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Estudo Semanal do Sefer Matitiyahu (Livro de Mateus)
Por Sha'ul Bentsion
Capítulo 1
1:1 "Livro da genealogia de Yeshua HaMashiach, filho de David, filho de Avraham."
O nome "Yeshua" foi posteriormente traduzido para o grego como Iesous. A explicação é que o
grego não possui o som do "Shin", e é costume que nomes de homens terminem com sufixos "-os"
ou "-es" ou "-us". Posteriormente, Iesous tornou-se o popular "Jesus".
O título "Mashiach" ou "Messias" vem da raíz hebraica "mashach", que significa literalmente
"ungir". Logo, "Mashiach" significa literalmente "o Ungido". No Tanach (Primeiro Testamento), a
unção com óleo era símbolo de uma dedicação plena ao serviço de YHWH em algum determinado
posto. Temos exemplos da unção dos cohanim (sacerdotes) em Shemot/Êxodo 30:30 e de reis em
Sh'muel Alef (1 Samuel) 15:1. A unção com óleo também simbolizava status, sendo usada em
ocasiões especiais, como vemos em Rute 3:3. A unção de Yeshua demonstra estes três aspectos: Ele
é sacerdote, Rei, e possui um status diferenciado.
O nome "Yeshua" é uma contração derivada do nome Yehoshua, popularmente traduzido como
Josué. Yehoshua significa "YHWH salva". Após o exílio babilônico, essa contração tornou-se um
nome popular entre os judeus. Maiores informações no comentário sobre o versículo 21.
O termo "filho de David" aqui não é uma mera referência genealógica, mas sim um título
messiânico encontrado ao longo da literatura judaica. Referências davídicas podem ser encontradas
no Tanach (Primeiro testamento) em textos como: Sh'muel Beit (2 Samuel) 7:12-13,16; Yeshayahu
(Isaías) 11:1; Yirmiyahu (Jeremias) 23:5-6; Zechariyah (Zacarias) 23:5-6 e 3:8; Yehezkel
(Ezequiel) 37:24; Amos 9:11-12; Tehilim (Salmos) 89:4-5,36-37 e 132:11.
O termo "filho de Avraham" estabelece dois pontos importantes. Primeiramente, demonstra a
legitimidade de David, uma vez que era algo questionado por exemplo pelos samaritanos, que
questionavam tudo aquilo que dizia respeito ao centro da adoração a YHWH ser em Yerushalayim
(Jerusalém) ao invés do monte Guerazim. Os samaritanos questionavam David por sua genealogia
ser fruto de casamentos que teoricamente seriam proibidos pela Torá. Contudo, a Torá não proíbe o
casamento com estrangeiros que se unam ao povo de Israel - muito pelo contrário - determina que
sejam tratados como iguais. Ao utilizar a expressão "filho de Avraham", Matitiyahu (Mateus)
legitima o reinado davídico. Além disto, tal expressão é alusão à promessa feita a Avraham em
Bereshit (Gênesis) 17. A restauração do Tabernáculo de David (isto é, do Reino de Israel) em
Yeshua é parte fundamental da sua vinda.
1:2-1:16 A Genealogia
A genealogia de Yeshua, e principalmente a dada em Matitiyahu (Mateus) tem sido tópico de
muitas controvérsias. Porém, vale ressaltar que tais controvérsias são exclusivas dos manuscritos
gregos. Se admitirmos a primazia semita do Sefer Matitiyahu (Livro de Mateus), conforme
inclusive testificam os chamados “pais da igreja”, então é possível encontrar uma solução
perfeitamente razoável para a questão. Já havíamos feito estudo comentando a Genealogia de
Yeshua, o qual pode ser visto através do link abaixo:
http://www.torahviva.org/artigos/Ketuvim%20Netzarim/A%20Genealogia%20de%20Yeshua.zip
1:17 – Quatorze Gerações
É fato conhecido que os números na Bíblia possuem um significado especial, e não necessariamente
um objetivo de precisão matemática conforme dita a nossa cultura ocidental. A pergunta principal
que fazemos é: Por que Matitiyahu (Mateus) teria optado por dividir a genealogia do Mashiach em
séries de 14?
