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1 – HOMILÉTICA, RETÓRICA E ORATÓRIA
2 – ORIGEM E EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA HOMILÉTICA
3 – O SERMÃO
4 – ESTRUTURA DO SERMÃO DA HOMILÉTICA
5 – A INTRODUÇÃO DO SERMÃO
6 – O ASSUNTO CENTRAL
7 – A CONCLUSÃO DO SERMÃO
8 –CLASSIFICAÇÃO DO SERMÃO
9 – OUVINTES
10 – O PREGADOR
1 – HOMILÉTICA, RETÓRICA E ORATÓRIA
Definição de Homilética
Definição de Retórica
Definição de Oratória
É a ciência que estuda a construção, a preparação e a
transmissão da mensagem cristã, bem como tudo o que
diz respeito à pregação do Evangelho.
No dicionário Aurélio é definido como
a arte de pregar sermões religiosos.
O termo Homilética tem origem no termo grego
“Homilia”, que significa uma palestra, conversação
ou um discurso familiar, ou seja, uma pregação em
forma de conversa.
Definição de Homilética
1
De um ponto de vista mais específico, John Broadus afirma
que a “ciência Homilética nada mais é do que a adaptação da
retórica às necessidades especiais e aos reclamos da prédica
cristã”.
João Mohama, por sua vez, definiu Homilética como
“a arte e a ciência da pregação”.
Nelson Kirst definiu Homilética como “ciência que se ocupa
com a pregação e, de modo particular, com a preferida no
culto, no seio da comunidade reunida”.
A palavra retórica vem do grego “Rhetor”, e
significa orador numa assembleia.
Tem sido interpretado como a arte de falar
bem; a arte da eloquência, a arte de bem
argumentar; arte da palavra.
Definição de Retórica
1
Oratória é a arte de falar bem em público, de
forma eloquente, sendo uma forma específica de
comunicação.
Possui duas vertentes:
 Vertente objetiva, com características específicas,
técnicas e regras que podem ser aprendidas;
 Vertente subjetiva, como a personalidade ou carisma.
Definição de Oratória
1
a) Acadêmica (específica de qualquer área de estudo superior);
b) Forense (da área jurídica);
c) Política (técnica e social);
d) Religiosa (eclesiástica);
e) Teológica (religiosa/acadêmica);
f) Popular.
2 – ORIGEM E EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA
HOMILÉTICA
1. As Primeiras Homilias
2. Objetivo da Homilética
3. Como Podemos Convencer?
4. Triângulo da Oratória
Eram discursos familiares nas
casas, quando não às escondidas,
em face às perseguições que havia
contra a Igreja durante os três
primeiros séculos.
As primeiras homilias (pregações)
da Igreja primitiva eram bem simples,
de modo que não perdessem a
direção do Espírito Santo.
1. DEFINIÇÃO E
CONCEITOS
As Primeiras Homilias
2
A ORIGEM E EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA HOMILÉTICA
No final do terceiro século, depois de Constantino, os Cristãos
puderam sair dos subterrâneos de Roma e dos lugares
escondidos e cultuar livremente; então as “homilias caseiras”
tornaram-se públicas e, a partir desse momento, a simplicidade
deu lugar à influência da Retórica Grega
e da Oratória Romana.
Assim, com a necessidade do aprimoramento da
comunicação do Evangelho, surgiu a Homilética,
que por sua vez avançou.
Esse fato resultou que o aperfeiçoamento das homilias
passou a ser intensificado, trazendo uma mensagem com
graça, unção e de fácil entendimento por ter um raciocínio
lógico no foco a que se dispôs.
O objetivo principal da homilética é orientar os
pregadores na dissertação (construção) de suas
prédicas e, ao mesmo tempo, fazer com que os
mesmos adquiram princípios gerais corretos na sua
exposição.
A mensagem não é do pregador
É inspiração de Deus (Ef 6.19), mas a
pesquisa, elaboração, organização e exposição
são do pregador, por isso o estudo homilético
busca auxiliá-lo para melhor preparar e
entregar a mensagem divina.
Objetivo da Homilética
2
O sermão visa o convencimento dos ouvintes e, por isso,
está diretamente ligado à eloquência.
ELOQUÊNCIA - É a arte e o talento de
persuadir, convencer, deleitar ou comover
por meio da palavra.
Capacidade de falar e de expressar-se com
desenvoltura. O conceito está relacionado a
ser convincente por meio de palavras.
Como podemos convencer?
2
 Pela força moral (princípios e doutrinas) – regras fundamentais;
 Pela força social (costumes, e leis) – o direito;
 Pela força física (braços e armas) – a guerra;
 Pela força pessoal (exemplo) – influência psicológica;
 Pela força verbal (falada ou escrita) – retórica;
 Pela força divina (atuação do Espírito Santo) – Ele “...convence...” .
Três pontos norteiam o estudo homilético e serão
estudados em particular nesta apostila, são eles:
1) OUVINTES – São os receptores da mensagem, aqueles que
decodificam o sermão pelos seus sentidos (audição, visão).
2) PREGADOR – É o responsável pela explanação do sermão,
que o expõe pela palavra, somada à gesticulação, expressão,
corporal e facial, etc.
3) SERMÃO – É o elo entre Pregador e Ouvintes; é a mensagem
em si, que deve levar o ouvinte a um fácil entendimento da
mensagem. Portanto o sermão necessita de ter “mensagem”.
Triângulo da Oratória
2
Dentro da composição de sermão existem várias nomenclaturas
que diferenciam uns dos outros, avaliamos todos em suas bases
e entendemos que os fundamentos de todos estão relacionados
aos chamados “sermão de estrutura de base”.
Assim, o estudo proposto
por este manual abordará o
sermão em três pontos que
são interligados entre si
e são conhecidos como o
“Triangulo da Oratória”.
3 – O SERMÃO
1 – As Fontes do Sermão
2 – A Importância da Hermenêutica
3 – A Finalidade do Sermão
O Sermão, também
conhecido como discurso
religioso ou sacro, prédica,
homilia, é a primeira parte
do estudo que faremos, por
isso indicamos ao prezado
aluno QUE SE EMPENHE a
cada capítulo para aprender
essa matéria de grande
relevância acadêmica e
religiosa.
1. DEFINIÇÃO E
CONCEITOS
O SERMÃO
3
A Bíblia foi, é, e sempre será a grande fonte de
mensagens, pois nela Deus se revela ao homem,
apresenta o plano de salvação e seu cuidado
com o homem desde a criação.
Nela encontramos orientações e princípios
aplicáveis a todas as fases da vida, em todos os
aspectos, portanto, deve ser o livro de cabeceira
de todo pregador.
As Fontes do Sermão
3
 Comentários bíblicos;
 Enciclopédias;
 Livros e manuais bíblicos;
 Jornais, revistas e artigos;
 Internet e documentários;
 Teologia geral e sistemática;
 Dicionários bíblicos, teológicos e linguísticos, etc.
Porém, jamais poderá substituir a base bíblica do sermão, apenas
suplementar, adicionar, acrescentar, ajudar na construção da tese
do sermão; são os chamados auxílios extra-bíblicos.
 A homilética aproveita o máximo do pregador.
 A hermenêutica ajuda o pregador a aproveitar o máximo da
Bíblia.
A hermenêutica auxilia o pregador a
interpretar o texto bíblico que será a
base de sua mensagem, pregada com o
aprimoramento do estudo homilético.
A base da mensagem é a Bíblia; não somente o texto, mas
seu contexto e subtexto, pois:
“O texto fora do contexto não passa de pretexto, pois não
alcança o subtexto”.
A Importância da Hermenêutica
3
 O texto é a porção bíblica;
 O contexto é o ambiente em que está
inserido o texto;
 O subtexto é a verdade prática extraída
do texto quando analisada no conjunto
do contexto.
Portanto, não haverá bom pregador se este
não souber interpretar a Bíblia e isso só será
possível com o auxílio hermenêutico para uma
correta exegese do texto e nunca uma
“eisegese”.
Quanto à finalidade do sermão, analisaremos
o seu propósito de ser e seu objetivo, que
pode ser classificado em:
1) Pastorais - dirigido aos líderes de igrejas, aos novos
obreiros. Visa exortar, consolar e edificar os obreiros.
2) Evangelísticos - Visa a conversão do pecador, o
fortalecimento dos fracos na fé.
3) Missionários - busca despertar a igreja para a obra
missionária.
4) Cerimoniais - têm por objetivo a ministração numa
cerimônia, o agradecimento a Deus por sua realização.
5) Ocasionais - são os realizados em ocasiões especiais.
A Finalidade do Sermão
3
Seja qual for a finalidade do sermão
(pastorais, evangelísticos, missionários,
cerimoniais ou ocasionais), o pregador
deve sempre ter em mente a Grande
Comissão de Jesus Cristo à igreja
(Mt 28.18; Mc 16.15).
Portanto, se houver pessoas carentes de
salvação, ainda que num culto fúnebre,
de aniversário, ou outro, o pregador deve
lançar a semente da salvação, seja qual
for a ocasião, contudo, sem forçar a
conversão, pois quem convence o
homem é o Espírito Santo.
4 – ESTRUTURA DO SERMÃO DA HOMILÉTICA
1. As divisões do Sermão, Esboço da Estrutura
Veremos uma das melhores maneiras de estruturá-lo de
acordo com instruções de Reinaldo Polito e Dale Carnegie que é
considerado o pai da oratória moderna, tanto na estrutura
como da práxis em público.
Todo sermão, para ser bem exposto, precisa
ter uma sequência e um raciocínio lógico, ou
seja, precisa ser de fácil entendimento e que
leve o ouvinte a perceber o objetivo,
entender, compreender de forma singular.
1. DEFINIÇÃO E
CONCEITOS
EXTRUTURA DO SERMÃO DA HOMILÉTICA
As divisões do Sermão, esboço da estrutura
4
1. Introdução do sermão (começo)
a. Cumprimentar os ouvintes (vocativo)
b. Despertar o interesse (exórdio)
c. Propor o assunto (proposição)
2. Assunto central (meio)
a. Afirmar (argumentação)
b. Ilustrar (assuntos paralelos)
c. Neutralizar ideias contrárias (refutação)
3. Conclusão (fim)
a. Recapitulação (epílogo)
b. Apelo (chamada para tomada de atitude)
c. Agradecimento (término com estilo)
5 – A INTRODUÇÃO DO SERMÃO
1 – Cumprimentar os ouvintes (vocativo)
2 – Despertar o interesse (exórdio)
3 – Propor o assunto (proposição)
4 – Frase de ligação
 O primeiro por ocasião do término da construção do sermão (parte escrita),
quando já estão definida as divisões do sermão, podendo elencar o assunto em
ordem a ser apresentado;
É a parte do sermão que prepara o ânimo dos ouvintes
para receber bem o restante da mensagem, momento
em que o pregador deve conquistar a atenção dos
ouvintes; temos dois momentos relacionados a
introdução:
 O segundo está relacionada a apresentação ou aplicação efetiva do
sermão ao público, nesse caso é a primeira parte, pois se trata da
comunicação propriamente dita.
1. DEFINIÇÃO E
CONCEITOS
A INTRODUÇÃO DO SERMÃO
5
Cumprimentar os ouvintes (Vocativo)
5
Veja as mais comuns usadas nas igrejas:
os irmãos com a paz do Senhor.
 A paz do Senhor meus irmãos.
todos com a Graça e Paz do Senhor.
 Graça e Paz, etc.
