De acordo com Orlandi (2009), o que vai caracterizar o discurso é seu modo de funcionamento. Outro fator importante para a analisar a linguagem em seu contexto, é considerar que existem dois processos discursivos: o parafrástico e o polissêmico.
O polissêmico é a constituição de um novo sentido, uma nova discursividade. Já o processo parafrástico é a repetição dos sentidos, é a retomada daquilo que já fora dito.
Para Análise do discurso, na linguagem, estamos sempre transitando ora no movimento parafrástico ora no movimento polissêmico
HOMENS QUE SÃO HOMENS NÃO CHORAM: A CONSTITUIÇÃO DISCURSIVA DA IDENTIDADE MAS...Denize Carneiro
Artigo de Estael Aparecida Pereira sobre o processo de constituição a identidade masculina, tendo como corpus a reportagem Homem: o Super-herói fragilizado, publicada na revista Veja em 22/08/2001.
.
Resenha: Entre o desejo e a impossibilidade: o sujeito e a(s) língua(s)Mariane Murakami
Resenha do livro CORACINI, Maria José. A celebração do outro: arquivo, memória e identidade. Línguas (materna e estrangeira), plurilingüismo e tradução. Campinas, SP: Mercado das Letras, 2007.
Tomando como referência o capítulo “Pensamento e palavra”, onde Vigotsky (2001) elucida a relação interior entre pensamento e palavra, considerando tanto a história da espécie humana como a do ser humano, até chegar a uma concepção de consciência sócio-histórica, discorremos sobre o desenvolvimento humano se dar nas trocas entre parceiros sociais, através de interação e mediação, onde a linguagem tem papel fundamental. Nessa abordagem sociointeracionista, a linguagem é antes de tudo social, funcionando como um instrumento complexo para viabilizar a comunicação e a vida em sociedade. Pensamento e palavra não revelam relação e dependência entre suas raízes genéticas, mas surgem e se constituem unicamente no processo do desenvolvimento histórico da consciência humana. De posse desse conceito de consciência, podemos intuir sobre o que os educadores poderiam fazer nas suas práticas profissionais.
Caderno de Resumos XVIII ENPFil UFU, IX EPGFil UFU E VII EPFEM.pdfenpfilosofiaufu
Caderno de Resumos XVIII Encontro de Pesquisa em Filosofia da UFU, IX Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU e VII Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio
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Artigo de Estael Aparecida Pereira sobre o processo de constituição a identidade masculina, tendo como corpus a reportagem Homem: o Super-herói fragilizado, publicada na revista Veja em 22/08/2001.
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Resenha do livro CORACINI, Maria José. A celebração do outro: arquivo, memória e identidade. Línguas (materna e estrangeira), plurilingüismo e tradução. Campinas, SP: Mercado das Letras, 2007.
Tomando como referência o capítulo “Pensamento e palavra”, onde Vigotsky (2001) elucida a relação interior entre pensamento e palavra, considerando tanto a história da espécie humana como a do ser humano, até chegar a uma concepção de consciência sócio-histórica, discorremos sobre o desenvolvimento humano se dar nas trocas entre parceiros sociais, através de interação e mediação, onde a linguagem tem papel fundamental. Nessa abordagem sociointeracionista, a linguagem é antes de tudo social, funcionando como um instrumento complexo para viabilizar a comunicação e a vida em sociedade. Pensamento e palavra não revelam relação e dependência entre suas raízes genéticas, mas surgem e se constituem unicamente no processo do desenvolvimento histórico da consciência humana. De posse desse conceito de consciência, podemos intuir sobre o que os educadores poderiam fazer nas suas práticas profissionais.
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LIVRO MPARADIDATICO SOBRE BULLYING PARA TRABALHAR COM ALUNOS EM SALA DE AULA OU LEITURA EXTRA CLASSE, COM FOCO NUM PROBLEMA CRUCIAL E QUE ESTÁ TÃO PRESENTE NAS ESCOLAS BRASILEIRAS. OS ALUNOS PODEM LER EM SALA DE AULA. MATERIAL EXCELENTE PARA SER ADOTADO NAS ESCOLAS
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1. O Discurso Pedagógico:
A Circularidade
ORLANDI, Eni. A linguagem e seu funcionamento: as formas do
discurso. Campinas: Pontes, 2009.
