Jornal do sintuperj nº 10

Jornal do Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Publicas Estaduais - RJ
Ano II - Nº 10 - Julho de 2007
Trabalhadores protestam na abertura
dos Jogos Pan-americanos
Sintuperj participa do grito de revolta contra as reformas do governo federal e violência, que cresceu com a chegada do Pan
“Estamos convencidos de
que a mudança histórica em
perspectiva provirá de um mo-
vimento de baixo para cima,
tendo como atores principais os
países subdesenvolvidos e não
os países ricos... Os pobres não
se entregam e descobrem a cada
dia formas inéditas de trabalho
e de luta; a semente do entendi-
mento já está plantada e o passo
seguinte é o seu florescimento
em atitudes de inconformidade
e, talvez, rebeldia.”
Milton Santos
Por Uma Outra Globalização
Do Pensamento Único à
Consciência Universal.
No dia 13 de julho mais de
mil pessoas realizaram protesto
em frente à sede da prefeitura do
Rio, na Cidade Nova. O objetivo
foi denunciar os gastos abusivos
com os jogos Pan-americanos,
que ficaram em mais de R$ 4
bilhões. Dezenas de sindicatos,
entre eles o Sintuperj, partidos
políticos, estudantes e organiza-
ções de direitos humanos estive-
ram no local.
Em cartazes e panfletos assi-
nados por mais de 30 entidades,
estavam as denúncias de violên-
cia praticada por policiais nas
favelas. Em diversas faixas, o
símbolo dos jogos foi represen-
tado segurando uma arma ao lado
do “caveirão” (carro blindado da
polícia).
O caos na saúde, na segu-
rança, na educação e na política
habitacional foi destaque nas
falas dos presentes. O protesto
também foi marcado por críticas
as reformas neoliberais.
Página 02
Reuniões setoriais
Página 03
IPRJ - Trabalho precário
Página 04 e 05
Torneio de futebol e festa
julina agitam a Uerj
Págian 06
Uenf - Laudo pericial
Página 07
Os prejuízos dos contratos
Página 08
Entrevista
Veja nesta ediçãoAto na Uerj contra o pandemônio social
No dia 10/07, o Sintuperj
realizou um ato com a participação
de representantes de docentes e de
estudantes denunciando os abusos
dos jogos Pan-americanos. Além
disso, nesse dia foram colocadas
cerca de 30 faixas em vários
idiomas para chamar a atenção da
sociedade e dos turistas que es-
tarão na cidade durante os jogos.
Os governos devem sim dar
apoio ao esporte, mas não des-
perdiçar dinheiro como foi o caso
do Pan. Enquanto isso, a popula-
ção mais pobre sofre com a violen-
ta ação dos governos, que remove
famílias, persegue ambulantes
e moradores de rua, reprime os
movimentos sociais que resistem
a essas ações. Como se estivessem
fazendo uma “limpeza social”.
José Arnaldo Gama, diretor
do Sintuperj, lamentou a pre-
ferência dada pelos governos
à realização dos jogos, em detri-
mento da solução dos problemas
vividos diariamente pela popula-
ção do Rio de Janeiro.
Os manifestantes comentaram
que os Jogos não podem servir
para mascarar a verdadeira situa-
ção de pandemônio social que pas-
sa o País. O ato do dia 10 foi uma
preparação para a manifestação do
dia 13, data de abertura dos jogos
Pan-americanos.
Foto:SamuelTosta
“Crime organizado
é gastar 5 milhões
com o Pan e deixar as
escolas abandonadas”
Marcelo Freixo, deputado
estadual (P-Sol)
“Bilhões para o Pan,
para os trabalhadores
tiros, remoções e
retirada de direitos”
Frase estampada
em uma das faixas
Foto:AcervoSintuperj

Jornal do Sintuperj - Coordenação de Imprensa: Rosalina Barros - Conselho Editorial: Jorge Augusto de Almeida, José Arnaldo G. da Silva, Mirian de Oliveira Pires,
Paulo César, Sandro Hilário - Colaboradores: Alberto Mendes e Carlos Crespo - Jornalista: Mário Camargo (MTb 024120) - Estagiária: Marcela Figueiredo - Programação
Visual: Cristiana Giustino - Tiragem: 4.000 exemplares - Fechamento: 20/07/2007 - Endereço: Rua São Francisco Xavier, 524, sala 1020 D, Maracanã, Rio de Janeiro/RJ
- CEP: 20.550-013 - Telefone: (21) 2587-7126 / 2234-0945 - internet: www.sintuperj.org.br - Endereço eletrônico: sintuperj@sintuperj.org.br e imprensa@sintuperj.org.br
Ato contra a redução da maio-
ridade penal
Em recordação da Chacina da
Candelária
23 de julho - Candelária
9h- Concentração,
10h - Missa em recordação da
Chacina da Candelária
11h - Caminhada até a Cine-
lândia.
