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ESCOLA DE NEGOCIAÇÃO
Habilidades Negociais e
Pensamento Estratégico
O CURSO
Escola de Negociação 3
Objetivos do Curso:
• Identificar um conjunto de habilidades pessoais
coadjuvantes ao manejo da negociação.
• Levar à compreensão acerca da importância do estilo e do
comportamento negociais para o resultado final.
• Adquirir visão ampla do pensamento dos grandes mestres
estratégicos, identificando neles a inspiração e os modelos
para:
– A melhoria das habilidades negociais.
– A motivação e a convicção para a busca do controle emocional e da
empatia
– O reforço do pensamento estratégico.
– A habilidade no controle de situações tensas da negociação.
Escola de Negociação 4
Principais pontos:
• Habilidades negociais pessoais.
• Habilidades negociais em direção.
• Pensamento estratégico aplicado a
negociação.
• Desenvolvimento do estilo negociador.
• Controle emocional na negociação.
Escola de Negociação 5
Conteúdos:
• Pensamento estratégico na negociação.
• Pensamento reflexivo e controle emocional do
negociador.
• Habilidades negociadoras em direção.
• Habilidades negociadoras em subordinação.
• Qualidades pessoais do negociador.
• Princípios gerais de estratégica aplicados ao
processo de negociação.
Escola de Negociação 6
BLOCOS:
• Bloco 1 - ESTRATÉGIA
Sun Tsu, Sun Bin, Maquiavel
• Bloco 2 – PENSAMENTO REFLEXIVO e
CONTROLE EMOCIONAL
Marco Aurélio, Sêneca, Hagakure e
Myiamoto Musashi
Escola de Negociação 7
BLOCOS:
• Bloco 3 – HABILIDADES EM
DIREÇÃO E EM SUBORDINAÇÃO
Maquiavel
• Bloco 4 – QUALIDADES PESSOAIS DO
NEGOCIADOR
Baltazar Gracián
• Bloco 2 – COMPORTAMENTO DO
NEGOCIADOR
Sun Bin
Aprender a pensar estrategicamente.
Primeiro passo no caminho da
profissionalização negociadora.
Um principio geral:
“Ao final do jogo, o rei e o peão voltam
para a caixa.”
Antigo provérbio italiano anônimo.
Escola de Negociação 10
O início…
… EPICTETO.
Epíteto foi um filósofo nascido na Frigia,
ano 55 DC, como escravo.
Seu pensamento é considerado a raiz da
psicologia do auto-controle que é utilizado
para a filosofia básica do negociador. Foi
seu discípulo Flávio Arriano quem
conservou seus ensinamentos.
Lições de EPITETO:
…nosso ponto de partida:
Existem três chaves para uma “boa vida”, entendido
como uma vida
 Dominar o desejo (os impulsos)
 Cumprir com o dever
 Aprender a pensar com clareza sobre si
mesmo e suas relações dentro da comunidade
dos seres humanos.
Escola de Negociação 12
E, a partir destas lições, tratamos:
• Melhorar nossa capacidade analítica aplicada à negociação,
mediante o desenvolvimento básico do pensamento
estratégico.
• Melhorar nossa postura negociadora, variando o grau de
autocontrole que temos, passando de reações emocionais a
movimentos mais inteligentes.
• Melhorar nossa forma de comunicação.
• Aprender a escutar mais eficientemente.
• Profissionalizarmo-nos na negociação, tratando de sermos
mais eficientes e efetivos.
O que é estratégia?
Qual sua importância?
Quais os tipos de estratégia?
Escola de Negociação 14
O que é Estratégia?
• Um curso de ação conscientemente desejado e
determinado de forma antecipada, com a finalidade de
assegurar o êxito dos objetivos.
• É, também, uma forma, é qualquer conjunto de ações
ou comportamento. Definir a estratégia como um plano
não é suficiente. É necessário um conceito que lhe
agregue um comportamento resultante.
Especificamente, a estratégia deve ser coerente com o
comportamento.
Escola de Negociação 15
… Continuação….estratégia e…
É o processo através do qual o estrategista se
abstrai do passado para situar-se mentalmente em
um estado futuro desejado e, a partir desta
posição, tomar todas as decisões necessárias no
presente, para alcançar esse estado futuro
desejado.
E se abstrair do passado não significa não tomá-lo
como um ponto de partida ou comparativo.
Escola de Negociação 16
Os tipos de Estratégia:
Existem dois enfoques principais da atividade de
pensamento estratégico:
- enfoque de preferência: que afirma que o futuro
é a continuação do presente que, por sua vez, é
continuação do passado.
- enfoque prospectivo: que sustenta que o futuro
não é necessariamente a prolongação do passado.
A estratégia pode ser concebida independente do
passado.
Escola de Negociação 17
Os tipos de Estratégia:
• Existem também dois tipos de estratégia:
- A estratégia deliberada: “primeiro se pensa,
logo se atua”.
- A estratégia emergente: “a ação impulsiona o
pensamento”.
Escola de Negociação 18
Conclusão:
“As estratégias mais eficazes são
aquelas que combinam a deliberação
e o controle com a flexibilidade e a
aprendizagem.”
Escola de Negociação 19
BLOCO I
_____________________________
ESTRATÉGIA
SUN TSU
Escola de Negociação 20
SUN TZU:
Sun Tzu Wu viveu e desenvolveu sua Arte
da Guerra por volta do ano 512 AC, sendo
general e estrategista. Mestre, entre outros,
de Napoleão, Maquiavel e Mao Tse Tung.
Escola de Negociação 21
Resumo I
“Quando hajas compreendido a Arte da
Guerra não existirá uma só coisa que não
sejas capaz de compreender. Poderás ver o
caminho de todas as coisas.”
Escola de Negociação 22
Resumo II
• Ganhar o mais possível, sem combater.
• Evitar a fortaleza, atacar a debilidade.
• Conhecimento prévio e imprevisibilidade.
• Velocidade e preparação.
• Influência sobre o outro.
• Liderança por caráter.
Escola de Negociação 23
Resumen III:
A LIDERANÇA POR CARÁTER:
 temperar o caráter, não comente construir a imagem.
 guiar mediante o exemplo, não com palavras.
 compartilhar as tribulações, não somente os triunfos.
 motivar emocionalmente, não somente de maneira
material.
 encomendar as missões com clareza.
 obter que a estratégia impulsione a organização e não
o inverso.
Escola de Negociação 24
Lição I
Tanto na guerra como nos negócios e na
negociação, o objetivo da estratégia é
colocar a nosso favor as condições,
julgando o momento preciso para mover-se
ou retirar-se, avaliando corretamente os
limites das possibilidades.
Escola de Negociação 25
Lição II
O cérebro é a ferramenta a utilizar no
processo, porém o processo não se baseia
no pensamento linear, mas na combinação
do método analítico com a flexibilidade
para aceitar que a lógica da estratégia é
paradoxal.
Escola de Negociação 26
Lição III:
Quando se aceita que a análise é requisito
indispensável para pensar estrategicamente,
ao nos confrontar com um problema, uma
tendência, uma situação ou eventos que
parecem constituir um todo, a primeira
coisa que fazemos é decompor esse todo em
suas partes constitutivas.
Escola de Negociação 27
Lição IV:
Logo, principiamos a descobrir o significado de
cada uma das partes para, em seguida, reagrupá-
las de maneira calculada com o objetivo de
maximizar as oportunidades em benefício dos
interesses próprios ou corporativos.
No pensamento estratégico, o mais importante é
localizar e definir o assunto crítico , o problema,
mais do que descobrir a solução. Unicamente
assim se poderá realmente buscar a solução.
