O documento discute a gravidez na adolescência no Brasil, questionando as perspectivas tradicionais de que é sempre indesejada. Ele argumenta que a gravidez pode ser desejada pelas adolescentes e desempenhar um papel importante em suas vidas, dependendo de fatores culturais e psicológicos. A pesquisa conclui que as políticas públicas precisam levar em conta os significados individuais da maternidade para as adolescentes de classes populares.
O documento discute a gravidez na adolescência no Brasil, analisando as condições de vida de mães adolescentes e seus filhos em Belo Horizonte através de entrevistas qualitativas com 11 mães adolescentes. A pesquisa sugere que as jovens não estavam preparadas para a maternidade e contar com apoio familiar foi importante para a saúde delas e dos filhos, além de terem recebido acompanhamento pré-natal adequado, na maioria dos casos.
Gravidez na adolencia falta de informaçãoThais Estrela
1) O artigo discute as causas da gravidez na adolescência, apesar da grande quantidade de informações disponíveis.
2) Historicamente, a gravidez na adolescência sempre ocorreu, mas mudanças sociais no século XX, como o trabalho feminino e a pílula anticoncepcional, levaram a maior liberdade sexual entre jovens.
3) No entanto, fatores como a imaturidade psicoemocional dos adolescentes, o pensamento mágico, a falta de uso correto de contraceptivos e a visão cultural da mulher como única respons
RELATÓRIO DE PESQUISA SOBRE PROJETO GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA.SOCIOLOGIA.PROF....Antônio Fernandes
Este relatório descreve um projeto desenvolvido por alunos do ensino médio sobre gravidez na adolescência. Os alunos aplicaram questionários e realizaram pesquisas para entender melhor esse tema. Eles analisaram os resultados estatisticamente e concluíram que, embora os métodos contraceptivos sejam acessíveis, outros fatores sociais e econômicos influenciam as gravidezes nessa idade.
Trabalho de conclusão de curso do ensino médio, tendo como foco o tema gravidez na adolescência, com seu impacto na vida social de meninos e meninas, em suas famílias e na sociedade
2645-L - Gravidez na adolescência e sexualidade - Uma conversa franca com edu...bibliotecasaude
O documento discute a importância de se abordar a questão da gravidez na adolescência de forma não preconceituosa nas escolas. Aponta que a escola é um espaço privilegiado para reflexão sobre o assunto, mas que requer conhecimento do tema por parte dos educadores e superação de preconceitos. Também ressalta a necessidade de contextualizar a discussão sobre sexualidade e identidade dos jovens de acordo com aspectos culturais e históricos.
A gravidez na adolescência é um problema global, com taxas variando entre países. Nos EUA, a taxa caiu 305% nos últimos 20 anos, mas mulheres negras ainda têm mais chances de engravidar cedo. No Reino Unido, a taxa é de 40/1000 entre 15-19 anos, apesar da educação sexual e acesso a contraceptivos. Na África do Sul, 90% das gravidezes adolescentes envolvem parceiros mais velhos, e há altas taxas de estupro de meninas de 14-19 anos.
Material muito bom de enfermagem sobre Gravidez na adolescência. Confira e deixe a sua opinião.
O Instituto Brasileiro Sou Enfermagem é uma Organização Social sem fins lucrativos e que estar de portas abertas para ajudar. Junte-se à nossa família. Chame seus amigos e venham participar.
O contexto relacional e social da gravidez na adolescência.Fábio Fernandes
1. O documento discute a gravidez na adolescência no Brasil com base em pesquisas realizadas. Apesar de não constituir a trajetória predominante entre jovens, é importante examinar os casos de gravidez na juventude devido ao debate sobre o assunto.
2. Dados mostram que 29,6% das mulheres e 21,4% dos homens entrevistados declararam pelo menos uma gravidez na adolescência, principalmente entre 18-19 anos. Fatores como classe social, gênero e socialização familiar influenciam nas taxas de gravidez entre adolescentes.
O documento discute a gravidez na adolescência no Brasil, analisando as condições de vida de mães adolescentes e seus filhos em Belo Horizonte através de entrevistas qualitativas com 11 mães adolescentes. A pesquisa sugere que as jovens não estavam preparadas para a maternidade e contar com apoio familiar foi importante para a saúde delas e dos filhos, além de terem recebido acompanhamento pré-natal adequado, na maioria dos casos.
Gravidez na adolencia falta de informaçãoThais Estrela
1) O artigo discute as causas da gravidez na adolescência, apesar da grande quantidade de informações disponíveis.
2) Historicamente, a gravidez na adolescência sempre ocorreu, mas mudanças sociais no século XX, como o trabalho feminino e a pílula anticoncepcional, levaram a maior liberdade sexual entre jovens.
3) No entanto, fatores como a imaturidade psicoemocional dos adolescentes, o pensamento mágico, a falta de uso correto de contraceptivos e a visão cultural da mulher como única respons
RELATÓRIO DE PESQUISA SOBRE PROJETO GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA.SOCIOLOGIA.PROF....Antônio Fernandes
Este relatório descreve um projeto desenvolvido por alunos do ensino médio sobre gravidez na adolescência. Os alunos aplicaram questionários e realizaram pesquisas para entender melhor esse tema. Eles analisaram os resultados estatisticamente e concluíram que, embora os métodos contraceptivos sejam acessíveis, outros fatores sociais e econômicos influenciam as gravidezes nessa idade.
Trabalho de conclusão de curso do ensino médio, tendo como foco o tema gravidez na adolescência, com seu impacto na vida social de meninos e meninas, em suas famílias e na sociedade
2645-L - Gravidez na adolescência e sexualidade - Uma conversa franca com edu...bibliotecasaude
O documento discute a importância de se abordar a questão da gravidez na adolescência de forma não preconceituosa nas escolas. Aponta que a escola é um espaço privilegiado para reflexão sobre o assunto, mas que requer conhecimento do tema por parte dos educadores e superação de preconceitos. Também ressalta a necessidade de contextualizar a discussão sobre sexualidade e identidade dos jovens de acordo com aspectos culturais e históricos.
A gravidez na adolescência é um problema global, com taxas variando entre países. Nos EUA, a taxa caiu 305% nos últimos 20 anos, mas mulheres negras ainda têm mais chances de engravidar cedo. No Reino Unido, a taxa é de 40/1000 entre 15-19 anos, apesar da educação sexual e acesso a contraceptivos. Na África do Sul, 90% das gravidezes adolescentes envolvem parceiros mais velhos, e há altas taxas de estupro de meninas de 14-19 anos.
Material muito bom de enfermagem sobre Gravidez na adolescência. Confira e deixe a sua opinião.
O Instituto Brasileiro Sou Enfermagem é uma Organização Social sem fins lucrativos e que estar de portas abertas para ajudar. Junte-se à nossa família. Chame seus amigos e venham participar.
O contexto relacional e social da gravidez na adolescência.Fábio Fernandes
1. O documento discute a gravidez na adolescência no Brasil com base em pesquisas realizadas. Apesar de não constituir a trajetória predominante entre jovens, é importante examinar os casos de gravidez na juventude devido ao debate sobre o assunto.
2. Dados mostram que 29,6% das mulheres e 21,4% dos homens entrevistados declararam pelo menos uma gravidez na adolescência, principalmente entre 18-19 anos. Fatores como classe social, gênero e socialização familiar influenciam nas taxas de gravidez entre adolescentes.
Este documento discute a evolução histórica da educação sexual no Brasil e seu papel atual nos Parâmetros Curriculares Nacionais. Nos anos 1920-1930, a educação sexual surgiu na escola para prevenir doenças como a sífilis. Nas décadas de 1960-1970, experiências de educação sexual foram implementadas e depois retiradas. Atualmente, a educação sexual visa prevenir AIDS/DST e gravidez precoce, e os PCNs a abordam como tema transversal.
