A Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb) vai realizar eleições em 28 de janeiro de 2014 para escolher sua nova diretoria. José de Freitas Mascarenhas, atual presidente da Fieb, disputará a reeleição contra Carlos Gilberto Farias, que promete dar mais voz às indústrias do interior da Bahia. A disputa acirrada marcará a primeira eleição competitiva em décadas na Fieb.
1. B4
Editora-coordenadora
Hilcélia Falcão
SALVADOR QUARTA-FEIRA 13/11/2013
ECONOM IA
SALVADOR QUARTA-FEIRA 13/11/2013
ECONOMIA
B5
NEGÓCIOS Petrobras diz que o contrato com
Odebrecht foi renegociado
www.atarde.com.br/economia
CARLOS GILBERTO
FARIAS
Formação
Engenheiro agrônomo
com mestrado em cana
de açúcar
Empresa
Fundador e diretor de
relações institucionais
da Agrovale
Cargos atuais
ESCOLHA José de Freitas Mascarenhas e Carlos Farias disputam o comando da Federação das Indústrias do Estado da Bahia
Disputa acirrada vai
marcar eleições na Fieb
DONALDSON GOMES
Vice-presidente da Fieb e
presidente do Conselho
da Agroindústrias do
Brasil na Confederação
Nacional da Indústria
No dia 28 de janeiro de 2014, a Federação das
Indústrias do Estado da Bahia (Fieb) vai enfrentar uma eleição para a escolha da nova
diretoria.
Se já não bastasse a relevância da entidade,
cujo orçamento anual beira os R$ 700 milhões, a eleição ganha importância pelo caráter de ineditismo.
Nas últimas décadas, não há registros de
um enfrentamento eleitoral pelo comando da
organização responsável por instituições de
ensino e qualificação profissional, como o
Sesi e o Senai, que tem como destaque o
Cimatec.
O atual presidente, José de Freitas Mascarenhas, tem no currículo o trabalho de implantação do Polo Petroquímico de Camaçari
na década de 70, e 12 anos de experiência à
ENTREVISTA
Como assim?
Se você vai em Alagoinhas
e olha as cervejarias, não
tem um destilador treinado. Vai a Feira de Santana,
que é um município quase
do tamanho de Maceió, de
Aracaju, e não tem um escritório da Fieb, onde o
industrial possa bater na
porta, sentar e dizer “quais
são os serviços da Fieb
aqui?”. O que me move,
falando
francamente,
abrindo o peito, é o desenvolvimento da Bahia.
Da outra vez em que pensei em ser candidato já
existia a vontade da renovação. Eu acho que o
motivo maior é a renovação da Federação, que já
vem há 43 anos com um
mesmo grupo de poder
econômico na Bahia.
Na última eleição, o senhor
chegou a se colocar, mas
recuou. Alguma chance disso voltar a acontecer?
Quando eu lancei a minha
candidatura, eu não tinha
ainda uma vida cotidiana
na Fieb. Hoje, ou eu estou
na minha casa, ou na Fieb,
ou na CNI. É a minha vida.
Eu retirei a candidatura
porque percebi que haveria um racha e não tinha a
possibilidade de me eleger. Aquiesci espontaneamente.
Desta vez...
Desta vez, não. Tenho compromissos com colegas,
que demonstram uma
vontade imensa e vou até
o final. Vou para a eleição.
Falando francamente, (José de Freitas) Mascarenhas
está se movimentando
muito, mas temos 30 bons
colegas conosco. A vontade de mudar é tão grande
que há um brio dos presidentes de sindicatos que
nos apoiam. Nós queremos participação. Este inclusive é o nome de nossa
chapa. Imagine que eu,
mesmo sendo vice-presidente, nunca fui chamado
a contribuir com nenhuma tarefa pelo presidente.
Eu votei em Mascarenhas.
Abdiquei do meu desejo. O
problema é que o sistema
atual é ditatorial.
