fases adiantadas da gravidez ou com
recém-nascido viável8,12
. No entanto, a gravidez na
mulher entre os 40 e 45 anos é relatada na
literatura médica e deve ser uma preocupação dos
profissionais que dela cuidarão.
Algumas publicações têm denominado as
mulheres com mais de 40 anos de “grávidas pré-
menopáusicas” ou grávidas “maduras”2,9
e isso já
pode fornecer uma idéia sobre a baixa fertilidade
nesse período. Realmente, há referência de um
progressivo decréscimo da fertilidade com o
aumento da idade nessa época da vida da mulher
por uma diminuição paulatina da função ovariana,
pela redução do número de oócitos e menor
resposta às gonadotrofinas hipofisárias7,11,18
.
A grande maioria das gestações ocorridas a
partir dos 40 anos é de mulheres multíparas que
engravidam, freqüentemente após decorrido longo
período desde sua última gestação ou parto,
período esse geralmente superior a 10 anos2,17
. Só
mais recentemente, com o declínio da fecundidade
das populações, é que a primeira gravidez em
mulheres com idade mais elevada passou a
constituir uma preocupação obstétrica também
nos países em desenvolvimento. Entretanto, a
primiparidade é a principal característica da
gestação em mulheres com idade mais elevada nos
países desenvolvidos5,14,15
.
Há praticamente um consenso entre os
autores sobre o pior prognóstico materno e
perinatal da gestação em mulheres de 40 anos ou
mais, quando comparadas a mulheres mais
jovens3,5,10,16,19
. Entretanto, quando se consideram
os riscos associados à gravidez de mulheres idosas,
é pertinente questionar se esses fatores são
determinantes ou apenas acompanham a idade, e
também a paridade, na ocorrência de piores
resultados. No intuito de tentar esclarecer esse
ponto, o presente estudo avaliou a influência da
idade e de outros fatores sobre os resultados
maternos e perinatais de gestações em mulheres
com mais de 40 anos de idade.
Pacientes e Métodos
Após revisão das fichas obstétricas de 22.000
partos ocorridos na Maternidade do Departamento
de Tocoginecologia da Universidade Estadual de
Campinas, no período de janeiro de 1977 a maio
de 1990, foram identificados 509 casos de
gestantes com 40 ou mais anos de idade,
correspondendo a 2,31% dos partos. Desse total,
foram excluídos 15 casos por não preencherem os
critérios de seleção previamente determinados: 8
por insuficiência de dados, 5 por apresentarem
gestação gemelar e 2 por terem tido parto
domiciliar.
Restaram para análise 494 casos de
gestantes com idade avançada. Os parâmetros
estudados foram comparados com os de 988
controles (gestantes com idade entre 20 e 29 anos),
pareadas por paridade, que deram à luz no mesmo
período e aleatoriamente selecionadas dentre os
controles elegíveis, na proporção de dois controles
para cada caso. Informações mais detalhadas sobre
os métodos utilizados nesse estudo fazem parte
de outra publicação
4
.
Foram estudadas as seguintes variáveis
independentes e de controle: idade materna, estado
marital, antecedente de hipertensão arterial,
antecedente de cesárea, diabetes na gravidez,
cardiopatia materna, infecção do trato urinário
(ITU) na gravidez, número de consultas de pré-
natal (PN) e peso materno. As variáveis
dependentes estudadas foram: hipertensão
arterial, rotura prematura de membranas (RPM),
tempo de rotura de membranas, apresentação
fetal, tempo do período de dilatação, forma de
parto, diagnóstico de sofrimento fetal intraparto
(SFIP), hemorragia puerperal, idade gestacional
(IG) e peso do recém-nascido (RN), índice de Apgar
ao quinto minuto, malformações congênitas,
mortalidade perinatal e adequação do peso para a
idade gestacional (GIG – grande para a idade
gestacional; PIG – pequeno para a idade
gestacional).
Das fichas obstétricas foram colhidos os
dados necessários para o estudo, que foram
introduzidos num arquivo de dados, utilizando o
programa Epi-Info. Após a depuração desses
dados, procedeu-se a uma análise estatística,
avaliando a distribuição percentual das categorias
ou médias de cada variável dependente entre as
mulheres dos dois grupos de idade, comparando-
se a significação das diferenças encontradas por
meio do teste do χ
2
ou t de Student. Por fim, foi
efetuada uma análise multivariada por regressão
logística. Para cada variável dependente principal
construiu-se um modelo de regressão. As tabelas
respectivas mostram os fatores preditores
significativos para cada variável dependente, bem
como seu respectivo fator de correlação [r] dentro
do modelo.