Eleições da Uerj já têm datas
definidas
No dia 20 de julho foram conclu-
ídas, no Conselho Universitário,
as normas para regulamentação
dos processos eleitorais da Uerj
em 2007. Ficou decidido que as
eleições para reitor e diretores
ocorrerão simultaneamente. O
primeiro turno será nos dias 23,
24 e 25 de outubro, já o segun-
do turno nos dia 20, 21 e 22 de
novembro.
Reuniões setoriais
O sindicato continua com as
reuniões setoriais. Se você ain-
da não marcou a sua entre em
contato com o Sintuperj. Fones:
2587-7126 e 2234-0945. Se
você preferir pode enviar um
e-mail para sintuperj@sintuperj.
org.br
FASUBRA e CUT enviaram
ofício ao governador do Es-
tado
A FASUBRA e a CUT enca-
minharam ofício ao Governador
do Estado do Rio de Janeiro,
em apoio às reivindicações dos
trabalhadores da Uerj. Solicitam
também, abertura de negocia-
ções para superação dos proble-
mas vividos na Universidade.
GT Carreira
O Grupo de Trabalho de Car-
reiras se reúne todas as sextas-
feiras no sindicato.Atualmente a
pauta trata do manual de cargos,
que será debatido no Consun.
Curtas
A diretoria do Sintuperj vem
realizando reuniões setoriais com
trabalhadores da Universidade.
O objetivo é ouvir as principais
reivindicações dos servidores,
informar sobre os assuntos que
fazem parte do dia-a-dia da Uerj e
eleger os representantes sindicais
de base.
Já foram realizadas reuniões
com os trabalhadores do CAP,
Manutenção, Rede Sirius, Instituto
de Filosofia e Ciências Humanas
(IFCH), Centro de Ciências Sociais
(CCS), Faculdade de Administra-
ção e Finanças (FAF), Faculdade
de Ciências Econômicas (FCE),
Almoxarifado do Hupe, Central
de material esterilizado do Hupe,
Centro Cirúrgico, Faculdade de
Formação de Professores (FFP),
em São Gonçalo, e Instituto Poli-
técnico do Rio de Janeiro (IPRJ),
em Friburgo.
Na reunião da Rede Sirius,
que aconteceu no dia 27 de junho,
a servidora Leila Cristina Rodri-
gues de Andrade, da Biblioteca
de Direito, elogiou a iniciativa do
sindicato de promover reuniões
por local de trabalho.
Nos encontros já realizados,
diretores do sindicato e servido-
res discutiram sobre as recentes
medidas adotadas pelo governo,
como a criação de fundações de
direito privado na área de saúde
e o Plano de Aceleração do Cres-
cimento (PAC). A atuação dos
movimentos sociais para tentar
barrar as políticas neoliberais do
governo também fez parte das
discussões.
Especificamente sobre a Uerj,
as reuniões têm debatido os pre-
juízos que podem ser causados
pelo projeto de criação de uma
fundação de direito privado em
tramitação no Conselho Univer-
sitário - Consun.
Outra preocupação, é com o
manual de cargos que não abran-
ge 5% das funções existentes na
universidade, segundo os pró-
prios trabalhadores ouvidos pelo
sindicato.