Escola de Negociação 28
Lição V:
A estratégia é um plano abstrato que deve se
converter em plano de ação e que, como
conseqüência, requer reflexão e tempo.
A estratégia não é algo a se conceber em
cenários estáticos, onde os demais ou os
competidores não reagem ou onde não existam
descontinuidades. Requer flexibilidade e
revisão constante.
Escola de Negociação 29
BLOCO II
_____________________________
PENSAMENTO REFLEXIVO E
CONTROLE EMOCIONAL
Miyamoto Musashi
Yamamoto
Sêneca
Hagakure
Marco Aurélio
YAMAMOTO:
HAGAKURE
“Oculto sob as Folhas”
Escola de Negociação 31
Jocho Yamamoto
Yamamoto é o autor de Hagakure, breviário
da cavalaria medieval, inspirado no Código
Bushido.
O Código Bushido consiste em um
conjunto de lições filosóficas e de ética
vital.
Seu maior valor reside no desenvolvimento
da auto-disciplina interior.
Escola de Negociação 32
Princípios do Bushido:
Bushido significa literalmente
“O caminho do guerreiro”
e se inspira em sete princípios básicos.
Escola de Negociação 33
Primeiro princípio:
Sê honrado na forma de tratar com as
pessoas. Creia na Justiça, porém não
naquela que emana dos demais, mas na tua
própria justiça.
Somente existe o correto e o incorreto.
Escola de Negociação 34
Segundo Princípio:
Ergue-te sobre as massas de pessoas que
temem agir. Ocultar-se como uma tartaruga
dentro do casco não é viver.
Substitua o medo pelo respeito e pela
precaução.
Escola de Negociação 35
Terceiro Princípio:
Parte da justiça e da honradez é ter
compaixão. Ajuda teus companheiros em
qualquer oportunidade e, se a oportunidade
não surgir, deves sair de teu caminho para
encontrá-la.
Escola de Negociação 36
Quarto Princípio:
Não tenho motivos para ser cruel. Não necessito
demonstrar minha força. Sou cortês, inclusive com
meus inimigos. Sem essa mostra direta de respeito
não sou melhor do que um animal.
Recebo respeito por minha firmeza na batalha,
porém também pela forma como trato os demais.
Escola de Negociação 37
Quinto Princípio:
Somente tenho um juiz, que é minha própria
honra. As decisões que cada um toma e a
forma de executá-las são um reflexo de seu
verdadeiro eu.
Não é possível ocultar-se de si mesmo.
Escola de Negociação 38
Sexto Princípio:
Quando digo que farei algo, é como se já
tivesse feito. Nada nesta terra me deterá na
realização daquilo que eu disse que faria.
Não dou minha palavra, não prometo. O
fato de falar põe em movimento o ato de
fazer.
Falar e fazer são a mesma coisa.
Escola de Negociação 39
Sétimo Princípio:
Haver feito ou falado algo significa que esse
algo me pertence. Sou responsável por isso
e por todas as conseqüências que ocorrerem.
As palavras de um homem são como suas
pegadas. Podes segui-las onde quer que ele
vá.
Escola de Negociação 40
Princípios complementares:
• O caminho do valente não segue a senda da
estupidez.
• Uma alma sem respeito é uma morada em ruínas,
deve ser demolida para se construir uma nova.
• A ofensa é como um poema: pode ser ignorada,
desconhecida, perdoada ou retirada, porém nunca
será esquecida.
Escola de Negociação 41
OS TRÊS ELEMENTOS DO
PENSAMENTO REFLEXIVO
• EMOÇÃO: conhecimento e manejo.
• EMPATIA: conhecimento e manejo
• EXPLORAÇÃO DOS INTERESSES.
Escola de Negociação 42
Sêneca
Marco Aurélio
O pensamento clássico aplicado ao
desenvolvimento reflexivo e ao
controle emocional do negociador.
Escola de Negociação 43
MARCO AURELIO
Imperador e filósofo romano (121-180 AC).
Durante seu reinado, manteve prolongadas e
vitoriosas guerras contra os bárbaros, sendo
um dos últimos períodos de esplendor de
Roma. Suas reflexões estão inseridas nos
“Pensamentos”, de inspiração estóica.
Escola de Negociação 44
Princípios de Marco Aurélio...
• Quando algo acontece, a única coisa que tens na
mão é a atitude que terás a respeito.
• O que em verdade nos espanta e nos desalenta não
são os acontecimentos exteriores por si mesmo,
mas a maneira com que pensamos sobre eles.
• Não temas a morte. Temas o temor da morte.
Escola de Negociação 45
Princípios de Marco Aurélio...
• As coisas são simplesmente o que são. Os demais,
que pensem o que quiserem, não é assunto nosso.
Nem vergonha, nem culpa…”
• A felicidade depende de três coisas: a vontade, as
idéias a respeito dos acontecimentos nos quais se
está envolvido e o uso que se faz dessas idéias.
Escola de Negociação 46
Princípios de Marco Aurélio...
• Querer agradar aos demais é uma armadilha
perigosa.
• Valoriza tua mente, aprecia tua razão, mas te
mantenha fiel a teu propósito.
• Define claramente a pessoa que queres ser.
Escola de Negociação 47
Princípios de Marco Aurélio...
• Cuidado com as companhias: o mundo está repleto
de semelhantes agradáveis e com talento. A chave
é associar-se com pessoas que te elevem, cuja
presença retira o melhor de ti mesmo.
• Exercita a discrição ao conversar.
Escola de Negociação 48
Princípios de Marco Aurélio...
• O pensamento claro é vital: é importante
aprender a pensar com clareza. Mediante
um pensamento claro somos capazes de
dirigir a vontade, sermos fiéis a nossos
autênticos propósitos e descobrir os
vínculos que nos unem aos demais e os
deveres que resultem dessas relações.
Escola de Negociação 49
Marco Aurélio:
“ Ao despontar da aurora, faz-te estas
considerações: eu me encontrarei com um
indiscreto, um ingrato, um insolente, um
invejoso, um insociável…”
Livro II – Meditações
Escola de Negociação 50
LÚCIO SÊNECA
Filósofo hispano-latino, nascido em
Córdoba (Espanha) (4-65 DC). Preceptor de
Nero e Cônsul Romano. Conselheiro de
Calígula e Cláudio.
Prolífico escritor, conservam-se quase todas
as suas obras, inspiradas na filosofia estóica
e de conteúdo moral.
Escola de Negociação 51
Sêneca…
Decálogo de José Maria Peman
1. Igualdade de ânimo.
2. Desprezo pelas coisas menores.
3. Sorriso sem assombro ante as aparências brilhantes
exteriores.
4. Liberdade do espírito.
5. Paciência perante a adversidade.
6. Vigilância da palavra.
7. Moderação.
8. Decisão meditada.
9. Ação constante.
10. Abstenção da agressividade.
Escola de Negociação 52
Sêneca…
Temperar-se:
- Nenhuma árvore é forte sem contínuos ventos,
porque com eles se fortificam as raízes.
- Compra somente o necessário, não o conveniente.
O desnecessário, embora custo um só cêntimo, é
caro.
- Em uma era se constrói cidades; em uma hora, as
destrói..
Escola de Negociação 53
Sêneca…
Educação do caráter:
- No começo foram vícios, hoje são hábitos.
- Não podemos evitar as paixões, mas podemos
vencê-las.
- Pequena é a alma daquele a quem as coisas
terrenas debilitam.
- Com o fogo se prova o ouro, com a desgraça, o
coração.
- Merece sair enganado o que ao fazer um benefício
conta com a recompensa.
Escola de Negociação 54
Sêneca…
Educação do caráter:
- Temos os vícios alheios diante dos olhos e os
próprios, nas costas.
