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Função de onda

As ondas periódicas possuem uma série de características que são geralmente comuns.
Vamos tentar representar uma onda matematicamente.

Sabemos que uma onda vai-se deslocando no tempo. Assim, se fixarmos um
determinado instante de tempo, a amplitude (ou noutro termos, o valor em altura que a
onda toma) vai variando desde uma posição mínima até uma máxima. Ou seja, por
exemplo, para t = 0 temos y(x,0) = f(x).

Esta função é ligeiramente diferente das que estamos habituados a ver. É mais comum
vermos uma função f(x) que contém apenas uma única variável e logo o valor da
imagem vai depender apenas desta variável. Contudo, pode acontecer que tenhamos
duas variáveis distintas que sejam necessárias de modo a sabermos qual o valor da
função. É o que vai acontecer para as ondas. Estas dependem de uma posição no espaço
x e de um valor no tempo t.

Se a onda se desloca no tempo ela irá fazê-lo com uma determinada velocidade v.
Imaginemos que ela se desloca para a direita. Neste caso após vt metros o valor da
amplitude vai ser o mesmo que em t = 0. Assim

y(x,t) = y(x − vt,0)

ou podemos representar da seguinte forma

y(x,t) = f(x − vt)

Caso a onda se deslocasse no sentido contrário teríamos

y(x,t) = f(x + vt)

A esta função y que depende de x e de t chamamos função de onda e é ela que nos
permite observar o comportamento geral da onda.

Podemos recordar da matemática que tipo de funções têm este comportamento
periódico. A função sin x tem exactamente a mesma forma que uma onda periódica e,
por isso, se chamam habitualmente ondas sinusoidais.
Período, frequência e comprimento de onda

Período

Característica essencial que caracteriza uma onda. Geralmente define-se pelo tempo que
um ciclo demora a ser percorrido e a sua unidade SI é o segundo (s).

Outras características estão associadas ao período.

Frequência

É dada pela expressão




Esta grandeza corresponde ao número de vezes que um ciclo é percorrido por unidade
de tempo e em unidades SI vem em s-1 ou Hz (em homenagem ao Físico Heirich Hertz).

Também associado à frequência e ao período há uma grandeza relacionada com a
distância.

Comprimento de Onda

É a distância que um ciclo tem no espaço.

Amplitude

Distância entre o ponto de equilíbrio da onda e o ponto de desvio máximo relativamente
a ele.

De um modo geral, as características de uma onda podem ser observadas no seguinte
esquema:
Fig. 1 – Período, comprimento de onda e amplitude.
Função de onda

   De acordo com a figura 1, num instante t = 0, podemos definir que para x = 0 temos
y = 0. O mesmo se passa para x = λ/2 e para x = λ.

Tratando-se de uma onda sinusoidal, para isso acontecer temos sin λ =0 e para sin 0 =
0. Assim sendo, a função de onda pode ser escrita como:




Vamos verificar que é assim mesmo. Quando x = 0 temos sin 0 e quando x = λ/2 temos
sin π.

O que fizemos até agora foi para um instante de tempo fixo. Ora nós sabemos que uma
onda varia conforme o tempo. Vimos que para uma onda que se desloque para a direita
temos y(x,t) = f(x − v,t) pelo que




Velocidade de onda

É a velocidade de propagação da onda e define-se como




É a velocidade à qual um ponto, caracterizado por uma determinada fase, se desloca no
espaço.

Outras quantidades relacionadas com a velocidade ou a frequência são as que se
apresentam em seguida.

O número de onda (k) é o número de ondas que cabe num metro:




e a sua unidade SI é m-1.

A frequência angular vai ser




Com estas definições podemos já escrever a função de onda na forma mais habitual:
Representação gráfica da função de onda.

Representação gráfica da função de onda.

A fórmula mais habitual da frequência angular é

ω = kv

cuja unidade em SI é s-1.

Pode acontecer que para x = 0 e t = 0, y não seja 0. Quando isto acontece temos de
adicionar uma fase inicial φ, pelo que a função de onda é assim escrita de um modo
geral como: y(x,t) = A sin (kx - ωt + φ).

Chama-se ao argumento do seno, a fase. Podemos concluir que, quando a fase inicial
     , então a função de onda pode ser escrita apenas com um coseno (através das
propriedades trigonométricas destas funções).

