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História e Literatura: 
Um diálogo Possível 
Profª Dra. Elaine Souza 
PUC/SP 
setembro/2014
• As representações de uma época podem ser observadas 
na literatura, uma vez que esta se torna uma expressão de 
sensibilidade. Para ser construída, a prosa de ficção 
necessita da inspiração de situações, dramas e amores 
reais.
• “O escritor, em sua tarefa de escrever, colocava no papel 
as leituras que fazia de uma sociedade, dando espaço para 
que emergissem representações sociais. Ao mesmo 
tempo, o literato criava uma relação com o leitor de sua 
obra, que via no romance a possibilidade de conhecer 
novos universos. Dessa forma, a literatura apresenta um 
caráter pedagógico, pois o autor, intencionalmente ou 
não, difundia regras, preceitos e opiniões aos leitores, que 
passavam a retransmiti-las aos outros membros de seu 
grupo social, criando ou reforçando padrões de conduta”.
Dizia Alencar, no romance Senhora, com sua personagem 
Aurélia Camargo, a respeito de seus pretendentes: 
Assim costumava ela indicar o merecimento relativo de cada um dos 
pretendentes, dando-lhes certo valor monetário. Em linguagem 
financeira, Aurélia cotava os seus adoradores pelo preço que 
razoavelmente poderiam obter no mercado matrimonial. 
Se o casamento era uma mercadoria, Alencar, ao trazer a 
questão para o romance, instigava a sociedade a questionar 
tal preceito e a ver no casamento um vínculo com o amor 
romântico, para além da condição financeira dos cônjuges.
A literatura: 
• constrói discussões sobre uma sociedade; 
• esboça compreensões de todo um período histórico; 
• expressa a visão de quem o presenciou; 
• Influência hábitos e costumes; 
• Torna-se uma fonte para os historiadores;
• Pode-se entender a obra literária como um produto 
cultural da sociedade, que precisa ser: 
• decodificada 
• desconstruída
• Desconstruir a obra permite ao historiador resgatar 
• singularidades, 
• propriedades determinadas, 
• especificidades, 
• intencionalidades subjacentes, 
• positividades,
Cria-se a possibilidade para o historiador de: 
• trabalhar com as representações sociais. 
Falar em positividades significa recuperar como foram: 
• criadas, 
• recriadas, 
• constituídas e reconstituídas, 
• lembrando que essas obras foram produzidas a partir de 
determinadas práticas e projetos, através da vivência 
cotidiana de sujeitos sociais.
No romance Lucíola, Alencar discursava sobre o 
comportamento social que devia ser praticado pelo homem 
com uma prostituta, em local público. 
A resposta foi o sorriso inexprimível, mistura de sarcasmo, de 
bonomia e fatuidade que desperta nos elegantes da corte a ignorância 
de um amigo, profano na difícil ciência das banalidades sociais. 
E o personagem prosseguia o pensamento do narrador: 
Compreendi e corei de minha simplicidade provinciana, que 
confundira a máscara hipócrita do vício com o modesto recato da 
inocência.
• A questão da literatura como fonte leva em conta o fato de o 
autor, ao escrever, estar sujeito a tencionalidades de seu 
contexto histórico e literário. 
• Com isso, seu texto se torna uma leitura subjetiva do momento, 
que ao ser analisada traz para o debate uma das várias 
possibilidades de representação de uma determinada sociedade.
• O pesquisador deve estar aberto às diferentes abordagens que 
terá de enfrentar, pois cada qual escreve a partir de suas 
impressões de uma mesma sociedade. 
• Isto equivale dizer que a obra literária tem seu olhar e que este 
não é um espelho do olhar de outro autor de seu tempo.
O amor sublime e verdadeiro surgia como o reparador ou 
salvador da alma masculina. Os romances trouxeram 
representações de masculinidade e feminilidade que se 
contrapunham e se completavam. O narrador destacava a 
mulher como a responsável por várias tensões e, em alguns 
momentos, como a culpada pela condução da trama e dos 
sortilégios do amor. Ao homem cabia o papel de “agente 
passivo da ação”, de elemento que pensava conduzir, mas 
era conduzido pela mulher. 
