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João Praes 22/6/2013
PITANGUI 300 ANOS
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PROJETO DE CIRCUITO TURÍSTICO BUSCA UNIR MINAS A GOIÁS
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PÁGINA 3
Trabalhar o potencial tu-
rístico de municípios histó-
ricos de Minas Gerais, por
onde passaram os bandei-
rantes que trabalharam na
extração e no transporte de
ouro - este é o objetivo do
Complexo Turístico de Mi-
nas Gerais, um projeto do
pitanguiense José Rai-
mundo Machado, que visa
à cooperação técnica para
roteirizar o trecho que vai
da antiga estrada que liga-
va Sabará a Pitangui, Pi-
tangui a Paracatu e esta
última à Cidade de Goiás
(GO). PÁGINA 4
NOTICIÁRIO
POLICIAL
PÁGINA 7
A partir desta edição,
você vai ficar por
dentro dos principals
acontecimentos
registrados pela Polícia
Militar em Pitangui.
DIRETOR CLÍNICO ANUNCIA
NOVOS TEMPOS PARA O
HOSPITAL DA CIDADE PÁGINA 2
ATENÇÃO! 2015 É O ANO
DA “COPA DO MUNDO
DE PITANGUI” PÁGINA 4
DAQUI NÃO SAIO, DAQUI
NINGUÉM ME TIRA PÁGINA 5
IMPASSE NA MINA DO BATATAL
Jovens dominados
pelo crime
As Quentes &
Curtas estão de volta
Poeta pitanguiense
e sua versão para o
Hino Nacional
Conferência
Municipal de Cultura
PITANGUI TAMBÉM FOI PRA RUA - No sábado 22/6, numa demonstração de ordem e
civismo, manifestantes se concentraram na praça Plínio Malachias e depois saíram em
passeata pelas ruas da cidade, levando cartazes, bandeiras e gritando paravras de
ordem. Os destaques foram as paradas em frente à Câmara Municipal e ao Fórum (foto).
O encerramento aconteceu na porta da prefeitura. PÁGINA 3
O NOVO CONSELHO
MUNICIPAL DE ESPORTES
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2. PÁGINA 2 - O INDEPENDENTE - Edição 383 - Julho de 2013
O INDEPENDENTE - Fundado em 2 de janeiro de 1990 - Ano 23 - Edição Nº 383 - JULHO de 2013 (1000 exemplares) - Período de 6 a 30 de junho de 2013 - Circula dia 2 de
julho de 2013 - Diretor ResponsávelEdilson Lopes -Valor do exemplar avulso R$ 2,00 - Assinatura Local: 12 edições; R$ 30,00 - 24 edições; R$ 40,00 - Outras cidades no Brasil: 12
edições; R$ 40,00 - 24 edições; R$ 50,00 - Edição e Editoração, O INDEPENDENTE Empresa Jornalística Ltda. - Praça Governador Valadares, 10 - Centro, 35650-000 - Pitangui
- MG. TELEFONE (37)3271-3057- Email: jornal_independente@yahoo.com - Registrado no Cartório de Títulos de Pitangui sob nº 2227 BNII - CNPJ 23.771.272/0001-90 -
Representante para todo o Brasil - Republicar Ltda. Maior Abrangência: Pitangui, Belo Horizonte, Conceição do Pará, Contagem, Divinópolis, Leandro Ferreira, Martinho Campos,
Maravilhas, Papagaio e Pará de Minas, chegando também em várias cidades do interior de Minas Gerais e em cidades de outros estados brasileiros. Os conceitos e opiniões emitidos em
artigos assinados não são de responsabilidade deste jornal - Impressão: Diário do Comércio - Belo Horizonte, MG -Telefone (31)3469-2076.
A Santa Casa de Misericórdia de Pitangui (SCMP)
está no fim de um processo de reestruturação
organizacional que começou há cerca de dez anos. Vi-
vemos um momento singular, no qual o equilíbrio e seri-
edade nos permitirão levar a assistência hospitalar em
Pitangui a um nível de qualidade inimaginável.
A condição de mudança foi alcançada pelo trabalho
desenvolvido pelo poder público, profissionais de saú-
de, colaboradores e pela Irmandade, em tempo de sofri-
mento e luta para todos e, principalmente, para a co-
munidade. As gestões anteriores conseguiram
equacionar a questão financeira e continuar (heroica-
mente) a prestar serviços, apesar de todas as limita-
ções técnicas e financeiras. Também conseguiram ini-
ciar os processos de reforma física e melhoria dos equi-
pamentos.