“NUNCA” se deve saudar os crentes e não crentes presentes de forma
diferente. Exemplo, “Saúdo os irmãos na paz do Senhor e os visitantes
com uma boa noite”.
Esse tipo de saudação traz uma discriminação implícita e Deus não faz
acepção de pessoas.
1. VOSSA EXCELÊNCIA - essa forma de tratamento deve ser
empregada quando se dirigir às seguintes autoridades:
 Presidente da República;
 Ministros de Estado;
 Governador do Estado;
 Presidente do Senado Federal;
 Etc.
2. VOSSA MAGNIFICÊNCIA, utiliza-se ao dirigir-se a:
 Magníficos Reitores e Vice-Reitores de Universidades;
3. VOSSA SENHORIA, destina-se a:
 Diretores e Presidente e Vice-presidente das demais Instituições etc.
4. SR. PRESIDENTE, normalmente é utilizado em convenções, reuniões e
eventos, quando os mesmos estão presentes:
 Presidente e Vice-presidente de "Campos", setores, regionais e de
Convenções.
Segundo Braga, na prática, a introdução, ou exórdio, a semelhança
do título, é uma das últimas partes do sermão a serem preparadas.
Após cumprimentar os ouvintes, o pregador deverá prender a
atenção dos ouvintes, despertar o interesse pelo que será
ministrado, pois as pessoas prestam mais atenção no início e no final
da fala.
O é o começo do discurso, o início da fala onde o
pregador despertará a atenção do público com uma breve
narrativa, poema, vídeo, frase, pensamento que em síntese
apresenta o ponto central do que será ministrado.
Despertar o interesse (Exórdio)
5
 Aproveitar as circunstâncias (tempo, lugar, pessoa);
 Aludir à ocasião;
 Fazer uma citação;
 Dar informação que cause impacto;
 Prometer brevidade;
 Aproveitar um fato bem-humorado;
 Demonstrar a utilidade prática do assunto e sua
importância.
1. Formas recomendadas para iniciar a fala
O início deve ser ADEQUADO ao assunto central, isto é, ter relação
direta com o restante da mensagem, de tal forma que se for retirado do
sermão este ficará mutilado, prejudicado ou até mesmo destruído.
 Pedir desculpas pela falta de preparo sobre a matéria;
 Chamar atenção sobre problemas físicos ou de saúde, como rouquidão, gripe,
resfriado, cansaço, etc.;
 Contar piadas sem contexto (no mínimo arriscado);
 Utilizar chavões, frases feitas ou vulgares;
 Pronunciar frases vazias e sem significado específico;
2. Formas desaconselháveis para iniciar a fala
Momento em que você começa a propor o assunto e as suas
intenções com o seu sermão, literalmente a proposta do que
será falado.
Você mostra qual é o tema a ser abordado, suas divisões (não mais
do que 3 ou 4 partes) e faz a leitura do texto que será a base da
mensagem.
É aquilo que se propõe, a proposta do sermão, o objetivo e
finalidade do assunto a ser discorrido
(pode variar conforme o público).
Propor o assunto (Proposição)
5
Deve conter palavras chaves na frase para uma transição
suave da introdução para o assunto central do sermão.
Uma transição desajeitada ou defeituosa pode desencaminhar o ouvinte
e reduzir a eficácia da mensagem.
Por ser uma palavra chave uma parte essencial da oração de transição, é
preciso muito cuidado na sua escolha.
A palavra coisas tem significado muito genérico para ser utilizada como
palavra chave. O aluno deve ter como alvo o uso de uma palavra
específica, que caracterize corretamente as divisões principais.
Frase de Ligação
5
Tendo em vista ajudar o pregador a descobrir a
palavra-chave apropriada, damos uma lista das
mais usadas em orações de transição.
6 – O ASSUNTO CENTRAL
1 – Argumentar (Afirmar)
2 – Ilustrar (Assuntos paralelos)
3 – Neutralizar Ideias Contrárias (Refutação)
O que é o Assunto Central?
O assunto central é a parte mais importante da
fala, pois é a própria razão da existência do
sermão, e este deve ser bem trabalhado para
manter a atenção dos ouvintes e alcançar
o objetivo de transmitir
a mensagem.
1. DEFINIÇÃO E
CONCEITOS
ASSUNTO CENTRAL
1
É neste momento que a
maioria dos pregadores acaba
se perdendo, ou seja, se
esquecem de boa parte de
seu discurso.
Nunca decore a fala, seja
sempre natural, tenha as
ideias claras em sua mente,
ordene-as de preferência em
um esboço e, assim, deixe-as
fluir naturalmente.
Argumentação ( Afirmar)
2
É nesta parte do sermão que o pregador deverá reunir todos os seus
esforços para apresentar a verdade proposta de forma clara e objetiva.
São indicados para afirmar:
 Argumentos,
 Definições,
 Enumeração das partes,
 Causas e efeitos,
 Comparação e oposição,
 Circunstâncias (o quê? quê? onde? por quê? com que ajuda?
como? quando?),
 Testemunhas (humanas e divinas) e
 Ilustrações.
Considera-se ASSUNTO PARALELO, ou exemplo paralelo, aquele que,
pela natureza, tenha algum tipo de ligação com a matéria central a ser
desenvolvida. Assim, quando utilizado, manterá a integridade da peça
oratória pelo poder de conexão do seu conteúdo ajudando na fixação
do ponto central do sermão.
A ilustração auxilia na assimilação da verdade prática, ou
seja, ajuda os ouvintes a entender o assunto central e,
para isso, ela deve ser simples e objetiva.
A ilustração deve explicar e não complicar.
Ilustrar ( Assuntos Paralelos)
4
1. Cuidados quanto ao uso de Ilustrações
As ilustrações devem ser sempre apropriadas e claras;
Não deve haver um exagero de ilustrações;
Devem ser breves, e críveis (que se pode crer).
2. Porque as Ilustrações são necessárias ao Sermão
As ilustrações dão clareza ao sermão;
As ilustrações fazem o sermão tornarem-se interessantes.
Dão vida ao assunto proposto;
É a maneira que o pregador pode usar para dar ênfase à verdade.
3. Onde encontrar Ilustrações para os Sermões
A Bíblia é uma fonte riquíssima de ilustrações;
Jornais, revistas;
Livros específicos de ilustrações;
Na história geral e eclesiástica.
Observações
Importantes
É o segmento do assunto central que neutraliza as ideias
contrárias, ou seja, possíveis questionamentos contraditórios,
pois estas podem ser colocadas pelo auditório de forma
expressa ou implícita.
O orador deve, ao preparar seu discurso, pensar em todas
as objeções e dúvidas que possam surgir e, para neutralizá-
las, deve ater-se a fatos, gráficos, estatísticas, utilizando
todos os argumentos possíveis, buscando não deixar dúvidas
nos seus ouvintes.
Neutralizar Ideias Contrárias ( Refutação)
6
O Batismo é um ato de consenso no meio dos cristãos,
sendo uma necessidade fundamentada na orientação
bíblica pós-conversão.
A divergência está na forma de batismo, se é por imersão,
derramamento ou aspersão, nesse caso o pregador deve
estar pronto a explicar a hermenêutica doutrinária de sua
denominação para refutar dúvidas.
7 – A CONCLUSÃO DO SERMÃO
1 – Recapitular (Epílogo)
2 – Apelo
3 – Agradecimento
4 – Formas Desaconselháveis de Concluir
5 – Formas Aconselháveis de Concluir
O pregador deve
concluir o discurso de
forma tão brilhante
quanto começou,
deixando os ouvintes
satisfeitos e sedentos
por uma outra
apresentação e, para
isso, ele deve
recapitular o que foi
dito, fazer o apelo e o
agradecimento.
1. DEFINIÇÃO E
CONCEITOS
CONCLUSÃO DO SERMÃO
1
Todos sabemos que a repetição é um dos caminhos para o
aprendizado, mas nada é tão cansativo quanto ter que ficar ouvindo
tudo novamente, por isso o orador deve fazê-lo procurando não ser
muito extenso, usando outras palavras e, se possível, outros
exemplos, em suma sintetizando o assunto para aplicação no apelo.
Epílogo (do grego epílogos - conclusão é definido como uma parte de um texto, no
final de uma obra literária ou dramática, que constitui a sua conclusão ou remate.
É geralmente usada para dar a conhecer o desfecho dos acontecimentos
relatados, o destino final das personagens da história enfim é a conclusão das
ideias defendidas.
Mas... O que é o Epílogo?
Recapitular ( Epílogo)
2
Após um bom resumo aplicativo (epílogo), só falta uma
coisa; um bom apelo (Apelo é chamamento, convocação,
momento em que o ouvinte é chamado para tomar uma
decisão diante da explanação do sermão). Nenhum
sermão deve terminar sem apelo, ainda que seja um
apelo à reflexão.
 Apelo não significa necessariamente convidar
todos para vir à frente, mas sim convidar todos
para agir.
 O objetivo de todo sermão é levar o ouvinte à
ação; por isso o sermão precisa terminar
desafiando-o a uma tomada de atitude.
Apelo
3
Conversão – Para que a pessoa aceite a Jesus como seu único e
suficiente salvador.
Reconciliação – Se houver alguém que já tenha sido crente, mas no
momento está afastado.
Veja alguns tipos de apelo que podem ser feitos:
União – Para pessoas que já sejam evangélicas, mas queiram se
membrar nesta igreja. Cuidado para não querer dar a impressão de
que sua igreja é a melhor de todas; argumente com sabedoria.
Não deixe de agradecer pela
oportunidade de ter ministrado;
agradeça de forma objetiva e direta
e sente-se, nada de enrolação.
A Distribuição do Tempo no Sermão
Deve ser utilizado de 3 a 6 minutos para:
a. Cumprimentar os ouvintes (vocativo)
b. Despertar o interesse (exórdio)
c. Propor o assunto (proposição)
Introdução do sermão (começo)
Agradecimento
5
a. Cumprimentar os ouvintes (vocativo)
b. Despertar o interesse (exórdio)
c. Propor o assunto (proposição)
1. Introdução do sermão (começo)
a. Afirmar (argumentação)
b. Ilustrar (assuntos paralelos)
c. Neutralizar ideias contrárias (refutação)
2. Assunto central (meio)
a. Recapitulação (epílogo)
b. Apelo (chamada para tomada de atitude)
c. Agradecimento
3. Conclusão (fim)
Deve ser utilizado
de 3 a 6 minutos
para:
De 60% a 80% do
tempo total do
discurso para:
10% do tempo
total do discurso
para:
a) Não anuncie a conclusão
Quantas vezes ouvimos pregadores dizendo: “E para terminar...” e
nunca terminam e, após alguns minutos, perguntamos: “Será que
agora ele termina mesmo?”. Não fique anunciando o término, mas
termine de forma clara e objetiva.
b) Conclua na hora certa
O sermão deve ser concluído no clímax da mensagem, pois se o
sermão se prolongar demais os adoradores vão deixar a igreja em
piores condições do que quando entraram, isto é, zangados! A regra
final é: pare enquanto os ouvintes desejam que haja mais e não
quando desejarem que tivesse havido menos.
Pare de pregar antes que as pessoas parem de ouvir!
Formas Desaconselháveis de Concluir
7
a) Utilize Ilustrações
Uma ilustração marcante e breve pode ser uma boa forma de
aplicar o sermão à vida das pessoas e então partir para o apelo.
b) Oração
Algumas vezes você pode terminar com uma oração de
consagração ou pedir que as pessoas façam uma oração
silenciosa ou, ainda, pedir que venham à frente ou pedir que se
ajoelhem onde estão ou que curvem a cabeça.
