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TITULO:
IMPACTO PSICOLOGICO DE EPILEPSIA EM
ADOLESCENTES
Monografia
Autor: TUTE,J.J (2022)
Licenciatura em Administracao e Gestao em Saude
UNIVERSIDADE LÚRIO- MOÇAMBIQUE
RESUMO
A presente pesquisa intitulado: “Impacto psicológico da Epilepsia em Adolescentes dos 14 aos 19 anos de idade.
Caso Escola Secundária de Nampaco. Primeiro semestre de 2022.”. Tem como pergunta de partida: Qual o
impacto psicológico da epilepsia em adolescentes dos 14 aos 19 anos de idade da Escola Secundaria de
Nampaco? Objectivo Geral: Compreender o Impacto Psicológico da Epilepsia em Adolescentes dos 14 aos 19
anos de idade na Escola Secundária de Nampaco. Objectivos Específicos: Identificar os aspectos psicológicos
em adolescentes dos 14 aos 19 anos de idade com epilepsia da Escola Secundaria de Nampaco; Descrever as
vantagens do tratamento e/ou acompanhamento psicológico rotineiro dos adolescentes dos 14 aos 19 anos de
idade epilépticos da escola Secundaria de Nampaco e Conhecer os factores que levam os adolescentes dos 14
aos 19 anos de idade da Escola Secundaria de Nampaco a desencadearem transtornos psicológicos; Quanto ao
objectivo a pesquisa foi exploratória descritiva, com recurso a abordagem qualitativa. Quanto ao local de estudo,
foi realizada na Escola Secundária de Nampaco. Na pesquisa a população de estudo foi constituída por 3989
(três mil, novecentos, oitenta e nove) pessoas dos quais 3896 (três mil estudantes adolescentes da faixa etária
dos 14-19 anos de idade incluindo 07 (sete) professores que lecciona 1º e 2º ciclo na Escola Secundaria de
Nampaco. Para este estudo foi elaborado um guião de entrevista semiestruturada com questões pré-codificadas,
que foi administrado aos adolescentes estudantes da escola Secundária de Nampaco, seleccionadas para o estudo
incluindo os professores que leccionam o 1º e 2º ciclos do ESG nesta instituição de ensino. A colecta dos dados
com o preenchimento do guião de entrevista foi realizada pela própria pesquisadora. O tempo máximo da
entrevista foi de 1 hora. E Para analise dos dados, foi criadas categorias e subcategorias temáticas, recorrendo-se
posteriormente a analise de discurso. Com este estudo, espera-se que os níveis de estigmatização aos
adolescentes padecentes desta doença, possa reduzir significativamente, haja mais apoio por parte dos familiares
amigos para a superação da doença. Ao nível académico espera-se que esta pesquisa sirva de mais uma
ferramenta para futuras pesquisas ligadas a esta temática, com vista, a fazer saber dos impactos psicológicos que
a epilepsia pode trazer para a camada adolescente. Ao nível do país espera-se que esta pesquisa possa contribuir
na valorização das actividades do psicólogo clinico no que tange a assistência psicológica de adolescentes
padecentes da epilepsia no processo de superação de estigma e recuperação da auto-estima.
Palavra-chave: Epilepsia em Adolescentes; Escola Secundária de Nampaco; Impacto psicológico
ABSTRACT
The present research entitled: “Psychological impact of Epilepsy on Adolescents from 14 to 19 years of
age. Nampaco High School Case. First half of 2022”. Its starting question is: What is the psychological
impact of epilepsy on adolescents aged 14 to 19 years old at Nampaco Secondary School? General
Objective: To assess the Psychological Impact of Epilepsy on Adolescents aged 14 to 19 years at
Nampaco High School. Specific Objectives: To identify the psychological aspects in adolescents aged 14
to 19 with epilepsy at Nampaco Secondary School; To describe the advantages of routine psychological
treatment and/or follow-up for epileptic adolescents aged 14 to 19 at Nampaco High School and Evaluate
the factors that lead teenagers aged 14 to 19 at Nampaco High School to develop psychological
disorders; As for the objective, the research will be exploratory and descriptive, using a qualitative
approach. As for the place of study, it will be held at Nampaco High School. Research The study
population was made up of adolescents aged 14-19 years old, students at Nampaco Secondary School,
including their teachers and a sample of 10 people. For this study, a semi-structured interview guide was
prepared with pre-coded questions, administered to adolescent students from the Secondary School of
Nampaco, selected for the study, including the teachers who teach the 1st and 2nd cycles of ESG in this
institution and teaching. Data collection with the completion of the interview guide was carried out by
the researcher. The maximum interview time was 1 hour. For data analysis, thematic categories and
subcategories will be created, later resorting to descriptive discuss. With this study, it is expected that the
levels of stigmatization of adolescents suffering from this disease can significantly reduce, with more
support from family and friends to overcome the disease. At the academic level, it is expected that this
research will serve as another tool for future research related to this topic, with a view to making known
the psychological impacts that epilepsy can bring to the adolescent population. At the country level, it is
expected that this research can contribute to the valorization of the activities of the clinical psychologist
regarding the psychological assistance of adolescents suffering from epilepsy in the process of
overcoming stigma and recovering self-esteem.
Keywords: Epilepsy in Adolescents; Nampaco High School; psychological impact
CAPITULO I: INTRODUÇÃO
Desde a antiguidade, assim como outras doenças desconhecidas da época, a epilepsia era vista como algo
demoníaco ou bruxaria, onde muitos foram lançados em fogueiras, situações resultantes da falta de informação e
conhecimento da época. A epilepsia é um problema de saúde pública, com uma abrangência mundial, onde cerca
de 1% da população (65 milhões de pessoas) tem epilepsia. Aproximadamente 80% dos casos ocorrem
em países em desenvolvimento. A ocorrência de epilepsia torna-se mais comum à medida que a idade
avança. Em países desenvolvidos, a ocorrência de novos casos é mais frequente em crianças e idosos, enquanto
em países em vias de desenvolvimento é mais frequente em crianças mais velhas e jovens adultos. A epilepsia é
uma doença neurológica crónica que pode ser causada por diversas etiologias. É definida como uma condição de
saúde caracterizada por crises recorrentes, apresentando episódios motores, sensoriais ou autonómicos, com ou
sem perda de consciência. Esta condição tem consequências neurobiológicas, cognitivas, psicológicas e sociais e
prejudica directamente a qualidade de vida do indivíduo afectado.12
O Ministério de Saúde (MISAU) lançou
recentemente na cidade de Nampula, capital da Província homónima no norte de Moçambique, uma campanha
nacional de diagnóstico e tratamento massiva da epilepsia.60
Lançamento desta campanha representa um marco
para redução do impacto deste problema de saúde Publica. 60
Muitos pacientes com epilepsia não se deslocam
as Unidades Sanitárias para receberem assistência médica, devido aos mitos que rodeiam a doença.60
A vista
disso, esta pesquisa intitulado: “ Impacto Psicológico da Epilepsia em adolescentes de 14 a 19 anos de idade:
caso Escola Secundária de Nampaco. Primeiro Semestre de 2022, tem como objectivo geral: Compreender o
Impacto Psicológico da Epilepsia em Adolescentes na Escola Secundária de Nampaco, para tal identifica os
aspectos psicológicos em adolescentes com epilepsia, a seguir Descreve as vantagens do tratamento e/ou
acompanhamento psicológico rotineiro dos adolescentes epilépticos, por ultimo discute os factores que levam os
adolescentes da Escola Secundaria de Nampaco a desencadearem transtornos psicológicos.
A presente Monografia apresenta a seguinte estrutura: Capitulo I: Introdução, problematização, justificativa,
objectivos, questões de pesquisa, Capitulo II: Revisão de literatura, Capitulo III: Metodologia de Pesquisa,
considerações ético-legais, Capitulo IV: Análise e interpretação dos resultados, Capitulo V: Conclusão e
recomendações, cronograma e referências bibliográficas.
Tema de pesquisa
O tema de uma pesquisa é qualquer assunto que necessite melhores definições, melhor precisão e clareza
do que já existe sobre o mesmo”.52
Análise do Impacto psicológico da Epilepsia em Adolescentes dos 14 aos 19 anos idade. Caso Escola
Secundária de Nampaco. Primeiro semestre de 2022.
Problematização
Delimitação do Problema
O problema de pesquisa é uma pergunta que deve ser redigida de forma clara, precisa e objectiva, cuja
solução seja viável pela pesquisa.𝟓𝟐
A epilepsia é um problema de saúde pública, com uma abrangência mundial, onde cerca de 1% da
população (65 milhões de pessoas) tem epilepsia. Aproximadamente 80% dos casos ocorrem em países
em desenvolvimento. A ocorrência de epilepsia torna-se mais comum à medida que a idade avança. Em
países desenvolvidos, a ocorrência de novos casos é mais frequente em crianças e idosos, enquanto em
países em vias de desenvolvimento é mais frequente em crianças e jovens adultos. Esta prevalência,
associada a grupos vulneráveis, impacto socioeconómico e uma maior morbi- mortalidade, faz com que a
epilepsia seja considerada um problema de saúde pública. Ainda até hoje a epilepsia está ensombrada por
crenças e preconceitos, sendo assim, frequentemente recorrer-se a práticas culturais religiosas e
científicas como forma de tratamento da mesma, que interferem na qualidade de vida daqueles que a
apresentam a doença. O psicólogo clínico sendo um técnico qualificado e enquadrado no contexto
assistência hospitalar intervêm em diversas situações de saúde e doença, através da humanização do
atendimento a todos os pacientes em particular aos que padecem da epilepsia, prestando uma assistência
holística e integrado em equipas multidisciplinares, intervindo nas mais variadas dimensões, tanto na
biológica, psicológica, social, cultural como no espiritual, ou seja, em sua totalidade.
• Na Escola Secundaria em análise, há estudantes que sofrem de epilepsia, dos quais são
descriminados pelos outros estudantes colegas da turma, os professores e a direcção não adoptam
medidas de inserção social e adequações a necessidades de educação especial aos estudantes
epilépticos, face à esta problemática, há necessidade de se perceber: Qual é o impacto psicológico da
epilepsia em adolescentes dos 14 a 19 anos de idade da Escola Secundaria de Nampaco focalizando
o período de primeiro semestre de 2022?
Justificativa da investigação
A adolescência é um período complexo onde ocorrem importantes mudanças a nível físico, social,
psicológico e cognitivo. Nesta fase, as consequências sociopsicológicas de uma doença crónica como é o
caso da epilepsia são marcantes, já que as limitações e significações que lhe estão associadas (perspectiva
negativa do futuro, receio da ocorrência de um a crise a qualquer momento, medo da rejeição social e de
perder o controlo do corpo) chocam com a principal tarefa desenvolvimentista da adolescência, a
afirmação da identidade e autonomia individual .𝟒𝟓
Na devida ordem de ideias, a busca do conhecimento a respeito do real impacto psicológico da epilepsia
em adolescentes, têm vindo a ganhar grande destaque na área de Saúde Mental, pois este fenómeno vem
ganhando espaço em diferentes áreas de investigação, devidos aos seus impactos psicológicos e sociais
acentuados na vida do adolescente, das famílias e da sociedade no geral.
Contudo, a escolha deste tema para pesquisa, deve-se ao facto da autora ter verificado, que muitas
adolescentes da cidade de Nampula, padecendo desta enfermidade, sofrem de isolamento social, familiar,
o que na sua óptica carrega consigo muitos mitos e crenças, o que de certa forma coloca o indivíduo
epiléptico desvalorizado e rejeitado. Este fenómeno é notável de forma global e em todos os países do
mundo, principalmente nos países em desenvolvimento, onde Moçambique faz parte.
Para a cidade de Nampula, onde a autora reside e trabalha, esta situação é bastante gritante, pois ela tem
observado muitos adolescentes sofrendo da epilepsia são rejeitados e ou isolados pela família,
comunidade escolar, amigos e pela sociedade no geral e que poucos são os que beneficiam de assistência
medica e/ou psicológica regular e/ou precoce como forma de evitar o recrudescimento das crises de
forma recorrente e em qualquer contexto em que o paciente esteja inserido, facto este que constitui uma
grande preocupação.
Ademais, o maior impulso pela escolha deste tema reside pela vontade de compreender o impacto
psicológico da epilepsia em adolescente dos 14 aos 19 anos, concretamente na Escola Secundária de
Nampaco, Cidade de Nampula.
Resultado Esperado
Com esta pesquisa, ao nível social, espera-se que os níveis de estigmatização aos adolescentes padecentes desta
doença, possa reduzir significativamente, haja mais apoio por parte dos familiares amigos para a superação da
doença.
Ao nível académico espera-se que esta pesquisa sirva de mais uma ferramenta para futuras pesquisas ligadas a
esta temática, com vista, a fazer saber dos impactos psicológicos que a epilepsia pode trazer para a camada
adolescente.
Ao nível do país espera-se que esta pesquisa possa contribuir na valorização das actividades do psicólogo clinico
no que tange a assistência psicológica de adolescentes padecentes da epilepsia no processo de superação de
estigma e recuperação da auto-estima.
Objectivos da investigação
Por meio dos objectivos, indicam-se a pretensão com o desenvolvimento da pesquisa e quais os resultados que
se buscam alcançarem.𝟓𝟑
Para presente trabalho de pesquisa a seguir são apresentados os objectivos da investigação:
Objectivo Geral
O objectivo geral refere-se a uma visão global e abrangente do tema de Pesquisa. Ele está relacionado com o
conteúdo intrínseco dos fenómenos, dos eventos ou das ideias estudadas.𝟓𝟑
Para presente trabalho de pesquisa a seguir é apresentado o objectivo geral:
• Compreender o Impacto Psicológico da Epilepsia em Adolescentes dos 14 aos 19 anos de idade na Escola
Secundária de Nampaco.
Objectivos Específicos
Os objectivos específicos apresentam um carácter mais concreto. A sua função é intermediária e instrumental
porque auxilia no alcance do objectivo geral e, ainda, permite aplicá-lo em situações particulares.𝟓𝟑
Para presente trabalho de pesquisa são a seguir apresentados os objectivos específicos:
• Identificar os aspectos psicológicos em adolescentes dos 14 aos 19 anos com epilepsia da Escola
Secundaria de Nampaco;
• Descrever as vantagens do tratamento e/ou acompanhamento psicológico rotineiro dos adolescentes dos 14
aos 19 anos epilépticos da escola Secundaria de Nampaco.
• Discutir os factores que levam os adolescentes dos 14 aos 19 anos da Escola Secundaria de Nampaco a
desencadearem transtornos psicológicos.
• Conhecer as complicações de epilepsia em adolescentes dos 14 a 19 anos de idade na Escola Secundaria de
Nampaco.
Questões de pesquisa
• Quais são os aspectos psicológicos que os adolescentes dos 14 aos 19 anos com epilepsia da Escola
Secundaria de Nampaco apresentam?
• Quais são as vantagens trazidas pelo acompanhamento psicológico rotineiro aos adolescentes dos 14
aos 19 anos epilépticos da Escola Secundaria de Nampaco?
• Quais são os factores que favorecem para que os adolescentes dos 14 aos 19 anos padecentes da
epilepsia da Escola Secundaria de Nampaco desencadeiem transtornos Psicológicos?
CAPITULO II. REVISAO DA LITERATURA
O marco teórico é a base de sustentação, onde apresentam-se as principais teorias que se relacionam com
o tema da pesquisa e o que se diz sobre ele na actualidade. Portanto, a pesquisadora basear-se-á em
abordagens de alguns autores que desenvolveram assuntos relacionados ao tema em estudo, dando como
ponto de partida alguns conceitos-chave.
Revisão da literatura conceptual
Quadro nº 1: Quadro conceptual
N/O DESIGNAÇÃO DEFINIÇÕES
01 Psicologia
É ciência que estuda o comportamento e processos mentais do homem e dos outros
animais.67
02 Clínica
É toda actividade de Medicina e por extensão de outros profissionais de saúde, actividades
estás que envolvem cuidados, promoção à saúde, prevenção, tratamento e reabilitação
. 64
03
Psicologia clínica
É uma área que se dedica ao estudo dos transtornos e perturbações mentais, focalizando-
se essencialmente nas doenças mentais.67
04 Psicologia da
educação
Centra- se nos processos de aprendizagem e nas dificuldades das mesmas.67
05 Educação
Engloba aplicação de métodos de ensino que tem como objectivo assegurar a formação e
desenvolvimento pessoal e profissional de determinada pessoa.66
06
Escola
É uma instituição concebida para ensino e aprendizagem de alunos/estudantes sob a
direcção de professores. 65
Fonte: Adaptado por pesquisadora (MUARRAPAZ, 2022)
Revisão de literatura empírica
Epilepsia
O termo “epilepsia” derivou do verbo grego e epilambanein, que significa “tomar posse” ou “atacar”.
Nesta época, como na actualidade, quando alguém que adoecia era comum afirmar que a doença em
questão havia atacado”. Esta terminologia remonta a um período em que se acredita que todas as doenças
eram a consequência de ataques ou possessões por parte de deuses e demónios.49
Em 2002, a Organização Mundial de saúde referiu que a Epilepsia é a mais comum e a mais antiga
enfermidade Neurológica conhecida, ocupando desse modo a segunda Posição na classificação das
doenças neurológicas que mais afecta a população na sua generalidade.
A Epilepsia - é um distúrbio cerebral caracterizado por manifestações clínicas (crises) recorrentes e
espontâneas. Estas manifestações clínicas são causadas pelo disparo intenso, sincronizado e rítmico, de
populações neuronais no sistema nervoso central, com tendência a se repetir ao longo da vida (,28
) (,29
)
(.30
) O termo epilepsia engloba numerosas condições neurológicas que se expressam por meio de crises
epilépticas que se repetem em intervalos de tempo imprevisíveis.
Classificação das Crises Epilépticas
Quando há uma falha ou perda de equilíbrio durante a transmissão dos neurotransmissores, os sinais
eléctricos não comunicam mais entre si de modo constante, causando um ataque ou crise epiléptica, o
qual poderá circunscrever- se a uma pequena área- Crises Parciais ou propagar- se por todo cérebro-
Crises generalizadas.𝟓𝟒
Sintomas da epilepsia
As crises generalizadas são classificadas de crises de ausência, tónico- clónicas, mioclonicas e atónicas
apresentando como pontos comuns: ausência de aura bem definida e níveis de alteração da consciência.
As crises de ausência ou crises do «Pequeno mal» são convulsões muito comuns e iniciam- se
habitualmente após os três anos de idade. Descritas como «ausências» em que o epiléptico alheado,
podem passar despercebida pela sua breve duração, entre três (03) a Trinta (30) segundos, durante as
quais não há movimentos ou reacção por parte do epiléptico, nem queda no chão. Outros sintomas deste
tipo de crise: olhar fixo no vazio, o piscar de olhos e ligeiros movimentos automáticos com as mãos, de
mastigação ou espasmo que podem ocorrer muitas vezes por dia, todos os dias.54
As crises tónicas- clonicos ou crises de «grande mal» tem duas fazeis: Tónica e clónica sendo a sua
duração aproximadamente de um (01) a três (03) minutos. Na fase tónica, há um endurecimento contínuo
das extremidades do epiléptico, provocando o espasmo. Na fase clónica, há espasmo ou contracções
rápidas alternadas por um lento relaxamento muscular.
Crises mioclonicas são raras e consistem em contracções musculares breves e irregulares com flexão
muscular para a frente ou para atrás, encontrando- se associadas a estados de sonolência ou a momentos
após o acordar. Tem a duração de uma fracção de segundos.
As crises Parciais ou Crises «Focais», começam de forma localizada num hemisfério não alterando por
isso o nível de consciência. Como sintomas apresenta espasmos numa extremidade, uma sensação
estranha numa parte do corpo, fenómenos visuais, sentir medo ou uma sensação de já- vu e
adormecimento do rosto ou braço.
Etiologia/Causa da epilepsia e Diagnostico
Categoriza- se a epilepsia em: Idiopática ou primária: Causa genética ou hereditária; Criptogâmica:
Ausência de causas; Sintomática ou secundaria: Suspeita da possível causa. Outras causas:𝟓𝟓
Trauma
durante o parto; infecção cerebral, traumatismo craniano, tumor cerebral, tromboses, intoxicação causada
por drogas, a interrupção por irrigação sanguínea do cérebro, desequilíbrio metabólico existente no
organismo. O Diagnostico da epilepsia e clinico, servindo- se dos meios complementares, tais como:
electroencefalograma, tomografia axial computorizada ou ressonância magnética.55
Tratamento da epilepsia
Existem seis antiepilépticos principais para tratamento da epilepsia: Carbamazepina, etosuximida,
fenobarbital, fenitoina, primidona, acido valproico e divaproato de sódio benzodiazepina. Mais tardes os
menos que causam efeitos colateraias: Gabapentina, lamotrigina, topiramato, levetiracetam,
oxcarbazepina, tiagapina, zonisamida, felbamato e vigabatrina.56
Adolescência - é a fase da vida que decorre entre os 14 e os 19 anos de idade, correspondendo ao
período de transição entre a infância e a idade adulta. É caracterizada por alterações fisiológicas rápidas,
com um crescimento acelerado, maturação do sistema reprodutor e alterações no aspecto físico.1
A adolescência é uma fase da vida caracterizada por diversas mudanças, como as alterações no corpo,
passagem da infância para a fase adulta, novas experiências de vida especialmente na vida sexual.