JOSÉ DE FREITAS
MASCARENHAS
Formação
Engenheiro civil
Empresa
Executivo do Grupo
Norberto Odebrecht
Cargos atuais
Presidente da Fieb e
vice-presidente da
Confederação
Nacional da
Indústria (CNI)
Bahia, onde construiu a Agrovale, que emprega quase cinco mil funcionários.
É o interior da Bahia que Carlos Gilberto
Farias pretende utilizar como trunfo para
desafiar Mascarenhas.
Ele tenta se apresentar como a voz dos
pequenos e dos que estão longe da capital.
Hoje a comissão eleitoral divulga o edital da
eleição e A TARDE apresenta os principais
projetos dos candidatos.
ENTREVISTA
O QUE ME MOVE É O
DESEJO DE RENOVAÇÃO
Por que o senhor quer ser
presidente da Fieb?
Como um industrial que
viveu de fato o interior, eu
posso falar das dificuldades que a indústria baiana
tem pela falta de ação efetiva da Federação das Indústrias como vetor de desenvolvimento do interior.
frente da Federação, antes do atual mandato
de quatro anos.
Em busca de um novo mandato, diz não ter
concluído a missão de modernizar a entidade.
Mascarenhas conta ainda que seu projeto
inicial previa reestruturar a Federação em
quatro anos, mas o trabalho se prolongou
além do esperado.
O outro candidato é alagoano de nascimento, mas vive há 41 anos em Juazeiro, na
Ângelo Pontes/Divulgação/ Sistema Fieb
Divulgação
economia@grupoatarde.com.br
A equipe que a
Fieb tem é
ótima, mas
depende de um
bom comando
Divulgação / Sistema Fieb
O senhor expressou essa insatisfação para ele?
Não tem ninguém que tenha essa participação.
Nem as pessoas ao lado
dele. Nós queremos abrir
espaços para todos ajudarem naquilo que sabem
fazer de melhor. Estamos
construindo uma chapa
com industriais, consultores e gente que conhece
bem a CNI, a estrutura do
Senai Cimatec. Eu pretendo criar pequenos Cimatecs em cidades polos, como Feira de Santana, Alagoinhas, o Oeste da Bahia,
Vitória da Conquista etc.
Queremos criar centros
que atendam as necessidades das regiões.
Então, como é que a Fieb
poderia modificar isso?
Junto com o governo do
estado. A Federação tem
que dar o suporte, captar
também indústrias que
querem vir para a Bahia e,
em consonância com o governo do estado, fazer
acontecer. Ela tem que
chegar rápido em Feira de
Santana e abrir um escritório rápido, começar a
construir o pequeno Cimatec, que se adeque ao parque industrial de lá. Vamos buscar recursos da
Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial) e outras
fontes de financiamento
para dar velocidade.
Como é que o senhor enxerga a relação entre o governo e a indústria?
É uma relação de convivência com respeito. Trata-se de uma relação de
MEU OBJETIVO É AJUDAR
A MELHORAR A BAHIA
O senhor disse que tem o
apoio de 30 sindicatos. Já
encontrou espaço para todos na chapa?
Já. A chapa está pronta.
A Fieb vivencia um processo
eleitoral novo para muita
gente. Como está sendo a
experiência?
É um processo inédito. Nós
não tínhamos experiência
neste tipo de eleição, mas
para mim está sendo construtivo e eu tenho até que
agradecer aos adversários.
Tem sido uma oportunidade de aproximação com
sindicatos e empresas para mim. Mas é bom para a
indústria da Bahia também. É importante para
que eles entendam os problemas da Federação. Agora, é um processo cansativo porque eu tenho que
trabalhar o dia inteiro, a
Federação não para.
Todos terão espaços?
Alguns colegas não querem ter atribuições. Tem
pessoas dedicadas, mas
não querem o cargo. Mas
não temos nenhum problema de fechar a chapa.
Existem sindicatos que representam atividades significativas economicamente
apoiando o Mascarenhas.
Caso o senhor vença a eleição, como será a relação
com eles?