Cecatti et al Idade Materna Avançada
3. RBGO - v. 20, nº 7, 1998 391
Resultados
A Tabela 1 apresenta um resumo dos
resultados desfavoráveis das principais variáveis
de controle segundo grupos de idade materna,
mostrando diferenças significativas para o caso de
antecedente de hipertensão, diabetes durante a
gravidez, menor número de consultas de pré-natal
e peso materno prévio à gestação superior ou igual
a 70 kg, todas mais freqüentes entre as idosas. O
estado marital e o antecedente de cesárea foram
semelhantes em ambos os grupos. Não houve
diferença entre eles quanto ao tempo de rotura de
membranas, quando se compararam suas médias,
conforme mostra a Tabela 2.
Tabela 1 - Resumo dos resultados das principais variáveis de controle segundo idade
materna.
Idade materna
Variáveis
40-49 anos 20-29 anos χ
χ2 p
Sem companheiro 8,5 10,7 1,82 NS
Com antec, cesárea 17,2 19,6 1,27 NS
Com antec, hipertensão 35,2 14,4 85,34 <0,0001
Com diabetes 5,3 1,1 23,30 <0,0001
Com cardiopatia 4,1 2,8 1,55 NS
Com ITU 10,3 12,2 1,07 NS
0-5 consultas pré-natal 52,0 61,9 12,84 <0,0004
Peso materno >70 kg, 20,2 8,7 32,34 <0,0001
ITU – infecção do trato urinário
Tabela 2 - Média de tempo de rotura de membranas (em horas) segundo idade
materna (*).
Idade materna Média DP n t p
40 - 49 anos 4,5 12,5 482 0,7 NS
20 - 29 anos 4,0 11,7 962
(*) Excluídos 38 casos sem dados.
A Tabela 3 mostra a via de parto nos grupos
de idade materna. Para o total de gestantes, a
cesárea foi mais de duas vezes mais freqüente no
grupo de idosas, ocorrendo em 34,2% dessas
(diferença significativa). Entretanto, para avaliar
a influência da via dos partos anteriores, a mesma
análise foi realizada excluindo-se todos os casos e
controles com antecedente de cesárea. Os
resultados dessa análise, também expressos na
mesma tabela, mostram que, ainda assim, a
diferença permanece altamente significativa.
Tabela 3 - Distribuição porcentual da via de parto segundo idade materna e antecedente
de cesárea.
Idade materna
Via de parto 40 - 49 anos 20 - 29 anos
Total de gestantes*
Vaginal 65,8 84,0
Cesárea 34,2 16,0
TOTAL 494 988
Sem antecedentes de cesárea**
Vaginal 73,6 91,6
Cesárea 26,4 8,4
TOTAL 409 794
* χ2 = 63,57 p < 0,0001
** χ2 = 70,11 p < 0,0001
Não houve diferença estatisticamente
significativa entre os grupos quando foram
comparados segundo a média de idade
gestacional do recém-nascido (Tabela 4) e do seu
peso (Tabela 5). Quanto à condição perinatal,
observou-se uma freqüência cerca de duas vezes
maior de morte neonatal e quatro vezes maior
de morte fetal tardia entre as gestantes com 40
anos ou mais (Tabela 6).
Tabela 4 - Média de idade gestacional do recém-nascido segundo idade materna (*).
Idade materna Média DP n t p
40 - 49 anos 38,9 2,7 488 1,2 NS
20 - 29 anos 39,1 2,4 987
(*) Excluídos 7 casos com idade gestacional ignorada.
Tabela 5 - Média do peso do recém-nascido segundo idade materna.
Idade materna Média DP n t p
40 - 49 anos 3051,3 760,9 494 0,2 NS
20 - 29 anos 3041,5 617,1 988
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4. RBGO - v. 20, nº 7, 1998
392
Tabela 6 - Distribuição porcentual da condição perinatal do recém-nascido até o 7º dia
de vida segundo idade materna.
Idade materna
Condição do RN 40 - 49 anos 20 - 29 anos
Nativivo 91,9 97,6
Natimorto 5,3 1,2
Morte neonatal 2,8 1,2
TOTAL 494 988
χ2 = 27,08 p < 0,0001
Em razão da multiplicidade de fatores
envolvidos na determinação dos resultados
maternos e perinatais e também pela dificuldade
de associá-los à idade materna, mesmo quando
controlada pela principal variável confundidora, a
paridade, procedeu-se à análise multivariada. Nela,
cada modelo construído para cada variável
dependente mostra quais condições das variáveis
independentes (fatores) estiveram estatisticamente
associadas.
Assim, a Tabela 7 mostra, por exemplo, que
a idade materna avançada esteve isoladamente
associada à hipertensão arterial, apresentação
anômala, diagnóstico de sofrimento fetal intraparto,
parto por cesárea e hemorragia puerperal. Com
relação aos resultados neonatais, a Tabela 8, por
sua vez, mostra que a idade materna avançada
estava associada independentemente apenas ao
baixo índice de Apgar, morte perinatal e óbito fetal.