Este documento discute a gravidez na adolescência no Brasil. Aponta que a gravidez na adolescência é um problema de saúde pública devido às suas altas taxas e complicações para a mãe e bebê. Identifica os principais fatores que contribuem para a gravidez na adolescência e propõe soluções focadas na educação sexual e no apoio de equipes de saúde da família.
[1] O documentário analisará como o sexo é retratado na TV brasileira destinada ao público jovem e seu impacto no desenvolvimento da sexualidade dos adolescentes. [2] Serão entrevistados especialistas, profissionais de TV e adolescentes para discutir a banalização do sexo e suas consequências. [3] O projeto usará imagens de programas, depoimentos e pesquisas para promover reflexão sobre o tema.
Este documento discute a saúde de homens trans e pessoas transmasculinas, abordando tópicos como identidade de gênero versus orientação sexual, tecnologias utilizadas por homens trans, anatomia reprodutiva, hormônios, cirurgias e prevenção de ISTs. O documento fornece informações sobre esses assuntos de forma didática e acessível.
O documento discute a gravidez na adolescência. Ele explica que apesar da disponibilidade de informações sobre contracepção, as taxas de gravidez entre adolescentes continuam altas. Fatores sociais, culturais e pessoais influenciam a ocorrência de gravidez precoce. É importante que adolescentes grávidas recebam apoio médico, familiar e psicológico.
O documento discute os desafios da gravidez na adolescência, especialmente em meninas com menos de 15 anos. A gravidez nessa idade é um problema de saúde pública devido aos riscos à saúde da mãe e do bebê. É importante que os serviços de saúde, educação e assistência social ofereçam atendimento diferenciado e apoio a essas adolescentes e seus filhos.
O documento discute os riscos associados à gravidez nos extremos de idade reprodutiva (adolescentes e acima de 35 anos), comparando resultados com gestantes entre 20-35 anos. A gravidez na adolescência apresenta maiores taxas de parto prematuro, baixo peso ao nascer e complicações maternas. Já a gestação tardia acima de 35 anos tem maior risco de doenças pré-existentes, anomalias cromossômicas e taxas crescentes de cesárea. Ambas demandam cuidados especializados no pré-natal e parto.
O documento discute a gravidez na adolescência no Brasil. Aponta que 20% dos nascimentos anuais são de filhos de adolescentes e que 14% das jovens já tiveram pelo menos um filho aos 19 anos. Também destaca que a gravidez na adolescência traz consequências psicológicas, biológicas e sociais como abandono escolar e alienação da responsabilidade.
O documento discute a adolescência, definindo-a como um período de múltiplas transformações entre 10-20 anos. Apresenta a adolescência como uma oportunidade de autoconhecimento e independência, mas também como um desafio com riscos à saúde. Aborda especificamente a gravidez na adolescência, os fatores associados e as dificuldades enfrentadas.
O documento discute gravidez na adolescência, incluindo suas causas e como evitá-la. A gravidez na adolescência envolve riscos físicos e emocionais e requer cuidados especializados. Embora o número de adolescentes grávidas no Brasil esteja diminuindo, continua alto, e a sociedade deve fazer mais para educar os jovens e prevenir gravidezes nessa idade.
ConhCONHECIMENTOS DAS ADOLESCENTES SOBRE ÀS IMPLICAÇÕES DA GRAVIDEZ – BENGO, ...Eduardo Ekundi Valentim
MARTINS DA SILVA1, MC BEZUIDENHOUT2, JE TJALLINKS2
1 Instituto superior de Ciências da Saúde, Universidade Agostinho Neto
2 University of South Africa, Department of Health Study
RESUMO
A presente tese consiste de um estudo descritivo com um delineamento quantitativo, não-experimental e contextual, que tem' por objectivo descrever os conhecimentos das adolescentes sobre as implicações da gravidez. O estudo foi realizado na província do Bengo, mais concretamente na escola do Bairro da Açucareira, e a amostra foi constituída por 100 adolescentes, do género feminino, na faixa etária dos 13 aos 19 anos de idade. Para a selecção da amostra foi usada uma abordagem aleatória simples. Para a recolha de dados foi usado um questionário estruturado com perguntas fechadas. Os dados obtidos levam a pesquisadora à seguinte conclusão: há necessidade de se elaborarem programas de formação sobre as consequências da gravidez, não só para as adolescentes, mas também para os professores e pais, uma vez que as respondentes indicaram que os professores eos pais seriam as pessoas ideais para este tipo de conversa; por outro lado, e de extrema importância, há necessidade de atendimento específico para adolescentes nos centros de saúde e hospitais da província. A falta de diversão para os adolescentes na província também é um aspecto que merece atenção por parte do governo da Província do Bengo.
TERMOS CHAVE: Adolescência. Adolescente. Conhecimentos. Gravidez na adolescência.
O documento discute a gravidez na adolescência no Brasil, apresentando suas causas e consequências. Em particular, destaca que (1) a sexualidade dos adolescentes é influenciada por fatores culturais e mídia; (2) a gravidez na adolescência está associada à pobreza e baixa escolaridade e pode levar ao abandono escolar; (3) é necessária a participação de família, escola e serviços de saúde para lidar com esse desafio social.
Este documento discute orientações para profissionais da saúde sobre adolescentes que enfrentam o desafio de se tornarem pais na adolescência. Ele apresenta informações sobre a definição de adolescência, a transição familiar, a gravidez na adolescência no Brasil e orientações para profissionais da saúde trabalharem com adolescentes pais e casais adolescentes. O objetivo é estimular o desenvolvimento de projetos de intervenção para apoiar esses adolescentes a ressignificarem suas histórias.
1. O documento discute a gravidez na adolescência e seus possíveis fatores de risco para baixo peso ao nascer.
2. A autora analisa a adolescência, a gravidez e como a gravidez na adolescência pode afetar tanto a mãe quanto o recém-nascido.
3. Fatores de risco discutidos incluem falta de assistência pré-natal adequada, tabagismo, uso de drogas, nutrição inadequada e estresse emocional.
ORIENTAÇÃO SEXUAL NAS ESCOLAS: A IMPORTÂNCIA E AS DIFICULDADES DA ABORDAGEM J...Junior Moraes
1) O documento discute a importância da abordagem do tema orientação sexual nas escolas com adolescentes do 6o ao 9o ano do ensino fundamental, destacando as mudanças físicas e emocionais dessa fase.
2) Apesar de ser um tema delicado, a discussão é importante para orientar os jovens de forma adequada sobre sexualidade e prevenir problemas como gravidez precoce e DSTs.
3) Ao longo da história do Brasil, houve tentativas de incluir o tema na educação, mas também resistência
O documento discute os desafios do namoro na adolescência, incluindo a descoberta de sentimentos e atração, a imaturidade emocional, e a importância da comunicação entre pais e filhos.
This document discusses teenage pregnancy in Portugal. It covers causes of teenage pregnancy like lack of sexual education and contraceptive use. It also outlines the consequences like health risks and educational barriers. Statistics on teenage pregnancy and birth rates in Portugal are presented.
O documento discute a gravidez na adolescência em uma escola pública no município de Sumé, PB. Os principais resultados da pesquisa mostraram que: (1) a maioria dos adolescentes não se sente à vontade para falar sobre sexualidade, (2) a escola fornece pouca ou nenhuma informação sobre o tema, e (3) a maioria inicia a vida sexual sem conhecimento adequado sobre métodos contraceptivos, levando a taxas altas de gravidez precoce.
O documento discute a gravidez na adolescência. Ele explica que apesar de haver informações sobre contraceptivos, as taxas de gravidez entre adolescentes continuam altas. Fatores sociais, culturais e pessoais influenciam a gravidez precoce. A educação sexual é importante para prevenir gravidezes não planejadas e deve começar em casa e na escola.
