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Hepatites Virais:
epidemiologia e controle
Introdução
Vírus potencialmente causadores de hepatite
Epstein-Barr
Herpes simplex
Vírus da Rubéola
Vírus da Caxumba
Varicella Zoster
Vírus da febre amarela
Coxsackie B
Adenovírus
Vírus da Dengue
Citomegalovírus
Vírus HIV
Introdução
Características A B C D E
Família
Picornaviridae Hepadnaviridae Flaviviridae Deltaviridae Caliciviridae
Ácido nucléico RNA DNA RNA RNA RNA
Período de
incubação
(em dias)
15-50 28-160 14-160 variável 15-45
Os vírus hepatotrópicos constituem um
grupo de agentes virais de diferentes famílias e
que têm o fígado como seu alvo principal,
podendo provocar inflamação e necrose
hepáticas;
O termo hepatite viral se refere à doença
causada por algum dos cinco bem descritos
vírus hepatotrópicos (A-E);
Outros vírus são candidatos a
hepatotrópicos: HGV, TTV, Sen-vírus.
Os vírus hepatotrópicos podem ser divididos, de acordo com o
modo de transmissão, em 2 grupos:
 Enteral:
Vírus da hepatite A (HAV) e vírus da
hepatite E (HEV);
Transmissão predominante pela via fecal-
oral;
Formas agudas;
Sem estado de portador crônico.
 Parenteral:
Vírus da hepatite B (HBV), hepatite C
(HCV) e hepatite D (HDV);
Transmissão parenteral;
Formas agudas e crônicas;
Portador crônico como reservatório;
Potencial para o desenvolvimento de
cirrose e carcinoma hepatocelular.
Manifestações Clínicas
 Hepatite aguda:
 Assintomática
 Sintomática com ou sem icterícia
 Subfulminante
 Fulminante
 Hepatite crônica: HBV, HCV e HDV
 As formas assintomáticas da hepatite aguda
são 10 a 30 vezes mais comuns que as
sintomáticas
 As formas sintomáticas são caracterizadas
por manifestações clínicas comuns a todas as
formas de hepatite aguda não permitindo a
distinção entre os diferentes tipos de vírus
Evolução clínica
Manifestações clínicas: hepatite crônica
Hepatites de transmissão enteral: A e E
HAV HEV
Hepatite A e E: vias de transmissão
o Modos de transmissão:
 Fecal-oral
Fontes alimentares
Água
Verduras mal lavadas
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o Surtos foram descritos em escolas, creches,
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epidemiologia mundial
Segundo a ONG Trata Brasil, 35 milhões de brasileiros não têm acesso à água
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 No Brasil não há relatos de epidemias causadas pelo vírus da hepatite E;
 Porém, há evidências de que o vírus circula por vários estados brasileiros;
 Inquéritos sorológicos (detecção de anti-HEV):
 Na Bahia, 2%;
 No Mato Grosso, 3,3%;
 Em São Paulo: 4,9%;
 No Rio de Janeiro, 7,1%
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Hepatite B
Hepatite B
Vias de transmissão
O HBV está presente no sangue das pessoas infectadas, mas é
também excretado em diversos fluidos corporais, tais como
sêmen, secreção vaginal, leite materno e saliva.
Principais vias de transmissão:
relações sexuais desprotegidas;
transfusão de sangue e derivados contaminados;
uso de drogas com compartilhamento de seringas,
agulhas ou outros equipamentos;
transmissão vertical (parto ou aleitamento).
Hepatite B: vias de transmissão
Hepatite B
Vias de transmissão
Vias alternativas de transmissão:
acidentes perfurocortantes envolvendo profissionais da
saúde, bombeiros, lixeiros, entre outros;
hemodiálise;
tratamento odontológico;
glicosimetria compartilhada;
cirurgias e endocopias;
acupuntura;
tatuagens e piercings;
cabeleireiro e manicure.
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Epidemiologia no Brasil
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 Estima-se que cerca de 3% da população mundial esteja infectada;
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 A hepatite C é hoje a principal causa de morte por doença hepática, e a principal causa de
indicação de transplante hepático nos países desenvolvidos.
Centers for Disease Control and Prevention. MMWR / August 17, 2012 / Vol. 61 / No. 4
Embora essa faixa etária contenha 27% da pop. norte-
americana, ela alberga 75% dos infectados pelo HCV.
Hepatite C
Vias de transmissão
O HCV pode ser encontrado no sangue e em diversos fluidos corporais
das pessoas infectadas, tais como sêmen, secreção vaginal e saliva, mas
é raramente transmitido por outros fluidos que não o sangue.
Principais vias de transmissão:
transfusão de sangue e derivados contaminados;
uso de drogas com compartilhamento de seringas, agulhas ou
outros equipamentos.