A resposta está no significado do número 14 na simbologia bíblica. Seguem alguns elementos
ligados ao número 14:
• David: O indício mais evidente é o da dinastia davídica. O nome DAVID (hebraico: Dalet +
Vav + Dalet) totaliza 14. As três séries demonstram I) o estabelecimento da dinastia
davídica, II) o seu reinado até o cativeiro, culminando em III) a restauração do trono de
David no Mashiach
• O Cordeiro: O número 14 também indica a data da morte do cordeiro do Pessach (vide Ex.
12:6). Matitiyahu (Mateus) faz uma alusão ao objetivo da vinda do Mashiach
• A mão de YHWH: 14 também é o número da palavra YAD (hebraico: Yud + Dalet) que
significa “mão”. Nos profetas, a mão de YHWH é uma referência à Sua ação direta na
criação, tanto para trazer juízo quanto libertação. O Mashiach é a própria mão de YHWH.
• A Torá: No livro “Divrei HaYamim” (1 e 2 Crônicas), que é considerada a Meguilá
(história) dos Reis de Israel, o termo “Torá de YHWH” aparece 14 vezes. Em um nível
SOD, é possível que Matitiyahu (Mateus) estivesse indicando que o Último Rei de Israel
seria a própria Torá (Palavra de YHWH) feita carne
1:18-19 Ora, o nascimento de Yeshua HaMashiach foi assim: Estando Miriyam, sua mãe,
desposada com Yossef, antes de se ajuntarem, ela se achou ter concebido da Ruach HaKodesh. E
como Yossef, seu esposo, era justo, e não a queria difamar, intentou deixá-la secretamente.
Na cultura da época, o noivado já era considerado como sendo parte do casamento, mesmo que o
último ainda não houvesse sido consumado. Uma gravidez de Miriyam teria sido considerada um
adultério, o que a sujeitaria a apedrejamento. Além disto, seu filho teria sido considerado um
“mamzer”, isto é, um bastardo – o qual dentro do Judaismo tradicional possui uma série de
restrições no que diz respeito a futuros casamentos e até mesmo a frequência ao Beit HaMicdash
(Templo).
Como legalmente Yossef e Miriyam já eram praticamente casados, para que Yossef pudesse deixar
Miriyam, teria que conceder um “guet”, isto é, uma carta de divórcio nos moldes da Torá. Vide
Devarim/Deuteronômio 24:1
1:20 E, projetando ele isso, eis que em sonho lhe apareceu um anjo de YHWH, dizendo: Yossef,
filho de David, não temas receber a Miriyam, tua mulher, pois o que nela se gerou é da Ruach
HaKodesh;
O termo Ruach HaKodesh (ie. “Espírito de Santidade”) é similar ao termo “Ruach Elohim” (ie.
“Espírito de D-us”) que aparece em Bereshit/Gênesis 1:2. O termo está intrinsecamente ligado à
vida, pois significa literalmente “sopro” ou “vento”. O fôlego da vida em Bereshit é um dom da
Ruach. A missão do Mashiach era a de restaurar a vida em meio ao povo de Israel, portanto a
presença da ação da Ruach era imprescindível. Vemos a relação entre a Ruach e a missão do
Mashiach em textos como Yeshayahu (Isaías) 48:16 e 63:10-11.
Um ponto interessante é o fato de que na época do Segundo Beit HaMicdash (Templo), o termo
“Ruach HaKodesh” era usado intercambiavelmente com outro termo rabínico, conhecido como
“Shekiná”. A Shekiná é descrita na literatura rabínica como sendo a manifestação física da Glória
de YHWH, e portanto sendo considerada como a própria presença de YHWH.
Assim como o termo 'Memra' (Palavra), o termo 'Shekiná' também é frequentemente utilizado na
literatura judaica como substituto para o Tetragrama (YHWH). Os sábios identificam a 'Shekiná'
como tendo papel semelhante ao da Memra (Palavra), que é servir como intermediária entre YHWH
e os homens. Por isso, a Shekiná é tida como uma outra manifestação de YHWH Katan (ie. uma
manifestação de YHWH auto-limitada para interagir com a Criação – vide estudo sobre YHWH
Katan/Gadol).