Ame alguém e não saiba se é retribuído. Toda sua existência se 
projeta nesse impulso d’alma, que se arroja para outro ser e anseia por 
nele infundir-se. Vive-se fora de si mesmo, alheio a seu próprio eu; 
como o peregrino perdido longe da pátria, o homem exilado de sua 
pessoa erra no espaço, em demanda de um abrigo.
Para o homem, o amor era visto como um sentimento 
verdadeiro e foco da dor. Por ser nobre, este sentimento o 
colocava num patamar de superioridade, pois com ele tinha 
que aprender a lidar e conduzir sua vida de maneira digna. 
Desde, porém, que o homem tem certeza de ser amado, em vez de 
expandir-se, recolhe-se e concentra-se para saturar-se de felicidade. Já 
não se alheia e esquece de si; ao contrário, sente-se elevado acima do que 
era; respeita em sua pessoa o homem amado.
• Daí advém o papel da literatura como documento 
histórico e o desafio do historiador de encontrar a melhor 
maneira de interpretar os romances e de travar o diálogo 
entre história, literatura, padrões, sensibilidades e tensões.
No contexto em que pensou seus romances, a cidade de Porto 
Alegre passava por um processo de transformações urbanas 
decorrentes de mudanças na economia, política e sociedade 
brasileira e sul-rio-grandense. A expansão da economia 
capitalista no campo e a, industrialização relacionada ao projeto 
político modernizador de Getúlio Vargas projetou a mobilização 
política das massas urbanas e seu ordenamento social através de 
um novo ideal de cidade no contexto mais amplo da nação. Porto 
Alegre foi administrada, nos anos 1930 e 40, por políticos 
engajados nesse projeto. Talvez por essas inquietações ou pela 
maturidade que estava adquirindo começou a pensar em um 
projeto de escrever sobre a história Rio Grandense e seus mais 
variados tipos humanos. 
Havia o valentão, o coronel, o peão, o gaudério, o bandido, o poltrão, o 
paladino, o gaiato, o parlapatão, o capanga, o sisudo, o potoqueiro, o gaúcho 
da cidade com flor no peito... tantos.
Para Erico o ato de escrever não fazia parte do processo de 
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leitura da sociedade. 
Uma das muitas provas por que tem de passar o romancista para 
convencer-se a si mesmo e aos leitores de que não é apenas um 
memorialista nem um fotógrafo ambulante, é a de criar com 
verossimilhança uma personagem que seja diferente dele em matéria de 
gosto, temperamento, caráter.
• Exemplos: 
• José de Alencar: romances ricos de representações, de tramas 
de relações amorosas e de tensões sociais. 
• Erico Verissimo: romances que abordam a história rio-grandense, 
que busca representar uma aura de heroísmo para o 
sul do Brasil
Ao criar uma mulher submissa ao marido, o autor coloca 
sua leitura das experiências vividas pelas mulheres de sua 
época. 
D. Henriqueta respeitava o marido, nunca ousava contrariá-lo. A verdade 
era que, afora aquela coisa de terem vindo para o Rio Grande e umas 
certas casmurrices, não tinha queixa dele. Maneco era um homem 
direito, um homem de bem, e nunca a tratara com brutalidade.
Na sua condição de mulher, estava envergonhada pela briga, se 
sentia responsável, pelo que pudesse acontecer aos dois e 
principalmente ao capitão, todos poderiam pensar que ela 
incentivou o duelo e isso seria humilhante, pois era uma “moça 
de família”. Para todos, o duelo seria sua responsabilidade, pois 
flertará com os dois, sabia do amor de Bento e não dizia-lhe não, 
mas também incentivará o capitão com olhares. 
Fechada no quarto, deitada na cama, Bibiana chorava... não tinha 
coragem de ir para a sala e fazer frente à família. Tudo aquilo havia 
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masculinidade. 
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cinamomo, entrou arrastando as esporas, batendo na coxa direita com o 
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_Buenas e me espalho! Nos pequenos dou de prancha e nos grandes dou 
de talho! 
Havia porali uns dois ou três homens, que o miraram de soslaio sem 
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• Autor e obra se inter-relacionam, na construção do 
romance; 
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• Profª Dra. Elaine Souza 
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Elaine Souza 
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História e Literatura: Um diálogo Possível

  • 1. História e Literatura: Um diálogo Possível Profª Dra. Elaine Souza PUC/SP setembro/2014
  • 2. • As representações de uma época podem ser observadas na literatura, uma vez que esta se torna uma expressão de sensibilidade. Para ser construída, a prosa de ficção necessita da inspiração de situações, dramas e amores reais.