Formas Aconselháveis de Concluir
8
c) Hino
Um hino de apelo, cantado com solenidade, em harmonia com o
tema, é uma das formas mais tocantes de concluir um sermão.
d) Frase de Efeito
Uma frase de efeito no final, pronunciada com eloquência, pode
surtir um excelente resultado. Às vezes, a frase final pode ser o
próprio tema, numa proposição que resuma todo o pensamento
do sermão.
8 – CLASSIFICAÇÃO DO SERMÃO
1 – Sermão Temático
2 – Sermão Textual
3 – Sermão Exegético Expositivo
4 – Sermão de Improviso
• O Sermão Temático é aquele cujas ideias básicas se originam de um tema,
independentemente do texto.
•No Sermão Textual, as ideias básicas originam-se de um breve texto da Bíblia.
•No Sermão Expositivo, as ideias básicas originam-se numa passagem ou num texto
mais longo, que é interpretado em relação a um assunto, usando exegese, semântica
e etimologia.
Há várias formas de classificar os sermões bíblicos e, nós estaremos
estudando dentre os métodos propostos, os menos complicados e os
mais práticos de todos.
Braga divide os sermões em Temáticos, Textuais e Expositivos.
Argumenta que:
1. DEFINIÇÃO E
CONCEITOS
A CLASSIFICAÇÃO DO SERMÃO
1
“Sermão Temático é aquele cujas divisões principais
derivam do tema, independentemente do texto”.
 Examine com cuidado essa definição
A primeira parte afirma que as divisões devem ser extraídas do
próprio tema do sermão. Isso significa que esse tipo de sermão tem
início com um tema ou tópico e que suas partes principais
consistem em ideias tiradas desse tema.
A segunda parte da definição declara que o sermão temático não
requer um texto (bíblico) como base da mensagem.
Sermão Temático
2
“para termos a certeza de que o conteúdo da mensagem será
totalmente bíblico, devemos iniciar com um assunto ou tópico
tirado da Bíblia. As principais divisões do esboço do sermão
devem basear-se nesse tópico e cada divisão principal deve
apoiar-se numa referência bíblica”.
Afirma ainda que: “Os versículos nos quais se fundamentam as
divisões principais devem ser, em geral, extraídos de porções
bíblicas mais ou menos distantes umas das outras”.
Título: “Porque Jesus veio a este mundo”
Tema: Os objetivos da vinda de Jesus
• Cumprir a vontade do Pai e não a sua (Jo 6.38);
• Cumprir a lei e não revogá-la (Mt 5.17);
• Servir e não ser servido (Mt 20.28);
• Salvar e não julgar (Jo 12.47);
• Chamar pecadores e não justos (Mt 9.13);
• Salvar e não destruir (Lc 9.54-56).
Aqui temos um esboço temático bíblico, cujas divisões principais derivam
do tema e são sustentadas por um versículo da Bíblia.
Título: “A capacidade de Deus”
Tema: Algumas coisas que Deus pode fazer
• Ele pode salvar (Hb 7.25);
• Ele pode guardar (Jd 24);
• Ele pode socorrer (Hb 2.18);
• Ele pode subordinar (Fp 3.21);
• Ele pode conceder graça (2Co 9.8);
• Ele pode fazer muito mais do que pedimos ou pensamos (Ef 3.20).
Deve-se tomar o cuidado de não tirar o texto do contexto, com o objetivo de
criar um pretexto, criando argumentações com falsas interpretações do texto
para o Sermão Temático.
“É aquele cujo assunto é tirado de um texto
bíblico pequeno, geralmente de um só versículo,
de onde vem a ideia central e as divisões
principais”.
O que diferencia o Sermão Temático do Textual é a origem
do assunto do sermão, enquanto o temático o assunto sai
da mente do pregador e as divisões de toda a Bíblia, no
textual tanto o texto como as divisões saem do texto da
Bíblia em análise, o qual oferece suas divisões.
Sermão Textual
6
É aquele que sintetiza o assunto apresentado no texto,
sendo possível fazer uma narrativa, ou parafrasear o mesmo.
- Sermão Textual Sintético
É aquele que analisa o assunto do texto com mais profundidade. É
muito confundido com o Sermão Exegético, que requer uma pesquisa
mais etimológica e semântica.
- Sermão Textual Analítico
É aquele em que o próprio texto já oferece as divisões
para construção do sermão.
- Sermão Textual Natural
Título: “O Carcereiro”
Assunto: Um pecador que caminha para a salvação.
Texto: Atos 16.25-34
• O pecador seguro de si: dorme (v.27);
• O pecador despertado: vem tremendo (v.29);
• O pecador que procura: “Que devo fazer?” (v.30);
• O pecador instruído: crê no Senhor (v. 31);
• O pecador salvo: rejubila e agradece (v.34).
Diferentemente do Sermão Temático que se inicia com um tema, no Sermão Textual
partiremos de um texto podendo ser um versículo da Bíblia ou porção maior do texto.
O Sermão Exegético Expositivo é o mais difícil
de preparar, mas é o que penetra na alma com
mais poder, porque é o que possui maior volume
de conteúdo hermenêutico bíblico.
Esse tipo de sermão extrai do texto
bíblico não apenas a ideia central, as
divisões e as subdivisões, mas o
próprio espírito do texto.
Sermão Exegético Expositivo
9
Segundo o Dr. Karl Lachler, o Sermão Exegético
Expositivo é:
“Um discurso bíblico derivado de um texto vernacular
independente, a partir do qual o tema é revelado, analisado
e explicado, através de seu contexto, sua gramática, e sua
estrutura literária, cujo tema é infundido pelo Espírito
Santo na vida do pregador e do ouvinte”.
Nele o pregador subtrai a verdade prática que está intrínseco
no contexto, fazendo com que os ouvintes se transportem à
época dos escritos e vivenciem o objetivo de Deus naquele
momento, fazendo também uma ponte hermenêutica, ou
seja, trazendo para os dias atuais os oráculos de Deus.
Numa visão superficial, pode parecer que o Sermão
Textual e o Exegético Expositivo são bem semelhantes,
pelo fato de ambos se originarem no texto bíblico. Mas a
diferença vai além do tamanho do texto. Veja as
principais diferenças:
 O Sermão Textual extrai as divisões principais do texto, mas as subdivisões são
construídas conforme a argumentação do pregador.
 O Sermão Expositivo constrói as subdivisões a partir das circunstâncias do texto.
 O Sermão Textual limita-se a um
versículo da Bíblia.
 O Sermão Expositivo pode usar uma
narrativa ou um conceito de um ou
mais capítulos, ou até de um livro
inteiro da Bíblia.
 No Sermão Textual, o estudo do contexto é
recomendável;
 No Sermão Exegético Expositivo, é indispensável,
pois, do contrário, o sermão deixa de ser exegético.
1. Pesquisa
a) Familiarização: percepções globais do parágrafo;
b) Exegese: no vernáculo e nos textos originais;
c) Estudo bíblico indutivo do texto;
d) Proposição central.
2. Composição
a) As divisões principais
b) As ilustrações (luzes)
c) Conclusão (foco na decisão)
d) Introdução (o ouvinte é “fisgado”)
e) Esboço do sermão (uma direção clara para todos)
A estrutura acima é proposta pelo Dr. Karl Lanchler, que trabalha
quatro passos para o processo de pesquisa e composição de mensagens
exegética expositivas.
1. Familiarização – Momento de contato com o texto, que deve ser lido e relido.
2. Exegese – Ajuda o pregador a entender os significados e usos de palavras e/ou
frases em seus contextos gramaticais.
3. Estudo Indutivo – É a ponte hermenêutica do que foi analisado na
familiarização e exegese, ou seja, após a observação e interpretação faz-se a
aplicação.
4. Proposição Central – Aqui o estudante deve dar a ideia central, isso é, a
afirmação teológica em “roupa de domingo”, fornecendo a estrutura
homilética.
Vejamos a composição do Sermão Exegético Expositivo,
que assim como o anterior segue quatro passos:
1. Divisões Principais – A partir da proposição central deve derivar as divisões principais do
sermão.
2. Ilustrações – Já falamos da importância das ilustrações e essas devem ser pensadas
durante a composição do sermão, visando “iluminar” o tema central.
3. Conclusão e Introdução – Devem ser feitas com preparo, a fim de fortalecer a
exposição, fazendo o ouvinte ter “fisgada” a sua atenção.
4. Esboço do Sermão – Depois de seguidos todos os passos acima, deverá ser feito um
esboço da mensagem para que o pregador saiba a sequência dos passos a serem dados;
com isso o sermão terá uma direção clara para todos (pregador e ouvintes)
Diferente do que alguns pensam ser o Sermão de
Improviso não é aquele que a pessoa despreparada vai
inventar algo para preencher o tempo que lhe foi confiado;
ele é um sermão de adaptação que requer algumas
habilidades que falaremos a seguir.
Além disso, ser surpreendido quando não se espera para falar
de improviso, e sobre um tema que você não domina muito bem,
além de difícil, se agrava pelo medo que quer nos dominar. Uma
saída é o Sermão de Improviso.
Sermão de Improviso
16
A – Passado, Presente e Futuro
E / ou
B – Causas e Efeitos
Lembre-se: Para todo tema existe um assunto paralelo.
Todo assunto paralelo permite serem explorados os itens A e B.
Se você não conhece, ou conhece pouco sobre o tema, faça
ligação a um assunto paralelo que você domina bem e desenvolva-
o das seguintes formas:
Assunto = Jesus Cristo
Assunto paralelo = Justiça
A – Como era a Justiça antes de Cristo;
 A justiça de Cristo;
 A justiça de Cristo como modelo para o futuro.
Discurso de um Desembargador (Juiz), convidado a
falar em uma convenção com mais de cinco mil pastores
Evangélicos (ele não era evangélico).
9 – OUVINTES
1 – Sentidos: os Canais de Entrada
2 – Diversidade de Ouvintes
3 – O Bom Pregador
4 – Tipos De Ouvintes
5 – Como Conquistar Ouvintes Hostis
Através dos Cinco Sentidos
1 % - através do paladar
1,5 % - através do tato
3,5 % - através do olfato
11 % - através da audição
83 % - através da visão
1. DEFINIÇÃO E
CONCEITOS
OUVINTES
1
Porcentagens de dados retidos
10 % - do que leem
20 % - do que escutam
30 % - do que veem
50 % - do que veem e escutam
70 % - do que dizem e discutem
90 % - do que dizem e logo
realizam
Somente oral
Somente visual
Oral e visual
70%
72%
85%
10%
20%
65%
Métodos de
ensino
Dados retidos
depois de 3 horas
Dados retidos
depois de três dias
Como pode ser observado acima o ser humano é dotado
de vários sentidos (visão, audição, paladar, tato e olfato)
que lhe permite receber informações. São os canais de
entrada do nosso corpo para o nosso cérebro. São
chamados sentidos porque sentem, recebem mensagens.
Visão – O sentido pelo qual vemos;
Audição – O sentido pelo qual se
percebem os sons;
Dentre eles é relevante falarmos sobre:
Sentidos: Os Canais de Entrada
4
O pregador deve, dentro de suas possibilidades, conhecer os
ouvintes a quem irá transmitir a mensagem, pois certos fatores
influenciam diretamente na forma como ela deve ser transmitida e
na capacidade de decodificação dos ouvintes, por exemplo:
Idade
Nível sociocultural
Conhecimento do assunto, etc...