Outro ponto interessante é que segundo a tradição judaica, a Shekiná sempre se fazia presente na
inauguração do Santuário. Foi assim com o Mishcan (Tabernáculo), e com os 2 Batei (Templos). A
presença da Ruach HaKodesh/Shekiná na concepção do Mashiach é mais um indício de que o
Mashiach seria YHWH tabernaculando conosco – um verdadeiro Templo humano da própria
essência e manifestação de YHWH.
Curiosamente, tanto o termo “Ruach” quanto o termo “Shekiná” são femininos, e indicam uma
manifestação do aspecto feminino de YHWH. Isto é bastante relevante nesta passagem pois na
criação geração da vida está associada ao feminino.
1:21 ela dará à luz um filho, e ela o chamará Yeshua; porque ele salvará o seu povo de todos os
seus pecados.
Aqui temos um jogo de palavras entre “Yeshua” e a expressão "Hu Yoshia", que significa "Ele
[Elohim] salvará." Além disso, o nome “Yeshua” é semelhante à expressão hebraica “Yeshuá”, que
tem uma ligeira diferença de grafia por ser feminina. A palavra “Yeshuá” no hebraico significa
“salvação”. Em todas as alusões e jogos de palavras, fica bem claro pelo nome de “Yeshua” qual a
sua missão.
Curiosamente, o manuscrito de Shem Tob neste trecho traz “meu povo” ao invés de “seu povo”. Em
ambos os casos, temos uma referência clara ao povo de Israel, pois a restauração tanto da Casa de
Yehudá (“judeus”) quanto de Efrayim (já na época tidos como “gentios”) é a missão primordial do
Mashiach.
1:22 Ora, tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que fora dito da parte de YHWH pelo
profeta:
É notória a preocupação de Matitiyahu (Mateus) em legitimar o Mashiach através da citação de
profecias. Isto se dá por dois motivos:
I. Já naquela época, havia diversos candidados a messias que apareciam e/ou eram apontados
por algum rabino proeminente. Matitiyahu (Mateus) sabia que aquilo que tornava o
Mashiach Yeshua singular era o cumprimento das profecias messiânicas, algo que nenhum
outro candidato a messias até hoje fez.
II. Ao contrário do que se pensa, o conceito judaico do “Mashiach” é fruto de estudo sobre a
revelação de YHWH, que foi progressiva. Não temos no Tanach (Primeiro Testamento)
nenhuma porção se identifique como sendo “a descrição do Mashiach” O termo “Mashiach”
sequer aparece no Tanach! Tudo o que sabemos sobre o Mashiach foi sendo revelado aos
poucos, e compreendido através de muito estudo. Mesmo assim, na época nem todo conceito
acerca do Mashiach estava 100% claro. Por isso Matitiyahu (Mateus) se dá ao trabalho de
identificar e listar alguns dos principais textos messiânicos e apresentar algumas
explicações.
Seguem exemplos de textos onde Matitiyahu (Mateus) lista profecias messiânicas: Mt. 2:5,15,17;
3:3; 4:14; 8:17; 11:10; 12;17; 13;14,35; 21:4 e 22:43.
1:23 Eis que a almah conceberá e dará à luz um filho, o qual será chamado Imanu'el, que é
interpretado como Elohim conosco.
A profecia é uma referência a Yeshayahu (Isaías) 7:14. O texto grego gera uma grande controvérsia,
bem como muitas críticas dos chamados 'anti-missionários' por traduzir o termo como 'uma virgem
conceberá'. Tais 'anti-missionários' dizem que traduzir 'almah' como 'virgem' é um erro, e que o
termo mais apropriado seria 'betulá'. Contudo, a verdade é 'almah' pode significar tanto ‘virgem’
quanto ‘moça/jovem’. Rashi, grande comentarista do Tanach, trata o termo das duas formas: como
‘virgem’ em Shir HaShirim (Cântico dos Cânticos) 1:3 e 6:8, porém como ‘moça/jovem’ em
Yeshayahu (Isaías) 7:12. Seja como for, este suposto problema apontado pelos 'anti-missionários'
não existe no original hebraico de Matitiyahu, que traz a palavra ‘almah’, tal qual o profeta
Yeshayahu (Isaías).
