O documento descreve a região semiárida do Nordeste brasileiro, conhecida como Caatinga. Apresenta informações sobre o clima árido com pluviosidade baixa, vegetação rasteira, relevo irregular, solos rasos e pedregosos. Destaca também a importância dos rios São Francisco e Parnaíba para o abastecimento da população local e as atividades econômicas como pecuária e agricultura de subsistência nessa região.
11. Clima
Região de clima semi-árido;
Faz parte da região conhecida como Polígono das Secas;
Pluviosidade entre 250 e 800mm anuais;
Região sujeita a irregularidades;
Temperatura média de 24ºC até 26ºC;
Possui duas estações distintas: Inverno e Verão;
A altitude média oscila entre 0 e 600m acima do nível do
mar;
12. *O gráfico aborda toda a região Nordeste, e serve de parâmetro
para a pesquisa;
13. Polígono das secas
Compreende os:
estados de Alagoas, Bahia,
Ceará, Minas
Gerais, Paraíba, Pernambu
co, Piauí, Rio Grande do
Norte e Sergipe (todos os
estados nordestinos com
exceção do Maranhão)
Atualmente, o Polígono
das Secas, compreende
uma área de
1.108.434,82 km²,
correspondentes a 1.348
municípios. (segundo a
Resolução nº 11.135 do
Conselho Deliberativo da
SUDENE)
14. Solos
Raso;
Rico em minerais;
Pedregoso;
Pobre em matéria orgânica;
Drenagem ruim;
Suas colorações variam entre rosa-avermelhado e
acinzentados;
Usados na criação de gado, produção de carvão vegetal;
15. Aspecto geral da Caatinga;
Solo seco, pedregoso, com drenagem
ruim e pouca matéria orgânica;
Caatinga na época de estiagem;
A partir dessa fisionomia que foi dado
o nome de Caatinga à região (Mata
branca);
Caatinga na estação chuvosa;
Outra fisionomia é dada à região nesse
período do ano;
16. Hidrografia
Os rios de planalto e intermitentes (secam em
certos períodos do ano);
Lençol freático muito pobre, devido ao solo
pouco permeável;
Os rios perenes que percorrem a Caatinga são
os rios São Francisco e Parnaíba, que juntos
fornecem os recursos hídricos para a
população.
17. Por conta da importância e o tamanho
desses rios, eles deram nomes a duas
Bacias Hidrográficas;
Bacia do Rio Parnaíba: 34.400 Km²
Bacia do Rio São Francisco: 641.000 Km²
e percorre 2.830 Km ao longo de seu
curso;
18. RIO
PARNAÍBA
Área da bacia: 344.112 km²
Comprimento: Cerca de 1.500km
Foz: Oceano Atlântico
Nascente: Chapada das Mangabeiras
Principais afluentes: Rio Poti, Rio Gurgueia,
Rio Canindé,
Rio Uruçuí-Preto, Rio Longá e
Rio das Balsas
19. Rio são Francisco
Área da bacia: 641.000 km²
Comprimento: 2.830 km
Fluxo: 2.943 m³/s
Foz: Oceano Atlântico
Cidades: Juazeiro, Petrolina, Pirapora, Paulo
Afonso, Januária
20. Relevo
Dividido em duas formações dominantes:
Planaltos :Região montanhosa que percorre 4 estados
nordestinos e tem uma extensão de aproximadamente 250
Km; Devido a altitude média de 650m a 1000m, acaba
sendo um paredão entre a parte seca da Caatinga e a
umidade vinda do oceano Atlântico;
Depressões: Terrenos aplainados com áreas mais altas
ao seu entorno. As principais da Caatinga são a
Sanfranciscana, a Cearense e a do Meio Norte.
21. Planalto da Borborema
Percorre os estados: Rio Grande
do norte, Pernambuco, Paraíba e
Alagoas;
Tem aproximadamente 250 km
de extensão;
Afeta o nível de precipitação da
região, que passa a ter chuvas
orográficas devido a altitude
média do Planalto da Borborema
que está entre 650m e 1000m.
22. Sociedade
Estima-se que 28 milhões de brasileiros
habitam o bioma Caatinga, das quais 38% vivem
em áreas rurais;
Difícil adaptação da população ao clima da
região;
23. DESERTIFICAÇÃO
Aproximadamente 20%
do semiárido nordestino
encontra-se em processo
de desertificação.