Diversidades de Ouvintes
5
Devemos ter em mente que o bom pregador não é
o que fala bonito, com termos floreados, cheios de
adjetivos, mas sim, o que consegue passar a
mensagem, explicar o assunto central e, para isso, é
necessário conhecer o público para quem irá falar.
Conhecer os ouvintes não quer dizer saber dos problemas de
sua comunidade, do que gostariam de ouvir, das falhas dos
membros, e de quaisquer problemas, e com isso dizer,
durante o sermão, estar recebendo uma revelação da parte
de Deus, com o único objetivo de se autopromover. Isso é
farsa e é pecado!!!
O Espírito Santo é quem nos direciona através da explanação
da palavra a pregar, segundo a necessidade do rebanho, pois
o sermão vem ao pregador através de uma iluminação divina.
O Bom Pregador
6
Existem vários tipos de ouvintes que às vezes se
encontram na mesma reunião, eles podem ajudar ou
procurar inibir sua prédica, portanto, conhecer um pouco
de suas características e particularidades são relevantes
para o pregador, dentre os quais podemos citar:
1) O Desinteressado
2) O Sonolento
3) O Brincalhão
4) O Emburrado
5) O Crítico
6) O Barulhento
7) O Adorador
Tipos de Ouvintes
7
É importante conhecermos os tipos de
ouvintes, visto que, por vezes, ouvimos
pregadores dizendo:
“a igreja não me deu atenção durante a
mensagem” ou “esta igreja não tem
reverência”.
Muitos pregadores, quando falam em igrejas
pequenas se saem muito bem, mas se intimidam
diante de um público maior e mais hostil.
Como conquistar Ouvintes Hostis
8
 Correr?
 Chamar a atenção da igreja?
 Gritar no microfone?
 Agradecer a oportunidade?
 Orar?
 Abaixar a cabeça e pregar de olhos fechado?
 Achar um pontinho na parede e começar a pregar
para ele?
1) Diante do Desinteressado
Altere seu tom de voz, falando mais alto,
a fim de chamar-lhe a atenção; quando ele
levantar a cabeça, olhe com simpatia nos
seus olhos para que ele perceba que você
está interessado em sua atenção.
Veja algumas dicas que podem lhe valer muito
diante dessas situações:
2) Diante do Sonolento
Se for generalizado, indica que o horário já não
permite ir mais além.
Vale a dica acima, fite seus olhos no sonolento, se
possível dirija suas palavras até ele, altere o ritmo,
pois a monotonia dá sono; saia da rotina.
3) Diante do Brincalhão
Se isso ocorrer no início da mensagem, você pode,
com muita educação, pedir que as pessoas não
circulem e não deixem as crianças fazê-lo...
Se for durante a mensagem, olhe nos olhos do
brincalhão e o faça perceber que está incomodando,
atrapalhando a exposição da mensagem ...
Nada melhor do que dar um sorriso olhando para os olhos
da pessoa. Faça com humildade, seja carismático, peça
para ele olhar para o vizinho e repetir alguma frase de
acordo com a mensagem que você está pregando, isso
ajuda a descontrair.
5) Diante do Crítico
Esse tipo de ouvinte é o pior de conquistar, pois em
sua maioria são obreiros mal sucedidos, céticos.
A esses, o único jeito é deixá-los constrangidos por
estarem atrapalhando a mensagem. Se possível,
utilize-se dele como exemplo em sua mensagem,
com certeza ele irá parar de conversar.
4) Diante do Emburrado
Normalmente esses ouvintes são novos convertidos;
é o mais fácil de trabalhar, pois seu barulho
normalmente é de glória a Deus e Aleluia. Se
estarem atrapalhando sua preleção, peça a sua
atenção por alguns minutos...
7) Diante do Adorador
Esse ouvinte é aquele que está aguardando uma
palavra, seja para edificação, exortação ou consolo.
Sabe o que foi fazer na Casa do Senhor. Oferece
culto e está atento a voz do Senhor. Consegue
perceber a ação divina até na duração da
mensagem.
6) Diante do Barulhento
10 – O PREGADOR
1 – Definição
2 – A Preparação do Pregador
3 – O Medo
4 – Qualidades do Bom Pregador
A pobreza espiritual de muitas pregações resulta da falta desse
cultivo espiritual.
Meditar, estudar e orar com devoção produz poderosas
mensagens.
O Pregador é alguém que recebe a mensagem de Deus e a
entrega aos homens. É o que trata com Deus os interesses
dos homens; e com os homens os interesses de Deus.
O pregador não é um entregador de recados.
É um porta-voz de Deus.
1. DEFINIÇÃO E
CONCEITOS
O PREGADOR
Definição
1
implica em estar
com:
Antes de elaborar o sermão o pregador deve
preparar-se com cuidado, observando os
seguintes procedimentos:
Mente tranquila, aberta – pode ser alcançada num ambiente
calmo, a sós, livre de pressões e problemas.
Mente instruída – na Palavra de Deus e no saber humano, pois
vamos falar a homens.
A Preparação do Pregador
2
obediência, temor, vida cristã:
Dependência do Espírito Santo – para vivificar e ungir a
mensagem que o sermão trará. Podemos, sim, preparar o
sermão, mas só Deus nos dará a real mensagem.
(João 6.63a; Atos 10.44).
Oração – É preciso o pregador falar primeiro com Deus a
respeito dos homens, antes de falar com os homens a
respeito de Deus.
O Estudo da Palavra – É ela que será usada, não nossas
próprias ideias. Quem semeia a Palavra, colherá frutos, pois
ela é chamada semente. (ver Sl 126.6; 2Tm 2.15).
Quem semeia apenas o que é humano,
não obterá frutos espirituais.
“O medo, em si mesmo, não é patológico:
ele faz parte da vida emocional de qualquer
pessoa e a acompanha em seu
desenvolvimento”.
(GURFINKEL, Aline Camargo).
No verbete “medo”, do dicionário Aurélio,
lemos: sentimento de grande inquietação ante
a noção de um perigo real ou imaginário, de
uma ameaça; susto, pavor, temor, terror.
Já para “fobia” temos a definição “aversão
irrepreensível”.
Medo
3
 Sentir as pernas tremer,
 O coração bater mais rápido,
 As mãos ficarem geladas,
 A falta de ar,
 A dor de barriga,
 O esquecimento,
 Vontade de correr.
A esse medo podemos chamar de “verbofobia” ou “pulpitofobia”,
porém, o que fazer para vencer essa “pulpitofobia”?
Diante desse quadro há duas decisões a tomar:
FUGIR ou ENFRENTAR
Veja, abaixo, o resultado de uma pesquisa realizada com três mil pessoas às quais se
perguntou:
“De que você tem mais medo?”
Veja o porcentual das dez primeiras respostas:
1. Falar em público …………………………………….. 41%
2. Medo de altura ……………………………………….32%
3. Insetos ………………………………………………..22%
4. Problemas financeiros ……………………………….22%
5. Águas profundas ……………………………………..22%
6. Doença ……………………………………………….19%
7. Morte …………………………………………………19%
8. Viagem aérea ………………………………………...18%
9. Solidão ……………………………………………......14%
10. Cachorro ……………………………………………..11%
Baseado em alguns escritores as cinco sugestões mais importantes são.
1. Como dominar o medo?
1 – Lembre-se de que Você não é Único – todos os grandes oradores têm medo.
2 – Resolva Correr o Risco – “o risco do fracasso é o preço do sucesso”; perder
uma batalha não significa perder a guerra.
3 – Prepare-se – O medo é um aviso do subconsciente de que seu consciente
precisa de mais preparo. O preparo dá segurança.
4 – Seja Perseverante – não desista diante dos primeiros fracassos.
5 – Não Pinte o Diabo mais Feio do Que É – não se imagine fracassando,
esquecendo o que iria dizer, sendo humilhado; não imagine cenas pessimistas.
1.Entusiasmo
2.Boa aparência
3.Síntese
4.Conhecimento
5.Criatividade
6.Inspiração
7.Memória
8.Expressão corporal
9.Habilidade
10.Determinação
 Comentaremos apenas dez:
Dessas 10, abordaremos as cinco primeiras.
Qualidades do Bom Pregador
7
1. Entusiasmo
O entusiasmo é o combustível da expressão verbal.
O orador precisa vibrar em cada afirmação e empolgar-se com cada ideia.
Se a ideia não empolgar o orador, não merece
ser dita e nunca irá empolgar o auditório.
Para falar com entusiasmo é preciso viver com entusiasmo.
Talvez seja essa a razão por que há tão poucos oradores entusiastas. Ou seja, se
você se deixar arrastar por uma vida
sem entusiasmo, é difícil vibrar como orador ou pregador.
2. Boa Aparência
Como já dissemos, o corpo fala, portanto, é necessário que o
pregador esteja bem arrumado, pois sua imagem falará antes de
suas palavras.
Cabelos despenteados, roupa amarrotada, camisa para fora da
calça, nó de gravata torto, roupas extravagantes, podem causar
uma má imagem do pregador e indispor os ouvintes a ouvi-lo.
O pregador não precisa ser modelo fotográfico, mas ser discreto e
vestir-se de acordo com o ambiente, hora e assunto a ser tratado.
3. Síntese
Não é pela quantidade de palavras que o pregador será
bem sucedido; muitos pregadores parecem narradores
de futebol, falam tanto, e por tanto tempo, que
chegam a cansar os ouvintes e, ao final da preleção,
não se sabe exatamente qual mensagem quis passar,
qual foi a mensagem central.
Lembre-se:
“Dizer tudo o que for preciso, somente o que for preciso, nada mais
do que for preciso, é uma tarefa difícil que precisa ser perseguida
com obstinação”.
 Conhecimento bíblico –“Procura apresentar-te a Deus
aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar,
que maneja bem a palavra da verdade” (2Tm 2.15).
 Conhecimento da atualidade – O pregador deve saber o que
se passa no mundo, no seu país, em seu estado e município,
nas várias esferas: política, econômica e social.
 Ciências afins – Não há nada que o pregador possa saber que
não seja de valor para ele: história, literatura,
geografia…etc.
4. Conhecimento
Entendemos ser relevante para o pregador o
conhecimento bíblico, atualidades e ciências afins.
5. Criatividade
Ser criativo é esforçar-se em sair do lugar comum, forçar a imaginação a
encontrar caminhos desconhecidos para despertar os sentidos dos
ouvintes e mantê-los presos à força da comunicação.
É a capacidade de contar uma história que todos conhecem de forma
diferente, com outros enfoques, de criar imagens agradáveis para tornar
os argumentos mais vivos e interessantes.
Em vez de dizer as coisas do mesmo jeito que todo mundo diz, imagine
uma forma diferente para torná-las interessantes.
Pregar a Palavra de Deus é, dentre as muitas atividades que o
homem pode exercer, a mais bela e importante.
Ser o instrumento que anuncia os oráculos de Deus, além de
gratificante, é recompensador.
Porém, para essa atividade, o pregador deve, em primeiro
lugar, viver o que anuncia, em seguida, fazê-lo com humildade
e, por último, se empenhar para fazer sempre melhor.
1. DEFINIÇÃO E
CONCEITOS
CONCLUSÃO
13
É certo que, ultimamente, podemos observar muitos profissionais de
púlpito, pessoas que pregam com palavras e não com sua vida, muitos que
não falam primeiro com Deus para poder falar aos homens.
