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6o
ANO
1o
TERMO
Educação de Jovens e Adultos (EJA) – Mundo do Trabalho: Ciências e Matemática: 6o
ano/1o
termo do
Ensino Fundamental. São Paulo: Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia
(SDECT), 2011.
il. (EJA – Mundo do Trabalho)
	 Conteúdo: Caderno do Estudante.
	 ISBN:	978-85-65278-04-1 (Impresso)
		 978-85-65278-06-5 (Digital)
	 1. Educação de Jovens e Adultos (EJA) – Ensino Fundamental 2. Ciências – Estudo e ensino
3. Matemática – Estudo e ensino I. Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia II.
Título III. Série.
CDD: 372
FICHA CATALOGRÁFICA
Sandra Aparecida Miquelin – CRB-8 / 6090
Tatiane Silva Massucato Arias – CRB-8 / 7262
A Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação autoriza a reprodução
do conteúdo do material de sua titularidade pelas demais secretarias do país, desde que mantida a
integridade da obra e dos créditos, ressaltando que direitos autorais protegidos* deverão ser diretamente
negociados com seus próprios titulares, sob pena de infração aos artigos da Lei no
9.610/98.
*Constituem “direitos autorais protegidos” todas e quaisquer obras de terceiros reproduzidas neste material que não estejam em domínio
público nos termos do artigo 41 da Lei de Direitos Autorais.
Nos Cadernos do Programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA) – Mundo do Trabalho são indicados
sites para o aprofundamento de conhecimentos, como fonte de consulta dos conteúdos apresentados e
como referências bibliográficas. Todos esses endereços eletrônicos foram verificados. No entanto, como a
internet é um meio dinâmico e sujeito a mudanças, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência,
Tecnologia e Inovação não garante que os sites indicados permaneçam acessíveis ou inalterados, após a
data de consulta impressa neste material.
Geraldo Alckmin
Governador
Nelson Luiz Baeta Neves Filho
Secretário em exercício
Maria Cristina Lopes Victorino
Chefe de Gabinete
Ernesto Masselani Neto
Coordenador de Ensino Técnico,
Tecnológico e Profissionalizante
SECRETARIA DA EDUCAÇÃO
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Secretário
Cleide Bauab Eid Bochixio
Secretária Adjunta
Fernando Padula Novaes
Chefe de Gabinete
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Coordenadora de Gestão da Educação Básica
SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO,
CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO
Fundação do Desenvolvimento Administrativo – Fundap
Geraldo Biasoto Jr.
Diretor Executivo
Lais Cristina da Costa Manso Nabuco de Araújo
Superintendente de Relações Institucionais e
Projetos Especiais
Coordenação Executiva do Projeto
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Coordenação Técnica
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Vídeos: Fernando Moraes Fonseca Jr.
Equipe técnica e pedagógica
Ana Paula Lavos, Dilma Fabri Marão Pichoneri,
Lais Schalch, Liliana Rolfsen Petrilli Segnini,
Maria Helena de Castro Lima, Silvia Andrade da Silva
Telles e Walkiria Rigolon
Autores
Arte: Eloise Guazzelli. Ciências: Gustavo Isaac Killner.
Geografia: Clodoaldo Gomes Alencar Jr., Edinilson
Quintiliano dos Santos e Mait Bertollo. História: Fábio
Barbosa. Inglês: Eduardo Portela. Língua Portuguesa:
Walkiria Rigolon. Matemática: Antonio José Lopes.
Trabalho: Maria Helena de Castro Lima e Selma Venco
Fundação Carlos Alberto Vanzolini
Antonio Rafael Namur Muscat
Presidente da Diretoria Executiva
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Vice-presidente da Diretoria Executiva
Gestão de Tecnologias em Educação
Direção da Área
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Coordenação Executiva do Projeto
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Gestão Editorial
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Wilder Rogério de Oliveira
Equipe de Produção
Assessoria pedagógica: Ghisleine Trigo Silveira
Editorial: Airton Dantas de Araújo, Célia Maria
Cassis, Daniele Brait, Fernanda Bottallo, Mainã
Greeb Vicente, Patrícia Maciel Bomfim, Paulo
Mendes e Sandra Maria da Silva
Direitos autorais e iconografia: Aparecido Francisco,
Beatriz Blay, Priscila Garofalo, Rita De Luca e
Roberto Polacov
Projeto gráfico-editorial: D’Livros Editora e
Distribuidora Ltda e Michelangelo Russo (Capa)
CTP, Impressão e Acabamento
Imprensa Oficial do Estado de São Paulo
Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação
Coordenação Geral do Projeto
Juan Carlos Dans Sanchez
Equipe Técnica
Cibele Rodrigues Silva e João Mota Jr.