Este conceito de fase é importante em diversos campos da Física. É possível concluir
que diversas ondas com a mesma frequência e com o mesmo comprimento de onda
podem ter fases diferentes. Isto pode tornar-se importante quando queremos utilizar
diversas ondas juntas.
Propagação das ondas

Ondas transversais e longitudinais

É possível distinguir as ondas relativamente ao modo como se propagam. Existem dois
casos que se definem.

Onda transversal

Uma onda sinusoidal que se move perpendicularmente à direcção de propagação.

O caso do impulso na corda é um exemplo simples de uma onda deste tipo. Podemos
ver este caso tomando em atenção a direcção de propagação da onda.




Fig. 2 - Onda na corda.

Onda Longitudinal

Uma onda longitudinal move-se paralelamente à direcção de propagação.

Suponhamos que temos uma mola. O comportamento de uma mola a abanar também se
trata de uma onda. Neste caso, a zona comprimida vai-se deslocando ocupando os
lugares onde anteriormente estava uma zona expandida. Como este movimento é
repetido constantemente trata-se então de uma onda. Ora contrariamente ao caso da
corda, este fenómeno acontece na mesma direcção da propagação da onda.
Fig. 3 - Mola com zonas comprimidas e distendidas.

As ondas sonoras são também um exemplo de ondas longitudinais.




LUZ

A luz é uma onda eletromagnética, cujo comprimento de onda se inclui num
determinado intervalo dentro do qual o olho humano é a ela sensível.[1] Trata-se, de
outro modo, de uma radiação electromagnética que se situa entre a radiação
infravermelha e a radiação ultravioleta. As três grandezas físicas básicas da luz são
herdadas das grandezas de toda e qualquer onda eletromagnética: intensidade (ou
amplitude), frequência e polarização (ângulo de vibração). No caso específico da luz, a
intensidade se identifica com o brilho e a frequência com a cor. Deve ser ressaltada
também a dualidade onda-partícula, característica da luz como fenômeno físico, em que
esta tem propriedades de onda e partículas, sendo válidas ambas as teorias sobre a
natureza da luz.

Um raio de luz é a trajetória da luz em determinado espaço, e sua representação indica
de onde a luz é criada (fonte) e para onde ela se dirige. O conceito de raio de luz foi
introduzido por Alhazen. Propagando-se em meio homogéneo, a luz percorre trajetórias
retilíneas; somente em meios não-homogêneos a luz pode descrever trajetórias curvas.
Função de onda: características e representação

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Função de onda: características e representação