2. • Nesse texto a autora analisa o discurso pedagógico (DP), é o qualifica como discurso
autoritário.
• De acordo com Orlandi (2009), o que vai caracterizar o discurso é seu modo de
funcionamento. Outro fator importante para a analisar a linguagem em seu contexto,
é considerar que existem dois processos discursivos: o parafrástico e o polissêmico.
• O polissêmico é a constituição de um novo sentido, uma nova discursividade. Já o
processo parafrástico é a repetição dos sentidos, é a retomada daquilo que já fora
dito.
• Para Análise do discurso, na linguagem, estamos sempre transitando ora no
movimento parafrástico ora no movimento polissêmico
3. Os tipos de discurso
• Segundo Orlandi, existem três tipos de discurso em funcionamento: discurso
lúdico, discurso polêmico e discurso autoritário.
• Discurso lúdico: é aquele em que seu objeto se mantém presente enquanto tal, e
os seus interlocutores se expõem a essa presença, resultando disso a
polissemia aberta. O exagero é o non sense.
• Discurso polêmico: é aquele em que a reversibilidade se dá sob certas condições
e em que o objeto do discurso está presente, sendo que os participantes não se
expõem, mas ao contrário procuram dominar o seu referente, dando –lhe uma
direção, indicando perspectivas particularizantes pelas quais se olha e se o diz,
o que resulta na polissemia é controlada. O exagero é a injúria.
4. • Discurso autoritário: o referente está ausente, oculto pelo, não há interlocutores, mas
um agente exclusivo do discurso, o que resulta na polissemia controlada .O exagero
é a ordem no sentido em que se diz “isso é uma ordem” em que o sujeito passa a
instrumento de comando. Esse discurso recusa outra forma de ser que não é a
linguagem.
• Para analisar, o discurso pedagógico (DP), Eni Orlandi considera o esquema que
constitui o percurso da comunicação pedagógica. Esse esquema baseia-se na
noção de formação imaginária definida por Pêcheux, 1969).
5. • Braga (2012), a partir da formulação de Orlandi, explica que o discurso lúdico ao manifestar-se pela
abertura total do sentido abre a possibilidade para o nonsense, perdendo o controle, instigando o
‘vale-tudo’. Já o discurso autoritário, que predomina na escola, traz como única explicação do sentido
o ‘é porque é’. E finaliza afirmando que o discurso polêmico, ao tratar da abertura controlada do
sentido, possibilitaria ao aluno, juntamente com o professor “trabalharem sob gestos de interpretação,
ou seja, investirem nos caminhos de sentidos que levam um texto a produzir sentido.” (BRAGA, 2012,
p. 05).
• Paulo Freire, na obra “Pedagogia do Oprimido”, que afirma que “ninguém educa
ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados
pelo mundo”, há muito que repensar sobre a prática dos educadores e educadoras.
6. As Formações Imaginárias:
O QUEM, O QUÊ, O PARA QUEM
Quem Ensina O Quê Para Quem Onde
Imagem
do
professor
Inculca
Imagem
do
Referente
Imagem
do
Aluno
Escola
Metalinguagem
(Ciência/Fato)
Aparelho
Ideológico
(A) (R) (B) (X)
7. • Pêcheux afirma que os sujeitos que compõem o discurso, não são, apenas, pessoas
físicas, empíricas, são sujeitos marcados social, histórica e ideologicamente.
Consequentemente, esses sujeitos representam lugares determinados na estrutura
de uma organização social, logo, cada sujeito enuncia a partir dos lugares sociais
que ocupa.
• Desta forma, a relação estabelecida entre os sujeitos e as funções que devem ser
desenvolvidas vai ser adaptada às situações e aos interlocutores, pois dependendo
do grau de proximidade ou distanciamento entre eles, o desenvolvimento do
discurso poderá sofrer mudanças
8. • Entretanto, no processo discursivo, ocorre uma série de formações imaginárias que
designam o lugar que A e B se atribuem cada um a si e ao outro, a imagem que eles
se fazem de seu próprio lugar e do lugar do outro.
• As formações imaginárias não se manifestam com base em sujeitos empíricos, mas
apoiadas em imagens do que possivelmente aquele interlocutor simbolizaria no
mundo real, ou seja, quais suas funções neste mundo, qual o lugar social ocupado
por este indivíduo, quais discursos ele já conhece ou desconhece.