Concepção do programa e elaboração de conteúdos
Gestão do processo de produção editorial
Caro(a) estudante,
É com grande satisfação que a Secretaria de Desenvolvimento Econômico,
Ciência, Tecnologia e Inovação, em parceria com a Secretaria da Educação
do Estado de São Paulo, apresenta os Cadernos do Estudante do Programa
Educação de Jovens e Adultos (EJA) – Mundo do Trabalho, em atendimento
a uma justa reivindicação dos educadores e da sociedade. A proposta é oferecer
um material pedagógico de fácil compreensão, para complementar suas atuais
necessidades de conhecimento.
Sabemos quanto é difícil para quem trabalha ou procura um emprego se dedi-
car aos estudos, principalmente quando se retorna à escola após algum tempo.
O Programa nasceu da constatação de que os estudantes jovens e adultos
têm experiências pessoais que devem ser consideradas no processo de aprendi-
zagem em sala de aula. Trata-se de um conjunto de experiências, conhecimen-
tos e convicções que se formou ao longo da vida. Dessa forma, procuramos
respeitar a trajetória daqueles que apostaram na educação como o caminho
para a conquista de um futuro melhor.
Nos Cadernos e vídeos que fazem parte do seu material de estudo, você
perceberá a nossa preocupação em estabelecer um diálogo com o universo do
trabalho. Além disso, foi acrescentada ao currículo a disciplina Trabalho para
tratar de questões relacionadas a esse tema.
Nessa disciplina, você terá acesso a conteúdos que poderão auxiliá-lo na
procura do primeiro ou de um novo emprego. Vai aprender a elaborar o seu
currículo observando as diversas formas de seleção utilizadas pelas empresas.
Compreenderá também os aspectos mais gerais do mundo do trabalho, como as
causas do desemprego, os direitos trabalhistas e os dados relativos ao mercado
de trabalho na região em que vive. Além disso, você conhecerá algumas estra-
tégias que poderão ajudá-lo a abrir um negócio próprio, entre outros assuntos.
Esperamos que neste Programa você conclua o Ensino Fundamental e, pos-
teriormente, continue estudando e buscando conhecimentos importantes para
seu desenvolvimento e para sua participação na sociedade. Afinal, o conheci-
mento é o bem mais valioso que adquirimos na vida e o único que se acumula
por toda a nossa existência.
Bons estudos!
Secretaria de Desenvolvimento
Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação
Secretaria da Educação
Sumário
Ciências...............................................................................................................................7
Unidade 1
Terra e Universo 9
Unidade 2
O solo terrestre 41
Unidade 3
O uso inadequado do solo 65
Unidade 4
Solo e meio ambiente 83
Matemática.............................................................................................................109
Unidade 1
Os números ao nosso redor 111
Unidade 2
O cálculo nas atividades cotidianas 137
Unidade 3
As formas ao nosso redor 157
Unidade 4
Números para medir: medidas no dia a dia
e no mundo do trabalho 181
Unidade 5
A Matemática na comunicação 203
Caro(a) estudante,
Agora que você decidiu retomar seus estudos, terá a oportunidade de apro-
fundar alguns conhecimentos no campo das ciências. Muitos dos temas você
já conhece, mas, neste momento, serão estudados e analisados de um ponto de
vista chamado “científico”.
Científico, porque é resultado da realização de observações, experimentos,
verificações, análises etc. por parte de profissionais que estudaram esses fenô-
menos e chegaram a conclusões compartilhadas pelo conjunto de pessoas que
vivem nessa mesma época. Isso possibilita a realização de novas pesquisas e
favorece a construção de novos conhecimentos.