O termo 'Imanu'el' significa literalmente 'Conosco é Elohim', como podemos ver:
IM: 'com'
ANU: 'nós'
EL: abreviação de 'Elohim'
Contudo, se Yeshua nunca foi literalmente chamado de 'Imanu'el', por que Matitiyahu (Mateus)
faria referência a essa profecia?
Na realidade, Matitiyahu (Mateus) faz um Remez (vide artigo sobre como interpretar as Escrituras
como um judeu), isto é, ele dá uma 'dica' de um dos atributos divinos do Mashiach. Nomes
frequentemente na Bíblia são indicativos de atributos. O principal atributo do Mashiach, segundo
Matitiyahu (Mateus), é o de que Ele seria Elohim conosco.
1:24-25 E Yossef, tendo despertado do sono, fez como o anjo de YHWH lhe ordenara, e recebeu
sua mulher; e não se deitou com ela enquanto ela não deu à luz um filho; e pôs-lhe o nome de
Yeshua.
A expressão “Anjo de YHWH” é mais uma indicação da manifestação de YHWH Katan (vide
comentário sobre o versículo 20). No Tanach (Primeiro Testamento), esta expressão é utilizada
intercambiavelmente com o Tetragrama (YHWH) quando trata-se de uma manifestação tangível de
YHWH.
Curiosamente, apenas neste capítulo, vemos YHWH Katan manifestar-se de múltiplas formas:
como “Anjo de YHWH”, como Ruach/Shekiná, e como o próprio Mashiach. Manifestações
múltiplas de YHWH não são raras no Tanach e nos demonstram como cada atributo divino está
envolvido no plano da salvação.
Com respeito a relação entre Yossef e Miriyam, a expressão no hebraico não deixa dúvidas de que a
abstinência sexual durou até o nascimento de Yeshua. Após o mesmo, Yossef e Miriyam tiveram
uma vida normal de casal, e por isso ao longo dos Escritos Nazarenos (“Novo” Testamento) temos
referências aos irmãos de Yeshua.

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  • 1. Estudo Semanal do Sefer Matitiyahu (Livro de Mateus) Por Sha'ul Bentsion Capítulo 1 1:1 "Livro da genealogia de Yeshua HaMashiach, filho de David, filho de Avraham." O nome "Yeshua" foi posteriormente traduzido para o grego como Iesous. A explicação é que o grego não possui o som do "Shin", e é costume que nomes de homens terminem com sufixos "-os" ou "-es" ou "-us". Posteriormente, Iesous tornou-se o popular "Jesus". O título "Mashiach" ou "Messias" vem da raíz hebraica "mashach", que significa literalmente "ungir". Logo, "Mashiach" significa literalmente "o Ungido". No Tanach (Primeiro Testamento), a unção com óleo era símbolo de uma dedicação plena ao serviço de YHWH em algum determinado posto. Temos exemplos da unção dos cohanim (sacerdotes) em Shemot/Êxodo 30:30 e de reis em Sh'muel Alef (1 Samuel) 15:1. A unção com óleo também simbolizava status, sendo usada em ocasiões especiais, como vemos em Rute 3:3. A unção de Yeshua demonstra estes três aspectos: Ele é sacerdote, Rei, e possui um status diferenciado. O nome "Yeshua" é uma contração derivada do nome Yehoshua, popularmente traduzido como Josué. Yehoshua significa "YHWH salva". Após o exílio babilônico, essa contração tornou-se um nome popular entre os judeus. Maiores informações no comentário sobre o versículo 21. O termo "filho de David" aqui não é uma mera referência genealógica, mas sim um título messiânico encontrado ao longo da literatura judaica. Referências davídicas podem ser encontradas no Tanach (Primeiro testamento) em textos como: Sh'muel Beit (2 Samuel) 7:12-13,16; Yeshayahu (Isaías) 11:1; Yirmiyahu (Jeremias) 