Assim, a comunidade científica adoptou a definição de Adolescência da OMS, que define que os limites
cronológicos da adolescência situam-se entre os 10 e os 19 anos de idade, ou seja, a “segunda década de
vida”.𝟓𝟎
Revisão da literatura focalizada
Fundamentação teórica
A epilepsia ao Longo da História
Os primeiros registos da epilepsia remontam da Babilónia, onde a pessoa epiléptica era vista como
possuída por um demónio que supostamente abandonava o corpo do doente no final de cada ataque.
Eram descritos demónios específicos para os diferentes tipos de ataques (ex: convulsivos, automatismos),
o que reflecte o conhecimento dos médicos de então acerca da variedade de manifestações clínicas da
epilepsia.40
Na Grécia antiga, ainda antes da ascensão Romana, a epilepsia era referida por Hipócrates no texto “A
Doença Sagrada”, onde o autor associa esta condição a uma desordem do cérebro, ideia que foi
posteriormente rejeitada e só voltou a ganhar força nos sécs. XVIII e XIX.𝟒𝟎
A epilepsia ainda hoje é considerada como uma das doenças crónicas com maior nível de estigma. A
desvalorização das pessoas com epilepsia é multicultural e decorre, inicialmente, da sua inscrição na
mitologia que circunscreve sua origem e transmissão. Surge das ameaças simbólicas de possessão que
carrega das diversas épocas. Suas representações migraram da denominação de “doença sagrada” para
“doença demoníaca” e foram reforçadas pelo histórico das condutas atribuídas à epilepsia pela
comunidade médica, jurídica e científica, que pautavam na crença de que pessoas com epilepsia
causavam um “mal social” pior do que a “loucura”,𝟏𝟏
. 𝟏𝟒
Em várias regiões da África, a epilepsia é considerada uma doença contagiosa e as pessoas acometidas
não são tocadas até que termine a crise. São obrigadas a viver isoladas e a permanecerem solteiras.𝟏𝟔
No tocante aos adolescentes com epilepsia, estudos mostram que o impacto causado pelo diagnóstico
constitui, para o sujeito e suas famílias, um primeiro contacto com as representações sociais da doença,
desencadeando emoções difíceis de gerir, como culpabilidade, sentimento de medo, injustiça,
insegurança, ansiedade e em algum nível, o desejo de ocultar a doença.𝟏𝟕
Reflexões sobre a adolescência, influenciadas pela ciência tradicional, eram frequentemente associadas a
representações sociais que remetiam os adolescentes às fases de: “crise de identidade”, “turbulência”,
“instabilidade” e “rebeldia”. Teóricos desenvolvimentistas, apontam essa fase como o período de maior
conturbação do desenvolvimento humano, principalmente no que diz respeito à construção da identidade
.𝟐𝟏
, 𝟐𝟐
No ambiente escolar, o desconhecimento dos professores e autoridades escolares sobre a epilepsia se
constitui em um facilitador para atribuições negativas em relação ao fracasso escolar que possa surgir em
alunos com epilepsia. Esses rótulos são atribuídos em termos de: preguiça; falta de vontade; incapacidade
ou inquietude e tendem a produzir um resultado negativo na expectativa dos professores frente à aptidão
escolar dessas crianças e, por outro lado, destituindo-as de autoconfiança e motivação para o aprendizado
,𝟐𝟕
.𝟑𝟑
Após a primeira crise vivenciada na escola, é usual que surjam zombarias a partir de seus pares,
momento que muitas vezes dá origem ao processo de bullying, deflagrando sentimentos de exposição,
falta de contenção e de exclusão. Além de gerar grande desmotivação em frequentar o ambiente escolar,
essas atitudes e expressões podem ficar sulcadas na identidade social das crianças e adolescentes com
epilepsia.
Impacto psicológico da epilepsia em adolescentes
A adolescência é um período complexo onde ocorrem importantes mudanças a nível físico, social,
psicológico e cognitivo. Nesta fase, as consequências sociopsicológicas de um a doença crónica como a
epilepsia são marcantes, já que as limitações e significações que lhe estão associadas (perspectiva
negativa do futuro, receio da ocorrência de um a crise a qualquer momento, medo da rejeição social e de
perder o controlo do corpo) chocam com a principal tarefa desenvolvimentista da adolescência, a
afirmação da identidade e autonomia individual.𝟒𝟓
Por outro lado, a gestão eficaz da epilepsia constitui um processo bastante complexo, dado que abrange
um conjunto de factores comportamentais e psicossociais que incluem variáveis tão dispersos como
características de personalidade, história de vida, estratégias de controlo da doença e avaliações de auto-
eficácia .𝟒𝟓
Epilepsia no contexto educativo
A Escola tem como finalidade base oferecer um ensino de qualidade, garantindo o acesso à educação de
todas as crianças e adolescentes sem excepção ou descriminação.
A Escola representa uma forte componente na vida das crianças, pois é local onde estas passam a maior
parte do seu tempo, logo, do seu desenvolvimento, marcando toda sua experiencia enquanto adulto,
associada também as atitudes demostradas pelos educadores/Professores, que assumem uma enorme
influencia ao longo da sua vida. Cabe então a estes o papel da inserção social, física e académica das
crianças com epilepsia na classe do ensino regular, sensibilizando todos os alunos para a diferença.57
Neste contexto, no presente ponto pretende- se não só compreender o impacto que a epilepsia provoca
em adolescentes de 14 a19 anos de idade e as repercussões no que se refere a sua aprendizagem, mas
também enquadrar essa Problemática no âmbito da Constituição da República de Moçambique de 2018
que aborda aspectos relativos a direitos à educação sem descriminação.
Epilepsia e aprendizagem
É certo que a idade do início das crises, a frequência das mesmas, a etiologia/Causa, o tipo de epilepsia e
o tratamento com as drogas antiepilépticas são factores que podem comprometer o desempenho escolar
dos adolescentes epilépticos, devido aos seus efeitos que se reflectem no comportamento e nas funções
cognitivas, nomeadamente: Na capacidade de atenção, Memória e linguagem interferindo posteriormente
no processo de aprendizagem.𝟓𝟖
Epilepsia e o seu enquadramento na educação especial
Os adolescentes com epilepsia podem então beneficiar de adequações no processo de ensino e
aprendizagem através da aplicação das medidas educativas relativas a educação especial.𝟓𝟕
Educação especial é um conjunto de recursos que a escola e as famílias devem ter ao seu dispor para
poderem responder mais eficazmente as necessidades de um aluno com Necessidades de Educação
Especial, tendo em vista a maximizar das suas potenciais e assim poder alcançar o sucesso educativo
como qualquer outro.𝟓𝟕
Qualquer adolescente pode integrar a educação especial ao longo do seu percurso escolar por manifestar
Necessidades de educação especial, definidos como conjunto de factores, de risco ou de ordem
intelectual, emocional e física, que podem afectar a capacidade de um aluno em atingir o seu potencial
máximo no que concerne a aprendizagem académica e socioeconómica.𝟓𝟕
Percepções dos Professores face à Epilepsia
De uma forma geral os professores não tem a preparação /formação necessária para trabalhar com
crianças que apresentam epilepsia, aprendendo apenas a posterior com a prática. E imprescindível que os
professores, bem como os assistentes operacionais, recebam formação especializada para melhor
compreender e lidar com as problemáticas com que se depara diariamente no espaço escolar para que
todos se sintam aptos para responder adequadamente a todas as necessidades de educação especial.𝟓𝟖
Os Professores devem possuir conhecimento e atitudes correctas face a epilepsia para assim contribuir
para a diminuição do estigma na sociedade. Mas saberão os educadores/Professores o que é epilepsia e o
que ela envolve? Estarão eles preparados para lidar com esta Problemática na sala de aula? Parece- nos
pois importante compreender que atitudes, conhecimentos da sua implicação no contexto educativo.
Epilepsia em Moçambique
O Ministério de Saúde (MISAU) lançou recentemente na cidade de Nampula, capital da Província homónima no
norte de Moçambique, uma campanha nacional de diagnóstico e tratamento massiva da epilepsia.60
A campanha
estava inserida no programa de redução das lacunas de tratamento de Epilepsia.60
Lançamento desta campanha
em Moçambique representa um marco para redução do impacto deste problema de saúde Publica, bem como o
alcance dos objectivos do desenvolvimento sustentável. 60
Muitos pacientes com epilepsia não se deslocam as Unidades Sanitárias para receberem assistência médica,
devido aos Mitos que rodeiam a doença. Esta situação é exacerbada pelo facto de muitas mães não cumprirem
com aleitamento materno exclusivo durante os primeiros seis meses de vida porque os pais introduzem vários
medicamentos tradicionais para alegadamente prevenir, a «Doença da lua», colocando em risco a sua saúde e
agravando o risco da desnutrição destas crianças.60
A epilepsia não pode ser considerada como doença contagiosa e não é causada por feitiçaria, nem por espírito
mau como as pessoas em Moçambique acreditam.60
Muitas crianças que sofrem desta doença são descriminadas, pós existem o medo de contaminação, porque
muita gente ainda acredita que a doença pode ser transmitida de uma pessoa para outra.60
Com objectivo de desenvolver uns tratamentos modelo e baixo custo, que o MISAU em parceria com OMS,
elaborou o programa de redução de lacuna de tratamento da epilepsia.
O programa é desenvolvido através do DEPARTAMENTO DE SAÚDE MENTAL denominado simplesmente
por PROGRAMA DE LUTA CONTRA A EPILEPSIA (PLCE). O mesmo está sendo desenvolvido em 16
(dezasseis) Distritos e (catorze) Unidades sanitárias nas Províncias de Niassa, Nampula, Zambézia, Sofala e
Gaza com resultados muito animadores. 60
A epilepsia tem tratamento e cura. Mas, para o efeito, e preciso procurar serviços de Saúde e tratamentos
especializado nas unidades sanitárias do sistema nacional de saúde.
A epilepsia ocupa primeira posição em termos de consultas externas, comparativamente a outras doenças
mentais, representam mais de 60% de nossa carga de consultas anuais.
Moçambique uma taxa de 3% nos pais desenvolvidos.60
Apoio psicológico
O apoio psicológico, profissional e/ou informal, deverá ser sempre disponibilizado como complemento
dos tratamentos médicos convencionais. Assim, os autores reforçam a importância de criar uma
atmosfera de com preensão e de demonstrar um interesse genuíno pelo funcionamento do paciente nas
várias áreas da sua vida, como as relações com a família nuclear, relações sociais no local de trabalho e
na escola, resultados académicos e profissionais ou preocupações pessoais. Apenas desta forma o
profissional de saúde poderá perceber a situação psicossocial específica de cada paciente e,
eventualmente, reencaminhar o caso para um profissional de saúde mental (psiquiatra ou
psicólogo),46
.47
As terapias psicológicas cognitivos-comportamentais são referidas na literatura como eficazes em
algumas formas de epilepsia, nomeadamente na epilepsia fotossensível, em que as crises são
desencadeadas pela exposição a estímulos luminosos.44
O apoio através de grupos de auto-ajuda constitui outro recurso importante para as pessoas com
epilepsia, na medida em que permite a troca de experiências e vivências, para além de possibilitar a
interacção entre pacientes e profissionais de saúde.38
Relativamente ao apoio informal, o suporte social é muitas vezes referido na literatura como um factor
importante para o bem-estar do epiléptico: (ex: família, amigos, acessibilidade de outras fontes de apoio).
Este tipo de recursos é muitas vezes o mais valorizado pelos pacientes.𝟓𝟏
CAPITULO III. METODOLOGIAS DE PESQUISA
Delimitação do Tema
O bairro de Nampaco localiza- se geogra ficamente no posto administrativo Urbano de Namicopo,
Província do Nampula, coberta por uma Unidade Escolar designada, Escola Secundaria de Nampaco
localizada a 800 (oitocentos) metros da estrada nacional número 1 (EN1), na rua que dá acesso ao
Complexo Turistico Quinta Nasa, constituída por 40 salas de aulas e um bloco administrativo, albergando
70 turmas com um universo/população de 3989 (Três mil, oitocentos, noventa e seis) indivíduos dos
quais 3896 (três mil, oitocentos, noventa e seis) estudantes de 8ᵃ a 12ᵃ Classe que estudam em três turnos
(Manhã, tarde e noite) e 93 (noventa e três) docentes que leccionam o 1º e 2º ciclos em três turnos
(manhã, tarde e noite).
Delimitação temporal
O presente trabalho de pesquisa foi realizado no Bairro de Nampaco, Província de Nampula, na Escola
Secundaria de Nampaco com o seguinte tama: Impacto psicológico em adolescente de 14 à 19 anos de
idade focalizando o período compreendido entre Janeiro à Junho de 2022 nas turmas de 8ᵃ à 12ᵃ classe e
Sala de Professores seleccionadas aleatoriamente.
Tipo de pesquisa
Para presente pesquisa foi usado o método qualitativo, e de carácter exploratório, isto é, estimula os
entrevistados a pensarem livremente sobre algum tema, objecto ou conceito. É utilizada quando se busca
percepções e entendimento sobre a natureza geral de uma questão, problema, tema, abrindo espaço para a
interpretação. É uma pesquisa indutiva, isto é, o pesquisador desenvolve conceitos, ideias e
entendimentos a partir de padrões.𝟔𝟏
Este tipo de pesquisa é a que mais aprofunda o conhecimento da realidade, porque explica o porquê das
coisas. São os resultados das pesquisas explicativas que fundamentam o conhecimento científico.
O estudo consistiu em analisar o impacto psicológico da epilepsia em adolescentes dos 14 á 19 anos de
idade.
Universo/População
Universo ou população é o Conjunto de indivíduos, objectos ou informações que apresentam pelo menos
uma característica comum, cujo comportamento interessa-nos analisar ou, em outras palavras, conjunto
de todas as medidas, observações relativas ao estudo de determinado fenómeno pode ser finitas e
infinitas.𝟔𝟐
A população ou universo de estudo foi constituída por 3989 (três mil, novecentos, oitenta e nove)
indivíduos, dos quais estudantes adolescentes que corresponde a 3896 (três mil, oitocentos, noventa e
seis), incluindo seus Professores que corresponde a 93 (noventa e três) da Escola Secundaria de Nampaco
na cidade de Nampula.
Amostra/Participantes
Amostra: É uma parte (um subconjunto finito) representativa de uma população seleccionada segundo
métodos adequados. O objectivo é tirar conclusões sobre populações com base nos resultados da amostra.
Em grandes populações é necessário extrair uma amostra. Amostra é uma porção ou parcela,
convenientemente seleccionada do universo (população).𝟐𝟎
A amostra determina a quantificação do universo ou população que foi pesquisada. É obtida ou
determinada por uma técnica específica de amostragem utilizando-se conhecimentos e fórmulas de
estatística.
Foram arroladas como amostra 10 (dez) indivíduos para esta pesquisa dos quais 07 (sete) estudantes
adolescentes da 8ᵃ á 12ᵃ Classe da ESN- Nampula incluindo 03 (três) Professores que leccionam o 1° e 2º
Ciclo do Ensino Secundário Geral na Escola Secundaria de Nampaco- Nampula.
Tipo de amostragem
Para esta pesquisa a amostra foi probabilística, que a "amostragem probabilística, os elementos do
universo da pesquisa têm a mesma chance de serem escolhidos.
São seleccionados aleatoriamente ou ao acaso. Existe uma probabilidade igual para todos os elementos
sorteados".𝟓𝟔
Foram seleccionados aleatoriamente por sorteio, utilizando-se uma tabela de números aleatórios todos os
que escolheram numero 05, para compor amostra, assim detalhados a seguir: 02 (dois) estudantes da
turma- 01 da 8ᵃ Classe, 02 (dois) estudantes da turma-02 da 9ᵃ Classe, 01 (um) estudante da turma- 01 da
11ᵃ Classe, 01 (dois) estudante da turma- 02 da 12ᵃ Classe incluindo 01 (um) professor que lecciona
turma- 01 10ᵃ Classe, um professor que lecciona turma- 02 11ᵃClasse e 01 (um) professor que lecciona
turma- 01 12ᵃ Classe totalizando 10 (dez) participantes, que permitiram a obtenção dos dados de pesquisa
sobre impacto psicológico em adolescente de 14 à 19 anos de idade na Escola Secundaria de Nampaco-
Nampula.
Critérios de Inclusão e Exclusão
Foram inclusos neste estudo: Adolescentes Estudantes de (14 a 19anos), que frequentam o 1º e 2º ciclos
na ESN e Professores que leccionam o 1º e 2º ciclo na Escola Secundária de Nampaco;
Foram excluídos do estudo: Estudantes da mesma Escola que não pertençam a faixa etária (14-19) e
Professores que não leccionam o 1º e 2ºciclos na Escola Secundária de Nampaco.
Técnicas de recolha de dados
Os métodos e as técnicas empregadas na pesquisa científica podem ser seleccionados desde a proposição
do problema, da formulação das hipóteses e da delimitação do universo ou da amostra.𝟓𝟖
As técnicas de colecta de dados correspondem aos diversos procedimentos ou utilização de diversos
peculiares a cada objecto de pesquisa dentro das diversas etapas, ou seja, a técnica é a instrumentalização
específica da acção”.
Para obtenção de dados de pesquisa relativos ao impacto psicológico em adolescentes de 14 a 19 anos de
idade na Unidade Escolar em análise, foi utilizado dois procedimentos: Entrevista e Revisão
bibliográfica.
Entrevista
A entrevista é uma das principais técnicas de colectas de dados e pode ser definida como conversa
realizada face a face pelo pesquisador junto ao entrevistado, seguindo um método para se obter
informações sobre determinado assunto.58
Foi elaborado um guião de entrevista semiestruturada com questões pré-codificadas, administrado aos
estudantes adolescentes da Escola Secundária de Nampaco, seleccionados aleatoriamente para o estudo
incluindo os professores que leccionam o 1º e 2º ciclos do ESG nesta instituição de ensino. A colecta dos
dados com o preenchimento do guião de entrevista foi realizada pela própria pesquisadora no dia 20 de
Julho de 2022, com o tempo máximo da entrevista de 1hora.
Foram entrevistados 10 (dez) indivíduos dos quais 07 (sete) adolescentes estudantes de 14 a 19 anos de
idade incluindo 03 (três) professores que leccionam 1º e 2º ciclos da Escola Secundaria de Nampaco-
Nampula para obter dados de pesquisa com relação ao impacto psicológico da epilepsia na adolescência.
Revisão bibliográfica
Todo trabalho científico, toda pesquisa, deve ter o apoio e o embasamento na pesquisa bibliográfica, para
que não se desperdice tempo com um problema que já foi solucionado e possa chegar a conclusões
inovadoras.59
Diz que qualquer pesquisa, ela depende também de uma pesquisa bibliográfica, factores, magnitude,
relevância, aspectos tomados no passado a partir do material já elaborados de diversos autores sobre o
assunto em análise.24
Este método permite compreender as diversas opiniões de autores sobre a Epilepsia
na adolescência.
Para a concretização deste trabalho de pesquisa foram consultadas varias obras, artigos científicos, livros
em Pdfs e Monografias mencionados na revisão de literatura para compreender o que vários autores
discutiram anteriormente quanto ao impacto psicológico na adolescência e fez- se comparação dos
fenómenos baseando- se com os dados colhidos das entrevistas realizadas aos adolescentes incluindo
seus professores que serviu de critérios para conclusões formuladas.
Método de análise de dados
Este método indica como é feita avaliação dos dados qualitativos. Tem por objectivo reduzir grandes
quantidades de dados brutos a uma forma interpretável e mensurável. 57
Podem ser: 60
Análise estatística,
Análise de conteúdo, Análise de discurso.
Dos três tipos de análise de dados o pesquisador optou em usar Análise de discurso que essa técnica tem
como “propósito contar a frequência de um fenómeno e procura identificar relações entre os fenómenos,
sendo que a interpretação dos dados se socorre de modelos conceituados definidos a prior”.26
Análise de discussão
Para análise dos dados, foram criadas categorias e subcategorias temáticas, recorrendo-se posteriormente
a analise e interpretação dos resultados. O processo de categorização deve ser entendido em sua essência
como um processo de redução de dados. As categorias representam o resultado de um esforço de síntese
de uma comunicação, destacando neste processo seus aspectos mais importantes .8
Nada obstante, aquando da pesquisa foi usada para organização da análise de discurso, a Analise,
discussão e interpretação dos resultados.
