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Escola de Formação de Pilotos
 Business Plan
                      Março/2011
D e lo itte
                       ÍNDICE              PÁG

                     Introdução            03

              Panorama Macroeconômico      05
                   Análise Setorial        37
              Breve Descrição do Negócio   62

                Premissas e Projeções      76

                  Taxa de Desconto         89

               Análise de Sensibilidade    98

                Resultados do Estudo       100

                       Parecer             102
                       Anexos              104



                                                 2
D e lo itte
                       ÍNDICE

                      Introdução

              Panorama Macroeconômico
                   Análise Setorial
              Breve Descrição do Negócio
                Premissas e Projeções
                  Taxa de Desconto
               Análise de Sensibilidade
                Resultados do Estudo
                       Parecer
                       Anexos


                                           3
Business Plan                                               Introdução

  Objetivo
   O presente relatório tem como objetivo mostrar o estudo de viabilidade
   econômico-financeira da implantação da Primeira Escola de Pilotos da
   Região Nordeste. O Projeto contará com parcerias de empresas
   envolvidas nesse projeto que visam promover desde a formação
   acadêmica, passando por uma abordagem prática e a colocação desses
   profissionais no mercado de trabalho, aptos a desenvolverem suas
   atividades com excelência.

  Considerações Gerais
   Este relatório descreve, primeiramente, o cenário macroeconômico, os
   aspectos mercadológicos, as características organizacionais e técnico-
   operacionais do projeto, a estrutura de capital do empreendimento,
   orçamentos e cronograma de investimento.

   A seguir, apresentamos uma breve descrição do projeto, seguido por um
   detalhe das premissas utilizadas e projeções. Finalmente, apresentamos
   os principais indicadores de viabilidade do projeto. Estes indicadores
   foram calculados sobre a perspectiva do Fluxo de Caixa do Acionista os
   quais são suficientes para diagnosticar a viabilidade do negócio.

                                                                      4
D e lo itte
                       ÍNDICE

                     Introdução
               Panorama Macroeconômico
                   Análise Setorial
              Breve Descrição do Negócio
                Premissas e Projeções
                  Taxa de Desconto
               Análise de Sensibilidade
                Resultados do Estudo
                       Parecer
                       Anexos


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Business Plan                            Panorama Macroeconômico

   Cenário Internacional
       Os mercados emergentes tiveram desempenhos positivos em 2009
       graças às fortes intervenções por parte dos governos. Em 2010, o
       crescimento no mundo desenvolvido permaneceu contido em virtude de
       sua fraca recuperação e as economias emergentes deverão continuar à
       frente do crescimento da economia mundial. O desempenho positivo do
       PIB brasileiro foi destaque, em relação ao mesmo período do ano
       anterior, sendo o segundo maior entre as economias do globo.




Fonte: The Economist
                                                                       06
Business Plan                             Panorama Macroeconômico

   Cenário Internacional (continuação)
       Projeções do FMI mostram que o mundo ainda deve apresentar baixo
       crescimento em 2011. A tabela abaixo mostra as revisões de projeção
       feitas ao longo de 2010. O Brasil foi um dos poucos a apresentar um
       crescimento significativo em 2010 e boas perspectivas em 2011. O FMI
       revisou sistematicamente para cima.




Fonte: FMI
                                                                        07
Business Plan                            Panorama Macroeconômico

  Cenário Internacional (continuação)
   Brasil, China, Argentina, Indonésia e Coréia do Sul são os países mais
   resilientes a uma recessão nos EUA e na Europa, com base em estudo do
   HSBC. Por outro lado, Venezuela, Turquia, Cingapura, Hungria, México,
   Paquistão e Israel apresentam métricas com menor resiliência.

   Segundo o Instituto de Finanças Internacionais - IIF, o fluxo de
   investimentos para mercados emergentes aumenta este ano, motivado
   pelo rápido crescimento de países, como China e Brasil, e pela fragilidade
   nos mercados desenvolvidos.

   O Instituto prevê crescimento de 42% na entrada de capital nos
   mercados emergentes, chegando a US$ 825 bilhões em 2010. Para 2011,
   a previsão é de investimentos da ordem de US$ 833 bilhões.

   O Investimento Estrangeiro Direto, ou seja, influxo de capitais destinado
   à construção de fábricas e à compra de equipamentos e de bens de
   capital para empresas multinacionais no Brasil ainda será um dos
   principais financiadores do nosso déficit em Transações Correntes.
   Segundo relatório da UNCTAD, o Brasil é um dos três principais destinos
   de investimentos diretos para os anos 2010 a 2012.

                                                                         08
Business Plan                          Panorama Macroeconômico

  Cenário Internacional (continuação)
   O dólar dos EUA desvaloriza-se em relação às demais moedas. No Brasil,
   o forte crescimento econômico, a relação risco-retorno dos ativos
   baseados em real e as perspectivas de crescimento futuro fomentam a
   entrada de capitais estrangeiros no País. Estima-se que a trajetória de
   desvalorização do dólar permaneça enquanto a economia dos EUA não
   se recuperar da crise.

   O 1º semestre de 2010 foi marcado por forte volatilidade e aversão ao
   risco por parte dos investidores devido à possibilidade de quebras de
   bancos europeus e à desvalorização do euro. A partir de julho, com a
   redução das incertezas, a busca de retorno por parte de investidores e
   fundos de hedge, e a sinalização do FED de desvalorizar sua moeda, o
   fluxo de capitais cresceu para países como Brasil com crescimento
   elevado e baixa vulnerabilidade. O aumento da liquidez e os juros
   brasileiros atraíram investidores que buscam retorno nos juros e no
   mercado de câmbio.

   A participação da moeda brasileira nas transações em mercados futuros
   e opções ampliou-se ao longo do ano, figurando nas primeiras posições
   com o maior número de transações no mercado global de derivativos.

                                                                      09
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   Cenário Internacional (continuação)
       A posição reflete a solidez da economia, o amadurecimento do mercado
       de capitais brasileiro e o posto de atratividade a capitais estrangeiros
       pelo elevado diferencial de taxa de juros no mercado internacional.




Fonte: Bloomberg
                                                                           10
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   Cenário Internacional (continuação)
       O Brasil está entre os maiores detentores de reservas internacionais do
       mundo. Contudo, em percentual do PIB ainda estamos em patamar baixo
       se comparado a outras economias. Devido à baixa relação reservas/PIB,
       ao dinamismo de nossa economia e ao elevado retorno financeiro
       proporcionado pelo diferencial de juros, o Brasil deverá elevar suas
       reservas sistematicamente nos próximos anos.




Fonte: Bloomberg
                                                                          11
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    Cenário Doméstico - PIB
       No primeiro semestre de 2010, o País cresceu 8,9% com destaque para
       agricultura, indústria (em torno de 14%) e principalmente pelo forte
       desempenho de cerca de 26% dos investimentos (FBCF). O aumento da
       taxa da agropecuária é justificado principalmente pelo aumento da
       produtividade e pelo desempenho de produtos da lavoura como soja,
       café, milho e algodão. O investimento, componente mais afetado pela
       crise financeira, encontra-se em sólida recuperação, enquanto o
       consumo das famílias desacelera em virtude do fim dos incentivos fiscais
       da linha branca e dos automóveis.




Fonte: IBGE
                                                                           12
Business Plan                             Panorama Macroeconômico

   Cenário Doméstico - PIB ( continuação)
       O PIB per capita cresceu 17,8%, a preços de 2009, passando de R$
       13.931 em 2003 para R$ 16.414 em 2009. O forte crescimento
       econômico, a valorização do real e as perspectivas positivas de
       investimento e desenvolvimento do País mantêm a trajetória
       ascendente, podendo chegar a US$ 10.000,00 em 2011. Ao comparar a
       evolução do indicador do Brasil com o dos EUA, o ritmo de expansão
       econômica brasileira cresceu ao longo dos anos em termos per capita e
       ultrapassa o da economia norte-americana a partir de 2009, com base
       nas estimativas do FMI.




Fonte: Bloomberg
                                                                        13
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   Cenário Doméstico - PIB ( continuação)
       O BNDES, a PETROBRAS e o PAC são os principais responsáveis por
       grande parte da retomada dos investimentos em 2010. Para os próximos
       anos, com a Copa do Mundo 2014 , Olimpíadas-Rio 2016 e o PAC 2, o
       Governo prepara uma série de medidas com o intuito de criar condições
       para a ampliação do financiamento a longo prazo pelo setor privado. Ao
       final de 2010, espera que investimento fique em 19,1 % do PIB.




Fonte: IPEA
                                                                         14
Business Plan                          Panorama Macroeconômico

  Cenário Doméstico - PIB ( continuação)
   As perspectivas para os próximos meses são mais otimistas. Segundo
   pesquisa da FGV das 1.195 empresas consultadas, 49,3% prevêem
   aumento da produção para os próximos períodos. Um dos setores mais
   beneficiados recentemente foi o de fabricação de veículos automotores e
   de máquinas e equipamentos, principalmente de caminhões que foi um
   dos principais motores do avanço da recuperação da produção industrial
   em 2010.

   A produção de bens de capital elevou-se de 1,4% na comparação com
   julho de 2010 e alta de 28% ante agosto do ano passado. Este aumento
   foi influenciado, principalmente, pelos bens de capital para construção
   (103,8%), e bens agrícolas (48,3%). Destaca-se que todos os segmentos
   tiveram variação positiva no período.

   O licenciamento de veículos automotores voltou a se expandir mesmo
   após o fim do período de desoneração do IPI. O crescimento em agosto
   de 2010 foi de 3,5% em relação a julho do mesmo ano e de 21,2% em
   relação a agosto do ano passado. Com esse desempenho, o Brasil já é o
   4º mercado automotivo do mundo.


                                                                      15
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  Cenário Doméstico - PIB ( continuação)
   O nível de confiança do consumidor atingiu patamar recorde em 2010,
   impulsionado pela expansão do emprego, da renda e pelo dinamismo do
   mercado de crédito para pessoas físicas. Dentre os principais fatores que
   explicam o resultado do ano estão o aumento na geração de empregos, a
   elevação da renda e a oferta de crédito. No ano, o crescimento das
   vendas no varejo ficou em torno de 10%.




                                                                        16
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   Cenário Doméstico - Mercado consumidor
       Desde 2002, cerca de 25 milhões de brasileiros deslocaram-se para o
       meio da pirâmide social. Em 2010, a classe C já respondia por cerca de
       103 milhões de brasileiros e continuará a expandir-se nos próximos anos.
       Para o período compreendido entre os anos de 2008 e 2010, a estimativa
       é de que o percentual da população na classe C cresça 21,5%.




Fonte: FGV / IBGE
                                                                           17
Business Plan                              Panorama Macroeconômico

   Cenário Doméstico - Mercado consumidor (continuação)
       O índice de Gini, utilizado para medir a desigualdade de renda, caiu
       progressivamente nos últimos anos. A explicação é tanto pela redução da
       desigualdade nas rendas do trabalho, como também pela política de
       fortalecimento do salário-mínimo e dos programas de transferência de
       renda. Os dados mais recentes da PNAD de 2009, por exemplo, indicam
       que as aposentadorias vinculadas ao salário-mínimo e as transferências
       focalizadas (como os benefícios de prestação continuada), pagos pelo
       Governo Federal, contribuem positivamente para reduzir o Gini.




Fonte: IPEA
                                                                          18
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    Cenário Doméstico - Mercado consumidor (continuação)
        Mesmo em ano de crise, os dados da PNAD de 2009 indicam que houve
        continuidade na trajetória de redução da pobreza no Brasil. Segundo os
        cálculos da FGV, a classe pobre declinou para 15,3% da população total.
        A retomada do crescimento econômico contribui para a forte geração de
        novos postos de trabalho. Neste ano, as estimativas do Ministério da
        Fazenda apontam para geração de mais de 2 milhões de novos
        empregos. O total de empregos gerados no período 2003 à 2010
        alcançou, aproximadamente, 15 milhões.




Fonte: Ministério do Trabalho
                                                                           19
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   Cenário Doméstico - Mercado consumidor (continuação)
       A queda do número de desempregados no Brasil é reflexo do dinamismo
       atual da atividade econômica e a melhoria na qualidade do emprego. Em
       agosto deste ano, comparado ao mesmo mês do ano anterior, os postos
       com carteira assinada cresceram 7,2%, acima do aumento de 3,2% da
       população ocupada, resultando no recuo do desemprego para 6,7%. No
       mês de setembro, novo recorde histórico com a taxa ficando em 6,2% o
       menor índice desde que a série foi construída, março de 2002.




Fonte: IBGE
                                                                        20
Business Plan                           Panorama Macroeconômico

  Cenário Doméstico - Inflação
   Com o fim dos estímulos fiscais e monetários, das chuvas e de ajustes
   sazonais em educação, saúde e transporte público, o IPCA volta à
   trajetória compatível com o atual nível de crescimento da economia. Em
   2010, a inflação medida pelo IPCA ficou em 5,9%. Após a alta no começo
   deste ano, a inflação recuou de maneira significativa de junho a agosto
   de 2010. Em setembro de 2010, a variação do IPCA voltou a acelerar
   0,45%. A maior volatilidade da inflação neste ano foi causada
   essencialmente pelo comportamento dos preços dos alimentos e
   commodities em geral, como o minério de ferro.

   A crise agrícola na Rússia e o aumento da liquidez internacional elevaram
   os preços dos alimentos a partir de setembro. O aumento em alimentos
   no domicílio tem comportamento sazonal (commodities e entressafra) e
   não reflete pressões de demanda. A variação em Alimentos fora do
   domicílio reflete o crescimento da massa salarial.

   Após 3 meses de contribuição negativa, o comportamento dos alimentos
   voltou a pressionar a inflação em setembro de 2010. Contudo, os outros
   itens continuam a apresentar comportamento sustentável com o ritmo
   de crescimento da economia sem pressões de demanda.

                                                                        21
Business Plan                               Panorama Macroeconômico

   Cenário Doméstico - Inflação (continuação)
       O índice spot CRB (Commodity Research Bureau) é um dos indicadores
       de referência global para o mercado de commodities, construído a partir
       de seis sub-índices, quais sejam: CRB Metais, CRB Têxteis, CRB Matérias-
       Primas Industriais, CRB Produtos Alimentícios, CRB Gorduras e Óleos e
       CRB Animais Vivos. O aumento da liquidez internacional e poucas
       alternativas de aplicações elevaram os preços das principais
       commodities, sendo que no mês de setembro o índice atingiu valor
       superior ao ocorrido em 2008. Entretanto, o impacto atual no Brasil tem
       sido menor devido à valorização do real.




Fonte: Bloomberg
                                                                           22
Business Plan                               Panorama Macroeconômico

   Cenário Doméstico - Inflação (continuação)
       O índice geral de preços também voltou a acelerar recentemente
       influenciado pelos preços dos alimentos, commodities e insumos básicos,
       tanto no atacado quanto para os consumidores. O IGP-M desagregado
       pelo seus componentes (Índice de Preços no Atacado - IPA, Índice
       Nacional da Construção Civil - INCC e Índice de Preços ao Consumidor -
       IPC ) apresentou maior pressão no IPA. Após elevá-lo no início do ano,
       minério de ferro e alimentos processados voltam a pressionar o índice no
       segundo semestre.




Fonte: BACEN
                                                                           23
Business Plan                               Panorama Macroeconômico

    Cenário Doméstico - Juros
        O ciclo atual de alta nas taxas básicas de juros foi interrompido com a
        taxa Selic no patamar atual de 10,75% a.a.. Com a queda recente nas
        taxas futuras, a taxa real de juros voltou a ficar abaixo de 6% a.a.. A
        sistemática redução no patamar da taxa Selic nos últimos anos, bem
        como o crescimento mais forte da economia são os principais fatores a
        explicar a perspectiva de queda no peso dos juros pagos pelo Governo.
        Contudo, vale destacar que parcela das despesas com juros
        correspondem ao juros pagos pelo aumento das reservas internacionais.




Fonte: Ministério da Fazenda
                                                                           24
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   Cenário Doméstico - Juros (continuação)
       Em 2010, o equacionamento da questão fiscal nos países europeus, o
       dinamismo do mercado interno brasileiro e a sinalização de
       afrouxamento monetário pelo Banco Central americano (FED)
       possibilitaram maior captação no mercado externo pelos agentes
       econômicos brasileiros. Destaca-se o aumento nas captações por parte
       dos bancos (emissão externa de euro bonds) e das empresas brasileiras.




Fonte: Bond Radar
                                                                         25
Business Plan                                Panorama Macroeconômico

   Cenário Doméstico - Juros (continuação)
       O crédito total disponibilizado pelo sistema financeiro no Brasil registrou
       em agosto crescimento de 2,2% em relação ao mês anterior, totalizando
       R$ 1,582 trilhão, volume equivalente a 46,2% do PIB. Considerando-se a
       expectativa de aumento médio de 20% nos desembolsos, o estoque de
       crédito foi elevado ao patamar de, aproximadamente, 48% ao final de
       2010.