23:5-6; Zechariyah (Zacarias) 23:5-6 e 3:8; Yehezkel (Ezequiel) 37:24; Amos 9:11-12; Tehilim (Salmos) 89:4-5,36-37 e 132:11. O termo "filho de Avraham" estabelece dois pontos importantes. Primeiramente, demonstra a legitimidade de David, uma vez que era algo questionado por exemplo pelos samaritanos, que questionavam tudo aquilo que dizia respeito ao centro da adoração a YHWH ser em Yerushalayim (Jerusalém) ao invés do monte Guerazim. Os samaritanos questionavam David por sua genealogia ser fruto de casamentos que teoricamente seriam proibidos pela Torá. Contudo, a Torá não proíbe o casamento com estrangeiros que se unam ao povo de Israel - muito pelo contrário - determina que sejam tratados como iguais. Ao utilizar a expressão "filho de Avraham", Matitiyahu (Mateus) legitima o reinado davídico. Além disto, tal expressão é alusão à promessa feita a Avraham em Bereshit (Gênesis) 17. A restauração do Tabernáculo de David (isto é, do Reino de Israel) em Yeshua é parte fundamental da sua vinda. 1:2-1:16 A Genealogia A genealogia de Yeshua, e principalmente a dada em Matitiyahu (Mateus) tem sido tópico de
  • 2. muitas controvérsias. Porém, vale ressaltar que tais controvérsias são exclusivas dos manuscritos gregos. Se admitirmos a primazia semita do Sefer Matitiyahu (Livro de Mateus), conforme inclusive testificam os chamados “pais da igreja”, então é possível encontrar uma solução perfeitamente razoável para a questão. Já havíamos feito estudo comentando a Genealogia de Yeshua, o qual pode ser visto através do link abaixo: http://www.torahviva.org/artigos/Ketuvim%20Netzarim/A%20Genealogia%20de%20Yeshua.zip 1:17 – Quatorze Gerações É fato conhecido que os números na Bíblia possuem um significado especial, e não necessariamente um objetivo de precisão matemática conforme dita a nossa cultura ocidental. A pergunta principal que fazemos é: Por que Matitiyahu (Mateus) teria optado por dividir a genealogia do Mashiach em séries de 14? A resposta está no significado do número 14 na simbologia bíblica. Seguem alguns elementos ligados ao número 14: • David: O indício mais evidente é o da dinastia davídica. O nome DAVID (hebraico: Dalet + Vav + Dalet) totaliza 14. As três séries demonstram I) o estabelecimento da dinastia davídica, II) o seu reinado até o cativeiro, culminando em III) a restauração do trono de David no Mashiach • O Cordeiro: O número 14 também indica a data da morte do cordeiro do Pessach (vide Ex. 12:6). Matitiyahu (Mateus) faz uma alusão ao objetivo da vinda do Mashiach • A mão de YHWH: 14 também é o número da palavra YAD (hebraico: Yud + Dalet) que significa “mão”. Nos profetas, a mão de YHWH é uma referência à Sua ação direta na criação, tanto para trazer juízo quanto libertação. O Mashiach é a própria mão de YHWH. • A Torá: No livro “Divrei HaYamim” (1 e 2 Crônicas), que é considerada a Meguilá (história) dos Reis de Israel, o termo “Torá de YHWH” aparece 14 vezes. Em um nível SOD, é possível que Matitiyahu (Mateus) estivesse indicando que o Último Rei de Israel seria a própria Torá (Palavra de YHWH) feita carne 1:18-19 Ora, o nascimento de Yeshua HaMashiach foi assim: Estando Miriyam, sua mãe, desposada com Yossef, antes de se ajuntarem, ela se achou ter concebido da Ruach HaKodesh. E como Yossef, seu esposo, era justo, e não a queria difamar, intentou deixá-la secretamente. Na cultura da