Instrumentos de Análise de Dados
A análise tem como objectivo organizar e sumarizar os dados de tal forma que possibilitem o
fornecimento de respostas ao problema proposto para investigação.25
Para a análise e interpretação de dados o pesquisador adoptou o desdobramento na perspectiva de
conciliar as duas principais técnicas de colecta de dados: A Ficha de entrevista e análise bibliográfica
(Obras: livros em Pdf, Artigos científicos, Dissertações).
Considerações Ético-Legais
A pesquisa foi realizada após a aprovação do Comité Institucional de Bioética para Saúde (CIBSUL). Só
participou no estudo os sujeitos que tiveram um consentimento informado sobre o estudo.
Os sujeitos foram explicados sobre o objectivo do estudo, a finalidade dos dados e a necessidade de
preservar a confidencialidade, anonimato e privacidade dos inqueridos.
Foi contactada e informada a direcção da escola sobre o estudo e a sua necessidade e só foi possível a sua
execução quando este órgão consentiu sobre o assunto em abordo. As entrevistas foram feitas após a
assinatura do termo de consentimento informado. Os participantes foram informados sobre os objectivos
da pesquisa, a confidencialidade e privacidade. Para manter a confidencialidade dos participantes, não
serão recolhidos dados nominais no decurso da entrevista. Para a identificação das descrições serão
usados letras do alfabeto (de A até Z, procedendo-se da seguinte maneira: dados do entrevistado A, dados
do entrevistado B, dados do entrevistado C em diante).
Para preservar a privacidade e segurança das participantes em ambos locais, a entrevista decorreu numa
sala autorizada pelos membros da Direcção da instituição após a apresentação da credencial da
investigadora.
Os dados resultantes do estudo são exclusivamente utilizados para fins académicos e serão
compartilhados com a direcção da Escola.
CAPITULO IV: APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E DISCUSSÃO DE RESULTADOS
Neste capitulo são apresentados os resultados alcançados após aplicação dos questionários realizados
junto de adolescentes estudantes de 14 à 19 anos de idade incluindo seus professores do 1º e 2º ciclo da
Escola Secundaria de Nampaco, tendo em consideração os objectivos definidos a prior.
Recorreu- se ao programa word versão 7,0 para tratamento dos dados obtidos os quais foram organizados
em letras alfabéticas de A a Z, para facilitar a interpretação dos mesmos, fazendo- se acompanhar pela
análise de discurso.
Por enfim, procedeu- se a interpretação e discussão dos resultados verificados no estudo.
Apresentação, Análise e Discussão de Resultados
No que concerne a amostra obtida nesta investigação verificou- se que esta foi constituída por 10 (dez)
indivíduos dos quais 07 (sete) adolescentes estudantes de 14 à 19 anos de idade que corresponde a 70%
inclusive 03 (três) professores que leccionam 1º e 2º ciclo que corresponde a 30%.
O estudo foi por amostragem probabilística, onde foi seleccionados aleatoriamente para compor amostra,
02 (dois) estudantes da turma A da 8ᵃ Classe, 02 (dois) estudantes da turma B da 9ᵃ Classe, 01 (um)
estudante da turma A da 10ᵃ Classe, 01 (um) estudante da turma B da 11ᵃ Classe, 01 (um) estudante da
turma B da 12ᵃ Classe incluindo 01 (um) professor da turma A da 10ᵃ Classe, um professor da turma B da
11ᵃClasse e um (01) professor da turma A da 12ᵃ Classe totalizando 10 (dez) participantes, que doravante
foram tratados como Entrevistado Adolescentes (EA) que vão de EA1, EA2, EA3, EA4, EA5, EA6, EA7
e Entrevistados professores (EP) que vão de EP1, EP2, EP3, que permitiram para obtenção dos dados de
pesquisa sobre impacto psicológico em adolescente de 14 á 19 anos de idade naquela Unidade Escolar.
Com relação ao Perfil etário, nível de escolaridade, categoria profissional e língua falada a partir das
informações obtidas às entrevistas realizadas, se compreendeu que, os entrevistados estavam numa faixa
etária compreendida entre 15 (quinze) à 18 (dezoito) anos de idade para estudantes e de 34 (trinta e
quatro) á 41(quarenta e um) anos de idade para professores e na sua maioria possuem nível secundário
para estudantes e nível superior para professores, dos quais três (03) do Sexo Feminino e 04 (quatro) do
sexo masculino para estudantes, 02 (dois) do sexo feminino e um do sexo masculino para professores.
Todos constituída por estudantes adolescentes incluindo professores que leccionam de 1º e 2º ciclo na
ESN- N. Na sua maioria falam língua portuguesa e língua materna Chimácua.
Com objectivo de avaliar o nível de conhecimento dos estudantes e professores relativo à Epilepsia,
dos estudantes entrevistados EA1, EA2, EA3, EA6 e Professor entrevistado EP2 responderam que a
Epilepsias é uma doença que geralmente não tem cura. EA7 respondeu que é uma doença hereditária
transmitida a partir dos progenitores. EA4 e EA5 respondeu que é uma doença mental que apresenta
reiteradamente as recaídas com sinais de insalivação. Entrevistado Professor EP3 respondeu que a
epilepsia é uma doença perigosa e contagiosa. EP1 refere que Epilepsia apresenta ataques.
Nas investigações realizadas por alguns autores citados na revisão da literatura, epilepsia é um distúrbio
cerebral caracterizado por manifestações clínicas (crises) recorrentes e espontâneas .𝟐𝟖
Estas
manifestações clínicas são causadas pelo disparo intenso, sincronizado e rítmico, de populações
neuronais no sistema nervoso central, com tendência a se repetir ao longo da vida. 𝟐𝟖
Não obstante, os entrevistados na sua maioria revelam baixo nível de conhecimento com relação à
epilepsia.
Quanto a questão, Pessoas que podem sofrer de Epilepsia, os entrevistados E1, E4, E5, E7 e E3
responderam que qualquer pessoa independentemente do sexo, idade, cor, raça, tribo, nacionalidade pode
sofrer de epilepsia. EA3 respondeu, que os Homens são os que mais sofrem de epilepsia. EA6 refere que
as Mulheres são as que mais sofrem de epilepsia. Os entrevistados professores EP1 e EP2 responderam
que todas as pessoas podem sofrer de epilepsia mas com mais enfoque e frequência nos adolescentes.
Nas investigações realizadas anteriormente das quais foram mencionadas na revisão da literatura reitera-
se que, o termo epilepsia deriva do nome grego ''Epilambanein'' que significa surpreender, dado o
carácter imprevisível das crises epilépticas, podendo afectar qualquer pessoa independentemente da
idade, género, ou cultura. 63
No entanto das informações obtidas através das entrevistas realizadas aos
estudantes e professores relacionando com a posição dos autores referidos acima não mostra diferença.
Não obstante, os entrevistados na sua maioria revelam conhecimento aceitável relativo às pessoas que
podem sofrer de epilepsia.
Em relação a questão, conhece ou já viu alguém com epilepsia, todos Estudantes e Professores
entrevistados conhecem ou já vira alguém que sofre de Epilepsia seja na escola como na sociedade.
Neste contexto, os pacientes epilépticos são passiveis de se encontrar em qualquer lugar, sendo na
sociedade, no trabalho e na escola, dai os estudantes e professores entrevistados, conhecem e já viram
pessoas que sofrem de epilepsia na escola ou mesmo na sociedade. Assim sendo não é bastante somente
conhece- lós, mas também ajuda- lós na reintegração social.
Com relação à questão, Sinais e sintomas de epilepsia, os entrevistados E1, E3, EA4, E5, E6
responderam que doente com epilepsia apresenta como sinais e sintomas: Agitação psicológica-
motora, convulsões, salivação, dores de cabeça e desmaio. EA2 refere que o doente apresenta
queda e tira a roupa. EA7 refere que o doente apresenta dificuldade respiratória acompanhada de
uma agitação psico- motora. Os entrevistados professores todos responderam que doente com
epilepsia apresenta queda súbita lateral esquerdo acompanhada de salivação.
Das informações obtidas dos entrevistados mostra uma pequena diferença em relação a posição de alguns
autores mencionados na revisão da literatura referindo sinais e sintomas de epilepsia como sendo: Um
olhar fixo no vazio, o piscar de olhos e ligeiros movimentos automáticos com as mãos, de mastigação ou
espasmo que podem ocorrer muitas vezes por dia, todos os dias (crises generalizadas.𝟓𝟒
Pode também
apresentar espasmos numa extremidade, uma sensação estranha numa parte do corpo, fenómenos visuais,
sentir medo ou uma sensação de já- vu e adormecimento do rosto ou braço (Crises generalizadas).54
Contudo, os entrevistados na sua maioria conhecem de forma parcial os sinais e sintomas de epilepsia,
assim sendo pode ajudar a diagnosticar através de manifestações clinicas e posterior intervenção em
primeiros socorros, caso estudantes com epilepsia entrem crise.
Com relação à questão, os factores que levam os adolescentes desencadearem transtornos
psicológicos, todos entrevistados responderam que, são causas genéticas ou hereditárias, trauma durante
o parto; infecção cerebral, traumatismo craniano, tumor cerebral, tromboses, intoxicação causada por
drogas, a interrupção por irrigação sanguínea do cérebro, desequilíbrio metabólico existente no
organismo.
Nas investigações realizadas por alguns autores mencionados na revisão da literatura, categoriza- se
factores desencadeadores da epilepsia em: Idiopática ou primária: Causa genética ou hereditária;
Criptogâmica: Ausência de causas; Sintomática ou secundaria: Suspeita da possível causa. Outras
causas:𝟓𝟓
Trauma durante o parto; infecção cerebral, traumatismo craniano, tumor cerebral, tromboses,
intoxicação causada por drogas, a interrupção por irrigação sanguínea do cérebro, desequilíbrio
metabólico existente no organismo.
Contudo, todos entrevistados na presente pesquisa, revelam conhecimentos aceitável, relativo aos
factores que levam os adolescentes desencadearem transtornos psicológicos, assim sendo podem ajudar
aos pais, profissionais de Saúde a adoptarem medidas preventivas/precauções básicas a incidência de
casos de epilepsia caso aplicável.
No que tange à questão, há estudantes com epilepsia nessa escola, todos entrevistados, estudantes e
professores responderam afirmativamente.
Na maior parte dos estudos mencionados na revisão da literatura referem que no ambiente escolar, o
desconhecimento dos professores e autoridades escolares sobre a epilepsia se constitui em um facilitador
para atribuições negativas em relação ao fracasso escolar que possa surgir em alunos com epilepsia.𝟐𝟕
À vista disso, aquando da pesquisa pode- se perceber que os estudantes e os professores conhecem
estudantes com epilepsia nessa escola, assim sendo constituem um aspecto positivo, pós, podem eles
estarem preparados em qualquer momento para intervir em casos de um/a estudante entrar em crise
epiléptico, não constituindo dessa forma surpresa.
No que diz respeito à questão, estudante com epilepsia como é tratado pelos colegas da escola/turma,
os estudantes entrevistados E3, E4, E5 e E6 responderam que é tratado com desprezo, é mal falado,
descriminado e rejeitado. E1, E2, E7 responderam que é tratado como colega e em casos de entrar em
crise é deixado num lugar seguro e depois acompanhado para casa. Professor Entrevistado E9, referiu
que tratam como qualquer estudante. E10, alguns colegas da escola isolam. E8, não existem nem
cuidados porque a própria escola não tem um posto de primeiros socorros.
Nas investigações mencionadas na revisão da literatura mostram que muitas crianças/adolescente na
sociedade ou na escola que sofrem de epilepsia são descriminadas, pós existem o medo de contaminação,
porque muita gente ainda acredita que a doença pode ser transmitida de uma pessoa para outra.60
Nada obstante, os entrevistados na sua maioria assumem que os estudantes com epilepsia nessa escola
são descriminados e rejeitados por outros estudantes.
No tocante a questão, estudante que entra em crise epiléptica, o que outros estudantes tem feito,
todos estudantes e Professores entrevistados, responderam que é ajudado, que consistem em afastar os
curiosos, isolando a vitima e deixando- lhe até recuperar a sua consciência, seguidamente é levado à
direcção ou a sala dos professores para se acalmar por fim são solicitados os seus encarregados de
educação/familiares para leva- ló para casa com vista a prosseguir com os cuidados subsequentes na
unidade sanitária onde tem feito o controlo.
Nesse sentido, os Estudantes incluindo Professores revelam conhecimento suficiente com relação as
medidas a adoptar em caso de um/a estudante entrar em crise epiléptica no ambiente Escolar.
Com relação a questão, o que os professores ou a direcção tem feito para um estudante que sofre de
epilepsia, todos os estudantes e Professores entrevistados responderam que são solicitados os seus
encarregados de educação para inteira- se da situação posteriormente orientar ao familiar para leva- ló/a
para casa.
Em conformidade com a posição de alguns autores mencionados na revisão de literatura reiteram que,
cabe então aos Professores ou a Direcção de uma Escola o papel da inserção social, física e académica
das crianças com epilepsia na classe do ensino regular, sensibilizando todos os alunos para a
diferença.57
Os adolescentes com epilepsia podem então beneficiar de adequações no processo de ensino
e aprendizagem através da aplicação das medidas educativas relativas a Necessidades de educação
especial.𝟓𝟕
Na devida ordem, pode- se concluir que, os Professores ou a Direcção não adoptam medidas correctivas
para um estudante que sofre de epilepsia ao solicitar os encarregados de educação para levar estudante
com epilepsia para casa ao invés de adoptar medidas de inserção social no ambiente escolar e adequações
de necessidades de educação especial (NEE) junto com seus familiares.
No que concerne a questão, há discriminação para estudantes epilépticos por parte dos seus colegas
nessa escola, os estudantes e professores entrevistados na sua maioria responderam afirmativamente a
existência de descriminação para os estudantes epilépticos. Excepto E7, respondeu negativamente,
reiterando que não há descriminação nesta escola para os estudantes que sofrem de epilepsia
Em harmonia com alguns autores mencionados na revisão da literatura referem também que muitas
crianças/adolescente na sociedade ou na escola que sofrem de epilepsia são descriminadas, pós existem o
medo de contaminação, porque muita gente ainda acredita que a doença pode ser transmitida de uma
pessoa para outra.60
Pós esse pensamento é errado, a epilepsia não pode ser considerada como doença
contagiosa e não é causada por feitiçaria, nem por espírito mau como as pessoas em Moçambique
acreditam.60
Assim sendo, os estudantes e professores entrevistados na sua maioria reportam através desta pesquisa
situações de descriminação para estudantes com epilepsia por parte de seus colegas da turma ou da
escola, por razão de medo de serem contagiados.
Quanto à questão, o que deve ser feito para que os estudantes epilépticos não se sintam isolados,
descriminados e ou rejeitados, todos estudantes e professores entrevistados responderam que deve ser
feito uma inserção/integração social, onde será amigo de todos, envolvendo- lhe em trabalhos em grupo e
actividades recreativas escolar para que não sinta isolado, fazendo- lhe perceber que não esta sozinho/a e
que tem uma vida normal como qualquer estudante.
Portanto, todos entrevistados conhecem o que devem ser feito para que os estudantes com epilepsia não
se sintam isolados, descriminados ou rejeitados, pós relacionando com as posições de alguns autores não
se nota grande diferença ao referirem que é necessário criar uma atmosfera de compreensão e de
demonstrar um interesse genuíno pelo funcionamento do paciente nas várias áreas da sua vida, como as
relações com a família nuclear, relações sociais no local de trabalho e na escola, resultados académicos e
profissionais ou preocupações pessoais.60
Em razão disso, todos entrevistados sabem o que deve ser feito para que os estudantes epilépticos não se
sintam isolados, descriminados e ou rejeitados na sociedade ou no ambiente escolar, pode obviamente
contribuir para melhoria no tratamento e no seu estilo de vida.
Com relação a questão, a epilepsia tem tratamento e pode ser curada ou controlada, todos estudante e
professores entrevistados, responderam afirmativamente.
Nas investigações realizadas anteriormente por alguns autores mencionados na revisão da literatura, traz
a percepção de que a epilepsia tem tratamento e cura. Mas, para o efeito, é preciso procurar serviços de
Saúde e tratamentos especializados nas unidades sanitárias do sistema nacional de saúde.60
Portanto a
resposta da amostra da presente Pesquisa não difere das investigações ou discussões anteriores de alguns
autores sobre tratamento da epilepsia.
Nada obstante, todos entrevistados estudantes e professores sabem que a epilepsia tem tratamento e pode
ser curada ou controlada.
Relativamente à questão, as vantagens do tratamento e/ou acompanhamento psicológico rotineiro dos
adolescentes que sofrem de epilepsia, todos os entrevistados estudantes e professores responderam que,
com o tratamento e devido acompanhamento reduz as crises e recaídas epilépticas recorrentes, contribui
para boa qualidade de vida do adolescente epiléptico.
Nada obstante, todos estudantes e professores entrevistados, conhecem as vantagens do tratamento e/ou
acompanhamento psicológico rotineiro dos adolescentes que sofrem de epilepsia.
No que respeita a questão, profissionais de saúde mais indicado para cuidar de casos de epilepsia,
todos os Professores e Estudantes entrevistados E1, E3, E4, E5 conhecem como sendo Médicos
Psiquiatras. Os entrevistados E2 e E6 referiram que são Psicólogos. EA7 conhece como sando Médicos
Psiquiatras e Psicólogos.
Na maior parte dos estudos mencionados na revisão da literatura refere que, o Profissional de Saúde deve
perceber a situação psicossocial específica de cada paciente com epilepsia e, eventualmente,
reencaminhar o caso para um profissional de saúde mental (Psiquiatra ou Psicólogo).46
Nessa perspectiva, os entrevistados na sua maioria conhecem de forma parcial os Profissionais de Saúde
mais indicados para cuidar de casos de epilepsia destacados como sendo apenas Médicos Psiquiatras e
entrevistados na sua minoria revelam conhecimentos aceitável sobre os Profissionais de Saúde mais
indicados para cuidar de casos de epilepsia, destacados com sendo, Médicos Psiquiatras e Psicólogos.
Relativamente à questão, o que deve ser feito para melhorar o tratamento que é dado ao estudante
epiléptico, todos estudantes e professores entrevistados responderam que, tratando- se de uma doença
que não tem cura, mas tem tratamento para toda vida, deve ser dado o devido acompanhamento, partindo
da selecção dos bons fármacos antiepilépticos até ao apoio psicossocial.
Na devida ordem de ideia, todos entrevistados possuem noção do que deve ser feito para melhorar o
tratamento que é dado ao estudante epiléptico, a vista disso não é suficientemente eficaz só a
disponibilidade de fármacos antiepilépticos, ademais, constitui também peca- chave o apoio psicossocial
feito pelo Médicos psiquiatras, Psicólogos e demais membros da sociedade, na reabilitação ou reinserção
social (grupos de entretenimento na escola).
Relativamente à questão, o impacto que o estudante com epilepsia pode desencadear no processo de
ensino e aprendizagem, todos professores entrevistados e estudantes E3, E4, E5, E6 responderam que, a
epilepsia traz o impacto negativo que culmina com o fraco aproveitamento pedagógico por falta de
atenção causada por efeitos colaterais dos fármacos antiepilépticos. Excepto estudantes entrevistados E1,
E2, E7 que referiram ser relativo, se o estudante epiléptico estiver fazendo o tratamento devidamente,
claro que o impacto será positivo isto é, terá o bom aproveitamento pedagógico como qualquer estudante
na Escola.
Nas investigações realizadas por alguns autores mencionados na revisão da literatura refere- se, que a
idade do início das crises, a frequência das mesmas, a etiologia/Causa, o tipo de epilepsia e o tratamento
com as drogas antiepilépticas são factores que podem comprometer o desempenho escolar dos
adolescentes epilépticos, devido aos seus efeitos que se reflectem no comportamento e nas funções
cognitivas, nomeadamente: Na capacidade de atenção, Memória e linguagem interferindo posteriormente
no processo de aprendizagem.𝟓𝟖
Assim sendo, e tendo analisado com meticulosamente as informações
obtidas das entrevistas realizadas nota- se uma relação às opiniões de alguns autores referidos logo a
prior.
Nesse contexto, os estudantes e professores entrevistados na sua maioria revelam o conhecimento
aceitável das repercussões que podem ser desencadeadas em estudantes com epilepsia no processo de
ensino e aprendizagem.