O próprio Deus é o mais interessado a que venhamos a aperfeiçoar nossa
pregação, porém, antes disso, ele quer que tenhamos vida com ele,
intimidade com ele, oração com ele, santidade com ele, para que, assim, ele
possa nos usar na instrumentalidade do seu Espírito.
Cabe a nós o esforço para aprimorar nosso conhecimento e relacionamento
com Deus, vivendo uma vida digna de um verdadeiro pregador, o qual Deus
possa usar.

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HOMILÉTICA

  • 1.
  • 2. 1 – HOMILÉTICA, RETÓRICA E ORATÓRIA 2 – ORIGEM E EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA HOMILÉTICA 3 – O SERMÃO 4 – ESTRUTURA DO SERMÃO DA HOMILÉTICA 5 – A INTRODUÇÃO DO SERMÃO 6 – O ASSUNTO CENTRAL 7 – A CONCLUSÃO DO SERMÃO 8 –CLASSIFICAÇÃO DO SERMÃO 9 – OUVINTES 10 – O PREGADOR
  • 3. 1 – HOMILÉTICA, RETÓRICA E ORATÓRIA Definição de Homilética Definição de Retórica Definição de Oratória
  • 4. É a ciência que estuda a construção, a preparação e a transmissão da mensagem cristã, bem como tudo o que diz respeito à pregação do Evangelho. No dicionário Aurélio é definido como a arte de pregar sermões religiosos. O termo Homilética tem origem no termo grego “Homilia”, que significa uma palestra, conversação ou um discurso familiar, ou seja, uma pregação em forma de conversa. Definição de Homilética 1
  • 5. De um ponto de vista mais específico, John Broadus afirma que a “ciência Homilética nada mais é do que a adaptação da retórica às necessidades especiais e aos reclamos da prédica cristã”. João Mohama, por sua vez, definiu Homilética como “a arte e a ciência da pregação”. Nelson Kirst definiu Homilética como “ciência que se ocupa com a pregação e, de modo particular, com a preferida no culto, no seio da comunidade reunida”.
  • 6. A palavra retórica vem do grego “Rhetor”, e significa orador numa assembleia. Tem sido interpretado como a arte de falar bem; a arte da eloquência, a arte de bem argumentar; arte da palavra. Definição de Retórica 1
  • 7. Oratória é a arte de falar bem em público, de forma eloquente, sendo uma forma específica de comunicação. Possui duas vertentes:  Vertente objetiva, com características específicas, técnicas e regras que podem ser aprendidas;  Vertente subjetiva, como a personalidade ou carisma. Definição de Oratória 1
  • 8. a) Acadêmica (específica de qualquer área de estudo superior); b) Forense (da área jurídica); c) Política (técnica e social); d) Religiosa (eclesiástica); e) Teológica (religiosa/acadêmica); f) Popular.
  • 9. 2 – ORIGEM E EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA HOMILÉTICA 1. As Primeiras Homilias 2. Objetivo da Homilética 3. Como Podemos Convencer? 4. Triângulo da Oratória
  • 10. Eram discursos familiares nas casas, quando não às escondidas, em face às perseguições que havia contra a Igreja durante os três primeiros séculos. As primeiras homilias (pregações) da Igreja primitiva eram bem simples, de modo que não perdessem a direção do Espírito Santo. 1. DEFINIÇÃO E CONCEITOS As Primeiras Homilias 2 A ORIGEM E EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA HOMILÉTICA
  • 11. No final do terceiro século, depois de Constantino, os Cristãos puderam sair dos subterrâneos de Roma e dos lugares escondidos e cultuar livremente; então as “homilias caseiras” tornaram-se públicas e, a partir desse momento, a simplicidade deu lugar à influência da Retórica Grega e da Oratória Romana. Assim, com a necessidade do aprimoramento da comunicação do Evangelho, surgiu a Homilética, que por sua vez avançou. Esse fato resultou que o aperfeiçoamento das homilias passou a ser intensificado, trazendo uma mensagem com graça, unção e de fácil entendimento por ter um raciocínio lógico no foco a que se dispôs.
  • 12. O objetivo principal da homilética é orientar os pregadores na dissertação (construção) de suas prédicas e, ao mesmo tempo, fazer com que os mesmos adquiram princípios gerais corretos na sua exposição. A mensagem não é do pregador É inspiração de Deus (Ef 6.19), mas a pesquisa, elaboração, organização e exposição são do pregador, por isso o estudo homilético busca auxiliá-lo para melhor preparar e entregar a mensagem divina. Objetivo da Homilética 2
  • 13. O sermão visa o convencimento dos ouvintes e, por isso, está diretamente ligado à eloquência. ELOQUÊNCIA - É a arte e o talento de persuadir, convencer, deleitar ou comover por meio da palavra. Capacidade de falar e de expressar-se com desenvoltura. O conceito está relacionado a ser convincente por meio de palavras. Como podemos convencer? 2
  • 14.  Pela força moral (princípios e doutrinas) – regras fundamentais;  Pela força social (costumes, e leis) – o direito;  Pela força física (braços e armas) – a guerra;  Pela força pessoal (exemplo) – influência psicológica;  Pela força verbal (falada ou escrita) – retórica;  Pela força divina (atuação do Espírito Santo) – Ele “...convence...” .
  • 15. Três pontos norteiam o estudo homilético e serão estudados em particular nesta apostila, são eles: 1) OUVINTES – São os receptores da mensagem, aqueles que decodificam o sermão pelos seus sentidos (audição, visão). 2) PREGADOR – É o responsável pela explanação do sermão, que o expõe pela palavra, somada à gesticulação, expressão, corporal e facial, etc. 3) SERMÃO – É o elo entre Pregador e Ouvintes; é a mensagem em si, que deve levar o ouvinte a um fácil entendimento da mensagem. Portanto o sermão necessita de ter “mensagem”. Triângulo da Oratória 2
  • 16. Dentro da composição de sermão existem várias nomenclaturas que diferenciam uns dos outros, avaliamos todos em suas bases e entendemos que os fundamentos de todos estão relacionados aos chamados “sermão de estrutura de base”. Assim, o estudo proposto por este manual abordará o sermão em três pontos que são interligados entre si e são conhecidos como o “Triangulo da Oratória”.
  • 17. 3 – O SERMÃO 1 – As Fontes do Sermão 2 – A Importância da Hermenêutica 3 – A Finalidade do Sermão
  • 18. O Sermão, também conhecido como discurso religioso ou sacro, prédica, homilia, é a primeira parte do estudo que faremos, por isso indicamos ao prezado aluno QUE SE EMPENHE a cada capítulo para aprender essa matéria de grande relevância acadêmica e religiosa. 1. DEFINIÇÃO E CONCEITOS O SERMÃO 3
  • 19. A Bíblia foi, é, e sempre será a grande fonte de mensagens, pois nela Deus se revela ao homem, apresenta o plano de salvação e seu cuidado com o homem desde a criação. Nela encontramos orientações e princípios aplicáveis a todas as fases da vida, em todos os aspectos, portanto, deve ser o livro de cabeceira de todo pregador. As Fontes do Sermão 3
  • 20.  Comentários bíblicos;  Enciclopédias;  Livros e manuais bíblicos;  Jornais, revistas e artigos;  Internet e documentários;  Teologia geral e sistemática;  Dicionários bíblicos, teológicos e linguísticos, etc. Porém, jamais poderá substituir a base bíblica do sermão, apenas suplementar, adicionar, acrescentar, ajudar na construção da tese do sermão; são os chamados auxílios extra-bíblicos.
  • 21.  A homilética aproveita o máximo do pregador.  A hermenêutica ajuda o pregador a aproveitar o máximo da Bíblia. A hermenêutica auxilia o pregador a interpretar o texto bíblico que será a base de sua mensagem, pregada com o aprimoramento do estudo homilético. A base da mensagem é a Bíblia; não somente o texto, mas seu contexto e subtexto, pois: “O texto fora do contexto não passa de pretexto, pois não alcança o subtexto”. A Importância da Hermenêutica 3
  • 22.  O texto é a porção bíblica;  O contexto é o ambiente em que está inserido o texto;  O subtexto é a verdade prática extraída do texto quando analisada no conjunto do contexto. Portanto, não haverá bom pregador se este não souber interpretar a Bíblia e isso só será possível com o auxílio hermenêutico para uma correta exegese do texto e nunca uma “eisegese”.
  • 23. Quanto à finalidade do sermão, analisaremos o seu propósito de ser e seu objetivo, que pode ser classificado em: 1) Pastorais - dirigido aos líderes de igrejas, aos novos obreiros. Visa exortar, consolar e edificar os obreiros. 2) Evangelísticos - Visa a conversão do pecador, o fortalecimento dos fracos na fé. 3) Missionários - busca despertar a igreja para a obra missionária. 4) Cerimoniais - têm por objetivo a ministração numa cerimônia, o agradecimento a Deus por sua realização. 5) Ocasionais - são os realizados em ocasiões especiais. A Finalidade do Sermão 3
  • 24. Seja qual for a finalidade do sermão (pastorais, evangelísticos, missionários, cerimoniais ou ocasionais), o pregador deve sempre ter em mente a Grande Comissão de Jesus Cristo à igreja (Mt 28.18; Mc 16.15). Portanto, se houver pessoas carentes de salvação, ainda que num culto fúnebre, de aniversário, ou outro, o pregador deve lançar a semente da salvação, seja qual for a ocasião, contudo, sem forçar a conversão, pois quem convence o homem é o Espírito Santo.
  • 25. 4 – ESTRUTURA DO SERMÃO DA HOMILÉTICA 1. As divisões do Sermão, Esboço da Estrutura
  • 26. Veremos uma das melhores maneiras de estruturá-lo de acordo com instruções de Reinaldo Polito e Dale Carnegie que é considerado o pai da oratória moderna, tanto na estrutura como da práxis em público. Todo sermão, para ser bem exposto, precisa ter uma sequência e um raciocínio lógico, ou seja, precisa ser de fácil entendimento e que leve o ouvinte a perceber o objetivo, entender, compreender de forma singular. 1. DEFINIÇÃO E CONCEITOS EXTRUTURA DO SERMÃO DA HOMILÉTICA As divisões do Sermão, esboço da estrutura 4
  • 27. 1. Introdução do sermão (começo) a. Cumprimentar os ouvintes (vocativo) b. Despertar o interesse (exórdio) c. Propor o assunto (proposição) 2. Assunto central (meio) a. Afirmar (argumentação) b. Ilustrar (assuntos paralelos) c. Neutralizar ideias contrárias (refutação) 3. Conclusão (fim) a. Recapitulação (epílogo) b. Apelo (chamada para tomada de atitude) c. Agradecimento (término com estilo)
  • 28. 5 – A INTRODUÇÃO DO SERMÃO 1 – Cumprimentar os ouvintes (vocativo) 2 – Despertar o interesse (exórdio) 3 – Propor o assunto (proposição) 4 – Frase de ligação
  • 29.  O primeiro por ocasião do término da construção do sermão (parte escrita), quando já estão definida as divisões do sermão, podendo elencar o assunto em ordem a ser apresentado; É a parte do sermão que prepara o ânimo dos ouvintes para receber bem o restante da mensagem, momento em que o pregador deve conquistar a atenção dos ouvintes; temos dois momentos relacionados a introdução:  O segundo está relacionada a apresentação ou aplicação efetiva do sermão ao público, nesse caso é a primeira parte, pois se trata da comunicação propriamente dita. 1. DEFINIÇÃO E CONCEITOS A INTRODUÇÃO DO SERMÃO 5
  • 30. Cumprimentar os ouvintes (Vocativo) 5
  • 31. Veja as mais comuns usadas nas igrejas: os irmãos com a paz do Senhor.  A paz do Senhor meus irmãos. todos com a Graça e Paz do Senhor.  Graça e Paz, etc. “NUNCA” se deve saudar os crentes e não crentes presentes de forma diferente. Exemplo, “Saúdo os irmãos na paz do Senhor e os visitantes com uma boa noite”. Esse tipo de saudação traz uma discriminação implícita e Deus não faz acepção de pessoas.
