1. Alcoólicos Anônimos é uma irmandade de homens e mulheres que compartilham suas experiências com alcoolismo para alcançar a sobriedade.
2. Não há requisitos para se tornar membro além do desejo de parar de beber, e a organização é auto-suficiente graças às contribuições dos membros.
3. Alcoólicos Anônimos não está ligada a nenhuma religião, política ou instituição, e seu propósito é manter a sobriedade dos membros e ajudar outros al
3. ALCOÓLICOS ANÔNIMOS é uma irmandade de homens e
mulheres que compartilham suas experiências, forças e
esperanças a fim de resolver o seu problema comum e
ajudar outros a se recuperarem do alcoolismo.
O único requisito para se tornar membro é o desejo de
parar de beber. Para ser membro de A.A. não há taxas ou
mensalidades; somos auto-suficientes graças às nossas
próprias contribuições.
A.A. não esta ligado a nenhuma seita ou religião, nenhum
movimento político, nenhuma organização ou instituição;
não deseja entrar em qualquer controvérsia; não apóia
nem combate quaisquer causas.
Nosso propósito primordial é mantermo-nos sóbrios e ajudar
outros alcoólicos a alcançarem a sobriedade.“
4.
5.
6. "Humildemente rogamos a Ele que nos livre de
nossas imperfeições.“
OS DOZE PASSOS E AS DOZE TRADIÇÕES PG. 62
O assunto da humildade é um dos mais
difíceis. Humildade não é pensar menos do que
deveria de mim mesmo; humildade é
reconhecer que eu faço bem certas coisas, é
aceitar cortesmente um elogio.
7. Deus pode somente fazer para mim o que
Ele pode fazer através de mim. Humildade é
o resultado de saber que Deus é quem faz,
não eu. Na luz desta percepção, como posso
ter orgulho de minhas realizações? Sou um
instrumento, e qualquer trabalho que pareça
estar fazendo, está sendo feito por Deus
através de mim. Peço a Deus diariamente
que remova minhas imperfeições, para que
possa mais livremente continuar meus
assuntos de A.A. de amor e serviço".
10. História do livro “Viver Sóbrio”
“Viver Sóbrio,” publicado em 1975, teve uma
história tortuosa. No ano de 1968, a Junta
viu a necessidade de um folheto para os
veteranos sóbrios, e a necessidade de
apontar as “armadilhas” ou os “sinais de
perigo.” Membros do CL foram chamados a
dar suas opiniões.
Daí surgiu a proposta de uma literatura a ser
desenvolvida sobre o tópico,”Como Nos
Mantemos Sóbrios.” Em outubro de 69, foi
encomendado a um escritor que fazia parte
de uma revista de prestígio nacional. Após
quase dois anos de trabalho, ele entregou
11. Que foi logo rejeitado. Sentiram a
necessidade de uma revisão drástica e que
deveria ser começada de novo por um novo
autor. Barry L., um experimentado, hábil
escritor e consultor para o G.S.O. foi
encarregado da tarefa. Bob H. Diretor Geral
do G.S.O. negociou o valor do projeto. Após
quatro anos e meio organizando o material e
escrevendo, Barry apresentou um manual
simples e prático de como desfrutar de uma
vida alegre e produtiva sem a bebida. Não era
espiritual nem continha nada sobre como
alcançar a sobriedade, mas focalizado no tipo
de sugestões que um recém-chegado poderia
receber de um padrinho. “Viver Sóbrio” foi
escrito em um estilo diferente de qualquer
outra literatura de A.A.: coloquial e informal ;
12. A respeito do Autor
Quando já tinha vendido
aproximadamente 1milhão de cópias,
Barry L. sentiu que deveria ser mais
generosamente recompensado e deveria
receber alguma espécie de royalty .
Enviou uma carta para todos os
Custódios e membros do Staff do G.S.O.
com os quais tivera contato, para
apoiarem seu reclamo. A Junta do
AAWS e a Junta de Serviços Gerais
considerou o seu caso, mas declinou de
agir. Ele então ameaçou impetrar um
recurso legal, mas talvez por
compreender a fragilidade do seu caso,
13. . Em 1978.
Jack Bailey apertando
as mãos de Lois
Wilson no 43°
Aniversário de A.A. no
Dia dos Fundadores
em AkronLogo atrás de
Lois está Barry Leach,
usando óculos. Barry
era como um filho para
Lois e servia de
companhia para ela
quando viajava.