No que respeita à questão, o conselho a dar aos pais/encarregados de educação, colegas, familiares
ou amigos com um parente que sofre de epilepsia e que se sente isolado, descriminado e /ou rejeitado
pela sociedade estudantil, todos professores entrevistados, responderam que, os encarregados de
educação deve com antecedência comunicar a direcção da escola estudantes que sofrem de epilepsia para
merecer cuidados especiais. Os entrevistados E1, E2 e E7 responderam que, sendo alguém igual a
qualquer um, aos pais daria mais força incentivando e dando moral para continuar fazer o
acompanhamento no tratamento do filho, não deixando que desista de estudar. E3 e E4, referem que os
pais devem controlar e fazer o acompanhamento ao seu tratamento dando- lhe apoio morar. E5 e E6
responderam que, não pode haver descriminação, deve- se tratar o epiléptico de forma igual como
qualquer um.
Na maior parte dos estudos mencionados na revisão da literatura admite- se que, o conselho dado aos
familiares ou amigos com alguém epiléptico estão voltado ao apoio através de inserção aos grupos de
auto-ajuda constituindo dessa forma outro recurso importante para as pessoas com epilepsia, na medida
em que permite a troca de experiências e vivências, para além de possibilitar a interacção entre pacientes
e profissionais de saúde.𝟑𝟖
O conselho relativamente ao apoio informal, o suporte social é muitas vezes
referido na literatura como um factor importante para o bem-estar do epiléptico: (ex: família, amigos,
acessibilidade de outras fontes de apoio). Este tipo de recursos é muitas vezes o mais valorizado pelos
pacientes.𝟓𝟏
Os Professores e familiares podem encaminhar os adolescentes com epilepsia para então
beneficiar- se de adequações no processo de ensino e aprendizagem através da aplicação das medidas
educativas relativas a educação especial.𝟓𝟕
Em virtude dos objectivos levantados a prior, se conclui que os estudantes e Professores entrevistados na
sua maioria sabem aconselhar os pais/encarregados de educação, colegas, familiares ou amigos com um
parente que sofre de epilepsia e que se sente isolado, descriminado e /ou rejeitado pela sociedade
estudantil, assim sendo pode contribuir para minimização da descriminação para Pacientes/estudante com
epilepsia e que não sejam rejeitado e isolado.
CAPITULO V: CONCLUSÇÕES, RECOMENDAÇÕES E SUGESTÃO
Conclusão
O presente trabalho de Pesquisa pretendeu compreender o impacto psicológico da epilepsia em
adolescentes de 14 à 19 anos de idade. Neste ponto apresenta- se as principais ideias do estudo
desenvolvido. Relativamente aos objectivos delineados inicialmente, considera- se, que os mesmo foram
cumpridas mediante a verificação dos objectivos entretanto formulados logo a prior.
Não obstante, aquando do desenvolvimento da pesquisa conclui- se, que:
Os Estudantes incluindo seus Professores da Escola Secundária de Nampaco, Cidade de Nampula
revelam baixo nível de conhecimento com relação às percepções sobre epilepsia, mesmo assim conhecem
as medidas a dotar em casos de estudantes entrar em crise epiléptica;
Por outro lado percebeu- se que, os Estudantes incluindo seus Professores da Escola Secundaria de
Nampaco, revelam conhecimento aceitável sobre, que pessoas podem sofrer de epilepsia, aliado a isso já
viram e conhecem pessoas que sofrem de epilepsia de todas as idades e sexo tanto na sociedade como na
Escola;
Os Estudantes incluindo seus Professores da Escola Secundaria de Nampaco, conhecem de forma parcial
os sinais e sintomas de epilepsia, no entanto, isso pode contribuir para identificar estudantes que
estiverem entrando em crise epiléptica, através de manifestações clinicas, para prévia intervenção em
primeiros socorros.
Os Estudantes incluindo seus Professores da Escola Secundaria de Nampaco, Cidade de Nampula,
Conhecem factores que levam aos adolescentes desencadearem transtornos psicológicos, assim sendo
podem ajudar a se adoptar medidas preventivas/precauções básicas a incidência de casos de epilepsia;
Nada obstante, notou- se, que na Escola Secundaria de Nampaco, há estudantes que sofrem de epilepsia,
à vista disso há necessidade da criação de medidas de educação especial e inserção social para permitir
um bom estilo de vida dos estudantes com epilepsia na Escola;
Relativamente a descriminação, na Escola Secundaria de Nampaco, verificou- se, que os estudantes que
sofrem de epilepsia são descriminados, rejeitados e sofrem bullyng por outros estudantes seja colegas da
turma ou colega da Escola pós tem medo de serem contagiados, nessa perspectiva, as palestras de
sensibilização aos estudantes são indispensáveis;
Apesar de haver descriminação para estudantes com epilepsia, constatou- se, que na ESN, os Estudantes
incluindo seus Professores ajudam estudantes em crises epilépticas, afastando os curiosos, isolando a
vitima e deixando- lhe até recuperar a sua consciência, seguidamente é levado à direcção ou a sala dos
professores para se acalmar por fim são solicitados os seus encarregados de educação/familiares para
leva- ló para casa com vista a prosseguir com os cuidados subsequentes na unidade sanitária onde tem
feito o controlo;
Os Estudantes incluindo Professores conhecem as medidas a adoptar em casos de um estudante entrar em
crise epiléptica na Escola Secundaria de Nampaco, Cidade de Nampula, embora não tenha capacitações
em matérias de primeiros socorros sobre crises epilépticas;
Os Professores ou a Direcção da Escola Secundaria de Nampaco- Nampula não adoptam medidas
correctivas para um estudante que sofre de epilepsia ao solicitar os encarregados de educação para levar
estudante com epilepsia para casa ao invés de adoptar medidas de inserção social no ambiente escolar e
adequações de necessidades de educação especial (NEE) junto com seus familiares;
Portanto, através das entrevistas realizadas, notou- se também que, na Escola Secundaria de Nampaco,
Cidade de Nampula há descriminação para estudantes que sofrem de epilepsia por parte de seus colegas
da turma ou da escola, por razão de medo de serem contagiados, assim sendo, campanhas de
sensibilização são necessárias para reduzir a descriminação nesta Unidade Escolar;
Os Estudantes incluindo seus Professores da Escola Secundaria de Nampaco, Cidade de Nampula sabem
o que deve ser feito para que os estudantes epilépticos não se sintam isolados, descriminados e ou
rejeitados na sociedade ou no ambiente Escolar;
Os Estudantes incluindo seus Professores da Escola Secundaria de Nampaco, sabem que a epilepsia tem
tratamento e pode ser curada ou controlada desde que tenha cuidados especializados nas unidades
sanitárias do SNS;
Os Estudantes e Professores da Escola Secundaria de Nampaco, Cidade de Nampula, conhecem as
vantagens do tratamento e/ou acompanhamento psicológico rotineiro dos adolescentes que sofrem de
epilepsia
Os Estudantes incluindo seus Professores conhecem de forma parcial os Profissionais de Saúde mais
indicados para cuidar de casos de epilepsia designados como sendo Médicos Psiquiatras e Psicólogos;
Os Estudantes incluindo seus Professores da Escola Secundaria de Nampaco, Cidade de Nampula
possuem noção do que deve ser feito para melhorar o tratamento que é dado ao estudante epiléptico, a
vista disso não é suficientemente eficaz só a disponibilidade de fármacos antiepilépticos, ademais,
constitui também peca- chave o apoio psicossocial feito pelos Médicos Psiquiatras, Psicólogos e demais
membros da sociedade, na reabilitação ou reinserção social (grupos de recriação na Escola e na
Sociedade);
Os Estudantes e Professores da Escola Secundaria de Nampaco, Cidade de Nampula, revelam o
conhecimento aceitável em relação as repercussões que podem ser desencadeadas em estudantes com
epilepsia no processo de ensino e aprendizagem, pós essa categoria está relacionado com o impacto
psicológico em adolescentes de 14 a 19 anos de idade;
Conquanto, pode- se entender também que, os Estudantes incluindo seus Professores da Escola
Secundaria de Nampaco, Cidade de Nampula sabem aconselhar os pais/encarregados de educação,
colegas, familiares ou amigos com um parente que sofre de epilepsia e que se sente isolado, descriminado
e /ou rejeitado pela sociedade estudantil, assim sendo pode contribuir para minimização da descriminação
para Pacientes/estudante com epilepsia e que não sejam rejeitado e isolado pela sociedade.
Recomendações
A Escola representa uma forte componente na vida dos adolescentes, pois é local onde estas passam a
maior parte do seu tempo, logo, do seu desenvolvimento intelectual, marcando toda sua experiencia
enquanto adulto, associada também as atitudes demostradas pelos Professores, que assumem uma enorme
influencia ao longo da sua vida. Cabe então a estes o papel da inserção social, física e académica dos
adolescentes com epilepsia na classe/turma do ensino regular, sensibilizando todos os alunos para a
diferença.
Neste contexto, no presente ponto pretende- se apresentar recomendações para minimizar o impacto que
a epilepsia provoca em adolescentes de 14 à19 anos de idade e as repercussões no que se refere a sua
aprendizagem na Escola Secundaria de Nampaco Cidade de Nampula.
Desta forma, seguem-se algumas recomendações, que poderão servir para melhorar os aspectos ligados a
impacto psicológico em adolescente:
Que o Serviço Distrital de Educação e Desenvolvimento Humano em coordenação com o Serviço
Distrital de Saúde Mulher e Acção Social de Nampula Promovam capacitações aos Professores e
Estudantes em matérias relativos à Epilepsia e Medidas de Primeiros socorros aos estudantes em crise
epiléptica;
Que a Direcção da Escola em coordenação com encarregados de educação/Familiares, adoptem medidas
de inserção social e enquadramento em adequações de Necessidades de Educação Especial (NEE) aos
estudantes que sofrem de epilepsia na Escola;
Que a Direcção da escola em coordenação com DEPARTAMENTO DE SAUDE MENTAL através do
PROGRAMA DE LUTA CONTRA A EPILEPSIA promovam palestras de sensibilização aos estudantes
e Professores para a redução da descriminação de estudantes que sofrem de epilepsia na Escola
Secundaria de Nampaco, Cidade de Nampula;
Que a Direcção da Escola Secundaria de Nampaco, Cidade de Nampula, solicite ao DEPARTAMENTO
DE SAUDE MENTAL a criação de um posto de Primeiros Socorros para casos de crises epilépticas ou
Consultas Periódicas de epilepsia na Escola.
Que os Professores em coordenação com os Técnicos/Médicos de Psiquiatria e Psicólogos promovam
palestras em matérias relativos à Epilepsia com estudantes em tempos de reunião de turma;
Que os Estudantes criem foros de debates em matérias ligadas a epilepsia para melhor compressão para
reduzir a descriminação á estudantes que sofrem de epilepsia.
N/O Actividades Material Responsável
Orçamento Cronograma
C. Material A. custo J F M A M J J A S
01 Apresentação de
proposta
a
Comissão científica
A4, Comp,
Imp
Pesquisador 50,00
150,00
02 Apreciaçãodas recomendações Canetas,
A4, Comp,
Imp
Comissão
científica
50,00 0,00
03 Levantamentos bibliográfico Computado
r
Pesquisador 20,00 0,00
04 Elaboração do Projecto de
protocolo
PC, A4,imp Pesquisador 141,00 0,00
05 Revisão do texto Canetas e
lápis
Supervisor 0,00 0,00
06 Entrega do protocolo a comissão
científico Unilurio
Pesquisador 141,00 100,00
07 Defesa do Protocolo Comp, Data
show
Pesquisador 0,00
100,00
08 Reajuste do protocolo segundo as
recomendações dadas pela
comissão cientifica do curso
Comp, A4,
Imp
Pesquisador
141,00 0,00
09 Colheita de dados no terreno A4, Caneta,
Lapis
Pesquisador 120,00
850,00
10 Elaboração do relatório de
pesquisa
Com
p, A4,
impr
ess
Estudant
e 75,00 850,0
0
11 Entrega do Relatório da
Pesquisa (Monografia)
Superviso
r e
pesquisa
dor
5,000.
00
150,0
0
TOTAL 5,597.
00
2,050
.00
Fonte: GIL, 2008 7,647.00Mts
Cronograma
Tabela 1: Cronograma de Actividade
Meios de Divulgação
Após a realização do presente estudo, serão depositados três exemplares do relatório final da pesquisa na
Biblioteca da instituição para a consulta dos interessados;
Serão compartilhados os resultados desta pesquisa com a escola, onde foi realizado o estudo.
Serão publicados os resultados na rede electrónica para contribuir no desenvolvimento de uma nova
abordagem para com os adolescentes que padecem da epilepsia no contexto escolar, social, e até familiar.
• Referências Bibliográficas
• 1. MITANO F. Experiências e Percepções sobre Gravidez na Adolescência: Um Estudo
Fenomenológico. Dissertação apresentada à Faculdade de Medicina da UEM como parte dos
requisitos para obter o grau de Mestre em Saúde Pública. Maputo, 2015.
• 11. TRIMBLE, M. R.; REYNOLDS, E. H. Epilepsy, behavior and cognitive function. New York: John
Wiley & Sons. 1987.
• 12. LINEHAN, C., et al. Future directions for epidemiology in epilepsy. Epilepsy & Behaviour, v. 22, p.
112-17. 2011.
• 14. NEVES, M. de. Em primeira pessoa: escritos autobiográficos de pacientes com epilepsia no
Brasil do século XIX. Simpósio Satélite de Epilepsia. Liga Brasileira de Epilepsia. 2009.
• 16. DUMAS, M.; GIORDANO, C. l’epilepsie. Paris: Hermann, éditeurs des sciences et des arts. 1993
• 17. AUSTIN, J. K., A model of family adaptation to new-onset childhood epilepsy. Journal of
Neuroscience Nursing, v. 28, p. 82-92. 1996.
• 21. ERIKSON, E. H. Identidade, juventude e crise. 2. ed. Rio de Janeiro: Zaahar. 1972.
• 22.PAPALIA, D. O. S.; FELDMAN, R. Desenvolvimento humano. Porto Alegre: Artmed. 2006.
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on teachers' understanding of classroom behavior. School Psychology Quarterly, v.20, p. 288-303.
2005
• Behavior, 2000. 1 (1), pp. 18-20
• 37. DILORIO, C., Yeager, K. «The epilepsy self-efficacy scale», in STRICKLAND, O., DILORIO, C. (Eds),
Measurement of nursing outcomes: Self care and coping, Vol. Ill (2nd edition). New York: Springer
Publishing Company: 2003. pp. 40-51
• 38. FERNANDES, P. T., SALGADO, P. C. B., NORONHA, A. L. A., et al Formação de grupos como
suporte psicológico e social na epilepsia. Journal of epilepsy and clinical neurophysiology, 2004.10
(3), pp: 171-174
• 39. FORHEID, P. «Etiopatogenia», in Alves, D., Luzeiro, I. e Pimentel, J. (Eds.) Livro Básico da Epilepsia. Bial: 2007,pp. 65-80.
• 40. GERMINIANI, F. M. B., CRIPPA, A. C., PEREIRA, E. R., et al Epilepsy across space and time: from ancient history to current beliefs - a
brief review. Journal of epilepsy and clinical neurophysiology,2004. 10 (4), pp: 229-232.
• 44. NOEKER, M., H AVERKAM p, F. Successful cognitive-behavioral habituation training toward photophobia in photogenic partial
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de Abril de 2005 na World Wide Web: http://www.com ciencia.br/reportagens/epilepsia/epl 8.htm
• 46. SUURMEIJER, T., REUVEKAMP, M., ALDENKAMP, O., e SIE, O. Quality of life in epilepsy: multidimensional profile and underlying
latent dimensions. Journal of epilepsy,1998. 11, pp. 84-97
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• 50. WHO – World Health Organization. The first 10 years of the World Health Organization. 1986. Geneva. Ref Type: Catalog.
• 51. CUTTING, S., LAUCHHEIMER, A., BARR, W., DEVINSKY, O. A dult-onset idiopathic generalized epilepsy: clinical and behavioral
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• 52. CERVO, A. L. BERVIAN, P. A. Metodologia científica. 5.ed. São Paulo: Prentice Hall, 2002.
• 53. LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A. Metodologia do trabalho científico. 4.ed. São Paulo: Atlas, 1992.
• 54. Appleton, R., Chappell, B. & Beirne. Tudo sobre epilepsia. Sao Paulo: Andrei editora, 2000.
• 55.Gomes,A. (2004). Afinal e so epilepsia.1 edicao ., porto editora. Ambar
• 56. Kutcher, M. (2011). Compreeender a epilepsia uma guia para os pais , professores. Porto. Editora. 2006.
• 57. Correia, L. (2008). Inclusao e necessidade educativa especial: Um guia educadores e professores. 2 edicao . Col. Porto editora.
• 58. Viera,F. (2005). Avaliação de crenças sobre epilepsia. Porto alegre. Editora.
• 59. LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A. Fundamentos metodologia científica. 4.ed. São Paulo: Atlas, 2001.
• 60. Portal do Governo de Moçambique, 2016.
• 61. Sampiere, R. Metodologia de pesquisa 3 ͣ ed. Brasil, 2006.
• 62. JÚNIOR, M, Falco. G. Metodologias de Pesquisa, 2012.
• 63. Brailowsky,s. (1992). La epilepsia: história conceitos.
• 64. ANDRADE, R,B. (2015). Contribuições a política de atenção a saúde dos servidor, pag 33.
• 65. FERREIRA,A.B.H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ᵃ Edição. Rio de Janeiro. Nova fronteira. 1986.pag.687.
• 66. http//www.edools/faq/o que e educação/?
• 67. EYSENCK, M.W.AT ALL.(2007).Manual de psicologia cognitive. Porto alegre. Artimed.
•
•
• Glossário
• Educação especial- É um conjunto de recursos que a escola e as famílias devem ter ao seu dispor
para poderem responder mais eficazmente as necessidades de um aluno com Necessidades de
Educação Especial, tendo em vista a maximizar das suas potenciais e assim poder alcançar o sucesso
educativo como qualquer outro.𝟓𝟕
• Apêndice- A
• UNIVERSIDADE LÚRIO
• FACULDADE DE CIENCIAS DE SAUDE
• LICENCIATURA EM PSICOLOGIA CLINICA
•
• GUIÃO DE ENTREVISTA DIRIGIDO AOS ADOLESCENTES
• Província_______________________ Distrito________________________ Localidade_____________________
• I. Informação Sócio Demográfica
• 1.1. Idade_____anos 1.2. Sexo: Feminino____ Masculino ___
• 1.3.Escolaridade: Ep1___ EP2___ Secundário___ Médio___ Superior___
– Línguas que fala
• __________________________________________________________________
• II. Informação Geral
• Em poucas palavras o que entende por epilepsia?
• _________________________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
• Que pessoas podem sofrer de epilepsia?
• _________________________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
• Conhece ou já viu alguém com epilepsia
• Sim
• Não
• Não me Lembro
– Se sim, na sua opinião, quais são os sinais e sintomas da epilepsia?
• __________________________________________________________________
• _________________________________________________________________________________________________________________________
___________
• __________________________________________________________________
•
•
• Quais são os factores que levam os adolescentes desencadearem transtornos psicológicos?
• Consumo de drogas e álcool
• Não tem Causas
• Causas genética ou hereditária, Trauma durante o parto; infecção cerebral, traumatismo craniano, tumor cerebral, tromboses, intoxicação causada
por drogas, a interrupção por irrigação sanguínea do cérebro, desequilíbrio metabólico existente no organismo
• Há estudantes que sofrem de epilepsia nesta Escola?
• Sim
• Não
– Se sim, um estudante com epilepsia como é tratado pelos colegas da turma/escola?
• _________________________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
• Quando um estudante entra em crise epiléptica ou cai, o que vocês têm feito para ele/a?
• _________________________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
• No seu ponto de vista o que os Professores ou a Direcção da Escola tem feito para um/a estudante que sofre de epilepsia?
• _________________________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
• Há descriminação para estudantes que sofrem de epilepsia por parte dos seus colegas nessa escola?
• Sim
• Não
– Se sim, na sua opinião o que deve ser feito para que o estudante epiléptico não se sinta isolado, descriminado e ou até rejeitado?
• _________________________________________________________________________________________________________________________
___________
• Achas que a epilepsia tem tratamento e pode ser curada ou controlada?
• Sim
• Não
• Não me lembro
– Se sim, quais as vantagens do tratamento e/ou acompanhamento psicológico rotineiro dos adolescentes que sofrem de epilepsia?
• Fica curado
• Reduz as crises e recaídas recorrentes, boa qualidade de vida
• Não sei
• Há profissionais de saúde mais indicados para cuidar de casos de epilepsia?
• Médico psiquiatra e psicólogo
• Psicólogos
• Médicos psiquiatras
• Enfermeiros
• Outros
• Se outro especifique__________________________________________________
• Na sua opinião o que deve ser feito para melhorar o tratamento que é dado ao estudante epiléptico?