  • 32. 1. VOSSA EXCELÊNCIA - essa forma de tratamento deve ser empregada quando se dirigir às seguintes autoridades:  Presidente da República;  Ministros de Estado;  Governador do Estado;  Presidente do Senado Federal;  Etc.
  • 33. 2. VOSSA MAGNIFICÊNCIA, utiliza-se ao dirigir-se a:  Magníficos Reitores e Vice-Reitores de Universidades; 3. VOSSA SENHORIA, destina-se a:  Diretores e Presidente e Vice-presidente das demais Instituições etc. 4. SR. PRESIDENTE, normalmente é utilizado em convenções, reuniões e eventos, quando os mesmos estão presentes:  Presidente e Vice-presidente de "Campos", setores, regionais e de Convenções.
  • 34. Segundo Braga, na prática, a introdução, ou exórdio, a semelhança do título, é uma das últimas partes do sermão a serem preparadas. Após cumprimentar os ouvintes, o pregador deverá prender a atenção dos ouvintes, despertar o interesse pelo que será ministrado, pois as pessoas prestam mais atenção no início e no final da fala. O é o começo do discurso, o início da fala onde o pregador despertará a atenção do público com uma breve narrativa, poema, vídeo, frase, pensamento que em síntese apresenta o ponto central do que será ministrado. Despertar o interesse (Exórdio) 5
  • 35.  Aproveitar as circunstâncias (tempo, lugar, pessoa);  Aludir à ocasião;  Fazer uma citação;  Dar informação que cause impacto;  Prometer brevidade;  Aproveitar um fato bem-humorado;  Demonstrar a utilidade prática do assunto e sua importância. 1. Formas recomendadas para iniciar a fala
  • 36. O início deve ser ADEQUADO ao assunto central, isto é, ter relação direta com o restante da mensagem, de tal forma que se for retirado do sermão este ficará mutilado, prejudicado ou até mesmo destruído.  Pedir desculpas pela falta de preparo sobre a matéria;  Chamar atenção sobre problemas físicos ou de saúde, como rouquidão, gripe, resfriado, cansaço, etc.;  Contar piadas sem contexto (no mínimo arriscado);  Utilizar chavões, frases feitas ou vulgares;  Pronunciar frases vazias e sem significado específico; 2. Formas desaconselháveis para iniciar a fala
  • 37. Momento em que você começa a propor o assunto e as suas intenções com o seu sermão, literalmente a proposta do que será falado. Você mostra qual é o tema a ser abordado, suas divisões (não mais do que 3 ou 4 partes) e faz a leitura do texto que será a base da mensagem. É aquilo que se propõe, a proposta do sermão, o objetivo e finalidade do assunto a ser discorrido (pode variar conforme o público). Propor o assunto (Proposição) 5
  • 38. Deve conter palavras chaves na frase para uma transição suave da introdução para o assunto central do sermão. Uma transição desajeitada ou defeituosa pode desencaminhar o ouvinte e reduzir a eficácia da mensagem. Por ser uma palavra chave uma parte essencial da oração de transição, é preciso muito cuidado na sua escolha. A palavra coisas tem significado muito genérico para ser utilizada como palavra chave. O aluno deve ter como alvo o uso de uma palavra específica, que caracterize corretamente as divisões principais. Frase de Ligação 5
  • 39. Tendo em vista ajudar o pregador a descobrir a palavra-chave apropriada, damos uma lista das mais usadas em orações de transição.
  • 40. 6 – O ASSUNTO CENTRAL 1 – Argumentar (Afirmar) 2 – Ilustrar (Assuntos paralelos) 3 – Neutralizar Ideias Contrárias (Refutação)
  • 41. O que é o Assunto Central? O assunto central é a parte mais importante da fala, pois é a própria razão da existência do sermão, e este deve ser bem trabalhado para manter a atenção dos ouvintes e alcançar o objetivo de transmitir a mensagem. 1. DEFINIÇÃO E CONCEITOS ASSUNTO CENTRAL 1
  • 42. É neste momento que a maioria dos pregadores acaba se perdendo, ou seja, se esquecem de boa parte de seu discurso. Nunca decore a fala, seja sempre natural, tenha as ideias claras em sua mente, ordene-as de preferência em um esboço e, assim, deixe-as fluir naturalmente. Argumentação ( Afirmar) 2
  • 43. É nesta parte do sermão que o pregador deverá reunir todos os seus esforços para apresentar a verdade proposta de forma clara e objetiva. São indicados para afirmar:  Argumentos,  Definições,  Enumeração das partes,  Causas e efeitos,  Comparação e oposição,  Circunstâncias (o quê? quê? onde? por quê? com que ajuda? como? quando?),  Testemunhas (humanas e divinas) e  Ilustrações.
  • 44. Considera-se ASSUNTO PARALELO, ou exemplo paralelo, aquele que, pela natureza, tenha algum tipo de ligação com a matéria central a ser desenvolvida. Assim, quando utilizado, manterá a integridade da peça oratória pelo poder de conexão do seu conteúdo ajudando na fixação do ponto central do sermão. A ilustração auxilia na assimilação da verdade prática, ou seja, ajuda os ouvintes a entender o assunto central e, para isso, ela deve ser simples e objetiva. A ilustração deve explicar e não complicar. Ilustrar ( Assuntos Paralelos) 4
  • 45. 1. Cuidados quanto ao uso de Ilustrações As ilustrações devem ser sempre apropriadas e claras; Não deve haver um exagero de ilustrações; Devem ser breves, e críveis (que se pode crer). 2. Porque as Ilustrações são necessárias ao Sermão As ilustrações dão clareza ao sermão; As ilustrações fazem o sermão tornarem-se interessantes. Dão vida ao assunto proposto; É a maneira que o pregador pode usar para dar ênfase à verdade. 3. Onde encontrar Ilustrações para os Sermões A Bíblia é uma fonte riquíssima de ilustrações; Jornais, revistas; Livros específicos de ilustrações; Na história geral e eclesiástica. Observações Importantes
  • 46. É o segmento do assunto central que neutraliza as ideias contrárias, ou seja, possíveis questionamentos contraditórios, pois estas podem ser colocadas pelo auditório de forma expressa ou implícita. O orador deve, ao preparar seu discurso, pensar em todas as objeções e dúvidas que possam surgir e, para neutralizá- las, deve ater-se a fatos, gráficos, estatísticas, utilizando todos os argumentos possíveis, buscando não deixar dúvidas nos seus ouvintes. Neutralizar Ideias Contrárias ( Refutação) 6
  • 47. O Batismo é um ato de consenso no meio dos cristãos, sendo uma necessidade fundamentada na orientação bíblica pós-conversão. A divergência está na forma de batismo, se é por imersão, derramamento ou aspersão, nesse caso o pregador deve estar pronto a explicar a hermenêutica doutrinária de sua denominação para refutar dúvidas.
  • 48. 7 – A CONCLUSÃO DO SERMÃO 1 – Recapitular (Epílogo) 2 – Apelo 3 – Agradecimento 4 – Formas Desaconselháveis de Concluir 5 – Formas Aconselháveis de Concluir
  • 49. O pregador deve concluir o discurso de forma tão brilhante quanto começou, deixando os ouvintes satisfeitos e sedentos por uma outra apresentação e, para isso, ele deve recapitular o que foi dito, fazer o apelo e o agradecimento. 1. DEFINIÇÃO E CONCEITOS CONCLUSÃO DO SERMÃO 1
  • 50. Todos sabemos que a repetição é um dos caminhos para o aprendizado, mas nada é tão cansativo quanto ter que ficar ouvindo tudo novamente, por isso o orador deve fazê-lo procurando não ser muito extenso, usando outras palavras e, se possível, outros exemplos, em suma sintetizando o assunto para aplicação no apelo. Epílogo (do grego epílogos - conclusão é definido como uma parte de um texto, no final de uma obra literária ou dramática, que constitui a sua conclusão ou remate. É geralmente usada para dar a conhecer o desfecho dos acontecimentos relatados, o destino final das personagens da história enfim é a conclusão das ideias defendidas. Mas... O que é o Epílogo? Recapitular ( Epílogo) 2
  • 51. Após um bom resumo aplicativo (epílogo), só falta uma coisa; um bom apelo (Apelo é chamamento, convocação, momento em que o ouvinte é chamado para tomar uma decisão diante da explanação do sermão). Nenhum sermão deve terminar sem apelo, ainda que seja um apelo à reflexão.  Apelo não significa necessariamente convidar todos para vir à frente, mas sim convidar todos para agir.  O objetivo de todo sermão é levar o ouvinte à ação; por isso o sermão precisa terminar desafiando-o a uma tomada de atitude. Apelo 3
  • 52. Conversão – Para que a pessoa aceite a Jesus como seu único e suficiente salvador. Reconciliação – Se houver alguém que já tenha sido crente, mas no momento está afastado. Veja alguns tipos de apelo que podem ser feitos: União – Para pessoas que já sejam evangélicas, mas queiram se membrar nesta igreja. Cuidado para não querer dar a impressão de que sua igreja é a melhor de todas; argumente com sabedoria.
  • 53. Não deixe de agradecer pela oportunidade de ter ministrado; agradeça de forma objetiva e direta e sente-se, nada de enrolação. A Distribuição do Tempo no Sermão Deve ser utilizado de 3 a 6 minutos para: a. Cumprimentar os ouvintes (vocativo) b. Despertar o interesse (exórdio) c. Propor o assunto (proposição) Introdução do sermão (começo) Agradecimento 5
  • 54. a. Cumprimentar os ouvintes (vocativo) b. Despertar o interesse (exórdio) c. Propor o assunto (proposição) 1. Introdução do sermão (começo) a. Afirmar (argumentação) b. Ilustrar (assuntos paralelos) c. Neutralizar ideias contrárias (refutação) 2. Assunto central (meio) a. Recapitulação (epílogo) b. Apelo (chamada para tomada de atitude) c. Agradecimento 3. Conclusão (fim) Deve ser utilizado de 3 a 6 minutos para: De 60% a 80% do tempo total do discurso para: 10% do tempo total do discurso para:
  • 55. a) Não anuncie a conclusão Quantas vezes ouvimos pregadores dizendo: “E para terminar...” e nunca terminam e, após alguns minutos, perguntamos: “Será que agora ele termina mesmo?”. Não fique anunciando o término, mas termine de forma clara e objetiva. b) Conclua na hora certa O sermão deve ser concluído no clímax da mensagem, pois se o sermão se prolongar demais os adoradores vão deixar a igreja em piores condições do que quando entraram, isto é, zangados! A regra final é: pare enquanto os ouvintes desejam que haja mais e não quando desejarem que tivesse havido menos. Pare de pregar antes que as pessoas parem de ouvir! Formas Desaconselháveis de Concluir 7
  • 56. a) Utilize Ilustrações Uma ilustração marcante e breve pode ser uma boa forma de aplicar o sermão à vida das pessoas e então partir para o apelo. b) Oração Algumas vezes você pode terminar com uma oração de consagração ou pedir que as pessoas façam uma oração silenciosa ou, ainda, pedir que venham à frente ou pedir que se ajoelhem onde estão ou que curvem a cabeça. Formas Aconselháveis de Concluir 8
  • 57. c) Hino Um hino de apelo, cantado com solenidade, em harmonia com o tema, é uma das formas mais tocantes de concluir um sermão. d) Frase de Efeito Uma frase de efeito no final, pronunciada com eloquência, pode surtir um excelente resultado. Às vezes, a frase final pode ser o próprio tema, numa proposição que resuma todo o pensamento do sermão.