  • 3. • “O escritor, em sua tarefa de escrever, colocava no papel as leituras que fazia de uma sociedade, dando espaço para que emergissem representações sociais. Ao mesmo tempo, o literato criava uma relação com o leitor de sua obra, que via no romance a possibilidade de conhecer novos universos. Dessa forma, a literatura apresenta um caráter pedagógico, pois o autor, intencionalmente ou não, difundia regras, preceitos e opiniões aos leitores, que passavam a retransmiti-las aos outros membros de seu grupo social, criando ou reforçando padrões de conduta”.
  • 4. Dizia Alencar, no romance Senhora, com sua personagem Aurélia Camargo, a respeito de seus pretendentes: Assim costumava ela indicar o merecimento relativo de cada um dos pretendentes, dando-lhes certo valor monetário. Em linguagem financeira, Aurélia cotava os seus adoradores pelo preço que razoavelmente poderiam obter no mercado matrimonial. Se o casamento era uma mercadoria, Alencar, ao trazer a questão para o romance, instigava a sociedade a questionar tal preceito e a ver no casamento um vínculo com o amor romântico, para além da condição financeira dos cônjuges.
  • 5.
  • 6. A literatura: • constrói discussões sobre uma sociedade; • esboça compreensões de todo um período histórico; • expressa a visão de quem o presenciou; • Influência hábitos e costumes; • Torna-se uma fonte para os historiadores;
  • 7. • Pode-se entender a obra literária como um produto cultural da sociedade, que precisa ser: • decodificada • desconstruída
  • 8. • Desconstruir a obra permite ao historiador resgatar • singularidades, • propriedades determinadas, • especificidades, • intencionalidades subjacentes, • positividades,
  • 9. Cria-se a possibilidade para o historiador de: • trabalhar com as representações sociais. Falar em positividades significa recuperar como foram: • criadas, • recriadas, • constituídas e reconstituídas, • lembrando que essas obras foram produzidas a partir de determinadas práticas e projetos, através da vivência cotidiana de sujeitos sociais.
  • 10. No romance Lucíola, Alencar discursava sobre o comportamento social que devia ser praticado pelo homem com uma prostituta, em local público. A resposta foi o sorriso inexprimível, mistura de sarcasmo, de bonomia e fatuidade que desperta nos elegantes da corte a ignorância de um amigo, profano na difícil ciência das banalidades sociais. E o personagem prosseguia o pensamento do narrador: Compreendi e corei de minha simplicidade provinciana, que confundira a máscara hipócrita do vício com o modesto recato da inocência.
  • 11. • A questão da literatura como fonte leva em conta o fato de o autor, ao escrever, estar sujeito a tencionalidades de seu contexto histórico e literário. • Com isso, seu texto se torna uma leitura subjetiva do momento, que ao ser analisada traz para o debate uma das várias possibilidades de representação de uma determinada sociedade.
  • 12. • O pesquisador deve estar aberto às diferentes abordagens que terá de enfrentar, pois cada qual escreve a partir de suas impressões de uma mesma sociedade. • Isto equivale dizer que a obra literária tem seu olhar e que este não é um espelho do olhar de outro autor de seu tempo.
  • 13. O amor sublime e verdadeiro surgia como o reparador ou salvador da alma masculina. Os romances trouxeram representações de masculinidade e feminilidade que se contrapunham e se completavam. O narrador destacava a mulher como a responsável por várias tensões e, em alguns momentos, como a culpada pela condução da trama e dos sortilégios do amor. Ao homem cabia o papel de “agente passivo da ação”, de elemento que pensava conduzir, mas era conduzido pela mulher. Ame alguém e não saiba se é retribuído. Toda sua existência se projeta nesse impulso d’alma, que se arroja para outro ser e anseia por nele infundir-se. Vive-se fora de si mesmo, alheio a seu próprio eu; como o peregrino perdido longe da pátria, o homem exilado de sua pessoa erra no espaço, em demanda de um abrigo.
