O principal agente etiológico é a Candida albicans, que corresponde a cerca de 90% dos casos e pode ser encontrada na microbiota normal sem causar sintomas. Alguns fatores de risco podem levar ao desequilíbrio desencadeando o quadro.
1. Introdução quimica orgânica, pontos relevantes ao entendimento do processo
excesso de fungos, como candidíase. doenças sexualmente transmissíveis, principalmente tricomoníase.
1. Ministério da Saúde
ESCOLA POLITÉCNICADE SAÚDE JOAQUIM VENÂNCIO - FIOCRUZ
CURSO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONALTÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO
EM CITOPATOLOGIA
Vulvovaginite: Principais agentes etiológicos, características
clínicas e análises citológicas
Camila Guardiano do Nascimento
Orientadora: Gysele Guimarães Carvalho Rocha
Rio de Janeiro
2016
3. Gram-positivas
Composição da Microbiota Vaginal é variável
• Variações hormonais
• Sangue menstrual
• Gestação
• Uso de contraceptivos
• Intercurso sexual
• Uso de duchas
• Desodorantes íntimos
• Antibióticos
• Medicamentos com ação imunossupressora
(LINHARES, GIRALDO & BARACAT, 2010)
Formato bacilar
Produtores de ácido lático
Bacilos de döederlein
Peróxido de hidrogênio (H2O2)
Bacteriocinas (NETO, 2011).
4. • Citologia cérvico-vaginal (BONFANTI & GONÇALVES, 2010).
• Consequências das alterações microbianas: Vaginite ou
Vulvovaginite.
• Responsáveis pele frequente procura por consultas
ginecológicas.
• Desconforto físico
• Emocional
• Embaraços conjugais e sociais
• Possíveis problemas com a gestação e problemas com a
esterilidade (FERRACIN & OLIVEIRA, 2005).
• Abandono da Anamnese (SANTOS, VEIGA & ANDRADE, 2011).
5. OBJETIVO GERAL
• Descrever as características clínicas e citológicas associadas
aos principais agentes, apontando a anamnese como uma
importante ferramenta no diagnóstico dessa inflamação.
6. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Descrever detalhadamente os principais microrganismos
frequentemente associados a infecção.
• Descrever as características clínicas relatadas e como esses
patógenos se apresentam na citologia esfoliativa.
7. Metodologia
• Revisão bibliográfica cujo tema é a Vulvovaginite e os principais agentes
causadores.
• Como fonte para a realização desse trabalho foram utilizados livros e os
bancos de dados Pubmed, Scielo e Google acadêmico, no período de
Agosto à Dezembro de 2016.
• Os descritores utilizados para a busca por trabalhos foram: vulvovaginite,
vaginites, Gardnerella vaginalis, Trichomonas vaginalis, Candida sp.,
microbiota vaginal, Lactobacillus, Aparelho reprodutor feminino, Anamnese
e citologia cérvico-vaginal.
• As fotos contidas nesse trabalho foram fotografadas de lâminas do arquivo
do SITEC/DIPAT – INCA no período de Novembro à Dezembro de 2016.
8. DESENVOLVIMENTO
Citologia vaginal
Figura 3. Ilustração das cinco diferentes
camadas do epitélio escamoso estratificado da
ectocérvice e da vagina
Fonte: LIMA, 2012.
Relação patógeno/hospedeiro
As células das camadas intermediárias e superficiais são
ricas em glicogênio, originado a partir da metabolização
pelas células basais da glicose oriunda do estroma.
Depois do fígado, este é o tecido mais rico em glicogênio
(SOUZA, 2009).
9. DESENVOLVIMENTO
Vulvovaginite
Inflamação que acomete a região da vagina e a vulva
(ALESSI & OKASAKI, 2007).
Possui a capacidade de progredir e esses
microrganismo podem ascender às tubas
uterinas e aos ovários, ganhar o espaço
peritoneal, vasos sanguíneos e linfáticos
(BIBBO, 2008).
10. • Um grande número de mulheres pode abrigar
infecções genitais assintomáticas ou com
discretas manifestações clínicas (BIBBO, 2008).
• Normalmente uma infecção vaginal pode
produzir uma série de sintomas clínicos como o
aumento das secreções vaginais (leucorréia),
prurido e desconforto vulvar geral, dispareunia,
disúria e edema local ocorrendo em diferentes
intensidades (ALESSI & OKASAKI, 2007).
DESENVOLVIMENTO
Origem fisiológica
Origem Infecciosa
11. Entrevista detalhada sobre:
• As práticas e comportamento sexuais,
• Ciclos menstruais,
• Hábitos de higiene
• Medicações (FEUERSCHUETTE et al, 2010).
DESENVOLVIMENTO
Embora o exame de Papanicolaou tenha sido preconizado
fundamentalmente para o rastreio das alterações epiteliais de
natureza pré-neoplásica ou neoplásica do colo uterino, é possível
através dele identificar a presença de certos agentes infecciosos
(BONFANTI & GONÇALVES, 2010).
Fonte: Blog. PSF Vilar Carioca.
Fonte: Página UmComo, saúde da mulher.
12. MicrobiotaAnfibiôntica Humana
DESENVOLVIMENTO
Fonte: Blog Biologia Virtual.