14. À respeito do título:
Mesmo as palavras "ficar sóbrios" - quanto mais
"viver" sóbrio - ofendiam muitos de nós quando as
ouvíamos pela primeira vez - Embora tivéssemos
bebido um bocado, jamais nos sentíamos
bêbados e estávamos convencidos de que nem
mesmo parecíamos embriagados. Muitos de nós
nunca cambaleávamos, caíamos ou enrolávamos
a língua;
Muitos outros nunca cometeram desordens,
nunca perderam um dia de trabalho ou
positivamente, jamais foram internados em
hospitais nem presos por embriaguez.
Conhecíamos muitas pessoas que bebiam mais
do que nós e outras totalmente incapazes de
controlar a bebida. Nós não éramos assim. Por
isso, a sugestão de que talvez devêssemos "ficar
15. À respeito do título:
Além disso, parecia desnecessariamente
drástica. Como poderíamos viver assim?
Certamente nada de mal poderia haver
nuns dois aperitivos no almoço de negócios
ou antes do jantar. A gente não tem o
direito de tranqüilizar-se com uns tragos ou
algumas cervejas antes de dormir?
Contudo, depois que aprendemos algumas
realidades sobre a doença chamada
alcoolismo, mudamos de opinião. Nossos
olhos abriram-se para o fato de que, ao que
parece, milhões de pessoas são portadoras
da doença do alcoolismo.
16. À respeito do título:
A ciência médica não explica sua
"causa", mas os médicos especialistas em
alcoolismo garantem que um só gole traz
contratempo ao alcoólico ou bebedor-
problema. E nossa experiência confirma
isso com exuberância.
Desta maneira, não beber nada - isto
é, ficar sóbrio – torna-se a base da
recuperação do alcoolismo. E repetimos
para frisar bem: viver sóbrio não é
absolutamente desagradável, aborrecido e
desconfortável como prevíamos;
é, sobretudo, algo que começamos a
desfrutar e a considerar mais excitante do
17.
18.
19. Porque "não beber?"
Nós, membros de Alcoólicos Anônimos,
encontramos a resposta a esta pergunta quando
olhamos honestamente para nossa vida
passada. Nossa experiência prova claramente
que a menor dose causa dificuldade ao alcoólico
ou bebedor-problema. Nas palavras da
Associação Médica Americana:
"O álcool, além de sua propriedade viciante,
possui também um efeito psicológico que
modifica o pensamento e o raciocínio”. Uma só
dose pode mudar o processo mental de um
alcoólico, de modo que ele acha que pode
agüentar outra, outra e outra...
O alcoólico pode aprender a controlar
inteiramente a sua doença, mas a enfermidade
não pode ser curada de modo que ele possa
20. retirado de uma publicação
oficial de 31/07/1964
Para surpresa nossa, ficar sóbrio não é a
experiência horrível e enfadonha que
prevíamos! Quando bebíamos, viver sem
o álcool parecia não ser vida. Mas, para a
maioria dos membros de A.A., viver sóbrio
é realmente viver - uma experiência
repleta de alegria e que achamos muito
melhor do que os problemas que tínhamos
quando bebíamos.
Uma observação a mais: qualquer pessoa
pode parar de beber e ficar sóbria. Todos
nós já fizemos isso uma porção de vezes.
A arte é permanecer "e viver" sóbrio.
É disso que trata este livro.
21. Algumas sugestões para viver
sóbrio:
1- O uso deste livro 17- Prevenir-se contra a euforia
2- Evitar o primeiro gole excessiva
3- O plano das 24 horas 18- "Vá com Calma"
4- Lembrar que o alcoolismo é uma 19- Ser agradecido
doença progressiva, incurável e fatal 20- Lembrar-se de sua última bebedeira
5- "Viver e Deixar Viver" 21- Evitar substâncias químicas que
6- Entrar em atividade alteram o humor
7- A prática da Oração da Serenidade 22- Eliminar a auto-piedade
8- A mudança dos velhos hábitos 23- Procurar assistência especializada
9- Comer ou beber algo - geralmente 24- Manter-se livre de envolvimentos
doce emocionais
10- Utilizar-se da "terapia do telefone" 25- Fugir da armadilha do "se"
11- Valer-se de um padrinho 26- Desconfiar das oportunidades de
beber
12- Repousar bastante
27- Abandonar as velhas idéias
13- "Primeiro as Coisas Primeiras"
28- Ler a mensagem de A.A.
14- Combater a solidão
29- Freqüência às reuniões de A.A.
15- Cuidado com a raiva e os
ressentimentos 30- Experimentar Os Doze Passos
16- Ser bom para si mesmo 31- Encontrar seu próprio caminho
22. Perguntas freqüentes de quem
acaba de parar de beber:
- Que é que eu digo e faço numa festa onde todos
bebem?