  • 14. Para o homem, o amor era visto como um sentimento verdadeiro e foco da dor. Por ser nobre, este sentimento o colocava num patamar de superioridade, pois com ele tinha que aprender a lidar e conduzir sua vida de maneira digna. Desde, porém, que o homem tem certeza de ser amado, em vez de expandir-se, recolhe-se e concentra-se para saturar-se de felicidade. Já não se alheia e esquece de si; ao contrário, sente-se elevado acima do que era; respeita em sua pessoa o homem amado.
  • 15. • Daí advém o papel da literatura como documento histórico e o desafio do historiador de encontrar a melhor maneira de interpretar os romances e de travar o diálogo entre história, literatura, padrões, sensibilidades e tensões.
  • 16. No contexto em que pensou seus romances, a cidade de Porto Alegre passava por um processo de transformações urbanas decorrentes de mudanças na economia, política e sociedade brasileira e sul-rio-grandense. A expansão da economia capitalista no campo e a, industrialização relacionada ao projeto político modernizador de Getúlio Vargas projetou a mobilização política das massas urbanas e seu ordenamento social através de um novo ideal de cidade no contexto mais amplo da nação. Porto Alegre foi administrada, nos anos 1930 e 40, por políticos engajados nesse projeto. Talvez por essas inquietações ou pela maturidade que estava adquirindo começou a pensar em um projeto de escrever sobre a história Rio Grandense e seus mais variados tipos humanos. Havia o valentão, o coronel, o peão, o gaudério, o bandido, o poltrão, o paladino, o gaiato, o parlapatão, o capanga, o sisudo, o potoqueiro, o gaúcho da cidade com flor no peito... tantos.
  • 17. Para Erico o ato de escrever não fazia parte do processo de construção da memória, mas sim o trabalho do escritor de leitura da sociedade. Uma das muitas provas por que tem de passar o romancista para convencer-se a si mesmo e aos leitores de que não é apenas um memorialista nem um fotógrafo ambulante, é a de criar com verossimilhança uma personagem que seja diferente dele em matéria de gosto, temperamento, caráter.
  • 18. • Exemplos: • José de Alencar: romances ricos de representações, de tramas de relações amorosas e de tensões sociais. • Erico Verissimo: romances que abordam a história rio-grandense, que busca representar uma aura de heroísmo para o sul do Brasil
  • 19. Ao criar uma mulher submissa ao marido, o autor coloca sua leitura das experiências vividas pelas mulheres de sua época. D. Henriqueta respeitava o marido, nunca ousava contrariá-lo. A verdade era que, afora aquela coisa de terem vindo para o Rio Grande e umas certas casmurrices, não tinha queixa dele. Maneco era um homem direito, um homem de bem, e nunca a tratara com brutalidade.
  • 20. Na sua condição de mulher, estava envergonhada pela briga, se sentia responsável, pelo que pudesse acontecer aos dois e principalmente ao capitão, todos poderiam pensar que ela incentivou o duelo e isso seria humilhante, pois era uma “moça de família”. Para todos, o duelo seria sua responsabilidade, pois flertará com os dois, sabia do amor de Bento e não dizia-lhe não, mas também incentivará o capitão com olhares. Fechada no quarto, deitada na cama, Bibiana chorava... não tinha coragem de ir para a sala e fazer frente à família. Tudo aquilo havia acontecido por sua causa...
  • 21. No primeiro diálogo, da personagem no romance, fica marcada sua coragem e virilidade, características do soldado, homem de guerras assim como sua concepção de masculinidade. Apeou na frente da venda do Nicolau, amarrou o alazão no tronco dum cinamomo, entrou arrastando as esporas, batendo na coxa direita com o rebenque, e foi logo gritando, assim com ar de velho conhecido: _Buenas e me espalho! Nos pequenos dou de prancha e nos grandes dou de talho! Havia porali uns dois ou três homens, que o miraram de soslaio sem dizer palavra. Mas dum canto da sala ergueu-se um moço moreno, que puxou a faca, olhou para Rodrigo e exclamou: _Pois dê!
  • 22. Sendo assim: • Autor e obra se inter-relacionam, na construção do romance; • muitas vezes foram apresentados elementos de experiências vivenciadas pelo autor; • Ao mesclar história e ficção a literatura construiu um retrato, em que utiliza elementos ficcionais, referencias históricas, sociais e pessoais.
  • 23. • Profª Dra. Elaine Souza @historiacpv Elaine Souza elaine.rsouza@rocketmail.com