Bactérias
Fungos
Protozoários
FERREIRA, DOMINGUES & UZEDA, 2013.
Fatores como: Sitio anatômico , pH, Temperatura,
disponibilidade de oxigênio, água e nutrientes são
determinantes para o estabelecimento das espécies
(HICKEY et al, 2015).
17. Candida sp.
DESENVOLVIMENTO
Colonizam a microbiota da pele
e mucosa humana
Desequilíbrio = Candidíase
Fatores de virulência
Origem endógena ou exógena
Fonte: Estomatologia online
TOZZO & GRAZZIOTIN, 2012.
19. Figura 7. Citologia (Papanicolaou, 400x). a) Blastoconídeos (seta) e b) Pseudo-hifas (seta) de Candida sp.
Fonte: Arquivo SITEC/INCA/2016.
DESENVOLVIMENTO
A citologia permite a identificação
do microrganismo
Dificuldade no tratamento
• Doses inadequadas
• Tratamentos incompletos
• Uso de medicamentos visando a
profilaxia
TOZZO & GRAZZIOTIN, 2012
FERRACIN & OLIVEIRA , 2005
20. Trichomonas vaginalis
DESENVOLVIMENTO
Figura 8. Morfologia de Trichomonas
vaginalis
Fonte: REY, 2010.
Protozoário Anaeróbio
Facultativo
Formato :
Ovóide
Piriforme
Flagelado Movimentos irregulares
Meio úmido, pH 4,9 a 7,5
Temp. 20 a 40 °C
LEMOS & GARCÍA-ZAPATA, 2014
21. Figura 9. Citologia (Papanicolaou, 400x). Alterações
citomorfológicas associadas ao T. vaginalis. T. vaginalis (seta) e
pseudoeosinofilia e haloperinuclear (ponta de seta).
Fonte:Arquivo SITEC/INCA/2016.
DESENVOLVIMENTO
Vias de transmissão
Tricomoníase
3 a 20 dias de incubação
Sua incidência depende de
vários fatores
Fagocita hemácias e células do SI
Para obtenção de energia : Glicose,
maltose, galactose e Glicogênio.
BRAVO, 2010
Citologia ginecológica auxilia na
identificação
22. DESENVOLVIMENTO
Características clínicas
• Odor
• Edema
• Dor no baixo ventre
• Dor durante o coito ou dificuldade de executá-lo
• Leucorréia exacerbada ou espumosa
• Cor acinzentada, amarelada ou esverdeada (FERRACIN & OLIVEIRA, 2005)
23. CONCLUSÃO
Agente Etiológico Apresentação na
citologia
Alterações celulares
G. vaginalis
Formação de clue-cells devido a
sua propriedade de aderência ao
citoplasma da célula epitelial.
Redução do núcleo (Picnose).
Candida sp.
Forma de pseudo-hifas podendo
ser septadas ou não e os
bastoconídeos.
Visualizadas geralmente abaixo
de um conjunto de células
epiteliais, causam
pseudoeosinofilia, halos
perinucleares e tumefação
celular.
T. Vaginalis
São vista estruturas redondas, ovais
ou piriformes com seu citoplasma
cinza-azulado com núcleo
excêntrico, mal definido.
Pseudoeosinofilia, halos
perinucleares, ativação nuclear,
hiperceratose e perda da borda
citoplasmáticada célula epitelial.
Citologia esfoliativa possui papel
relevante
A identificação é obtida através
da morfologia e as alterações
celulares provocadas
Rememorar os acontecimentos
referentes à saúde da paciente é
importante para o tratamento
Resistência
24. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALESSI AMB, OKASAKI ELJ. Diagnóstico, tratamento e prevenção de vaginoses e vulvovaginites durante a gestação. Rev Enferm
UNISA 2007; 8: 5-8.
BIBBO, M. Comprehensive Cytopathology. Third Edition. Saunders Elsevier, Chapter 7, p. 91-125.
BRAVO, R.S. et al. Tricomoníase vaginal: O que se passa? DST - J bras Doenças Sex Transm 2010; 22(2): 73-80.
CARVALHO MG. Presença de 20% ou mais de clue cells como um critério diagnóstico de vaginose bacteriana em
esfregaços de Papanicolaou. Dissertação (mestrado em citologia). Campinas: Universidade Estadual de Campinas; 2005.
CASTRO,A.A., Atuação do enfermeiro frente a pacientes com tricomoníase: Revisão integrativa da literatura. Distrito Federal,
2013. Monografia de conclusão de curso de enfermagem.
CONSOLARO, M.E.L., SUZUKI, L.E. Bactérias do trato genital feminino detectadas pela colposcitologia. Arq. Ciênc. Saúde Unipar,
2(3): 289-294, 1998.
DE CARLI, G. A. et al. Parasitologia Humana. 11. ed. EditoraAtheneu, 2005.
.
FONSECA, C.G.; PASSOS, M.R.L. DST- J bras Doenças Sex Transm, 2 (2,3,4): 52-55, 1990.
JAWETZ, E.; MELNICK, J.;ADELBERG, E. Microbiologia Médica. 21ª Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 2000.
JUNIOR, JE. Guia prático de condutas sobre higiene genital feminina. FEBRASGO - Federação Brasileira dasAssociações de
Ginecologia e Obstetrícia- São Paulo – 2009.