Todos estes fatos foram de suma importância. Po-
rém, o fato de termos obtido condições para pleitear
verbas junto a órgãos estaduais e federais nos permite
sonhar com uma Santa Casa melhor para todos. O atu-
al corpo clínico crê e trabalha para contratar e qualificar
novos profissionais - medida que, sem qualquer dúvida,
vai de encontro ao anseio da comunidade.
Neste ano de 2013, sob orientação de órgãos gestores
municipais e estaduais, definimos também as vocações
- ou seja, os tipos de pacientes (com suas complexida-
des específicas) que poderão ser atendidos na SCMP.
Estas orientações são definidas com base na quantida-
de e na qualidade dos serviços prestados, nas estatís-
ticas dos anos anteriores e sugerem que sejamos refe-
rência em cirurgia geral, ginecologia, obstetrícia e cirur-
gia vascular em Minas Gerais, pois o atendimento a
pacientes vindos de cidades como Cláudio, Arcos,
Araújos, Divinópolis, Ouro Branco, entre outras, tem sido
significativo.
Esse referenciamento nos permitirá ter especialistas
atendendo diariamente, bem como a realização de ci-
rurgias sem a demora atual, com mais segurança para
o paciente, o médico e para a própria instituição, com a
construção de uma Unidade Intermediária. Um pacien-
te que buscasse por uma cirurgia de varizes, por exem-
plo, demoraria cerca de 75 dias, em média, para reali-
zar todo o tratamento. Nesse período, ele teria passa-
do pelas etapas de Duplex Scan, risco cirúrgico e cirur-
gia. O mesmo valeria para cirurgia geral e ginecologia.
Com estes serviços funcionando adequadamente, o
corpo clínico e o poder público veem a possibilidade de
viabilizar também, em parceria com a comunidade, a
assistência pediátrica, principalmente para urgências -
pois a falta desse tipo de atendimento tem sido motivo
de sofrimento e angústia para pais com dificuldade em
conseguir atendimento para seus filhos.
Outro ponto que tem sido colocado pelo corpo clínico
e negociado com a prefeitura é a construção de uma
Unidade de Pronto Atendimento (UPA), com médicos
capacitados para atuar em casos urgentes e
emergenciais, que seja uma espécie de retaguarda hos-
pitalar. O fato de conseguirmos virar referência nos per-
mitirá realizar exames mais complexos, como o de to-
mografia, por exemplo. A realização de ultrassonografia
de mama e mamografia está sendo viabilizada pela Se-
cretaria Municipal de Saúde.
O projeto de gestão compartilhada entre usuários,
gestores, profissionais de saúde (bem como os meios
para viabilizá-lo) está em pleno andamento. A proposta
tem o aval do poder público, do corpo clínico, e aguarda
aprovação da Irmandade, do qual depende para se con-
cretizar.
futuro da Santa Casa
Anderson Gariglio*
* Anderson Gariglio é diretor clínico da
Santa Casa de Misericórdia de Pitangui
O O aumento no preço da tarifa de ônibus em São Pau-
lo foi a gota d'água que faltava para transbordar um mar
de insatisfação popular que pegou de calças curtas a
classe política e os empresários do setor de transporte
coletivo. Em pleno período de Copa das Confederações
em terras tupiniquins (com o circo armado no nosso
quintal), tudo o que o governo queria era ver o povo na
rua, levantando a Bandeira e entoando o Hino Nacional.
Em uma rede social nunca antes imaginada para este
período esportivo, o povo foi às ruas e se se tornou um
espetáculo de democracia - com a infeliz participação
de terroristas travestidos de manifestantes.
O desejo de ir às ruas (não para comemorar um gol,
mas para exigir algo de direito) chegou a Pitangui. Na
ensolarada manhã de 22/6, cerca de 300 pessoas per-
correram as principais ruas e avenidas do Centro com
faixas, cartazes e gritos de ordem. No cruzamento da
rua Coronel José Saldanha com a avenida Lima Guima-
rães, os reivindicantes sentaram no asfalto e cantaram
o Hino Nacional (feito que se repetiu na rua do Pilar e
em frente à Câmara).