Eu sou por temperamento
espontâneo, mas com munheca. Você pode ser simples, cordato, mas com decisões. Confesso do fundo
da alma que tratarei o Sinduscon, a indústria petroquímica e a todos muito
bem. Não dá para ficar magoado com quem discorda.
Eu não consegui fazer inimigos na vida.
O que o senhor pretende
manter da atual gestão e o
que vai modificar?
Eu pretendo dar continuidade a todas as obras em
curso. O Cimatec III e IV
serão concluídos, com o
prestígio, a presença e a
ação, e vou fazer com que
as obras pelo interior sejam concluídas. A equipe
que a Fieb tem é ótima,
mas depende de um bom
comando. A relação não
pode ser de “lá vem o homem” para ter respeito.
Não pode ficar só na mesa,
tem estar em cima. Temos
41 sindicatos e 36 estão na
Região Metropolitana de
Salvador. Vamos ter que
deslocar esse eixo.
Mas essa realidade não é um
reflexo do processo de industrialização da Bahia?
Sim, você tem o Polo em
Camaçari.
A Fieb não vai
fazer a obra,
mas deve chegar
junto do estado
e cobrar
Eu votei em
Mascarenhas.
O problema é
que o sistema
atual é
ditatorial
Temos 41
sindicatos e 36
estão na RMS.
Vamos ter que
deslocar
esse eixo
caráter político. A Fieb, cujo objetivo é dar suporte
para a indústria, tem que
buscar junto à Secretaria
da Indústria e Comércio e
ao governador (Jaques
Wagner) acelerar a solução. Se tiver uma interface
com autonomia e respeito,
vai resolver o problema. Se
você procurar o estado,
consegue resolver a situação. A Fieb não vai fazer a
obra, mas deve chegar junto do estado e cobrar.
O senhor pretende agir assim em relação ao estado?
Exatamente, com autonomia, mas com respeito.
Agora, se você ficar muito
imperial e disser que “o
distrito não está pronto e
por isso o empresário correu”, não vai resolver. As
pessoas dizem que Pernambuco cresceu demais
e a Bahia não. A gente está
cansado de escutar isso,
mas o momento pernambucano consegue reunir
do mesmo lado a Federação das Indústrias de lá,
que comanda o processo,
PT, PSB, PMDB, Pc do B, em
prol do desenvolvimento
industrial de lá.
Como está sendo para o senhor protagonizar uma disputa eleitoral inédita para
grande parte da indústria
baiana?
Tem muita gente perplexa, mas eu tenho recebido
abraços e telefonemas de
pessoas da sociedade, inclusive que nem militam
na indústria, parabenizando pela coragem cívica do
enfrentamento a essa estrutura de poder na Fieb.
Sem querer ser cabotino,
por onde passei na vida,
fui vitorioso, mas foi trabalhando muito. Agora, é
preciso ter uma equipe
muito boa. Por exemplo, o
desenvolvimento e o apoio
à micro e pequena empresa. Os sindicatos pequenos têm que ser apoiados. Você pode até dizer
que hoje apoia, mas no
mesmo diapasão que o
grande. Acontece que o pequeno precisa ser pegado
pela mão.
O senhor é irmão do falecido empresário Paulo César Farias, o PC Farias. Essa
referência lhe incomoda?
Não. O Paulo, meu irmão,
não está mais aqui conosco. Coitado, pagou um preço altíssimo, mas a vida é
assim mesmo. Ele era um
rapaz muitíssimo inteligente. Falava quatro idiomas, teve uma formação
acadêmica muito consistente. Estudou em seminário, fez direito, foi o primeiro no vestibular, primeiro da turma e orador
na formatura. Foi o maior
comercializador de carros
Dodge do Brasil. Agora, enveredou para o que todo
mundo sabe. Eu não tenho
nenhuma vergonha de dizerem “é o irmão de PC”.
Ele decidiu, contra a minha vontade, sair do país.
Devia ter enfrentado tudo,
mas não ouviu, fez o que
quis. Contrariou a todos e a
mim, por exemplo. A gente fica triste quando a coisa é posta de forma depreciativa, como estigma.