Tabela 7 - Fatores associados com as variáveis dependentes maternas e fetais, por
análise multivariada.
Variável Fatores χ
χ2 p r
Hipertensão Antec. Hipertensão 280,22 < 0,0001 0,466
arterial Idade ≥ 40 anos 23,04 < 0,0001 0,128
Peso ≥ 70 kg 12,86 < 0,0004 0,092
Tempo rotura Sem antec. cesárea 5,44 < 0,02 0,071
membr. >12 hs
RPM Sem antec. cesárea 4,84 < 0,03 0,053
Apresentação Antec. cesárea 10,46 < 0,002 0,132
Não-cefálica Idade ≥ 40 anos 6,72 < 0,01 0,099
Per. dilatação Idade ≤ 29 anos 7,86 < 0,006 0,069
> 12 hs Sem antec. cesárea 4,83 < 0,03 0,048
SFIP Idade ≥ 40 anos 17,01 < 0,0001 0,113
Antec. hipertensão 10,24 < 0,002 0,084
Cesárea Antec. cesárea 137,57 < 0,0001 0,330
Idade ≥ 40 anos 37,23 < 0,0001 0,168
Antec. hipertensão 11,96 < 0,0006 0,089
Diabetes 8,05 < 0,005 0,070
Cons.pré-natal ≥ 6 5,99 < 0,02 0,057
Hemorragia Idade ≥ 40 anos 4,99 < 0,03 0,071
puerperal (*)
(*) Excluída da análise a variável peso materno.
Tabela 8 - Fatores associados com as variáveis dependentes neonatais, por análise
multivariada.
Variável Fatores χ
χ2 P r
IG < 37 sem Cons. PN < 6 11,99 < 0,0006 0,115
Antec. cesárea 6,83 < 0,01 0,080
Antec. hipertensão 4,87 < 0,03 0,062
Baixo peso Cons. PN < 6 19,56 < 0,0001 0,140
Antec. hipertensão 8,86 < 0,003 0,087
Antec. cesárea 3,94 < 0,05 0,046
Apgar baixo Cons. PN <6 6,75 < 0,01 0,096
Antec. cesárea 5,87 < 0,02 0,087
Idade > 40 anos 5,67 < 0,02 0,085
Malf.cong. Cardiopatia 6,19 < 0,02 0,116
Morte perinatal Idade > 40 anos 10,66 < 0,002 0,153
Cons. PN <6 7,09 < 0,008 0,118
Antec. hipertensão 4,41 < 0,04 0,081
Cardiopatia 3,85 < 0,05 0,071
Óbito fetal Idade > 40 anos 11,72 < 0,0007 0,204
Cons. PN <6 7,24 < 0,008 0,150
Cardiopatia 4,52 < 0,04 0,104
RN PIG Cons. PN < 6 13,88 < 0,0003 0,124
Antec. hipertensão 7,54 < 0,0007 0,085
RN GIG Diabetes 15,94 < 0,0002 0,130
Peso ≥ 70 kg 7,58 < 0,006 0,082
Discussão
O propósito desse estudo foi o de avaliar os
resultados maternos e perinatais das gestações
ocorridas em mulheres com 40 ou mais anos de
idade, tentando identificar o efeito isolado da idade
pela exclusão de fatores confundidores que também
se associam a esses resultados.
Depois de controlar o efeito de algumas
variáveis potencialmente confundidoras, por meio
da análise multivariada, a idade materna avançada
manteve associação com maior ocorrência de
hipertensão arterial, apresentação anômala, parto
cesáreo, hemorragia puerperal, índice de Apgar
baixo, morte perinatal, natimortalidade e
sofrimento fetal intraparto.
Em relação à hipertensão arterial, a análise
multivariada esclarece que ela está realmente
associada à idade materna elevada. Foram
identificados, contudo, outros fatores relacionados:
o antecedente de hipertensão arterial e o peso
materno maior ou igual a 70 kg, o que é
concordante com a literatura5,14,19
. A falta de
correlação entre diabetes e ocorrência de
hipertensão arterial durante a gravidez, nessa
análise, pode ser o reflexo da maior importância
relativa do antecedente de hipertensão, idade
avançada e maior peso, variáveis essas
Cecatti et al Idade Materna Avançada
5. RBGO - v. 20, nº 7, 1998 393
sabidamente associadas ao diabetes.
Da mesma forma que mostra a literatura, a
incidência de apresentações anômalas foi
significativamente maior no grupo das mulheres
idosas, mesmo excluindo-se um importante fator
de confusão como a paridade5,14,15,19
.