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States, by Year.
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Hepatite C
Vias de transmissão
Vias alternativas de transmissão:
hemodiálise;
acidentes perfurocortantes envolvendo profissionais da saúde,
bombeiros, lixeiros, entre outros;
tratamento odontológico;
glicosimetria compartilhada;
cirurgias e endocopias;
acupuntura;
tatuagens e piercings;
cabeleireiro e manicure
relações sexuais desprotegidas;
transmissão vertical (parto ou aleitamento).
Hepatite C
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Epidemiologia no Brasil
Hepatite C
Epidemiologia no Brasil
Prevenção das hepatites virais
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Em Ribeirão Preto, 99,72% das casas tem água encanada e tratada.
Fonte: SNIS
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vacinação
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N Engl J Med 2019;380:2041-50.
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Prevenção do HIV e das hepatites B, C e D:
Triagem sorológica de doadores de sangue
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medicamentos injetáveis
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Prevenção do HIV e das hepatites B, C e D:
Uso de práticas seguras para a administração de medicamentos injetáveis
Green A. The Lancet 2019, 393: 2288
Prevenção do HIV e das hepatites B, C e D:
Uso de equipamentos de segurança
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 Triagem sorológica para o HBV em todas as gestantes
 Durante a gestação de mãe com elevada carga viral (HBV DNA> 6 log cópias/ml), iniciar o uso
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 No parto de todas as mães HBsAg:
 HBIG (IM) nas primeiras 12 horas de vida;
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 O aleitamento materno poderá ser empregado desde que o esquema acima seja feito
corretamente.
Pol S, et al. Clin Res Hepatol Gastroenterol (2011)
Figure 1. Reduction of the HBsAg carriage rate in endemic
countries after introduction of vaccination.
Pol S, et al. Clin Res Hepatol Gastroenterol (2011).
Prevenção da hepatite B:
vacinação
Prevenção da hepatite B:
vacinação
Prevenção do HIV:
Controle da transmissão vertical
Min. da Saúde 2018. Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para prevenção da transmissão vertical de HIV, sífilis e hepatites virais
Medida
Em TARV, com carga viral
indetectável
Com carga viral > 1000 cópias/mL
ou ignorada
Via de parto preferencial Vaginal Cesárea
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Nevirapina para o RN – 3 doses Não Sim
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Cabergolina para a mãe Sim Sim
 Triagem sorológica para o HIV em todas as gestantes
 Terapia antirretroviral (TARV) na gestação
Prevenção do HIV:
controle da transmissão vertical
Prevenção do HIV:
testagem universal e tratamento de todos os infectados
Prevenção do HIV:
testagem universal e tratamento de todos os
infectados
Prevenção do HIV e da Hepatite B:
sexo seguro
Prevenção do HIV e da Hepatite B:
sexo seguro
Prevenção do HIV:
“Post-Exposure Prophylaxis” (PEP)
Prevenção do HIV:
“Pre-Exposure Prophylaxis” (PrEP)
Prevenção do HIV:
“Pre-Exposure Prophylaxis” (PrEP)
Prevenção do HIV:
“Pre-Exposure Prophylaxis” (PrEP)
“Há três métodos para se alcançar a sabedoria: primeiro, por reflexão, que é
o mais nobre; segundo, por imitação, que é o mais fácil; e terceiro, por
experiência, que é o mais amargo”
Confúcio (551 a.C. – 479 a.C.)

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  • 2. Introdução Vírus potencialmente causadores de hepatite Epstein-Barr Herpes simplex Vírus da Rubéola Vírus da Caxumba Varicella Zoster Vírus da febre amarela Coxsackie B Adenovírus Vírus da Dengue Citomegalovírus Vírus HIV
  • 3. Introdução Características A B C D E Família Picornaviridae Hepadnaviridae Flaviviridae Deltaviridae Caliciviridae Ácido nucléico RNA DNA RNA RNA RNA Período de incubação (em dias) 15-50 28-160 14-160 variável 15-45 Os vírus hepatotrópicos constituem um grupo de agentes virais de diferentes famílias e que têm o fígado como seu alvo principal, podendo provocar inflamação e necrose hepáticas; O termo hepatite viral se refere à doença causada por algum dos cinco bem descritos vírus hepatotrópicos (A-E); Outros vírus são candidatos a hepatotrópicos: HGV, TTV, Sen-vírus.