Escolha de representantes nas unidades fortalece a organização dos
servidores na luta pelos seus direitos
Sintuperj se reúne com trabalhadores da manutenção
Sindicato realiza reuniões
setoriais com trabalhadores
Carta à OIT
Em reunião com setor de
manutenção, dia 4/7, foi pro-
posta uma carta direcionada a
Organização Internacional do
Trabalho (OIT) para denunciar
os abusos aos quais os traba-
lhadores da universidade são
submetidos, principalmente
os profissionais terceirizados.
Estes não têm seus salários
equiparados aos profissionais
concursados como manda a lei
no 4599/05.
Foto:AcervoSintuperj

Deslizamento
Em janeiro, um enorme desli-
zamento de terra ocasionou a sus-
pensão das atividades no IPRJ em
virtude das fortes chuvas ocorridas.
Sabe-se que há mecanismos de pre-
venção e tratamento de encostas.
Contudo, para o governo é mais
fácil se eximir de suas responsabi-
lidades e colocar a culpa na “mãe”
natureza. Algumas atividades foram
transferidas para escolas no Centro
de Friburgo, o que dificultou ainda
mais a integração e o desenvolvi-
mento de projetos de interesse da
universidade.
Reclamações do acesso
As principais reivindicações
dos trabalhadores, diz respeito a
Trabalhadores do IPRJ, em Friburgo,
querem melhores condições de trabalho
Saiba mais sobre a situação do IPRJ
Os trabalhadores do Instituto
Politécnico do Rio de Janeiro
(IPRJ), em Friburgo, se reuni-
ram com diretores do Sintuperj
no dia 25 de junho. Durante o
encontro, receberam informes
sobre as atividades do sindicato
junto ao governo e à própria
universidade. Foi apontada a
importância do concurso público
para o ingresso na universidade,
o Plano de Cargos e Carreiras
- PCC, entre outros assuntos de
interesse da categoria. A escolha
de representantes de base foi
outro ponto importante discutido
na reunião.
O sindicato deixou agenda-
das duas reuniões com os servi-
dores do IPRJ, em 28/08 e 23/10.
Outra proposta aprovada foi a
de realizar debates e seminários
sobre autonomia universitária,
fundações, o processo de forma-
ção política dos trabalhadores,
dentre outros assuntos.
À tarde, houve uma audiên-
cia pública, anteriormente soli-
citada pelo sindicato e atendida
pela Comissão de Educação da
Alerj. Estiveram presentes na
audiência, o diretor do insti-
tuto, Francisco Duarte, o reitor
da universidade, Nival Nunes,
parlamentares e secretários do
município de Friburgo.
O presidente da comissão,
deputado Comte Bittencourt,
iniciou a audiência convidando
as entidades representativas da
comunidade universitária para
apresentarem suas demandas.
Nesse momento, somente o
Sintuperj estava presente. Al-
berto Dias Mendes, diretor do
sindicato, fez uma avaliação
da situação caótica do serviço
público e cobrou aumento de
verbas para a UERJ, emergen-
cialmente para o IPRJ resolver
a questão do acesso ao campus.
Os membros da Comissão do Le-
gislativo disseram que levariam
as reivindicações ao governador
e comprometeram-se a dar um
retorno à comunidade.
necessidade de solucionar os pro-
blemas relativos ao acesso para seus
locais de trabalho. Até pouco tem-
po, o acesso era feito por meio de
uma trilha construída pela própria
comunidade. Quando a Defesa Civil
liberou a estrada, conseguiu-se um
micro-ônibus da UERJ que, atual-
mente, faz o transporte das pessoas.
O local, que funciona como um
ponto de ônibus, não tem cobertura
nem acentos. As pessoas não têm
como se proteger do sol e da chuva
enquanto esperam pelo transporte.
Além de melhores condições de
locomoção, os servidores reivindi-
cam a criação de um restaurante no
instituto e a possibilidade de criação
de um adicional ao salário, devido
à dificuldade de acesso.
Deslizamentos dificultam acesso e colocam em risco a vida de trabalhadores e estudantes
O maior projeto está volta-
do para o curso de Engenharia
da Computação. O diretor do
instituto entregou um abaixo-as-
sinado à Comissão de Educação
da Alerj para criação do novo
curso. É evidente que não há
estrutura no IPRJ nem mesmo
para acesso ao campus e nem
local adequado para as refeições
Novo curso é apresentado antes
da solução dos problemas
dos servidores e alunos dos
cursos já existentes. O Sintuperj
compreende a importância de
novos cursos em uma univer-
sidade. Mas antes disso, existe
a necessidade de garantir con-
dições adequadas de trabalho.