- Devo guardar bebida em casa?
- Como explicar aos outros que não estou mais
bebendo?
- Que dizer de sexo?
- E a insônia?
- Que dizer dos sonhos com bebida?
- Devo entrar em bares?
- Que posso fazer quando me sinto Solitário?
- Desde que eu esteja alegre, estarei seguro?
- Devo procurar assistência especializada?
- É preciso abandonar os velhos companheiros e
os velhos hábitos?
23. 1- O uso deste livro:
Este livro não oferece um plano de recuperação
do alcoolismo. Os Passos de Alcoólicos
Anônimos,que resumem seu programa de
recuperação, estão descritos minuciosamente nos
livros "Alcoólicos Anônimos" e "Os Doze Passos"
e "As Doze Tradições de A.A." Esses Passos não
são interpretados aqui, nem os processos que
eles tratam são discutidos nesta obra.
Aqui, nós narramos apenas alguns métodos que
usamos para viver sem beber. Você é bem vindo a
todos eles, esteja ou não interessado em
Alcoólicos Anônimos.
Nosso beber estava ligado a muitos hábitos -
grandes e pequenos. Alguns eram modos de
pensar ou coisas que sentíamos dentro de nós.
Outros eram hábitos de ação - coisas que
fazíamos, ações que realizávamos.
24. Para habituarmo-nos a não beber, achávamos
necessário substituir os antigos hábitos.
(Por exemplo, em vez de tomar o próximo gole
- que já está na sua mão ou que você vem
planejando; pode adiá-lo... até ler o início do
capitulo 3? Tome um refrigerante ou suco de
fruta em lugar de bebida alcoólica enquanto lê.
Logo depois nós lhe explicaremos o que há
por trás desta mudança de hábitos).
Depois de termos praticado por alguns meses
novos hábitos de sobriedade ou novas
maneiras de pensar e agir; elas se tornam
quase uma segunda natureza para nós, tal
como era o álcool. Não beber tornou-se natural
e fácil; não um combate longo e sombrio.
25. Estes métodos fáceis, hora a hora, podem
facilmente ser usados em casa, no trabalho ou nas
reuniões sociais. Acham-se aqui incluídas também
diversas coisas que aprendemos a não fazer ou a
evitar. Eram coisas que, hoje vemos, nos tentavam
a beber ou colocavam em perigo a nossa
recuperação.
Julgamos que você achará, muitas ou mesmo
todas as sugestões aqui discutidas, valiosas para
viver sóbrio, com bem-estar e tranqüilidade. Não há
nada de significativo quanto à ordem em que o livro
as apresenta. Podem ser redispostas da maneira
que você julgar melhor. Não se trata de uma lista
completa. Na prática, cada membro de A.A. que
você encontrar pode dar-lhe pelo menos mais uma
boa idéia que não se acha neste livro. E você,
provavelmente, encontrará algumas inéditas que
funcionam para você. Esperamos que as passe a
26. A.A., como irmandade, não endossa
formalmente nem recomenda para todos os
alcoólicos todas as linhas de ação aqui
incluídas. No entanto, cada prática citada já
provou ser útil para alguns
membros, podendo ser proveitosa para você.
Este livro está planejado como um manual de
fácil manutenção para ser consultado de vez
em quando, não como algo que deva ser lido
do começo ao fim de uma só vez
e, depois, abandonado.
Eis duas precauções que se mostraram
necessárias:
27. A- Mantenha a mente aberta.
É possível que algumas sugestões aqui oferecidas não o
atraiam. Se for esse o caso, achamos que, em vez de
rejeitá-las, é melhor pô-las de lado por enquanto. Se não
fecharmos a mente de vez a elas, sempre podemos voltar
mais tarde e experimentar idéias que antes
desprezávamos. É só querer.
Por exemplo, alguns de nós acham que, em nossos dias
iniciais de abstenção, as sugestões e a camaradagem
oferecidas por um padrinho A.A. ajudaram bastante a nos
manter sóbrios. Outros esperaram até ter visitado muitos
grupos e conhecido muitos membros de A.A. antes
de, finalmente, solicitar a ajuda de um padrinho.
Alguns acharam a oração formal uma forte ajuda para não
beber, enquanto outros fugiam de qualquer coisa que
sugerisse Religião. Mas todos nós somos livres para
mudar a idéia, mais tarde, se assim o desejarmos.