Fonte: BACEN
                                                                              26
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   Cenário Doméstico - Juros (continuação)
       Em agosto, a carteira de crédito direcionado alcançou R$ 541,2 bilhões,
       com expansão de 3,3% sobre o mês imediatamente anterior e de 29,6%
       ante agosto de 2009, impulsionada por financiamento para
       investimentos via BNDES e empréstimos para habitação. O crédito
       segmento livre alcançou R$ 1,041 trilhão, com crescimento de 1,7% e
       14,5% nos mesmos períodos considerados.




Fonte: BACEN
                                                                          27
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   Cenário Doméstico - Juros (continuação)
       O crédito consignado lidera a expansão de empréstimos para famílias sob
       o cenário de crescimento de renda e emprego na economia e em um
       momento de declínio de inadimplência para as pessoas físicas, que são
       tomadores com perfil de risco mais baixo. Este fator permite também
       que ocorra a queda nas taxas de juros.




Fonte: BACEN
                                                                          28
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   Cenário Doméstico - Juros (continuação)
       Os bancos públicos continuaram na dianteira em disponibilização do
       crédito desde o período crítico da crise, apesar da retração verificada no
       último mês. De setembro de 2008 a agosto de 2010, o saldo das
       operações de crédito desses bancos cresceu 69,4%, acima dos bancos
       privados de capital nacional (24,1%) e dos estrangeiros (13,5%). A
       participação dos bancos públicos no saldo total atingiu 42,2%, ante
       40,2% dos privados de capital nacional e 17,6% dos estrangeiros.




Fonte: BACEN
                                                                             29
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   Cenário Doméstico - Juros (continuação)
       Nas operações para pessoas físicas, os spreads recuaram para os
       menores níveis da série histórica. Outro indicador importante nas
       operações é a manutenção da trajetória de queda na taxa de
       inadimplência, o que indica que o processo de endividamento das
       famílias é sustentável, tanto pelas condições favoráveis no mercado de
       trabalho, quando pela melhor composição do endividamento.




Fonte: BACEN
                                                                         30
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   Cenário Doméstico - Juros (continuação)
       Com relação ao spread bancário para o segmento corporativo, verifica-se
       ligeira alta de 2% nas operações para pessoas jurídicas. A taxa de
       inadimplência nas operações para pessoas jurídicas, por sua vez,
       permanece em patamar reduzido.




Fonte: BACEN
                                                                          31
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  Cenário Doméstico - Política Fiscal
   O compromisso com o equilíbrio fiscal do Governo brasileiro se mantém
   ao longo de 2010, com expansão das receitas e desaceleração das
   despesas.

   O resultado fiscal forte permite reduzir o déficit nominal e a dívida
   pública mantendo a inflação sob controle. O déficit nominal zero será
   realidade a partir de 2014, considerando o nível atual de superávit
   primário (3,3% do PIB) e o constante compromisso com o crescimento
   sustentável do País. Os benefícios diretos dessa melhoria da situação
   fiscal surgem na redução das taxas de juros e na menor necessidade de
   financiamento do setor público.

   O resultado primário do Governo Central de R$ 29,7 bilhões (1,3% do
   PIB) demonstra o contínuo compromisso com sólidos indicadores fiscais.
   Sem risco inflacionário relevante, a tendência do superávit primário foi
   conseqüência do crescimento nominal nas receitas, provocado pela
   recuperação dos principais indicadores macroeconômicos que
   influenciam a arrecadação de tributos, como a produção industrial, o
   volume geral de vendas e a massa salarial.


                                                                       32
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    Cenário Doméstico - Política Fiscal (continuação)




Fonte: Ministério da Fazenda
                                                           33
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    Cenário Doméstico - Política Fiscal (continuação)
        A combinação de mais crescimento, formalização do mercado de
        trabalho e permanente disciplina fiscal em todos os níveis de Governo
        garantem a melhoria das finanças públicas.




Fonte: Ministério da Fazenda
                                                                         34
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    Cenário Doméstico - Política Fiscal (continuação)
        As despesas de pessoal vêm sendo mantidas à média de 4,52% a.a.
        desde 1995. Apesar do aumento do número de servidores, ampliando a
        capacidade de atuação da máquina pública, e da recomposição salarial,
        as despesas de pessoal se mantêm abaixo de 5% do PIB. Para 2010,
        estimou-se que o percentual chegasse a 4,66%.




Fonte: Ministério da Fazenda
                                                                         35
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   Cenário Doméstico - Política Fiscal (continuação)
       Perspectiva positiva de crescimento e queda significativa de taxas de
       juros são os principais fatores para a queda da relação dívida-PIB nos
       últimos anos. O gráfico abaixo apresenta a evolução da dívida desde
       1984 e as projeções até 2014, considerando a hipótese de 3,3% de
       superávit primário e taxas de juros em linha com as atuais expectativas
       de mercado.




Fonte: BACEN
                                                                          36
D e lo itte
                       ÍNDICE

                     Introdução
              Panorama Macroeconômico
                    Análise Setorial

              Breve Descrição do Negócio
                Premissas e Projeções
                  Taxa de Desconto
               Análise de Sensibilidade
                Resultados do Estudo
                       Parecer
                        Anexos


                                           37
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  Transporte aéreo no Mundo
   O desenvolvimento do modal aéreo é correlacionado a maior
   necessidade de agilidade no transporte de passageiros e de cargas frente
   ao crescimento da economia global. Parte considerável desse movimento
   deve-se a evolução da tecnologia e do comércio (o e-commerce, por
   exemplo, possibilitou a aquisição de produtos em diferentes localidades
   sem a necessidade de sair de sua residência. Isso, por sua vez, demandou
   uma nova logística de entrega a qual, muita vezes, envolve o transporte
   aéreo).

   Ponto nevrálgico para a integração regional e internacional, a aviação é
   instrumento importante na estratégia comercial entre os países de tal
   modo que, em determinadas nações, o Estado é responsável pelo
   controle desse tipo de serviço. Ao contrário dos modais rodoviário e
   ferroviário, o aéreo não depende do relevo geográfico e possui maior
   flexibilidade logística para a sua instalação. No setor de transporte aéreo,
   a atividade a ser considerada é a prestação de serviço, sendo que o
   processo tem início com a venda da passagem ou aceitação de uma carga
   até o desembarque do passageiro no destino ou entrega da carga no
   destinatário.


                                                                           38
Business Plan                                           Análise Setorial

  Transporte aéreo no Mundo (continuação)
   Em termos de rentabilidade, o setor apresenta-se vulnerável, pois as
   empresas necessitam de altos aportes de capital, possuem pequenas
   margens de rentabilidade e a Infra-estrutura necessária requer
   investimentos constantes que, muitas vezes, ficam sobre a
   responsabilidade do governo – esse, por sua vez, possui outras
   demandas mais urgentes as quais podem interferir nos interesses do
   setor.

   O mercado de transporte aéreo é sujeito a flutuações cíclicas que, de
   maneira geral, refletem a evolução da economia como um todo, uma vez
   que a demanda por serviços de transporte aéreo tende a se contrair nas
   fases de declínio da atividade econômica. Eventos particulares tais como:
   a invasão do Kuwait em 1990 e os atentados de setembro de 2001,
   também, afetaram o comportamento da demanda.

   Assim, o setor, em nível mundial, experimentou perdas nos períodos
   1980-1983, 1990-1994 e 2001-02. No biênio 2008-09, o setor também
   apresentou dificuldades devido as conseqüências negativas causadas
   pela crise financeira.


                                                                        39
Business Plan                                            Análise Setorial

   Transporte aéreo no Mundo (continuação)
       Em 2001 e 2002, quando registrou prejuízos de US$ 13 bilhões e US$
       11,3 bilhões, respectivamente, as companhias aéreas adotaram novos
       planejamentos de gestão envolvendo cortes operacionais e
       reestruturação dos recursos humanos. Nota-se que uma das estratégias
       adotadas no mercado envolveu o movimento de Fusão e Aquisição cujo
       intuito visava o maior fortalecimento das empresas compreendidas
       frente a acirrada concorrência mundial.




Fonte: ANAC
                                                                        40
Business Plan                                          Análise Setorial

  Transporte aéreo no Mundo (continuação)
   Na história recente do setor, pode-se citar como exemplo a fusão da
   United Airlines com a Continental e da British Airways com a Ibéria. Em
   âmbito regional, a Lam e a Tam também anunciaram a fusão dos seus
   serviços. Assim, além das empresas poderem usufruir de sinergia, de
   economias de escopo e de escala, a formação de grande conglomerados
   aéreos favorece o maior de poder de barganha – tanto na negociação de
   novos financiamentos para leasing de aeronaves quanto para a redução
   de tarifas aéreas.

   Outro modelo de negócio em destaque são as operadoras de baixo custo
   (low-cost carriers) – essas, por sua vez, são mais intrínsecas as novas
   companhias entrantes.

   Empresas como Southwest Airlines, Jet Blue, Easy Jet, dentre outras ,
   embora estejam expostas as mesmas estruturas de impostos, focam no
   oferecimento de passagens aéreas mais baratas por meio da redução de
   custos como, por exemplo, a exclusão de serviços complementares, mas
   não necessários (lanches, refeições, etc).



                                                                      41
Business Plan                                              Análise Setorial

   Transporte aéreo no Mundo (continuação)
       Desta forma, o ciclo de crescimento global visualizado a partir de 2003
       fez com que o mercado da aviação civil se expandisse angariando novos
       consumidores – aqueles que nunca tinham utilizado do serviço – e
       descentralizando as oportunidades de negócios das companhias, dando
       relevância crescente a regiões como América Latina, Oriente Médio, Ásia
       e África.

       Paralelamente, novos players ingressaram no mercado, via de regra
       respeitando o conceito low price, equipados de aeronaves modernas
       (mais econômicas) e sem apresentar passivos trabalhistas elevados,
       ponto relevante para companhias tradicionais.




Fonte: NYSE
                                                                          42
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  Transporte aéreo no Mundo (continuação)
   As low price representaram uma grande mudança no setor, pois o serviço
   de transporte aéreo sempre foi considerado elitista, visto os altos custos
   incididos sobre a atividade que eram traduzidos em altas tarifas.

   Isso dificultava a sua utilização pelas classes de rendas mais baixas. De
   certa forma, o modal ainda é dependente do crescimento econômico e
   da prosperidade dos países, dado que quanto mais renda disponível,
   maior é o número de passageiros que utilizam o serviço, bem como o
   volume de carga transportada.

   O serviço aéreo carregava consigo as características de um bem de luxo,
   dispensável a medida que o rendimento da população se retraísse, seu
   nível de endividamento se elevasse ou então na expectativa de
   dificuldades financeiras no futuro. Contudo, como ressaltado nos
   parágrafos anteriores, as mudança no mercado e nos serviços de
   transporte aéreo tendem a modificar essa antiga concepção. Fato que
   pode beneficiar o setor e torná-lo menos vulnerável.




                                                                         43
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  Transporte aéreo no Brasil
   O mercado de transporte aéreo no Brasil foi objeto de ampla e rígida
   regulação até o final da década de 1980. O início da década seguinte
   assistiu, no entanto, a um progressivo processo de flexibilização do
   marco regulatório então vigente, no qual se destacam: a) a revisão de
   normas associadas aos conceitos de linhas domésticas nacionais,
   regionais e especiais, que arrefeciam a competição em rotas específicas,
   e a eliminação de disposições normativas que criavam barreiras à
   entrada de novos concorrentes no setor; b) liberação das tarifas, muito
   tímida no início da década, mas gradual a partir de 1998, com a completa
   eliminação de qualquer controle em 2001.

   Três movimentos caracterizam a estrutura do setor desde então: a
   entrada de novas empresas em rotas regulares, a redução da
   participação de mercado de algumas empresas tradicionais e a
   racionalização das operações das empresas com base na rentabilidade
   das rotas. Em setembro de 2005, depois de seis anos de tramitação no
   Congresso, o projeto que previa a substituição do DAC (Departamento de
   Aviação Civil, subordinado ao Comando da Aeronáutica) pela ANAC
   (Agência Nacional de Aviação Civil) foi sancionado.


                                                                       44
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  Transporte aéreo no Brasil (continuação)
   Assim foi mantido o princípio da livre concorrência, dando liberdade para
   que as companhias aéreas fixassem suas próprias tarifas, mas tirou da
   ANAC o poder de interferir no caso de reajustes ou promoções
   consideradas prejudiciais à concorrência, cabendo ao CADE julgar
   condutas anti-competitivas.

   A Agência passou a ter o papel de regular e fiscalizar as atividades de
   aviação civil e de infra-estrutura aeronáutica e aeroportuária, e está
   vinculada ao Ministério da Defesa que, juntamente com outros
   ministérios, é responsável por formular as políticas para o setor. Com
   sede em Brasília, a ANAC previa, entre outras coisas, a desmilitarização
   gradual da aviação comercial, o que proporcionaria nova dinâmica.

   No entanto, a nova ótica de mercado inserida na aviação civil acarretou
   em efeitos colaterais significativos. As companhias, em busca das rotas
   mais rentáveis, desvencilharam-se da obrigatoriedade de atenderem,
   com vôos regulares, rotas consideradas pouco lucrativas, concentrando
   suas atividades naquelas onde as receitas potenciais eram maiores. No
   período de 1998-2007 o número de aeroportos com vôos regulares
   recuou de 176 para 133, uma queda de 24,4%.

                                                                        45
Business Plan                                          Análise Setorial

  Transporte aéreo no Brasil (continuação)
   Como resultado, o sistema conviveu com um processo de fragilização,
   devido ao agressivo processo de concentração. Com mais 73% do total
   de passageiros e cargas utilizando, apenas, os 15 principais aeroportos
   brasileiros, a realidade da infra-estrutura operacional do sistema
   começou a conviver com gargalos e, ao mesmo tempo, com capacidade
   ociosa em muitos aeroportos. Fato esse que prejudicou a integração
   regional por meio da modal.

   O crescente movimento de aeronaves resultou aos operadores de vôos
   uma carga de trabalho desaconselhável para a profissão, convivendo,
   também, com equipamentos desatualizados para o controle do sistema.
   A baixa remuneração destes profissionais contribuiu para que as tensões
   aumentassem a ponto de ser necessário, apenas, um fato marcante para
   que as mazelas do sistema viessem todas à tona.

   Após o acidente com o vôo 1907 da Gol, a sociedade começou a ser
   apresentada aos problemas do sistema, visto que os operadores de vôo
   se mobilizaram para não serem responsáveis, exclusivamente, pela
   fatalidade, adiando um debate a fundo sobre a realidade do sistema
   aéreo.

                                                                      46
Business Plan                                           Análise Setorial

  Transporte aéreo no Brasil (continuação)
   Em se tratando da concorrência no mercado, no período 2009 para 2010,
   nota-se uma intensificação nas parcerias entre companhias aéreas
   nacionais e internacionais para atender, principalmente, destinos não
   contemplados pelas grandes empresas. Como exemplo, a parceria entre
   a GOL e a NOAR – esta última atenderá rotas no nordeste não atendidas
   pela Gol que, por sua vez, vai comercializar as passagens da NOAR.

   Outra tendência em voga no mercado global e nacional é o movimento
   de Fusão e Aquisição; a fusão da TAM com a LAM criou a maior empresa
   aérea da América Latina. A tendência é que empresas como a Gol
   caminhem para a mesma direção no intuito de não perder mercado.

   Vale destacar a inserção de empresas como Webjet, Azul e Trip. Essas são
   focadas no conceito low price. Segundo dados da ANAC, no acumulado
   jan-out/2010, nota-se que elas obtiveram participação no market-share
   de 5,9%, 5,7% e 2,2%, respectivamente. Isso significa algo em torno de
   14% do mercado. Em 2009, a participação total dessas empresas era de
   cerca de 9%.



                                                                       47
Business Plan                                            Análise Setorial

   Transporte aéreo no Brasil - Market-Share
       Se num primeiro momento a idéia que surge é a de perda de mercado
       por parte da TAM e da GOL, percebe-se que no período em questão
       ocorreu um aumento da demanda de 25% - essa, por sua vez, explicada,
       em partes, pela maior inserção da classe emergente na demanda. Ou
       seja, o crescimento da economia brasileira em conjunto com a elevação
       do poder de consumo configuram o atual momento positivo do setor.




Fonte: ANAC
                                                                        48
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   Transporte aéreo no Brasil - Demanda
       O transporte de passageiros constitui o principal filão para as
       companhias aéreas. Após o plano de estabilização de 1994, juntamente
       com o processo de liberalização ocorrido ao longo da década de 1990, o
       setor cresceu significativamente, apesar de ainda representar parcela
       pequena na matriz de transporte.




Fonte: ANAC
                                                                         49
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   Transporte aéreo no Brasil - Demanda (continuação)
       A demanda por passagens acompanha de perto o ritmo da atividade
       econômica: em épocas de expansão da economia, aumenta-se o fluxo de
       turismo e também o número das viagens de negócios, ocorrendo o
       contrário em épocas de retração.

       Essa alta, recente, no fluxo, é devido ao aumento do poder de consumo
       da população brasileira aliada a maior inserção das classes emergentes
       no mercado aéreo. O preço das passagens, também, foi outro fator que
       incentivou esse crescimento.