Do contrário, serão mais alunos
e trabalhadores passando por
maiores dificuldades.
Foto:AcervoSintuperjFoto:AcervoSintuperj

No dia 14 de julho foi realizado o pri-
meiro Torneio de Inverno do Sintuperj.
No total, 14 times disputaram as partidas
de futebol de salão. Entre eles, dois femi-
ninos. Os jogos tiveram início às 8h30,
no ginásio do campus Maracanã.
Os vencedores das primeiras partidas
disputaram a segunda fase em dois gru-
pos. Após, os vencedores de cada grupo
disputaram a grande final do torneio,
por volta das 17h. Nos intervalos das
disputas, atletas, diretores e torcedores,
aproveitaram para fazer uma confra-
ternização com churrasco e muito bate
papo.
O campeão do torneio foi o time de
Agentes de Seguranças (Coseg). Eles
venceram a grande final por 6X2 contra
o time Real Madri, composto por servi-
dores da Uerj e alunos do pré-vestibular
do Sintuperj.
Torneio de inverno do Sintuperj agita a Uerj
Primeira fase:
Real Madri 3X2 Nós na Fita
Ditran 0X6 Cepuerj
Independente 2X7 Pernas de pau
Dinâmica 6X0 Cap Show
Sintuperj 0X11 Ag. Coseg
Mistura Fina 10X2 Ituano
Cap Show feminino 0X2 Super Poderosas
Segunda fase:
Real Madri 3X0 Cepuerj
Dinâmica 2X4 Ag.Coseg
Real Madri 3X1 Pernas de pau
Dois times femininos encheram de
charme um campeonato que, tradicio-
nalmente, só tem a presença masculina.
Amenina Fátima deu um show de bola e
recebeu o troféu de revelação feminino.
“Minha mãe trabalha aqui na Uerj e eu
As meninas da Uerj mostraram
que também batem um bolão
Resultados dos Jogos
Dinâmica 3X2 Mistura fina
Cepuerj X Pernas de pau (WO)
Ag. Coseg 4X1 Mistura fina
Classificação final
1º lugar - Agentes de Segurança (Coseg)
2º lugar - Real Madri
3º lugar - Dinâmica
Destaques:
Revelação feminina: Fátima
Goleiro: Diego (Real Madri)
Artilheiro: Jorge (Agentes de Segurança – Coseg)
estou acostumada a jogar futebol com
os meninos daqui. Nem vim preparada
para jogar”, disse a revelação do dia.
O time das meninas Super Pode-
rosas venceu o time Cap Show por 2
a 0 e levou o troféu.
“Minha mãe traba-
lha aqui na Uerj e eu
estou acostumada a
jogar futebol com os
meninos daqui. Nem
vim preparada para
jogar”
Fátima, destaque feminino
Meninas Super Poderosas
CAP Show1º lugar - Agentes de Segurança (Coseg)
2º lugar - Real Madri
3º lugar - Dinâmica
Fotos:AcervoSintuperj

Forró, quadrilha, barracas com comidas típicas, jogos, correio inteligente e muita,
mas, muita animação mesmo, marcaram a Festa Julina do Sintuperj na última terça-feira,
10/7. “Cadê o Meu, Cabrá?” foi o slogan que deu o tom da confraternização. A cobrança
ao governo do Estado se deu de forma muito irreverente com uma encenação teatral. Na
peça, um caipira e dois coronéis - o reitor e o governador -, representaram um diálogo
sobre a situação da universidade.
A festa começou com a apresentação da quadrilha da melhor idade que dançou com
muita animação e alegria. Depois, o cantor Lúcio Sanfilippo fez todo mundo dar as mãos
para dançar a ciranda.
Entre uma apresentação e outra, o forró fez gastar a sola do sapato. Os palhaços dei-
xaram o ambiente ainda mais irreverente.
Uma apresentação inusitada de uma quadrilha, com belas roupas misturou a dança
nordestina com pinçadas de outros ritmos como funk dos anos 70 e música eletrônica,
com direito a casamento no meio da apresentação.