O documento discute a falta de diálogo entre pais e filhos sobre sexualidade. Segundo uma psicóloga, 40% de seus pacientes adolescentes buscam ajuda para problemas relacionados à sexualidade devido à falta de comunicação em casa. A especialista argumenta que os pais devem abordar o assunto naturalmente desde cedo, já que as crianças irão buscar informações em outros lugares que podem não ser seguros. Diálogo franco é a melhor forma de orientar as necessidades dos filhos.
Orientação sexual nas escolas a importância e as dificuldades da abordagem ju...Junior Moraes
1) O documento discute a importância da abordagem do tema orientação sexual nas escolas com adolescentes do 6o ao 9o ano do ensino fundamental.
2) Apesar de ser um tema delicado, é importante discuti-lo na escola e também dentro dos âmbitos familiares, reconhecendo que a sexualidade faz parte do desenvolvimento humano.
3) O autor realizou pesquisas bibliográficas e analisou documentos como os PCNs e o ECA para defender a abordagem desse tema nas escolas de forma a orientar os adolescentes sobre
Este documento discute a gravidez na adolescência no Brasil. Ele explica que a adolescência é um período de transformações físicas e emocionais que pode resultar em comportamentos de risco. A gravidez na adolescência é preocupante porque a maioria das adolescentes grávidas não está preparada financeira ou emocionalmente para assumir a maternidade. Algumas possíveis razões para a gravidez precoce são a falta de informação sobre contracepção, baixa autoestima, disfunção familiar, abuso sexual e influências religiosas.
Este documento discute a evolução histórica da educação sexual no Brasil e seu papel atual nos Parâmetros Curriculares Nacionais. Nos anos 1920-1930, a educação sexual surgiu na escola para prevenir doenças como a sífilis. Nas décadas de 1960-1970, experiências de educação sexual foram implementadas e depois retiradas. Atualmente, a educação sexual visa prevenir AIDS/DST e gravidez precoce, e os PCNs a abordam como tema transversal.
Este documento discute a gravidez na adolescência no Brasil. Aponta que a gravidez na adolescência é um problema de saúde pública devido às suas altas taxas e complicações para a mãe e bebê. Identifica os principais fatores que contribuem para a gravidez na adolescência e propõe soluções focadas na educação sexual e no apoio de equipes de saúde da família.
[1] O documentário analisará como o sexo é retratado na TV brasileira destinada ao público jovem e seu impacto no desenvolvimento da sexualidade dos adolescentes. [2] Serão entrevistados especialistas, profissionais de TV e adolescentes para discutir a banalização do sexo e suas consequências. [3] O projeto usará imagens de programas, depoimentos e pesquisas para promover reflexão sobre o tema.
Este documento discute a saúde de homens trans e pessoas transmasculinas, abordando tópicos como identidade de gênero versus orientação sexual, tecnologias utilizadas por homens trans, anatomia reprodutiva, hormônios, cirurgias e prevenção de ISTs. O documento fornece informações sobre esses assuntos de forma didática e acessível.
O documento discute a gravidez na adolescência. Ele explica que apesar da disponibilidade de informações sobre contracepção, as taxas de gravidez entre adolescentes continuam altas. Fatores sociais, culturais e pessoais influenciam a ocorrência de gravidez precoce. É importante que adolescentes grávidas recebam apoio médico, familiar e psicológico.
O documento discute os desafios da gravidez na adolescência, especialmente em meninas com menos de 15 anos. A gravidez nessa idade é um problema de saúde pública devido aos riscos à saúde da mãe e do bebê. É importante que os serviços de saúde, educação e assistência social ofereçam atendimento diferenciado e apoio a essas adolescentes e seus filhos.
O documento discute os riscos associados à gravidez nos extremos de idade reprodutiva (adolescentes e acima de 35 anos), comparando resultados com gestantes entre 20-35 anos. A gravidez na adolescência apresenta maiores taxas de parto prematuro, baixo peso ao nascer e complicações maternas. Já a gestação tardia acima de 35 anos tem maior risco de doenças pré-existentes, anomalias cromossômicas e taxas crescentes de cesárea. Ambas demandam cuidados especializados no pré-natal e parto.
O documento discute a gravidez na adolescência no Brasil. Aponta que 20% dos nascimentos anuais são de filhos de adolescentes e que 14% das jovens já tiveram pelo menos um filho aos 19 anos. Também destaca que a gravidez na adolescência traz consequências psicológicas, biológicas e sociais como abandono escolar e alienação da responsabilidade.
O documento discute a adolescência, definindo-a como um período de múltiplas transformações entre 10-20 anos. Apresenta a adolescência como uma oportunidade de autoconhecimento e independência, mas também como um desafio com riscos à saúde. Aborda especificamente a gravidez na adolescência, os fatores associados e as dificuldades enfrentadas.
O documento discute gravidez na adolescência, incluindo suas causas e como evitá-la. A gravidez na adolescência envolve riscos físicos e emocionais e requer cuidados especializados. Embora o número de adolescentes grávidas no Brasil esteja diminuindo, continua alto, e a sociedade deve fazer mais para educar os jovens e prevenir gravidezes nessa idade.
ConhCONHECIMENTOS DAS ADOLESCENTES SOBRE ÀS IMPLICAÇÕES DA GRAVIDEZ – BENGO, ...Eduardo Ekundi Valentim
MARTINS DA SILVA1, MC BEZUIDENHOUT2, JE TJALLINKS2
1 Instituto superior de Ciências da Saúde, Universidade Agostinho Neto
2 University of South Africa, Department of Health Study
RESUMO
A presente tese consiste de um estudo descritivo com um delineamento quantitativo, não-experimental e contextual, que tem' por objectivo descrever os conhecimentos das adolescentes sobre as implicações da gravidez. O estudo foi realizado na província do Bengo, mais concretamente na escola do Bairro da Açucareira, e a amostra foi constituída por 100 adolescentes, do género feminino, na faixa etária dos 13 aos 19 anos de idade. Para a selecção da amostra foi usada uma abordagem aleatória simples. Para a recolha de dados foi usado um questionário estruturado com perguntas fechadas. Os dados obtidos levam a pesquisadora à seguinte conclusão: há necessidade de se elaborarem programas de formação sobre as consequências da gravidez, não só para as adolescentes, mas também para os professores e pais, uma vez que as respondentes indicaram que os professores eos pais seriam as pessoas ideais para este tipo de conversa; por outro lado, e de extrema importância, há necessidade de atendimento específico para adolescentes nos centros de saúde e hospitais da província. A falta de diversão para os adolescentes na província também é um aspecto que merece atenção por parte do governo da Província do Bengo.
TERMOS CHAVE: Adolescência. Adolescente. Conhecimentos. Gravidez na adolescência.
O documento discute a gravidez na adolescência no Brasil, apresentando suas causas e consequências. Em particular, destaca que (1) a sexualidade dos adolescentes é influenciada por fatores culturais e mídia; (2) a gravidez na adolescência está associada à pobreza e baixa escolaridade e pode levar ao abandono escolar; (3) é necessária a participação de família, escola e serviços de saúde para lidar com esse desafio social.
Este documento discute orientações para profissionais da saúde sobre adolescentes que enfrentam o desafio de se tornarem pais na adolescência. Ele apresenta informações sobre a definição de adolescência, a transição familiar, a gravidez na adolescência no Brasil e orientações para profissionais da saúde trabalharem com adolescentes pais e casais adolescentes. O objetivo é estimular o desenvolvimento de projetos de intervenção para apoiar esses adolescentes a ressignificarem suas histórias.
1. O documento discute a gravidez na adolescência e seus possíveis fatores de risco para baixo peso ao nascer.
2. A autora analisa a adolescência, a gravidez e como a gravidez na adolescência pode afetar tanto a mãe quanto o recém-nascido.
3. Fatores de risco discutidos incluem falta de assistência pré-natal adequada, tabagismo, uso de drogas, nutrição inadequada e estresse emocional.
ORIENTAÇÃO SEXUAL NAS ESCOLAS: A IMPORTÂNCIA E AS DIFICULDADES DA ABORDAGEM J...Junior Moraes
1) O documento discute a importância da abordagem do tema orientação sexual nas escolas com adolescentes do 6o ao 9o ano do ensino fundamental, destacando as mudanças físicas e emocionais dessa fase.
