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UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DO PARÁ – UFOPA
INSTITUTO DE BIODIVERSIDADE E FLORESTAS – IBEF
DISCIPLINA ANTROPOLOGIA E SOCIOLOGIA RURAL
EXTRATIVISTAS
ACADÊMICOS DO CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL
PROFª DANIELLE WAGNER
FABRÍCIO SANTOS
KÁSSIA ELEN
LUARA MARQUES
NATHÁLIA THUANNY
RAYLANA RODRIGUES
O EXTRATIVISMO
• Ato da retirada de todo o tipo de material da
natureza para fins comerciais, pessoais ou
industriais.
• O extrativismo é uma das mais antigas
atividades dos seres humanos.
• Existem vários tipos diferentes de
extrativismo, sendo os mais comuns:
extrativismo vegetal, extrativismo mineral e
o extrativismo animal.
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• O extrativismo mineral é a principal
atividade econômica do Pará.
• Baseia-se na exploração da bauxita, ferro,
manganês, calcário, ouro, estanho. O
alumínio e o minério de ferro são os
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EXTRATIVISMO VEGETAL
• O extrativismo vegetal também é de grande
importância (madeira, castanha-do-pará, etc.).
• O extrativismo vegetal é quando o ser humano retira
os produtos vegetais que estão presentes na
natureza, como a madeira, a borracha, seivas, frutos
selvagens e etc.
• Extrativismo vegetal e agricultura são duas definições
completamente diferentes.
• Na agricultura o homem colhe os produtos que
cultivou e produziu, enquanto que no extrativismo ele
retira aquilo que foi criado exclusivamente pela própria
natureza, sem interferência do ser humano.
• Este tipo de extrativismo envolve a caça e a
pesca, ou seja, a perseguição, captura e morte de
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naturais.
• O extrativismo animal é aceitável apenas como
um meio de subsistência humana.
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tornou-se um problema extremamente
alarmante para o equilíbrio do meio ambiente,
fazendo com que muitas espécies de animais
entrassem em extinção.
EXTRATIVISMO ANIMAL
Extrativismo no Brasil
• O extrativismo foi a primeira atividade feita
pelos portugueses quando chegaram ao Brasil,
durante o século XVI.
• O material mais explorado – além do ouro e
outros minérios – foi o pau-brasil, uma árvore
que era extraído um pigmento avermelhado,
muito utilizado no tingimento de tecidos, por
exemplo.
• O extrativismo na Amazônia brasileira
começou a se intensificar a partir de meados
do século XVIII, com o crescente interesse
pelas chamadas “Drogas do Sertão”.
Extrativismo na Amazônia
RESERVA EXTRATIVISTA
RESERVA EXTRATIVISTA
• A ideia de reserva extrativista surgiu em 1985.
• O Decreto 98.897, de 30 de janeiro de 1990, definiu as
Reservas Extrativistas como “espaços territoriais
destinados à exploração autossustentável e
conservação dos recursos naturais renováveis por
população extrativista.
• Na Amazônia as Reservas Extrativistas e Reservas de
Desenvolvimento Sustentável, federais e estaduais,
totalizam 92 unidades, cobrem uma área de 24.925910
hectares, representando 4.8% da Amazônia Legal, 19%
das UCs da Amazônia e 8% das florestas da região,
beneficiando 1.500.000 pessoas.
RESEX Tapajós Arapiuns e FLONA
EXTRATIVISTA TRADICIONAL DA
AMAZÔNIA
• O extrativista tradicional da Amazônia mora
no coração da floresta, vive da coleta das
riquezas naturais.
• Dependência total de patrões e comerciantes
• Casas montadas como palafitas, com
cobertura e paredes de paxiúba e/ou palha.
Extrativistas da Amazônia
“Nosso modo de vida está ameaçado”,
diz extrativista
• Presidente do Conselho Nacional das Populações
Extrativistas (CNS), Joaquim Belo fala sobre a
vida do movimento extrativista da Amazônia
• Carta Capital – Como o modo de vida extrativista vem sendo
afetado?
• Joaquim Belo – [...] É um pacote tecnológico colocado para
todos nós. A produção se padronizou. Já a nossa batalha na
terra é de geração para geração. Foi do meu avô para o meu
pai, do meu pai para mim, e daí vai para o meu filho. Hoje essa
passagem está em risco porque o nosso ambiente rural e
extrativista vem sendo negado o tempo todo.
• CC – Muitas lideranças extrativistas já morreram defendendo a
floresta. O que está em jogo hoje?
• JB - Se compararmos as mortes do Wilson Pinheiro e do Chico
Mendes, naquela época, e como têm sido as mortes por
conflitos no campo atualmente, é uma configuração diferente.
Antes eles defendiam os [...] Hoje tem conflito agrário, mas é o
recurso que está em jogo. Hoje tem um ativo econômico que é
a floresta. É ela que estamos disputando. Nós estamos nessa
disputa para continuarmos usufruindo dela. Mas tem quem
dispute ela sem pensar no futuro. Quem sofre é a floresta.
Comunidades Tradicionais Extrativista da
Amazônia: a luta e os desafios atuais.