Em seguida a esquete teatral tratou de coisa séria, como a relação do governo e da
reitoria com os trabalhadores, mas sem perder a animação e o espírito de confraternização
que tomou conta dos participantes.
Logo após, a quadrilha do Sintuperj trouxe os alunos do projeto Pré-vestibular, dire-
tores, servidores e quem mais quisesse dançar.
A festa foi mais um exemplo de que a união dos trabalhadores deve se dar em todos
os momentos. Afinal de contas, sem alegria ninguém agüenta.
Festa Julina do Sindicato
movimenta a Uerj
Fotos:AcervoSintuperj

Biotério
Assistente técnico profissional
40% do salário mínimo regional de
insalubridade
Professor associado
insalubridade
Laboratório de Biologia Ce-
lular e Tecidual
Técnico Especializado
insalubridade
Professor associado
insalubridade
Laboratório de Biologia de Reco-
nhecer
Técnico de nível superior
insalubridade
insalubridade
Professor associado
insalubridade
Laboratório de Biotecnologia de
Microorganismos
Professor associado
insalubridade
Laboratório de Biotecnolo-
gia e P4 – LBT
Laudo aponta insalubridade
e periculosidade na Uenf
Sindicato vinha denunciando as más condições de trabalho que atingem os servidores da Uenf
Em dezembro de 2005, o médico
perito Bassam Moussalem, do Centro
de Medicina Ocupacional (Cemoc),
concluiu laudo sobre as condições de
trabalho da Universidade Estadual do
Norte Fluminense - Uenf. O relatório
aponta a necessidade do pagamento
de adicional de insalubridade e pe-
riculosidade para muitas funções.
Quase todos os trabalhadores de labo-
ratórios têm direito ao adicional.
É lamentável, que o reitor da
Uenf tenha escondido esse laudo
por muito tempo. Somente agora, o
Sintuperj teve acesso às informações
e cobra do reitor o compromisso de
acatar as exigências apontadas no
laudo.
Confira a seguir as funções e a porcentagem dos adicionais
Professor associado
20% do salário mínimo regional
de insalubridade
gia e P4, sala 216
Engenharia Genética
Professor associado
de insalubridade
gia
Professor associado
de insalubridade
de insalubridade
Auxiliar de serviços gerais
de insalubridade
de insalubridade
Laboratório de Ciências
Ambientais
de insalubridade
Auxiliar operacional
de insalubridade
de insalubridade
de insalubridade
Professor associado
de insalubridade
Professo titular
de insalubridade
Laboratório de Fisiologia
e Bioquímica de
Microorganismos
30% sob o salário percebido como
adicional de periculosidade
Técnico especializado
Professor titular
Professor associado
Professor associado
de insalubridade
de insalubridade
Laboratório de Química
e Função de Proteínas
e Peptídeos
de insalubridade
de insalubridade
de insalubridade
Professor associado
de insalubridade.
Há ainda outras funções
de outros setores da Uenf que
também têm direito aos auxí-
lios. O laudo completo está no
Sintuperj.

No dia 3 de julho, o Sintuperj
se reuniu com o Carlos Eduardo de
Andrade Coelho, diretor do Hos-
pital Universitário Pedro Ernesto
- Hupe. Na pauta estavam questões
relacionadas aos servidores con-
tratados.
Durante o encontro, o diretor do
hospital revelou que cerca de 30%
de toda a mão-de-obra do hospital
é contratada sem concurso público.
Ou seja, quase 1000 trabalhadores
com salários pela metade. Uma
maneira de garantir mão-de-obra
barata e aumentar a exploração dos
trabalhadores.
No caso dos auxiliares de en-
fermagem o quadro é ainda mais
caótico. Cerca de 50% dos traba-
lhadores estão contratados em con-
dições precárias. O salário de um
auxiliar de enfermagem concursado
é de R$ 1.200,00, no início de car-
reira. Pelos documentos entregues
ao sindicato pelo diretor, o auxiliar
de enfermagem contratado recebe
apenas R$ 600,00.
