Este documento discute a mediunidade e sua relação com as qualidades morais. Afirma que a mediunidade é uma faculdade inerente a certas disposições orgânicas e pode ser concedida a pessoas de qualquer caráter. No entanto, apenas os médiuns com virtudes elevadas, como simpatia e devoção ao bem, receberão a assistência dos bons Espíritos.
1. “Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não
tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que
tine.
E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os
mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de
maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor,
eu nada seria”.
São Paulo, Carta aos Corintios.
2. Dubai, 04/01/2015
L.E. – Parte 2ª. Cap. VI - Relações de simpatia e de antipatia entre os
Espíritos. Metades eternas - Questão 291
ESE – CAP. XXIV – Não ponhais a candeia de baixo do alqueire
Dubai, 22/02/2015
3. Resposta:
“Do mesmo modo que os homens, sendo, porém, que mais forte é o
laço que prende os Espíritos uns aos outros, quando carentes de
corpo material, porque então esse laço não se acha exposto às
vicissitudes das paixões.”
Questão – 291
Além da simpatia geral, oriunda da semelhança que entre
eles exista, votam-se os Espíritos recíprocas afeições
particulares?
4. O que é a afeição, o amor?
A atração fluídica, atraindo um ser para outro, unindo-os num mesmo
sentimento. Essa atração pode ser de duas naturezas diferentes, já que
os fluidos são de duas naturezas.
Mas para que a afeição persista eternamente, é preciso que seja
espiritual e desinteressada; são precisos abnegação, devotamento e
que nenhum sentimento pessoal seja o móvel deste arrastamento
simpático. Desde que nesse sentimento haja personalidade, há
materialidade.
5. O que é a afeição, o amor?
Contemplai a Humanidade e vede quão poucas são as afeições
verdadeiras na Terra!
São em minoria, mas existem, e as que são reais persistem e se
perpetuam sob todas as formas, primeiro na Terra, depois
continuam no estado de Espírito, numa amizade ou num amor
inalterável, que só faz crescer e se elevar cada vez mais.
6. Questão – 291
Além da simpatia geral, oriunda da semelhança que entre eles exista, votam-se os
Espíritos recíprocas afeições particulares?
Dois Espíritos unidos espiritualmente se buscam e tendem sempre a
aproximar-se; seus fluidos são atrativos. Se estiverem no mesmo globo,
serão impelidos um para o outro; se separados pela morte terrena, seus
pensamentos unir-se-ão na lembrança e a reunião far-se-á na liberdade
do sono; e quando a hora de uma nova encarnação soar para um deles…
Qual é a verdadeira afeição!!!
A afeição espiritual tem por base a
afinidade fluídica espiritual, que,
atuando só, determina a simpatia.
Quando é assim, é a alma que ama a
alma e essa afeição só toma força pela
manifestação dos sentimentos da alma.
7. Questão – 291
Além da simpatia geral, oriunda da semelhança que entre eles exista, votam-se os
Espíritos recíprocas afeições particulares?
Mas esta verdadeira afeição não é
comum na Terra e a matéria a vem
retardar, anular-lhe os efeitos, conforme
domine o Espírito.
A verdadeira amizade, o verdadeiro
amor, sendo espiritual, tudo que se
refere à matéria não é de sua natureza e
em nada concorre para a identificação
material.
A afinidade persiste, mas fica em estado
latente até que, triunfando o fluido
espiritual, o progresso simpático se
efetue novamente.
8. Questão – 291
Além da simpatia geral, oriunda da semelhança que entre eles exista, votam-se os
Espíritos recíprocas afeições particulares?
Em síntese, a afeição espiritual é a única
resistente no domínio do Espírito. Na
Terra e nas esferas do trabalho corporal,
concorre para o avanço moral do Espírito
encarnado que, sob a influência
simpática, realiza milagres de abnegação
e de devotamento dos seres amados.
Nas moradas celestes, ela é a satisfação completa de todas as aspirações
e a maior felicidade que o Espírito possa desfrutar.
Os Espíritos se unem segundo suas afeições iniciadas em mundos
inferiores e trabalham juntos por seu progresso espiritual.
(Fev - 1864)
9. Entre os que caminham neste mundo, solitários, (…), há os que
conservam no fundo do coração a vaga lembrança da sua família
espiritual. Seu pensamento vai muitas vezes, durante a vigília, e, mais
ainda, durante o sono, reunir-se aos seres queridos que os esperam na
paz serena do Além.
O sentimento profundo das compensações
que os aguardam explica sua força moral
na luta e sua aspiração para um mundo
melhor. A esperança semeia de flores
austeras os atalhos que eles percorrem.
Léon Denis – O problema do ser, do destino e da dor
11. Dubai, 04/01/2015
ESTUDO DO EVANGELHO SEGUNDO O
ESPIRITISMO
ESE – CAP. XXIV – NÃO PONHAIS A CANDEIA DEBAIXO DO ALQUEIRE
Dubai, 22/02/2015
12. CAP. XXIV – NÃO PONHAIS A CANDEIA DEBAIXO DO
ALQUEIRE
Não são os que gozam saúde que precisam de médico
(S. MATEUS, cap. IX, vv. 10 a 12.)
11. Estando Jesus à mesa em casa
desse homem (Mateus), vieram aí ter
muitos publicanos e gente de má
vida, que se puseram à mesa com
Jesus e seus discípulos; - o que fez
que os fariseus, notando-o, disseram
aos discípulos: Como é que o vosso
Mestre come com publicanos e
pessoas de má vida? - Tendo-os
ouvido, disse-lhes Jesus: Não são os
que gozam saúde que precisam de
médico.
13. CAP. XXIV – NÃO PONHAIS A CANDEIA DEBAIXO DO
ALQUEIRE
Não são os que gozam saúde que precisam de médico
(S. MATEUS, cap. IX, vv. 10 a 12.)
12. Essas palavras, como tantas outras, encontram no Espiritismo a
aplicação que lhes cabe. Há quem se admire de que, por vezes, a
mediunidade seja concedida a pessoas indignas, capazes de a usarem
mal. Parece, dizem, que tão preciosa faculdade devera ser atributo
exclusivo dos de maior merecimento.
Digamos, antes de tudo, que a mediunidade
é inerente a uma disposição orgânica, de
que qualquer homem pode ser dotado,
como da de ver, de ouvir, de falar. Ora,
nenhuma há de que o homem, por efeito do
seu livre-arbítrio, não possa abusar…
14. O bom médium, pois, não é
aquele que comunica
facilmente, mas aquele
que é simpático aos bons
Espíritos e somente deles
tem assistência.
Unicamente neste sentido
é que a excelência das
qualidades morais se torna
onipotente sobre a
mediunidade.