• _________________________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
• Qual é o impacto que estudantes que sofrem de epilepsia pode desencadear no processo de ensino e aprendizagem?
• _________________________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
• Qual seria o seu conselho a dar aos pais/encarregados de educação, colegas, familiar ou amigo com um parente que sofre de epilepsia e que se
sente isolado, descriminado e/ou rejeitado pela sociedade estudantil?
• _________________________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
• __________________________________________________________________

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  • 1. TITULO: IMPACTO PSICOLOGICO DE EPILEPSIA EM ADOLESCENTES Monografia Autor: TUTE,J.J (2022) Licenciatura em Administracao e Gestao em Saude UNIVERSIDADE LÚRIO- MOÇAMBIQUE
  • 2. RESUMO A presente pesquisa intitulado: “Impacto psicológico da Epilepsia em Adolescentes dos 14 aos 19 anos de idade. Caso Escola Secundária de Nampaco. Primeiro semestre de 2022.”. Tem como pergunta de partida: Qual o impacto psicológico da epilepsia em adolescentes dos 14 aos 19 anos de idade da Escola Secundaria de Nampaco? Objectivo Geral: Compreender o Impacto Psicológico da Epilepsia em Adolescentes dos 14 aos 19 anos de idade na Escola Secundária de Nampaco. Objectivos Específicos: Identificar os aspectos psicológicos em adolescentes dos 14 aos 19 anos de idade com epilepsia da Escola Secundaria de Nampaco; Descrever as vantagens do tratamento e/ou acompanhamento psicológico rotineiro dos adolescentes dos 14 aos 19 anos de idade epilépticos da escola Secundaria de Nampaco e Conhecer os factores que levam os adolescentes dos 14 aos 19 anos de idade da Escola Secundaria de Nampaco a desencadearem transtornos psicológicos; Quanto ao objectivo a pesquisa foi exploratória descritiva, com recurso a abordagem qualitativa. Quanto ao local de estudo, foi realizada na Escola Secundária de Nampaco. Na pesquisa a população de estudo foi constituída por 3989 (três mil, novecentos, oitenta e nove) pessoas dos quais 3896 (três mil estudantes adolescentes da faixa etária dos 14-19 anos de idade incluindo 07 (sete) professores que lecciona 1º e 2º ciclo na Escola Secundaria de Nampaco. Para este estudo foi elaborado um guião de entrevista semiestruturada com questões pré-codificadas, que foi administrado aos adolescentes estudantes da escola Secundária de Nampaco, seleccionadas para o estudo incluindo os professores que leccionam o 1º e 2º ciclos do ESG nesta instituição de ensino. A colecta dos dados com o preenchimento do guião de entrevista foi realizada pela própria pesquisadora. O tempo máximo da entrevista foi de 1 hora. E Para analise dos dados, foi criadas categorias e subcategorias temáticas, recorrendo-se posteriormente a analise de discurso. Com este estudo, espera-se que os níveis de estigmatização aos adolescentes padecentes desta doença, possa reduzir significativamente, haja mais apoio por parte dos familiares amigos para a superação da doença. Ao nível académico espera-se que esta pesquisa sirva de mais uma ferramenta para futuras pesquisas ligadas a esta temática, com vista, a fazer saber dos impactos psicológicos que a epilepsia pode trazer para a camada adolescente. Ao nível do país espera-se que esta pesquisa possa contribuir na valorização das actividades do psicólogo clinico no que tange a assistência psicológica de adolescentes padecentes da epilepsia no processo de superação de estigma e recuperação da auto-estima. Palavra-chave: Epilepsia em Adolescentes; Escola Secundária de Nampaco; Impacto psicológico
  • 3. ABSTRACT The present research entitled: “Psychological impact of Epilepsy on Adolescents from 14 to 19 years of age. Nampaco High School Case. First half of 2022”. Its starting question is: What is the psychological impact of epilepsy on adolescents aged 14 to 19 years old at Nampaco Secondary School? General Objective: To assess the Psychological Impact of Epilepsy on Adolescents aged 14 to 19 years at Nampaco High School. Specific Objectives: To identify the psychological aspects in adolescents aged 14 to 19 with epilepsy at Nampaco Secondary School; To describe the advantages of routine psychological treatment and/or follow-up for epileptic adolescents aged 14 to 19 at Nampaco High School and Evaluate the factors that lead teenagers aged 14 to 19 at Nampaco High School to develop psychological disorders; As for the objective, the research will be exploratory and descriptive, using a qualitative approach. As for the place of study, it will be held at Nampaco High School. Research The study population was made up of adolescents aged 14-19 years old, students at Nampaco Secondary School, including their teachers and a sample of 10 people. For this study, a semi-structured interview guide was prepared with pre-coded questions, administered to adolescent students from the Secondary School of Nampaco, selected for the study, including the teachers who teach the 1st and 2nd cycles of ESG in this institution and teaching. Data collection with the completion of the interview guide was carried out by the researcher. The maximum interview time was 1 hour. For data analysis, thematic categories and subcategories will be created, later resorting to descriptive discuss. With this study, it is expected that the levels of stigmatization of adolescents suffering from this disease can significantly reduce, with more support from family and friends to overcome the disease. At the academic level, it is expected that this research will serve as another tool for future research related to this topic, with a view to making known the psychological impacts that epilepsy can bring to the adolescent population. At the country level, it is expected that this research can contribute to the valorization of the activities of the clinical psychologist regarding the psychological assistance of adolescents suffering from epilepsy in the process of overcoming stigma and recovering self-esteem. Keywords: Epilepsy in Adolescents; Nampaco High School; psychological impact
  • 4. CAPITULO I: INTRODUÇÃO Desde a antiguidade, assim como outras doenças desconhecidas da época, a epilepsia era vista como algo demoníaco ou bruxaria, onde muitos foram lançados em fogueiras, situações resultantes da falta de informação e conhecimento da época. A epilepsia é um problema de saúde pública, com uma abrangência mundial, onde cerca de 1% da população (65 milhões de pessoas) tem epilepsia. Aproximadamente 80% dos casos ocorrem em países em desenvolvimento. A ocorrência de epilepsia torna-se mais comum à medida que a idade avança. Em países desenvolvidos, a ocorrência de novos casos é mais frequente em crianças e idosos, enquanto em países em vias de desenvolvimento é mais frequente em crianças mais velhas e jovens adultos. A epilepsia é uma doença neurológica crónica que pode ser causada por diversas etiologias. É definida como uma condição de saúde caracterizada por crises recorrentes, apresentando episódios motores, sensoriais ou autonómicos, com ou sem perda de consciência. Esta condição tem consequências neurobiológicas, cognitivas, psicológicas e sociais e prejudica directamente a qualidade de vida do indivíduo afectado.12 O Ministério de Saúde (MISAU) lançou recentemente na cidade de Nampula, capital da Província homónima no norte de Moçambique, uma campanha nacional de diagnóstico e tratamento massiva da epilepsia.60 Lançamento desta campanha representa um marco para redução do impacto deste problema de saúde Publica. 60 Muitos pacientes com epilepsia não se deslocam as Unidades Sanitárias para receberem assistência médica, devido aos mitos que rodeiam a doença.60 A vista disso, esta pesquisa intitulado: “ Impacto Psicológico da Epilepsia em adolescentes de 14 a 19 anos de idade: caso Escola Secundária de Nampaco. Primeiro Semestre de 2022, tem como objectivo geral: Compreender o Impacto Psicológico da Epilepsia em Adolescentes na Escola Secundária de Nampaco, para tal identifica os aspectos psicológicos em adolescentes com epilepsia, a seguir Descreve as vantagens do tratamento e/ou acompanhamento psicológico rotineiro dos adolescentes epilépticos, por ultimo discute os factores que levam os adolescentes da Escola Secundaria de Nampaco a desencadearem transtornos psicológicos. A presente Monografia apresenta a seguinte estrutura: Capitulo I: Introdução, problematização, justificativa, objectivos, questões de pesquisa, Capitulo II: Revisão de literatura, Capitulo III: Metodologia de Pesquisa, considerações ético-legais, Capitulo IV: Análise e interpretação dos resultados, Capitulo V: Conclusão e recomendações, cronograma e referências bibliográficas.
  • 5. Tema de pesquisa O tema de uma pesquisa é qualquer assunto que necessite melhores definições, melhor precisão e clareza do que já existe sobre o mesmo”.52 Análise do Impacto psicológico da Epilepsia em Adolescentes dos 14 aos 19 anos idade. Caso Escola Secundária de Nampaco. Primeiro semestre de 2022. Problematização Delimitação do Problema O problema de pesquisa é uma pergunta que deve ser redigida de forma clara, precisa e objectiva, cuja solução seja viável pela pesquisa.𝟓𝟐 A epilepsia é um problema de saúde pública, com uma abrangência mundial, onde cerca de 1% da população (65 milhões de pessoas) tem epilepsia. Aproximadamente 80% dos casos ocorrem em países em desenvolvimento. A ocorrência de epilepsia torna-se mais comum à medida que a idade avança. Em países desenvolvidos, a ocorrência de novos casos é mais frequente em crianças e idosos, enquanto em países em vias de desenvolvimento é mais frequente em crianças e jovens adultos. Esta prevalência, associada a grupos vulneráveis, impacto socioeconómico e uma maior morbi- mortalidade, faz com que a epilepsia seja considerada um problema de saúde pública. Ainda até hoje a epilepsia está ensombrada por crenças e preconceitos, sendo assim, frequentemente recorrer-se a práticas culturais religiosas e científicas como forma de tratamento da mesma, que interferem na qualidade de vida daqueles que a apresentam a doença. O psicólogo clínico sendo um técnico qualificado e enquadrado no contexto assistência hospitalar intervêm em diversas situações de saúde e doença, através da humanização do atendimento a todos os pacientes em particular aos que padecem da epilepsia, prestando uma assistência holística e integrado em equipas multidisciplinares, intervindo nas mais variadas dimensões, tanto na biológica, psicológica, social, cultural como no espiritual, ou seja, em sua totalidade. • Na Escola Secundaria em análise, há estudantes que sofrem de epilepsia, dos quais são descriminados pelos outros estudantes colegas da turma, os professores e a direcção não adoptam medidas de inserção social e adequações a necessidades de educação especial aos estudantes epilépticos, face à esta problemática, há necessidade de se perceber: Qual é o impacto psicológico da epilepsia em adolescentes dos 14 a 19 anos de idade da Escola Secundaria de Nampaco focalizando o período de primeiro semestre de 2022?
  • 6. Justificativa da investigação A adolescência é um período complexo onde ocorrem importantes mudanças a nível físico, social, psicológico e cognitivo. Nesta fase, as consequências sociopsicológicas de uma doença crónica como é o caso da epilepsia são marcantes, já que as limitações e significações que lhe estão associadas (perspectiva negativa do futuro, receio da ocorrência de um a crise a qualquer momento, medo da rejeição social e de perder o controlo do corpo) chocam com a principal tarefa desenvolvimentista da adolescência, a afirmação da identidade e autonomia individual .𝟒𝟓 Na devida ordem de ideias, a busca do conhecimento a respeito do real impacto psicológico da epilepsia em adolescentes, têm vindo a ganhar grande destaque na área de Saúde Mental, pois este fenómeno vem ganhando espaço em diferentes áreas de investigação, devidos aos seus impactos psicológicos e sociais acentuados na vida do adolescente, das famílias e da sociedade no geral. Contudo, a escolha deste tema para pesquisa, deve-se ao facto da autora ter verificado, que muitas adolescentes da cidade de Nampula, padecendo desta enfermidade, sofrem de isolamento social, familiar, o que na sua óptica carrega consigo muitos mitos e crenças, o que de certa forma coloca o indivíduo epiléptico desvalorizado e rejeitado. Este fenómeno é notável de forma global e em todos os países do mundo, principalmente nos países em desenvolvimento, onde Moçambique faz parte. Para a cidade de Nampula, onde a autora reside e trabalha, esta situação é bastante gritante, pois ela tem observado muitos adolescentes sofrendo da epilepsia são rejeitados e ou isolados pela família, comunidade escolar, amigos e pela sociedade no geral e que poucos são os que beneficiam de assistência medica e/ou psicológica regular e/ou precoce como forma de evitar o recrudescimento das crises de forma recorrente e em qualquer contexto em que o paciente esteja inserido, facto este que constitui uma grande preocupação. Ademais, o maior impulso pela escolha deste tema reside pela vontade de compreender o impacto psicológico da epilepsia em adolescente dos 14 aos 19 anos, concretamente na Escola Secundária de Nampaco, Cidade de Nampula.
  • 7. Resultado Esperado Com esta pesquisa, ao nível social, espera-se que os níveis de estigmatização aos adolescentes padecentes desta doença, possa reduzir significativamente, haja mais apoio por parte dos familiares amigos para a superação da doença. Ao nível académico espera-se que esta pesquisa sirva de mais uma ferramenta para futuras pesquisas ligadas a esta temática, com vista, a fazer saber dos impactos psicológicos que a epilepsia pode trazer para a camada adolescente. Ao nível do país espera-se que esta pesquisa possa contribuir na valorização das actividades do psicólogo clinico no que tange a assistência psicológica de adolescentes padecentes da epilepsia no processo de superação de estigma e recuperação da auto-estima. Objectivos da investigação Por meio dos objectivos, indicam-se a pretensão com o desenvolvimento da pesquisa e quais os resultados que se buscam alcançarem.𝟓𝟑 Para presente trabalho de pesquisa a seguir são apresentados os objectivos da investigação: Objectivo Geral O objectivo geral refere-se a uma visão global e abrangente do tema de Pesquisa. Ele está relacionado com o conteúdo intrínseco dos fenómenos, dos eventos ou das ideias estudadas.𝟓𝟑 Para presente trabalho de pesquisa a seguir é apresentado o objectivo geral: • Compreender o Impacto Psicológico da Epilepsia em Adolescentes dos 14 aos 19 anos de idade na Escola Secundária de Nampaco. Objectivos Específicos Os objectivos específicos apresentam um carácter mais concreto. A sua função é intermediária e instrumental porque auxilia no alcance do objectivo geral e, ainda, permite aplicá-lo em situações particulares.𝟓𝟑 Para presente trabalho de pesquisa são a seguir apresentados os objectivos específicos: • Identificar os aspectos psicológicos em adolescentes dos 14 aos 19 anos com epilepsia da Escola Secundaria de Nampaco; • Descrever as vantagens do tratamento e/ou acompanhamento psicológico rotineiro dos adolescentes dos 14 aos 19 anos epilépticos da escola Secundaria de Nampaco. • Discutir os factores que levam os adolescentes dos 14 aos 19 anos da Escola Secundaria de Nampaco a desencadearem transtornos psicológicos. • Conhecer as complicações de epilepsia em adolescentes dos 14 a 19 anos de idade na Escola Secundaria de Nampaco.
  • 8. Questões de pesquisa • Quais são os aspectos psicológicos que os adolescentes dos 14 aos 19 anos com epilepsia da Escola Secundaria de Nampaco apresentam? • Quais são as vantagens trazidas pelo acompanhamento psicológico rotineiro aos adolescentes dos 14 aos 19 anos epilépticos da Escola Secundaria de Nampaco? • Quais são os factores que favorecem para que os adolescentes dos 14 aos 19 anos padecentes da epilepsia da Escola Secundaria de Nampaco desencadeiem transtornos Psicológicos?
  • 9. CAPITULO II. REVISAO DA LITERATURA O marco teórico é a base de sustentação, onde apresentam-se as principais teorias que se relacionam com o tema da pesquisa e o que se diz sobre ele na actualidade. Portanto, a pesquisadora basear-se-á em abordagens de alguns autores que desenvolveram assuntos relacionados ao tema em estudo, dando como ponto de partida alguns conceitos-chave. Revisão da literatura conceptual Quadro nº 1: Quadro conceptual N/O DESIGNAÇÃO DEFINIÇÕES 01 Psicologia É ciência que estuda o comportamento e processos mentais do homem e dos outros animais.67 02 Clínica É toda actividade de Medicina e por extensão de outros profissionais de saúde, actividades estás que envolvem cuidados, promoção à saúde, prevenção, tratamento e reabilitação . 64 03 Psicologia clínica É uma área que se dedica ao estudo dos transtornos e perturbações mentais, focalizando- se essencialmente nas doenças mentais.67 04 Psicologia da educação Centra- se nos processos de aprendizagem e nas dificuldades das mesmas.67 05 Educação Engloba aplicação de métodos de ensino que tem como objectivo assegurar a formação e desenvolvimento pessoal e profissional de determinada pessoa.66 06 Escola É uma instituição concebida para ensino e aprendizagem de alunos/estudantes sob a direcção de professores. 65 Fonte: Adaptado por pesquisadora (MUARRAPAZ, 2022)
  • 10. Revisão de literatura empírica Epilepsia O termo “epilepsia” derivou do verbo grego e epilambanein, que significa “tomar posse” ou “atacar”. Nesta época, como na actualidade, quando alguém que adoecia era comum afirmar que a doença em questão havia atacado”. Esta terminologia remonta a um período em que se acredita que todas as doenças eram a consequência de ataques ou possessões por parte de deuses e demónios.49 Em 2002, a Organização Mundial de saúde referiu que a Epilepsia é a mais comum e a mais antiga enfermidade Neurológica conhecida, ocupando desse modo a segunda Posição na classificação das doenças neurológicas que mais afecta a população na sua generalidade. A Epilepsia - é um distúrbio cerebral caracterizado por manifestações clínicas (crises) recorrentes e espontâneas. Estas manifestações clínicas são causadas pelo disparo intenso, sincronizado e rítmico, de populações neuronais no sistema nervoso central, com tendência a se repetir ao longo da vida (,28 ) (,29 ) (.30 ) O termo epilepsia engloba numerosas condições neurológicas que se expressam por meio de crises epilépticas que se repetem em intervalos de tempo imprevisíveis. Classificação das Crises Epilépticas Quando há uma falha ou perda de equilíbrio durante a transmissão dos neurotransmissores, os sinais eléctricos não comunicam mais entre si de modo constante, causando um ataque ou crise epiléptica, o qual poderá circunscrever- se a uma pequena área- Crises Parciais ou propagar- se por todo cérebro- Crises generalizadas.𝟓𝟒 Sintomas da epilepsia As crises generalizadas são classificadas de crises de ausência, tónico- clónicas, mioclonicas e atónicas apresentando como pontos comuns: ausência de aura bem definida e níveis de alteração da consciência.