  • 58. 8 – CLASSIFICAÇÃO DO SERMÃO 1 – Sermão Temático 2 – Sermão Textual 3 – Sermão Exegético Expositivo 4 – Sermão de Improviso
  • 59. • O Sermão Temático é aquele cujas ideias básicas se originam de um tema, independentemente do texto. •No Sermão Textual, as ideias básicas originam-se de um breve texto da Bíblia. •No Sermão Expositivo, as ideias básicas originam-se numa passagem ou num texto mais longo, que é interpretado em relação a um assunto, usando exegese, semântica e etimologia. Há várias formas de classificar os sermões bíblicos e, nós estaremos estudando dentre os métodos propostos, os menos complicados e os mais práticos de todos. Braga divide os sermões em Temáticos, Textuais e Expositivos. Argumenta que: 1. DEFINIÇÃO E CONCEITOS A CLASSIFICAÇÃO DO SERMÃO 1
  • 60. “Sermão Temático é aquele cujas divisões principais derivam do tema, independentemente do texto”.  Examine com cuidado essa definição A primeira parte afirma que as divisões devem ser extraídas do próprio tema do sermão. Isso significa que esse tipo de sermão tem início com um tema ou tópico e que suas partes principais consistem em ideias tiradas desse tema. A segunda parte da definição declara que o sermão temático não requer um texto (bíblico) como base da mensagem. Sermão Temático 2
  • 61. “para termos a certeza de que o conteúdo da mensagem será totalmente bíblico, devemos iniciar com um assunto ou tópico tirado da Bíblia. As principais divisões do esboço do sermão devem basear-se nesse tópico e cada divisão principal deve apoiar-se numa referência bíblica”. Afirma ainda que: “Os versículos nos quais se fundamentam as divisões principais devem ser, em geral, extraídos de porções bíblicas mais ou menos distantes umas das outras”.
  • 62. Título: “Porque Jesus veio a este mundo” Tema: Os objetivos da vinda de Jesus • Cumprir a vontade do Pai e não a sua (Jo 6.38); • Cumprir a lei e não revogá-la (Mt 5.17); • Servir e não ser servido (Mt 20.28); • Salvar e não julgar (Jo 12.47); • Chamar pecadores e não justos (Mt 9.13); • Salvar e não destruir (Lc 9.54-56). Aqui temos um esboço temático bíblico, cujas divisões principais derivam do tema e são sustentadas por um versículo da Bíblia.
  • 63. Título: “A capacidade de Deus” Tema: Algumas coisas que Deus pode fazer • Ele pode salvar (Hb 7.25); • Ele pode guardar (Jd 24); • Ele pode socorrer (Hb 2.18); • Ele pode subordinar (Fp 3.21); • Ele pode conceder graça (2Co 9.8); • Ele pode fazer muito mais do que pedimos ou pensamos (Ef 3.20). Deve-se tomar o cuidado de não tirar o texto do contexto, com o objetivo de criar um pretexto, criando argumentações com falsas interpretações do texto para o Sermão Temático.
  • 64. “É aquele cujo assunto é tirado de um texto bíblico pequeno, geralmente de um só versículo, de onde vem a ideia central e as divisões principais”. O que diferencia o Sermão Temático do Textual é a origem do assunto do sermão, enquanto o temático o assunto sai da mente do pregador e as divisões de toda a Bíblia, no textual tanto o texto como as divisões saem do texto da Bíblia em análise, o qual oferece suas divisões. Sermão Textual 6
  • 65. É aquele que sintetiza o assunto apresentado no texto, sendo possível fazer uma narrativa, ou parafrasear o mesmo. - Sermão Textual Sintético É aquele que analisa o assunto do texto com mais profundidade. É muito confundido com o Sermão Exegético, que requer uma pesquisa mais etimológica e semântica. - Sermão Textual Analítico É aquele em que o próprio texto já oferece as divisões para construção do sermão. - Sermão Textual Natural
  • 66. Título: “O Carcereiro” Assunto: Um pecador que caminha para a salvação. Texto: Atos 16.25-34 • O pecador seguro de si: dorme (v.27); • O pecador despertado: vem tremendo (v.29); • O pecador que procura: “Que devo fazer?” (v.30); • O pecador instruído: crê no Senhor (v. 31); • O pecador salvo: rejubila e agradece (v.34). Diferentemente do Sermão Temático que se inicia com um tema, no Sermão Textual partiremos de um texto podendo ser um versículo da Bíblia ou porção maior do texto.
  • 67. O Sermão Exegético Expositivo é o mais difícil de preparar, mas é o que penetra na alma com mais poder, porque é o que possui maior volume de conteúdo hermenêutico bíblico. Esse tipo de sermão extrai do texto bíblico não apenas a ideia central, as divisões e as subdivisões, mas o próprio espírito do texto. Sermão Exegético Expositivo 9
  • 68. Segundo o Dr. Karl Lachler, o Sermão Exegético Expositivo é: “Um discurso bíblico derivado de um texto vernacular independente, a partir do qual o tema é revelado, analisado e explicado, através de seu contexto, sua gramática, e sua estrutura literária, cujo tema é infundido pelo Espírito Santo na vida do pregador e do ouvinte”. Nele o pregador subtrai a verdade prática que está intrínseco no contexto, fazendo com que os ouvintes se transportem à época dos escritos e vivenciem o objetivo de Deus naquele momento, fazendo também uma ponte hermenêutica, ou seja, trazendo para os dias atuais os oráculos de Deus.
  • 69. Numa visão superficial, pode parecer que o Sermão Textual e o Exegético Expositivo são bem semelhantes, pelo fato de ambos se originarem no texto bíblico. Mas a diferença vai além do tamanho do texto. Veja as principais diferenças:  O Sermão Textual extrai as divisões principais do texto, mas as subdivisões são construídas conforme a argumentação do pregador.  O Sermão Expositivo constrói as subdivisões a partir das circunstâncias do texto.
  • 70.  O Sermão Textual limita-se a um versículo da Bíblia.  O Sermão Expositivo pode usar uma narrativa ou um conceito de um ou mais capítulos, ou até de um livro inteiro da Bíblia.  No Sermão Textual, o estudo do contexto é recomendável;  No Sermão Exegético Expositivo, é indispensável, pois, do contrário, o sermão deixa de ser exegético.
  • 71. 1. Pesquisa a) Familiarização: percepções globais do parágrafo; b) Exegese: no vernáculo e nos textos originais; c) Estudo bíblico indutivo do texto; d) Proposição central. 2. Composição a) As divisões principais b) As ilustrações (luzes) c) Conclusão (foco na decisão) d) Introdução (o ouvinte é “fisgado”) e) Esboço do sermão (uma direção clara para todos)
  • 72. A estrutura acima é proposta pelo Dr. Karl Lanchler, que trabalha quatro passos para o processo de pesquisa e composição de mensagens exegética expositivas. 1. Familiarização – Momento de contato com o texto, que deve ser lido e relido. 2. Exegese – Ajuda o pregador a entender os significados e usos de palavras e/ou frases em seus contextos gramaticais. 3. Estudo Indutivo – É a ponte hermenêutica do que foi analisado na familiarização e exegese, ou seja, após a observação e interpretação faz-se a aplicação. 4. Proposição Central – Aqui o estudante deve dar a ideia central, isso é, a afirmação teológica em “roupa de domingo”, fornecendo a estrutura homilética.
  • 73. Vejamos a composição do Sermão Exegético Expositivo, que assim como o anterior segue quatro passos: 1. Divisões Principais – A partir da proposição central deve derivar as divisões principais do sermão. 2. Ilustrações – Já falamos da importância das ilustrações e essas devem ser pensadas durante a composição do sermão, visando “iluminar” o tema central. 3. Conclusão e Introdução – Devem ser feitas com preparo, a fim de fortalecer a exposição, fazendo o ouvinte ter “fisgada” a sua atenção. 4. Esboço do Sermão – Depois de seguidos todos os passos acima, deverá ser feito um esboço da mensagem para que o pregador saiba a sequência dos passos a serem dados; com isso o sermão terá uma direção clara para todos (pregador e ouvintes)
  • 74. Diferente do que alguns pensam ser o Sermão de Improviso não é aquele que a pessoa despreparada vai inventar algo para preencher o tempo que lhe foi confiado; ele é um sermão de adaptação que requer algumas habilidades que falaremos a seguir. Além disso, ser surpreendido quando não se espera para falar de improviso, e sobre um tema que você não domina muito bem, além de difícil, se agrava pelo medo que quer nos dominar. Uma saída é o Sermão de Improviso. Sermão de Improviso 16
  • 75. A – Passado, Presente e Futuro E / ou B – Causas e Efeitos Lembre-se: Para todo tema existe um assunto paralelo. Todo assunto paralelo permite serem explorados os itens A e B. Se você não conhece, ou conhece pouco sobre o tema, faça ligação a um assunto paralelo que você domina bem e desenvolva- o das seguintes formas:
  • 76. Assunto = Jesus Cristo Assunto paralelo = Justiça A – Como era a Justiça antes de Cristo;  A justiça de Cristo;  A justiça de Cristo como modelo para o futuro. Discurso de um Desembargador (Juiz), convidado a falar em uma convenção com mais de cinco mil pastores Evangélicos (ele não era evangélico).