Na literatura médica tem sido relatada uma
maior incidência de cesárea nas mulheres a partir
dos 40 anos, quando comparadas com as mais
jovens5,11,13,14,15,19
. O mesmo foi encontrado nesse
estudo e essa associação manteve-se mesmo após
o controle de possíveis confundidores. Essa
associação foi tão importante que apenas o
antecedente de cesárea apresentou maior
correlação que a idade avançada, na análise
multivariada.
A análise também mostrou que a idade maior
de 40 anos teve a mais alta correlação com o
diagnóstico de sofrimento fetal intraparto, seguido
pelo antecedente de hipertensão arterial. Mesmo
que o diagnóstico de SFIP seja controverso entre
os diversos estudos, pela multiplicidade de fatores
envolvidos, sua importância deve residir na
determinação da via de parto e resultado perinatal
subseqüentes 5
.
Pela análise multivariada o único fator que
se associou à hemorragia puerperal foi a idade
avançada. O baixo valor do fator de correlação para
essa associação leva a pensar que é provável a
existência de outro fator relacionado mais à
hemorragia no puerpério. Tal fator poderia, por
exemplo, ser uma diferença na paridade, oculta
dentro da categoria de cinco ou mais partos. No
caso desse estudo, ao passo que as multíparas com
menos de 30 anos tinham quase todas paridade 5,
no grupo de 40 anos ou mais havia mulheres com
paridade bem mais elevada. Outros autores
encontraram aumento na incidência de hemorragia
no puerpério, por inércia uterina, quando a
paridade se eleva acima de cinco6
e também na
idade materna avançada14,19
.
Os presentes resultados, quanto à vitalidade
do recém-nascido, medida pelo índice de Apgar ao
quinto minuto de vida, mostraram que a associação
entre resultados mais desfavoráveis para as mais
idosas existe e não podem ser somente explicados
pela maior incidência de patologias durante a
gestação e de intercorrências durante o trabalho
de parto, como citam alguns autores
1
, visto que
tal associação se manteve depois de se controlar
por todas as outras variáveis confundidoras. Mais
recentemente, tem-se relatado um pior prognóstico
perinatal para as idosas apenas com relação à
prematuridade e baixo peso5,14,15,19
.
Diferentemente do que se encontra na
literatura médica
5
, não se confirmou a correlação
entre idade avançada e malformações congênitas
do RN. Pôde-se ainda identificar a cardiopatia
materna como único fator associado às
malformações congênitas, aparentemente sem
nenhuma explicação conhecida. Entretanto, o
pequeno número de gestações estudadas não
permite deduções conclusivas sobre fatores
associados às malformações congênitas.
Esses resultados mostram que uma mulher
com mais de 40 anos, sem qualquer patologia, terá
maior risco de apresentar em sua gestação
hipertensão arterial, apresentação anômala,
sofrimento fetal intraparto, parto cesáreo,
hemorragia puerperal, recém-nascido com Apgar
baixo e óbito fetal tardio ou perinatal.
Isto mostra a necessidade de tais mulheres
terem essas informações, o que depende de
profissionais de saúde conscientes sobre o
problema, para que as orientem e prestem um
adequado acompanhamento pré-natal e
assistência ao trabalho de parto, parto, puerpério
e ao recém-nascido, podendo, assim, minimizar
os efeitos deletérios da idade materna elevada sobre
a mulher e o recém-nascido. Isso já é uma
realidade em países desenvolvidos, onde os
resultados permitem afirmar que a gravidez,
trabalho de parto e parto não diferem
significativamente entre mulheres idosas e jovens
quando a assistência é adequada15
.
SUMMARY
Most authors agree on the negative impact of pregnancy in
women with advanced maternal age on maternal and perinatal
outcome. However, it is not usual to evaluate if some
considered risk factors are only confounders because they
are present in women over forty years. In order to identify the
isolated effect of age on maternal and perinatal outcome of
pregnancies in women over forty, 494 pregnancies from this
age group were compared to 988 pregnancies among women
aged 20 to 29 years, matched by parity. After controlling
possible confounding variables through multivariate analysis,
advanced maternal age maintained its association with a
higher prevalence of hypertension, malpresentation, cesarean
section, postpartum hemorrhage, low Apgar score, perinatal
death, late fetal death and intrapartum fetal distress. These
findings show the need for adequate obstetrical care with
special attention to those factors in order to improve maternal
and perinatal outcome of pregnancies in women with
advanced age.
KEY WORDS: Maternal age. High risk pregnancy.
Hipertension Fetal death. Perinatal outcome.
Cecatti et al Idade Materna Avançada
6. RBGO - v. 20, nº 7, 1998
394
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