Fonte: ANAC
                                                                         50
Business Plan                                        Análise Setorial

  Transporte aéreo no Brasil - Demanda (continuação)
   No Brasil, após um período de expansão, o número de passageiros/km
   transportados, apresentou queda em 2003 em função dos revezes
   econômicos.

   Nos anos de 2001 e 2002, quando a economia também havia mostrado
   um fraco desempenho, os indicadores de demanda apresentaram
   elevação, em função da entrada da empresa Gol no mercado, que forçou
   os preços dos bilhetes para baixo (através da guerra de tarifas).

   A demanda é sazonal: enquanto que as viagens de negócios concentram-
   se no período de março a novembro, há aumento da demanda dos
   turistas por vôos entre dezembro e fevereiro, e em moderada
   intensidade, o mês de julho, época de férias no Brasil.




                                                                    51
Business Plan                                               Análise Setorial

   Transporte aéreo no Brasil - Demanda (continuação)
       Para as companhias, as viagens de negócios são as mais rentáveis, já que
       a maior parte desses passageiros é composta por executivos de meia-
       idade e alto poder aquisitivo, que viajam de primeira classe e compram
       os bilhetes de última hora, os quais, em geral custam bem mais do que a
       tarifa econômica.




Fonte: ANAC
                                                                           52
Business Plan                                            Análise Setorial

   Transporte aéreo no Brasil - Demanda (continuação)
       De fato, os bilhetes comprados em viagens de negócios correspondem a
       cerca de 80% da receita do setor. Assim, o preço não é um fator
       determinante na demanda desse nicho de mercado, sendo que os três
       elementos mais importantes na escolha da empresa aérea são: a
       existência de vôos diretos, os horários do vôos e o número de
       freqüências. O fator preço aparece, na maioria dos casos, em quarto
       lugar.




Fonte: ANAC
                                                                        53
Business Plan                                               Análise Setorial

   Transporte aéreo no Brasil - Demanda (continuação)
       Já os passageiros turistas consideram o preço da passagem antes de
       fazerem sua escolha. As viagens de turismo estão sujeitas à sazonalidade,
       além das condições de preço e parcelamento das passagens. Os
       passageiros internacionais têm perfil de consumo de bens de alto valor
       agregado, o que explica o sucesso dos free-shops nos aeroportos
       internacionais. O turismo caracteriza-se como a principal atividade
       geradora de movimentação internacional.




Fonte: ANAC
                                                                            54
Business Plan                                              Análise Setorial

   Transporte aéreo no Brasil - Oferta
       A oferta de assentos é feita por companhias nacionais e estrangeiras
       sendo que, apenas as empresas brasileiras podem oferecer vôos para o
       mercado doméstico de aviação. O mercado de transporte aéreo
       internacional é sujeito ao sistema de acordos bilaterais, enquanto que o
       mercado doméstico é relativamente desregulamentado. O Brasil tem
       acordos bilaterais com 64 países, especificando direitos de tráfego,
       determinação de capacidade, rotas e tarifas.




Fonte: ANAC
                                                                           55
Business Plan                                            Análise Setorial

  Transporte aéreo no Brasil - Oferta (continuação)
   Apesar de ser livre a entrada de novos concorrentes no mercado
   doméstico, o setor de aviação civil tende a concentração de práticas anti-
   competitivas, como a reserva de mercado para empresas domésticas e a
   restrição ao capital estrangeiro, que impõem o limite de 20% na
   participação de uma companhia atuante no Brasil. Contudo, este cenário
   pode ser modificado.

   Em 2010 estava em processo de análise no Senado o PL 6961/09 que
   altera as regras do setor. Ela aumentaria de 20% para 49% o limite de
   participação do capital estrangeiro em empresas aéreas nacionais. Isso
   possibilitaria a atração de novos investimentos estrangeiros.




                                                                         56
Business Plan                                          Análise Setorial

  Transporte aéreo no Brasil - Custos
   Os principais custos das companhias aéreas são o combustível, pessoal
   empregado, publicidade e propaganda, arrendamento de aviões, tarifas
   de pouso/decolagem, prestações de serviços, manutenção, depreciação
   e outros com menor representatividade. No Brasil, o grande problema
   enfrentado pelas companhias em vôos internacionais é a falta de
   competitividade frente às companhias estrangeiras, que possuem custos
   menores dos que os observados no Brasil.

   O fato de cerca de 40% dos custos serem atrelados ao Dólar é o que mais
   deixa instável a atividade no país. Uma eventual desvalorização do R$
   frente ao Dólar pode afetar a estrutura de custos das empresas de forma
   significativa, levando a grandes perdas e encolhimento das margens.

   O leasing com aviões é extremamente caro e as peças de reposição, além
   de cotadas em Dólar, sofrem taxações ao ingressarem no país. O custo de
   aquisição de aviões pelas companhias brasileiras é 10% maior que a
   média internacional. Enquanto o preço de um Boeing 737 é cerca de US$
   32 milhões para o Brasil, o preço aproximado para grandes encomendas
   nos EUA é de US$ 27 milhões. Além disso, os seguros pagos no Brasil são
   mais altos do que em outros países.

                                                                      57
Business Plan                                           Análise Setorial

  Transporte aéreo no Brasil - Tarifa
   No Brasil, as tarifas de vôos nacionais seguem o regime de tarifas
   liberadas, dando liberdade total para as empresas se adequarem à lei de
   mercado (demanda e oferta). Normalmente, os níveis tarifários são
   estabelecidos pela tributação, pelo custo operacional e pela
   remuneração dos acionistas da empresa. Neste ponto, o chamado “Custo
   Brasil” acarreta uma carga tributária de 35% do valor da passagem aérea,
   quando na Europa esta parcela é de 16% e nos EUA, 15%.

   Como uma atividade de capital intensivo, o transporte apresenta alto
   percentual de custos fixos (serviços de bordo, combustível e manutenção
   de aviões). No exterior, existe um padrão tarifário convencionado pela
   IATA, sujeito à aprovação dos governos dos países envolvidos. Entretanto,
   com o acirramento da concorrência das mega empresas norte-
   americanas e européias em busca de novas posições no mercado
   mundial, aplica-se a competição predatória, o que tem levado as
   empresas a entrarem em processos de fusões e aquisições.




                                                                        58
Business Plan                                           Análise Setorial

  Transporte aéreo no Brasil - Tarifa (continuação)
   A discussão ganhou maior espaço no Brasil a partir de 2007, com o início
   do planejamento de liberação do piso tarifário – os bilhetes comprados
   no País deveriam respeitar valores mínimos, para garantir isonomia entre
   companhias estrangeiras e domésticas no segmento internacional, que
   historicamente, encontravam-se sempre acima do que poderia ser
   aplicado num ambiente de livre concorrência.

   No entanto, o assunto encerrou 2008 sem solução, com a ANAC (Agência
   Nacional de Aviação Civil) mostrando-se favorável à queda do piso,
   enquanto que as companhias nacionais exigiram maiores negociações.

   As empresas brasileiras argumentavam que os custos aplicados à
   atividade originada no país arcam com tributação elevada, além do
   mercado interno não ser suficiente para dar força financeira ante o
   aumento súbito da concorrência. De fato, as companhias internacionais
   são muito maiores do que suas concorrentes domésticas e seu mercado
   interno é cativo e maduro.




                                                                       59
Business Plan                                              Análise Setorial

   Transporte aéreo no Brasil - Aeroportos
       A Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) é uma
       empresa pública, subordinada diretamente ao Ministério da Defesa, que
       administra 67 aeroportos, 69 grupamentos de navegação aérea, 51
       unidades técnicas de aeronavegação e 34 terminais de logística de
       cargas. Com sede em Brasília, está estruturada em sete
       Superintendências Regionais estabelecidas nos aeroportos internacionais
       de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Porto Alegre, Recife, Belém e
       Manaus. Está presente em todos os Estados da Federação e conta com
       cerca de 28.000 profissionais, entre servidores e terceirizados.




Fonte: INFRAERO
                                                                          60
Business Plan                                         Análise Setorial

  Transporte aéreo no Brasil - Aeroportos (continuação)
   Os aeroportos da Infraero concentram 97% do movimento do transporte
   aéreo regular no Brasil, representando 2,2 milhões de pousos e
   decolagens de aeronaves nacionais e estrangeiras, em 2009,
   transportando cerca de 113 milhões de passageiros.

   A Instituição obtém seus recursos financeiros mediante a cobrança de
   tarifas de usuários do transporte aéreo, as quais estão assim
   constituídas: tarifa de embarque de passageiro, de pouso e permanência
   de aeronaves nos aeroportos, de armazenagem e capatazia de carga
   aérea e de utilização dos auxílios à navegação.

   Completam a arrecadação as receitas comerciais, oriundas do
   arrendamento de instalações ou equipamentos, aluguel de áreas e
   espaços, e as concessões de serviços aos empresários privados.

   A empresa também conta com os recursos provenientes do Adicional de
   Tarifas Aeroportuárias (Ataero), que é uma taxação de 50% sobre as
   tarifas aeroportuárias e de navegação aérea, dos quais 41,5% são
   destinados para a estatal, além dos 20% para o Programa Federal de
   auxílio a Aeroportos (PROFAA) e 38,5% para a Aeronáutica.

                                                                     61
D e lo itte
                        ÍNDICE

                      Introdução
              Panorama Macroeconômico
                   Análise Setorial
               Breve Descrição do Negócio

                Premissas e Projeções
                  Taxa de Desconto
               Análise de Sensibilidade
                Resultados do Estudo
                        Parecer
                        Anexos


                                            62
Business Plan                                     Breve Descrição do Negócio

   Escola de Pilotos - Demanda
        Segundo um relatório publicado pela Boeing estima que a aviação
        mundial precisará de 466 mil pilotos para acomodar a forte demanda por
        aeronaves novas e de substituição nos próximos 20 anos. No Brasil, as
        companhias aéreas já sentem dificuldades em encontrar profissionais
        habilitados.

        Atualmente a demanda por pilotos nas companhias aéreas no Brasil
        cresce em média 20% ao ano. Isso significa que num horizonte de menos
        de 5 anos essa demanda irá dobra. A possível falta de bons pilotos no
        mercado é uma preocupação para governo, empresas e passageiros.
                              Crescimento da demanda (Base 100)
                                                                   207


                                                        173


                                            144

                                120

                      100



                     Ano 01    Ano 02      Ano 03      Ano 04     Ano 05



Fonte: Boeing
                                                                           63
Business Plan                         Breve Descrição do Negócio

  Escola de Pilotos - Localização
   Baseando-se nessas premissas de mercado foi identificada uma
   oportunidade de criar uma escola voltada para a formação profissional
   de Pilotos, como também de comissários de bordo e de todo staff que
   complementam essa estrutura. A decisão de implantar esse curso em
   Pernambuco foi para proporcionar a toda a região Norte-Nordeste a 1ª
   Escola de Pilotos da região, e sem dúvida para aproveitar as condições
   climáticas da região, como também o fato do crescimento econômico de
   PE e da infra-estrutura que está se estabelecendo no Estado.




                                                                     64
Business Plan                          Breve Descrição do Negócio

  Escola de Pilotos - Clima
   O Brasil possui regiões de excelentes térmicas para o vôo sem motor. Por
   exemplo, a cidade de Governador Valadares no Estado de Minas Gerais é
   considerada como uma Capital Mundial do Vôo Livre por apresentar
   térmicas entre as melhores do mundo. Ainda mais favoráveis são as
   condições na região NE, onde está o maior índice de evaporação.

   Térmicas são fenômenos de escoamento estruturados na forma de
   circulações produzidas por convecção térmica na camada limite
   atmosférica que estabelece condições favoráveis ao vôo de aeronaves.




                                                                       65
Business Plan                                       Breve Descrição do Negócio

  Escola de Pilotos - Etapas
   A Escola de Pilotos será localizada na região metropolitana do Recife e o
   campus e local de treinamento prático será localizado na região serrana
   do Estado. O curso se desenvolverá nas seguintes etapas:



                                                                     3º - Imersão no
                1º - Aulas                 2º - Aulas
                                                                      mercado de
                Teóricas                    Práticas
                                                                         trabalho


     O curso terá duração de    A partir do segundo ano     O curso contará com
     3 anos;                     o uso de simuladores         parcerias com várias
      Nos dois primeiros anos   será      uma      prática   companhias de aviação
     o aluno assistirá a uma     recorrente;                  ao redor do País, a fim de
     carga      horária     de   Todos os alunos irão sair   colocar      o       aluno
     360h/ano;                   do curso com o mínimo        diretamente no mercado,
     As       aulas     serão   de 40h/vôo;                  logo após a conclusão
     ministradas           por   Será       dado      um     dele.
     profissionais do setor e    acompanhamento        por
     serão     divididas   em    parte de Pilotos e co-
     módulos.                    pilotos experientes.




                                                                                           66
Business Plan                           Breve Descrição do Negócio

  Escola de Pilotos – Cursos
   Os cursos oferecidos, inicialmente, serão os seguintes:




                 Comissário de vôo         Teórico de Piloto comercial




                  Instrutor de vôo          Teórico de Piloto Privado




                Piloto de Linha Aérea



                                                                         67
Business Plan                          Breve Descrição do Negócio

  Escola de Pilotos – Curso de Piloto Comercial
   Capacita o aluno para obtenção da certificação de conhecimentos
   teóricos expendida pela Agência Nacional de Aviação Civil – ANAC. O
   curso de Piloto Comercial habilita o candidato a exercer função
   remunerada a bordo de aeronaves civis, públicas ou privada, mesmo em
   condições meteorológicas desfavoráveis.

  Escola de Pilotos – Parte Prática
   A parte prática do curso deverá ser efetuada em um aeroclube por conta
   do aluno e consiste de 150hs de vôo (mínimo). Após a conclusão da parte
   prática, o aluno será submetido a um exame prático (cheque) efetuado
   por um piloto qualificado pela ANAC. Se aprovado, o aluno-piloto
   receberá uma licença definitiva.

  Escola de Pilotos – Disciplina
   Conhecimentos técnicos de aeronaves;
   Meteorologia;
   Navegação aérea;
   Regulamentos de tráfego aéreo;
   Teoria de vôo e aerodinâmica.

                                                                      68
Business Plan                          Breve Descrição do Negócio

  Escola de Pilotos – Curso de Piloto Privado
   Prepara o aluno para prestar a prova de certificação de conhecimentos
   teóricos expedida pela Agência Nacional de Aviação Civil – ANAC. O curso
   de piloto privado habilita o aluno a pilotar aeronaves de pequeno porte,
   em condições meteorológicas favoráveis, sem fins comerciais.


  Escola de Pilotos – Parte Prática
   A parte prática do curso deverá ser efetuada em um aeroclube por conta
   do aluno e consiste de 35h de vôo (mínimo). Após a conclusão da parte
   prática, o aluno será submetido a um exame prático (cheque) efetuado
   por um piloto qualificado pela ANAC. Se aprovado, o aluno-piloto
   receberá uma licença definitiva.

  Escola de Pilotos – Disciplina
   Conhecimentos técnicos de aeronaves;
   Meteorologia;
   Navegação aérea;
   Regulamentos de tráfego aéreo;
   Teoria de vôo e aerodinâmica.

                                                                       69
Business Plan                           Breve Descrição do Negócio

  Escola de Pilotos – Curso de Piloto Linha aérea
   O curso de Piloto de Linha Aérea fornece subsídios teóricos para a prova
   e capacita o aluno para atuar como piloto em comando de aviões e
   helicópteros que prestam serviços de transporte aéreo.

  Escola de Pilotos – Pré-requisitos
   Licença de Piloto Comercial e Habilitação para vôo por instrumentos

  Escola de Pilotos – Disciplina
   PLA - Regulamento de Tráfego Aéreo; Regulamento da Aviação Civil e
   SIPAER; Teoria de Vôo; Peso e Balanceamento; Performance e
   Planejamento de Vôo.
   PLAH - Regulamento de Tráfego Aéreo; Regulamento de Aviação Civil e
   SIPAER; Meteorologia e Teoria de Vôo.




                                                                         70
Business Plan                           Breve Descrição do Negócio

  Escola de Pilotos – Curso de Instrutor de vôos
   O curso de Instrutor de Vôo - INVA habilita o piloto comercial a exercer a
   função de instrutor de vôo em entidades como aeroclubes ou escolas de
   aviação civil. Nossa escola ministra a parte teórica e concluído o curso o
   aluno prestará o exame da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil).
   Após sua aprovação, o piloto dará início a parte prática no aeroclube de
   sua escolha. Após o término desta fase o aluno estará apto a exercer a
   função nas instituições

  Escola de Pilotos – Disciplina
   Relações Interpessoais;
    Recursos Audiovisuais;
    Instrutor e a Comunicação;
    Fichas de Vôo;
    Briefing e Debriefing;
    Medicina Aeroespacial;
    Direitos Aeronáuticos;
    Segurança de Vôo;
    Sistema de Aviação Civil;
   Processo Ensino – Aprendizagem.