  • 77. 9 – OUVINTES 1 – Sentidos: os Canais de Entrada 2 – Diversidade de Ouvintes 3 – O Bom Pregador 4 – Tipos De Ouvintes 5 – Como Conquistar Ouvintes Hostis
  • 78. Através dos Cinco Sentidos 1 % - através do paladar 1,5 % - através do tato 3,5 % - através do olfato 11 % - através da audição 83 % - através da visão 1. DEFINIÇÃO E CONCEITOS OUVINTES 1
  • 79. Porcentagens de dados retidos 10 % - do que leem 20 % - do que escutam 30 % - do que veem 50 % - do que veem e escutam 70 % - do que dizem e discutem 90 % - do que dizem e logo realizam
  • 80. Somente oral Somente visual Oral e visual 70% 72% 85% 10% 20% 65% Métodos de ensino Dados retidos depois de 3 horas Dados retidos depois de três dias
  • 81. Como pode ser observado acima o ser humano é dotado de vários sentidos (visão, audição, paladar, tato e olfato) que lhe permite receber informações. São os canais de entrada do nosso corpo para o nosso cérebro. São chamados sentidos porque sentem, recebem mensagens. Visão – O sentido pelo qual vemos; Audição – O sentido pelo qual se percebem os sons; Dentre eles é relevante falarmos sobre: Sentidos: Os Canais de Entrada 4
  • 82. O pregador deve, dentro de suas possibilidades, conhecer os ouvintes a quem irá transmitir a mensagem, pois certos fatores influenciam diretamente na forma como ela deve ser transmitida e na capacidade de decodificação dos ouvintes, por exemplo: Idade Nível sociocultural Conhecimento do assunto, etc... Diversidades de Ouvintes 5
  • 83. Devemos ter em mente que o bom pregador não é o que fala bonito, com termos floreados, cheios de adjetivos, mas sim, o que consegue passar a mensagem, explicar o assunto central e, para isso, é necessário conhecer o público para quem irá falar. Conhecer os ouvintes não quer dizer saber dos problemas de sua comunidade, do que gostariam de ouvir, das falhas dos membros, e de quaisquer problemas, e com isso dizer, durante o sermão, estar recebendo uma revelação da parte de Deus, com o único objetivo de se autopromover. Isso é farsa e é pecado!!! O Espírito Santo é quem nos direciona através da explanação da palavra a pregar, segundo a necessidade do rebanho, pois o sermão vem ao pregador através de uma iluminação divina. O Bom Pregador 6
  • 84. Existem vários tipos de ouvintes que às vezes se encontram na mesma reunião, eles podem ajudar ou procurar inibir sua prédica, portanto, conhecer um pouco de suas características e particularidades são relevantes para o pregador, dentre os quais podemos citar: 1) O Desinteressado 2) O Sonolento 3) O Brincalhão 4) O Emburrado 5) O Crítico 6) O Barulhento 7) O Adorador Tipos de Ouvintes 7
  • 85. É importante conhecermos os tipos de ouvintes, visto que, por vezes, ouvimos pregadores dizendo: “a igreja não me deu atenção durante a mensagem” ou “esta igreja não tem reverência”. Muitos pregadores, quando falam em igrejas pequenas se saem muito bem, mas se intimidam diante de um público maior e mais hostil. Como conquistar Ouvintes Hostis 8
  • 86.  Correr?  Chamar a atenção da igreja?  Gritar no microfone?  Agradecer a oportunidade?  Orar?  Abaixar a cabeça e pregar de olhos fechado?  Achar um pontinho na parede e começar a pregar para ele?
  • 87. 1) Diante do Desinteressado Altere seu tom de voz, falando mais alto, a fim de chamar-lhe a atenção; quando ele levantar a cabeça, olhe com simpatia nos seus olhos para que ele perceba que você está interessado em sua atenção. Veja algumas dicas que podem lhe valer muito diante dessas situações:
  • 88. 2) Diante do Sonolento Se for generalizado, indica que o horário já não permite ir mais além. Vale a dica acima, fite seus olhos no sonolento, se possível dirija suas palavras até ele, altere o ritmo, pois a monotonia dá sono; saia da rotina. 3) Diante do Brincalhão Se isso ocorrer no início da mensagem, você pode, com muita educação, pedir que as pessoas não circulem e não deixem as crianças fazê-lo... Se for durante a mensagem, olhe nos olhos do brincalhão e o faça perceber que está incomodando, atrapalhando a exposição da mensagem ...
  • 89. Nada melhor do que dar um sorriso olhando para os olhos da pessoa. Faça com humildade, seja carismático, peça para ele olhar para o vizinho e repetir alguma frase de acordo com a mensagem que você está pregando, isso ajuda a descontrair. 5) Diante do Crítico Esse tipo de ouvinte é o pior de conquistar, pois em sua maioria são obreiros mal sucedidos, céticos. A esses, o único jeito é deixá-los constrangidos por estarem atrapalhando a mensagem. Se possível, utilize-se dele como exemplo em sua mensagem, com certeza ele irá parar de conversar. 4) Diante do Emburrado
  • 90. Normalmente esses ouvintes são novos convertidos; é o mais fácil de trabalhar, pois seu barulho normalmente é de glória a Deus e Aleluia. Se estarem atrapalhando sua preleção, peça a sua atenção por alguns minutos... 7) Diante do Adorador Esse ouvinte é aquele que está aguardando uma palavra, seja para edificação, exortação ou consolo. Sabe o que foi fazer na Casa do Senhor. Oferece culto e está atento a voz do Senhor. Consegue perceber a ação divina até na duração da mensagem. 6) Diante do Barulhento
  • 91. 10 – O PREGADOR 1 – Definição 2 – A Preparação do Pregador 3 – O Medo 4 – Qualidades do Bom Pregador
  • 92. A pobreza espiritual de muitas pregações resulta da falta desse cultivo espiritual. Meditar, estudar e orar com devoção produz poderosas mensagens. O Pregador é alguém que recebe a mensagem de Deus e a entrega aos homens. É o que trata com Deus os interesses dos homens; e com os homens os interesses de Deus. O pregador não é um entregador de recados. É um porta-voz de Deus. 1. DEFINIÇÃO E CONCEITOS O PREGADOR Definição 1
  • 93. implica em estar com: Antes de elaborar o sermão o pregador deve preparar-se com cuidado, observando os seguintes procedimentos: Mente tranquila, aberta – pode ser alcançada num ambiente calmo, a sós, livre de pressões e problemas. Mente instruída – na Palavra de Deus e no saber humano, pois vamos falar a homens. A Preparação do Pregador 2
  • 94. obediência, temor, vida cristã: Dependência do Espírito Santo – para vivificar e ungir a mensagem que o sermão trará. Podemos, sim, preparar o sermão, mas só Deus nos dará a real mensagem. (João 6.63a; Atos 10.44). Oração – É preciso o pregador falar primeiro com Deus a respeito dos homens, antes de falar com os homens a respeito de Deus. O Estudo da Palavra – É ela que será usada, não nossas próprias ideias. Quem semeia a Palavra, colherá frutos, pois ela é chamada semente. (ver Sl 126.6; 2Tm 2.15). Quem semeia apenas o que é humano, não obterá frutos espirituais.
  • 95. “O medo, em si mesmo, não é patológico: ele faz parte da vida emocional de qualquer pessoa e a acompanha em seu desenvolvimento”. (GURFINKEL, Aline Camargo). No verbete “medo”, do dicionário Aurélio, lemos: sentimento de grande inquietação ante a noção de um perigo real ou imaginário, de uma ameaça; susto, pavor, temor, terror. Já para “fobia” temos a definição “aversão irrepreensível”. Medo 3
  • 96.  Sentir as pernas tremer,  O coração bater mais rápido,  As mãos ficarem geladas,  A falta de ar,  A dor de barriga,  O esquecimento,  Vontade de correr. A esse medo podemos chamar de “verbofobia” ou “pulpitofobia”, porém, o que fazer para vencer essa “pulpitofobia”? Diante desse quadro há duas decisões a tomar: FUGIR ou ENFRENTAR
  • 97. Veja, abaixo, o resultado de uma pesquisa realizada com três mil pessoas às quais se perguntou: “De que você tem mais medo?” Veja o porcentual das dez primeiras respostas: 1. Falar em público …………………………………….. 41% 2. Medo de altura ……………………………………….32% 3. Insetos ………………………………………………..22% 4. Problemas financeiros ……………………………….22% 5. Águas profundas ……………………………………..22% 6. Doença ……………………………………………….19% 7. Morte …………………………………………………19% 8. Viagem aérea ………………………………………...18% 9. Solidão ……………………………………………......14% 10. Cachorro ……………………………………………..11%
  • 98. Baseado em alguns escritores as cinco sugestões mais importantes são. 1. Como dominar o medo? 1 – Lembre-se de que Você não é Único – todos os grandes oradores têm medo. 2 – Resolva Correr o Risco – “o risco do fracasso é o preço do sucesso”; perder uma batalha não significa perder a guerra. 3 – Prepare-se – O medo é um aviso do subconsciente de que seu consciente precisa de mais preparo. O preparo dá segurança. 4 – Seja Perseverante – não desista diante dos primeiros fracassos. 5 – Não Pinte o Diabo mais Feio do Que É – não se imagine fracassando, esquecendo o que iria dizer, sendo humilhado; não imagine cenas pessimistas.
  • 100. 1. Entusiasmo O entusiasmo é o combustível da expressão verbal. O orador precisa vibrar em cada afirmação e empolgar-se com cada ideia. Se a ideia não empolgar o orador, não merece ser dita e nunca irá empolgar o auditório. Para falar com entusiasmo é preciso viver com entusiasmo. Talvez seja essa a razão por que há tão poucos oradores entusiastas. Ou seja, se você se deixar arrastar por uma vida sem entusiasmo, é difícil vibrar como orador ou pregador.
  • 101. 2. Boa Aparência Como já dissemos, o corpo fala, portanto, é necessário que o pregador esteja bem arrumado, pois sua imagem falará antes de suas palavras. Cabelos despenteados, roupa amarrotada, camisa para fora da calça, nó de gravata torto, roupas extravagantes, podem causar uma má imagem do pregador e indispor os ouvintes a ouvi-lo. O pregador não precisa ser modelo fotográfico, mas ser discreto e vestir-se de acordo com o ambiente, hora e assunto a ser tratado.
  • 102. 3. Síntese Não é pela quantidade de palavras que o pregador será bem sucedido; muitos pregadores parecem narradores de futebol, falam tanto, e por tanto tempo, que chegam a cansar os ouvintes e, ao final da preleção, não se sabe exatamente qual mensagem quis passar, qual foi a mensagem central. Lembre-se: “Dizer tudo o que for preciso, somente o que for preciso, nada mais do que for preciso, é uma tarefa difícil que precisa ser perseguida com obstinação”.
  • 103.  Conhecimento bíblico –“Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade” (2Tm 2.15).  Conhecimento da atualidade – O pregador deve saber o que se passa no mundo, no seu país, em seu estado e município, nas várias esferas: política, econômica e social.  Ciências afins – Não há nada que o pregador possa saber que não seja de valor para ele: história, literatura, geografia…etc. 4. Conhecimento Entendemos ser relevante para o pregador o conhecimento bíblico, atualidades e ciências afins.
  • 104. 5. Criatividade Ser criativo é esforçar-se em sair do lugar comum, forçar a imaginação a encontrar caminhos desconhecidos para despertar os sentidos dos ouvintes e mantê-los presos à força da comunicação. É a capacidade de contar uma história que todos conhecem de forma diferente, com outros enfoques, de criar imagens agradáveis para tornar os argumentos mais vivos e interessantes. Em vez de dizer as coisas do mesmo jeito que todo mundo diz, imagine uma forma diferente para torná-las interessantes.
  • 105. Pregar a Palavra de Deus é, dentre as muitas atividades que o homem pode exercer, a mais bela e importante. Ser o instrumento que anuncia os oráculos de Deus, além de gratificante, é recompensador. Porém, para essa atividade, o pregador deve, em primeiro lugar, viver o que anuncia, em seguida, fazê-lo com humildade e, por último, se empenhar para fazer sempre melhor. 1. DEFINIÇÃO E CONCEITOS CONCLUSÃO 13
  • 106. É certo que, ultimamente, podemos observar muitos profissionais de púlpito, pessoas que pregam com palavras e não com sua vida, muitos que não falam primeiro com Deus para poder falar aos homens. O próprio Deus é o mais interessado a que venhamos a aperfeiçoar nossa pregação, porém, antes disso, ele quer que tenhamos vida com ele, intimidade com ele, oração com ele, santidade com ele, para que, assim, ele possa nos usar na instrumentalidade do seu Espírito. Cabe a nós o esforço para aprimorar nosso conhecimento e relacionamento com Deus, vivendo uma vida digna de um verdadeiro pregador, o qual Deus possa usar.