Outro grande momento ocorreu em frente ao Fórum,
onde centenas ocuparam as escadarias e clamaram
por justiça. A casa do prefeito (tão visada durante anti-
gas manifestações) ficou fora do trajeto. Mas o povo
sabe que a verdadeira casa de um prefeito é a prefeitu-
ra, para onde carregou seus cartazes com pedidos por
mais saúde, educação e emprego, entre outras neces-
sidades consideráveis.
Em menos de um mês, a revolta em massa rendeu
frutos significativos nas principais capitais do País (como
em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília).
Se não fosse a ira popular, as tarifas do transporte pú-
blico estariam à beira de outra elevação, a Proposta de
Emenda Constitucional (PEC) 37 certamente seria apro-
vada e os royaltes do petróleo nunca seriam 100% des-
tinados à educação. Em Pitangui, a voz rouca das ruas
ainda não rendeu muita coisa. É preciso gritar mais - e
mais alto.
Movimentação popular
nas ruas pitanguienses
Nos últimos meses, alguns crimes deixaram os mo-
radores de Pitangui assustados. No dia 31/5, em uma
loja de roupas na avenida Lima Guimarães, região
central, um policial militar aposentado foi vítima de
um assalto a sua loja de roupas e reagiu, atirando
contra os dois criminosos, de 17 e 20 anos, que não
resistiram aos ferimentos. Com a identificação dos
corpos, descobriu-se que os jovens assaltantes vie-
ram da vizinha cidade de Nova Serrana.
Uma parcela significativa da população pitanguiense
aplaudiu a atitude do militar aposentado. Nas ruas,
muita gente disse que gostou do resultado do caso
porque "bandido bom é bandido morto" e porque "quem
procura, acha". Será que estas pessoas teriam a mes-
ma satisfação se os dois criminosos mortos pelo ex-
policial fossem moradores de Pitangui, parte de nos-
sa população? Será que iriam gostar se os jovens
delinquentes que assaltaram (sabe-se lá para quê) e
morreram na ação fossem seus vizinhos de bairro,
de rua ou vivessem em suas casas? Acho que não.
Na madrugada de 16/6, um jovem de 18 anos foi
assassinado com três tiros. Ele foi visto pela última
vez na noite anterior, em uma festa junina (também
na região central), acompanhado por cinco indivídu-
os, dos quais dois são velhos conhecidos da polícia.
A vítima tinha passagens por envolvimento com o trá-
fico de drogas e participação no homicídio de um
taxista. A principal suspeita é de que este crime te-
nha ligação com o tráfico de drogas. A vítima levou
dois tiros nas costas e um na cabeça, o que configu-
ra execução. Quem atirou queria ter certeza de que a
vítima não sobreviveria. Na mesma estrada de terra
onde o corpo foi deixado, outros já foram desovados.
A Polícia Civil deve seguir, a princípio, uma mesma
linha de investigação, para tentar identificar os as-
sassinos.
O fato de os três jovens mortos terem idade média
de 18 anos não é coincidência. Assim como inúme-
ros outros que são mortos diariamente no Brasil, é
possível que tenham entrado para o mundo do crime
ainda na adolescência, quando foram convencidos de
que poderiam furtar, roubar ou matar sem serem pre-
sos. Quem tem crianças e adolescentes em casa
precisa observar o comportamento deles e orientá-
los sobre o perigo da criminalidade. As famílias des-
sas vítimas não fizeram isso em tempo.