- Os desejos da nossa vida formam uma cadeia
cujos elos são as esperanças.
- A decepção é muito menos penosa quando não
comemoramos o êxito por antecipação.
- A virtude não consiste em temer a vida, mas em
fazer frente as adversidades e não fugir delas.
Escola de Negociação 55
Sêneca…
Para ser feliz, é imprescindível ter uma
saúde boa e uma memória ruim.
Escola de Negociação 56
BLOCO III
_____________________________
HABILIDADES EM
DIREÇÃO E
SUBORDINAÇÃO
MAQUIAVEL
Escola de Negociação 57
NICOLAU MAQUIAVEL:
Historiador e filósofo político florentino (1469-
1527).
Secretário da Segunda Chancelaria encarregada de
Assuntos Exteriores e Guerra da República de
Florença, diplomata entre 1504 e 1511.
Reorganizador do exército da República de
Florença.
Sua obra maior é “O Príncipe” (1532) inspirada
em César Bórgia.
Escola de Negociação 58
Maquiavel e seu tempo:
O nome deste autor foi convertido, com o tempo,
em sinônimo de ação sem juízo moral.
Fundamentalmente, pensador político, suas
reflexões se adaptam a realidade de sua época e de
sua terra. Extrapolar, aplicando a conceitos
contemporâneos não é correto, assim como
tampouco justo.
A análise se centrará nos princípios contidos na
obra “Sobre a Arte da Guerra”, 1521.
Escola de Negociação 59
Algumas lições:
• Dificilmente resulta vencido aquele que sabe
avaliar suas forças e as do inimigo.
• Há que se aconselhar com muitos sobre o que se
quer fazer e com poucos o que se quer realmente
fazer.
• Os bons generais nunca travam combate se a
necessidade não os obriga ou a ocasião não os
chama.
Escola de Negociação 60
.....lições:
• Aquele que durante a guerra esteja mais atento a
conhecer os planos do inimigo e empregue mais
esforço em instruir as suas tropas incorrerá em
menos perigos e terá mais esperanças de vitória.
• A natureza produz menos homens valentes que a
educação e o exército.
• Na guerra vale mais a disciplina do que a
impetuosidade.
Escola de Negociação 61
Convencimento – Resistências à
mudanças
• Os homens vivem tranqüilos se lhes mantém as
velhas formas de vida. A incredulidade dos
homens faz com que nunca acreditem no novo até
que adquiram uma firme experiência nele.
A natureza dos povos é pouco constante: resulta
fácil convencê-los de uma coisa, porém é difícil
mantê-los convencidos.
Escola de Negociação 62
Conhecer a natureza humana:
Pode-se dizer dos homens o seguinte: são ingratos,
volúveis, simulam o que não são e dissimulam o
que são; fogem do perigo e são ávidos por
dinheiro. E, enquanto recebem favores, são todos
teus, te oferecem o sangue, os bens, a vida e os
filhos, quando a necessidade se mantém distante
de ti. Mas quando esta se aproxima, te viram a
cara. Os homens esquecem mais rapidamente a
morte do próprio pai do que a perda do
patrimônio.
Escola de Negociação 63
Evitar o ódio, manter o temor:
• O Príncipe deve fazer-se temer de maneira
que seja impossível ganhar o amor do povo,
mas evitando o ódio. Pode-se combinar
perfeitamente o ser temido e não ser odiado.
O Príncipe deve evitar tudo aquilo que lhe
possa fazer odioso ou depreciado.
Escola de Negociação 64
As medidas radicais
• Aos homens, se lhes há de mimar ou
esmagar, pois se vingam das ofensas leves
já que as graves não podem; a afronta que
se faz a um homem, portanto, deve ser tam
que não permita temer sua vingança.
Escola de Negociação 65
As recompensas
• Quem acredita que novas recompensas
podem fazer os grandes homens esquecerem
as velhas injustiças de que foram vítimas, se
engana.
Escola de Negociação 66
Os castigos:
Pode-se fazer um bom ou um mau uso da
crueldade. Bem usadas podem-se se chamar
aquelas crueldades (se do mal é lícito dizer bem)
que se f azem de uma só vez e de um só golpe,
pela necessidade de garantir, e em seguida não se
insiste nelas, mas que se convertam no mais útil
possível para os súditos. Mal usadas são aquelas
que , poucas em princípio, vão aumentando ao
longo do tempo, ao invés de diminuir.
Escola de Negociação 67
Castigos e recompensas:
• As injustiças devem ser feitas de uma só vez, de
forma a que, menos provadas, façam menos danos,
enquanto que os favores devem ser feitos pouco a
pouco com o objetivo de serem melhor apreciados.
• Pouquíssimos mas exemplares castigos são mais
clementes que aqueles cuja excessiva clemência
permitem que continuem e do qual sempre surgirá
males piores.
Escola de Negociação 68
Fidelidade da palavra:
Não pode um Príncipe prudente – nem deve
– guardar fidelidade a sua palavra quando
tal fidelidade se volta contra si e tenham
desaparecido os motivos que determinaram
sua promessa. Se os homens forem todos
bons, este preceito não seria correto.
Escola de Negociação 69
Escolha e administração de conselheiros:
Não há outro meio de se defender das adulações
que fazer compreender aos homens que não te
ofendem se te dizem a verdade; porém, quando
todos podem dizê-la te falta o respeito. Um
Príncipe prudente procura um terceiro
procedimento: escolhe homens sensatos e outorga
somente a eles a liberdade de lhe dizer a verdade e
unicamente aquelas coisas que lhes pergunta e não
de nenhuma outra.
Escola de Negociação 70
Delegação das medidas impopulares:
Os príncipes devem executar através de
outros as medidas que possam lhes acarretar
ódio e executar por si aquelas que lhes
resultem o favor dos súditos. Deve estimar
aos nobres, porém não fazer-se odiar pelo
povo.
Escola de Negociação 71
Alianças I:
• Para atacar outros, evita fazer aliança com
alguém mais poderoso do que tu, a menos
que sejas forçado a isso. A razão é que, em
caso de vitória, te fazes seu prisioneiro e os
príncipes devem evitar, na medida do
possível, estar estar a mercê dos demais.
Escola de Negociação 72
Aliança II:
• Também se adquire prestígio quando se é um verdadeiro amigo e um
verdadeiero inimigo., quando se coloca resolutamente a favor de
alguém contra outro. Esta forma de atuar é sempre mais útil do que
permanecer neutro, porque quaando dois estados vezinhos entram em
guerra,
• También se adquiere prestigio cuando se es un verdadero amigo y un
verdadero enemigo, cuando se pone resueltemente a favor de alguien
contra algún otro. Esta forma de actuar es siempre más útil que
permanecer neutral, porque cuando dos estados vecinos entran en
guerra, como son de tales características que si vence uno de ellos haya
de temer al vencedor. El vencedor no quiere amigos dudosos que no lo
defiendan en la adversidad; el derrotado no te concede refugio por no
haber querido compartir su suerte con las armas en la mano.
Escola de Negociação 73
Simular y disimular:
• Es necesario ser un gran simulador y disimulador:
y los hombres son tan simples y se someten hasta
tal punto a las necesidades presentes que el que
engaña encontrará siempre quien se deje engañar.
Cada uno ve lo que le parece, pero pocos palpan lo
que eres. La poca prudencia de los hombres
impulsa a comenzar una cosa y, por las ventajas
inmediatas que ella procura, no se percata del
veneno que por debajo está escondido.
Escola de Negociação 74
A ação
• Quien deja a un lado lo que se hace por lo
que se debería hacer, aprende antes su ruina
que su preservación.