2) Apesar de ser um tema delicado, a discussão é importante para orientar os jovens de forma adequada sobre sexualidade e prevenir problemas como gravidez precoce e DSTs.
3) Ao longo da história do Brasil, houve tentativas de incluir o tema na educação, mas também resistência
O documento discute os desafios do namoro na adolescência, incluindo a descoberta de sentimentos e atração, a imaturidade emocional, e a importância da comunicação entre pais e filhos.
This document discusses teenage pregnancy in Portugal. It covers causes of teenage pregnancy like lack of sexual education and contraceptive use. It also outlines the consequences like health risks and educational barriers. Statistics on teenage pregnancy and birth rates in Portugal are presented.
O documento discute a gravidez na adolescência em uma escola pública no município de Sumé, PB. Os principais resultados da pesquisa mostraram que: (1) a maioria dos adolescentes não se sente à vontade para falar sobre sexualidade, (2) a escola fornece pouca ou nenhuma informação sobre o tema, e (3) a maioria inicia a vida sexual sem conhecimento adequado sobre métodos contraceptivos, levando a taxas altas de gravidez precoce.
O documento discute a gravidez na adolescência. Ele explica que apesar de haver informações sobre contraceptivos, as taxas de gravidez entre adolescentes continuam altas. Fatores sociais, culturais e pessoais influenciam a gravidez precoce. A educação sexual é importante para prevenir gravidezes não planejadas e deve começar em casa e na escola.
O documento discute a falta de diálogo entre pais e filhos sobre sexualidade. Segundo uma psicóloga, 40% de seus pacientes adolescentes buscam ajuda para problemas relacionados à sexualidade devido à falta de comunicação em casa. A especialista argumenta que os pais devem abordar o assunto naturalmente desde cedo, já que as crianças irão buscar informações em outros lugares que podem não ser seguros. Diálogo franco é a melhor forma de orientar as necessidades dos filhos.
Orientação sexual nas escolas a importância e as dificuldades da abordagem ju...Junior Moraes
1) O documento discute a importância da abordagem do tema orientação sexual nas escolas com adolescentes do 6o ao 9o ano do ensino fundamental.
2) Apesar de ser um tema delicado, é importante discuti-lo na escola e também dentro dos âmbitos familiares, reconhecendo que a sexualidade faz parte do desenvolvimento humano.
3) O autor realizou pesquisas bibliográficas e analisou documentos como os PCNs e o ECA para defender a abordagem desse tema nas escolas de forma a orientar os adolescentes sobre
Este documento discute a gravidez na adolescência no Brasil. Ele explica que a adolescência é um período de transformações físicas e emocionais que pode resultar em comportamentos de risco. A gravidez na adolescência é preocupante porque a maioria das adolescentes grávidas não está preparada financeira ou emocionalmente para assumir a maternidade. Algumas possíveis razões para a gravidez precoce são a falta de informação sobre contracepção, baixa autoestima, disfunção familiar, abuso sexual e influências religiosas.
Este módulo aborda a gravidez na adolescência, definindo-a como ocorrendo até os 20 anos incompletos de acordo com a OMS. No entanto, ressalta que não há delimitações rígidas entre as fases da vida e que a adolescência e juventude devem ser entendidas como processos influenciados por fatores sociais, não apenas biológicos. O módulo também discute a heterogeneidade dos jovens e como experiências de vida variam de acordo com contextos históricos e sociais.
Este documento discute a gravidez na adolescência no Brasil. Em três frases:
O documento apresenta estatísticas alarmantes sobre a gravidez na adolescência no Brasil, com cerca de 1 milhão de meninas engravidando anualmente antes dos 20 anos. Ele também discute os fatores que contribuem para a gravidez precoce e as consequências para a saúde física e mental das adolescentes. Finalmente, o documento propõe estratégias para prevenção e apoio às adolescentes grávidas, incluindo educação sexual
O documento discute as novas configurações familiares no Brasil de acordo com os dados do último censo do IBGE. A família tradicional de pai, mãe e filhos agora representa menos da metade dos domicílios brasileiros, enquanto outros arranjos familiares, como famílias monoparentais e homoafetivas, estão cada vez mais comuns. Psicólogos argumentam que diferentes configurações familiares podem promover o bem-estar das crianças da mesma forma que a família tradicional, desde que proporcion
Crescer linear criança infantil juvenil e desenvolver, criança não é apenas v...Van Der Häägen Brazil
O documento discute a teoria do apego, que descreve como as crianças se apegam a cuidadores primários para seu desenvolvimento social e emocional. Também aborda as etapas do desenvolvimento humano propostas por Erik Erikson e como a adolescência é um período complexo de mudanças físicas, sociais e psicológicas.
O documento discute o que é a adolescência, caracterizando-a como um período de descoberta da identidade e transformações físicas e emocionais. Também aborda a importância da educação sexual nessa fase e dos pais nesse processo.
Este documento discute a gravidez na adolescência. Resume que a gravidez pode interromper o processo de desenvolvimento próprio da adolescência, fazendo com que assumam responsabilidades de adultas antes da hora. Além disso, a utilização de métodos contraceptivos não é eficaz na adolescência devido a fatores psicológicos inerentes a essa fase. O documento também analisa que as adolescentes grávidas tendem a ter piores indicadores sociais e de saúde.
Gravidez na-adolescncia-1212664903147373-8Zilda de Souza
Este documento discute a gravidez na adolescência. Resume que a gravidez pode interromper o processo de desenvolvimento próprio da adolescência, fazendo com que assumam responsabilidades de adultas antes da hora. Além disso, a utilização de métodos contraceptivos não é eficaz na adolescência devido a fatores psicológicos inerentes a essa fase. Finalmente, o documento analisa que as adolescentes grávidas tendem a ter piores indicadores sociais e de saúde.
O documento discute a orientação sexual nos anos iniciais do ensino fundamental, abordando seus desafios e possibilidades. Primeiro, define sexualidade e discute sua descoberta na infância e puberdade. Segundo, destaca a importância da família e da escola na orientação sexual de crianças, prevenindo problemas como gravidez precoce e doenças. Terceiro, argumenta que a orientação sexual deve ser tratada naturalmente e de forma a esclarecer dúvidas de forma apropriada para a idade.
1) A educação das mulheres é fundamental para melhorar a saúde familiar, reduzir a mortalidade infantil e modificar o comportamento reprodutivo.
2) Apesar dos esforços, centenas de milhões de mulheres continuam analfabetas em comparação com menos homens.
3) A educação das mulheres promove a sua emancipação e autonomia, permitindo maior controle sobre as suas vidas e escolhas reprodutivas.
1) A educação das mulheres é fundamental para melhorar a saúde familiar, reduzir a mortalidade infantil e modificar o comportamento reprodutivo.
2) Apesar dos esforços, ainda há grandes disparidades educacionais entre homens e mulheres, com quase 600 milhões de mulheres analfabetas em comparação com 320 milhões de homens.
3) A educação dá às mulheres mais controle sobre suas vidas e menos filhos, desde que atinjam níveis suficientes de escolaridade.
A gravidez na adolescência ocorre quando uma mulher grávida está na faixa etária da adolescência. A adolescência é um período de descoberta que uma gravidez pode interromper prematuramente, forçando papéis de adultos antes do tempo. Fatores como baixa autoestima, família desestruturada e falta de atividades de lazer podem levar adolescentes a buscar na maternidade precoce um sentido de propósito. O documento discute como a gravidez na adolescência está associada a piores indicadores socioeconômicos e
O documento discute a gravidez na adolescência. Aborda tópicos como adolescência e puberdade, afectividade e sexualidade, desafios de uma gravidez adolescente e possíveis soluções. Defende que educação sexual é importante para prevenir gravidezes indesejadas e que apoio familiar é essencial para adolescentes grávidas.