Nem sempre os homens compreenderam da mesma forma a Terra, o Sol,
a Lua e tantas outras coisas que fazem parte da natureza. E essa compreensão,
no futuro, também mudará, pois resultará de novos estudos e descobertas.
Por essa razão, à medida que os fenômenos são estudados, procura-se tam-
bém conhecer como a ciência evoluiu e chegou a determinadas constatações.
Neste Caderno, os temas de Ciências estão organizados em quatro unidades.
Na Unidade 1, o tema é Terra e Universo. Ao observar o céu em diferen-
tes momentos do dia, percebemos algumas particularidades sobre o Universo.
A intenção é oferecer a compreensão da ciência sobre essas observações, pois
dela deriva o conhecimento sobre as estações do ano, o dia e a noite.
Na Unidade 2, o solo será analisado desde a sua formação, suas caracterís-
ticas e suas funções para a manutenção da vida.
Nas Unidades 3 e 4, discute-se o manejo adequado do solo, com o objetivo
de preservar o meio ambiente e garantir que a agricultura seja uma atividade
duradoura. Também são temas de estudo a geração e o destino do lixo produ-
zido nas grandes cidades e os problemas de saúde decorrentes da ausência de
saneamento básico.
Bons estudos!
Ciências
6o
ANO
1o
TERMO
1
Você vai começar seus estudos de Ciências conhecendo o céu
e o planeta Terra, procurando compreender a evolução da ciência
nesse campo e como a Terra se movimenta no espaço. Em seguida,
discutirá: como os movimentos aparentes do Sol e da Lua servem
para explicar a sucessão dos dias e das noites; como o movimento
do planeta em torno do Sol está relacionado às diferentes estações
do ano; e como o movimento da Lua ao redor da Terra determina
o ciclo das marés.
Mas a Terra, o Sol e a Lua não são os únicos corpos que existem
no céu. Reconhecer a existência de outros elementos, no interior e
fora do sistema solar, saber nomeá-los e reconhecê-los também serão
assuntos tratados nesta Unidade.
Para iniciar...
Terra e Universo
Imagem obtida por satélite
(colorida artificialmente) mostra
a Terra vista a 35 mil km acima
da superfície do planeta.
©Nasa-GSFC/SPL–Latinstock
9
Observe na imagem anterior a Terra vista do espaço e responda
às questões que seguem.
•	 O que representam as áreas azuis? E as áreas brancas? E as áreas
verdes e marrons?
•	 Qual é o continente que se pode ver na imagem? E o que são os
pontinhos brancos espalhados ao fundo?
•	 Por que uma face da Terra está clara e a outra face está escura?
•	 De que lado da Terra estaria o Sol nessa imagem?
Você já observou que a posição do Sol no céu muda ao longo do
dia? Ao observar esse movimento, você diria que é a Terra que gira
em torno do Sol ou que é o Sol que gira em torno da Terra?
Pela manhã, o Sol surge no horizonte, depois vai ficando cada
vez mais alto em relação ao solo, até aproximadamente o horário do
almoço. Passado o meio-dia, ele começa a “descer” do lado oposto ao
que “subiu”.
Você já reparou que o mesmo acontece com a Lua e com as estrelas?
Os experimentos a seguir vão ajudá-lo a compreender como isso ocorre.
Os movimentos da Terra: rotação e translação
Atividade 1	 	 Experimento: a rotação da Terra
1.	 Você e seus colegas vão realizar um experimento em sala de aula.
Para isso, precisarão de um globo terrestre e uma luminária ou
lanterna, que fará o papel de Sol.
a)	 Coloque o globo terrestre sobre uma mesa e a lumi-
nária (ou lanterna) acesa diante dele, como mostra
a figura ao lado. Observe então o globo terrestre.
Em qual parte dele seria dia e em qual parte seria
noite? Justifique sua resposta.
b)	 Olhando o globo de cima, gire-o no sentido anti-
-horário e observe. O que acontece com a parte que
estava iluminada? Como você pode relacionar essa
observação com a sucessão dos dias e das noites?
Modelo do sistema Terra-Sol
©HudsonCalasans
10
Ciências – Unidade 1
c)	 Registrem no quadro a seguir suas descobertas com base no
experimento:
Você sabia que os
pontos cardeais são
a referência para a
localização de qualquer
ponto na superfície
terrestre?