Muitos de nós acharam que, quanto mais cedo
começássemos a trabalhar os Doze Passos sugeridos
como um programa de recuperação no livro "Alcoólicos
28. Outros já preferiram adiar essa iniciação até terem
permanecido sóbrios por algum tempo.
O fato é que não há nada prescrito por A.A. como
"certo" ou "errado". Cada um de nós emprega o
que julga melhor para si próprio - sem fechar a
porta a outros tipos de ajuda que possa vir a achar
valiosa. E cada um, igualmente, tenta respeitar os
direitos que os outros têm de fazer as coisas
diferentemente.
Algumas vezes um membro de A.A. falará sobre a
escolha de várias partes do programa no estilo dos
restaurantes de self-service - vai pegando as
coisas que gosta e deixando o que não quer. Pode
ser que surjam outros e apanhem as partes
deixadas. Pode ser também que o próprio membro
volte mais tarde e tome algumas das idéias que
antes havia rejeitado.
29. Contudo, é bom lembrar a tentação de nada
escolher além de uma porção de sobremesa,
alimentos nutritivos, saladas ou outros de que
gostamos de modo especial.
Serve como um importante lembrete para que
mantenhamos o equilíbrio em nossas vidas.
Na recuperação do alcoolismo, achamos que é
preciso uma dieta equilibrada de idéias, mesmo
que algumas delas não pareçam, a princípio,
tão saborosas.
Tal como o bom alimento, as boas idéias
nenhum bem nos trariam a menos que
fizéssemos um uso inteligente delas. E isso nos
leva à segunda precaução.
30. B- Use seu bom senso.
Dia a dia, temos de usar tão-somente a
inteligência ao aplicar as sugestões que
seguem.Como quase todas as idéias, as
sugestões deste livro podem ser mal-adotadas.
Tomemos, por exemplo, a de comer doce.
Obviamente, os alcoólicos com diabete,
problemas de açúcar no sangue ou obesidade
tiveram de encontrar substitutos para não
prejudicar sua saúde.
Enquanto, muitos outros puderam beneficiar- se
da idéia de comer doce na recuperação do
alcoolismo (Muitos nutricionistas preferem
porções ricas em proteínas a doces, como
prática geral). Mas não é bom exagerar neste
remédio. Devemos comer refeições
balanceadas, além de doces.
31. Outro exemplo é o uso do slogan "Vá com Calma".
Alguns chegaram a pensar que poderiam abusar
desta noção sensata transformando-a numa
desculpa para a morosidade a preguiça e a rudeza.
Não é a isso, naturalmente que se destina o lema.
Aplicado apropriadamente pode ser saudável: mal-
aplicado. retarda nossa recuperação. Por isso,
alguns acrescentam. "Vá com calma - mas vá!"
É claro que devemos usar a inteligência ao seguir
qualquer sugestão. Cada método aqui descrito
precisa ser usado com bom senso.
Uma coisa mais: A.A. não tem a pretensão de
oferecer uma técnica científica para permanecer
sóbrio. Podemos partilhar com você somente
nossa experiência pessoal e não teorias e
explicações científicas.
32. Assim, estas páginas não oferecem quaisquer
medidas médicas para parar de beber, se você
ainda está bebendo, nem quaisquer segredos
mágicos pode abreviar ou evitar uma ressaca.
Às vezes, ficar sóbrio pode ser conseguido em sua
própria casa; mas, freqüentemente a bebedeira
prolongada tem causado problemas de saúde tão
sérios que se torna mais aconselhável procurar
assistência médica ou hospitalar para uma
desintoxicação. Se você está de tal modo doente,
poderá necessitar de cuidados profissionais antes
de se interessar pelo que oferecemos aqui.
Muitos de nós, que não estávamos tão doentes,
contudo "suamos" a desintoxicação em companhia
de outros membros de A.A. Como nós mesmos
passamos por isso, podemos oferecer ajuda, como
leigos, para aliviar um pouco a angústia e o
sofrimento Pelo menos, entendemos. Já estivemos
33. Desse modo este livro não é sobre não beber; (é
mais do que parar de beber) é sobre como viver
sóbrio.
Achamos que, para nós, a recuperação começou
com o não beber com o ficar sóbrio permanecer
completamente livre do álcool em qualquer
quantidade e sob qualquer forma
Achamos também que precisamos nos manter
longe de qualquer outra droga que afete a mente.
Só poderemos voltar a uma vida plena e feliz se
permanecêssemos sóbrios
A sobriedade é a plataforma de lançamento para
nossa recuperação.
Em certo sentido, este livro trata da maneira de
administrar a abstenção (anteriormente não
podíamos administrá-la: e por isso bebíamos).