Material para conscientização sobre campanhas de desinformação para uso de professores em sala de aula. Entenda o que são as Fake News e como evitar cair e compartilhar informações falsas.
3. O que são
Fake News?
E por que preferimos falar
Campanhas de Desinformação
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4. Quem inventou o termo Fake News?
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Donald Trump afirma que a criação foi dele,
entretanto temos registros desse termo bem
antes. Rumores em propaganda política são
uma estratégia usada desde a antiguidade.
Hannah Arendt, pesquisadora política alemã,
defendeu que o totalitarismo do início do
século XX aumentou a disseminação de
desinformação.
Detalhe da obra “The Fin de Siècle
Newspaper Proprietor”, de 1894
5. Porque preferimos o termo
campanhas de desinformação?
O termo Fake News foi esvaziado, muitas vezes,
usado por aqueles que disseminam desinformação.
Outro motivo é a impressão de que se tratam de
notícias, quando variados materiais de
comunicação são usados, não necessariamente
parecendo notícias jornalísticas (que, por definição,
são registro dos fatos, portanto, não podem ser
falsas).
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Tuíte do deputado Alberto Fraga
com falsas alegações
6. Anatomia da desinformação
▸ Origem
▹ Não conta fonte
▹ Costumam usar nomes parecidos com
jornais muito conhecidos
▸ Autoria
▹ Tem nome de autor?
▹ O site de onde vêm há informações de
autoria na página de contato?
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Conhecido site de desinformação sem
qualquer informação de autoria do jornal
7. Anatomia da desinformação
▸ Data e contexto
▹ Compartilhar algo antigo como novo
▹ Compartilhar algo de outro contexto
em um contexto de agora
▸ Fonte única
▹ Não há outros veículos de
comunicação confiáveis publicando
a suposta informação
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Imagem de um ataque à Gaza em maio de 2021 está
circulando como se fosse do ataque à Ucrânia em
fevereiro de 2022
8. Anatomia da
desinformação
▸ Linguagem sensacionalista
▹ Excesso de letras maísculas
▹ Excesso de hipérboles
▹ Muitos adjetivos e opiniões
▹ “Sanduíche de mentira”
▹ Excesso de emojis
▹ Apelo para repassar a mensagem para outros
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Mensagem de Whatsapp usando a linguagem comum à
desinformação para conscientização sobre COVID-19
através do humor
9. “Notícias” no Whatsapp e
outras Redes Sociais
O lugar onde mais se dissemina desinformação no Brasil é,
atualmente, o Whatsapp. Grupos de família são foco, além
de grupos ideológicos.
A vantagem do Whatsapp para Fake News: basta ter
número de telefone (que muitas vezes não é verdadeiro). É
feita criptografia, ou seja, não é possível saber o conteúdo
das mensagens. Fica quase impossível saber de onde
partiu a mentira (e quais mentiras estão circulando).
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Greve dos caminhoneiros em 2018 foi
um alvo comum de desinformação no
Whatsapp
12. Agências de
Verificação de fatos
▸ Aos Fatos
▸ Lupa
▸ Fato ou Fake
▸ Boatos.org
▸ E-farsas
▸ Estadão Verifica
▸ Uol Confere
▸ Projeto Comprova
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13. Caminhos da
desinformação
“Como os usuários filtram os
conteúdos e só compartilham
informações com as quais
concordam, quem está nesses
grupos acredita que todo mundo
pensa daquela forma. Quanto mais
vozes dizem a mesma coisa, mais
parece que aquela desinformação
tem fundamento”
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Artigo com a pesquisadora Raquel
Recuero na Revista Pesquisa da Fapesp
14. O que fazer para frear
a desinformação?
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Faça buscas no Google
e sites de checagem
Buscas reversas e operadores
como “site:” para saber onde está
o conteúdo original. Acesse
frequentemente sites de
checagem.
Respire antes de
compartilhar
Quanto mais você concordar com
algo que recebeu, mais tem que
respirar. O dedo de compartilhar
coçou? Cheque.
Só compartilhe o que teve tempo de
checar adequadamente
Não teve tempo de checar? NÃO COMPARTILHE. Sei que é
na melhor das intenções de ajudar, mas uma informação
falsa não ajuda, só atrapalha. “Mas fulano que mandou”: se
ele não checou, pode ter caído em Fake News.
16. TSE atento ao
tema
Em 2019 o TSE organizou um
seminário sobre o tema.
Temos a CPI das Fake News que
apuram questões como disparos
em massa no Whatsapp nas
eleições de 2018 e outras
irregularidades.
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Anais do Seminário Internacional Fake News e eleições
17. TSE e Telegram
Há indícios que o Telegram será
mais usado nas eleições de 2022.
Lá grupos podem ter até 200 mil
pessoas. É possível programar
robôs para disseminar mensagens.
E não tem escritório no Brasil para
ser responsabilizado em caso de
mau uso. O telegram já descumpre
há seis meses ordem do STF e o
TSE estuda bloquear o app.
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19. Fake News dá
dinheiro?
Canais do Youtube, blogs e sites
noticiosos usam uma rede de
parceiros do Google para
monetizar seus conteúdos
(AdSense).
Anúncios são exibidos pela Rede
de Display e parte da receita vai
para onde o anúncio aparecer.
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20. Robôs e perfis
▸ Fátima - robô de checagem da Aos Fatos
▸ Bot Sentinel - robô monitora mensagens de
contas falsas no Twitter
▸ Sleeping Giants - perfil que quer desmonetizar
conteúdos falsos
Há diversas outras iniciativas nascendo
todos os dias. Pesquise sempre.
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21. Deep Fake
Vídeos gerados a partir
de imagens usando
Machine Learning. A
máquina “aprende”
como o rosto ou voz de
uma pessoa funciona e
cria vídeos como se
fossem verdadeiros.
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22. 22
Sujeito a termos
e condições
Documentário de 2013
sobre o que aceitamos
nos termos que não
lemos, mas marcamos
que concordamos.
33. Créditos
▸ Modelo de slides do SlidesCarnival
▸ Ilustrações de Sergei Tikhonov
▸ Fotografias do Unsplash
▸ Criado originalmente por Ana Paula Coelho Barbosa
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