Jovens no mundo do crime
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SINDICATO DOSTRABALHADORES METALÚRGICOS DE PITANGUI convocatodos os
trabalhadores de suabase territorial da cidade de Pitangui e Conceição do Pará, sócios e
não sócios da entidade para a Assembléia Geral Extraordinária a realizar-se no dia 24 de
Julho de 2.013,em sua sede àRua Paulo Dias Macielnº 50,Pitangui,MG,às 09h30minhoras
em primeiraconvocação ou às 10h00minhoras em segunda convocação,ficando a assem-
bléia em aberto até às 19h00minhoras para tratar edeliberar sobre aseguinte ordem do dia:
a - Leitura e aprovação da Ata daAssembléia anterior;
b - Discussão e aprovação da Pauta de Reivindicações a ser apresentadae discutida com
a patronal, com autorização também para, no curso das negociações, ampliarou reduzir o
rol de reivindicações;
c - Deliberações sobre Greve inclusive sobre o pagamento de dias parados;
d - Deliberaçãosobre o percentual,formade pagamento e repassedo Desconto Assistencial/
Taxa de Fortalecimento do Sindicato/Taxa Negocial;
e - Autorizaçãopara adiretoria do Sindicato, negociar, assinar Acordos Coletivos, Contratos
Coletivos,Convenções Coletivas e Aditivos aestas, assim como ajuizarDissídios Coletivos
ou quaisquerações que sejam necessárias à defesa do interesse da categoria, inclusive
substabelecer tais poderes;
f - Autorização paraaDiretoria do Sindicato substabelecer ou outorgar procuração parauma
Comissão de Negociação, que coordenará anegociação unificada;
g - Deliberação sobre a instalação em caráter permanente da presente assembléia;
h - Deliberações conseqüentes;
i - Leiturae aprovação da atada presente assembléia;
Pitangui, 20 deJunho de 2013.
José VantuirFerreira - Presidente.
SINDICATO DOS TRABALHADORES METALÚRGICOS DE PITANGUI
SINDICATO DOS TRABALHADORES METALÚRGICOS DE PITANGUI
EDITAL DE CONVOCAÇÃO
SINDICATO DOSTRABALHADORES METALÚRGICOS DE PITANGUI,convocatodos os
trabalhadores de suabase territorial da cidade Pitangui e Conceição do Pará,sócios e não
sócios da entidade para a AssembleiaGeral Ordinária a realizar-se no dia 23 de Julho de
2.013,em suasede à Rua PauloDias Macielnº 50,Pitangui, MG,às 18:00horas em primeira
convocação ou às 19:00 horas em segundaconvocação, para tratar e deliberar sobre a
seguinte ordem do dia:
a) Leiturae aprovação da Atada Assembléia anterior.
b) Prestação de contas do exercíciode 2012.
c) Previsão orçamentária para o ano de 2014.
d) Votação por escrutínio secreto.
e) Deliberações conseqüentes.
Pitangui, 21 de junho de 2013.
José Vantuir Ferreira - Presidente
3. Edição 383 - Julho de 2013 - INDEPENDENTE - PÁGINA 3
O queijo do interior de
Minas Gerais é capaz de
seduzir os paladares mais
sofisticados. Exportado
para vários lugares do
mundo, o alimento nutre a
economia. No povoado de
Sacramento, zona rural de
Pitangui, duas amigas par-
ticiparam de um curso de
derivados do leite e cria-
ram uma linha de queijos
caseiros que faz sucesso
no mercado.
Marta de Paula Freitas
Cézar tem 37 anos, é ca-
sada e mãe de dois filhos.
Avizinha dela, Célia Apa-
recida Hilário da Fonseca,
45, também tem marido e
dois filhos. Todos os dias
elas acordam cedo, cui-
dam da casa e produzem
40 unidades de queijo.
O tipo mais procurado é
o fresco, mas também tem
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Ricardo Welbert Ricardo Welbert 22/6/13
MARTA e Célia fabricam 40 unidades de queijo por dia
o temperado, o requeijão e
a muçarela. Os alimentos
chegam às gôndolas dos
supermercados com o selo
da marca, que tem o su-
gestivo nome de Cantinho
da Roça. "A embalagem
tem as informações de
peso e origem. Tudo de
acordo com as normas",
explica Marta.
Três vezes por semana,
as sócias renovam os es-
toques do comércio em Pi-
tangui. Às quartas-feiras,
30 unidades de queijo se-
guem para um estabeleci-
mento em Belo Horizonte.
Recentemente, uma co-
merciante de Curitiba pro-
vou o queijo de Sacramen-
to e entrou em contato
para saber como vender a
iguaria por lá. "Ela quer 40
queijos frescos, 20 requei-
jões, 10kg de queijo tem-
perado e um balde de
doce, por semana. Esta-
mos avaliando a proposta",
explica Célia.
EXPANSÃO
Por mês, o negócio ren-
de cerca de R$ 2 mil para
cada uma. Com tanto su-
cesso, elas querem aumen-
tar a produção e registrar
a marca como empresa.