Que culpa tenho eu disso?
Eu vivi toda uma vida desatrelada desse processo. A
investigação que foi feita
sobre o Paulo foi muito
séria. Tudo foi passado a
limpo. Ninguém ficaria feliz de ver isso ser dito de
forma depreciativa. Eu
acho que a história dele já
foi tão falada, esmiuçada
que colocar isso para me
depreciar não parece ser
correto.
O senhor é reconhecido como um presidente que já fez
muito pela Fieb. Por que
mais um mandato?
Eu levei algum tempo para
decidir se iria pedir a reeleição ou não, que é algo
normal e previsto no estatuto. E quero dizer que
fui eu quem introduziu essa limitação a uma reeleição apenas. Quem me
dera que todos os sindicatos tivessem isso também. Além de defender a
renovação daqui, deveriam defender a renovação
de seus próprios sindicatos. Bom, na minha vida,
nunca gostei de deixar um
trabalho pela metade. Eu
lembro que eu estava no
governo de Antônio Carlos
(Magalhães, na década de
70) e recebi um convite
para ser secretário-geral,
uma espécie de vice-ministro e resolvi não aceitar
porque o programa do Polo Petroquímico estava no
meio. Fiquei, tudo terminou bem e o Polo está aí.
Agora há uma situação semelhante. Depois disso teremos uma outra Federação, mais interiorizada,
mais capacitada, ainda
mais voltada para a micro
e pequena empresa e
olhando para o futuro.
Por exemplo, presidente?
Nós temos um programa
para elevar a qualidade de
ensino oferecida aos estudantes do Sesi. O programa de interiorização
está pelo meio. Eu gostaria
de executar para assegurar este trabalho.
Onde é que a Fieb vai chegar
com esse programa?
Nós vamos chegar ao Oeste da Bahia, em Barreiras e
Luís Eduardo Magalhães,
em Ilhéus e Itabuna, a Vitória da Conquista, Feira
Eu me permito
criticar
políticas do
governo, não o
governador
João Alvarez / Divulgação/ Sistema Fieb
de Santana e Juazeiro. Cada lugar terá um projeto
próprio, diferente do outro. Vamos estreitar a comunicação com o interior.
Não é só criar um edifício e
uma base física, todos vão
desenvolver ações de defesa de interesses e de formação. Esses locais foram
escolhidos porque são bases industriais e vão funcionar como polos. Depois
ampliaremos para outros
que não foram imediatamente atendidos. Não podemos fazer coisas sem
responsabilidade
orçamentária.
De que a Fieb é voltada para
as grandes empresas...
Isso é apenas uma imagem. Não tem comprovação com números. Eu quero discutir projetos, visões
de futuro. Eu queria que se
dissesse “esses projetos
não servem, são ruins, o
que eu tenho é melhor”.
Não pode ser a minha figura ou a de meu concorrente. É o que interessa
para a Bahia. O ambiente
no Brasil não é competitivo. Essa reforma tributária é prometida por três
presidentes. A flexibilização das leis trabalhistas
base mais ampla de pessoas para poder trabalhar.
Agora, de uma forma ou
de outra, vamos ter que
fazer isso porque queira
ou não, mesmo que seja
reeleito, será a última vez
que serei reeleito. Os técnicos daqui não podem
trabalhar em um clima de
que tudo vai desmoronar
de uma hora para outra.
O senhor não pretende mais
se candidatar?
Não é estatutariamente
possível uma nova reeleição e após o intervalo já
seriam oito anos. Quem
me substituir terá direito a
disputar uma reeleição.
Essa questão da interiorização é exatamente um dos
pontos defendidos pelo seu
opositor. Por que só agora a
Fieb está fazendo isso?
Quando eu voltei aqui, esse foi um dos programas
prioritários. Não podemos
ficar só no litoral. Agora,
nós não estamos dizendo
que vamos fazer, nós já
estamos fazendo.
Uma outra crítica seria a
falta de assistência às micro
e pequenas indústrias.