NE
SO SE
NO
N
S
O L
©HudsonCalasans
©HudsonCalasans
O eixo de rotação
da Terra é uma linha
imaginária que vai do
Polo Norte ao Polo Sul,
passando pelo centro
da Terra, e em torno
da qual gira o planeta.
2.	 Com o experimento, você pôde
perceber como é o movimento
de rotação da Terra.
	 Esse movimento acontece de
oeste para leste no sentido
anti-horário e explica o movi-
mento aparente do Sol, da Lua
e das estrelas ao longo de um
dia e a sucessão dos dias e das
noites.
	 Considerando essa explicação
e a figura ao lado, responda:
O que já sabíamos? O que descobrimos? O que mais queremos saber?
a)	 Qual continente da Terra está iluminado? Nesse continente é
dia ou noite?
b)	 Considerando o movimento da Terra, qual seria, na figura, o
próximo continente a ser iluminado pelo Sol? Se precisar, use
o globo terrestre.
Polo Norte
Polo Sul
Eixo de rotação
Ciências – Unidade 1
11
Durante o movimento de rotação, uma parte da Terra encontra-se
de frente para o Sol e a outra fica na parte oposta a ele. Na parte da
Terra que está de frente para o Sol, sendo iluminada, é dia, enquanto
na parte oposta é noite. No movimento de rotação, a Terra leva apro-
ximadamente 24 horas para dar uma volta completa em torno de seu
eixo, o que define a duração do dia.
A imagem a seguir mostra dois momentos da Terra, com o Sol
iluminando a face do planeta na qual seria dia.
c)	 Se a Terra girasse mais devagar em torno de seu eixo, o dia
seria mais longo ou mais curto? Justifique.
Atividade 2	 	 Experimento: a translação da Terra
1.	 Neste novo experimento, você também vai utilizar o globo ter-
restre e a luminária (ou lanterna). Novamente, a luminária ou
lanterna fará o papel de Sol e o globo terrestre, o papel da Terra.
	 Posicione a luminária ao lado do globo terrestre, de modo que o
centro da luminária e o centro do globo estejam alinhados (ver
figura a seguir).
Polo Norte
Eixo de rotação
MOMENTO A MOMENTO B
NoiteDiaNoiteDia
Polo Norte
Polo SulPolo Sul
Eixo de rotação
©HudsonCalasans
Você sabia que um
dia é o tempo que a
Terra leva para dar uma
volta completa em
torno de seu eixo?
12
Ciências – Unidade 1
©HudsonCalasans
©HudsonCalasans
a)	 Movimente o globo terrestre de modo que ele dê uma volta
completa em torno da lâmpada acesa (ver figura a seguir).
Observe que o eixo de rotação da Terra – a linha imaginá-
ria mencionada anteriormente – está inclinado em relação a
esse plano no qual a Terra gira em torno do Sol, chamado
plano da órbita da Terra, ou seja, o plano da trajetória que
a Terra descreve em torno do Sol. Caso o globo que estiver
utilizando não esteja inclinado, incline-o para poder perce-
ber esse efeito.
Ciências – Unidade 1
13
•	 Observe: há alguma parte da superfície da Terra que recebe mais
luz do Sol? Será que esta parte da superfície terrestre fica mais
quente do que as outras? Justifique suas respostas.
•	 Em grupo, registrem a que conclusões vocês che-
garam após a realização do experimento. O que
foi possível observar?
Nesse segundo experimento, foi possível notar
que, além de girar em torno de seu eixo, a Terra tam-
bém se movimenta ao redor do Sol, descrevendo uma
órbita praticamente circular. Esse movimento recebe
o nome de translação. Para dar uma volta completa
em torno do Sol, a Terra leva aproximadamente 365
dias e seis horas. A esse período denominamos ano.
Um olhar para o céu ao longo da história
A sucessão de dias e noites sempre chamou a aten-
ção da humanidade e dos cientistas.
Desde tempos antigos, o ser humano observa
a passagem do Sol, da Lua, das estrelas, dos pla-
netas e de outros acontecimentos celestes. A partir
dessas observações construiu modelos, explica-
ções e teorias sobre a Terra e seu lugar no Universo.