  • 1. Função de onda As ondas periódicas possuem uma série de características que são geralmente comuns. Vamos tentar representar uma onda matematicamente. Sabemos que uma onda vai-se deslocando no tempo. Assim, se fixarmos um determinado instante de tempo, a amplitude (ou noutro termos, o valor em altura que a onda toma) vai variando desde uma posição mínima até uma máxima. Ou seja, por exemplo, para t = 0 temos y(x,0) = f(x). Esta função é ligeiramente diferente das que estamos habituados a ver. É mais comum vermos uma função f(x) que contém apenas uma única variável e logo o valor da imagem vai depender apenas desta variável. Contudo, pode acontecer que tenhamos duas variáveis distintas que sejam necessárias de modo a sabermos qual o valor da função. É o que vai acontecer para as ondas. Estas dependem de uma posição no espaço x e de um valor no tempo t. Se a onda se desloca no tempo ela irá fazê-lo com uma determinada velocidade v. Imaginemos que ela se desloca para a direita. Neste caso após vt metros o valor da amplitude vai ser o mesmo que em t = 0. Assim y(x,t) = y(x − vt,0) ou podemos representar da seguinte forma y(x,t) = f(x − vt) Caso a onda se deslocasse no sentido contrário teríamos y(x,t) = f(x + vt) A esta função y que depende de x e de t chamamos função de onda e é ela que nos permite observar o comportamento geral da onda. Podemos recordar da matemática que tipo de funções têm este comportamento periódico. A função sin x tem exactamente a mesma forma que uma onda periódica e, por isso, se chamam habitualmente ondas sinusoidais.
  • 2. Período, frequência e comprimento de onda Período Característica essencial que caracteriza uma onda. Geralmente define-se pelo tempo que um ciclo demora a ser percorrido e a sua unidade SI é o segundo (s). Outras características estão associadas ao período. Frequência É dada pela expressão Esta grandeza corresponde ao número de vezes que um ciclo é percorrido por unidade de tempo e em unidades SI vem em s-1 ou Hz (em homenagem ao Físico Heirich Hertz). Também associado à frequência e ao período há uma grandeza relacionada com a distância. Comprimento de Onda É a distância que um ciclo tem no espaço. Amplitude Distância entre o ponto de equilíbrio da onda e o ponto de desvio máximo relativamente a ele. De um modo geral, as características de uma onda podem ser observadas no seguinte esquema:
  • 3. Fig. 1 – Período, comprimento de onda e amplitude.
  • 4. Função de onda De acordo com a figura 1, num instante t = 0, podemos definir que para x = 0 temos y = 0. O mesmo se passa para x = λ/2 e para x = λ. Tratando-se de uma onda sinusoidal, para isso acontecer temos sin λ =0 e para sin 0 = 0. Assim sendo, a função de onda pode ser escrita como: Vamos verificar que é assim mesmo. Quando x = 0 temos sin 0 e quando x = λ/2 temos sin π. O que fizemos até agora foi para um instante de tempo fixo. Ora nós sabemos que uma onda varia conforme o tempo. Vimos que para uma onda que se desloque para a direita temos y(x,t) = f(x − v,t) pelo que Velocidade de onda É a velocidade de propagação da onda e define-se como É a velocidade à qual um ponto, caracterizado por uma determinada fase, se desloca no espaço. Outras quantidades relacionadas com a velocidade ou a frequência são as que se apresentam em seguida. O número de onda (k) é o número de ondas que cabe num metro: e a sua unidade SI é m-1. A frequência angular vai ser Com estas definições podemos já escrever a função de onda na forma mais habitual:
  • 5. Representação gráfica da função de onda. Representação gráfica da função de onda. A fórmula mais habitual da frequência angular é ω = kv cuja unidade em SI é s-1. Pode acontecer que para x = 0 e t = 0, y não seja 0. Quando isto acontece temos de adicionar uma fase inicial φ, pelo que a função de onda é assim escrita de um modo geral como: y(x,t) = A sin (kx - ωt + φ). Chama-se ao argumento do seno, a fase. Podemos concluir que, quando a fase inicial , então a função de onda pode ser escrita apenas com um coseno (através das propriedades trigonométricas destas funções). Este conceito de fase é importante em diversos campos da Física. É possível concluir que diversas ondas com a mesma frequência e com o mesmo comprimento de onda podem ter fases diferentes. Isto pode tornar-se importante quando queremos utilizar diversas ondas juntas.
  • 6. Propagação das ondas Ondas transversais e longitudinais É possível distinguir as ondas relativamente ao modo como se propagam. Existem dois casos que se definem. Onda transversal Uma onda sinusoidal que se move perpendicularmente à direcção de propagação. O caso do impulso na corda é um exemplo simples de uma onda deste tipo. Podemos ver este caso tomando em atenção a direcção de propagação da onda. Fig. 2 - Onda na corda. Onda Longitudinal Uma onda longitudinal move-se paralelamente à direcção de propagação. Suponhamos que temos uma mola. O comportamento de uma mola a abanar também se trata de uma onda. Neste caso, a zona comprimida vai-se deslocando ocupando os lugares onde anteriormente estava uma zona expandida. Como este movimento é repetido constantemente trata-se então de uma onda. Ora contrariamente ao caso da corda, este fenómeno acontece na mesma direcção da propagação da onda.
  • 7. Fig. 3 - Mola com zonas comprimidas e distendidas. As ondas sonoras são também um exemplo de ondas longitudinais. LUZ A luz é uma onda eletromagnética, cujo comprimento de onda se inclui num determinado intervalo dentro do qual o olho humano é a ela sensível.[1] Trata-se, de outro modo, de uma radiação electromagnética que se situa entre a radiação infravermelha e a radiação ultravioleta. As três grandezas físicas básicas da luz são herdadas das grandezas de toda e qualquer onda eletromagnética: intensidade (ou amplitude), frequência e polarização (ângulo de vibração). No caso específico da luz, a intensidade se identifica com o brilho e a frequência com a cor. Deve ser ressaltada também a dualidade onda-partícula, característica da luz como fenômeno físico, em que esta tem propriedades de onda e partículas, sendo válidas ambas as teorias sobre a natureza da luz. Um raio de luz é a trajetória da luz em determinado espaço, e sua representação indica de onde a luz é criada (fonte) e para onde ela se dirige. O conceito de raio de luz foi introduzido por Alhazen. Propagando-se em meio homogéneo, a luz percorre trajetórias retilíneas; somente em meios não-homogêneos a luz pode descrever trajetórias curvas.