Isso é uma fantasia que
querem colocar em cima
de mim, mas na verdade,
toda hora eu estou repetindo, a grande empresa é
mais uma doadora de recursos do que uma absorvedora de recursos. A
maior parte dos nossos recursos vai exatamente para micro, pequenas e médias empresas. Nós temos
números que mostram isso. Este ano nós já atendemos 2,2 mil estabelecimentos, dos quais 74% são
de micro e pequenas empresas, 18% são médias
empresas. As grandes empresas podem suprir as
próprias necessidades. A
diferença entre nós é que
eu tenho visão de futuro. O
problema é que as pessoas
criam certas imagens.
Na minha vida,
nunca gostei de
deixar um
trabalho pela
metade
Como é a relação da Fieb
com o governo do estado?
É boa, muito boa com o
governador. Essa pergunta
me permite esclarecer algumas coisas.
Eu não faço
contabilidade,
mas vejo grande
parte dos
sindicatos
conosco
A maior parte
dos nossos
recursos vai
para as micro
e pequenas
empresas
não sai porque ninguém
tem coragem política. Isso
gera custos para a indústria e não se vê uma solução. Temos que procurar
ferramentas alternativas
para tornar as empresas
competitivas. Como? Com
inovação. Estamos dando
grande atenção a esses
programas, que amadureceram agora, mas são trabalhados há muito tempo.
Trazer supercomputadores para cá demorou três
anos. Fizemos um centro
de robótica, negociado há
muito tempo. Nós estamos
desenvolvendo o Cimatec
III e IV, mas depois tem o V
e o VI, que já está projetado para ser construído
com recursos do BNDES.
Sem querer ser pernóstico,
eu acho que posso ajudar a
concluir esses projetos que
são tão importantes.
Quatro anos dá para fazer
isso tudo?
Não. Eu não uso espelho
retrovisor, olho para a
frente. Quem faz tudo isso
que eu estou dizendo são
as pessoas. Por isso dou
tanta importância aos funcionários. Eu cheguei aqui
e tinha desestruturação na
base de pessoas e o tempo
para reestruturar isso foi
maior do que eu supunha.
Tivemos que mudar também o sistema operacional, que estava envelhecido. Eu vou deixar tudo
funcionando. Hoje tudo
anda bem, mas demorou.
Eu acho que em quatro
anos no máximo a gente
deixa tudo pronto.
O senhor errou ao não preparar um sucessor?
Numa empresa, as coisas
funcionam como obrigação. Na empresa em que eu
trabalho, é obrigatório ter
um substituto. Às vezes
causa medo porque a pessoa pensa que está formando para o lugar dele.
Mas é a condição para subir, deixar um substituto.
Aqui dentro nós não temos a liberdade de proceder assim porque é uma
associação. Eu confesso
que gostaria de ter uma
O seu adversário é o candidato do governo?
Isso é ele quem diz. O governador não diz isso. Claramente ele me diz que é
neutro e eu nunca o vi
tomando atitudes para beneficiar um lado ou outro.
Ouço muita informação
sobre membros do governo, mas o governador é a
referência. Eu me permito
em determinados momentos criticar políticas
do governo, não o governador. O porto tem 20
anos que eu digo que a
gente precisa de uma solução, seja qual for. Eu
realmente não acredito
que isso interfere na relação que a gente tem. O
ideal é trabalhar de mãos
dadas porque o objetivo é
comum, criar empregos e
melhorar a Bahia. Já disse
isso ao governador.
A chapa já está pronta?
Não, mas estamos preparando porque temos que
lançar este mês. A nenhum de nossos companheiros foi prometido vir
para o nosso lado com promessas de cargos. Não
quer dizer que não tenha
uma sugestão, mas o conjunto dos sindicatos que
estão conosco entendem
que há um projeto.
Dá para ganhar a eleição?
Eu não faço contabilidade,
mas vejo grande parte dos
sindicatos conosco. Não
digo que tenho sei lá quantos. Mas acredito que dá
sim. Até o último dia vamos continuar batalhando. Todo mundo tem direito de se candidatar.