                                                                         71
Business Plan                           Breve Descrição do Negócio

  Escola de Pilotos – Curso de Comissário de Vôo
   É um curso técnico profissionalizante, com duração máxima de 06 meses,
   em que você terá aproximadamente 200 horas aulas divididas nas
   disciplinas:

    Maquiagem;
    Marketing pessoal;
    Relações Interpessoais;
    Etiqueta Profissional;
    Medicina Aeroespacial;
    Higiene e Primeiros Socorros;
    Conhecimentos Gerais de Aeronaves;
    Teoria de Vôo;
    Navegação;
    Meteorologia;
    Regulamentação da Profissão;
    Direito Trabalhista e Previdenciário,;
    Entre outras.




                                                                     72
Business Plan                           Breve Descrição do Negócio

  Escola de Pilotos - Custos
   Os formandos do curso sairão da faculdade, leia-se Escola de Pilotos,
   depois de três anos com diploma de bacharel, licença de piloto
   comercial, multimotor, vôo por instrumentos e credencial de piloto de
   companhia aérea. Serão 165 horas de simulador, entre 180 e 200 no
   aeroclube e mais 2,8 mil horas teóricas. Durante esse período, o gasto do
   aluno chegará a, aproximadamente, R$ 110 mil, somando-se as aulas
   teóricas e as horas de vôo.

  Escola de Pilotos – Bolsas de Estudo

   Visando viabilizar a formação de jovens profissionais a Escola de Pilotos
   formará um convênio com a ANAC para participar do programa de bolsas
   de estudo para os alunos dos cursos de Piloto Privado e Piloto comercial.
   As bolsas de estudo da ANAC compreendem um projeto de
   desenvolvimento e fomento da aviação civil que contribui para evitar
   uma eventual escassez de mão-de-obra especializada para a aviação
   comercial no Brasil especialmente devido ao crescimento do mercado e
   ao alto custo das horas voadas.



                                                                        73
Business Plan                          Breve Descrição do Negócio

  Escola de Pilotos – Bolsas de Estudo (continuação)
   O programa de bolsa de estudos da ANAC contempla 75% dos custos
   com os cursos que serão pagos pela agência. O projeto de bolsa de
   pilotos prevê a formação, até meados de 2015, de mais de 220 pilotos,
   sendo a maior parte desses comerciais.

  Escola de Pilotos – Empregabilidade
   Conforme publicação recente da Organização da Aviação Civil
   Internacional (OACI), nos próximos 20 anos haverá a adição de 25 mil
   novas aeronaves à atual frota mundial de 17 mil aviões. Até 2026, haverá
   demanda de mais 480 mil novos técnicos de manutenção, 350 mil novos
   pilotos de aeronaves e comissários de vôo.

   Essas estatísticas podem ser traduzidas como uma condição de emprego
   pleno para o setor, desse modo á factível afirmar que, provavelmente, a
   grande maioria dos alunos do curso sairão direto da Escola de Pilotos
   para o mercado de trabalho, com um salário médio de R$ 2,5 mil para
   pilotos privados, sendo que em, aproximadamente hum ano, muito
   provavelmente esses profissionais poderão ser aproveitados pelos
   grandes players do setor, onde a remuneração subirá para R$ 7,5 mil.

                                                                       74
Business Plan                              Breve Descrição do Negócio

  Escola de Pilotos – Análise 4 P’s

                                   PLACE



                               Situar-se-á na
                            Região NE devido ao
                              clima ser o mais
                             favorável no Brasil
      PROMOTION             para a prática de vôo.             PRICE



   Será divulgado na                                   Será celebrado um
      mídia (outdoor,                                     convênio com a
   jornais, rádio e TV)                                    ANAC a fim de
    local como o curso                                  promover bolsas de
   com o maior índice            PRODUCT                    estudos que
   de empregabilidade                                   custearão 75% dos
           do País                                            gastos.
                               Será referência
                              nacional, pois será
                               fruto da parceria
                             entre uma faculdade
                             renomada e a maior
                               empresa de vôos
                              comerciais do RS.




                                                                         75
D e lo itte
                       ÍNDICE

                     Introdução
              Panorama Macroeconômico
                   Análise Setorial
              Breve Descrição do Negócio
                 Premissas e Projeções

                  Taxa de Desconto
               Análise de Sensibilidade
                Resultados do Estudo
                       Parecer
                       Anexos


                                           76
Business Plan                               Premissas e Projeções

  Considerações Gerais
    As projeções e resultados deste estudo estão expressas em moeda de
   poder aquisitivo constante, com valores monetários expressos em reais
   (R$), e sendo a Data Base 28 de Fevereiro de 2011.

    As projeções apresentadas não contemplam os impactos tributários
   decorrentes de uma de assessoria em planejamento tributário e, porém,
   foram realizados com base na análise das operações dessa modalidade
   de empreendimento conforme as premissas de tributação do cenário
   atual.

    As projeções consideraram o endividamento da empresa no fluxo de
   caixa, isto é, Fluxo de Caixa do Acionista;

    As projeções foram realizadas com base nas informações
   disponibilizadas pela administração empresas envolvidas no
   empreendimento, além de pesquisas de mercado, sendo essas aprovadas
   por eles em reuniões de discussão.




                                                                    77
Business Plan                                 Premissas e Projeções

  Conceitos Utilizados
    O projeto da Escola de Pilotos baseou-se nos conceitos, fundamentos
   e princípios que norteiam a atividade de Finanças, tanto no campo
   acadêmico, quanto no campo empresarial. Dentre os métodos
   consagrados pela literatura técnica para avaliação de projetos de
   investimento, o Método da Lucratividade, baseado no enfoque do Fluxo
   de Caixa Futuro Descontado a Valor Presente, ocupa posição de destaque
   e é o principal indicador de viabilidade deste estudo.

    No entanto, outros indicadores de viabilidade foram adotados, tais
   como: Margem de Contribuição, EBITDA, EBIT, Período de Payback
   (Simples e Descontado), Retorno sobre Investimentos (ROI) e Retorno
   sobre Patrimônio Líquido (ROE). A seguir, apresentamos um breve
   resumo dos principais conceitos financeiros utilizados:

   Earnings Before Interests, Taxes, Depreciation and Amortization
   (EBITDA) → É o resultado antes das despesas financeiras, impostos sobre
   o lucro, depreciação e amortização. Este resultado é um indicador da
   capacidade de geração bruta de caixa de uma empresa, a partir de suas
   operações.


                                                                      78
Business Plan                                 Premissas e Projeções

  Conceitos Utilizados
   Earnings Before Interests and Taxes (EBIT) → É o resultado antes das
   despesas financeiras e impostos sobre o lucro. Este resultado é um
   indicador da capacidade de geração de caixa e de lucro de uma empresa,
   depois da depreciação e amortização.

   Margem de Contribuição → É a diferença entre a receita gerada e os
   custos e despesas variáveis referentes às unidades de produto / serviço.
   Assim, os produtos de maior margem de contribuição são supostamente
   mais rentáveis, uma vez que os custos fixos existem para dar suporte ao
   mix de produtos / serviços.

   Lucro Líquido → Constitui a geração líquida de resultado de uma
   empresa, após a provisão dos impostos sobre lucro (IRPJ e CSLL), sendo
   divulgado na Demonstração de Resultado do Exercício Este é um
   resultado econômico, pois tanto inclui itens que não representam
   desembolso de caixa (p.ex.. depreciação), como aqueles que afetam o
   caixa.




                                                                       79
Business Plan                                  Premissas e Projeções

  Conceitos Utilizados
   Fluxo de Caixa Livre → Constitui o caixa líquido efetivo (ingressos e
   desembolsos de recursos) em conseqüência das movimentações e do
   lucro líquido que uma empresa gera durante um período determinado.

   Valor Presente Líquido (VPL) → Representa o “Valor Econômico” do
   Projeto, ou seja, é o resultado dos fluxos de caixa futuros, a serem
   gerados pelo projeto, descontados a valor presente a uma taxa de
   desconto, que considera uma série de fatores que serão descritos
   posteriormente.

   De acordo com as características do presente Projeto, concluiu-se que a
   métrica mais indicada para analisar a viabilidade deste é o Fluxo de Caixa
   Livre para o Acionista – FCFE, o qual considera o efeito financeiro e o
   pagamento de dividendos no fluxo de caixa.




                                                                         80
Business Plan                                                 Premissas e Projeções

    Evolução das Receitas
        A receita da Escola de Pilotos apresentará um crescimento vertiginoso,
        atingindo o patamar de R$ 2.626 mil no 1º ano até alcançar R$ 10.782 no
        5º ano, apresentando um crescimento médio, no período, de 42,7%
        ,conforme demonstrado no quadro abaixo:




                                                                      10.782
                              Crescimento Médio       42,7%




                                                              7.919



                                                  5.253

                           4.021

                  2.626


                 ANO 1     ANO 2                  ANO 3       ANO 4   ANO 5

Fonte: Entrevista Direta
                                                                               81
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    Evolução das Receitas (continuação)
        As aulas praticas representam em sua grande maioria a origem das
        receitas da Escola de Pilotos, sendo completada em partes iguais pelas
        aulas teóricas e o Simulador II.




                                            1%    10%         10%




                                                          79%




                           AULAS TEÓRICAS    AULAS PRÁTICAS     SIMULADOR I   SIMULADOR II




Fonte: Entrevista Direta
                                                                                             82
Business Plan                                          Premissas e Projeções

    Evolução das Receitas (continuação)
        A receita da Escola de Pilotos terá a seguinte composição:

         Aulas teóricas;
         Aulas práticas;
         Simulador I;
         Simulador II.

        A tabela abaixo apresenta o comportamento dessas receitas ao longo do
        período em análise:

        PORTIFÓLIO          CRESC. MÉDIO   ANO 1   ANO 2   ANO 3     ANO 4   ANO 5
        AULAS TEÓRICAS         39,3%         276     454     543       784   1.008
        AULAS PRÁTICAS         42,4%       2.091   3.128   4.119     6.254   8.527
        SIMULADOR I            29,8%          37      56      60        96      96
        SIMULADOR II           51,4%         222     383     531       785   1.152




Fonte: Entrevista Direta
                                                                             83
Business Plan                                 Premissas e Projeções

  Impostos
   Os impostos incidentes sobre as receitas do empreendimento educativo
   foram projetados de acordo com a legislação em vigor e mantidos
   constantes para todo o período projetado, conforme descrito abaixo:


      ISS       Adotou-se a alíquota média de 5,0% sobre a Receita Bruta;




   PIS/COFINS   Adotou-se as alíquotas de 1,65% e 3,0%, sobre a Receita
                Bruta.




                                                                       84
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    Estrutura de custos e despesas
        A estrutura de custos evoluirá numa proporção de 30, 6% durante todo o
        período em análise, chegando em R$ 3.025 no último período, enquanto
        que as despesas apresentarão uma estrutura fixa da ordem de R$ 1.971
        durante todo o período em análise, conforme demonstra a tabela abaixo:



                                    Evolução dos custos e das despesas (R$ mil)
                                                                                          3.025


                                                                      2.383

                           1.971           1.971           1.971              1.971             1.971
                                                      1.712
                                      1.393

                  1.044



                     ANO 1              ANO 2           ANO 3               ANO 4            ANO 5

                           Custos        Despesas         Linear (Custos)           Linear (Despesas)


Fonte: Entrevista Direta
                                                                                                        85
Business Plan                                 Premissas e Projeções

  Despesas Financeiras – Captação via BNDES
   Referem-se as despesas financeiras dos financiamentos que deverão ser
   contratados junto ao BNDES (Fonte - Finem). Estas despesas foram
   projetadas de acordo com as condições estipuladas nos contratos.

    Financiamento com Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
   (BNDES):

    Valor do Financiamento: R$ 2.469.000,00, incluindo 40% de capital de
   giro vinculado;

   Participação do BNDES: 100%

    Prazo Total da Operação: 72 meses;

    Carência: 12 meses;

    Amortização: 60 meses;

    Juros Finem para Empresas de Médio Porte: 9,90% a.a. (TJLP + Rem.
   BNDES + Spread Banco) ou 0,81% a.m.

                                                                       86
Business Plan                                  Premissas e Projeções

  Investimentos
   O investimento total considerado foi de R$ 2.469.000, correspondendo a
   R$ 1.764.000 a serem realizados, mais R$ 705.000 para giro. Segue um
   detalhe dos investimentos projetados:


    Máquinas e Equipamentos - Foi considerado um investimento total de
   R$ 782.000;

    Aeronaves - Foi considerado um investimento total de R$ 981.000;

    Capital de Giro - Foi considerado um investimento total de R$ 705.000.




                                                                        87
Business Plan                                   Premissas e Projeções

  Premissas Gerais

                      O Imposto de Renda e a Contribuição Social foram
                      projetados de acordo com a legislação em vigor na data
       IR/CSLL
                      base. Adotou-se um critério de tributação tendo por
                      base o Lucro Real;
                      O capital de giro foi projetado considerando as
    Capital de Giro   condições comerciais que serão praticadas pela Escola
                      de Pilotos.
                      Projetou-se as despesas com depreciação/amortização
    Depreciação /     dos     investimentos    existentes    e     projetados,
    Amortização       considerando-se as taxas adotadas para cada categoria
                      de ativo, de acordo com a legislação contábil brasileira;

                      Adotou-se o percentual de 5% da depreciação do
                      imobilizado do ano anterior como premissa de
   Reinvestimento
                      reinvestimento para praticamente todos os anos de
                      projeção.




                                                                          88
D e lo itte
                       ÍNDICE

                     Introdução
              Panorama Macroeconômico
                   Análise Setorial
              Breve Descrição do Negócio
                Premissas e Projeções
                   Taxa de Desconto

               Análise de Sensibilidade
                Resultados do Estudo
                       Parecer
                       Anexos


                                           89
Business Plan                                                                 Taxa de Desconto

  Introdução
   A taxa de desconto de uma empresa ou negócio é representada pela
   média dos retornos esperados pelos seus credores de capital (acionistas e
   terceiros) como recompensa pelo risco em se investir nessa empresa ou
   negócio, em vez de outros investimentos com risco similar. Aplica-se essa
   taxa de desconto aos fluxos de caixa futuros, convertendo-os a valor
   presente para todos os investidores.
   Neste estudo, para cálculo da taxa de desconto, adotamos o modelo
   matemático denominado “WACC” (Weighted Average Cost of Capital –
   Custo Médio Ponderado de Capital), formatado a partir de parâmetros do
   mercado americano e ajustado pelo risco Brasil, conforme explicado a
   seguir     baseando os cálculos em premissas e dados históricos
   disponíveis naquele mercado. Apresentamos abaixo a fórmula
   matemática para estimativa da taxa de desconto:

                                                          Sendo:
                D                            E                     KD = Custo do capital de terceiros ou da dívida
    W ACC =
              ( D+E )
                        K D ( 1 -t )   +   ( D+E )
                                                     KE
                                                                   KE = Custo do capital próprio ou do acionista
                                                                   D / D+E = Participação do capital de terceiros no
                                                                   total de capital da empresa
                                                                   E / D+E = Participação do capital próprio no total
                                                                   de capital da empresa
                                                                   t = Taxa efetiva de Imposto de Renda e
                                                                   Contribuição Social

                                                                                                             90
Business Plan                                          Taxa de Desconto

  Introdução (continuação)
    Este modelo reflete os retornos requeridos pelos credores financeiros
    (capital de terceiros) e pelos acionistas (capital próprio), ponderando-se
    as participações na estrutura de capitais (relação debt-equity). Dessa
    forma, o modelo captura os riscos e retornos associados com a estrutura
    de capital adotada pela empresa para o financiamento de suas operações
    e investimentos.

  Custo de Capital Próprio (acionista)
      O custo de capital próprio é, normalmente, estimado observando o
      retorno obtido por investidores no mercado. O modelo denominado
      “CAPM” (Capital Asset Pricing Model – Modelo de Precificação de
      Ativos) foi desenvolvido para facilitar e quantificar esse tipo de
      observação, desdobrando-se o retorno esperado para uma
      determinada empresa em diversos elementos que podem ser
      analisados de forma individualizada. Sendo:
                                                   Ke = Retorno exigido (ou esperado) pelo
                                                   capital próprio (CAPM)
                                                   Rf = Retorno obtido em títulos sem risco
                                                     = Beta
           Ke = Rf + ( PRm x      )+               PRm = Retorno médio do mercado
                                                     = Riscos não medidos pelo Beta (por
                                                   exemplo: risco do país, pelo tamanho da
                                                   empresa ou risco específico do negócio)

                                                                                     91
Business Plan                                                                                                                               Taxa de Desconto

                                                 Representa o retorno requerido pelo investidor para investimentos
                                                 em títulos conceitualmente sem risco. Adotamos como parâmetro
           Taxa Livre
                                                 de taxa livre de risco a média aritmética histórica dos últimos 24
            de Risco
                                                 meses das taxas oferecidas pelo Governo Norte-Americano
                                                 (T-Bond americano de 30 anos).