"Hoje, estamos nos melho-
res supermercados, com
um faturamento e uma
condição de vida que nos
satisfaz", conta Marta, or-
gulhosa.
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EM BUSCA DE UMA CIDADE MELHOR
Em manifestação pacífica, mas consciente, dezenas de pitanguienses percorreram o centro da cidade
OI - As manifestações
populares que tomaram
conta das ruas do Brasil
em junho também chega-
ram a Pitangui. No dia 22
de junho, centenas de pes-
soas (cerca de 300, segun-
do a Polícia Militar) se en-
contraram na praça Plínio
Malachias e saíram pelas
vias da cidade, clamando
por melhorias para a po-
pulação.
Melhorias para o setor
de segurança, no atendi-
mento da Santa Casa,
transparência no uso do di-
nheiro público, reimplanta-
ção do transporte público,
melhores salários para os
professores, entre outras
reivindicações, marcaram
os objetivos do protesto.
A passeata, que contou
com a participação de vá-
rias faixas etárias, sendo a
maioria estudantes, saiu da
praça Plínio Malachias,
subiu pelas ruas Coronel
José Saldanha e do Pilar,
até à Câmara Municipal.
De lá, chegou ao Fórum e,
em seguida, voltou à Câ-
mara, de onde seguiu até
o prédio da Prefeitura e foi
recebida pelo primeiro es-
calão do secretariado mu-
nicipal, que informou à co-
ordenação do movimento
que o prefeito Marcílio
Valadares não pôde com-
parecer porque estava em
Brasília.
Um dos coordenadores
do protesto, Luiz Felipe,
lembrou a importância do
evento e agradeceu a to-
dos que participaram da
movimentação, direta ou
indiretamente. “É impor-
tante ressaltar que o even-
to não se tratou apenas de
um simples encontro de
pessoas, com o intuito de
dizer que também aconte-
ceram manifestações em
Pitangui e, sim, para mos-
trar que realmente estamos
de olhos abertos no com-
portamento dos responsá-
veis pelo desenvolvimento
da cidade daqui pra fren-
te”.
Essa primeira manifes-
tação terminou na terça-
feira, 25 de junho, quando
os representantes do mo-
vimento entregaram aos
vereadores um manifesto
contendo o que conside-
raram ser as providências
necessárias para o desen-
volvimento do município,
em que a população será
a principal privilegiada.
Resta saber o efeito.
A CONCENTRAÇÃO dos manifestantes aconteceu na
praça Plínio Malahias, no centro comercial da cidade.
OS PARTICIPANTES sentaram-se ao lado da praça Brito
Conde, onde começa a rua Coronel José Saldanha, e can-
taram o hino nacional
A PRAÇA DA CÂMARA também foi palco da
interpretação do Hino Nacional Brasileiro pelos manifes-
tantes
Fotos: JoãoPraes 22/6/13
4. E
A COPA DO MUNDO DE PITANGUI
Edição 383 - Julho de 2013 - PAGINA 4
xatamente dentro de dois anos, Pitangui chegará aos seus 300 anos de funda-
ção. Dois anos podem parecer muito tempo. Depende de onde se quer chegar.
Enten do que uma comemoração de 300 anos é um privilégio do qual, ainda hoje,
pouquíssimos municípios mineiros podem se dar ao luxo. Para ser mais preciso,
além de Pitangui, apenas outros seis dos 853 que formam o Estado. Portanto,
não se trata de um evento pouco significativo. Guardadas as devidas proporções,
A COPA DO MUNDO DE PITANGUI
(* Marcelo Freitas é jornalista com mestrado em Gestão de Cidades pela PUC Minas. É autor do livro A construção do tombamento, que conta a história do tombamento do centro histórico de Pitangui.)
Marcelo Freitas*
uma comemoração como essa é como se fosse uma olimpíada ou uma copa do mun-
do. Se o evento for bem sucedido, pode dar ao país anfitrião uma visibilidade de que
antes não dispunha.
Pitangui, no rol das cidades históricas mineiras, ficou meio esquecida. O município
não dispõe do prestígio que têm Ouro Preto, Mariana ou Diamantina, apenas para
citar algumas dos mais conhecidos. A lenta destruição de seu patrimônio histórico do
período colonial, ocorrida ao longo do século passado, retirou uma parte do brilho
que tinha. Isso é inegável. Por outro lado, também é inegável que a cidade passa por
um processo de redescobrimento de seu valor enquanto cidade histórica.
