O documento discute as culturas indígenas no Brasil e em Porto Alegre, destacando a diversidade cultural entre as mais de 200 etnias e a importância de reconhecer seus territórios e saberes tradicionais. Também aborda a Lei 11645/2008 sobre a inclusão da história e cultura indígena no currículo escolar.
Culturas indígenas: reflexões sobre diversidade cultural e territorialidade
1. EMEF LOUREIRO DA SILVA
Setembro/2012
CULTURAS INDÍGENAS:
“REFLEXÕES”
Rosa Maris Rosado
Núcleo de Políticas Públicas para Povos Indígenas
SMDHSU
2. Aplicabilidade da Lei nº 11645/2008- História
e Cultura Indígena no Currículo Escolar
Resolução nº 1 de maio/2012- CNE-
Estabelece Diretrizes Nacionais para a
Educação em Direitos Humanos
5. 1- Índio Genérico
Hoje no Brasil vivem mais de 200 etnias que falam mais 180 línguas distintas
2- Culturas Atrasadas
As culturas indígenas produziram ao longo dos seus milhares de anos saberes e arte
(musica , poesia etc) complexos a luz de suas cosmologias.
6. 3- Cultura Congeladas - Fixas
Para ser índio tem que andar pelado, com penas e arco e flecha...
4- Culturas que fazem parte do Passado
Jorge Terena afirmou que uma das consequências mais graves
do colonialismo foi taxar as culturas indígenas primitivas,
considerando-as um obstáculo para a modernidade.
7. 5- Brasileiro não é Índio
Catafesto- ancestralidade e o “eu ameríndio”
8.
9.
10. Fluxos socioambientais
indígenas no município
de Porto Alegre
Etnias:
Guarani (03 comunidades)
Kaingang (06 comunidades)
Charrua (01 comunidade)
Demografia:
Aproximadamente 1000
pessoas indígenas
articuladas a redes
socioambientais
ameríndias tradicionais
11. Territórios Indígenas e
seus Ambientes de Vida
espaços de habitação/aldeias:
territórios exclusivos
espaços de manejo /florestas,
cidades, campos: territórios não-
exclusivos
espaços de trocas interculturais
feiras, eventos, ruas da cidade:
territórios não-exclusivos
12.
13. Prêmio Pierre Verger 2012
O parente baitaca tinha uma família grande
e gostava de comer da roça de todos. Todo o
amanhecer ele assobiava chamando os cães,
fingindo que ia para a mata caçar, mas ele
ia para a roça de milho dos outros buscar
comida para seus filhos, pois ele não
cultivava nada. E por isso foi transformado
no pássaro baitaca, e até hoje costumamos
vê-los nas roças de milho. Todos eles eram
nossos parentes. Foram transformações
feitas por Nhanderú Papá Tenondé, mas no
princípio eram pessoas como todos nós, os
Mbyá-Guarani.
Kunhã Karaí Florentina
14. PORTO ALEGRE ,
UMA CIDADE MULTICULTURAL E PLURIÉTNICA!
Em respeito a diversidade
cultural da cidade, a
cidade reconhece
a prática do poraró e
apresentações de
grupos de cantos e danças,
realizadas em espaços públicos,
como expressões legítimas da cultura indígena Mbyá,
de acordo com usos, costumes, organização
social e tradição daquela etnia.
Decreto Municipal nº 17581/11
22. A área da Aldeia contempla uma floresta, ainda em
boas condições de preservação, recortada pelas águas
de um dos braços do Arroio Lami.
Em uma trilha na mata os Charrua,
acompanhados atentamente por bugios,
mostram aos visitantes a terra com a presença
de figueiras, butiazeiros e outras espécies
vegetais arbóreas e arbustivas.
Além de bugios, a fauna
local é composta por
exemplares de tatu, mão-
pelada, lagartos e diversas
espécies de aves.
Seu Osvaldo
23. Durante a visita, os Charrua falam de seus saberes acerca das roças e
da criação animal, o uso de plantas na medicina tradicional e oferecem
degustação de culinária típica. Os interessados podem ainda fazer uma
oficina de pintura de camisetas com grafismos do povo charrua.