época, o noivado já era considerado como sendo parte do casamento, mesmo que o último ainda não houvesse sido consumado. Uma gravidez de Miriyam teria sido considerada um adultério, o que a sujeitaria a apedrejamento. Além disto, seu filho teria sido considerado um “mamzer”, isto é, um bastardo – o qual dentro do Judaismo tradicional possui uma série de restrições no que diz respeito a futuros casamentos e até mesmo a frequência ao Beit HaMicdash (Templo). Como legalmente Yossef e Miriyam já eram praticamente casados, para que Yossef pudesse deixar
  • 3. Miriyam, teria que conceder um “guet”, isto é, uma carta de divórcio nos moldes da Torá. Vide Devarim/Deuteronômio 24:1 1:20 E, projetando ele isso, eis que em sonho lhe apareceu um anjo de YHWH, dizendo: Yossef, filho de David, não temas receber a Miriyam, tua mulher, pois o que nela se gerou é da Ruach HaKodesh; O termo Ruach HaKodesh (ie. “Espírito de Santidade”) é similar ao termo “Ruach Elohim” (ie. “Espírito de D-us”) que aparece em Bereshit/Gênesis 1:2. O termo está intrinsecamente ligado à vida, pois significa literalmente “sopro” ou “vento”. O fôlego da vida em Bereshit é um dom da Ruach. A missão do Mashiach era a de restaurar a vida em meio ao povo de Israel, portanto a presença da ação da Ruach era imprescindível. Vemos a relação entre a Ruach e a missão do Mashiach em textos como Yeshayahu (Isaías) 48:16 e 63:10-11. Um ponto interessante é o fato de que na época do Segundo Beit HaMicdash (Templo), o termo “Ruach HaKodesh” era usado intercambiavelmente com outro termo rabínico, conhecido como “Shekiná”. A Shekiná é descrita na literatura rabínica como sendo a manifestação física da Glória de YHWH, e portanto sendo considerada como a própria presença de YHWH. Assim como o termo 'Memra' (Palavra), o termo 'Shekiná' também é frequentemente utilizado na literatura judaica como substituto para o Tetragrama (YHWH). Os sábios identificam a 'Shekiná' como tendo papel semelhante ao da Memra (Palavra), que é servir como intermediária entre YHWH e os homens. Por isso, a Shekiná é tida como uma outra manifestação de YHWH Katan (ie. uma manifestação de YHWH auto-limitada para interagir com a Criação – vide estudo sobre YHWH Katan/Gadol). Outro ponto interessante é que segundo a tradição judaica, a Shekiná sempre se fazia presente na inauguração do Santuário. Foi assim com o Mishcan (Tabernáculo), e com os 2 Batei (Templos). A presença da Ruach HaKodesh/Shekiná na concepção do Mashiach é mais um indício de que o Mashiach seria YHWH tabernaculando conosco – um verdadeiro Templo humano da própria essência e manifestação de YHWH. Curiosamente, tanto o termo “Ruach” quanto o termo “Shekiná” são femininos, e indicam uma manifestação do aspecto feminino de YHWH. Isto é bastante relevante nesta passagem pois na criação geração da vida está associada ao feminino. 1:21 ela dará à luz um filho, e ela o chamará Yeshua; porque ele salvará o seu povo de todos os seus pecados. Aqui temos um jogo de palavras entre “Yeshua” e a expressão "Hu Yoshia", que significa "Ele [Elohim] salvará." Além disso, o nome “Yeshua” é semelhante à expressão hebraica “Yeshuá”, que tem uma ligeira diferença de grafia por ser feminina. A palavra “Yeshuá” no hebraico significa “salvação”. Em todas as alusões e jogos de palavras, fica bem claro pelo nome de “Yeshua” qual a sua missão.