Plano
da órbita
Eixo de
rotação
O eixo de rotação da Terra está inclinado em relação
ao plano da órbita.
©HudsonCalasans©HudsonCalasans
Modelo de translação da Terra
Sol
Terra
Representação fora de escala. Cores-fantasia.
Cores-fantasia.
14
Ciências – Unidade 1
Existem registros astronômicos de aproxi-
madamente 3 000 a.C., realizados por chineses,
babilônios, assírios e egípcios. Os babilônios, por
exemplo, já conheciam os ciclos do Sol, da Lua e
dos planetas. Nas Américas, incas, maias e aste-
cas também desenvolveram calendários e diversos
monumentos foram construídos de acordo com o
alinhamento dos astros no céu.
O calendário inca, por exemplo, permitia cal-
cular o período mais adequado para que o plantio
e a colheita fossem mais bem-sucedidos. Por sua
vez, o calendário asteca contava com 18 meses,
tendo cada um deles 20 dias. Cada ano deste
calendário continha 365
dias. Sobravam então cinco
dias por ano, que eram con-
siderados dias de azar pelos
astecas. Nesses dias, eles
evitavam realizar quaisquer
tarefas.
Esses povos descreviam
o que observavam no céu e
justificavam os fenômenos
naturais em termos míticos
e religiosos.
Stonehenge é um monumento construído com enormes blocos de pedra de aproximadamente 4 mil anos, localizado no sul da Inglaterra.
A disposição das pedras sugere que seus construtores já conheciam e podiam prever o início das estações do ano. A linha formada pela
entrada principal de luz até a pedra do altar indica o local onde o Sol nasce no dia mais longo do verão.
©HudsonCalasans
©RainerJunker/123RF
Terraços e escadarias de Machu Picchu (Peru), cidade sagrada dos incas.
Calendário asteca.
©DmitryRukhlenko/123RF
©AlexeyStiop/Alamy-OtherimagesPedra do altar
Ciências – Unidade 1
15
O Hubble foi o primeiro
telescópio lançado no espaço
(1990). Com as informações
enviadas por este equipamento,
os pesquisadores conseguem
estudar estrelas muito distantes.
Foram os filósofos gregos quem primeiro procuraram uma expli-
cação para os fenômenos com base na própria natureza, e não no
sobrenatural. Nessa época (século III a.C.), eles imaginavam que a
Terra seria o centro do Universo e tudo giraria ao seu redor (modelo
geocêntrico).
A ideia de que a Terra seria o centro do Universo perdeu força
por volta de 1500, com o astrônomo e matemático polonês Nicolau
Copérnico (1473-1543). Observando o movimento dos astros, Copér-
nico chegou a uma conclusão diferente: a Terra fazia movimentos em
torno do seu eixo e em torno do Sol (modelo heliocêntrico).
Essa conclusão de Copérnico foi defendida e aperfeiçoada por
cientistas como o matemático e astrônomo italiano Galileu Galilei
(1564-1642) e o astrônomo alemão Johannes Kepler (1571-1630),
que perceberam que, com o modelo heliocêntrico, poderiam entender
a formação dos dias e das noites, as estações do ano, os eclipses e
vários outros fenômenos celestes.
Posteriormente, com a utilização de lunetas e telescópios, instru-
mentos que ampliam a visão de objetos que estão muito distantes,
novos astros foram encontrados no céu, modificando a concepção que
se tinha do Universo. Mais recentemente – a partir dos anos 1960 –,
com os voos espaciais, essas ideias puderam ser confirmadas e hoje
acreditamos que, de fato, nosso planeta está em constante movimento.
©Nasa
Você sabia que a
construção de modelos
sobre o Universo
começou com os
filósofos gregos?
Os filósofos gregos
acreditavam que os
fenômenos observados
tinham uma explicação
única e simples, e
a busca por essa
explicação impulsionava
o pensamento filosófico
e a criação de modelos
e teorias explicativas.