Escola de Negociação 75
BLOCO IV
_____________________________
QUALIDADES PESSOAIS DO
NEGOCIADOR
BALTAZAR GRACIÁN
Escola de Negociação 76
Baltasar Gracián:
• Baltasar Gracián e Morales nasceu em 8 de janeiro
de 1601 em Belmonte de Catalayud.
• El 30 de enero de 1619 ingresa al noviciado de los
jesuítas. La mayoría de sus obras fueron escritas
bajo seudónimo porque sus superiores jesuítas lo
consideraban “ocasión de disgustos y menos paz”.
• Publicó “El Héroe”, “El Político”, “Arte del
Ingenio”, “El Discreto”, “Arte de la Prudencia”,
“El Criticón” y “El Comulgatorio”.
Escola de Negociação 77
BLOCO V
_____________________________
O COMPORTAMENTO DO
NEGOCIADOR
SUN BIN
Escola de Negociação 78
Sun Bin:
Sun Bin Wu viveu e desenvolveu sua Arte
da Guerra na China, aproximadamente entre
80 e 100 anos depois de Sun Tsu, seu
bisavô.
Discípulo do mítico “Mestre do Vale do
Demônio”, é considerado o segundo maior
estrategista da história chinesa. Foi
conhecido em vida como “O Mutilado”.
Escola de Negociação 79
Estratégia…
“Os ricos não estão forçosamente seguros,
os pobres não estão forçosamente inseguros,
a maioria não prevalece necessariamente, as
minorias não fracassam forçosamente. O
que determina quem ganha e quem perde,
quem está seguro e quem está em perigo, é
sua ciência, sua Estratégia.”
Escola de Negociação 80
Comportamento:
• No dejes que nada te seduzca, no dejes que nada te
altere. Hay que centrarse sólo en lo que es
apropiado.
• Aunque seas sólido, mantente a la defensiva;
aunque seas fuerte, se evasivo.
• Mira con los ojos de todo el mundo y no habrá
nada que no puedas ver. Escucha con los oídos de
todo el mundo y no habrá nada que no puedas oír.
Piensa con la mente de todos y no habrá nada que
no puedas conocer.
Escola de Negociação 81
Condução:
• Os chefes devem ser justos. Se não forem justos
carecerão de dignidade. Se carecerem de
dignidade, carecerão de carisma e seus soldados
não se enfrentarão até a morte por eles. Por esta
razão, a justiça é a cabeça da arte da guerra.
• Os chefes devem ser humanos. Se não são
humanos, suas forças não são eficazes. Se suas
forças não são eficazes, não obtém nada. Por isso,
a humanidade constitui os intestinos da arte da
guerra.
Escola de Negociação 82
Condução:
• Os chefes devem ter integridade. Sem
integridade não têm poder; e sem poder não
podem obter o melhor de seus exércitos. Por
isso, a integridade é a mão da arte da
guerra.
• Quando se emprega as pessoas de forma
coerente com sua natureza, então as ordens
são executadas como uma corrente que flui.
Escola de Negociação 83
Condução e Escolha de Colaboradores:
Há seis formas de escolher as pessoas para exercerem o
comando:
1. ENRIQUECÊ-LOS e observar se refreiam sua conduta para
provarem a sua humanidade.
2. ENOBRECÊ-LOS e ver se contém a altivez, para provarem seu
sentido de justiça.
3. DAR-LHES responsabilidades para ver se contém seu
comportamento despótico, para provarem sua lealdade.
4. TENTÁ-LOS, para provarem sua confiança.
5. PÔ-LOS em perigo e ver se se assustam, para provarem seu
valor.
6. SOBRECARREGUE-OS e veja se permanecem incansáveis,
para provarem como abordam estrategicamente os problemas.
Conclusões:
Escola de Negociação 85
Pensar, planejar, pensar:
• Pensar é necessário: tenho que resolver?,
quando?, por que?, o que preciso para
conseguir um bom resultado?, estou
fechando algo ou deixando em aberto?,
estou só nisso? Tenho aliados?
• Planejar é imprescindível: é a diferença
entre a eventualidade e a certeza.
Escola de Negociação 86
Melhorar o comportamento negociador:
• Sutileza.
• Discrição.
• Imprevisibilidade.
• Criatividade.
• Sem angústias.
Escola de Negociação 87
Melhorar o comportamento negociador:
• Falar menos. Falar o necessário.
• Escutar muito, “ler” por trás das palavras.
• Escutar com atenção.
• Escutar com empatia.
• Manejar os tempos, com perguntas,
aclarações e reafirmações. Quando for
necessário, corte.
Escola de Negociação 88
Melhorar o comportamento negociador:
• Manejo eficiente da argumentação:
quando houver de deixar que se escolha
alguém, que se escolha entre nossas opções.
Escola de Negociação 89
Melhorar o comportamento negociador:
• Sempre recordar que informação é poder.
Deve-se investir tempo em recolher a
informação necessária.
• Quando houver que outorgar confiança,
confie no interesse do próximo, não espere
agradecimento nem confie em obtê-lo.
• Na medida do possível, colocar-se sempre
na posição em que o outro dependa de você.
Escola de Negociação 90
Melhorar o comportamento negociador:
• Em posição de subordinação, recordar que
os chefes gostam de ser ajudados, mas não
gostam de excessos.
• Toda derrota é odiosa e se é sobre o chefe
pode tornar-se potencialmente fatal.
• Importam os resultados. Nesta situação não
há direitos autorais.
Escola de Negociação 91
Melhorar o comportamento negociador:
• Recordar que a discussão é, em geral,
estéril, sobretudo a que se dá “por
posições”. Uma vitória em uma discussão
criará ressentimentos duradouros e será
perigosa no longo prazo. É melhor persuadir
através de ações: há que demonstrar, não
explicar.
Escola de Negociação 92
Melhorar o comportamento negociador:
• É necessário ser cuidadoso com a
argumentação, ser paciente e ter calma com
as palavras:
“Nenhum homem tem que se desesperar
pensando que não obterá adeptos para a causa
mais extravagante, se tem a arte suficiente para
apresentá-la com cores favoráveis.” (David Hume).
Escola de Negociação 93
Melhorar o comportamento negociador:
• Se não temos claro que linha de ação tomar,
melhor não começar. As dúvidas e
vacilações destruirão.
Escola de Negociação 94
Melhorar o comportamento negociador:
• Há que saber quando se retirar. Retirar-se
prudentemente não significa nem derrota, nem
rendição.
• Retirar-se quando tudo falha é a estratégia
definitiva. Em algumas circunstâncias, o
compromisso representa uma meia derrota e a
rendição, a derrota total.
• A retirada nunca deve ser feita sem pensar, de
forma impulsiva. A retirada é, também, uma
estratégia.
Escola de Negociação 95
Melhorar o comportamento negociador:
• Ter muito cuidado com as emoções
próprias, porém reconhecer que o outro
também as expressa. Há que se ver o que há
de útil nisso. Significa que é necessário ser
cuidadoso com as emoções do próximo,
mas aproveitar as oportunidades que nos
são oferecidas.
Escola de Negociação 96
Melhorar o comportamento negociador:
• Uma vez que se ganhou, é necessário saber
parar.
• Sempre é necessário atender a conjuntura,
porém sem perder de vista a estrutura.
Escola de Negociação 97
Melhorar o comportamento negociador:
• Acordos sensatos, eficientes e preservando
o ativo relacional.
Sensato é aquele que pode ser cumprido.
Eficiente será aquele que representa uma
porta para novas iniciativas.
Aplicar 100% seria ótimo;
50% estaria bem;
Não fazer nada seria desperdiçar
oportunidades.