Reduzem a capacidade
produtiva da terra,
diminuindo a
produtividade agrícola;
Um outro fator
responsável pelo processo
de desertificação é a
atividade de mineração.
24. Na caatinga, as principais atividades
econômicas são:
A pecuária extensiva.
-A agricultura de
subsistência.
-
- O corte de
vegetação lenhosa
para produção de
carvão.
25. Parte Histórica e Evolutiva sobre a Caatinga
Os sertanejos nos Polígonos das Secas;
Século XVII- ocupação dos portugueses nas terras indígenas;
Escravidão dos índios e “A Grande Seca de 1583”;
Sistema de transporte;
Serras úmidas-brejos- e cana-de-açúcar;
Século XVIII: ouro, mão-de-obra indígena para pastoreio e
miscigenação cabocla;
Açudes;
Expansão do sistema rodoviário.
26. Parte Histórica da Caatinga
Os sertanejos têm suas próprias particularidades,pincipalmente no Polígono das Secas.
Os mais rústicos,são chamados vaqueiros, e gostam também de ser de catingueiros.
Outros são agricultores dos “brejos”, gente que trabalha nas “ilhas” de umidade que
pontilham os sertões secos.
Outros são lameiristas, que se especializaram em aproveitar a laminha fina, argilosa e
calcária do leito de estiagem,nas margens do Rio São Francisco.
Outros trabalham nas “terras de sequeiro”, plantando palmas forrageiras, cuidando de
caprinos e gado magro, plantando algodão ou tentam manter roçados de milho, feijão
e mandioca.
No séc XVII os índios dominavam o Nordeste,de Pernambuco ao Ceará,e com a
ocupação dos portugueses,aos poucos,foram modificando a região,os costumes e
começaram com o desenvolvimento da pecuária.
E com a escravidão dos índios neste mesmo século,e em seguida a fuga dos escravos
índios,os portugueses tiveram que percorrer e adentrar para o interior das matas e
descobrir o que tinha em toda a trajetória,entre cachoeiras, vegetação, animais, etc.
Existem referências sobre uma das grandes secas do séc XVI,no ano de 1583,em que os
índios desceram até a costa onde estavam os colonizadores para ajudá-los, com isso,
nota-se que a maldade veio dos portugueses,pois de início eles queriam ajudar,mas
não sabemos a realidade, pois em nossos históricos há diversas lutas e mortes entre
eles.
27. Desde o início da colonização o sistema de transportes predominava a montaria.
No caso o cavalo facilitaca o deslocamento de pessoas e mercadorias pelo leito seco
dos rios.
Com o aumento da população,o transporte foi acrescentado pelos carros de boi, para
abastecer as feiras e armazéns, onde existia um número grande de trocas.
Em alguns sertões, os carros de boi foram trocados pelo jegue, e até hoje os jegues
vêm dominando os sertões secos.
Os colonizadores descobriram as serras úmidas-os brejos- e descobriram as
potecialidades deste lugar, e deram início a plantação de cana-de-açúcar.
No início do séc XVIII houveram : rápido deslanche do ciclo do ouro, incorporação das
mãos indígenas nas atividades de pastoreio, ampla miscigenação, pela formação da
população cabocla.
Pela grande falta de água na região, construíram-se açudes para garantir o
abastecimento da água.
E houve uma revolução,com origem de ações estatais, para a expansão do sistema
rodoviário.Com a rodovia terrestre, interligaram os sertões do Nordeste seco.
Construíram-se também usinas hidrelétricas, como os vales do Rio São Francisco.E foi
escolhido este rio,pois poderia ser aproveitado para um grande volume de energia
elétrica.
28. Conclusão do Capítulo:
Encontrar parceiros humanos e idealistas para
defender medidas que estanquem êxodos
desnecessários, que dignifiquem a cidadania de
homens integrados em uma das mais vigorosas
culturas populares conhecidas no mundo.
29. A caatinga estendia-se, de um vermelho
indeciso salpicado de manchas brancas que
eram ossadas. O vôo negro dos
urubus fazia círculos altos em redor de
bichos moribundos,
e o vaqueiro precisava chegar, não sabia
onde.
tinham deixado os caminhos, cheios de
espinho e seixos, fazia horas que pisavam a
margem do rio, a lama seca e rachada que
escaldava os pés.
Vidas Secas, Graciliano Ramos, 1938