“No começo, pensei que estivesse lutando para salvar
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floresta amazônica. Agora, percebo que estou lutando pela
humanidade’. Chico Mendes
• Líderes importantíssimos foram assassinados por
jagunços e pistoleiros a serviço daqueles que querem
converter a floresta em pastagem para criação de gado,
destacamos os nomes de Wilson Pinheiro, líder
extrativista do município de Brasiléia (AC) assassinado
em 1980;
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• Zé Cláudio e Maria do Espírito Santo, casal de
extrativistas, brutalmente, assassinados no Pará em
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• Chico Mendes assassinado em 1988 – líder de
expressão nacional e internacional - no processo de
articulação, mobilização, arregimentação, formulação e
persistência na defesa da floresta Amazônica.
• É impossível defender a floresta sem o direito
ao território.
• Inclusão social das populações extrativistas,
no mundo dos direitos sociais – a grande
maioria vive desprovida dos serviços
essenciais do Estado – no direito à saúde, à
educação, à segurança; o seu volume de
produção não é contabilizado, ou seja, tudo
está na informalidade.
AS EXTRATÉGIAS
• O Chamado da Floresta- momento de maior
mobilização e negociação com as instâncias
governamentais.
• Congresso da entidade, espaço que elege
democraticamente representantes dos noves
estados da Amazônia, estes compõe uma
diretoria de 26 lideranças de base.
III Chamado da Floresta em STM
Autoridades de municípios do oeste do Pará estiveram presentes nas discussões
(Foto: João Machado/G1)
Busca de Resultados
“Hoje, está começando a ter água
tratada na comunidade, vai
começar o processo de energia do
Luz Para Todos. Isso demonstra que
nossa estratégia de luta é
extremamente importante"
Presidente da CNS, Joaquim Belo.
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• Há, 30 anos os extrativistas, organizados
politicamente através do Conselho Nacional
das Populações Extrativistas (CNS) lutam pelo
direito de permanecer nos territórios que
ocupam e dos quais extraem os recursos que,
secularmente, compõem a cesta de produtos
da sociobiodiversidade.
OBRIGADO!
Referências bibliográficas
• ALLEGRETTI, Mary. Centro de Gestão e Estudos
Estratégicos. Soerguimento tecnológico e econômico
de extrativismo na Amazônia. Brasília, DF, 2011.
• Extrativistas da Amazônia se unem no III Chamado da
Floresta http://g1.globo.com/pa/santarem-
regiao/noticia/2015/10/no-pa-extrativistas-da-
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Extrativistas - Amazônia

  • 1. UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DO PARÁ – UFOPA INSTITUTO DE BIODIVERSIDADE E FLORESTAS – IBEF DISCIPLINA ANTROPOLOGIA E SOCIOLOGIA RURAL EXTRATIVISTAS ACADÊMICOS DO CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL PROFª DANIELLE WAGNER FABRÍCIO SANTOS KÁSSIA ELEN LUARA MARQUES NATHÁLIA THUANNY RAYLANA RODRIGUES
  • 3. • Ato da retirada de todo o tipo de material da natureza para fins comerciais, pessoais ou industriais. • O extrativismo é uma das mais antigas atividades dos seres humanos. • Existem vários tipos diferentes de extrativismo, sendo os mais comuns: extrativismo vegetal, extrativismo mineral e o extrativismo animal.
  • 4. EXTRATIVISMO MINERAL • O extrativismo mineral é a principal atividade econômica do Pará. • Baseia-se na exploração da bauxita, ferro, manganês, calcário, ouro, estanho. O alumínio e o minério de ferro são os principais produtos de exportação.
  • 5. EXTRATIVISMO VEGETAL • O extrativismo vegetal também é de grande importância (madeira, castanha-do-pará, etc.). • O extrativismo vegetal é quando o ser humano retira os produtos vegetais que estão presentes na natureza, como a madeira, a borracha, seivas, frutos selvagens e etc. • Extrativismo vegetal e agricultura são duas definições completamente diferentes. • Na agricultura o homem colhe os produtos que cultivou e produziu, enquanto que no extrativismo ele retira aquilo que foi criado exclusivamente pela própria natureza, sem interferência do ser humano.
  • 6. • Este tipo de extrativismo envolve a caça e a pesca, ou seja, a perseguição, captura e morte de animais que se encontram em seus habitats naturais. • O extrativismo animal é aceitável apenas como um meio de subsistência humana. • Atualmente, no entanto, a caça predatória tornou-se um problema extremamente alarmante para o equilíbrio do meio ambiente, fazendo com que muitas espécies de animais entrassem em extinção. EXTRATIVISMO ANIMAL
  • 7. Extrativismo no Brasil • O extrativismo foi a primeira atividade feita pelos portugueses quando chegaram ao Brasil, durante o século XVI. • O material mais explorado – além do ouro e outros minérios – foi o pau-brasil, uma árvore que era extraído um pigmento avermelhado, muito utilizado no tingimento de tecidos, por exemplo.