É só começar, provar, praticas
e…praticar.
E sempre recordar…
“Ao final do jogo, o rei e o peão
voltam para a caixa.”
Antigo provérbio italiano anônimo.

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  • 1. ESCOLA DE NEGOCIAÇÃO Habilidades Negociais e Pensamento Estratégico
  • 3. Escola de Negociação 3 Objetivos do Curso: • Identificar um conjunto de habilidades pessoais coadjuvantes ao manejo da negociação. • Levar à compreensão acerca da importância do estilo e do comportamento negociais para o resultado final. • Adquirir visão ampla do pensamento dos grandes mestres estratégicos, identificando neles a inspiração e os modelos para: – A melhoria das habilidades negociais. – A motivação e a convicção para a busca do controle emocional e da empatia – O reforço do pensamento estratégico. – A habilidade no controle de situações tensas da negociação.
  • 4. Escola de Negociação 4 Principais pontos: • Habilidades negociais pessoais. • Habilidades negociais em direção. • Pensamento estratégico aplicado a negociação. • Desenvolvimento do estilo negociador. • Controle emocional na negociação.
  • 5. Escola de Negociação 5 Conteúdos: • Pensamento estratégico na negociação. • Pensamento reflexivo e controle emocional do negociador. • Habilidades negociadoras em direção. • Habilidades negociadoras em subordinação. • Qualidades pessoais do negociador. • Princípios gerais de estratégica aplicados ao processo de negociação.
  • 6. Escola de Negociação 6 BLOCOS: • Bloco 1 - ESTRATÉGIA Sun Tsu, Sun Bin, Maquiavel • Bloco 2 – PENSAMENTO REFLEXIVO e CONTROLE EMOCIONAL Marco Aurélio, Sêneca, Hagakure e Myiamoto Musashi
  • 7. Escola de Negociação 7 BLOCOS: • Bloco 3 – HABILIDADES EM DIREÇÃO E EM SUBORDINAÇÃO Maquiavel • Bloco 4 – QUALIDADES PESSOAIS DO NEGOCIADOR Baltazar Gracián • Bloco 2 – COMPORTAMENTO DO NEGOCIADOR Sun Bin
  • 8. Aprender a pensar estrategicamente. Primeiro passo no caminho da profissionalização negociadora.
  • 9. Um principio geral: “Ao final do jogo, o rei e o peão voltam para a caixa.” Antigo provérbio italiano anônimo.
  • 10. Escola de Negociação 10 O início… … EPICTETO. Epíteto foi um filósofo nascido na Frigia, ano 55 DC, como escravo. Seu pensamento é considerado a raiz da psicologia do auto-controle que é utilizado para a filosofia básica do negociador. Foi seu discípulo Flávio Arriano quem conservou seus ensinamentos.
  • 11. Lições de EPITETO: …nosso ponto de partida: Existem três chaves para uma “boa vida”, entendido como uma vida  Dominar o desejo (os impulsos)  Cumprir com o dever  Aprender a pensar com clareza sobre si mesmo e suas relações dentro da comunidade dos seres humanos.
  • 12. Escola de Negociação 12 E, a partir destas lições, tratamos: • Melhorar nossa capacidade analítica aplicada à negociação, mediante o desenvolvimento básico do pensamento estratégico. • Melhorar nossa postura negociadora, variando o grau de autocontrole que temos, passando de reações emocionais a movimentos mais inteligentes. • Melhorar nossa forma de comunicação. • Aprender a escutar mais eficientemente. • Profissionalizarmo-nos na negociação, tratando de sermos mais eficientes e efetivos.
  • 13. O que é estratégia? Qual sua importância? Quais os tipos de estratégia?
  • 14. Escola de Negociação 14 O que é Estratégia? • Um curso de ação conscientemente desejado e determinado de forma antecipada, com a finalidade de assegurar o êxito dos objetivos. • É, também, uma forma, é qualquer conjunto de ações ou comportamento. Definir a estratégia como um plano não é suficiente. É necessário um conceito que lhe agregue um comportamento resultante. Especificamente, a estratégia deve ser coerente com o comportamento.
  • 15. Escola de Negociação 15 … Continuação….estratégia e… É o processo através do qual o estrategista se abstrai do passado para situar-se mentalmente em um estado futuro desejado e, a partir desta posição, tomar todas as decisões necessárias no presente, para alcançar esse estado futuro desejado. E se abstrair do passado não significa não tomá-lo como um ponto de partida ou comparativo.
  • 16. Escola de Negociação 16 Os tipos de Estratégia: Existem dois enfoques principais da atividade de pensamento estratégico: - enfoque de preferência: que afirma que o futuro é a continuação do presente que, por sua vez, é continuação do passado. - enfoque prospectivo: que sustenta que o futuro não é necessariamente a prolongação do passado. A estratégia pode ser concebida independente do passado.
  • 17. Escola de Negociação 17 Os tipos de Estratégia: • Existem também dois tipos de estratégia: - A estratégia deliberada: “primeiro se pensa, logo se atua”. - A estratégia emergente: “a ação impulsiona o pensamento”.
  • 18. Escola de Negociação 18 Conclusão: “As estratégias mais eficazes são aquelas que combinam a deliberação e o controle com a flexibilidade e a aprendizagem.”
  • 19. Escola de Negociação 19 BLOCO I _____________________________ ESTRATÉGIA SUN TSU
  • 20. Escola de Negociação 20 SUN TZU: Sun Tzu Wu viveu e desenvolveu sua Arte da Guerra por volta do ano 512 AC, sendo general e estrategista. Mestre, entre outros, de Napoleão, Maquiavel e Mao Tse Tung.
  • 21. Escola de Negociação 21 Resumo I “Quando hajas compreendido a Arte da Guerra não existirá uma só coisa que não sejas capaz de compreender. Poderás ver o caminho de todas as coisas.”
  • 22. Escola de Negociação 22 Resumo II • Ganhar o mais possível, sem combater. • Evitar a fortaleza, atacar a debilidade. • Conhecimento prévio e imprevisibilidade. • Velocidade e preparação. • Influência sobre o outro. • Liderança por caráter.
  • 23. Escola de Negociação 23 Resumen III: A LIDERANÇA POR CARÁTER:  temperar o caráter, não comente construir a imagem.  guiar mediante o exemplo, não com palavras.  compartilhar as tribulações, não somente os triunfos.  motivar emocionalmente, não somente de maneira material.  encomendar as missões com clareza.  obter que a estratégia impulsione a organização e não o inverso.
  • 24. Escola de Negociação 24 Lição I Tanto na guerra como nos negócios e na negociação, o objetivo da estratégia é colocar a nosso favor as condições, julgando o momento preciso para mover-se ou retirar-se, avaliando corretamente os limites das possibilidades.
  • 25. Escola de Negociação 25 Lição II O cérebro é a ferramenta a utilizar no processo, porém o processo não se baseia no pensamento linear, mas na combinação do método analítico com a flexibilidade para aceitar que a lógica da estratégia é paradoxal.
  • 26. Escola de Negociação 26 Lição III: Quando se aceita que a análise é requisito indispensável para pensar estrategicamente, ao nos confrontar com um problema, uma tendência, uma situação ou eventos que parecem constituir um todo, a primeira coisa que fazemos é decompor esse todo em suas partes constitutivas.
  • 27. Escola de Negociação 27 Lição IV: Logo, principiamos a descobrir o significado de cada uma das partes para, em seguida, reagrupá- las de maneira calculada com o objetivo de maximizar as oportunidades em benefício dos interesses próprios ou corporativos. No pensamento estratégico, o mais importante é localizar e definir o assunto crítico , o problema, mais do que descobrir a solução. Unicamente assim se poderá realmente buscar a solução.