                                                                                                                                                                   Média
                                                                                                                                                              (Jan/09 – Dez10)
                                                                                                                                                                   4,02%
 Taxa Livre de Risco (T -Bonds)
 6,0%




 5,0%

                                    4,74%
        4,59% 4,63%                                                                                                                                4,57%                  4,54%
                      4,47% 4,43%
                                                                                             4,34% 4,32% 4,29%                                              4,35% 4,40%           4,34%
 4,0%                                                                                                            4,14%            4,18%
                                                                                    4,10%                                 4,04%            4,06%                                           4,02%
                                                              3,91% 3,98%
                                             3,71%
                                                                            3,58%

 3,0%
                                                     3,05%




 2,0%




 1,0%
        jun/08        ago/08        out/08           dez/08        fev/09           abr/09        jun/09         ago/09           out/09           dez/09        fev/10           abr/10




Fonte: Ibbotson
                                                                                                                                                                                              92
Business Plan                                                                                                      Taxa de Desconto

                                            Representa o retorno acima da taxa livre de risco que o investidor exige
          Prêmio                             por investir (estar exposto ao risco) no mercado de capitais, devido seu
        de Mercado                          risco inerente. Adotamos o retorno médio das ações (valorização e
                                            dividendos pagos) para grandes empresas americanas desde 1926,
                                            calculado pelo Ibbotson Associates.

                                                                                                                                   Média
                                                                                                                                (1926 – 2006)
                                                                                                                                   6,50%

          30

          25

          20

          15

          10

           5

           0
                1926   1931   1936   1941    1946   1951   1956   1961      1966        1971        1976   1981   1986   1991   1996   2001   2006

           -5
                                                                   Risk Premium (Large Companies)




Fonte: Ibbotson
                                                                                                                                                     93
Business Plan                                                                         Taxa de Desconto

                            Representa a medida do risco da empresa ou do setor em análise. Para o
                            cálculo do beta, foi utilizado o beta desalavancado médio de empresas que
               Beta         atuam no mesmo segmento do empreendimento com base na estrutura de
                            capitais e taxa de IR de cada empresa. Este beta médio foi realavancado
                            utilizando-se a estrutura de capitais projetada para a empresa em análise e
                            por sua taxa média do imposto de renda.


Industry Name             Number of Firms   Average Beta   Market D/E Ratio   Tax Rate    Unlevered Beta   Cash/Firm Value
Advertising                    28              1.79           36.55%          12.86%           1,36            11.96%
Air Transport                  40              1.21           52.64%          22.30%           0,86            9.70%
Apparel                        48              1.35           15.80%          20.86%           1,20            9.14%
Bank                           418             0.75           85.86%          13.89%           0,43            8.29%
Educational Services           37              0.79           8.89%           27.32%           0,75            11.26%
Electronics                    158             1.13           18.40%          12.85%           0,97            14.08%
Healthcare Information         26              0.94           4.86%           22.42%           0,91            5.67%
Total Market                   5928             1.15           36.04%          15.32%           0,88            8.51%




                                                                              Sendo:
                                                                                         t = Imposto de Renda da Empresa
  (*) Beta Desalavancado = Beta Médio das Empresas                                       Tax = Imposto de Renda Brasil
                                                                                         D = Dívida Líquida
                           1+ (1-t)*(D / E)                                              E = Capital Próprio (Market Value)
                                                                                         Capital = relação de capital
  Beta Realavancado = Beta Desalavancado * (1+(1-tax)*(capital))                         próprio/terceiros da amostra de
                                                                                         empresas