  • 11. As crises de ausência ou crises do «Pequeno mal» são convulsões muito comuns e iniciam- se habitualmente após os três anos de idade. Descritas como «ausências» em que o epiléptico alheado, podem passar despercebida pela sua breve duração, entre três (03) a Trinta (30) segundos, durante as quais não há movimentos ou reacção por parte do epiléptico, nem queda no chão. Outros sintomas deste tipo de crise: olhar fixo no vazio, o piscar de olhos e ligeiros movimentos automáticos com as mãos, de mastigação ou espasmo que podem ocorrer muitas vezes por dia, todos os dias.54 As crises tónicas- clonicos ou crises de «grande mal» tem duas fazeis: Tónica e clónica sendo a sua duração aproximadamente de um (01) a três (03) minutos. Na fase tónica, há um endurecimento contínuo das extremidades do epiléptico, provocando o espasmo. Na fase clónica, há espasmo ou contracções rápidas alternadas por um lento relaxamento muscular. Crises mioclonicas são raras e consistem em contracções musculares breves e irregulares com flexão muscular para a frente ou para atrás, encontrando- se associadas a estados de sonolência ou a momentos após o acordar. Tem a duração de uma fracção de segundos. As crises Parciais ou Crises «Focais», começam de forma localizada num hemisfério não alterando por isso o nível de consciência. Como sintomas apresenta espasmos numa extremidade, uma sensação estranha numa parte do corpo, fenómenos visuais, sentir medo ou uma sensação de já- vu e adormecimento do rosto ou braço. Etiologia/Causa da epilepsia e Diagnostico Categoriza- se a epilepsia em: Idiopática ou primária: Causa genética ou hereditária; Criptogâmica: Ausência de causas; Sintomática ou secundaria: Suspeita da possível causa. Outras causas:𝟓𝟓 Trauma durante o parto; infecção cerebral, traumatismo craniano, tumor cerebral, tromboses, intoxicação causada por drogas, a interrupção por irrigação sanguínea do cérebro, desequilíbrio metabólico existente no organismo. O Diagnostico da epilepsia e clinico, servindo- se dos meios complementares, tais como: electroencefalograma, tomografia axial computorizada ou ressonância magnética.55
  • 12. Tratamento da epilepsia Existem seis antiepilépticos principais para tratamento da epilepsia: Carbamazepina, etosuximida, fenobarbital, fenitoina, primidona, acido valproico e divaproato de sódio benzodiazepina. Mais tardes os menos que causam efeitos colateraias: Gabapentina, lamotrigina, topiramato, levetiracetam, oxcarbazepina, tiagapina, zonisamida, felbamato e vigabatrina.56 Adolescência - é a fase da vida que decorre entre os 14 e os 19 anos de idade, correspondendo ao período de transição entre a infância e a idade adulta. É caracterizada por alterações fisiológicas rápidas, com um crescimento acelerado, maturação do sistema reprodutor e alterações no aspecto físico.1 A adolescência é uma fase da vida caracterizada por diversas mudanças, como as alterações no corpo, passagem da infância para a fase adulta, novas experiências de vida especialmente na vida sexual. Assim, a comunidade científica adoptou a definição de Adolescência da OMS, que define que os limites cronológicos da adolescência situam-se entre os 10 e os 19 anos de idade, ou seja, a “segunda década de vida”.𝟓𝟎
  • 13. Revisão da literatura focalizada Fundamentação teórica A epilepsia ao Longo da História Os primeiros registos da epilepsia remontam da Babilónia, onde a pessoa epiléptica era vista como possuída por um demónio que supostamente abandonava o corpo do doente no final de cada ataque. Eram descritos demónios específicos para os diferentes tipos de ataques (ex: convulsivos, automatismos), o que reflecte o conhecimento dos médicos de então acerca da variedade de manifestações clínicas da epilepsia.40 Na Grécia antiga, ainda antes da ascensão Romana, a epilepsia era referida por Hipócrates no texto “A Doença Sagrada”, onde o autor associa esta condição a uma desordem do cérebro, ideia que foi posteriormente rejeitada e só voltou a ganhar força nos sécs. XVIII e XIX.𝟒𝟎 A epilepsia ainda hoje é considerada como uma das doenças crónicas com maior nível de estigma. A desvalorização das pessoas com epilepsia é multicultural e decorre, inicialmente, da sua inscrição na mitologia que circunscreve sua origem e transmissão. Surge das ameaças simbólicas de possessão que carrega das diversas épocas. Suas representações migraram da denominação de “doença sagrada” para “doença demoníaca” e foram reforçadas pelo histórico das condutas atribuídas à epilepsia pela comunidade médica, jurídica e científica, que pautavam na crença de que pessoas com epilepsia causavam um “mal social” pior do que a “loucura”,𝟏𝟏 . 𝟏𝟒 Em várias regiões da África, a epilepsia é considerada uma doença contagiosa e as pessoas acometidas não são tocadas até que termine a crise. São obrigadas a viver isoladas e a permanecerem solteiras.𝟏𝟔 No tocante aos adolescentes com epilepsia, estudos mostram que o impacto causado pelo diagnóstico constitui, para o sujeito e suas famílias, um primeiro contacto com as representações sociais da doença, desencadeando emoções difíceis de gerir, como culpabilidade, sentimento de medo, injustiça, insegurança, ansiedade e em algum nível, o desejo de ocultar a doença.𝟏𝟕
  • 14. Reflexões sobre a adolescência, influenciadas pela ciência tradicional, eram frequentemente associadas a representações sociais que remetiam os adolescentes às fases de: “crise de identidade”, “turbulência”, “instabilidade” e “rebeldia”. Teóricos desenvolvimentistas, apontam essa fase como o período de maior conturbação do desenvolvimento humano, principalmente no que diz respeito à construção da identidade .𝟐𝟏 , 𝟐𝟐 No ambiente escolar, o desconhecimento dos professores e autoridades escolares sobre a epilepsia se constitui em um facilitador para atribuições negativas em relação ao fracasso escolar que possa surgir em alunos com epilepsia. Esses rótulos são atribuídos em termos de: preguiça; falta de vontade; incapacidade ou inquietude e tendem a produzir um resultado negativo na expectativa dos professores frente à aptidão escolar dessas crianças e, por outro lado, destituindo-as de autoconfiança e motivação para o aprendizado ,𝟐𝟕 .𝟑𝟑 Após a primeira crise vivenciada na escola, é usual que surjam zombarias a partir de seus pares, momento que muitas vezes dá origem ao processo de bullying, deflagrando sentimentos de exposição, falta de contenção e de exclusão. Além de gerar grande desmotivação em frequentar o ambiente escolar, essas atitudes e expressões podem ficar sulcadas na identidade social das crianças e adolescentes com epilepsia. Impacto psicológico da epilepsia em adolescentes A adolescência é um período complexo onde ocorrem importantes mudanças a nível físico, social, psicológico e cognitivo. Nesta fase, as consequências sociopsicológicas de um a doença crónica como a epilepsia são marcantes, já que as limitações e significações que lhe estão associadas (perspectiva negativa do futuro, receio da ocorrência de um a crise a qualquer momento, medo da rejeição social e de perder o controlo do corpo) chocam com a principal tarefa desenvolvimentista da adolescência, a afirmação da identidade e autonomia individual.𝟒𝟓
  • 15. Por outro lado, a gestão eficaz da epilepsia constitui um processo bastante complexo, dado que abrange um conjunto de factores comportamentais e psicossociais que incluem variáveis tão dispersos como características de personalidade, história de vida, estratégias de controlo da doença e avaliações de auto- eficácia .𝟒𝟓 Epilepsia no contexto educativo A Escola tem como finalidade base oferecer um ensino de qualidade, garantindo o acesso à educação de todas as crianças e adolescentes sem excepção ou descriminação. A Escola representa uma forte componente na vida das crianças, pois é local onde estas passam a maior parte do seu tempo, logo, do seu desenvolvimento, marcando toda sua experiencia enquanto adulto, associada também as atitudes demostradas pelos educadores/Professores, que assumem uma enorme influencia ao longo da sua vida. Cabe então a estes o papel da inserção social, física e académica das crianças com epilepsia na classe do ensino regular, sensibilizando todos os alunos para a diferença.57 Neste contexto, no presente ponto pretende- se não só compreender o impacto que a epilepsia provoca em adolescentes de 14 a19 anos de idade e as repercussões no que se refere a sua aprendizagem, mas também enquadrar essa Problemática no âmbito da Constituição da República de Moçambique de 2018 que aborda aspectos relativos a direitos à educação sem descriminação. Epilepsia e aprendizagem É certo que a idade do início das crises, a frequência das mesmas, a etiologia/Causa, o tipo de epilepsia e o tratamento com as drogas antiepilépticas são factores que podem comprometer o desempenho escolar dos adolescentes epilépticos, devido aos seus efeitos que se reflectem no comportamento e nas funções cognitivas, nomeadamente: Na capacidade de atenção, Memória e linguagem interferindo posteriormente no processo de aprendizagem.𝟓𝟖
  • 16. Epilepsia e o seu enquadramento na educação especial Os adolescentes com epilepsia podem então beneficiar de adequações no processo de ensino e aprendizagem através da aplicação das medidas educativas relativas a educação especial.𝟓𝟕 Educação especial é um conjunto de recursos que a escola e as famílias devem ter ao seu dispor para poderem responder mais eficazmente as necessidades de um aluno com Necessidades de Educação Especial, tendo em vista a maximizar das suas potenciais e assim poder alcançar o sucesso educativo como qualquer outro.𝟓𝟕 Qualquer adolescente pode integrar a educação especial ao longo do seu percurso escolar por manifestar Necessidades de educação especial, definidos como conjunto de factores, de risco ou de ordem intelectual, emocional e física, que podem afectar a capacidade de um aluno em atingir o seu potencial máximo no que concerne a aprendizagem académica e socioeconómica.𝟓𝟕 Percepções dos Professores face à Epilepsia De uma forma geral os professores não tem a preparação /formação necessária para trabalhar com crianças que apresentam epilepsia, aprendendo apenas a posterior com a prática. E imprescindível que os professores, bem como os assistentes operacionais, recebam formação especializada para melhor compreender e lidar com as problemáticas com que se depara diariamente no espaço escolar para que todos se sintam aptos para responder adequadamente a todas as necessidades de educação especial.𝟓𝟖 Os Professores devem possuir conhecimento e atitudes correctas face a epilepsia para assim contribuir para a diminuição do estigma na sociedade. Mas saberão os educadores/Professores o que é epilepsia e o que ela envolve? Estarão eles preparados para lidar com esta Problemática na sala de aula? Parece- nos pois importante compreender que atitudes, conhecimentos da sua implicação no contexto educativo.
  • 17. Epilepsia em Moçambique O Ministério de Saúde (MISAU) lançou recentemente na cidade de Nampula, capital da Província homónima no norte de Moçambique, uma campanha nacional de diagnóstico e tratamento massiva da epilepsia.60 A campanha estava inserida no programa de redução das lacunas de tratamento de Epilepsia.60 Lançamento desta campanha em Moçambique representa um marco para redução do impacto deste problema de saúde Publica, bem como o alcance dos objectivos do desenvolvimento sustentável. 60 Muitos pacientes com epilepsia não se deslocam as Unidades Sanitárias para receberem assistência médica, devido aos Mitos que rodeiam a doença. Esta situação é exacerbada pelo facto de muitas mães não cumprirem com aleitamento materno exclusivo durante os primeiros seis meses de vida porque os pais introduzem vários medicamentos tradicionais para alegadamente prevenir, a «Doença da lua», colocando em risco a sua saúde e agravando o risco da desnutrição destas crianças.60 A epilepsia não pode ser considerada como doença contagiosa e não é causada por feitiçaria, nem por espírito mau como as pessoas em Moçambique acreditam.60 Muitas crianças que sofrem desta doença são descriminadas, pós existem o medo de contaminação, porque muita gente ainda acredita que a doença pode ser transmitida de uma pessoa para outra.60 Com objectivo de desenvolver uns tratamentos modelo e baixo custo, que o MISAU em parceria com OMS, elaborou o programa de redução de lacuna de tratamento da epilepsia. O programa é desenvolvido através do DEPARTAMENTO DE SAÚDE MENTAL denominado simplesmente por PROGRAMA DE LUTA CONTRA A EPILEPSIA (PLCE). O mesmo está sendo desenvolvido em 16 (dezasseis) Distritos e (catorze) Unidades sanitárias nas Províncias de Niassa, Nampula, Zambézia, Sofala e Gaza com resultados muito animadores. 60 A epilepsia tem tratamento e cura. Mas, para o efeito, e preciso procurar serviços de Saúde e tratamentos especializado nas unidades sanitárias do sistema nacional de saúde. A epilepsia ocupa primeira posição em termos de consultas externas, comparativamente a outras doenças mentais, representam mais de 60% de nossa carga de consultas anuais. Moçambique uma taxa de 3% nos pais desenvolvidos.60
  • 18. Apoio psicológico O apoio psicológico, profissional e/ou informal, deverá ser sempre disponibilizado como complemento dos tratamentos médicos convencionais. Assim, os autores reforçam a importância de criar uma atmosfera de com preensão e de demonstrar um interesse genuíno pelo funcionamento do paciente nas várias áreas da sua vida, como as relações com a família nuclear, relações sociais no local de trabalho e na escola, resultados académicos e profissionais ou preocupações pessoais. Apenas desta forma o profissional de saúde poderá perceber a situação psicossocial específica de cada paciente e, eventualmente, reencaminhar o caso para um profissional de saúde mental (psiquiatra ou psicólogo),46 .47 As terapias psicológicas cognitivos-comportamentais são referidas na literatura como eficazes em algumas formas de epilepsia, nomeadamente na epilepsia fotossensível, em que as crises são desencadeadas pela exposição a estímulos luminosos.44 O apoio através de grupos de auto-ajuda constitui outro recurso importante para as pessoas com epilepsia, na medida em que permite a troca de experiências e vivências, para além de possibilitar a interacção entre pacientes e profissionais de saúde.38 Relativamente ao apoio informal, o suporte social é muitas vezes referido na literatura como um factor importante para o bem-estar do epiléptico: (ex: família, amigos, acessibilidade de outras fontes de apoio). Este tipo de recursos é muitas vezes o mais valorizado pelos pacientes.𝟓𝟏
  • 19. CAPITULO III. METODOLOGIAS DE PESQUISA Delimitação do Tema O bairro de Nampaco localiza- se geogra ficamente no posto administrativo Urbano de Namicopo, Província do Nampula, coberta por uma Unidade Escolar designada, Escola Secundaria de Nampaco localizada a 800 (oitocentos) metros da estrada nacional número 1 (EN1), na rua que dá acesso ao Complexo Turistico Quinta Nasa, constituída por 40 salas de aulas e um bloco administrativo, albergando 70 turmas com um universo/população de 3989 (Três mil, oitocentos, noventa e seis) indivíduos dos quais 3896 (três mil, oitocentos, noventa e seis) estudantes de 8ᵃ a 12ᵃ Classe que estudam em três turnos (Manhã, tarde e noite) e 93 (noventa e três) docentes que leccionam o 1º e 2º ciclos em três turnos (manhã, tarde e noite). Delimitação temporal O presente trabalho de pesquisa foi realizado no Bairro de Nampaco, Província de Nampula, na Escola Secundaria de Nampaco com o seguinte tama: Impacto psicológico em adolescente de 14 à 19 anos de idade focalizando o período compreendido entre Janeiro à Junho de 2022 nas turmas de 8ᵃ à 12ᵃ classe e Sala de Professores seleccionadas aleatoriamente. Tipo de pesquisa Para presente pesquisa foi usado o método qualitativo, e de carácter exploratório, isto é, estimula os entrevistados a pensarem livremente sobre algum tema, objecto ou conceito. É utilizada quando se busca percepções e entendimento sobre a natureza geral de uma questão, problema, tema, abrindo espaço para a interpretação. É uma pesquisa indutiva, isto é, o pesquisador desenvolve conceitos, ideias e entendimentos a partir de padrões.𝟔𝟏 Este tipo de pesquisa é a que mais aprofunda o conhecimento da realidade, porque explica o porquê das coisas. São os resultados das pesquisas explicativas que fundamentam o conhecimento científico. O estudo consistiu em analisar o impacto psicológico da epilepsia em adolescentes dos 14 á 19 anos de idade.
  • 20. Universo/População Universo ou população é o Conjunto de indivíduos, objectos ou informações que apresentam pelo menos uma característica comum, cujo comportamento interessa-nos analisar ou, em outras palavras, conjunto de todas as medidas, observações relativas ao estudo de determinado fenómeno pode ser finitas e infinitas.𝟔𝟐 A população ou universo de estudo foi constituída por 3989 (três mil, novecentos, oitenta e nove) indivíduos, dos quais estudantes adolescentes que corresponde a 3896 (três mil, oitocentos, noventa e seis), incluindo seus Professores que corresponde a 93 (noventa e três) da Escola Secundaria de Nampaco na cidade de Nampula. Amostra/Participantes Amostra: É uma parte (um subconjunto finito) representativa de uma população seleccionada segundo métodos adequados. O objectivo é tirar conclusões sobre populações com base nos resultados da amostra. Em grandes populações é necessário extrair uma amostra. Amostra é uma porção ou parcela, convenientemente seleccionada do universo (população).𝟐𝟎 A amostra determina a quantificação do universo ou população que foi pesquisada. É obtida ou determinada por uma técnica específica de amostragem utilizando-se conhecimentos e fórmulas de estatística. Foram arroladas como amostra 10 (dez) indivíduos para esta pesquisa dos quais 07 (sete) estudantes adolescentes da 8ᵃ á 12ᵃ Classe da ESN- Nampula incluindo 03 (três) Professores que leccionam o 1° e 2º Ciclo do Ensino Secundário Geral na Escola Secundaria de Nampaco- Nampula.
  • 21. Tipo de amostragem Para esta pesquisa a amostra foi probabilística, que a "amostragem probabilística, os elementos do universo da pesquisa têm a mesma chance de serem escolhidos. São seleccionados aleatoriamente ou ao acaso. Existe uma probabilidade igual para todos os elementos sorteados".𝟓𝟔 Foram seleccionados aleatoriamente por sorteio, utilizando-se uma tabela de números aleatórios todos os que escolheram numero 05, para compor amostra, assim detalhados a seguir: 02 (dois) estudantes da turma- 01 da 8ᵃ Classe, 02 (dois) estudantes da turma-02 da 9ᵃ Classe, 01 (um) estudante da turma- 01 da 11ᵃ Classe, 01 (dois) estudante da turma- 02 da 12ᵃ Classe incluindo 01 (um) professor que lecciona turma- 01 10ᵃ Classe, um professor que lecciona turma- 02 11ᵃClasse e 01 (um) professor que lecciona turma- 01 12ᵃ Classe totalizando 10 (dez) participantes, que permitiram a obtenção dos dados de pesquisa sobre impacto psicológico em adolescente de 14 à 19 anos de idade na Escola Secundaria de Nampaco- Nampula. Critérios de Inclusão e Exclusão Foram inclusos neste estudo: Adolescentes Estudantes de (14 a 19anos), que frequentam o 1º e 2º ciclos na ESN e Professores que leccionam o 1º e 2º ciclo na Escola Secundária de Nampaco; Foram excluídos do estudo: Estudantes da mesma Escola que não pertençam a faixa etária (14-19) e Professores que não leccionam o 1º e 2ºciclos na Escola Secundária de Nampaco. Técnicas de recolha de dados Os métodos e as técnicas empregadas na pesquisa científica podem ser seleccionados desde a proposição do problema, da formulação das hipóteses e da delimitação do universo ou da amostra.𝟓𝟖
  • 22. As técnicas de colecta de dados correspondem aos diversos procedimentos ou utilização de diversos peculiares a cada objecto de pesquisa dentro das diversas etapas, ou seja, a técnica é a instrumentalização específica da acção”. Para obtenção de dados de pesquisa relativos ao impacto psicológico em adolescentes de 14 a 19 anos de idade na Unidade Escolar em análise, foi utilizado dois procedimentos: Entrevista e Revisão bibliográfica. Entrevista A entrevista é uma das principais técnicas de colectas de dados e pode ser definida como conversa realizada face a face pelo pesquisador junto ao entrevistado, seguindo um método para se obter informações sobre determinado assunto.58 Foi elaborado um guião de entrevista semiestruturada com questões pré-codificadas, administrado aos estudantes adolescentes da Escola Secundária de Nampaco, seleccionados aleatoriamente para o estudo incluindo os professores que leccionam o 1º e 2º ciclos do ESG nesta instituição de ensino. A colecta dos dados com o preenchimento do guião de entrevista foi realizada pela própria pesquisadora no dia 20 de Julho de 2022, com o tempo máximo da entrevista de 1hora. Foram entrevistados 10 (dez) indivíduos dos quais 07 (sete) adolescentes estudantes de 14 a 19 anos de idade incluindo 03 (três) professores que leccionam 1º e 2º ciclos da Escola Secundaria de Nampaco- Nampula para obter dados de pesquisa com relação ao impacto psicológico da epilepsia na adolescência. Revisão bibliográfica Todo trabalho científico, toda pesquisa, deve ter o apoio e o embasamento na pesquisa bibliográfica, para que não se desperdice tempo com um problema que já foi solucionado e possa chegar a conclusões inovadoras.59
  • 23. Diz que qualquer pesquisa, ela depende também de uma pesquisa bibliográfica, factores, magnitude, relevância, aspectos tomados no passado a partir do material já elaborados de diversos autores sobre o assunto em análise.24 Este método permite compreender as diversas opiniões de autores sobre a Epilepsia na adolescência. Para a concretização deste trabalho de pesquisa foram consultadas varias obras, artigos científicos, livros em Pdfs e Monografias mencionados na revisão de literatura para compreender o que vários autores discutiram anteriormente quanto ao impacto psicológico na adolescência e fez- se comparação dos fenómenos baseando- se com os dados colhidos das entrevistas realizadas aos adolescentes incluindo seus professores que serviu de critérios para conclusões formuladas. Método de análise de dados Este método indica como é feita avaliação dos dados qualitativos. Tem por objectivo reduzir grandes quantidades de dados brutos a uma forma interpretável e mensurável. 57 Podem ser: 60 Análise estatística, Análise de conteúdo, Análise de discurso. Dos três tipos de análise de dados o pesquisador optou em usar Análise de discurso que essa técnica tem como “propósito contar a frequência de um fenómeno e procura identificar relações entre os fenómenos, sendo que a interpretação dos dados se socorre de modelos conceituados definidos a prior”.26 Análise de discussão Para análise dos dados, foram criadas categorias e subcategorias temáticas, recorrendo-se posteriormente a analise e interpretação dos resultados. O processo de categorização deve ser entendido em sua essência como um processo de redução de dados. As categorias representam o resultado de um esforço de síntese de uma comunicação, destacando neste processo seus aspectos mais importantes .8 Nada obstante, aquando da pesquisa foi usada para organização da análise de discurso, a Analise, discussão e interpretação dos resultados.