1) O documento discute a importância dos vínculos emocionais para crianças em abrigos.
2) Foram realizadas entrevistas com a equipe de um abrigo para compreender suas concepções sobre as crianças e famílias, e como são formados os vínculos no contexto institucional.
3) Os resultados mostraram diversas perspectivas entre os profissionais, o que pode afetar o tratamento dado às crianças.
Este documento discute os desafios enfrentados por mulheres chefes de família monoparental no processo de escolarização dos filhos. Apresenta perspectivas históricas sobre a condição feminina e o empoderamento das mulheres. Analisa como a monoparentalidade feminina pode afetar a participação na escola e os impactos no mercado de trabalho. Relata os resultados de pesquisa com mães solo sobre responsabilidades educacionais, preconceitos e a importância da rede de apoio.
O documento discute como a promoção da amamentação é usada para manter a subordinação feminina através da associação das mulheres ao espaço doméstico e familiar. Argumenta que a maternidade não é determinada biologicamente, mas socialmente, e que o cuidado infantil não depende do leite materno, mas do ato de cuidar, o que pode ser feito por qualquer pessoa, independente do género.
Este documento discute a influência das relações familiares no desenvolvimento da aprendizagem de crianças e adolescentes. Ele descreve como a visão da infância mudou ao longo dos séculos, passando de irrelevante para valorizada. Também discute como vínculos familiares afetam o desenvolvimento e como famílias estruturadas emocionalmente promovem melhor aprendizagem escolar.
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Folheto | Centro de Informação Europeia Jacques Delors (junho/2024)Centro Jacques Delors
Estrutura de apresentação:
- Apresentação do Centro de Informação Europeia Jacques Delors (CIEJD);
- Documentação;
- Informação;
- Atividade editorial;
- Atividades pedagógicas, formativas e conteúdos;
- O CIEJD Digital;
- Contactos.
Para mais informações, consulte o portal Eurocid:
- https://eurocid.mne.gov.pt/quem-somos
Autor: Centro de Informação Europeia Jacques Delors
Fonte: https://infoeuropa.mne.gov.pt/Nyron/Library/Catalog/winlibimg.aspx?doc=48197&img=9267
Versão em inglês [EN] também disponível em:
https://infoeuropa.mne.gov.pt/Nyron/Library/Catalog/winlibimg.aspx?doc=48197&img=9266
Data de conceção: setembro/2019.
Data de atualização: maio-junho 2024.
Redação e Leitura_7º ano_58_Produção de cordel .pptx
Gravidez na adolescência um novo olhar psicanalise
1. Gravidez na adolescência: um novo olhar
Diana Dadoorian
1
Psicologia Clínica e Psicopatologia, Universidade Paris VIII
Endereço para correspondência
RESUMO
A gravidez na adolescência constitui tema de grande relevância na realidade social brasileira. O enfoque
tradicional relaciona a gravidez como indesejada e decorrente da desinformação sexual das jovens. O presente
trabalho questiona essa posição, postulando a importância do significado individual da gravidez, que corre
paralelo ao desejo universal de ter ou não ter um filho, bem como a noção de uma “gravidez social”
determinada por fatores culturais e psicológicos que particularizam o significado da maternidade em
adolescentes de classes populares. Conclui-se pela necessidade de reformulação das políticas públicas para
com essa população.
Palavras-chave: Gravidez, Adolescência, Fatores psicossociais, Políticas Públicas.
ABSTRACT
Teenage pregnancy is a relevant theme nowadays. The traditional focus relates the undesirable teenage
pregnancy to social changes in sexuality and to the lack of sexual information. The present study contests this
position postulating the importance of the significance of an individual pregnancy, as well as the universal desire
of having or not a baby in adolescence, determined by cultural and psychological aspects that particularize the
meaning of motherhood in popular classes of adolescents. The conclusions point out the necessity of public
policy reformulation.
Keywords: Pregnancy, Teenage, Psicossocial models, Public policies.
Nos últimos anos, a incidência de gravidez na adolescência vem aumentando significativamente, tanto no
Brasil como no mundo. No Brasil, observa-se que, apesar do declínio das taxas de fecundidade desde o início
dos anos 70, é cada vez maior a proporção de partos entre as adolescentes em comparação com o total de
partos realizados no País. Segundo dados estatísticos do SUS relativo a 2000, dos 2,5 milhões de partos
realizados nos hospitais públicos do país, 689 mil eram de mães adolescentes com menos de 19 anos de
idade. A maioria das adolescentes grávidas pertence às classes populares.
Os elevados índices estatísticos de gravidez na adolescência provocaram um maior interesse sobre essa
questão por parte dos profissionais de saúde brasileiros. A literatura existente relaciona essa situação às
mudanças sociais ocorridas na esfera da sexualidade, as quais provocaram maior liberalização do sexo, sem
que, simultaneamente, fossem transmitidas informações sobre métodos contraceptivos para os jovens.
Segundo esses profissionais de saúde, a gravidez na adolescência é indesejada, sendo enfocada como um
“problema” que deve ser solucionado através da diminuição do número de gravidezes nessa população. A
fórmula encontrada para “resolver” essa questão se reduz aos programas de informação sexual.
Esse enfoque apresenta lacunas na compreensão do tema, sendo insuficiente para explicar a complexidade do
fenômeno.
Ora, nos dias de hoje, em pleno século XXI, ainda é possível falar que os jovens não têm informação sexual?
Poderíamos, ao contrário, nos perguntar porque as adolescentes continuam engravidando atualmente se o
acesso à informação é justamente muito mais fácil hoje em dia. Basta comprar uma revista na banca de jornal
que encontramos todo o tipo de informação sobre contraceptivos, com ilustrações e tudo o mais. Isso para não
falar da televisão, da internet, dos cursos de educação sexual existentes em muitos hospitais e escolas e,
2. principalmente, da possibilidade de consultar um ginecologista, e, em muitos casos, com a consulta paga pela
própria mãe.
Por que, então, as adolescentes continuam engravidando?
Na tentativa de compreender melhor essa questão, é importante focaliz o olhar sobre o que dizem essas jovens
sobre a sua gravidez.
Apesar das situações dramáticas que essa situação lhes acarreta, como, por exemplo, o abandono dos
estudos ou o seu adiamento, maior dependência econômica dos pais, visto que a maioria das jovens continua
morando com os pais após o nascimento do filho, já que o pai da criança é, na maioria dos casos, também
adolescente; mesmo com todas essas dificuldades, é bastante comum ouvirmos a adolescente dizer que está
contente com a perspectiva de ser mãe e que quer ter um filho.
Portanto, ao se privilegiar a fala das adolescentes sobre o seu estado, percebe-se que essa gravidez é
desejada por elas, desempenhando, assim, um determinado papel na sua vida psíquica e social, daí a
importância de realizar um estudo mais sistemático dos aspectos psicossociais aí presentes. A constatação do
estado de grande desamparo e desorientação em que se encontram as jovens e suas famílias frente a essa
nova situação, que provoca muitas mudanças e questionamentos em toda a família, motivou-nos a estudar
mais sistematicamente essa questão (Dadoorian, 1994; Dadoorian, 2000).
Os Modelos Familiares
A gravidez em adolescentes de classes populares foi estudada a partir da investigação dos modelos familiares
e da classe social e, por conseguinte, da articulação entre família - adolescente grávida - classe social.
A família passou por várias mudanças até chegar à nossa atual concepção. Esse processo de cons-trução da
família está baseado na articulação entre a história da família e a história da infância, com o surgimento de um
“sentimento de família” e de um “sentimento de infância” (Ariès, 1981).