No entanto, diante
da observação de
novos fenômenos,
muitos modelos e
teorias mostraram-se
insuficientes. Isso levou
a reformulações ou, até
mesmo, ao abandono
desses modelos e teorias,
que foram substituídos
por outros, como no
caso da substituição do
modelo geocêntrico pelo
heliocêntrico.
16
Ciências – Unidade 1
Os filósofos gregos
A Grécia Antiga, período compreendido entre os séculos
XI a.C. e IV a.C, nos deixou formas de pensar, ainda hoje
bastante atuais. Foi uma sociedade que acolheu inúmeros
pensadores, os filósofos. Entre seus estudos e preocupações
estavam o destino da humanidade, a compreensão das leis da
natureza, a melhor forma de vida em sociedade.
Pitágoras (570 a.C.-490 a.C.), por exemplo, tornou-se céle-
bre por seu estudo da Matemática e pela descoberta do teorema
que leva o seu nome, que é estudado até hoje pela geometria
moderna. Aristóteles (384 a.C.-322 a.C.) definiu a democracia
como “governo de vantagem para o pobre” em contraposição
ao “governo de vantagem para o monarca” e ao “governo de
vantagem para os ricos”.
A democracia grega foi a primeira experiência de demo-
cracia do mundo, que só ressurgiria séculos depois, no final do
século XVIII.
As estações do ano
A translação da Terra define a duração do ano e, junto com a
inclinação do eixo de rotação em relação ao plano de sua órbita,
explica a existência do ciclo das estações ao longo do ano. Devido à
inclinação do eixo de rotação da Terra, a quantidade de luz do Sol que
chega ao planeta não é a mesma em toda sua superfície. Por isso, em
uma época do ano, o Hemisfério Norte recebe mais luz e calor do que
o Hemisfério Sul. Seis meses depois, ocorre exatamente o contrário.
Atualmente, além das observações celestes com base na luz que
as estrelas emitem, podemos também observar o céu a partir de suas
fontes de calor, fontes de raios X, micro-ondas e várias outras. Tudo
isso fez a Astronomia evoluir mais nos últimos cinquenta anos do que
nos séculos que os antecederam. Assim, o que pensamos sobre o Uni-
verso hoje é bem diferente do que os gregos imaginaram há mais de 2
mil anos, pois, ao longo do tempo, cada nova descoberta nos ajudou
a construir instrumentos e saberes que, por sua vez, nos permitiram
conhecer mais o espaço, em um processo contínuo.
Ciências – Unidade 1
17
Atividade 3	 	 As estações do ano
Observe a figura a seguir.
Verão
Sol
Outono
Inverno Primavera
23 de setembro
EQUINÓCIO
21 de março
EQUINÓCIO
21 de dezembro
SOLSTÍCIO
21 de junho
SOLSTÍCIO
A trajetória da Terra ao redor do Sol e as estações do ano no Hemisfério Sul.
©HudsonCalasans
©HudsonCalasans
Equador
Equador
Hemisfério
Norte
Plano da órbita
Hemisfério
Sul
Situação A Situação B
Fica a dica
Para responder a
essas questões, lembre-se
do experimento sobre o
movimento de translação
(Atividade 2).
1.	 Você diria que o Brasil recebe mais luz diretamente do Sol na situ-
ação A ou na B?
2.	 Quando a Terra está na situação A, aqui no Brasil é verão ou in-
verno? Por quê?
Durante o movimento de trans-
lação da Terra, a posição entre um
hemisfério e o Sol se altera e, com
isso, também se altera a quanti-
dade de luz e calor que recebe do
Sol. Esse hemisfério recebe mais luz
do Sol, tornando-se mais quente.
Nesse período, dizemos que nesse
hemisfério está ocorrendo o verão.
No outro, que recebe menos luz,
está ocorrendo o inverno.
Representação fora de escala. Cores-fantasia.
Representação fora de escala. Cores-fantasia.
18
Ciências – Unidade 1
Atividade 4	 	 Amplie suas reflexões
Em grupo, discutam com os colegas e respondam:
1.	 Se o eixo da Terra não fosse inclinado em relação ao plano da
órbita, haveria as estações do ano? Justifiquem suas respostas.
2.	 Façam uma lista das estações do ano indicando as características
de cada uma delas no Estado de São Paulo.