 Fonte: Damodaran
                                                                                                                    94
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  • 1. Escola de Formação de Pilotos Business Plan Março/2011
  • 2. D e lo itte ÍNDICE PÁG Introdução 03 Panorama Macroeconômico 05 Análise Setorial 37 Breve Descrição do Negócio 62 Premissas e Projeções 76 Taxa de Desconto 89 Análise de Sensibilidade 98 Resultados do Estudo 100 Parecer 102 Anexos 104 2
  • 3. D e lo itte ÍNDICE Introdução Panorama Macroeconômico Análise Setorial Breve Descrição do Negócio Premissas e Projeções Taxa de Desconto Análise de Sensibilidade Resultados do Estudo Parecer Anexos 3
  • 4. Business Plan Introdução  Objetivo O presente relatório tem como objetivo mostrar o estudo de viabilidade econômico-financeira da implantação da Primeira Escola de Pilotos da Região Nordeste. O Projeto contará com parcerias de empresas envolvidas nesse projeto que visam promover desde a formação acadêmica, passando por uma abordagem prática e a colocação desses profissionais no mercado de trabalho, aptos a desenvolverem suas atividades com excelência.  Considerações Gerais Este relatório descreve, primeiramente, o cenário macroeconômico, os aspectos mercadológicos, as características organizacionais e técnico- operacionais do projeto, a estrutura de capital do empreendimento, orçamentos e cronograma de investimento. A seguir, apresentamos uma breve descrição do projeto, seguido por um detalhe das premissas utilizadas e projeções. Finalmente, apresentamos os principais indicadores de viabilidade do projeto. Estes indicadores foram calculados sobre a perspectiva do Fluxo de Caixa do Acionista os quais são suficientes para diagnosticar a viabilidade do negócio. 4
  • 5. D e lo itte ÍNDICE Introdução Panorama Macroeconômico Análise Setorial Breve Descrição do Negócio Premissas e Projeções Taxa de Desconto Análise de Sensibilidade Resultados do Estudo Parecer Anexos 5
  • 6. Business Plan Panorama Macroeconômico  Cenário Internacional Os mercados emergentes tiveram desempenhos positivos em 2009 graças às fortes intervenções por parte dos governos. Em 2010, o crescimento no mundo desenvolvido permaneceu contido em virtude de sua fraca recuperação e as economias emergentes deverão continuar à frente do crescimento da economia mundial. O desempenho positivo do PIB brasileiro foi destaque, em relação ao mesmo período do ano anterior, sendo o segundo maior entre as economias do globo. Fonte: The Economist 06
  • 7. Business Plan Panorama Macroeconômico  Cenário Internacional (continuação) Projeções do FMI mostram que o mundo ainda deve apresentar baixo crescimento em 2011. A tabela abaixo mostra as revisões de projeção feitas ao longo de 2010. O Brasil foi um dos poucos a apresentar um crescimento significativo em 2010 e boas perspectivas em 2011. O FMI revisou sistematicamente para cima. Fonte: FMI 07
  • 8. Business Plan Panorama Macroeconômico  Cenário Internacional (continuação) Brasil, China, Argentina, Indonésia e Coréia do Sul são os países mais resilientes a uma recessão nos EUA e na Europa, com base em estudo do HSBC. Por outro lado, Venezuela, Turquia, Cingapura, Hungria, México, Paquistão e Israel apresentam métricas com menor resiliência. Segundo o Instituto de Finanças Internacionais - IIF, o fluxo de investimentos para mercados emergentes aumenta este ano, motivado pelo rápido crescimento de países, como China e Brasil, e pela fragilidade nos mercados desenvolvidos. O Instituto prevê crescimento de 42% na entrada de capital nos mercados emergentes, chegando a US$ 825 bilhões em 2010. Para 2011, a previsão é de investimentos da ordem de US$ 833 bilhões. O Investimento Estrangeiro Direto, ou seja, influxo de capitais destinado à construção de fábricas e à compra de equipamentos e de bens de capital para empresas multinacionais no Brasil ainda será um dos principais financiadores do nosso déficit em Transações Correntes. Segundo relatório da UNCTAD, o Brasil é um dos três principais destinos de investimentos diretos para os anos 2010 a 2012. 08
  • 9. Business Plan Panorama Macroeconômico  Cenário Internacional (continuação) O dólar dos EUA desvaloriza-se em relação às demais moedas. No Brasil, o forte crescimento econômico, a relação risco-retorno dos ativos baseados em real e as perspectivas de crescimento futuro fomentam a entrada de capitais estrangeiros no País. Estima-se que a trajetória de desvalorização do dólar permaneça enquanto a economia dos EUA não se recuperar da crise. O 1º semestre de 2010 foi marcado por forte volatilidade e aversão ao risco por parte dos investidores devido à possibilidade de quebras de bancos europeus e à desvalorização do euro. A partir de julho, com a redução das incertezas, a busca de retorno por parte de investidores e fundos de hedge, e a sinalização do FED de desvalorizar sua moeda, o fluxo de capitais cresceu para países como Brasil com crescimento elevado e baixa vulnerabilidade. O aumento da liquidez e os juros brasileiros atraíram investidores que buscam retorno nos juros e no mercado de câmbio. A participação da moeda brasileira nas transações em mercados futuros e opções ampliou-se ao longo do ano, figurando nas primeiras posições com o maior número de transações no mercado global de derivativos. 09
  • 10. Business Plan Panorama Macroeconômico  Cenário Internacional (continuação) A posição reflete a solidez da economia, o amadurecimento do mercado de capitais brasileiro e o posto de atratividade a capitais estrangeiros pelo elevado diferencial de taxa de juros no mercado internacional. Fonte: Bloomberg 10
  • 11. Business Plan Panorama Macroeconômico  Cenário Internacional (continuação) O Brasil está entre os maiores detentores de reservas internacionais do mundo. Contudo, em percentual do PIB ainda estamos em patamar baixo se comparado a outras economias. Devido à baixa relação reservas/PIB, ao dinamismo de nossa economia e ao elevado retorno financeiro proporcionado pelo diferencial de juros, o Brasil deverá elevar suas reservas sistematicamente nos próximos anos. Fonte: Bloomberg 11
  • 12. Business Plan Panorama Macroeconômico  Cenário Doméstico - PIB No primeiro semestre de 2010, o País cresceu 8,9% com destaque para agricultura, indústria (em torno de 14%) e principalmente pelo forte desempenho de cerca de 26% dos investimentos (FBCF). O aumento da taxa da agropecuária é justificado principalmente pelo aumento da produtividade e pelo desempenho de produtos da lavoura como soja, café, milho e algodão. O investimento, componente mais afetado pela crise financeira, encontra-se em sólida recuperação, enquanto o consumo das famílias desacelera em virtude do fim dos incentivos fiscais da linha branca e dos automóveis. Fonte: IBGE 12
  • 13. Business Plan Panorama Macroeconômico  Cenário Doméstico - PIB ( continuação) O PIB per capita cresceu 17,8%, a preços de 2009, passando de R$ 13.931 em 2003 para R$ 16.414 em 2009. O forte crescimento econômico, a valorização do real e as perspectivas positivas de investimento e desenvolvimento do País mantêm a trajetória ascendente, podendo chegar a US$ 10.000,00 em 2011. Ao comparar a evolução do indicador do Brasil com o dos EUA, o ritmo de expansão econômica brasileira cresceu ao longo dos anos em termos per capita e ultrapassa o da economia norte-americana a partir de 2009, com base nas estimativas do FMI. Fonte: Bloomberg 13
  • 14. Business Plan Panorama Macroeconômico  Cenário Doméstico - PIB ( continuação) O BNDES, a PETROBRAS e o PAC são os principais responsáveis por grande parte da retomada dos investimentos em 2010. Para os próximos anos, com a Copa do Mundo 2014 , Olimpíadas-Rio 2016 e o PAC 2, o Governo prepara uma série de medidas com o intuito de criar condições para a ampliação do financiamento a longo prazo pelo setor privado. Ao final de 2010, espera que investimento fique em 19,1 % do PIB. Fonte: IPEA 14
  • 15. Business Plan Panorama Macroeconômico  Cenário Doméstico - PIB ( continuação) As perspectivas para os próximos meses são mais otimistas. Segundo pesquisa da FGV das 1.195 empresas consultadas, 49,3% prevêem aumento da produção para os próximos períodos. Um dos setores mais beneficiados recentemente foi o de fabricação de veículos automotores e de máquinas e equipamentos, principalmente de caminhões que foi um dos principais motores do avanço da recuperação da produção industrial em 2010. A produção de bens de capital elevou-se de 1,4% na comparação com julho de 2010 e alta de 28% ante agosto do ano passado. Este aumento foi influenciado, principalmente, pelos bens de capital para construção (103,8%), e bens agrícolas (48,3%). Destaca-se que todos os segmentos tiveram variação positiva no período. O licenciamento de veículos automotores voltou a se expandir mesmo após o fim do período de desoneração do IPI. O crescimento em agosto de 2010 foi de 3,5% em relação a julho do mesmo ano e de 21,2% em relação a agosto do ano passado. Com esse desempenho, o Brasil já é o 4º mercado automotivo do mundo. 15
  • 16. Business Plan Panorama Macroeconômico  Cenário Doméstico - PIB ( continuação) O nível de confiança do consumidor atingiu patamar recorde em 2010, impulsionado pela expansão do emprego, da renda e pelo dinamismo do mercado de crédito para pessoas físicas. Dentre os principais fatores que explicam o resultado do ano estão o aumento na geração de empregos, a elevação da renda e a oferta de crédito. No ano, o crescimento das vendas no varejo ficou em torno de 10%. 16
  • 17. Business Plan Panorama Macroeconômico  Cenário Doméstico - Mercado consumidor Desde 2002, cerca de 25 milhões de brasileiros deslocaram-se para o meio da pirâmide social. Em 2010, a classe C já respondia por cerca de 103 milhões de brasileiros e continuará a expandir-se nos próximos anos. Para o período compreendido entre os anos de 2008 e 2010, a estimativa é de que o percentual da população na classe C cresça 21,5%. Fonte: FGV / IBGE 17
  • 18. Business Plan Panorama Macroeconômico  Cenário Doméstico - Mercado consumidor (continuação) O índice de Gini, utilizado para medir a desigualdade de renda, caiu progressivamente nos últimos anos. A explicação é tanto pela redução da desigualdade nas rendas do trabalho, como também pela política de fortalecimento do salário-mínimo e dos programas de transferência de renda. Os dados mais recentes da PNAD de 2009, por exemplo, indicam que as aposentadorias vinculadas ao salário-mínimo e as transferências focalizadas (como os benefícios de prestação continuada), pagos pelo Governo Federal, contribuem positivamente para reduzir o Gini. Fonte: IPEA 18
  • 19. Business Plan Panorama Macroeconômico  Cenário Doméstico - Mercado consumidor (continuação) Mesmo em ano de crise, os dados da PNAD de 2009 indicam que houve continuidade na trajetória de redução da pobreza no Brasil. Segundo os cálculos da FGV, a classe pobre declinou para 15,3% da população total. A retomada do crescimento econômico contribui para a forte geração de novos postos de trabalho. Neste ano, as estimativas do Ministério da Fazenda apontam para geração de mais de 2 milhões de novos empregos. O total de empregos gerados no período 2003 à 2010 alcançou, aproximadamente, 15 milhões. Fonte: Ministério do Trabalho 19
  • 20. Business Plan Panorama Macroeconômico  Cenário Doméstico - Mercado consumidor (continuação) A queda do número de desempregados no Brasil é reflexo do dinamismo atual da atividade econômica e a melhoria na qualidade do emprego. Em agosto deste ano, comparado ao mesmo mês do ano anterior, os postos com carteira assinada cresceram 7,2%, acima do aumento de 3,2% da população ocupada, resultando no recuo do desemprego para 6,7%. No mês de setembro, novo recorde histórico com a taxa ficando em 6,2% o menor índice desde que a série foi construída, março de 2002. Fonte: IBGE 20
  • 21. Business Plan Panorama Macroeconômico  Cenário Doméstico - Inflação Com o fim dos estímulos fiscais e monetários, das chuvas e de ajustes sazonais em educação, saúde e transporte público, o IPCA volta à trajetória compatível com o atual nível de crescimento da economia. Em 2010, a inflação medida pelo IPCA ficou em 5,9%. Após a alta no começo deste ano, a inflação recuou de maneira significativa de junho a agosto de 2010. Em setembro de 2010, a variação do IPCA voltou a acelerar 0,45%. A maior volatilidade da inflação neste ano foi causada essencialmente pelo comportamento dos preços dos alimentos e commodities em geral, como o minério de ferro. A crise agrícola na Rússia e o aumento da liquidez internacional elevaram os preços dos alimentos a partir de setembro. O aumento em alimentos no domicílio tem comportamento sazonal (commodities e entressafra) e não reflete pressões de demanda. A variação em Alimentos fora do domicílio reflete o crescimento da massa salarial. Após 3 meses de contribuição negativa, o comportamento dos alimentos voltou a pressionar a inflação em setembro de 2010. Contudo, os outros itens continuam a apresentar comportamento sustentável com o ritmo de crescimento da economia sem pressões de demanda. 21
  • 22. Business Plan Panorama Macroeconômico  Cenário Doméstico - Inflação (continuação) O índice spot CRB (Commodity Research Bureau) é um dos indicadores de referência global para o mercado de commodities, construído a partir de seis sub-índices, quais sejam: CRB Metais, CRB Têxteis, CRB Matérias- Primas Industriais, CRB Produtos Alimentícios, CRB Gorduras e Óleos e CRB Animais Vivos. O aumento da liquidez internacional e poucas alternativas de aplicações elevaram os preços das principais commodities, sendo que no mês de setembro o índice atingiu valor superior ao ocorrido em 2008. Entretanto, o impacto atual no Brasil tem sido menor devido à valorização do real. Fonte: Bloomberg 22
  • 23. Business Plan Panorama Macroeconômico  Cenário Doméstico - Inflação (continuação) O índice geral de preços também voltou a acelerar recentemente influenciado pelos preços dos alimentos, commodities e insumos básicos, tanto no atacado quanto para os consumidores. O IGP-M desagregado pelo seus componentes (Índice de Preços no Atacado - IPA, Índice Nacional da Construção Civil - INCC e Índice de Preços ao Consumidor - IPC ) apresentou maior pressão no IPA. Após elevá-lo no início do ano, minério de ferro e alimentos processados voltam a pressionar o índice no segundo semestre. Fonte: BACEN 23
  • 24. Business Plan Panorama Macroeconômico  Cenário Doméstico - Juros O ciclo atual de alta nas taxas básicas de juros foi interrompido com a taxa Selic no patamar atual de 10,75% a.a.. Com a queda recente nas taxas futuras, a taxa real de juros voltou a ficar abaixo de 6% a.a.. A sistemática redução no patamar da taxa Selic nos últimos anos, bem como o crescimento mais forte da economia são os principais fatores a explicar a perspectiva de queda no peso dos juros pagos pelo Governo. Contudo, vale destacar que parcela das despesas com juros correspondem ao juros pagos pelo aumento das reservas internacionais. Fonte: Ministério da Fazenda 24
  • 25. Business Plan Panorama Macroeconômico  Cenário Doméstico - Juros (continuação) Em 2010, o equacionamento da questão fiscal nos países europeus, o dinamismo do mercado interno brasileiro e a sinalização de afrouxamento monetário pelo Banco Central americano (FED) possibilitaram maior captação no mercado externo pelos agentes econômicos brasileiros. Destaca-se o aumento nas captações por parte dos bancos (emissão externa de euro bonds) e das empresas brasileiras. Fonte: Bond Radar 25
  • 26. Business Plan Panorama Macroeconômico  Cenário Doméstico - Juros (continuação) O crédito total disponibilizado pelo sistema financeiro no Brasil registrou em agosto crescimento de 2,2% em relação ao mês anterior, totalizando R$ 1,582 trilhão, volume equivalente a 46,2% do PIB. Considerando-se a expectativa de aumento médio de 20% nos desembolsos, o estoque de crédito foi elevado ao patamar de, aproximadamente, 48% ao final de 2010. Fonte: BACEN 26
  • 27. Business Plan Panorama Macroeconômico  Cenário Doméstico - Juros (continuação) Em agosto, a carteira de crédito direcionado alcançou R$ 541,2 bilhões, com expansão de 3,3% sobre o mês imediatamente anterior e de 29,6% ante agosto de 2009, impulsionada por financiamento para investimentos via BNDES e empréstimos para habitação. O crédito segmento livre alcançou R$ 1,041 trilhão, com crescimento de 1,7% e 14,5% nos mesmos períodos considerados. Fonte: BACEN 27
  • 28. Business Plan Panorama Macroeconômico  Cenário Doméstico - Juros (continuação) O crédito consignado lidera a expansão de empréstimos para famílias sob o cenário de crescimento de renda e emprego na economia e em um momento de declínio de inadimplência para as pessoas físicas, que são tomadores com perfil de risco mais baixo. Este fator permite também que ocorra a queda nas taxas de juros. Fonte: BACEN 28
  • 29. Business Plan Panorama Macroeconômico  Cenário Doméstico - Juros (continuação) Os bancos públicos continuaram na dianteira em disponibilização do crédito desde o período crítico da crise, apesar da retração verificada no último mês. De setembro de 2008 a agosto de 2010, o saldo das operações de crédito desses bancos cresceu 69,4%, acima dos bancos privados de capital nacional (24,1%) e dos estrangeiros (13,5%). A participação dos bancos públicos no saldo total atingiu 42,2%, ante 40,2% dos privados de capital nacional e 17,6% dos estrangeiros. Fonte: BACEN 29
  • 30. Business Plan Panorama Macroeconômico  Cenário Doméstico - Juros (continuação) Nas operações para pessoas físicas, os spreads recuaram para os menores níveis da série histórica. Outro indicador importante nas operações é a manutenção da trajetória de queda na taxa de inadimplência, o que indica que o processo de endividamento das famílias é sustentável, tanto pelas condições favoráveis no mercado de trabalho, quando pela melhor composição do endividamento. Fonte: BACEN 30
  • 31. Business Plan Panorama Macroeconômico  Cenário Doméstico - Juros (continuação) Com relação ao spread bancário para o segmento corporativo, verifica-se ligeira alta de 2% nas operações para pessoas jurídicas. A taxa de inadimplência nas operações para pessoas jurídicas, por sua vez, permanece em patamar reduzido. Fonte: BACEN 31
  • 32. Business Plan Panorama Macroeconômico  Cenário Doméstico - Política Fiscal O compromisso com o equilíbrio fiscal do Governo brasileiro se mantém ao longo de 2010, com expansão das receitas e desaceleração das despesas. O resultado fiscal forte permite reduzir o déficit nominal e a dívida pública mantendo a inflação sob controle. O déficit nominal zero será realidade a partir de 2014, considerando o nível atual de superávit primário (3,3% do PIB) e o constante compromisso com o crescimento sustentável do País. Os benefícios diretos dessa melhoria da situação fiscal surgem na redução das taxas de juros e na menor necessidade de financiamento do setor público. O resultado primário do Governo Central de R$ 29,7 bilhões (1,3% do PIB) demonstra o contínuo compromisso com sólidos indicadores fiscais. Sem risco inflacionário relevante, a tendência do superávit primário foi conseqüência do crescimento nominal nas receitas, provocado pela recuperação dos principais indicadores macroeconômicos que influenciam a arrecadação de tributos, como a produção industrial, o volume geral de vendas e a massa salarial. 32
  • 33. Business Plan Panorama Macroeconômico  Cenário Doméstico - Política Fiscal (continuação) Fonte: Ministério da Fazenda 33
  • 34. Business Plan Panorama Macroeconômico  Cenário Doméstico - Política Fiscal (continuação) A combinação de mais crescimento, formalização do mercado de trabalho e permanente disciplina fiscal em todos os níveis de Governo garantem a melhoria das finanças públicas. Fonte: Ministério da Fazenda 34
  • 35. Business Plan Panorama Macroeconômico  Cenário Doméstico - Política Fiscal (continuação) As despesas de pessoal vêm sendo mantidas à média de 4,52% a.a. desde 1995. Apesar do aumento do número de servidores, ampliando a capacidade de atuação da máquina pública, e da recomposição salarial, as despesas de pessoal se mantêm abaixo de 5% do PIB. Para 2010, estimou-se que o percentual chegasse a 4,66%. Fonte: Ministério da Fazenda 35
  • 36. Business Plan Panorama Macroeconômico  Cenário Doméstico - Política Fiscal (continuação) Perspectiva positiva de crescimento e queda significativa de taxas de juros são os principais fatores para a queda da relação dívida-PIB nos últimos anos. O gráfico abaixo apresenta a evolução da dívida desde 1984 e as projeções até 2014, considerando a hipótese de 3,3% de superávit primário e taxas de juros em linha com as atuais expectativas de mercado. Fonte: BACEN 36
  • 37. D e lo itte ÍNDICE Introdução Panorama Macroeconômico Análise Setorial Breve Descrição do Negócio Premissas e Projeções Taxa de Desconto Análise de Sensibilidade Resultados do Estudo Parecer Anexos 37
  • 38. Business Plan Análise Setorial  Transporte aéreo no Mundo O desenvolvimento do modal aéreo é correlacionado a maior necessidade de agilidade no transporte de passageiros e de cargas frente ao crescimento da economia global. Parte considerável desse movimento deve-se a evolução da tecnologia e do comércio (o e-commerce, por exemplo, possibilitou a aquisição de produtos em diferentes localidades sem a necessidade de sair de sua residência. Isso, por sua vez, demandou uma nova logística de entrega a qual, muita vezes, envolve o transporte aéreo). Ponto nevrálgico para a integração regional e internacional, a aviação é instrumento importante na estratégia comercial entre os países de tal modo que, em determinadas nações, o Estado é responsável pelo controle desse tipo de serviço. Ao contrário dos modais rodoviário e ferroviário, o aéreo não depende do relevo geográfico e possui maior flexibilidade logística para a sua instalação. No setor de transporte aéreo, a atividade a ser considerada é a prestação de serviço, sendo que o processo tem início com a venda da passagem ou aceitação de uma carga até o desembarque do passageiro no destino ou entrega da carga no destinatário. 38