A história da família brasileira nasce na família patriarcal e a família brasileira contemporânea ainda está
impregnada desse modelo. Um trabalho realizado sobre a concepção de família em dois grupos sociais da
cidade do Rio de Janeiro com mulheres das classes baixas e as das classes médias mostrou que existe um
modelo de arranjo familiar único para ambas as classes, o modelo da família patriarcal, que determina as
relações de poder na sociedade brasileira. Ele é formado por um núcleo central que abrange o casal e seus
filhos e por uma periferia composta por agregados e empregados. Esse modelo, no entanto, constitui um “ideal”
para as famílias de classes baixas, só sendo possível de se realizar nas famílias de classe média. Os arranjos
familiares são, assim, constituídos em função de circunstâncias econômicas, sociais e históricas segundo as
diferentes classes sociais (LoBianco,1986).
Esse fato pode ser verificado no projeto de vida de adolescentes grávidas de classes populares. Todas as
jovens entrevistadas relataram a vontade de ter a sua casa e de residir com o marido ou namorado e o filho, o
que geralmente não poderia ocorrer devido à sua situação econômica (Dadoorian, 1994).
A psicanálise também traz contribuições relevantes acerca da família, que se traduz no conceito de
Complexo de Édipo. O Édipo se refere à existência de um complexo universal com o qual todos nós
estamos psiquicamente envolvidos, e que possibilita a formação do sujeito enquanto um ser social e
um ser desejante, marcando a nossa entrada na cultura e separando-nos da nossa raiz animal.
O Édipo é um complexo familiar presente em todas as famílias humanas. Além de formador da subjetividade
dos sujeitos, ele possui uma função social que se traduz pela transmissão dos valores morais, éticos e sociais,
tendo como eixo norteador a posição econômica e cultural de cada família na sociedade.
Em geral, uma família pertencente às classes populares brasileiras tende a educar os filhos com vistas à
obtenção de empregos para ajudar no orçamento familiar. O casamento é algo que pode ocorrer
precocemente, sendo acompanhado, muitas vezes, de vários filhos. Uma família da classe média, por sua vez,
já prioriza a atividade intelectual dos seus jovens. O casamento é, geralmente, adiado para após o término dos
estudos.
3. Observamos que a reação das famílias das adolescentes diante da gravidez de suas filhas varia de acordo
com a classe social. As famílias das jovens de classes populares apresenta uma melhor aceitação dessa
situação, especialmente a mãe e a avó, contrariamente às famílias das adolescentes de classe média, que não
desejam a gravidez das filhas adolescentes (Silva &Pinotti,1987).
Feminilidade e Maternidade
A questão do feminino na teoria psicanalítica está intimamente relacionada com a maternidade. Freud (1905)
mostra que é na adolescência que se dá a finalização do processo de construção da sexualidade, através da
capacidade do jovem de procriar, processo esse que se inicia na mais remota infância. Esse momento é
bastante importante para a espécie e fruto de muitas angústias para o jovem.
No caso específico da menina, será através do desejo de ser mãe que ela se tornará mulher. Assim, para
Freud, o caminho que leva à feminilidade se dá por meio da maternidade. A maternidade se coloca, assim,
como um atributo que caracteriza o feminino. Através do filho, um ser que é uma extensão do seu próprio
corpo, a mulher se sente plena, nada lhe falta. O filho funciona como um objeto que completa as suas
carências e os seus desejos mais íntimos. O desejo de ter um filho, isto é, o desejo de ter o falo, é algo
bastante forte no inconsciente feminino (Freud, 1931).
“O que quer uma mulher?”, indaga Freud. Como nos diz Hassoun (1995), se a psicanálise foi capaz de dar
conta do desejo das mulheres, ela continua impotente perante o querer feminino, que não coincide com o seu
desejo. Ainda existe um caminho a ser percorrido para se explicar a feminilidade.
Mas então, o que querem as mulheres? Não existe uma resposta única para essa pergunta de Freud. Cada
mulher terá a sua própria resposta. As adolescentes grávidas entrevistadas nesta pesquisa deram a sua
resposta: elas querem ser mães. É importante, então, tentar localizar a origem do desejo de ter um filho na
adolescência.
A importância do meio social na determinação do papel feminino nos ajuda a compreender o papel da mulher
na sociedade, papel que é transmitido às adolescentes, influenciando as suas escolhas e os seus projetos de
vida.
Atualmente, depois de todas as mudanças sociais por que passamos, o papel da mulher de classe média
brasileira não se limita ao papel de mãe, estendendo-se também a outras atividades, como a realização
profissional. Entretanto, apesar de essas mulheres exercerem outros papéis sociais, a maternidade continua
sendo um atributo essencialmente feminino (Lo Bianco, 1985).
As vivências e as representações sobre a família e a inserção da mulher nesse núcleo foram estudadas em um
grupo de mulheres faveladas, e observou-se que a internalização da ideologia patriarcal e a divisão de papéis
sexuais reforçam a definição da identidade feminina através da família, ou seja, ser mulher nessa comunidade
é sinônimo de ser filha, esposa ou mãe (Salem,1981).
Existe uma diferença de perspectiva em relação ao papel social desempenhado pela mulher, o seu nível sócio-
econômico e a gravidez na adolescência. Um estudo realizado por Doering (1989) com adolescentes grávidas
mostrou que as adolescentes de classe média atendidas em clínica privada rejeitavam a gravidez, afirmando
que essa situação iria atrapalhar as suas perspectivas de estudo e de trabalho, visto que a maternidade não é
prioridade nessa classe social. Entre as adolescentes atendidas em hospital público, 58% referem uma maior
aceitação da gravidez por “gostarem de criança”. A maternidade aparece como a única perspectiva de vida
para essas jovens de classes populares, onde o papel social mais importante por elas desempenhado é o de
ser mãe.
A Gravidez na Adolescência: a nossa Hipótese
A partir da pesquisa realizada, procurou-se articular o enfoque sociológico e antropológico com a teoria
psicanalítica acerca da sexualidade feminina e do narcisismo. Dessa correlação, podem-se destacar dois
fatores principais como os determinantes da gravidez em adolescentes: os fatores biológicos e os fatores não-
biológicos, nos quais se inserem os aspectos culturais e os psicológicos.
4. Freud (1905) mostra que na puberdade se operam mudanças visando à maturidade sexual. A pulsão sexual se
unifica em torno de um único objetivo, que é a função reprodutora. O corpo da adolescente sofre, assim,
transformações e mudanças orgânicas que têm por objetivo a reprodução da espécie humana. Esse processo
orgânico se expressa através de uma grande pressão hormonal, que impulsiona a adolescente a testar esse
aparelho. Surge, então, o interesse pelo sexo, e desse ato decorre, freqüentemente, a gravidez. Os trabalhos
de Figueiredo mostram a grande influência que o biológico exerce no psicossocial.
A essa gravidez, fruto da estreita relação entre o corpo e a pulsão sexual, denominaremos aqui de “gravidez
hormonal”. A partir daí, dois desfechos se colocariam para a adolescente: o desejo negativo de ter o filho,
expresso no aborto, e o desejo positivo de ter o filho, situado na maternidade. Assim, esse desejo positivo ou
negativo de ter um filho na adolescência é um fenômeno universal, visto que pode ocorrer com todas as
adolescentes, indistintamente. Os fatores não-biológicos, ou seja, os aspectos culturais e psicológicos, é que
irão determinar o destino dessa gravidez hormonal (Dadoorian, 1994).
Metodologia
Foram realizadas vinte entrevistas semi - estruturadas com adolescentes grávidas de classes populares, de 14
a 17 anos de idade, no Instituto Fernandes Figueira no Rio de Janeiro. O modelo de entrevista foi elaborado a
partir de sete temas que se referem a: dados pessoais, vida familiar (estrutura e dinâmica), vida escolar,
atividade sexual e episódio da gravidez, dados de informação e educação sexual, projetos de vida. A análise
das entrevistas se baseou no estudo dos aspectos psicossociais relacionados à gravidez nesse grupo de
adolescentes, destacando-se o enfoque psicanalítico da questão e suas implicações na análise de suas
motivações, desejos e fantasias.