  • 28. Escola de Negociação 28 Lição V: A estratégia é um plano abstrato que deve se converter em plano de ação e que, como conseqüência, requer reflexão e tempo. A estratégia não é algo a se conceber em cenários estáticos, onde os demais ou os competidores não reagem ou onde não existam descontinuidades. Requer flexibilidade e revisão constante.
  • 29. Escola de Negociação 29 BLOCO II _____________________________ PENSAMENTO REFLEXIVO E CONTROLE EMOCIONAL Miyamoto Musashi Yamamoto Sêneca Hagakure Marco Aurélio
  • 31. Escola de Negociação 31 Jocho Yamamoto Yamamoto é o autor de Hagakure, breviário da cavalaria medieval, inspirado no Código Bushido. O Código Bushido consiste em um conjunto de lições filosóficas e de ética vital. Seu maior valor reside no desenvolvimento da auto-disciplina interior.
  • 32. Escola de Negociação 32 Princípios do Bushido: Bushido significa literalmente “O caminho do guerreiro” e se inspira em sete princípios básicos.
  • 33. Escola de Negociação 33 Primeiro princípio: Sê honrado na forma de tratar com as pessoas. Creia na Justiça, porém não naquela que emana dos demais, mas na tua própria justiça. Somente existe o correto e o incorreto.
  • 34. Escola de Negociação 34 Segundo Princípio: Ergue-te sobre as massas de pessoas que temem agir. Ocultar-se como uma tartaruga dentro do casco não é viver. Substitua o medo pelo respeito e pela precaução.
  • 35. Escola de Negociação 35 Terceiro Princípio: Parte da justiça e da honradez é ter compaixão. Ajuda teus companheiros em qualquer oportunidade e, se a oportunidade não surgir, deves sair de teu caminho para encontrá-la.
  • 36. Escola de Negociação 36 Quarto Princípio: Não tenho motivos para ser cruel. Não necessito demonstrar minha força. Sou cortês, inclusive com meus inimigos. Sem essa mostra direta de respeito não sou melhor do que um animal. Recebo respeito por minha firmeza na batalha, porém também pela forma como trato os demais.
  • 37. Escola de Negociação 37 Quinto Princípio: Somente tenho um juiz, que é minha própria honra. As decisões que cada um toma e a forma de executá-las são um reflexo de seu verdadeiro eu. Não é possível ocultar-se de si mesmo.
  • 38. Escola de Negociação 38 Sexto Princípio: Quando digo que farei algo, é como se já tivesse feito. Nada nesta terra me deterá na realização daquilo que eu disse que faria. Não dou minha palavra, não prometo. O fato de falar põe em movimento o ato de fazer. Falar e fazer são a mesma coisa.
  • 39. Escola de Negociação 39 Sétimo Princípio: Haver feito ou falado algo significa que esse algo me pertence. Sou responsável por isso e por todas as conseqüências que ocorrerem. As palavras de um homem são como suas pegadas. Podes segui-las onde quer que ele vá.
  • 40. Escola de Negociação 40 Princípios complementares: • O caminho do valente não segue a senda da estupidez. • Uma alma sem respeito é uma morada em ruínas, deve ser demolida para se construir uma nova. • A ofensa é como um poema: pode ser ignorada, desconhecida, perdoada ou retirada, porém nunca será esquecida.
  • 41. Escola de Negociação 41 OS TRÊS ELEMENTOS DO PENSAMENTO REFLEXIVO • EMOÇÃO: conhecimento e manejo. • EMPATIA: conhecimento e manejo • EXPLORAÇÃO DOS INTERESSES.
  • 42. Escola de Negociação 42 Sêneca Marco Aurélio O pensamento clássico aplicado ao desenvolvimento reflexivo e ao controle emocional do negociador.
  • 43. Escola de Negociação 43 MARCO AURELIO Imperador e filósofo romano (121-180 AC). Durante seu reinado, manteve prolongadas e vitoriosas guerras contra os bárbaros, sendo um dos últimos períodos de esplendor de Roma. Suas reflexões estão inseridas nos “Pensamentos”, de inspiração estóica.
  • 44. Escola de Negociação 44 Princípios de Marco Aurélio... • Quando algo acontece, a única coisa que tens na mão é a atitude que terás a respeito. • O que em verdade nos espanta e nos desalenta não são os acontecimentos exteriores por si mesmo, mas a maneira com que pensamos sobre eles. • Não temas a morte. Temas o temor da morte.
  • 45. Escola de Negociação 45 Princípios de Marco Aurélio... • As coisas são simplesmente o que são. Os demais, que pensem o que quiserem, não é assunto nosso. Nem vergonha, nem culpa…” • A felicidade depende de três coisas: a vontade, as idéias a respeito dos acontecimentos nos quais se está envolvido e o uso que se faz dessas idéias.
  • 46. Escola de Negociação 46 Princípios de Marco Aurélio... • Querer agradar aos demais é uma armadilha perigosa. • Valoriza tua mente, aprecia tua razão, mas te mantenha fiel a teu propósito. • Define claramente a pessoa que queres ser.
  • 47. Escola de Negociação 47 Princípios de Marco Aurélio... • Cuidado com as companhias: o mundo está repleto de semelhantes agradáveis e com talento. A chave é associar-se com pessoas que te elevem, cuja presença retira o melhor de ti mesmo. • Exercita a discrição ao conversar.
  • 48. Escola de Negociação 48 Princípios de Marco Aurélio... • O pensamento claro é vital: é importante aprender a pensar com clareza. Mediante um pensamento claro somos capazes de dirigir a vontade, sermos fiéis a nossos autênticos propósitos e descobrir os vínculos que nos unem aos demais e os deveres que resultem dessas relações.
  • 49. Escola de Negociação 49 Marco Aurélio: “ Ao despontar da aurora, faz-te estas considerações: eu me encontrarei com um indiscreto, um ingrato, um insolente, um invejoso, um insociável…” Livro II – Meditações
  • 50. Escola de Negociação 50 LÚCIO SÊNECA Filósofo hispano-latino, nascido em Córdoba (Espanha) (4-65 DC). Preceptor de Nero e Cônsul Romano. Conselheiro de Calígula e Cláudio. Prolífico escritor, conservam-se quase todas as suas obras, inspiradas na filosofia estóica e de conteúdo moral.
  • 51. Escola de Negociação 51 Sêneca… Decálogo de José Maria Peman 1. Igualdade de ânimo. 2. Desprezo pelas coisas menores. 3. Sorriso sem assombro ante as aparências brilhantes exteriores. 4. Liberdade do espírito. 5. Paciência perante a adversidade. 6. Vigilância da palavra. 7. Moderação. 8. Decisão meditada. 9. Ação constante. 10. Abstenção da agressividade.
  • 52. Escola de Negociação 52 Sêneca… Temperar-se: - Nenhuma árvore é forte sem contínuos ventos, porque com eles se fortificam as raízes. - Compra somente o necessário, não o conveniente. O desnecessário, embora custo um só cêntimo, é caro. - Em uma era se constrói cidades; em uma hora, as destrói..
  • 53. Escola de Negociação 53 Sêneca… Educação do caráter: - No começo foram vícios, hoje são hábitos. - Não podemos evitar as paixões, mas podemos vencê-las. - Pequena é a alma daquele a quem as coisas terrenas debilitam. - Com o fogo se prova o ouro, com a desgraça, o coração. - Merece sair enganado o que ao fazer um benefício conta com a recompensa.