O ponto de partida desse processo foi o tombamento de seu centro histórico, ocor-
rido em 2008. A despeito das inúmeras críticas que recebeu na época, um fato não
se pode negar. Os imóveis tombados que são de particulares, estão, com raras exce-
ções, em estado muito bom de conservação. O mesmo se pode dizer dos bens de
uso coletivo, como a Capela de São Francisco e o Museu - apenas para citar alguns -
que estão em fase bem adiantada de restauração. Em resumo, Pitangui está, a meu
ver, conseguindo dar a volta por cima.
Por isso, a comemoração dos 300 anos tem um significado especial. Mais do que
um momento para se festejar, o tricentenário devem ser entendido como um evento
que, se bem conduzido, pode vir a dar a Pitangui aquilo que os países que organi-
zam copas do mundo ou olimpíadas também almejam: visibilidade e reconhecimento.
Porém, um evento à altura do que representa a cidade carece muito mais do que
de boas intenções ou do simples desejo de realizá-lo. Requer planejamento, recur-
sos e, mais importante do que tudo isso: união e humildade. Humildade para enten-
der que a comemoração dos 300 anos é um evento da cidade como um todo e não
de parte dela. Não é um evento somente da prefeitura, dos vereadores, dos empresá-
rios, das ONGs, ou apenas dos intelectuais. É um evento de todos estes setores, só
que unidos em torno de um objetivo comum. A humildade é condição para a união.
Vejamos o meu caso, por exemplo. Estou desenvolvendo o projeto de lançar, até
junho de 2015, mais 11 livros de bolso da coleção "Pitangui 300 anos" (detalhes em
comunicacaodefato.com.br). Já lancei o primeiro. Outros estão em fase de produção.
Entendo que a coleção dos livros faz parte de um projeto maior, que é a comemora-
ção dos 300 anos de Pitangui. É assim que eu o vejo. Essa seria a minha contribui-
ção para este momento, da mesma forma que outras propostas, provenientes de ou-
tros segmentos da sociedade pitanguiense e do poder público, também virão. O im-
portante é que se crie uma articulação de projetos para que não ocorra uma
superposição de ações. Toda superposição, é bom se que se lembre, significa perda
de tempo e de dinheiro. E, no final das contas, quem sai perdendo é a cidade.
O que eu defendo é que se forme uma comissão, da qual fariam parte todos os
segmentos representativos da sociedade pitanguiense, que ficaria responsável por
conduzir as comemorações dos 300 anos, distribuindo funções e cobrando resulta-
dos. Caberia a essa comissão receber sugestões e dar a elas um encaminhamento
profissional. Digo isso porque é importante não ter ilusões. Uma comemoração do
porte que a cidade merece exige planejamento e, mais do que isso, recursos. Apenas
boas intenções não bastam.
Vamos a alguns exemplos: o tombamento do centro histórico foi importante porque
impediu que novos casarões fossem ao chão. Porém, entendo que é preciso avançar
no sentido de se refinar o aspecto visual da área tombada. Para isso, duas medidas
são, a meu ver, de fundamental importância: implantação da rede subterrânea de dis-
tribuição de energia elétrica e a retirada da cobertura asfáltica, voltando com os para-
lelepípedos. É preciso, também, que todos os bens que compõem seu patrimônio
histórico estejam, integralmente, restaurados e estejam disponíveis para visitação.
Outro exemplo a merecer atenção é o do turismo. Pitangui tem o que mostrar en-
quanto roteiro turístico. Tem o patrimônio arquitetônico, que, é bom que se frise, não é
composto apenas pelos imóveis do período colonial. Há também um rico acervo do
início do século passado, com as casas em estilo eclético que fazem parte do conjun-
to tombado da praça Governador Benedito Valadares. Há também o patrimônio
ambiental, formado pela Mata da Pedreira e pela Mata do Céu, que também poderia
merecer um tratamento como roteiros turísticos. Do ponto de vista da gastronomia, há
em Pitangui um movimento nascente, que também deveria ser potencializado para
as comemorações dos 300 anos. Em uma modesta avaliação de quem não é do ramo,
Pitangui reúne todas as condições para conseguir realizar uma combinação do turis-
mo histórico, com a gastronomia, a cultura e turismo ambiental. Para que isso ocorra,
é preciso que entrem em cena os profissionais do ramo. Insisto: não é tarefa para
amadores.