O dado é ainda mais alarmante
porque 10% de todos os auxiliares
de enfermagem estão em readap-
tação por conta de afastamentos
causados por acidentes ou doenças
ocupacionais, segundo o diretor.
Além do salário baixo, esses tra-
balhadores sofrem também com
as más condições de trabalho do
local. O diretor do Hupe disse que
“há caso de funcionários que não
conseguem sequer preparar um me-
dicamento”, por conta das seqüelas
dos acidentes de trabalho.
O dirigente do Hupe sabe que
está descumprindo a lei estadual
4599/05, que determina isonomia
de salário entre trabalhadores con-
cursados e contratados. E usa a
justificativa de que o orçamento do
hospital não permite pagar salários
iguais para as mesmas funções,
nem mesmo com a realização de
concurso, como defende o Sintu-
perj.
Fundações
O Governo do Estado encami-
Discriminação é ruim para a qualidade dos serviços e das relações de trabalho
nhará à Alerj, no início de agosto,
um Projeto de Lei para a criação de
Fundações na área da saúde, com a
desculpa de agilidade na gestão dos
serviços públicos.
Esse discurso é conhecido.
Quando a política neoliberal co-
meçou a privatizar os serviços pú-
blicos, seus defensores diziam que
não havia dinheiro para investir em
salários e na melhoria dos serviços
públicos e empresas públicas. Foi
com esse discurso que o presidente
Fernando Henrique Cardoso pri-
vatizou a Companhia Vale do Rio
Doce, hoje uma das empresas mais
lucrativas do país. É a política de
entregar o patrimônio da população
para empresas ganharem dinheiro.
As fundações são apenas uma
No dia 30 de julho será
encerrado o convênio da Uerj
com a Fundação Cardiovas-
cular Pedro Ernesto (Funca-
pe). O princípio que norteou
a criação da Funcape, com
o falso objetivo de captar
recursos para o Hupe, con-
siste em mais uma manobra
do projeto neoliberal. Esta
prática mantém funcionando
no âmbito de uma instituição
pública, uma organização
privada usando a estrutura e
a chancela da Uerj.
maneira para seus integrantes ga-
nharem mais dinheiro, utilizando
o espaço público e explorando
trabalhadores com baixos salários.
A solução é a gestão pública e a re-
alização de concurso para garantir,
no mínimo, salário decente.
Como disse o enfermeiro Mau-
rílio Pereira Nunes em entrevista
ao jornal do Sintuperj, “esses
contratos são um retrocesso para a
assistência. Para ser um bom pro-
fissional, para dar boa assistência
ao usuário, o servidor precisa ter
estabilidade. Não posso ir a um
hospital e ouvir do profissional que
me atende que talvez amanhã não
esteja ali. O governo faz um grande
mal à saúde quando cria esse tipo
de instrumento”.
Sintuperj defende isonomia salarial
entre contratados e concursados
Fonte:http://economiafinancas.com/wp-content/uploads/pilha_dinheiro.jpg
Funcap

Diego Alves Pimenta tem 17 anos.
Terminou o ensino médio no ano
passado. Como a maioria dos jo-
vens de sua idade, sonha cursar
faculdade e constituir uma famí-
lia. Morador de Itaguaí, incenti-
vado por sua mãe que trabalha
no Hupe, começou a freqüentar
o projeto Pré-vestibular do Sin-
tuperj este ano. Nesta entrevista
você fica sabendo mais sobre seus
estudos e a importância do projeto
Pré-Vestibular para a seu futuro.
Onde você estudou?
Estudei em escola particular no
ensino médio. E no ensino funda-
mental estudei em escola pública.
Você pretende prestar vestibu-
lar para que curso?
Estou em dúvida ainda entre me-
dicina ou engenharia elétrica. São
áreas que me atraem, que eu gosto
mesmo da profissão. Na verdade,
já era para ter decidido, mas pre-
tendo tomar a decisão em meados
de setembro. É uma situação muito
difícil.
Na sua infância em Itaguaí como
era sua relação com o colégio?
Sempre fui ligado ao colégio.
Como eu morava próximo, ficava
bastante tempo lá. Gostava muito
de esportes, sempre jogava bola na
escola. Deu para aproveitar bem
a escola, tanto no ensino básico
quanto no ensino médio.