  • 54. Escola de Negociação 54 Sêneca… Educação do caráter: - Temos os vícios alheios diante dos olhos e os próprios, nas costas. - Os desejos da nossa vida formam uma cadeia cujos elos são as esperanças. - A decepção é muito menos penosa quando não comemoramos o êxito por antecipação. - A virtude não consiste em temer a vida, mas em fazer frente as adversidades e não fugir delas.
  • 55. Escola de Negociação 55 Sêneca… Para ser feliz, é imprescindível ter uma saúde boa e uma memória ruim.
  • 56. Escola de Negociação 56 BLOCO III _____________________________ HABILIDADES EM DIREÇÃO E SUBORDINAÇÃO MAQUIAVEL
  • 57. Escola de Negociação 57 NICOLAU MAQUIAVEL: Historiador e filósofo político florentino (1469- 1527). Secretário da Segunda Chancelaria encarregada de Assuntos Exteriores e Guerra da República de Florença, diplomata entre 1504 e 1511. Reorganizador do exército da República de Florença. Sua obra maior é “O Príncipe” (1532) inspirada em César Bórgia.
  • 58. Escola de Negociação 58 Maquiavel e seu tempo: O nome deste autor foi convertido, com o tempo, em sinônimo de ação sem juízo moral. Fundamentalmente, pensador político, suas reflexões se adaptam a realidade de sua época e de sua terra. Extrapolar, aplicando a conceitos contemporâneos não é correto, assim como tampouco justo. A análise se centrará nos princípios contidos na obra “Sobre a Arte da Guerra”, 1521.
  • 59. Escola de Negociação 59 Algumas lições: • Dificilmente resulta vencido aquele que sabe avaliar suas forças e as do inimigo. • Há que se aconselhar com muitos sobre o que se quer fazer e com poucos o que se quer realmente fazer. • Os bons generais nunca travam combate se a necessidade não os obriga ou a ocasião não os chama.
  • 60. Escola de Negociação 60 .....lições: • Aquele que durante a guerra esteja mais atento a conhecer os planos do inimigo e empregue mais esforço em instruir as suas tropas incorrerá em menos perigos e terá mais esperanças de vitória. • A natureza produz menos homens valentes que a educação e o exército. • Na guerra vale mais a disciplina do que a impetuosidade.
  • 61. Escola de Negociação 61 Convencimento – Resistências à mudanças • Os homens vivem tranqüilos se lhes mantém as velhas formas de vida. A incredulidade dos homens faz com que nunca acreditem no novo até que adquiram uma firme experiência nele. A natureza dos povos é pouco constante: resulta fácil convencê-los de uma coisa, porém é difícil mantê-los convencidos.
  • 62. Escola de Negociação 62 Conhecer a natureza humana: Pode-se dizer dos homens o seguinte: são ingratos, volúveis, simulam o que não são e dissimulam o que são; fogem do perigo e são ávidos por dinheiro. E, enquanto recebem favores, são todos teus, te oferecem o sangue, os bens, a vida e os filhos, quando a necessidade se mantém distante de ti. Mas quando esta se aproxima, te viram a cara. Os homens esquecem mais rapidamente a morte do próprio pai do que a perda do patrimônio.
  • 63. Escola de Negociação 63 Evitar o ódio, manter o temor: • O Príncipe deve fazer-se temer de maneira que seja impossível ganhar o amor do povo, mas evitando o ódio. Pode-se combinar perfeitamente o ser temido e não ser odiado. O Príncipe deve evitar tudo aquilo que lhe possa fazer odioso ou depreciado.
  • 64. Escola de Negociação 64 As medidas radicais • Aos homens, se lhes há de mimar ou esmagar, pois se vingam das ofensas leves já que as graves não podem; a afronta que se faz a um homem, portanto, deve ser tam que não permita temer sua vingança.
  • 65. Escola de Negociação 65 As recompensas • Quem acredita que novas recompensas podem fazer os grandes homens esquecerem as velhas injustiças de que foram vítimas, se engana.
  • 66. Escola de Negociação 66 Os castigos: Pode-se fazer um bom ou um mau uso da crueldade. Bem usadas podem-se se chamar aquelas crueldades (se do mal é lícito dizer bem) que se f azem de uma só vez e de um só golpe, pela necessidade de garantir, e em seguida não se insiste nelas, mas que se convertam no mais útil possível para os súditos. Mal usadas são aquelas que , poucas em princípio, vão aumentando ao longo do tempo, ao invés de diminuir.
  • 67. Escola de Negociação 67 Castigos e recompensas: • As injustiças devem ser feitas de uma só vez, de forma a que, menos provadas, façam menos danos, enquanto que os favores devem ser feitos pouco a pouco com o objetivo de serem melhor apreciados. • Pouquíssimos mas exemplares castigos são mais clementes que aqueles cuja excessiva clemência permitem que continuem e do qual sempre surgirá males piores.
  • 68. Escola de Negociação 68 Fidelidade da palavra: Não pode um Príncipe prudente – nem deve – guardar fidelidade a sua palavra quando tal fidelidade se volta contra si e tenham desaparecido os motivos que determinaram sua promessa. Se os homens forem todos bons, este preceito não seria correto.
  • 69. Escola de Negociação 69 Escolha e administração de conselheiros: Não há outro meio de se defender das adulações que fazer compreender aos homens que não te ofendem se te dizem a verdade; porém, quando todos podem dizê-la te falta o respeito. Um Príncipe prudente procura um terceiro procedimento: escolhe homens sensatos e outorga somente a eles a liberdade de lhe dizer a verdade e unicamente aquelas coisas que lhes pergunta e não de nenhuma outra.
  • 70. Escola de Negociação 70 Delegação das medidas impopulares: Os príncipes devem executar através de outros as medidas que possam lhes acarretar ódio e executar por si aquelas que lhes resultem o favor dos súditos. Deve estimar aos nobres, porém não fazer-se odiar pelo povo.
  • 71. Escola de Negociação 71 Alianças I: • Para atacar outros, evita fazer aliança com alguém mais poderoso do que tu, a menos que sejas forçado a isso. A razão é que, em caso de vitória, te fazes seu prisioneiro e os príncipes devem evitar, na medida do possível, estar estar a mercê dos demais.
  • 72. Escola de Negociação 72 Aliança II: • Também se adquire prestígio quando se é um verdadeiro amigo e um verdadeiero inimigo., quando se coloca resolutamente a favor de alguém contra outro. Esta forma de atuar é sempre mais útil do que permanecer neutro, porque quaando dois estados vezinhos entram em guerra, • También se adquiere prestigio cuando se es un verdadero amigo y un verdadero enemigo, cuando se pone resueltemente a favor de alguien contra algún otro. Esta forma de actuar es siempre más útil que permanecer neutral, porque cuando dos estados vecinos entran en guerra, como son de tales características que si vence uno de ellos haya de temer al vencedor. El vencedor no quiere amigos dudosos que no lo defiendan en la adversidad; el derrotado no te concede refugio por no haber querido compartir su suerte con las armas en la mano.
  • 73. Escola de Negociação 73 Simular y disimular: • Es necesario ser un gran simulador y disimulador: y los hombres son tan simples y se someten hasta tal punto a las necesidades presentes que el que engaña encontrará siempre quien se deje engañar. Cada uno ve lo que le parece, pero pocos palpan lo que eres. La poca prudencia de los hombres impulsa a comenzar una cosa y, por las ventajas inmediatas que ella procura, no se percata del veneno que por debajo está escondido.
  • 74. Escola de Negociação 74 A ação • Quien deja a un lado lo que se hace por lo que se debería hacer, aprende antes su ruina que su preservación.