  • 24. Instrumentos de Análise de Dados A análise tem como objectivo organizar e sumarizar os dados de tal forma que possibilitem o fornecimento de respostas ao problema proposto para investigação.25 Para a análise e interpretação de dados o pesquisador adoptou o desdobramento na perspectiva de conciliar as duas principais técnicas de colecta de dados: A Ficha de entrevista e análise bibliográfica (Obras: livros em Pdf, Artigos científicos, Dissertações). Considerações Ético-Legais A pesquisa foi realizada após a aprovação do Comité Institucional de Bioética para Saúde (CIBSUL). Só participou no estudo os sujeitos que tiveram um consentimento informado sobre o estudo. Os sujeitos foram explicados sobre o objectivo do estudo, a finalidade dos dados e a necessidade de preservar a confidencialidade, anonimato e privacidade dos inqueridos. Foi contactada e informada a direcção da escola sobre o estudo e a sua necessidade e só foi possível a sua execução quando este órgão consentiu sobre o assunto em abordo. As entrevistas foram feitas após a assinatura do termo de consentimento informado. Os participantes foram informados sobre os objectivos da pesquisa, a confidencialidade e privacidade. Para manter a confidencialidade dos participantes, não serão recolhidos dados nominais no decurso da entrevista. Para a identificação das descrições serão usados letras do alfabeto (de A até Z, procedendo-se da seguinte maneira: dados do entrevistado A, dados do entrevistado B, dados do entrevistado C em diante). Para preservar a privacidade e segurança das participantes em ambos locais, a entrevista decorreu numa sala autorizada pelos membros da Direcção da instituição após a apresentação da credencial da investigadora. Os dados resultantes do estudo são exclusivamente utilizados para fins académicos e serão compartilhados com a direcção da Escola.
  • 25. CAPITULO IV: APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E DISCUSSÃO DE RESULTADOS Neste capitulo são apresentados os resultados alcançados após aplicação dos questionários realizados junto de adolescentes estudantes de 14 à 19 anos de idade incluindo seus professores do 1º e 2º ciclo da Escola Secundaria de Nampaco, tendo em consideração os objectivos definidos a prior. Recorreu- se ao programa word versão 7,0 para tratamento dos dados obtidos os quais foram organizados em letras alfabéticas de A a Z, para facilitar a interpretação dos mesmos, fazendo- se acompanhar pela análise de discurso. Por enfim, procedeu- se a interpretação e discussão dos resultados verificados no estudo. Apresentação, Análise e Discussão de Resultados No que concerne a amostra obtida nesta investigação verificou- se que esta foi constituída por 10 (dez) indivíduos dos quais 07 (sete) adolescentes estudantes de 14 à 19 anos de idade que corresponde a 70% inclusive 03 (três) professores que leccionam 1º e 2º ciclo que corresponde a 30%. O estudo foi por amostragem probabilística, onde foi seleccionados aleatoriamente para compor amostra, 02 (dois) estudantes da turma A da 8ᵃ Classe, 02 (dois) estudantes da turma B da 9ᵃ Classe, 01 (um) estudante da turma A da 10ᵃ Classe, 01 (um) estudante da turma B da 11ᵃ Classe, 01 (um) estudante da turma B da 12ᵃ Classe incluindo 01 (um) professor da turma A da 10ᵃ Classe, um professor da turma B da 11ᵃClasse e um (01) professor da turma A da 12ᵃ Classe totalizando 10 (dez) participantes, que doravante foram tratados como Entrevistado Adolescentes (EA) que vão de EA1, EA2, EA3, EA4, EA5, EA6, EA7 e Entrevistados professores (EP) que vão de EP1, EP2, EP3, que permitiram para obtenção dos dados de pesquisa sobre impacto psicológico em adolescente de 14 á 19 anos de idade naquela Unidade Escolar.
  • 26. Com relação ao Perfil etário, nível de escolaridade, categoria profissional e língua falada a partir das informações obtidas às entrevistas realizadas, se compreendeu que, os entrevistados estavam numa faixa etária compreendida entre 15 (quinze) à 18 (dezoito) anos de idade para estudantes e de 34 (trinta e quatro) á 41(quarenta e um) anos de idade para professores e na sua maioria possuem nível secundário para estudantes e nível superior para professores, dos quais três (03) do Sexo Feminino e 04 (quatro) do sexo masculino para estudantes, 02 (dois) do sexo feminino e um do sexo masculino para professores. Todos constituída por estudantes adolescentes incluindo professores que leccionam de 1º e 2º ciclo na ESN- N. Na sua maioria falam língua portuguesa e língua materna Chimácua. Com objectivo de avaliar o nível de conhecimento dos estudantes e professores relativo à Epilepsia, dos estudantes entrevistados EA1, EA2, EA3, EA6 e Professor entrevistado EP2 responderam que a Epilepsias é uma doença que geralmente não tem cura. EA7 respondeu que é uma doença hereditária transmitida a partir dos progenitores. EA4 e EA5 respondeu que é uma doença mental que apresenta reiteradamente as recaídas com sinais de insalivação. Entrevistado Professor EP3 respondeu que a epilepsia é uma doença perigosa e contagiosa. EP1 refere que Epilepsia apresenta ataques. Nas investigações realizadas por alguns autores citados na revisão da literatura, epilepsia é um distúrbio cerebral caracterizado por manifestações clínicas (crises) recorrentes e espontâneas .𝟐𝟖 Estas manifestações clínicas são causadas pelo disparo intenso, sincronizado e rítmico, de populações neuronais no sistema nervoso central, com tendência a se repetir ao longo da vida. 𝟐𝟖 Não obstante, os entrevistados na sua maioria revelam baixo nível de conhecimento com relação à epilepsia.
  • 27. Quanto a questão, Pessoas que podem sofrer de Epilepsia, os entrevistados E1, E4, E5, E7 e E3 responderam que qualquer pessoa independentemente do sexo, idade, cor, raça, tribo, nacionalidade pode sofrer de epilepsia. EA3 respondeu, que os Homens são os que mais sofrem de epilepsia. EA6 refere que as Mulheres são as que mais sofrem de epilepsia. Os entrevistados professores EP1 e EP2 responderam que todas as pessoas podem sofrer de epilepsia mas com mais enfoque e frequência nos adolescentes. Nas investigações realizadas anteriormente das quais foram mencionadas na revisão da literatura reitera- se que, o termo epilepsia deriva do nome grego ''Epilambanein'' que significa surpreender, dado o carácter imprevisível das crises epilépticas, podendo afectar qualquer pessoa independentemente da idade, género, ou cultura. 63 No entanto das informações obtidas através das entrevistas realizadas aos estudantes e professores relacionando com a posição dos autores referidos acima não mostra diferença. Não obstante, os entrevistados na sua maioria revelam conhecimento aceitável relativo às pessoas que podem sofrer de epilepsia. Em relação a questão, conhece ou já viu alguém com epilepsia, todos Estudantes e Professores entrevistados conhecem ou já vira alguém que sofre de Epilepsia seja na escola como na sociedade. Neste contexto, os pacientes epilépticos são passiveis de se encontrar em qualquer lugar, sendo na sociedade, no trabalho e na escola, dai os estudantes e professores entrevistados, conhecem e já viram pessoas que sofrem de epilepsia na escola ou mesmo na sociedade. Assim sendo não é bastante somente conhece- lós, mas também ajuda- lós na reintegração social. Com relação à questão, Sinais e sintomas de epilepsia, os entrevistados E1, E3, EA4, E5, E6 responderam que doente com epilepsia apresenta como sinais e sintomas: Agitação psicológica- motora, convulsões, salivação, dores de cabeça e desmaio. EA2 refere que o doente apresenta queda e tira a roupa. EA7 refere que o doente apresenta dificuldade respiratória acompanhada de uma agitação psico- motora. Os entrevistados professores todos responderam que doente com epilepsia apresenta queda súbita lateral esquerdo acompanhada de salivação.
  • 28. Das informações obtidas dos entrevistados mostra uma pequena diferença em relação a posição de alguns autores mencionados na revisão da literatura referindo sinais e sintomas de epilepsia como sendo: Um olhar fixo no vazio, o piscar de olhos e ligeiros movimentos automáticos com as mãos, de mastigação ou espasmo que podem ocorrer muitas vezes por dia, todos os dias (crises generalizadas.𝟓𝟒 Pode também apresentar espasmos numa extremidade, uma sensação estranha numa parte do corpo, fenómenos visuais, sentir medo ou uma sensação de já- vu e adormecimento do rosto ou braço (Crises generalizadas).54 Contudo, os entrevistados na sua maioria conhecem de forma parcial os sinais e sintomas de epilepsia, assim sendo pode ajudar a diagnosticar através de manifestações clinicas e posterior intervenção em primeiros socorros, caso estudantes com epilepsia entrem crise. Com relação à questão, os factores que levam os adolescentes desencadearem transtornos psicológicos, todos entrevistados responderam que, são causas genéticas ou hereditárias, trauma durante o parto; infecção cerebral, traumatismo craniano, tumor cerebral, tromboses, intoxicação causada por drogas, a interrupção por irrigação sanguínea do cérebro, desequilíbrio metabólico existente no organismo. Nas investigações realizadas por alguns autores mencionados na revisão da literatura, categoriza- se factores desencadeadores da epilepsia em: Idiopática ou primária: Causa genética ou hereditária; Criptogâmica: Ausência de causas; Sintomática ou secundaria: Suspeita da possível causa. Outras causas:𝟓𝟓 Trauma durante o parto; infecção cerebral, traumatismo craniano, tumor cerebral, tromboses, intoxicação causada por drogas, a interrupção por irrigação sanguínea do cérebro, desequilíbrio metabólico existente no organismo. Contudo, todos entrevistados na presente pesquisa, revelam conhecimentos aceitável, relativo aos factores que levam os adolescentes desencadearem transtornos psicológicos, assim sendo podem ajudar aos pais, profissionais de Saúde a adoptarem medidas preventivas/precauções básicas a incidência de casos de epilepsia caso aplicável. No que tange à questão, há estudantes com epilepsia nessa escola, todos entrevistados, estudantes e professores responderam afirmativamente. Na maior parte dos estudos mencionados na revisão da literatura referem que no ambiente escolar, o desconhecimento dos professores e autoridades escolares sobre a epilepsia se constitui em um facilitador para atribuições negativas em relação ao fracasso escolar que possa surgir em alunos com epilepsia.𝟐𝟕
  • 29. À vista disso, aquando da pesquisa pode- se perceber que os estudantes e os professores conhecem estudantes com epilepsia nessa escola, assim sendo constituem um aspecto positivo, pós, podem eles estarem preparados em qualquer momento para intervir em casos de um/a estudante entrar em crise epiléptico, não constituindo dessa forma surpresa. No que diz respeito à questão, estudante com epilepsia como é tratado pelos colegas da escola/turma, os estudantes entrevistados E3, E4, E5 e E6 responderam que é tratado com desprezo, é mal falado, descriminado e rejeitado. E1, E2, E7 responderam que é tratado como colega e em casos de entrar em crise é deixado num lugar seguro e depois acompanhado para casa. Professor Entrevistado E9, referiu que tratam como qualquer estudante. E10, alguns colegas da escola isolam. E8, não existem nem cuidados porque a própria escola não tem um posto de primeiros socorros. Nas investigações mencionadas na revisão da literatura mostram que muitas crianças/adolescente na sociedade ou na escola que sofrem de epilepsia são descriminadas, pós existem o medo de contaminação, porque muita gente ainda acredita que a doença pode ser transmitida de uma pessoa para outra.60 Nada obstante, os entrevistados na sua maioria assumem que os estudantes com epilepsia nessa escola são descriminados e rejeitados por outros estudantes. No tocante a questão, estudante que entra em crise epiléptica, o que outros estudantes tem feito, todos estudantes e Professores entrevistados, responderam que é ajudado, que consistem em afastar os curiosos, isolando a vitima e deixando- lhe até recuperar a sua consciência, seguidamente é levado à direcção ou a sala dos professores para se acalmar por fim são solicitados os seus encarregados de educação/familiares para leva- ló para casa com vista a prosseguir com os cuidados subsequentes na unidade sanitária onde tem feito o controlo. Nesse sentido, os Estudantes incluindo Professores revelam conhecimento suficiente com relação as medidas a adoptar em caso de um/a estudante entrar em crise epiléptica no ambiente Escolar.
  • 30. Com relação a questão, o que os professores ou a direcção tem feito para um estudante que sofre de epilepsia, todos os estudantes e Professores entrevistados responderam que são solicitados os seus encarregados de educação para inteira- se da situação posteriormente orientar ao familiar para leva- ló/a para casa. Em conformidade com a posição de alguns autores mencionados na revisão de literatura reiteram que, cabe então aos Professores ou a Direcção de uma Escola o papel da inserção social, física e académica das crianças com epilepsia na classe do ensino regular, sensibilizando todos os alunos para a diferença.57 Os adolescentes com epilepsia podem então beneficiar de adequações no processo de ensino e aprendizagem através da aplicação das medidas educativas relativas a Necessidades de educação especial.𝟓𝟕 Na devida ordem, pode- se concluir que, os Professores ou a Direcção não adoptam medidas correctivas para um estudante que sofre de epilepsia ao solicitar os encarregados de educação para levar estudante com epilepsia para casa ao invés de adoptar medidas de inserção social no ambiente escolar e adequações de necessidades de educação especial (NEE) junto com seus familiares. No que concerne a questão, há discriminação para estudantes epilépticos por parte dos seus colegas nessa escola, os estudantes e professores entrevistados na sua maioria responderam afirmativamente a existência de descriminação para os estudantes epilépticos. Excepto E7, respondeu negativamente, reiterando que não há descriminação nesta escola para os estudantes que sofrem de epilepsia Em harmonia com alguns autores mencionados na revisão da literatura referem também que muitas crianças/adolescente na sociedade ou na escola que sofrem de epilepsia são descriminadas, pós existem o medo de contaminação, porque muita gente ainda acredita que a doença pode ser transmitida de uma pessoa para outra.60 Pós esse pensamento é errado, a epilepsia não pode ser considerada como doença contagiosa e não é causada por feitiçaria, nem por espírito mau como as pessoas em Moçambique acreditam.60 Assim sendo, os estudantes e professores entrevistados na sua maioria reportam através desta pesquisa situações de descriminação para estudantes com epilepsia por parte de seus colegas da turma ou da escola, por razão de medo de serem contagiados.
  • 31. Quanto à questão, o que deve ser feito para que os estudantes epilépticos não se sintam isolados, descriminados e ou rejeitados, todos estudantes e professores entrevistados responderam que deve ser feito uma inserção/integração social, onde será amigo de todos, envolvendo- lhe em trabalhos em grupo e actividades recreativas escolar para que não sinta isolado, fazendo- lhe perceber que não esta sozinho/a e que tem uma vida normal como qualquer estudante. Portanto, todos entrevistados conhecem o que devem ser feito para que os estudantes com epilepsia não se sintam isolados, descriminados ou rejeitados, pós relacionando com as posições de alguns autores não se nota grande diferença ao referirem que é necessário criar uma atmosfera de compreensão e de demonstrar um interesse genuíno pelo funcionamento do paciente nas várias áreas da sua vida, como as relações com a família nuclear, relações sociais no local de trabalho e na escola, resultados académicos e profissionais ou preocupações pessoais.60 Em razão disso, todos entrevistados sabem o que deve ser feito para que os estudantes epilépticos não se sintam isolados, descriminados e ou rejeitados na sociedade ou no ambiente escolar, pode obviamente contribuir para melhoria no tratamento e no seu estilo de vida. Com relação a questão, a epilepsia tem tratamento e pode ser curada ou controlada, todos estudante e professores entrevistados, responderam afirmativamente. Nas investigações realizadas anteriormente por alguns autores mencionados na revisão da literatura, traz a percepção de que a epilepsia tem tratamento e cura. Mas, para o efeito, é preciso procurar serviços de Saúde e tratamentos especializados nas unidades sanitárias do sistema nacional de saúde.60 Portanto a resposta da amostra da presente Pesquisa não difere das investigações ou discussões anteriores de alguns autores sobre tratamento da epilepsia. Nada obstante, todos entrevistados estudantes e professores sabem que a epilepsia tem tratamento e pode ser curada ou controlada. Relativamente à questão, as vantagens do tratamento e/ou acompanhamento psicológico rotineiro dos adolescentes que sofrem de epilepsia, todos os entrevistados estudantes e professores responderam que, com o tratamento e devido acompanhamento reduz as crises e recaídas epilépticas recorrentes, contribui para boa qualidade de vida do adolescente epiléptico. Nada obstante, todos estudantes e professores entrevistados, conhecem as vantagens do tratamento e/ou acompanhamento psicológico rotineiro dos adolescentes que sofrem de epilepsia.
  • 32. No que respeita a questão, profissionais de saúde mais indicado para cuidar de casos de epilepsia, todos os Professores e Estudantes entrevistados E1, E3, E4, E5 conhecem como sendo Médicos Psiquiatras. Os entrevistados E2 e E6 referiram que são Psicólogos. EA7 conhece como sando Médicos Psiquiatras e Psicólogos. Na maior parte dos estudos mencionados na revisão da literatura refere que, o Profissional de Saúde deve perceber a situação psicossocial específica de cada paciente com epilepsia e, eventualmente, reencaminhar o caso para um profissional de saúde mental (Psiquiatra ou Psicólogo).46 Nessa perspectiva, os entrevistados na sua maioria conhecem de forma parcial os Profissionais de Saúde mais indicados para cuidar de casos de epilepsia destacados como sendo apenas Médicos Psiquiatras e entrevistados na sua minoria revelam conhecimentos aceitável sobre os Profissionais de Saúde mais indicados para cuidar de casos de epilepsia, destacados com sendo, Médicos Psiquiatras e Psicólogos. Relativamente à questão, o que deve ser feito para melhorar o tratamento que é dado ao estudante epiléptico, todos estudantes e professores entrevistados responderam que, tratando- se de uma doença que não tem cura, mas tem tratamento para toda vida, deve ser dado o devido acompanhamento, partindo da selecção dos bons fármacos antiepilépticos até ao apoio psicossocial. Na devida ordem de ideia, todos entrevistados possuem noção do que deve ser feito para melhorar o tratamento que é dado ao estudante epiléptico, a vista disso não é suficientemente eficaz só a disponibilidade de fármacos antiepilépticos, ademais, constitui também peca- chave o apoio psicossocial feito pelo Médicos psiquiatras, Psicólogos e demais membros da sociedade, na reabilitação ou reinserção social (grupos de entretenimento na escola). Relativamente à questão, o impacto que o estudante com epilepsia pode desencadear no processo de ensino e aprendizagem, todos professores entrevistados e estudantes E3, E4, E5, E6 responderam que, a epilepsia traz o impacto negativo que culmina com o fraco aproveitamento pedagógico por falta de atenção causada por efeitos colaterais dos fármacos antiepilépticos. Excepto estudantes entrevistados E1, E2, E7 que referiram ser relativo, se o estudante epiléptico estiver fazendo o tratamento devidamente, claro que o impacto será positivo isto é, terá o bom aproveitamento pedagógico como qualquer estudante na Escola.
  • 33. Nas investigações realizadas por alguns autores mencionados na revisão da literatura refere- se, que a idade do início das crises, a frequência das mesmas, a etiologia/Causa, o tipo de epilepsia e o tratamento com as drogas antiepilépticas são factores que podem comprometer o desempenho escolar dos adolescentes epilépticos, devido aos seus efeitos que se reflectem no comportamento e nas funções cognitivas, nomeadamente: Na capacidade de atenção, Memória e linguagem interferindo posteriormente no processo de aprendizagem.𝟓𝟖 Assim sendo, e tendo analisado com meticulosamente as informações obtidas das entrevistas realizadas nota- se uma relação às opiniões de alguns autores referidos logo a prior. Nesse contexto, os estudantes e professores entrevistados na sua maioria revelam o conhecimento aceitável das repercussões que podem ser desencadeadas em estudantes com epilepsia no processo de ensino e aprendizagem. No que respeita à questão, o conselho a dar aos pais/encarregados de educação, colegas, familiares ou amigos com um parente que sofre de epilepsia e que se sente isolado, descriminado e /ou rejeitado pela sociedade estudantil, todos professores entrevistados, responderam que, os encarregados de educação deve com antecedência comunicar a direcção da escola estudantes que sofrem de epilepsia para merecer cuidados especiais. Os entrevistados E1, E2 e E7 responderam que, sendo alguém igual a qualquer um, aos pais daria mais força incentivando e dando moral para continuar fazer o acompanhamento no tratamento do filho, não deixando que desista de estudar. E3 e E4, referem que os pais devem controlar e fazer o acompanhamento ao seu tratamento dando- lhe apoio morar. E5 e E6 responderam que, não pode haver descriminação, deve- se tratar o epiléptico de forma igual como qualquer um.