  • 39. Business Plan Análise Setorial  Transporte aéreo no Mundo (continuação) Em termos de rentabilidade, o setor apresenta-se vulnerável, pois as empresas necessitam de altos aportes de capital, possuem pequenas margens de rentabilidade e a Infra-estrutura necessária requer investimentos constantes que, muitas vezes, ficam sobre a responsabilidade do governo – esse, por sua vez, possui outras demandas mais urgentes as quais podem interferir nos interesses do setor. O mercado de transporte aéreo é sujeito a flutuações cíclicas que, de maneira geral, refletem a evolução da economia como um todo, uma vez que a demanda por serviços de transporte aéreo tende a se contrair nas fases de declínio da atividade econômica. Eventos particulares tais como: a invasão do Kuwait em 1990 e os atentados de setembro de 2001, também, afetaram o comportamento da demanda. Assim, o setor, em nível mundial, experimentou perdas nos períodos 1980-1983, 1990-1994 e 2001-02. No biênio 2008-09, o setor também apresentou dificuldades devido as conseqüências negativas causadas pela crise financeira. 39
  • 40. Business Plan Análise Setorial  Transporte aéreo no Mundo (continuação) Em 2001 e 2002, quando registrou prejuízos de US$ 13 bilhões e US$ 11,3 bilhões, respectivamente, as companhias aéreas adotaram novos planejamentos de gestão envolvendo cortes operacionais e reestruturação dos recursos humanos. Nota-se que uma das estratégias adotadas no mercado envolveu o movimento de Fusão e Aquisição cujo intuito visava o maior fortalecimento das empresas compreendidas frente a acirrada concorrência mundial. Fonte: ANAC 40
  • 41. Business Plan Análise Setorial  Transporte aéreo no Mundo (continuação) Na história recente do setor, pode-se citar como exemplo a fusão da United Airlines com a Continental e da British Airways com a Ibéria. Em âmbito regional, a Lam e a Tam também anunciaram a fusão dos seus serviços. Assim, além das empresas poderem usufruir de sinergia, de economias de escopo e de escala, a formação de grande conglomerados aéreos favorece o maior de poder de barganha – tanto na negociação de novos financiamentos para leasing de aeronaves quanto para a redução de tarifas aéreas. Outro modelo de negócio em destaque são as operadoras de baixo custo (low-cost carriers) – essas, por sua vez, são mais intrínsecas as novas companhias entrantes. Empresas como Southwest Airlines, Jet Blue, Easy Jet, dentre outras , embora estejam expostas as mesmas estruturas de impostos, focam no oferecimento de passagens aéreas mais baratas por meio da redução de custos como, por exemplo, a exclusão de serviços complementares, mas não necessários (lanches, refeições, etc). 41
  • 42. Business Plan Análise Setorial  Transporte aéreo no Mundo (continuação) Desta forma, o ciclo de crescimento global visualizado a partir de 2003 fez com que o mercado da aviação civil se expandisse angariando novos consumidores – aqueles que nunca tinham utilizado do serviço – e descentralizando as oportunidades de negócios das companhias, dando relevância crescente a regiões como América Latina, Oriente Médio, Ásia e África. Paralelamente, novos players ingressaram no mercado, via de regra respeitando o conceito low price, equipados de aeronaves modernas (mais econômicas) e sem apresentar passivos trabalhistas elevados, ponto relevante para companhias tradicionais. Fonte: NYSE 42
  • 43. Business Plan Análise Setorial  Transporte aéreo no Mundo (continuação) As low price representaram uma grande mudança no setor, pois o serviço de transporte aéreo sempre foi considerado elitista, visto os altos custos incididos sobre a atividade que eram traduzidos em altas tarifas. Isso dificultava a sua utilização pelas classes de rendas mais baixas. De certa forma, o modal ainda é dependente do crescimento econômico e da prosperidade dos países, dado que quanto mais renda disponível, maior é o número de passageiros que utilizam o serviço, bem como o volume de carga transportada. O serviço aéreo carregava consigo as características de um bem de luxo, dispensável a medida que o rendimento da população se retraísse, seu nível de endividamento se elevasse ou então na expectativa de dificuldades financeiras no futuro. Contudo, como ressaltado nos parágrafos anteriores, as mudança no mercado e nos serviços de transporte aéreo tendem a modificar essa antiga concepção. Fato que pode beneficiar o setor e torná-lo menos vulnerável. 43
  • 44. Business Plan Análise Setorial  Transporte aéreo no Brasil O mercado de transporte aéreo no Brasil foi objeto de ampla e rígida regulação até o final da década de 1980. O início da década seguinte assistiu, no entanto, a um progressivo processo de flexibilização do marco regulatório então vigente, no qual se destacam: a) a revisão de normas associadas aos conceitos de linhas domésticas nacionais, regionais e especiais, que arrefeciam a competição em rotas específicas, e a eliminação de disposições normativas que criavam barreiras à entrada de novos concorrentes no setor; b) liberação das tarifas, muito tímida no início da década, mas gradual a partir de 1998, com a completa eliminação de qualquer controle em 2001. Três movimentos caracterizam a estrutura do setor desde então: a entrada de novas empresas em rotas regulares, a redução da participação de mercado de algumas empresas tradicionais e a racionalização das operações das empresas com base na rentabilidade das rotas. Em setembro de 2005, depois de seis anos de tramitação no Congresso, o projeto que previa a substituição do DAC (Departamento de Aviação Civil, subordinado ao Comando da Aeronáutica) pela ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) foi sancionado. 44
  • 45. Business Plan Análise Setorial  Transporte aéreo no Brasil (continuação) Assim foi mantido o princípio da livre concorrência, dando liberdade para que as companhias aéreas fixassem suas próprias tarifas, mas tirou da ANAC o poder de interferir no caso de reajustes ou promoções consideradas prejudiciais à concorrência, cabendo ao CADE julgar condutas anti-competitivas. A Agência passou a ter o papel de regular e fiscalizar as atividades de aviação civil e de infra-estrutura aeronáutica e aeroportuária, e está vinculada ao Ministério da Defesa que, juntamente com outros ministérios, é responsável por formular as políticas para o setor. Com sede em Brasília, a ANAC previa, entre outras coisas, a desmilitarização gradual da aviação comercial, o que proporcionaria nova dinâmica. No entanto, a nova ótica de mercado inserida na aviação civil acarretou em efeitos colaterais significativos. As companhias, em busca das rotas mais rentáveis, desvencilharam-se da obrigatoriedade de atenderem, com vôos regulares, rotas consideradas pouco lucrativas, concentrando suas atividades naquelas onde as receitas potenciais eram maiores. No período de 1998-2007 o número de aeroportos com vôos regulares recuou de 176 para 133, uma queda de 24,4%. 45
  • 46. Business Plan Análise Setorial  Transporte aéreo no Brasil (continuação) Como resultado, o sistema conviveu com um processo de fragilização, devido ao agressivo processo de concentração. Com mais 73% do total de passageiros e cargas utilizando, apenas, os 15 principais aeroportos brasileiros, a realidade da infra-estrutura operacional do sistema começou a conviver com gargalos e, ao mesmo tempo, com capacidade ociosa em muitos aeroportos. Fato esse que prejudicou a integração regional por meio da modal. O crescente movimento de aeronaves resultou aos operadores de vôos uma carga de trabalho desaconselhável para a profissão, convivendo, também, com equipamentos desatualizados para o controle do sistema. A baixa remuneração destes profissionais contribuiu para que as tensões aumentassem a ponto de ser necessário, apenas, um fato marcante para que as mazelas do sistema viessem todas à tona. Após o acidente com o vôo 1907 da Gol, a sociedade começou a ser apresentada aos problemas do sistema, visto que os operadores de vôo se mobilizaram para não serem responsáveis, exclusivamente, pela fatalidade, adiando um debate a fundo sobre a realidade do sistema aéreo. 46
  • 47. Business Plan Análise Setorial  Transporte aéreo no Brasil (continuação) Em se tratando da concorrência no mercado, no período 2009 para 2010, nota-se uma intensificação nas parcerias entre companhias aéreas nacionais e internacionais para atender, principalmente, destinos não contemplados pelas grandes empresas. Como exemplo, a parceria entre a GOL e a NOAR – esta última atenderá rotas no nordeste não atendidas pela Gol que, por sua vez, vai comercializar as passagens da NOAR. Outra tendência em voga no mercado global e nacional é o movimento de Fusão e Aquisição; a fusão da TAM com a LAM criou a maior empresa aérea da América Latina. A tendência é que empresas como a Gol caminhem para a mesma direção no intuito de não perder mercado. Vale destacar a inserção de empresas como Webjet, Azul e Trip. Essas são focadas no conceito low price. Segundo dados da ANAC, no acumulado jan-out/2010, nota-se que elas obtiveram participação no market-share de 5,9%, 5,7% e 2,2%, respectivamente. Isso significa algo em torno de 14% do mercado. Em 2009, a participação total dessas empresas era de cerca de 9%. 47
  • 48. Business Plan Análise Setorial  Transporte aéreo no Brasil - Market-Share Se num primeiro momento a idéia que surge é a de perda de mercado por parte da TAM e da GOL, percebe-se que no período em questão ocorreu um aumento da demanda de 25% - essa, por sua vez, explicada, em partes, pela maior inserção da classe emergente na demanda. Ou seja, o crescimento da economia brasileira em conjunto com a elevação do poder de consumo configuram o atual momento positivo do setor. Fonte: ANAC 48
  • 49. Business Plan Análise Setorial  Transporte aéreo no Brasil - Demanda O transporte de passageiros constitui o principal filão para as companhias aéreas. Após o plano de estabilização de 1994, juntamente com o processo de liberalização ocorrido ao longo da década de 1990, o setor cresceu significativamente, apesar de ainda representar parcela pequena na matriz de transporte. Fonte: ANAC 49
  • 50. Business Plan Análise Setorial  Transporte aéreo no Brasil - Demanda (continuação) A demanda por passagens acompanha de perto o ritmo da atividade econômica: em épocas de expansão da economia, aumenta-se o fluxo de turismo e também o número das viagens de negócios, ocorrendo o contrário em épocas de retração. Essa alta, recente, no fluxo, é devido ao aumento do poder de consumo da população brasileira aliada a maior inserção das classes emergentes no mercado aéreo. O preço das passagens, também, foi outro fator que incentivou esse crescimento. Fonte: ANAC 50
  • 51. Business Plan Análise Setorial  Transporte aéreo no Brasil - Demanda (continuação) No Brasil, após um período de expansão, o número de passageiros/km transportados, apresentou queda em 2003 em função dos revezes econômicos. Nos anos de 2001 e 2002, quando a economia também havia mostrado um fraco desempenho, os indicadores de demanda apresentaram elevação, em função da entrada da empresa Gol no mercado, que forçou os preços dos bilhetes para baixo (através da guerra de tarifas). A demanda é sazonal: enquanto que as viagens de negócios concentram- se no período de março a novembro, há aumento da demanda dos turistas por vôos entre dezembro e fevereiro, e em moderada intensidade, o mês de julho, época de férias no Brasil. 51
  • 52. Business Plan Análise Setorial  Transporte aéreo no Brasil - Demanda (continuação) Para as companhias, as viagens de negócios são as mais rentáveis, já que a maior parte desses passageiros é composta por executivos de meia- idade e alto poder aquisitivo, que viajam de primeira classe e compram os bilhetes de última hora, os quais, em geral custam bem mais do que a tarifa econômica. Fonte: ANAC 52
  • 53. Business Plan Análise Setorial  Transporte aéreo no Brasil - Demanda (continuação) De fato, os bilhetes comprados em viagens de negócios correspondem a cerca de 80% da receita do setor. Assim, o preço não é um fator determinante na demanda desse nicho de mercado, sendo que os três elementos mais importantes na escolha da empresa aérea são: a existência de vôos diretos, os horários do vôos e o número de freqüências. O fator preço aparece, na maioria dos casos, em quarto lugar. Fonte: ANAC 53
  • 54. Business Plan Análise Setorial  Transporte aéreo no Brasil - Demanda (continuação) Já os passageiros turistas consideram o preço da passagem antes de fazerem sua escolha. As viagens de turismo estão sujeitas à sazonalidade, além das condições de preço e parcelamento das passagens. Os passageiros internacionais têm perfil de consumo de bens de alto valor agregado, o que explica o sucesso dos free-shops nos aeroportos internacionais. O turismo caracteriza-se como a principal atividade geradora de movimentação internacional. Fonte: ANAC 54
  • 55. Business Plan Análise Setorial  Transporte aéreo no Brasil - Oferta A oferta de assentos é feita por companhias nacionais e estrangeiras sendo que, apenas as empresas brasileiras podem oferecer vôos para o mercado doméstico de aviação. O mercado de transporte aéreo internacional é sujeito ao sistema de acordos bilaterais, enquanto que o mercado doméstico é relativamente desregulamentado. O Brasil tem acordos bilaterais com 64 países, especificando direitos de tráfego, determinação de capacidade, rotas e tarifas. Fonte: ANAC 55
  • 56. Business Plan Análise Setorial  Transporte aéreo no Brasil - Oferta (continuação) Apesar de ser livre a entrada de novos concorrentes no mercado doméstico, o setor de aviação civil tende a concentração de práticas anti- competitivas, como a reserva de mercado para empresas domésticas e a restrição ao capital estrangeiro, que impõem o limite de 20% na participação de uma companhia atuante no Brasil. Contudo, este cenário pode ser modificado. Em 2010 estava em processo de análise no Senado o PL 6961/09 que altera as regras do setor. Ela aumentaria de 20% para 49% o limite de participação do capital estrangeiro em empresas aéreas nacionais. Isso possibilitaria a atração de novos investimentos estrangeiros. 56
  • 57. Business Plan Análise Setorial  Transporte aéreo no Brasil - Custos Os principais custos das companhias aéreas são o combustível, pessoal empregado, publicidade e propaganda, arrendamento de aviões, tarifas de pouso/decolagem, prestações de serviços, manutenção, depreciação e outros com menor representatividade. No Brasil, o grande problema enfrentado pelas companhias em vôos internacionais é a falta de competitividade frente às companhias estrangeiras, que possuem custos menores dos que os observados no Brasil. O fato de cerca de 40% dos custos serem atrelados ao Dólar é o que mais deixa instável a atividade no país. Uma eventual desvalorização do R$ frente ao Dólar pode afetar a estrutura de custos das empresas de forma significativa, levando a grandes perdas e encolhimento das margens. O leasing com aviões é extremamente caro e as peças de reposição, além de cotadas em Dólar, sofrem taxações ao ingressarem no país. O custo de aquisição de aviões pelas companhias brasileiras é 10% maior que a média internacional. Enquanto o preço de um Boeing 737 é cerca de US$ 32 milhões para o Brasil, o preço aproximado para grandes encomendas nos EUA é de US$ 27 milhões. Além disso, os seguros pagos no Brasil são mais altos do que em outros países. 57
  • 58. Business Plan Análise Setorial  Transporte aéreo no Brasil - Tarifa No Brasil, as tarifas de vôos nacionais seguem o regime de tarifas liberadas, dando liberdade total para as empresas se adequarem à lei de mercado (demanda e oferta). Normalmente, os níveis tarifários são estabelecidos pela tributação, pelo custo operacional e pela remuneração dos acionistas da empresa. Neste ponto, o chamado “Custo Brasil” acarreta uma carga tributária de 35% do valor da passagem aérea, quando na Europa esta parcela é de 16% e nos EUA, 15%. Como uma atividade de capital intensivo, o transporte apresenta alto percentual de custos fixos (serviços de bordo, combustível e manutenção de aviões). No exterior, existe um padrão tarifário convencionado pela IATA, sujeito à aprovação dos governos dos países envolvidos. Entretanto, com o acirramento da concorrência das mega empresas norte- americanas e européias em busca de novas posições no mercado mundial, aplica-se a competição predatória, o que tem levado as empresas a entrarem em processos de fusões e aquisições. 58
  • 59. Business Plan Análise Setorial  Transporte aéreo no Brasil - Tarifa (continuação) A discussão ganhou maior espaço no Brasil a partir de 2007, com o início do planejamento de liberação do piso tarifário – os bilhetes comprados no País deveriam respeitar valores mínimos, para garantir isonomia entre companhias estrangeiras e domésticas no segmento internacional, que historicamente, encontravam-se sempre acima do que poderia ser aplicado num ambiente de livre concorrência. No entanto, o assunto encerrou 2008 sem solução, com a ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) mostrando-se favorável à queda do piso, enquanto que as companhias nacionais exigiram maiores negociações. As empresas brasileiras argumentavam que os custos aplicados à atividade originada no país arcam com tributação elevada, além do mercado interno não ser suficiente para dar força financeira ante o aumento súbito da concorrência. De fato, as companhias internacionais são muito maiores do que suas concorrentes domésticas e seu mercado interno é cativo e maduro. 59
  • 60. Business Plan Análise Setorial  Transporte aéreo no Brasil - Aeroportos A Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) é uma empresa pública, subordinada diretamente ao Ministério da Defesa, que administra 67 aeroportos, 69 grupamentos de navegação aérea, 51 unidades técnicas de aeronavegação e 34 terminais de logística de cargas. Com sede em Brasília, está estruturada em sete Superintendências Regionais estabelecidas nos aeroportos internacionais de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Porto Alegre, Recife, Belém e Manaus. Está presente em todos os Estados da Federação e conta com cerca de 28.000 profissionais, entre servidores e terceirizados. Fonte: INFRAERO 60
  • 61. Business Plan Análise Setorial  Transporte aéreo no Brasil - Aeroportos (continuação) Os aeroportos da Infraero concentram 97% do movimento do transporte aéreo regular no Brasil, representando 2,2 milhões de pousos e decolagens de aeronaves nacionais e estrangeiras, em 2009, transportando cerca de 113 milhões de passageiros. A Instituição obtém seus recursos financeiros mediante a cobrança de tarifas de usuários do transporte aéreo, as quais estão assim constituídas: tarifa de embarque de passageiro, de pouso e permanência de aeronaves nos aeroportos, de armazenagem e capatazia de carga aérea e de utilização dos auxílios à navegação. Completam a arrecadação as receitas comerciais, oriundas do arrendamento de instalações ou equipamentos, aluguel de áreas e espaços, e as concessões de serviços aos empresários privados. A empresa também conta com os recursos provenientes do Adicional de Tarifas Aeroportuárias (Ataero), que é uma taxação de 50% sobre as tarifas aeroportuárias e de navegação aérea, dos quais 41,5% são destinados para a estatal, além dos 20% para o Programa Federal de auxílio a Aeroportos (PROFAA) e 38,5% para a Aeronáutica. 61
  • 62. D e lo itte ÍNDICE Introdução Panorama Macroeconômico Análise Setorial Breve Descrição do Negócio Premissas e Projeções Taxa de Desconto Análise de Sensibilidade Resultados do Estudo Parecer Anexos 62
  • 63. Business Plan Breve Descrição do Negócio  Escola de Pilotos - Demanda Segundo um relatório publicado pela Boeing estima que a aviação mundial precisará de 466 mil pilotos para acomodar a forte demanda por aeronaves novas e de substituição nos próximos 20 anos. No Brasil, as companhias aéreas já sentem dificuldades em encontrar profissionais habilitados. Atualmente a demanda por pilotos nas companhias aéreas no Brasil cresce em média 20% ao ano. Isso significa que num horizonte de menos de 5 anos essa demanda irá dobra. A possível falta de bons pilotos no mercado é uma preocupação para governo, empresas e passageiros. Crescimento da demanda (Base 100) 207 173 144 120 100 Ano 01 Ano 02 Ano 03 Ano 04 Ano 05 Fonte: Boeing 63
  • 64. Business Plan Breve Descrição do Negócio  Escola de Pilotos - Localização Baseando-se nessas premissas de mercado foi identificada uma oportunidade de criar uma escola voltada para a formação profissional de Pilotos, como também de comissários de bordo e de todo staff que complementam essa estrutura. A decisão de implantar esse curso em Pernambuco foi para proporcionar a toda a região Norte-Nordeste a 1ª Escola de Pilotos da região, e sem dúvida para aproveitar as condições climáticas da região, como também o fato do crescimento econômico de PE e da infra-estrutura que está se estabelecendo no Estado. 64