Resultados e Discussão
Esta pesquisa investigou a função do desejo da adolescente na sua gravidez.
O significado inconsciente do filho
Sonia
“Eu sempre quis ter um filho, não sei por quê. Apesar de eu ser muito nova, né! Mas eu quis experimentar, aí
eu parei de tomar o remédio” (Dadoorian, 2000a, p. 144).
A curiosidade em testar o seu aparelho reprodutor é desencadeada pela atividade hormonal ocorrida nesse
período da vida, que leva ao ato sexual. As jovens iniciam a sua vida sexual logo após a primeira menstruação
e engravidam em um curto período de tempo. A gravidez certifica para a adolescente que o seu corpo já está
preparado para a concepção. A confirmação da sua capacidade reprodutiva desencadeia um sentimento de
surpresa (não esperavam a gravidez), onde ela pode constatar que não é mais menina, e, sim, mulher. Pode-
se dizer que essas adolescentes estabelecem uma equivalência onde exercer a sexualidade significa ter filho,
o qual demarca a sua entrada na vida adulta.
Nas classes populares essa gravidez hormonal se transforma,freqüentemente, numa gravidez “simbólica”, isto
é, em uma maternidade precária. Apesar das circunstâncias sociais desfavoráveis, o desejo de ter o filho era
predominante entre essas jovens, sendo necessário localizar a origem desse desejo.
A ocorrência de gravidez na adolescência é um fato rotineiro e comum nessa classe social. As colegas das
jovens entrevistadas, suas irmãs e, em alguns casos, a própria mãe são ou foram mães adolescentes.
Constata-se umavalorização da maternidade, onde ser mãe equivale a assumir um novo status social, o de ser
mulher.
Surge, assim, o trinômio: adolescente-mãe-mulher, onde a gravidez é a via de acesso à feminilidade. A
afirmação social nesse meio se expressa na maternidade, o que possibilita dizer que se trata, nesse caso, de
uma gravidez social, isto é, maternidade social. Através do filho, essas jovens se sentem mães e mulheres.
Leila
“Estou me sentindo superbem com a gravidez, antes eu era uma criança, era boba, agora não, eu sei das
5. coisas que vão acontecer, entendeu? Eu penso em trabalhar, penso no futuro, ter o meu filho, mais nada, só
isso que eu penso” (Dadoorian, 2000a, p.145).
Já no que concerne à adolescente de classe média, verifica-se igualmente a confluência dos fatores culturais e
psicológicos na determinação do destino da gravidez hormonal. Nesse meio cultural, a maternidade é,
geralmente, indesejada na adolescência. A pressão social familiar da classe média se expressa mais através
do incentivo ao estudo e ao trabalho, possibilitando que essas jovens vivam de modo mais prolongado sua
adolescência, contrariamente às adolescentes de classes populares, onde a maternidade interfere nesse ciclo.
Logo, a faculdade e o trabalho atuam como objetos reparadores narcísicos, ou seja, eles assumem o valor de
falo, e o desejo de ter um filho pode, assim, ser adiado para a vida adulta.
Juntamente com os fatores culturais, os fatores psicológicos também são determinantes nessa questão. Freud,
no seu texto Sobre o narcisismo: uma introdução, nos mostra que o tipo de escolha amorosa feminina que leva
ao amor objetal completo se expressa através da maternidade, onde a mulher transfere para a criança (objeto
estranho e que é, ao mesmo tempo, extensão do seu corpo) o seu próprio narcisismo. O desejo de ter um filho,
isto é, o desejo universal do falo, representa a possibilidade de restauração do seu próprio narcisismo infantil
abandonado.
Por outro lado, pressupõe-se na pesquisa que, para essas jovens, por terem uma precária situação econômica
que lhes dificulta o acesso a bens de serviço e a serviços essenciais, o falo aparece como o objeto privilegiado
capaz de possibilitar essa reparação narcísica. As jovens mães entrevistadas durante a investigação relataram
que o filho representa “tudo” para elas e que elas desejam o melhor para eles, que eles estudem, trabalhem e
que não lhes falte nada .
Silvia
“O filho representa uma porção de coisas, tudo de bom; a coisa que eu mais tenho no mundo é ele. Eu vou ter
alguém para ficar do meu lado, se eu sofrer é uma pessoa que vai ficar perto de mim” (Dadoorian, 2000a,
p.147).
Família e gravidez na adolescência
Fátima
“O filho representa tudo, tudo de bom, muita felicidade. Espero que ele traga muita união da minha família
comigo”(Dadoorian, 2000a, p.150).
As famílias das adolescentes entrevistadas apresentam uma média de quatro filhos por família, fato esse que
se articula com a noção de filho como um bem, um valor, para essa classe social. O desejo de ter o filho
repararia a carência narcísica dos próprios pais, que moram na favela, são mal-remunerados no trabalho e não
têm condições econômicas para terem um melhor nível de vida.
Os pais incentivam a união das filhas com os seus namorados quando elas iniciam a vida sexual, valorizando
desde cedo o casamento.
A relação mais intensa se estabelece com a mãe e expressa numa ambivalência de sentimentos, de ódio e de
amor. Observa-se também uma carência afetiva das jovens e a necessidade de terem um nível de diálogo mais
satisfatório com a mãe, principalmente no que se refere à questão da sexualidade.
As adolescentes vivenciam uma grande solidão agravada pela “carência de afeto” de seu meio familiar, e,
dessa forma, a carência afetiva as leva à maternidade. A jovem transfere para o filho essa demanda de amor.
O filho é, assim, o depositário de muitas expectativas: ele terá tudo o que elas não tiveram: estudo, carinho,
proteção e até uma família.
Inicialmente, a família da adolescente não reage favoravelmente à gravidez da filha, afirmando que ela é muito
nova. Entretanto, após esse primeiro momento, elas aceitam esse fato posicionando-se inclusive contra o
aborto. A gravidez da jovem é vivida por toda a família, sendo o filho um traço de união entre eles.
Com relação ao interesse da mãe da adolescente pelo seu neto, é um fato bastante observado que se
expressa na fala das avós, dizendo que a filha é muito nova e que não sabe cuidar da criança. A maioria das
adolescentes entrevistada nesta pesquisa relatou que iam deixar o filho com a mãe para poderem ir trabalhar.
Essas situações revelam o falo (filho) como um presente da adolescente para a sua mãe. Por outro lado, por
meio da maternidade da filha, a mãe revive, mais uma vez, o seu desejo de completude, de reparação de suas
carências afetivas.
6. Informação x desejo
Carmem
“Nunca me interessei em saber sobre esses métodos. Sabia que podia engravidar, não usei porque eu queria
um filho mesmo. Aí casei e nem tomei remédio. Porque eu achava legal um filho para eu cuidar e as minhas
colegas todas tinham, só eu que não tinha” (Dadoorian, 2000a, p.149).
Todas as adolescentes entrevistadas afirmaram ter conhecimento de que exercer a atividade sexual sem o uso
de contraceptivos poderia provocar uma gravidez. Entretanto, elas relataram que não fizeram uso desses
métodos quando iniciaram a sua vida sexual. Esse dado questiona o fato de que a gravidez na adolescência
ocorreria em função da desinformação sexual, como afirma o enfoque tradicional. Algumas adolescentes
consultaram ginecologistas levadas por suas mães, mas, mesmo nesses casos, elas optaram por não utilizar
anticoncepcionais.
A fala das adolescentes para explicar o não-uso de contraceptivos confirma o seu desejo de ter um filho.
No que tange aos programas de educação sexual, as adolescentes se mostram interessadas na aquisição de
informações acerca dessa questão, e relatam que em alguns colégios tiveram aulas sobre esse tema. No
entanto, a maioria dessas jovens afirma que a educação sexual deveria iniciar-se em casa, com os pais,
especialmente com a mãe, pois estes têm mais intimidade para falar sobre esse assunto com os filhos. Essa
escolha reforça o desejo das adolescentes no estabelecimento de um maior nível de diálogo com os pais.