  • 4. Curiosamente, o manuscrito de Shem Tob neste trecho traz “meu povo” ao invés de “seu povo”. Em ambos os casos, temos uma referência clara ao povo de Israel, pois a restauração tanto da Casa de Yehudá (“judeus”) quanto de Efrayim (já na época tidos como “gentios”) é a missão primordial do Mashiach. 1:22 Ora, tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que fora dito da parte de YHWH pelo profeta: É notória a preocupação de Matitiyahu (Mateus) em legitimar o Mashiach através da citação de profecias. Isto se dá por dois motivos: I. Já naquela época, havia diversos candidados a messias que apareciam e/ou eram apontados por algum rabino proeminente. Matitiyahu (Mateus) sabia que aquilo que tornava o Mashiach Yeshua singular era o cumprimento das profecias messiânicas, algo que nenhum outro candidato a messias até hoje fez. II. Ao contrário do que se pensa, o conceito judaico do “Mashiach” é fruto de estudo sobre a revelação de YHWH, que foi progressiva. Não temos no Tanach (Primeiro Testamento) nenhuma porção se identifique como sendo “a descrição do Mashiach” O termo “Mashiach” sequer aparece no Tanach! Tudo o que sabemos sobre o Mashiach foi sendo revelado aos poucos, e compreendido através de muito estudo. Mesmo assim, na época nem todo conceito acerca do Mashiach estava 100% claro. Por isso Matitiyahu (Mateus) se dá ao trabalho de identificar e listar alguns dos principais textos messiânicos e apresentar algumas explicações. Seguem exemplos de textos onde Matitiyahu (Mateus) lista profecias messiânicas: Mt. 2:5,15,17; 3:3; 4:14; 8:17; 11:10; 12;17; 13;14,35; 21:4 e 22:43. 1:23 Eis que a almah conceberá e dará à luz um filho, o qual será chamado Imanu'el, que é interpretado como Elohim conosco. A profecia é uma referência a Yeshayahu (Isaías) 7:14. O texto grego gera uma grande controvérsia, bem como muitas críticas dos chamados 'anti-missionários' por traduzir o termo como 'uma virgem conceberá'. Tais 'anti-missionários' dizem que traduzir 'almah' como 'virgem' é um erro, e que o termo mais apropriado seria 'betulá'. Contudo, a verdade é 'almah' pode significar tanto ‘virgem’ quanto ‘moça/jovem’. Rashi, grande comentarista do Tanach, trata o termo das duas formas: como ‘virgem’ em Shir HaShirim (Cântico dos Cânticos) 1:3 e 6:8, porém como ‘moça/jovem’ em Yeshayahu (Isaías) 7:12. Seja como for, este suposto problema apontado pelos 'anti-missionários' não existe no original hebraico de Matitiyahu, que traz a palavra ‘almah’, tal qual o profeta Yeshayahu (Isaías). O termo 'Imanu'el' significa literalmente 'Conosco é Elohim', como podemos ver: IM: 'com' ANU: 'nós' EL: abreviação de 'Elohim'
  • 5. Contudo, se Yeshua nunca foi literalmente chamado de 'Imanu'el', por que Matitiyahu (Mateus) faria referência a essa profecia? Na realidade, Matitiyahu (Mateus) faz um Remez (vide artigo sobre como interpretar as Escrituras como um judeu), isto é, ele dá uma 'dica' de um dos atributos divinos do Mashiach. Nomes frequentemente na Bíblia são indicativos de atributos. O principal atributo do Mashiach, segundo Matitiyahu (Mateus), é o de que Ele seria Elohim conosco. 1:24-25 E Yossef, tendo despertado do sono, fez como o anjo de YHWH lhe ordenara, e recebeu sua mulher; e não se deitou com ela enquanto ela não deu à luz um filho; e pôs-lhe o nome de Yeshua. A expressão “Anjo de YHWH” é mais uma indicação da manifestação de YHWH Katan (vide comentário sobre o versículo 20). No Tanach (Primeiro Testamento), esta expressão é utilizada intercambiavelmente com o Tetragrama (YHWH) quando trata-se de uma manifestação tangível de YHWH. Curiosamente, apenas neste capítulo, vemos YHWH Katan manifestar-se de múltiplas formas: como “Anjo de YHWH”, como Ruach/Shekiná, e como o próprio Mashiach. Manifestações múltiplas de YHWH não são raras no Tanach e nos demonstram como cada atributo divino está envolvido no plano da salvação. Com respeito a relação entre Yossef e Miriyam, a expressão no hebraico não deixa dúvidas de que a abstinência sexual durou até o nascimento de Yeshua. Após o mesmo, Yossef e Miriyam tiveram uma vida normal de casal, e por isso ao longo dos Escritos Nazarenos (“Novo” Testamento) temos referências aos irmãos de Yeshua.