  • 34. Na maior parte dos estudos mencionados na revisão da literatura admite- se que, o conselho dado aos familiares ou amigos com alguém epiléptico estão voltado ao apoio através de inserção aos grupos de auto-ajuda constituindo dessa forma outro recurso importante para as pessoas com epilepsia, na medida em que permite a troca de experiências e vivências, para além de possibilitar a interacção entre pacientes e profissionais de saúde.𝟑𝟖 O conselho relativamente ao apoio informal, o suporte social é muitas vezes referido na literatura como um factor importante para o bem-estar do epiléptico: (ex: família, amigos, acessibilidade de outras fontes de apoio). Este tipo de recursos é muitas vezes o mais valorizado pelos pacientes.𝟓𝟏 Os Professores e familiares podem encaminhar os adolescentes com epilepsia para então beneficiar- se de adequações no processo de ensino e aprendizagem através da aplicação das medidas educativas relativas a educação especial.𝟓𝟕 Em virtude dos objectivos levantados a prior, se conclui que os estudantes e Professores entrevistados na sua maioria sabem aconselhar os pais/encarregados de educação, colegas, familiares ou amigos com um parente que sofre de epilepsia e que se sente isolado, descriminado e /ou rejeitado pela sociedade estudantil, assim sendo pode contribuir para minimização da descriminação para Pacientes/estudante com epilepsia e que não sejam rejeitado e isolado.
  • 35. CAPITULO V: CONCLUSÇÕES, RECOMENDAÇÕES E SUGESTÃO Conclusão O presente trabalho de Pesquisa pretendeu compreender o impacto psicológico da epilepsia em adolescentes de 14 à 19 anos de idade. Neste ponto apresenta- se as principais ideias do estudo desenvolvido. Relativamente aos objectivos delineados inicialmente, considera- se, que os mesmo foram cumpridas mediante a verificação dos objectivos entretanto formulados logo a prior. Não obstante, aquando do desenvolvimento da pesquisa conclui- se, que: Os Estudantes incluindo seus Professores da Escola Secundária de Nampaco, Cidade de Nampula revelam baixo nível de conhecimento com relação às percepções sobre epilepsia, mesmo assim conhecem as medidas a dotar em casos de estudantes entrar em crise epiléptica; Por outro lado percebeu- se que, os Estudantes incluindo seus Professores da Escola Secundaria de Nampaco, revelam conhecimento aceitável sobre, que pessoas podem sofrer de epilepsia, aliado a isso já viram e conhecem pessoas que sofrem de epilepsia de todas as idades e sexo tanto na sociedade como na Escola; Os Estudantes incluindo seus Professores da Escola Secundaria de Nampaco, conhecem de forma parcial os sinais e sintomas de epilepsia, no entanto, isso pode contribuir para identificar estudantes que estiverem entrando em crise epiléptica, através de manifestações clinicas, para prévia intervenção em primeiros socorros. Os Estudantes incluindo seus Professores da Escola Secundaria de Nampaco, Cidade de Nampula, Conhecem factores que levam aos adolescentes desencadearem transtornos psicológicos, assim sendo podem ajudar a se adoptar medidas preventivas/precauções básicas a incidência de casos de epilepsia; Nada obstante, notou- se, que na Escola Secundaria de Nampaco, há estudantes que sofrem de epilepsia, à vista disso há necessidade da criação de medidas de educação especial e inserção social para permitir um bom estilo de vida dos estudantes com epilepsia na Escola;
  • 36. Relativamente a descriminação, na Escola Secundaria de Nampaco, verificou- se, que os estudantes que sofrem de epilepsia são descriminados, rejeitados e sofrem bullyng por outros estudantes seja colegas da turma ou colega da Escola pós tem medo de serem contagiados, nessa perspectiva, as palestras de sensibilização aos estudantes são indispensáveis; Apesar de haver descriminação para estudantes com epilepsia, constatou- se, que na ESN, os Estudantes incluindo seus Professores ajudam estudantes em crises epilépticas, afastando os curiosos, isolando a vitima e deixando- lhe até recuperar a sua consciência, seguidamente é levado à direcção ou a sala dos professores para se acalmar por fim são solicitados os seus encarregados de educação/familiares para leva- ló para casa com vista a prosseguir com os cuidados subsequentes na unidade sanitária onde tem feito o controlo; Os Estudantes incluindo Professores conhecem as medidas a adoptar em casos de um estudante entrar em crise epiléptica na Escola Secundaria de Nampaco, Cidade de Nampula, embora não tenha capacitações em matérias de primeiros socorros sobre crises epilépticas; Os Professores ou a Direcção da Escola Secundaria de Nampaco- Nampula não adoptam medidas correctivas para um estudante que sofre de epilepsia ao solicitar os encarregados de educação para levar estudante com epilepsia para casa ao invés de adoptar medidas de inserção social no ambiente escolar e adequações de necessidades de educação especial (NEE) junto com seus familiares; Portanto, através das entrevistas realizadas, notou- se também que, na Escola Secundaria de Nampaco, Cidade de Nampula há descriminação para estudantes que sofrem de epilepsia por parte de seus colegas da turma ou da escola, por razão de medo de serem contagiados, assim sendo, campanhas de sensibilização são necessárias para reduzir a descriminação nesta Unidade Escolar; Os Estudantes incluindo seus Professores da Escola Secundaria de Nampaco, Cidade de Nampula sabem o que deve ser feito para que os estudantes epilépticos não se sintam isolados, descriminados e ou rejeitados na sociedade ou no ambiente Escolar; Os Estudantes incluindo seus Professores da Escola Secundaria de Nampaco, sabem que a epilepsia tem tratamento e pode ser curada ou controlada desde que tenha cuidados especializados nas unidades sanitárias do SNS;
  • 37. Os Estudantes e Professores da Escola Secundaria de Nampaco, Cidade de Nampula, conhecem as vantagens do tratamento e/ou acompanhamento psicológico rotineiro dos adolescentes que sofrem de epilepsia Os Estudantes incluindo seus Professores conhecem de forma parcial os Profissionais de Saúde mais indicados para cuidar de casos de epilepsia designados como sendo Médicos Psiquiatras e Psicólogos; Os Estudantes incluindo seus Professores da Escola Secundaria de Nampaco, Cidade de Nampula possuem noção do que deve ser feito para melhorar o tratamento que é dado ao estudante epiléptico, a vista disso não é suficientemente eficaz só a disponibilidade de fármacos antiepilépticos, ademais, constitui também peca- chave o apoio psicossocial feito pelos Médicos Psiquiatras, Psicólogos e demais membros da sociedade, na reabilitação ou reinserção social (grupos de recriação na Escola e na Sociedade); Os Estudantes e Professores da Escola Secundaria de Nampaco, Cidade de Nampula, revelam o conhecimento aceitável em relação as repercussões que podem ser desencadeadas em estudantes com epilepsia no processo de ensino e aprendizagem, pós essa categoria está relacionado com o impacto psicológico em adolescentes de 14 a 19 anos de idade; Conquanto, pode- se entender também que, os Estudantes incluindo seus Professores da Escola Secundaria de Nampaco, Cidade de Nampula sabem aconselhar os pais/encarregados de educação, colegas, familiares ou amigos com um parente que sofre de epilepsia e que se sente isolado, descriminado e /ou rejeitado pela sociedade estudantil, assim sendo pode contribuir para minimização da descriminação para Pacientes/estudante com epilepsia e que não sejam rejeitado e isolado pela sociedade.
  • 38. Recomendações A Escola representa uma forte componente na vida dos adolescentes, pois é local onde estas passam a maior parte do seu tempo, logo, do seu desenvolvimento intelectual, marcando toda sua experiencia enquanto adulto, associada também as atitudes demostradas pelos Professores, que assumem uma enorme influencia ao longo da sua vida. Cabe então a estes o papel da inserção social, física e académica dos adolescentes com epilepsia na classe/turma do ensino regular, sensibilizando todos os alunos para a diferença. Neste contexto, no presente ponto pretende- se apresentar recomendações para minimizar o impacto que a epilepsia provoca em adolescentes de 14 à19 anos de idade e as repercussões no que se refere a sua aprendizagem na Escola Secundaria de Nampaco Cidade de Nampula. Desta forma, seguem-se algumas recomendações, que poderão servir para melhorar os aspectos ligados a impacto psicológico em adolescente: Que o Serviço Distrital de Educação e Desenvolvimento Humano em coordenação com o Serviço Distrital de Saúde Mulher e Acção Social de Nampula Promovam capacitações aos Professores e Estudantes em matérias relativos à Epilepsia e Medidas de Primeiros socorros aos estudantes em crise epiléptica; Que a Direcção da Escola em coordenação com encarregados de educação/Familiares, adoptem medidas de inserção social e enquadramento em adequações de Necessidades de Educação Especial (NEE) aos estudantes que sofrem de epilepsia na Escola; Que a Direcção da escola em coordenação com DEPARTAMENTO DE SAUDE MENTAL através do PROGRAMA DE LUTA CONTRA A EPILEPSIA promovam palestras de sensibilização aos estudantes e Professores para a redução da descriminação de estudantes que sofrem de epilepsia na Escola Secundaria de Nampaco, Cidade de Nampula; Que a Direcção da Escola Secundaria de Nampaco, Cidade de Nampula, solicite ao DEPARTAMENTO DE SAUDE MENTAL a criação de um posto de Primeiros Socorros para casos de crises epilépticas ou Consultas Periódicas de epilepsia na Escola.
  • 39. Que os Professores em coordenação com os Técnicos/Médicos de Psiquiatria e Psicólogos promovam palestras em matérias relativos à Epilepsia com estudantes em tempos de reunião de turma; Que os Estudantes criem foros de debates em matérias ligadas a epilepsia para melhor compressão para reduzir a descriminação á estudantes que sofrem de epilepsia.
  • 40. N/O Actividades Material Responsável Orçamento Cronograma C. Material A. custo J F M A M J J A S 01 Apresentação de proposta a Comissão científica A4, Comp, Imp Pesquisador 50,00 150,00 02 Apreciaçãodas recomendações Canetas, A4, Comp, Imp Comissão científica 50,00 0,00 03 Levantamentos bibliográfico Computado r Pesquisador 20,00 0,00 04 Elaboração do Projecto de protocolo PC, A4,imp Pesquisador 141,00 0,00 05 Revisão do texto Canetas e lápis Supervisor 0,00 0,00 06 Entrega do protocolo a comissão científico Unilurio Pesquisador 141,00 100,00 07 Defesa do Protocolo Comp, Data show Pesquisador 0,00 100,00 08 Reajuste do protocolo segundo as recomendações dadas pela comissão cientifica do curso Comp, A4, Imp Pesquisador 141,00 0,00 09 Colheita de dados no terreno A4, Caneta, Lapis Pesquisador 120,00 850,00 10 Elaboração do relatório de pesquisa Com p, A4, impr ess Estudant e 75,00 850,0 0 11 Entrega do Relatório da Pesquisa (Monografia) Superviso r e pesquisa dor 5,000. 00 150,0 0 TOTAL 5,597. 00 2,050 .00 Fonte: GIL, 2008 7,647.00Mts Cronograma Tabela 1: Cronograma de Actividade
  • 41. Meios de Divulgação Após a realização do presente estudo, serão depositados três exemplares do relatório final da pesquisa na Biblioteca da instituição para a consulta dos interessados; Serão compartilhados os resultados desta pesquisa com a escola, onde foi realizado o estudo. Serão publicados os resultados na rede electrónica para contribuir no desenvolvimento de uma nova abordagem para com os adolescentes que padecem da epilepsia no contexto escolar, social, e até familiar.
  • 42. • Referências Bibliográficas • 1. MITANO F. Experiências e Percepções sobre Gravidez na Adolescência: Um Estudo Fenomenológico. Dissertação apresentada à Faculdade de Medicina da UEM como parte dos requisitos para obter o grau de Mestre em Saúde Pública. Maputo, 2015. • 11. TRIMBLE, M. R.; REYNOLDS, E. H. Epilepsy, behavior and cognitive function. New York: John Wiley & Sons. 1987. • 12. LINEHAN, C., et al. Future directions for epidemiology in epilepsy. Epilepsy & Behaviour, v. 22, p. 112-17. 2011. • 14. NEVES, M. de. Em primeira pessoa: escritos autobiográficos de pacientes com epilepsia no Brasil do século XIX. Simpósio Satélite de Epilepsia. Liga Brasileira de Epilepsia. 2009. • 16. DUMAS, M.; GIORDANO, C. l’epilepsie. Paris: Hermann, éditeurs des sciences et des arts. 1993 • 17. AUSTIN, J. K., A model of family adaptation to new-onset childhood epilepsy. Journal of Neuroscience Nursing, v. 28, p. 82-92. 1996. • 21. ERIKSON, E. H. Identidade, juventude e crise. 2. ed. Rio de Janeiro: Zaahar. 1972. • 22.PAPALIA, D. O. S.; FELDMAN, R. Desenvolvimento humano. Porto Alegre: Artmed. 2006. • 27. WODRICH, D. L. Disclosing information about epilepsy and type 1 diabetes mellitus: the effect on teachers' understanding of classroom behavior. School Psychology Quarterly, v.20, p. 288-303. 2005 • Behavior, 2000. 1 (1), pp. 18-20 • 37. DILORIO, C., Yeager, K. «The epilepsy self-efficacy scale», in STRICKLAND, O., DILORIO, C. (Eds), Measurement of nursing outcomes: Self care and coping, Vol. Ill (2nd edition). New York: Springer Publishing Company: 2003. pp. 40-51 • 38. FERNANDES, P. T., SALGADO, P. C. B., NORONHA, A. L. A., et al Formação de grupos como suporte psicológico e social na epilepsia. Journal of epilepsy and clinical neurophysiology, 2004.10 (3), pp: 171-174
  • 43. • 39. FORHEID, P. «Etiopatogenia», in Alves, D., Luzeiro, I. e Pimentel, J. (Eds.) Livro Básico da Epilepsia. Bial: 2007,pp. 65-80. • 40. GERMINIANI, F. M. B., CRIPPA, A. C., PEREIRA, E. R., et al Epilepsy across space and time: from ancient history to current beliefs - a brief review. Journal of epilepsy and clinical neurophysiology,2004. 10 (4), pp: 229-232. • 44. NOEKER, M., H AVERKAM p, F. Successful cognitive-behavioral habituation training toward photophobia in photogenic partial seizures. Epilepsia,2001. 42 (5), pp: 689-691 • 45. SOUZA, E., FERNANDES, P., SALGADO, P. e DORETTO, F. Mecanismos psicológicos e o estigma na epilepsia (2002). Recuperado a 8 de Abril de 2005 na World Wide Web: http://www.com ciencia.br/reportagens/epilepsia/epl 8.htm • 46. SUURMEIJER, T., REUVEKAMP, M., ALDENKAMP, O., e SIE, O. Quality of life in epilepsy: multidimensional profile and underlying latent dimensions. Journal of epilepsy,1998. 11, pp. 84-97 • 47. SUURMEIJER, T., REUVEKAM p, M. e ALDENKAMP, O. Social functioning, psychological functioning and quality o f life in epilepsy. Epilepsia, 2001. 42 (9), pp. 1160- 1168 World Health Organization: pp: 55-62 • 49. CASTRO, E., FERREIRA, R. & GOULART, E. A Epilepsia e os transtornos mentais: a interface neuropsiquiátrica. Rev Med Minas Gerais, 2008. 18(4 Supl 1), 98-106. • 50. WHO – World Health Organization. The first 10 years of the World Health Organization. 1986. Geneva. Ref Type: Catalog. • 51. CUTTING, S., LAUCHHEIMER, A., BARR, W., DEVINSKY, O. A dult-onset idiopathic generalized epilepsy: clinical and behavioral features. Epilepsia, 2001. 42 (11), pp. 1395-1398 • 52. CERVO, A. L. BERVIAN, P. A. Metodologia científica. 5.ed. São Paulo: Prentice Hall, 2002. • 53. LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A. Metodologia do trabalho científico. 4.ed. São Paulo: Atlas, 1992. • 54. Appleton, R., Chappell, B. & Beirne. Tudo sobre epilepsia. Sao Paulo: Andrei editora, 2000. • 55.Gomes,A. (2004). Afinal e so epilepsia.1 edicao ., porto editora. Ambar • 56. Kutcher, M. (2011). Compreeender a epilepsia uma guia para os pais , professores. Porto. Editora. 2006. • 57. Correia, L. (2008). Inclusao e necessidade educativa especial: Um guia educadores e professores. 2 edicao . Col. Porto editora. • 58. Viera,F. (2005). Avaliação de crenças sobre epilepsia. Porto alegre. Editora. • 59. LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A. Fundamentos metodologia científica. 4.ed. São Paulo: Atlas, 2001. • 60. Portal do Governo de Moçambique, 2016. • 61. Sampiere, R. Metodologia de pesquisa 3 ͣ ed. Brasil, 2006. • 62. JÚNIOR, M, Falco. G. Metodologias de Pesquisa, 2012. • 63. Brailowsky,s. (1992). La epilepsia: história conceitos. • 64. ANDRADE, R,B. (2015). Contribuições a política de atenção a saúde dos servidor, pag 33. • 65. FERREIRA,A.B.H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ᵃ Edição. Rio de Janeiro. Nova fronteira. 1986.pag.687. • 66. http//www.edools/faq/o que e educação/? • 67. EYSENCK, M.W.AT ALL.(2007).Manual de psicologia cognitive. Porto alegre. Artimed. • •
  • 44. • Glossário • Educação especial- É um conjunto de recursos que a escola e as famílias devem ter ao seu dispor para poderem responder mais eficazmente as necessidades de um aluno com Necessidades de Educação Especial, tendo em vista a maximizar das suas potenciais e assim poder alcançar o sucesso educativo como qualquer outro.𝟓𝟕
  • 45. • Apêndice- A • UNIVERSIDADE LÚRIO • FACULDADE DE CIENCIAS DE SAUDE • LICENCIATURA EM PSICOLOGIA CLINICA • • GUIÃO DE ENTREVISTA DIRIGIDO AOS ADOLESCENTES • Província_______________________ Distrito________________________ Localidade_____________________ • I. Informação Sócio Demográfica • 1.1. Idade_____anos 1.2. Sexo: Feminino____ Masculino ___ • 1.3.Escolaridade: Ep1___ EP2___ Secundário___ Médio___ Superior___ – Línguas que fala • __________________________________________________________________ • II. Informação Geral • Em poucas palavras o que entende por epilepsia? • _________________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ • Que pessoas podem sofrer de epilepsia? • _________________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ • Conhece ou já viu alguém com epilepsia • Sim • Não • Não me Lembro – Se sim, na sua opinião, quais são os sinais e sintomas da epilepsia? • __________________________________________________________________ • _________________________________________________________________________________________________________________________ ___________ • __________________________________________________________________ • • • Quais são os factores que levam os adolescentes desencadearem transtornos psicológicos? • Consumo de drogas e álcool • Não tem Causas • Causas genética ou hereditária, Trauma durante o parto; infecção cerebral, traumatismo craniano, tumor cerebral, tromboses, intoxicação causada por drogas, a interrupção por irrigação sanguínea do cérebro, desequilíbrio metabólico existente no organismo • Há estudantes que sofrem de epilepsia nesta Escola? • Sim • Não – Se sim, um estudante com epilepsia como é tratado pelos colegas da turma/escola? • _________________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________
  • 46. • Quando um estudante entra em crise epiléptica ou cai, o que vocês têm feito para ele/a? • _________________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ • No seu ponto de vista o que os Professores ou a Direcção da Escola tem feito para um/a estudante que sofre de epilepsia? • _________________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ • Há descriminação para estudantes que sofrem de epilepsia por parte dos seus colegas nessa escola? • Sim • Não – Se sim, na sua opinião o que deve ser feito para que o estudante epiléptico não se sinta isolado, descriminado e ou até rejeitado? • _________________________________________________________________________________________________________________________ ___________ • Achas que a epilepsia tem tratamento e pode ser curada ou controlada? • Sim • Não • Não me lembro – Se sim, quais as vantagens do tratamento e/ou acompanhamento psicológico rotineiro dos adolescentes que sofrem de epilepsia? • Fica curado • Reduz as crises e recaídas recorrentes, boa qualidade de vida • Não sei • Há profissionais de saúde mais indicados para cuidar de casos de epilepsia? • Médico psiquiatra e psicólogo • Psicólogos • Médicos psiquiatras • Enfermeiros • Outros • Se outro especifique__________________________________________________ • Na sua opinião o que deve ser feito para melhorar o tratamento que é dado ao estudante epiléptico? • _________________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ • Qual é o impacto que estudantes que sofrem de epilepsia pode desencadear no processo de ensino e aprendizagem? • _________________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ • Qual seria o seu conselho a dar aos pais/encarregados de educação, colegas, familiar ou amigo com um parente que sofre de epilepsia e que se sente isolado, descriminado e/ou rejeitado pela sociedade estudantil? • _________________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ • __________________________________________________________________