Por fim, uma última reflexão: Pitangui precisa deixar de lado o acanhamento e se
mostrar para o mundo, utilizando todas as ferramentas possíveis: jornais, rádios, re-
des sociais, etc. Porém, para que isso ocorra, é preciso que se tenha um projeto es-
tratégico de comunicação para os 300 anos, no qual todas as estratégias e ferramen-
tas estariam previstas. É preciso que se crie um marca dos 300 anos, da mesma for-
ma que se tem uma marca da Copa de 2014 ou das Olimpíadas de 2016. E isso não
é trabalho para amadores. É para profissionais. Tal como no turismo: vai muito além
das boas intenções.
Em suma, entendo que estamos diante de um cenário no qual várias oportunidades
estão se abrindo. Cabe a nós aproveitá-las. Mas, é preciso estar atento ao momento.
Dois anos não é muito tempo. Pelo contrário: é um tempo muito curto para que se
possa ter uma comemoração à altura do que a cidade merece. Dos atuais moradores
de Pitangui, pode-se contar nos dedos de uma só mão, aqueles que presenciaram as
comemorações dos 200 anos, em 1915. Os que irão comemorar os 400 anos ainda
não nasceram. Por isso, trata-se de um evento muito especial. Temos que dar o sinal
de partida antes que essa janela se feche.
Trabalhar o potencial tu-
rístico de municípios histó-
ricos de Minas Gerais, por
onde passaram os bandei-
rantes que trabalharam na
extração e no transporte de
ouro. Este é o objetivo do
Complexo Turístico de Mi-
nas Gerais, projeto de co-
operação técnica para ro-
teirizar o trecho que vai da
antiga estrada que ligava
Sabará a Pitangui, Pitangui
a Paracatu, e esta última à
Cidade de Goiás (GO).
Idealizada pelo pitangui-
ense José Raimundo Ma-
chado, a proposta apresen-
ta um trecho em linha reta
do primeiro ao último pon-
to. "Nossa proposta é valo-
rizar o potencial turístico
em cada localidade para
que elas tenham condições
de receber bem o turista e
Ricardo Welbert
PROJETO BUSCA UNIR MINAS E GOIÁS EM CIRCUITO TURÍSTICO
Idealizada por pitanguiense, proposta valoriza atrativos locais
JOSÉ RAIMUNDO MACHADO apresenta o projeto em reunião na Secretaria de
Estado de Turismo
Divulgação
mantê-lo bem informado
sobre a história de cada
atrativo", explica Macha-
do.
O Complexo Turístico
de Minas Gerais inclui os
circuitos do Ouro, Verde-
Trilha dos Bandeirantes
(do qual Pitangui faz par-
te), Caminhos do Indaiá,
Lago Três Marias e No-
roeste das Gerais. Com o
reconhecimento positivo
da proposta no Estado,
José Raimundo Machado
foi convidado a falar mais
sobre o assunto em luga-
res como o SenacMG, em
reunião convocada pela
Secretaria de Turismo de
Minas Gerais, que contou
também com a participa-
ção de representantes da
Fecitur, do Sebrae, Senac
e dos circuitos.
Foi destaque também no
VI Salão Nacional do Tu-
rismo, no Anhembi, em
São Paulo, com a presen-
ça de representantes da
SeturMG e do secretário
de turismo de Goiás. Em
2011, também foi exposta
na Feira das Américas, no
Riocentro, no Rio de Ja-
neiro. Depois, passou pela
faculdade Cora Coralina,
na Cidade de Goiás (GO),
com a presença dos secre-
tários de Turismo de Mi-
nas e Goiás, e retornou a
Belo Horizonte para o 4º
Salão Mineiro do Turismo,
onde foi debatido entre
várias autoridades do se-
tor.
PARCERIAS
Para o projeto ser colo-
cado em prática, é preciso
contar com a parceria de
órgãos estaduais e muni-
cipais de turismo da pró-
pria população local. "O
projeto foi todo embasado
em fatos históricos, con-
forme bibliografia e cartas
geográficas do período
colonial. Apesar da imen-
sa região contida no pro-
jeto, é possível começar
em curto prazo", afirma
Machado.