  • 65. Business Plan Breve Descrição do Negócio  Escola de Pilotos - Clima O Brasil possui regiões de excelentes térmicas para o vôo sem motor. Por exemplo, a cidade de Governador Valadares no Estado de Minas Gerais é considerada como uma Capital Mundial do Vôo Livre por apresentar térmicas entre as melhores do mundo. Ainda mais favoráveis são as condições na região NE, onde está o maior índice de evaporação. Térmicas são fenômenos de escoamento estruturados na forma de circulações produzidas por convecção térmica na camada limite atmosférica que estabelece condições favoráveis ao vôo de aeronaves. 65
  • 66. Business Plan Breve Descrição do Negócio  Escola de Pilotos - Etapas A Escola de Pilotos será localizada na região metropolitana do Recife e o campus e local de treinamento prático será localizado na região serrana do Estado. O curso se desenvolverá nas seguintes etapas: 3º - Imersão no 1º - Aulas 2º - Aulas mercado de Teóricas Práticas trabalho O curso terá duração de A partir do segundo ano O curso contará com 3 anos; o uso de simuladores parcerias com várias  Nos dois primeiros anos será uma prática companhias de aviação o aluno assistirá a uma recorrente; ao redor do País, a fim de carga horária de Todos os alunos irão sair colocar o aluno 360h/ano; do curso com o mínimo diretamente no mercado, As aulas serão de 40h/vôo; logo após a conclusão ministradas por Será dado um dele. profissionais do setor e acompanhamento por serão divididas em parte de Pilotos e co- módulos. pilotos experientes. 66
  • 67. Business Plan Breve Descrição do Negócio  Escola de Pilotos – Cursos Os cursos oferecidos, inicialmente, serão os seguintes: Comissário de vôo Teórico de Piloto comercial Instrutor de vôo Teórico de Piloto Privado Piloto de Linha Aérea 67
  • 68. Business Plan Breve Descrição do Negócio  Escola de Pilotos – Curso de Piloto Comercial Capacita o aluno para obtenção da certificação de conhecimentos teóricos expendida pela Agência Nacional de Aviação Civil – ANAC. O curso de Piloto Comercial habilita o candidato a exercer função remunerada a bordo de aeronaves civis, públicas ou privada, mesmo em condições meteorológicas desfavoráveis.  Escola de Pilotos – Parte Prática A parte prática do curso deverá ser efetuada em um aeroclube por conta do aluno e consiste de 150hs de vôo (mínimo). Após a conclusão da parte prática, o aluno será submetido a um exame prático (cheque) efetuado por um piloto qualificado pela ANAC. Se aprovado, o aluno-piloto receberá uma licença definitiva.  Escola de Pilotos – Disciplina Conhecimentos técnicos de aeronaves; Meteorologia; Navegação aérea; Regulamentos de tráfego aéreo; Teoria de vôo e aerodinâmica. 68
  • 69. Business Plan Breve Descrição do Negócio  Escola de Pilotos – Curso de Piloto Privado Prepara o aluno para prestar a prova de certificação de conhecimentos teóricos expedida pela Agência Nacional de Aviação Civil – ANAC. O curso de piloto privado habilita o aluno a pilotar aeronaves de pequeno porte, em condições meteorológicas favoráveis, sem fins comerciais.  Escola de Pilotos – Parte Prática A parte prática do curso deverá ser efetuada em um aeroclube por conta do aluno e consiste de 35h de vôo (mínimo). Após a conclusão da parte prática, o aluno será submetido a um exame prático (cheque) efetuado por um piloto qualificado pela ANAC. Se aprovado, o aluno-piloto receberá uma licença definitiva.  Escola de Pilotos – Disciplina Conhecimentos técnicos de aeronaves; Meteorologia; Navegação aérea; Regulamentos de tráfego aéreo; Teoria de vôo e aerodinâmica. 69
  • 70. Business Plan Breve Descrição do Negócio  Escola de Pilotos – Curso de Piloto Linha aérea O curso de Piloto de Linha Aérea fornece subsídios teóricos para a prova e capacita o aluno para atuar como piloto em comando de aviões e helicópteros que prestam serviços de transporte aéreo.  Escola de Pilotos – Pré-requisitos Licença de Piloto Comercial e Habilitação para vôo por instrumentos  Escola de Pilotos – Disciplina PLA - Regulamento de Tráfego Aéreo; Regulamento da Aviação Civil e SIPAER; Teoria de Vôo; Peso e Balanceamento; Performance e Planejamento de Vôo. PLAH - Regulamento de Tráfego Aéreo; Regulamento de Aviação Civil e SIPAER; Meteorologia e Teoria de Vôo. 70
  • 71. Business Plan Breve Descrição do Negócio  Escola de Pilotos – Curso de Instrutor de vôos O curso de Instrutor de Vôo - INVA habilita o piloto comercial a exercer a função de instrutor de vôo em entidades como aeroclubes ou escolas de aviação civil. Nossa escola ministra a parte teórica e concluído o curso o aluno prestará o exame da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil). Após sua aprovação, o piloto dará início a parte prática no aeroclube de sua escolha. Após o término desta fase o aluno estará apto a exercer a função nas instituições  Escola de Pilotos – Disciplina Relações Interpessoais;  Recursos Audiovisuais;  Instrutor e a Comunicação;  Fichas de Vôo;  Briefing e Debriefing;  Medicina Aeroespacial;  Direitos Aeronáuticos;  Segurança de Vôo;  Sistema de Aviação Civil; Processo Ensino – Aprendizagem. 71
  • 72. Business Plan Breve Descrição do Negócio  Escola de Pilotos – Curso de Comissário de Vôo É um curso técnico profissionalizante, com duração máxima de 06 meses, em que você terá aproximadamente 200 horas aulas divididas nas disciplinas:  Maquiagem;  Marketing pessoal;  Relações Interpessoais;  Etiqueta Profissional;  Medicina Aeroespacial;  Higiene e Primeiros Socorros;  Conhecimentos Gerais de Aeronaves;  Teoria de Vôo;  Navegação;  Meteorologia;  Regulamentação da Profissão;  Direito Trabalhista e Previdenciário,;  Entre outras. 72
  • 73. Business Plan Breve Descrição do Negócio  Escola de Pilotos - Custos Os formandos do curso sairão da faculdade, leia-se Escola de Pilotos, depois de três anos com diploma de bacharel, licença de piloto comercial, multimotor, vôo por instrumentos e credencial de piloto de companhia aérea. Serão 165 horas de simulador, entre 180 e 200 no aeroclube e mais 2,8 mil horas teóricas. Durante esse período, o gasto do aluno chegará a, aproximadamente, R$ 110 mil, somando-se as aulas teóricas e as horas de vôo.  Escola de Pilotos – Bolsas de Estudo Visando viabilizar a formação de jovens profissionais a Escola de Pilotos formará um convênio com a ANAC para participar do programa de bolsas de estudo para os alunos dos cursos de Piloto Privado e Piloto comercial. As bolsas de estudo da ANAC compreendem um projeto de desenvolvimento e fomento da aviação civil que contribui para evitar uma eventual escassez de mão-de-obra especializada para a aviação comercial no Brasil especialmente devido ao crescimento do mercado e ao alto custo das horas voadas. 73
  • 74. Business Plan Breve Descrição do Negócio  Escola de Pilotos – Bolsas de Estudo (continuação) O programa de bolsa de estudos da ANAC contempla 75% dos custos com os cursos que serão pagos pela agência. O projeto de bolsa de pilotos prevê a formação, até meados de 2015, de mais de 220 pilotos, sendo a maior parte desses comerciais.  Escola de Pilotos – Empregabilidade Conforme publicação recente da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI), nos próximos 20 anos haverá a adição de 25 mil novas aeronaves à atual frota mundial de 17 mil aviões. Até 2026, haverá demanda de mais 480 mil novos técnicos de manutenção, 350 mil novos pilotos de aeronaves e comissários de vôo. Essas estatísticas podem ser traduzidas como uma condição de emprego pleno para o setor, desse modo á factível afirmar que, provavelmente, a grande maioria dos alunos do curso sairão direto da Escola de Pilotos para o mercado de trabalho, com um salário médio de R$ 2,5 mil para pilotos privados, sendo que em, aproximadamente hum ano, muito provavelmente esses profissionais poderão ser aproveitados pelos grandes players do setor, onde a remuneração subirá para R$ 7,5 mil. 74
  • 75. Business Plan Breve Descrição do Negócio  Escola de Pilotos – Análise 4 P’s PLACE Situar-se-á na Região NE devido ao clima ser o mais favorável no Brasil PROMOTION para a prática de vôo. PRICE Será divulgado na Será celebrado um mídia (outdoor, convênio com a jornais, rádio e TV) ANAC a fim de local como o curso promover bolsas de com o maior índice PRODUCT estudos que de empregabilidade custearão 75% dos do País gastos. Será referência nacional, pois será fruto da parceria entre uma faculdade renomada e a maior empresa de vôos comerciais do RS. 75
  • 76. D e lo itte ÍNDICE Introdução Panorama Macroeconômico Análise Setorial Breve Descrição do Negócio Premissas e Projeções Taxa de Desconto Análise de Sensibilidade Resultados do Estudo Parecer Anexos 76
  • 77. Business Plan Premissas e Projeções  Considerações Gerais  As projeções e resultados deste estudo estão expressas em moeda de poder aquisitivo constante, com valores monetários expressos em reais (R$), e sendo a Data Base 28 de Fevereiro de 2011.  As projeções apresentadas não contemplam os impactos tributários decorrentes de uma de assessoria em planejamento tributário e, porém, foram realizados com base na análise das operações dessa modalidade de empreendimento conforme as premissas de tributação do cenário atual.  As projeções consideraram o endividamento da empresa no fluxo de caixa, isto é, Fluxo de Caixa do Acionista;  As projeções foram realizadas com base nas informações disponibilizadas pela administração empresas envolvidas no empreendimento, além de pesquisas de mercado, sendo essas aprovadas por eles em reuniões de discussão. 77
  • 78. Business Plan Premissas e Projeções  Conceitos Utilizados  O projeto da Escola de Pilotos baseou-se nos conceitos, fundamentos e princípios que norteiam a atividade de Finanças, tanto no campo acadêmico, quanto no campo empresarial. Dentre os métodos consagrados pela literatura técnica para avaliação de projetos de investimento, o Método da Lucratividade, baseado no enfoque do Fluxo de Caixa Futuro Descontado a Valor Presente, ocupa posição de destaque e é o principal indicador de viabilidade deste estudo.  No entanto, outros indicadores de viabilidade foram adotados, tais como: Margem de Contribuição, EBITDA, EBIT, Período de Payback (Simples e Descontado), Retorno sobre Investimentos (ROI) e Retorno sobre Patrimônio Líquido (ROE). A seguir, apresentamos um breve resumo dos principais conceitos financeiros utilizados: Earnings Before Interests, Taxes, Depreciation and Amortization (EBITDA) → É o resultado antes das despesas financeiras, impostos sobre o lucro, depreciação e amortização. Este resultado é um indicador da capacidade de geração bruta de caixa de uma empresa, a partir de suas operações. 78
  • 79. Business Plan Premissas e Projeções  Conceitos Utilizados Earnings Before Interests and Taxes (EBIT) → É o resultado antes das despesas financeiras e impostos sobre o lucro. Este resultado é um indicador da capacidade de geração de caixa e de lucro de uma empresa, depois da depreciação e amortização. Margem de Contribuição → É a diferença entre a receita gerada e os custos e despesas variáveis referentes às unidades de produto / serviço. Assim, os produtos de maior margem de contribuição são supostamente mais rentáveis, uma vez que os custos fixos existem para dar suporte ao mix de produtos / serviços. Lucro Líquido → Constitui a geração líquida de resultado de uma empresa, após a provisão dos impostos sobre lucro (IRPJ e CSLL), sendo divulgado na Demonstração de Resultado do Exercício Este é um resultado econômico, pois tanto inclui itens que não representam desembolso de caixa (p.ex.. depreciação), como aqueles que afetam o caixa. 79
  • 80. Business Plan Premissas e Projeções  Conceitos Utilizados Fluxo de Caixa Livre → Constitui o caixa líquido efetivo (ingressos e desembolsos de recursos) em conseqüência das movimentações e do lucro líquido que uma empresa gera durante um período determinado. Valor Presente Líquido (VPL) → Representa o “Valor Econômico” do Projeto, ou seja, é o resultado dos fluxos de caixa futuros, a serem gerados pelo projeto, descontados a valor presente a uma taxa de desconto, que considera uma série de fatores que serão descritos posteriormente. De acordo com as características do presente Projeto, concluiu-se que a métrica mais indicada para analisar a viabilidade deste é o Fluxo de Caixa Livre para o Acionista – FCFE, o qual considera o efeito financeiro e o pagamento de dividendos no fluxo de caixa. 80
  • 81. Business Plan Premissas e Projeções  Evolução das Receitas A receita da Escola de Pilotos apresentará um crescimento vertiginoso, atingindo o patamar de R$ 2.626 mil no 1º ano até alcançar R$ 10.782 no 5º ano, apresentando um crescimento médio, no período, de 42,7% ,conforme demonstrado no quadro abaixo: 10.782 Crescimento Médio 42,7% 7.919 5.253 4.021 2.626 ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5 Fonte: Entrevista Direta 81
  • 82. Business Plan Premissas e Projeções  Evolução das Receitas (continuação) As aulas praticas representam em sua grande maioria a origem das receitas da Escola de Pilotos, sendo completada em partes iguais pelas aulas teóricas e o Simulador II. 1% 10% 10% 79% AULAS TEÓRICAS AULAS PRÁTICAS SIMULADOR I SIMULADOR II Fonte: Entrevista Direta 82
  • 83. Business Plan Premissas e Projeções  Evolução das Receitas (continuação) A receita da Escola de Pilotos terá a seguinte composição:  Aulas teóricas;  Aulas práticas;  Simulador I;  Simulador II. A tabela abaixo apresenta o comportamento dessas receitas ao longo do período em análise: PORTIFÓLIO CRESC. MÉDIO ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5 AULAS TEÓRICAS 39,3% 276 454 543 784 1.008 AULAS PRÁTICAS 42,4% 2.091 3.128 4.119 6.254 8.527 SIMULADOR I 29,8% 37 56 60 96 96 SIMULADOR II 51,4% 222 383 531 785 1.152 Fonte: Entrevista Direta 83
  • 84. Business Plan Premissas e Projeções  Impostos Os impostos incidentes sobre as receitas do empreendimento educativo foram projetados de acordo com a legislação em vigor e mantidos constantes para todo o período projetado, conforme descrito abaixo: ISS Adotou-se a alíquota média de 5,0% sobre a Receita Bruta; PIS/COFINS Adotou-se as alíquotas de 1,65% e 3,0%, sobre a Receita Bruta. 84
  • 85. Business Plan Premissas e Projeções  Estrutura de custos e despesas A estrutura de custos evoluirá numa proporção de 30, 6% durante todo o período em análise, chegando em R$ 3.025 no último período, enquanto que as despesas apresentarão uma estrutura fixa da ordem de R$ 1.971 durante todo o período em análise, conforme demonstra a tabela abaixo: Evolução dos custos e das despesas (R$ mil) 3.025 2.383 1.971 1.971 1.971 1.971 1.971 1.712 1.393 1.044 ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5 Custos Despesas Linear (Custos) Linear (Despesas) Fonte: Entrevista Direta 85
  • 86. Business Plan Premissas e Projeções  Despesas Financeiras – Captação via BNDES Referem-se as despesas financeiras dos financiamentos que deverão ser contratados junto ao BNDES (Fonte - Finem). Estas despesas foram projetadas de acordo com as condições estipuladas nos contratos.  Financiamento com Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES):  Valor do Financiamento: R$ 2.469.000,00, incluindo 40% de capital de giro vinculado; Participação do BNDES: 100%  Prazo Total da Operação: 72 meses;  Carência: 12 meses;  Amortização: 60 meses;  Juros Finem para Empresas de Médio Porte: 9,90% a.a. (TJLP + Rem. BNDES + Spread Banco) ou 0,81% a.m. 86
  • 87. Business Plan Premissas e Projeções  Investimentos O investimento total considerado foi de R$ 2.469.000, correspondendo a R$ 1.764.000 a serem realizados, mais R$ 705.000 para giro. Segue um detalhe dos investimentos projetados:  Máquinas e Equipamentos - Foi considerado um investimento total de R$ 782.000;  Aeronaves - Foi considerado um investimento total de R$ 981.000;  Capital de Giro - Foi considerado um investimento total de R$ 705.000. 87
  • 88. Business Plan Premissas e Projeções  Premissas Gerais O Imposto de Renda e a Contribuição Social foram projetados de acordo com a legislação em vigor na data IR/CSLL base. Adotou-se um critério de tributação tendo por base o Lucro Real; O capital de giro foi projetado considerando as Capital de Giro condições comerciais que serão praticadas pela Escola de Pilotos. Projetou-se as despesas com depreciação/amortização Depreciação / dos investimentos existentes e projetados, Amortização considerando-se as taxas adotadas para cada categoria de ativo, de acordo com a legislação contábil brasileira; Adotou-se o percentual de 5% da depreciação do imobilizado do ano anterior como premissa de Reinvestimento reinvestimento para praticamente todos os anos de projeção. 88
  • 89. D e lo itte ÍNDICE Introdução Panorama Macroeconômico Análise Setorial Breve Descrição do Negócio Premissas e Projeções Taxa de Desconto Análise de Sensibilidade Resultados do Estudo Parecer Anexos 89
  • 90. Business Plan Taxa de Desconto  Introdução A taxa de desconto de uma empresa ou negócio é representada pela média dos retornos esperados pelos seus credores de capital (acionistas e terceiros) como recompensa pelo risco em se investir nessa empresa ou negócio, em vez de outros investimentos com risco similar. Aplica-se essa taxa de desconto aos fluxos de caixa futuros, convertendo-os a valor presente para todos os investidores. Neste estudo, para cálculo da taxa de desconto, adotamos o modelo matemático denominado “WACC” (Weighted Average Cost of Capital – Custo Médio Ponderado de Capital), formatado a partir de parâmetros do mercado americano e ajustado pelo risco Brasil, conforme explicado a seguir baseando os cálculos em premissas e dados históricos disponíveis naquele mercado. Apresentamos abaixo a fórmula matemática para estimativa da taxa de desconto: Sendo: D E KD = Custo do capital de terceiros ou da dívida W ACC = ( D+E ) K D ( 1 -t ) + ( D+E ) KE KE = Custo do capital próprio ou do acionista D / D+E = Participação do capital de terceiros no total de capital da empresa E / D+E = Participação do capital próprio no total de capital da empresa t = Taxa efetiva de Imposto de Renda e Contribuição Social 90
  • 91. Business Plan Taxa de Desconto  Introdução (continuação) Este modelo reflete os retornos requeridos pelos credores financeiros (capital de terceiros) e pelos acionistas (capital próprio), ponderando-se as participações na estrutura de capitais (relação debt-equity). Dessa forma, o modelo captura os riscos e retornos associados com a estrutura de capital adotada pela empresa para o financiamento de suas operações e investimentos.  Custo de Capital Próprio (acionista) O custo de capital próprio é, normalmente, estimado observando o retorno obtido por investidores no mercado. O modelo denominado “CAPM” (Capital Asset Pricing Model – Modelo de Precificação de Ativos) foi desenvolvido para facilitar e quantificar esse tipo de observação, desdobrando-se o retorno esperado para uma determinada empresa em diversos elementos que podem ser analisados de forma individualizada. Sendo: Ke = Retorno exigido (ou esperado) pelo capital próprio (CAPM) Rf = Retorno obtido em títulos sem risco = Beta Ke = Rf + ( PRm x )+ PRm = Retorno médio do mercado = Riscos não medidos pelo Beta (por exemplo: risco do país, pelo tamanho da empresa ou risco específico do negócio) 91
  • 92. Business Plan Taxa de Desconto Representa o retorno requerido pelo investidor para investimentos em títulos conceitualmente sem risco. Adotamos como parâmetro Taxa Livre de taxa livre de risco a média aritmética histórica dos últimos 24 de Risco meses das taxas oferecidas pelo Governo Norte-Americano (T-Bond americano de 30 anos). Média (Jan/09 – Dez10) 4,02% Taxa Livre de Risco (T -Bonds) 6,0% 5,0% 4,74% 4,59% 4,63% 4,57% 4,54% 4,47% 4,43% 4,34% 4,32% 4,29% 4,35% 4,40% 4,34% 4,0% 4,14% 4,18% 4,10% 4,04% 4,06% 4,02% 3,91% 3,98% 3,71% 3,58% 3,0% 3,05% 2,0% 1,0% jun/08 ago/08 out/08 dez/08 fev/09 abr/09 jun/09 ago/09 out/09 dez/09 fev/10 abr/10 Fonte: Ibbotson 92
  • 93. Business Plan Taxa de Desconto Representa o retorno acima da taxa livre de risco que o investidor exige Prêmio por investir (estar exposto ao risco) no mercado de capitais, devido seu de Mercado risco inerente. Adotamos o retorno médio das ações (valorização e dividendos pagos) para grandes empresas americanas desde 1926, calculado pelo Ibbotson Associates. Média (1926 – 2006) 6,50% 30 25 20 15 10 5 0 1926 1931 1936 1941 1946 1951 1956 1961 1966 1971 1976 1981 1986 1991 1996 2001 2006 -5 Risk Premium (Large Companies) Fonte: Ibbotson 93
  • 94. Business Plan Taxa de Desconto Representa a medida do risco da empresa ou do setor em análise. Para o cálculo do beta, foi utilizado o beta desalavancado médio de empresas que Beta atuam no mesmo segmento do empreendimento com base na estrutura de capitais e taxa de IR de cada empresa. Este beta médio foi realavancado utilizando-se a estrutura de capitais projetada para a empresa em análise e por sua taxa média do imposto de renda. Industry Name Number of Firms Average Beta Market D/E Ratio Tax Rate Unlevered Beta Cash/Firm Value Advertising 28 1.79 36.55% 12.86% 1,36 11.96% Air Transport 40 1.21 52.64% 22.30% 0,86 9.70% Apparel 48 1.35 15.80% 20.86% 1,20 9.14% Bank 418 0.75 85.86% 13.89% 0,43 8.29% Educational Services 37 0.79 8.89% 27.32% 0,75 11.26% Electronics 158 1.13 18.40% 12.85% 0,97 14.08% Healthcare Information 26 0.94 4.86% 22.42% 0,91 5.67% Total Market 5928 1.15 36.04% 15.32% 0,88 8.51% Sendo: t = Imposto de Renda da Empresa (*) Beta Desalavancado = Beta Médio das Empresas Tax = Imposto de Renda Brasil D = Dívida Líquida 1+ (1-t)*(D / E) E = Capital Próprio (Market Value) Capital = relação de capital Beta Realavancado = Beta Desalavancado * (1+(1-tax)*(capital)) próprio/terceiros da amostra de empresas Fonte: Damodaran 94