Você era um aluno aplicado?
Eu não era e não sou aluno exce-
lente, nota 10, mas também não
sou relaxado. Mas sempre dedica-
do. Sempre gostei de biomédicas,
biologia, química.
Quando essas disciplinas desper-
taram o seu interesse?
Desde o ensino médio. Sempre
tive mais facilidade em decorar,
aprender.
Você comentou que gosta de
biologia e química. Qual a
área que você tem mais difi-
culdade?
Tudo que envolva português,
geografia e direito. São áreas
bonitas, mas acho que não tenho
talento para isso. Gosto mais da
área de exatas.
Você prestou vestibular no
ano passado?
Prestei no ano passado para me-
dicina na Uerj. Fiquei com B,
mas não passei. Este ano devo
tentar de novo para medicina
ou engenharia. No ano passado
prestei também UFRJ, PUC e
Unirio. Na classificação geral
fiquei bem atrás. Não fui tão
bem. Fiquei sempre na faixa dos
65% de acerto. Este ano resolvi
estudar e estou indo um pouco
melhor.
Mas este ano você já conseguiu
conceito A na primeira fase do
vestibular da Uerj.
Este ano, no dia 26 de junho,
consegui acertar 46 questões de
um total de 60 e fiquei com con-
ceito A. No ano passado acertei
apenas 41 no primeiro exame.
Agora é definitivo mesmo. Vou
me esforçar para
tentar passar no
segundo exame,
no final do ano,
quando acontece
a prova específi-
ca. Aqui na Uerj
o vestibular se
divide em dois
exames; um de
qualificação e o exame espe-
cífico, quando as questões são
discursivas. O primeiro exame
se divide em dois; são dois
exames de qualificação, que
têm caráter eliminatório. Como
tirei conceito A no primeiro,
não preciso fazer o segundo.
Se tivesse ido mal no primeiro
teria outra chance. Além dessas
duas chances de qualificação,
no final do ano tem a prova
específica. É um exame discur-
sivo que envolve as disciplinas
específicas. Se eu escolher me-
Estudantes do Pré-Vestibular
têm bom desempenho
Neste ano, os alunos do curso Pré-Vestibular do Sintuperj tiveram as melhores médias desde a sua fundação, em 1998.
O destaque ficou por conta do aluno Diego.
dicina, essa prova terá questões
de biologia, química, português
instrumental e redação.
Para quais universidades pre-
tende prestar o vestibular este
ano?
Além da Uerj, devo prestar para
a Universidade Federal Flumi-
nense, Unirio e Universidade
Federal do Rio de Janeiro.
Qual seu maior sonho?
Ter um emprego que eu goste de
trabalhar, receba um bom salário
e ter uma família.
Você disse que seu irmão cur-
sa medicina e sua mãe traba-
lha na área da saúde. Eles lhe
influenciam muito?
Sou bem influenciado por meu
irmão e meus pais. Meu pai
também trabalha na área da saú-
de, no hospital Getúlio Vargas
Filho, em Niterói, conhecido
como Getulinho.
Como o pré-vestibular do
Sintuperj contribui na sua
formação?
Acho que o auxílio dos profes-
sores, nas áreas que me dedico
mais, contribuiu bastante. Re-
lembrei muita coi-
sa. Aprendi bastan-
te coisa. As áreas
que tiveram mais
destaque para mim,
pelo menos, foram
geografia, matemá-
tica, biologia.
Porque você esco-
lheu o projeto pré-vestibular
do Sintuperj para estudar?
Minha mãe trabalha na Uerj.
Ela me falou do pré-vestibular.
E a gente estava analisando ou-
tros cursinhos e decidimos que
eu viria para cá fazer um teste
para saber como é a estrutura
e os professores. Eu gostei e
fiquei. Acho que tem coisas a
melhorar, mas acho que as aulas
estão muito boas. Só depende do
aluno se dedicar bastante para
conseguir ser bem sucedido nas
provas.
“Acho que as aulas
estão muito boas. Só
depende do aluno se
dedicar bastante para
conseguir ser bem
sucedido nas provas”
Diego é um exemplo de que Pré-vestibular cumpre sua missão
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