9. • Este conceito, aliado às condições de produção do discurso, é quem determina qual
linguagem será utilizada, quais ideias estarão presentes, qual a intensidade e
agressividade do discurso, já que todos estes fatores dependerão da imagem mental
que o enunciador terá formado de seu interlocutor. A formação imaginária ocorre em
ambos os lados: o emissor faz uma imagem do receptor que, por sua vez, também
formará determinada opinião sobre o emissor.
• Segundo Orlandi, se utilizarmos as formações imaginárias, tal como é definida por
Pêcheux, temos no esquema seguinte o que deveria ser a imagem dominante do DP:
• IB(R) - imagem que B (o aluno) faz de R (referente)
10. • A questão que se constituiria na estratégia básica do DP deveria ser a pergunta pelo
referente (R), isto é, o objeto do discurso, que, no discurso pedagógico, aparece
como algo que se deve saber. Entretanto, enquanto discurso autoritário, o discurso
pedagógico aparece como discurso do poder, o discurso que cria a noção de erro, o
sentimento de culpa, falando nesse discurso, uma voz segura e autossuficiente.
Assim, a posição final do discurso pedagógico, aparece como o esmagamento do
outro.
• Nesse sentido, poderíamos dizer que A ensina B = A influencia B
11. Ensinar
• No esquema do discurso pedagógico ensinar aparece como cinculcar.
• 1- A quebra de leis do discurso, tais como as enunciadas por Ducrol (1972): o
interesse, a utilidade ou a lei da informatividade.
• 1.1 A lei da informatividade diz que: se quer informar é preciso que o ouvinte
desconheça o fato que se lhe aponta.
• 1.2 Lei do interesse: lei geral do discurso segundo a qual não se pode falar
legitimamente a outrem senão daquilo que possa interessar-lhe
• 1.3 Lei da utilidade “psicológica” segundo a qual não se fala somente por falar,
mas há uma utilidade em fazê-lo
Notas do Editor
Apresentação:
Eu vou apresentar o texto, O DISCURSO PEDAGÓGICO: A CIRCULARIDADE de Eni Orlandi.
Na busca de uma caracterização, a autora apresenta alguns traços que aparentemente podem definir o DP, quais sejam: neutro; que transmite informação em nome da ciência; qualquer um pode ser seu sujeito; há distância entre emissor e receptor; tem como marca a nominalização; frase com verbo ser; puramente cognitivo e autoritário. Assim, a autora caracteriza o DP como discurso autoritário.
é a relação que o autor faz entre o que já se conhece com sua formação ideológica a partir do seu interdiscurso.
A paráfrase é a repetição dos sentidos, a polissemia e a instauração de novos sentidos, sentidos outros
O polissêmico é, segundo Orlandi (2009a, p.37), “a tensão constante estabelecida pela relação homem/mundo, pela intromissão da prática e do referente, enquanto tal, na linguagem”, ou seja, é a constituição de um novo sentido, uma nova discursividade. Já o processo parafrástico é a repetição dos sentidos, é a retomada daquilo que já fora dito.
Orlandi distingue três tipos discursivos: o lúdico, o polêmico e o autoritário. Para ela, o critério para a distinção entre os tipos está na relação entre os interlocutores e o referente, isto é, nas condições de produção do discurso.
Para distinguir esses três tipos de discurso, é preciso tomar como base o referente e os participantes do discurso, ou seja, os objetos do discurso e os interlocutores.
Braga (2012), a partir da formulação de Orlandi, explica que o discurso lúdico ao manifestar-se pela abertura total do sentido abre a possibilidade para o nonsense, perdendo o controle, instigando o ‘vale-tudo’. Já o discurso autoritário, que predomina na escola, traz como única explicação do sentido o ‘é porque é’. E finaliza afirmando que o discurso polêmico, ao tratar da abertura controlada do sentido, possibilitaria ao aluno, juntamente com o professor “trabalharem sob gestos de interpretação, ou seja, investirem nos caminhos de sentidos que levam um texto a produzir sentido.” (BRAGA, 2012, p. 05).
Que pode ser representado como: [ A ensina R a B em X]
denominados como elementos A e B,