  • 8. • O extrativismo na Amazônia brasileira começou a se intensificar a partir de meados do século XVIII, com o crescente interesse pelas chamadas “Drogas do Sertão”. Extrativismo na Amazônia
  • 10. RESERVA EXTRATIVISTA • A ideia de reserva extrativista surgiu em 1985. • O Decreto 98.897, de 30 de janeiro de 1990, definiu as Reservas Extrativistas como “espaços territoriais destinados à exploração autossustentável e conservação dos recursos naturais renováveis por população extrativista. • Na Amazônia as Reservas Extrativistas e Reservas de Desenvolvimento Sustentável, federais e estaduais, totalizam 92 unidades, cobrem uma área de 24.925910 hectares, representando 4.8% da Amazônia Legal, 19% das UCs da Amazônia e 8% das florestas da região, beneficiando 1.500.000 pessoas.
  • 12. EXTRATIVISTA TRADICIONAL DA AMAZÔNIA • O extrativista tradicional da Amazônia mora no coração da floresta, vive da coleta das riquezas naturais. • Dependência total de patrões e comerciantes • Casas montadas como palafitas, com cobertura e paredes de paxiúba e/ou palha.
  • 14. “Nosso modo de vida está ameaçado”, diz extrativista • Presidente do Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS), Joaquim Belo fala sobre a vida do movimento extrativista da Amazônia
  • 15. • Carta Capital – Como o modo de vida extrativista vem sendo afetado? • Joaquim Belo – [...] É um pacote tecnológico colocado para todos nós. A produção se padronizou. Já a nossa batalha na terra é de geração para geração. Foi do meu avô para o meu pai, do meu pai para mim, e daí vai para o meu filho. Hoje essa passagem está em risco porque o nosso ambiente rural e extrativista vem sendo negado o tempo todo. • CC – Muitas lideranças extrativistas já morreram defendendo a floresta. O que está em jogo hoje? • JB - Se compararmos as mortes do Wilson Pinheiro e do Chico Mendes, naquela época, e como têm sido as mortes por conflitos no campo atualmente, é uma configuração diferente. Antes eles defendiam os [...] Hoje tem conflito agrário, mas é o recurso que está em jogo. Hoje tem um ativo econômico que é a floresta. É ela que estamos disputando. Nós estamos nessa disputa para continuarmos usufruindo dela. Mas tem quem dispute ela sem pensar no futuro. Quem sofre é a floresta.
  • 16. Comunidades Tradicionais Extrativista da Amazônia: a luta e os desafios atuais. “No começo, pensei que estivesse lutando para salvar seringueiras, depois pensei que estava lutando para salvar a floresta amazônica. Agora, percebo que estou lutando pela humanidade’. Chico Mendes
  • 17. • Líderes importantíssimos foram assassinados por jagunços e pistoleiros a serviço daqueles que querem converter a floresta em pastagem para criação de gado, destacamos os nomes de Wilson Pinheiro, líder extrativista do município de Brasiléia (AC) assassinado em 1980; • Irmã Dorothy Stang, missionária assassinada em 2005, • Zé Cláudio e Maria do Espírito Santo, casal de extrativistas, brutalmente, assassinados no Pará em 2011, e • Chico Mendes assassinado em 1988 – líder de expressão nacional e internacional - no processo de articulação, mobilização, arregimentação, formulação e persistência na defesa da floresta Amazônica.
  • 18. • É impossível defender a floresta sem o direito ao território. • Inclusão social das populações extrativistas, no mundo dos direitos sociais – a grande maioria vive desprovida dos serviços essenciais do Estado – no direito à saúde, à educação, à segurança; o seu volume de produção não é contabilizado, ou seja, tudo está na informalidade.
  • 19. AS EXTRATÉGIAS • O Chamado da Floresta- momento de maior mobilização e negociação com as instâncias governamentais. • Congresso da entidade, espaço que elege democraticamente representantes dos noves estados da Amazônia, estes compõe uma diretoria de 26 lideranças de base.
  • 20. III Chamado da Floresta em STM
  • 21. Autoridades de municípios do oeste do Pará estiveram presentes nas discussões (Foto: João Machado/G1)
  • 22. Busca de Resultados “Hoje, está começando a ter água tratada na comunidade, vai começar o processo de energia do Luz Para Todos. Isso demonstra que nossa estratégia de luta é extremamente importante" Presidente da CNS, Joaquim Belo.
  • 23. Desafios atuais • Há, 30 anos os extrativistas, organizados politicamente através do Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS) lutam pelo direito de permanecer nos territórios que ocupam e dos quais extraem os recursos que, secularmente, compõem a cesta de produtos da sociobiodiversidade.
  • 24.
  • 25.
  • 27. Referências bibliográficas • ALLEGRETTI, Mary. Centro de Gestão e Estudos Estratégicos. Soerguimento tecnológico e econômico de extrativismo na Amazônia. Brasília, DF, 2011. • Extrativistas da Amazônia se unem no III Chamado da Floresta http://g1.globo.com/pa/santarem- regiao/noticia/2015/10/no-pa-extrativistas-da- amazonia-se-unem-no-3-chamado-da- floresta.html.Set/16. •