  • 4. Os vírus hepatotrópicos podem ser divididos, de acordo com o modo de transmissão, em 2 grupos:  Enteral: Vírus da hepatite A (HAV) e vírus da hepatite E (HEV); Transmissão predominante pela via fecal- oral; Formas agudas; Sem estado de portador crônico.  Parenteral: Vírus da hepatite B (HBV), hepatite C (HCV) e hepatite D (HDV); Transmissão parenteral; Formas agudas e crônicas; Portador crônico como reservatório; Potencial para o desenvolvimento de cirrose e carcinoma hepatocelular.
  • 5. Manifestações Clínicas  Hepatite aguda:  Assintomática  Sintomática com ou sem icterícia  Subfulminante  Fulminante  Hepatite crônica: HBV, HCV e HDV  As formas assintomáticas da hepatite aguda são 10 a 30 vezes mais comuns que as sintomáticas  As formas sintomáticas são caracterizadas por manifestações clínicas comuns a todas as formas de hepatite aguda não permitindo a distinção entre os diferentes tipos de vírus
  • 8. Hepatites de transmissão enteral: A e E HAV HEV
  • 9. Hepatite A e E: vias de transmissão o Modos de transmissão:  Fecal-oral Fontes alimentares Água Verduras mal lavadas Gelo de água impura Frutos do mar (ostras)  Práticas sexuais (HAV)  Transmissão vertical (rara)  Derivados de sangue (rara)  Contato com animais (HEV) o Surtos foram descritos em escolas, creches, acampamentos militares, instituições psiquiátricas, prisões e por meio de viagens a áreas endêmicas
  • 10. Hepatite A e E: epidemiologia mundial Segundo a ONG Trata Brasil, 35 milhões de brasileiros não têm acesso à água tratada. Rev. Radis, nº163, 2016
  • 11. Hepatite A e E: epidemiologia mundial
  • 12. Hepatite A e E: epidemiologia mundial WHO. Progress on drinking water, sanitation and hygiene: 2017 update and SDG baselines
  • 13. Hepatite A e E: epidemiologia mundial WHO. Progress on drinking water, sanitation and hygiene: 2017 update and SDG baselines
  • 18. Hepatite E: epidemiologia no Brasil  No Brasil não há relatos de epidemias causadas pelo vírus da hepatite E;  Porém, há evidências de que o vírus circula por vários estados brasileiros;  Inquéritos sorológicos (detecção de anti-HEV):  Na Bahia, 2%;  No Mato Grosso, 3,3%;  Em São Paulo: 4,9%;  No Rio de Janeiro, 7,1%  Cássia dos Coqueiros: 20,7%!!!
  • 20. Hepatite B Vias de transmissão O HBV está presente no sangue das pessoas infectadas, mas é também excretado em diversos fluidos corporais, tais como sêmen, secreção vaginal, leite materno e saliva. Principais vias de transmissão: relações sexuais desprotegidas; transfusão de sangue e derivados contaminados; uso de drogas com compartilhamento de seringas, agulhas ou outros equipamentos; transmissão vertical (parto ou aleitamento).
  • 21. Hepatite B: vias de transmissão
  • 22. Hepatite B Vias de transmissão Vias alternativas de transmissão: acidentes perfurocortantes envolvendo profissionais da saúde, bombeiros, lixeiros, entre outros; hemodiálise; tratamento odontológico; glicosimetria compartilhada; cirurgias e endocopias; acupuntura; tatuagens e piercings; cabeleireiro e manicure.
  • 23. Hepatites B e C: vias alternativas de transmissão
  • 31. Hepatite C Epidemiologia mundial  Estima-se que cerca de 3% da população mundial esteja infectada;  Nos EUA a prevalência atual estimada de infecção é de 2,7 a 3,9 milhões de casos;  A hepatite C é hoje a principal causa de morte por doença hepática, e a principal causa de indicação de transplante hepático nos países desenvolvidos. Centers for Disease Control and Prevention. MMWR / August 17, 2012 / Vol. 61 / No. 4
  • 32. Embora essa faixa etária contenha 27% da pop. norte- americana, ela alberga 75% dos infectados pelo HCV.
  • 33. Hepatite C Vias de transmissão O HCV pode ser encontrado no sangue e em diversos fluidos corporais das pessoas infectadas, tais como sêmen, secreção vaginal e saliva, mas é raramente transmitido por outros fluidos que não o sangue. Principais vias de transmissão: transfusão de sangue e derivados contaminados; uso de drogas com compartilhamento de seringas, agulhas ou outros equipamentos.
  • 34. Estimated Number of New Hepatitis B and Hepatitis C Infections in the United States, by Year. N Engl J Med 2018; 378:1169-1171
  • 35. Hepatite C Vias de transmissão Vias alternativas de transmissão: hemodiálise; acidentes perfurocortantes envolvendo profissionais da saúde, bombeiros, lixeiros, entre outros; tratamento odontológico; glicosimetria compartilhada; cirurgias e endocopias; acupuntura; tatuagens e piercings; cabeleireiro e manicure relações sexuais desprotegidas; transmissão vertical (parto ou aleitamento).