  • 75. Escola de Negociação 75 BLOCO IV _____________________________ QUALIDADES PESSOAIS DO NEGOCIADOR BALTAZAR GRACIÁN
  • 76. Escola de Negociação 76 Baltasar Gracián: • Baltasar Gracián e Morales nasceu em 8 de janeiro de 1601 em Belmonte de Catalayud. • El 30 de enero de 1619 ingresa al noviciado de los jesuítas. La mayoría de sus obras fueron escritas bajo seudónimo porque sus superiores jesuítas lo consideraban “ocasión de disgustos y menos paz”. • Publicó “El Héroe”, “El Político”, “Arte del Ingenio”, “El Discreto”, “Arte de la Prudencia”, “El Criticón” y “El Comulgatorio”.
  • 77. Escola de Negociação 77 BLOCO V _____________________________ O COMPORTAMENTO DO NEGOCIADOR SUN BIN
  • 78. Escola de Negociação 78 Sun Bin: Sun Bin Wu viveu e desenvolveu sua Arte da Guerra na China, aproximadamente entre 80 e 100 anos depois de Sun Tsu, seu bisavô. Discípulo do mítico “Mestre do Vale do Demônio”, é considerado o segundo maior estrategista da história chinesa. Foi conhecido em vida como “O Mutilado”.
  • 79. Escola de Negociação 79 Estratégia… “Os ricos não estão forçosamente seguros, os pobres não estão forçosamente inseguros, a maioria não prevalece necessariamente, as minorias não fracassam forçosamente. O que determina quem ganha e quem perde, quem está seguro e quem está em perigo, é sua ciência, sua Estratégia.”
  • 80. Escola de Negociação 80 Comportamento: • No dejes que nada te seduzca, no dejes que nada te altere. Hay que centrarse sólo en lo que es apropiado. • Aunque seas sólido, mantente a la defensiva; aunque seas fuerte, se evasivo. • Mira con los ojos de todo el mundo y no habrá nada que no puedas ver. Escucha con los oídos de todo el mundo y no habrá nada que no puedas oír. Piensa con la mente de todos y no habrá nada que no puedas conocer.
  • 81. Escola de Negociação 81 Condução: • Os chefes devem ser justos. Se não forem justos carecerão de dignidade. Se carecerem de dignidade, carecerão de carisma e seus soldados não se enfrentarão até a morte por eles. Por esta razão, a justiça é a cabeça da arte da guerra. • Os chefes devem ser humanos. Se não são humanos, suas forças não são eficazes. Se suas forças não são eficazes, não obtém nada. Por isso, a humanidade constitui os intestinos da arte da guerra.
  • 82. Escola de Negociação 82 Condução: • Os chefes devem ter integridade. Sem integridade não têm poder; e sem poder não podem obter o melhor de seus exércitos. Por isso, a integridade é a mão da arte da guerra. • Quando se emprega as pessoas de forma coerente com sua natureza, então as ordens são executadas como uma corrente que flui.
  • 83. Escola de Negociação 83 Condução e Escolha de Colaboradores: Há seis formas de escolher as pessoas para exercerem o comando: 1. ENRIQUECÊ-LOS e observar se refreiam sua conduta para provarem a sua humanidade. 2. ENOBRECÊ-LOS e ver se contém a altivez, para provarem seu sentido de justiça. 3. DAR-LHES responsabilidades para ver se contém seu comportamento despótico, para provarem sua lealdade. 4. TENTÁ-LOS, para provarem sua confiança. 5. PÔ-LOS em perigo e ver se se assustam, para provarem seu valor. 6. SOBRECARREGUE-OS e veja se permanecem incansáveis, para provarem como abordam estrategicamente os problemas.
  • 85. Escola de Negociação 85 Pensar, planejar, pensar: • Pensar é necessário: tenho que resolver?, quando?, por que?, o que preciso para conseguir um bom resultado?, estou fechando algo ou deixando em aberto?, estou só nisso? Tenho aliados? • Planejar é imprescindível: é a diferença entre a eventualidade e a certeza.
  • 86. Escola de Negociação 86 Melhorar o comportamento negociador: • Sutileza. • Discrição. • Imprevisibilidade. • Criatividade. • Sem angústias.
  • 87. Escola de Negociação 87 Melhorar o comportamento negociador: • Falar menos. Falar o necessário. • Escutar muito, “ler” por trás das palavras. • Escutar com atenção. • Escutar com empatia. • Manejar os tempos, com perguntas, aclarações e reafirmações. Quando for necessário, corte.
  • 88. Escola de Negociação 88 Melhorar o comportamento negociador: • Manejo eficiente da argumentação: quando houver de deixar que se escolha alguém, que se escolha entre nossas opções.
  • 89. Escola de Negociação 89 Melhorar o comportamento negociador: • Sempre recordar que informação é poder. Deve-se investir tempo em recolher a informação necessária. • Quando houver que outorgar confiança, confie no interesse do próximo, não espere agradecimento nem confie em obtê-lo. • Na medida do possível, colocar-se sempre na posição em que o outro dependa de você.
  • 90. Escola de Negociação 90 Melhorar o comportamento negociador: • Em posição de subordinação, recordar que os chefes gostam de ser ajudados, mas não gostam de excessos. • Toda derrota é odiosa e se é sobre o chefe pode tornar-se potencialmente fatal. • Importam os resultados. Nesta situação não há direitos autorais.
  • 91. Escola de Negociação 91 Melhorar o comportamento negociador: • Recordar que a discussão é, em geral, estéril, sobretudo a que se dá “por posições”. Uma vitória em uma discussão criará ressentimentos duradouros e será perigosa no longo prazo. É melhor persuadir através de ações: há que demonstrar, não explicar.
  • 92. Escola de Negociação 92 Melhorar o comportamento negociador: • É necessário ser cuidadoso com a argumentação, ser paciente e ter calma com as palavras: “Nenhum homem tem que se desesperar pensando que não obterá adeptos para a causa mais extravagante, se tem a arte suficiente para apresentá-la com cores favoráveis.” (David Hume).
  • 93. Escola de Negociação 93 Melhorar o comportamento negociador: • Se não temos claro que linha de ação tomar, melhor não começar. As dúvidas e vacilações destruirão.
  • 94. Escola de Negociação 94 Melhorar o comportamento negociador: • Há que saber quando se retirar. Retirar-se prudentemente não significa nem derrota, nem rendição. • Retirar-se quando tudo falha é a estratégia definitiva. Em algumas circunstâncias, o compromisso representa uma meia derrota e a rendição, a derrota total. • A retirada nunca deve ser feita sem pensar, de forma impulsiva. A retirada é, também, uma estratégia.
  • 95. Escola de Negociação 95 Melhorar o comportamento negociador: • Ter muito cuidado com as emoções próprias, porém reconhecer que o outro também as expressa. Há que se ver o que há de útil nisso. Significa que é necessário ser cuidadoso com as emoções do próximo, mas aproveitar as oportunidades que nos são oferecidas.
  • 96. Escola de Negociação 96 Melhorar o comportamento negociador: • Uma vez que se ganhou, é necessário saber parar. • Sempre é necessário atender a conjuntura, porém sem perder de vista a estrutura.
  • 97. Escola de Negociação 97 Melhorar o comportamento negociador: • Acordos sensatos, eficientes e preservando o ativo relacional. Sensato é aquele que pode ser cumprido. Eficiente será aquele que representa uma porta para novas iniciativas.
  • 98. Aplicar 100% seria ótimo; 50% estaria bem; Não fazer nada seria desperdiçar oportunidades. É só começar, provar, praticas e…praticar.
  • 99. E sempre recordar… “Ao final do jogo, o rei e o peão voltam para a caixa.” Antigo provérbio italiano anônimo.