Escola e gravidez na adolescência
Cristina
“Estou na 1a. série do ensino médio, é escola pública. Vou continuar estudando. A diretora disse que quando
eu ganhasse, que era para eu levar uma declaração para ficar alguns dias em casa. Ninguém falou nada. Na
minha sala também tem uma pessoa com dois meses” (Dadoorian, 2000a, p.119).
Todas as adolescentes entrevistadas freqüentavam escolas públicas, no entanto, a maior parte delas não
estudava e não trabalhava. O abandono dos estudos não se dava pela rejeição do colégio à situação da
gravidez, mas, sim, por sentimentos ambivalentes das jovens, de vergonha, como que para negar que exercem
a sua sexualidade, ou de satisfação pela gravidez, visto que algumas delas relatavam que só queriam “curtir” o
filho. A esses fatores emocionais, se junta a falta de estímulo dos pais, que valorizam mais o trabalho, através
do qual a jovem poderá ajudar na renda familiar, do que os estudos das filhas. O fato de não concluírem a
escolarização traz dificuldades para alcançarem a independência financeira e profissional.
A atitude da escola frente a essa situação varia bastante. Em geral, as escolas públicas convivem melhor com
essa situação do que as escolas privadas.
Aborto
Rita
“Tenho muito conhecimento, mas não fiz nenhum porque eu não queria abortar, já estava sentindo amor desde
o primeiro mês, o feto na minha barriga, embora o meu marido não quisesse aceitar eu já sentia” (Dadoorian,
2000a, p.157).
A decisão de interromper ou não a gravidez está intimamente relacionada com os aspectos psicossociais,
como vimos anteriormente.
Em nossa pesquisa, praticamente todas as adolescentes entrevistadas rejeitaram o aborto, afirmando a
decisão de ter o filho. As jovens relatam que querem ter o filho, pois gostam de criança, além de o filho ser
percebido como alguém que não vai abandoná-las. O aborto é rejeitado por essas adolescentes que afirmam
ter decidido ter o filho. Além do aspecto religioso presente nessa questão, essa atitude aponta que o feto já é
percebido como o seu filho, pelo sentimento de afeição com que ele é referido pelas jovens.
Projetos de Vida
Nenhuma das adolescentes entrevistadas tinha planos para o futuro. As suas perspectivas de vida se
resumiam a um futuro imediato, situado logo após a gravidez, onde elas relataram que pretendiam cuidar do
filho e trabalhar para poder educá-lo.
7. Conclusões
“Crescei-vos e multiplicai-vos…”
Gênesis, 1,22.
A constatação da grande incidência de gravidez levada a termo em adolescentes de classes populares e a
insuficiência dos referenciais teóricos explicativos indicou a necessidade de se investigar o significado da
gravidez através do discurso dessas adolescentes sobre o seu estado e da influência dos fatores culturais e
psicológicos.
A partir dessa análise, pode-se dizer que as causas da gravidez na adolescência não se referem
exclusivamente à desinformação sexual, mas ao desejo universal de ter um filho na adolescência, seja para a
adolescente testar a sua feminilidade através da constatação da sua capacidade reprodutiva, seja pelo próprio
desejo de ter um filho.
Dessa forma, a gravidez na adolescência pode surgir tanto decorrente do imperativo biológico, isto é, do
impulso na direção de sua capacidade reprodutiva (espécie) como do seu próprio desejo de ter um filho
(indivíduo).
Ao analisar o contexto social dessas jovens, observa-se que a função social feminina está relacionada à
maternidade, ou seja, ser mulher para essas adolescentes equivale a ser mãe. O desejo de ter um filho é um
rito de passagem, uma mudança substancial no status: de menina para mulher.
Evidenciou-se que a vivência de situações de carência afetiva e relacional com a família pode também
provocar o desejo na adolescente de ter um filho, em que este aparece como o objeto privilegiado capaz de
reparar essa carência.
Por isso, a questão que se evidencia não é a falta de informação, mas a falta de formação. Fornecer o
conhecimento sobre as questões referentes à fisiologia sexual e às práticas contraceptivas é uma política
insuficiente e pouco eficaz para evitar as graves conseqüências que daí advém. O canal que leva essa
informação deve se abrir e se permeabilizar à complexidade do universo psicossocial dessas adolescentes,
particularizando a significação da gravidez nesse segmento social.
É importante salientar que os enfoques tradicionais até aqui utilizados tratam essa questão a partir da idéia de
que a gravidez na adolescência é indesejada, ou seja, através da ótica dos profissionais de saúde. Não se
valoriza o discurso da adolescente sobre a sua gravidez, o que explicaria o fracasso de vários projetos de
educação sexual, visto que os desejos e fantasias dessas adolescentes quanto à sua gravidez não são
priorizados.
Portanto, é oportuno ressaltar que as propostas de intervenção, tanto na área médica, como na psicológica ou
sócio-educativa com essas adolescentes devem igualmente priorizar o significado dessa gravidez e suas
implicações subjetivas e culturais, para que sejam obtidos resultados mais eficazes, o que proporcionaria um
aumento do número de gravidezes planejadas e uma diminuição do número de gravidezes “acidentais”.
Uma análise mais aprofundada dessa questão mostra que a jovem que será filha e mãe ao mesmo tempo terá
características diferenciadas e dificuldades próprias na elaboração das diversas etapas evolutivas de sua
sexualidade, ficando, assim, prejudicada a vivência da maternidade. O filho aparece, em muitos casos, como
um presente da adolescente para a sua própria mãe. No entanto, apesar das dificuldades encontradas, essa
situação não altera de forma drástica o desenvolvimento da sexualidade dessas jovens, como muitos
especialistas fazem crer. Devemos, portanto, ser cuidadosos para não traçar um quadro mais trágico e
pessimista do que ele é na realidade.
A ausência, nas adolescentes que optam pela gravidez, de uma visão mais abrangente sobre o seu estado
gera conseqüências que repercutem em dois níveis: no individual, que se refere aos aspectos psicológicos
expressos em cada uma dessas adolescentes, e no social, isto é, nos aspectos sócio-econômicos, na medida
em que a gravidez em adolescentes, sobretudo em jovens provenientes de classes populares, multiplica as
condições de reprodução da pobreza econômica e social .
8. Essas conclusões apontam para a importância dos aspectos psicossociais presentes nessa questão. Logo, se
quisermos pensar em propostas preventivas, é de fundamental importância a presença do psicólogo, no dia-a-
dia das adolescentes e de suas famílias: nas escolas, nos hospitais e nas associações comunitárias. Dessa
forma, ele poderá acompanhar o desenvolvimento das jovens, ajudando-as e às suas famílias a elaborar os
conflitos que daí possam surgir. As instâncias governamentais deveriam, assim, ampliar o número de cargos
oferecidos a esses profissionais nessas instituições.
Acreditamos portanto, que o psicólogo pode contribuir de forma significativa para o estudo, a prevenção e a
formulação de novas propostas de trabalho sobre temas de grande importância na realidade social brasileira,
como o é a questão da gravidez na adolescência.
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Endereço para correspondência
Diana Dadoorian
Av. Afrânio de Melo Franco, 141. sl 410. Leblon
22430-060, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Tel/Fax: 25292813.
E-mail: ddadoorian@wnt.com.br
Recebido 13/08/01
Aprovado 22/11/02
1
Doutoranda em Psicologia Clínica e Psicopatologia pela Universidade Paris VIII,França. Mestre em Psicologia
Clínica pela PUC/RIO. Especialista em Psicanálise pela USU/RJ. Autora do livro “Pronta para Voar: um Novo
Olhar sobre a Gravidez na Adolescência” (Rio de Janeiro: editora Rocco, 2000).
Conselho Federal de Psicologia
SAF/SUL, Quadra 2, Bloco B
Edifício Via Office, térreo sala 105
70070-600 Brasília - DF - Brasil
Tel.: (55 61) 2109-0100