  • 40. Prevenção das hepatites A e E: Tratamento da água Em Ribeirão Preto, 99,72% das casas tem água encanada e tratada. Fonte: SNIS
  • 41. Prevenção das hepatites A e E: Coleta e tratamento do esgoto Em Ribeirão Preto, 97,70% das casas tem coleta de esgoto, e 81,47% tem tratamento desse esgoto. Fonte: SNIS
  • 42. Prevenção das hepatites A e E: Higiene das mãos
  • 43. Prevenção da hepatite A: vacinação
  • 44. Prevenção da hepatite A: vacinação
  • 45. Prevenção da hepatite E: vacinação N Engl J Med 2015;372:914-22.
  • 46. Prevenção do HIV e das Hepatites B, C e D
  • 47. Prevenção do HIV e das Hepatites B, C e D N Engl J Med 2019;380:2041-50.
  • 48. Prevenção do HIV e das hepatites B, C e D: Triagem sorológica de doadores de sangue
  • 49. http://www.cdc.gov/hepatitis/Statistics/index.htm Prevenção do HIV e das hepatites B, C e D: Triagem sorológica de doadores de sangue
  • 50. Prevenção do HIV e das hepatites B, C e D: Projeto de “redução de danos”
  • 51. Prevenção do HIV e das hepatites B, C e D: Uso de práticas seguras para a administração de medicamentos injetáveis Pepin J. PLoS One 2014;9(6):e99677.
  • 52. Prevenção do HIV e das hepatites B, C e D: Uso de práticas seguras para a administração de medicamentos injetáveis Green A. The Lancet 2019, 393: 2288
  • 53. Prevenção do HIV e das hepatites B, C e D: Uso de equipamentos de segurança
  • 54. Prevenção do HIV e das hepatites B, C e D: Esterilização de equipamentos de risco
  • 55. Prevenção da hepatite B: Controle da transmissão vertical  Triagem sorológica para o HBV em todas as gestantes  Durante a gestação de mãe com elevada carga viral (HBV DNA> 6 log cópias/ml), iniciar o uso de anti-virais (lamivudina, tenofovir);  No parto de todas as mães HBsAg:  HBIG (IM) nas primeiras 12 horas de vida;  Vacina (IM) contra hepatite B nas primeiras 12 horas de vida, seguida de 2 outras doses posteriores;  O aleitamento materno poderá ser empregado desde que o esquema acima seja feito corretamente. Pol S, et al. Clin Res Hepatol Gastroenterol (2011)
  • 56. Figure 1. Reduction of the HBsAg carriage rate in endemic countries after introduction of vaccination. Pol S, et al. Clin Res Hepatol Gastroenterol (2011). Prevenção da hepatite B: vacinação
  • 57. Prevenção da hepatite B: vacinação
  • 58. Prevenção do HIV: Controle da transmissão vertical Min. da Saúde 2018. Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para prevenção da transmissão vertical de HIV, sífilis e hepatites virais Medida Em TARV, com carga viral indetectável Com carga viral > 1000 cópias/mL ou ignorada Via de parto preferencial Vaginal Cesárea AZT (EV) no parto Não Sim AZT (VO) para o RN – 4 sem. Sim Sim Nevirapina para o RN – 3 doses Não Sim Banho precoce do RN Sim Sim Aleitamento materno Não Não Cabergolina para a mãe Sim Sim  Triagem sorológica para o HIV em todas as gestantes  Terapia antirretroviral (TARV) na gestação
  • 59. Prevenção do HIV: controle da transmissão vertical
  • 60. Prevenção do HIV: testagem universal e tratamento de todos os infectados
  • 61. Prevenção do HIV: testagem universal e tratamento de todos os infectados
  • 62. Prevenção do HIV e da Hepatite B: sexo seguro
  • 63. Prevenção do HIV e da Hepatite B: sexo seguro
  • 64. Prevenção do HIV: “Post-Exposure Prophylaxis” (PEP)
  • 65. Prevenção do HIV: “Pre-Exposure Prophylaxis” (PrEP)
  • 66. Prevenção do HIV: “Pre-Exposure Prophylaxis” (PrEP)
  • 67. Prevenção do HIV: “Pre-Exposure Prophylaxis” (PrEP)
  • 68. “Há três métodos para se alcançar a sabedoria: primeiro, por reflexão, que é o mais nobre; segundo, por imitação, que é o mais fácil; e terceiro, por experiência, que é o mais amargo” Confúcio (551 a.C. – 479 a.C.)