3.	 Se o eixo de rotação da Terra não fosse inclinado, a região do
Equador terrestre continuaria sendo a mais quente da Terra? Por
quê?
4.	 Para os trabalhadores, quais as implicações das mudanças climá-
ticas ocorridas durante o ano? Elas são as mesmas para quem
trabalha no campo ou nos centros urbanos?
Ciências – Unidade 1
19
Mudanças climáticas
As estações do ano se caracterizam por diferenças climáticas que,
junto com outros fatores, influem na fauna, na flora e no ambiente
em geral, determinando os tipos de vegetação e clima de todas as
regiões da Terra. Por isso, estão diretamente relacionadas ao desen-
volvimento de atividades humanas, como a agricultura e a pecuária.
Como já foi estudado anteriormente, devido à inclinação do eixo de
rotação da Terra, quando é inverno no Hemisfério Norte é verão no
Hemisfério Sul, e vice-versa. Da mesma forma, quando for primavera
em um dos hemisférios, será outono no outro.
Em grande parte do Brasil, as plantas florescem na primavera.
©DelfimMartins/PulsarImagens
Em muitas regiões do País, durante o verão, ocorrem as
enchentes e os deslizamentos.
©AlexLarbac/Tyba©OpçãoBrasilImagens
Geografia
6o
ano/1o
termo
Unidade 2
Fauna
Conjunto de animais que
vivem em determinada
área.
Flora
Conjunto de plantas,
árvores, arbustos etc.
de determinada área
ou região.
Nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, há
pouca variação de temperatura ao longo do
ano. Nas demais, a primavera apresenta tem-
peraturas amenas, com períodos alternados
de chuva e sol, favorecendo a reprodução de
animais e plantas, que passam a florescer. Nas
regiões Centro-Oeste e Sudeste, as chuvas pas-
sam a ser mais intensas e frequentes na prima-
vera, e demarcam o período de transição entre
a estação seca e a estação chuvosa. A prima-
vera começa num dia em que o período diurno
tem a mesma duração que o período noturno
(esse dia é chamado equinócio). Durante a pri-
mavera, os dias ficam cada vez mais longos e
as noites, mais curtas.
O verão é uma época na qual o clima em
geral torna-se mais quente, provocando mais
evaporação de água, o que produz mais chuva.
Ocorrem rápidas mudanças nas condições do
tempo durante o dia, gerando chuvas fortes e
intensas, porém de curta duração, principal-
mente no período da tarde. É nessa época que
ocorre a maior parte das enchentes e desliza-
mentos de terra durante o ano nas regiões Sul
e Sudeste. O verão começa no dia mais longo
do ano, o solstício de verão, e, a partir daí, os
dias ficam mais curtos e as noites, mais longas,
até que a Terra atinge o equinócio de outono,
quando inicia a nova estação.
No verão, o clima é quente, e as pessoas procuram se refrescar.
20
Ciências – Unidade 1
Durante o outono, os dias tornam-se mais
curtos, as temperaturas começam a diminuir,
assim como a quantidade de chuva. Essa época
apresenta características de verão e inverno
juntas, ou seja, rápidas mudanças climáticas e
maior ocorrência de nevoeiros e geadas, prin-
cipalmente nas serras das regiões Sul e Sudeste.
O outono é a época de colheita abundante de
vários produtos, inclusive o café.
O solstício de inverno, dia que apresenta
a noite mais longa do ano, marca o início da
estação mais fria de todas: o inverno. Além do
frio, outra característica do inverno nas regiões
Sul e Sudeste é o baixo nível pluviométrico. Por
isso, no inverno temos os menores valores de
umidade relativa do ar, o que causa vários pro-
blemas de saúde. No inverno, os dias são mais
curtos, porém, mais iluminados, já que apresen-
tam o céu mais limpo.
O outono é a época da colheita do café.
©JoãoPrudente/PulsarImagens
Moradores de rua se abrigam do frio do inverno.
©ErnestoRodrigues/AE
Atividade 5	 	 As estações do ano
Escolha a estação do ano que mais lhe agrada e produza um
texto. Relate as principais características da estação escolhida no
lugar onde você vive (ou viveu).
Astros iluminados e astros luminosos
De todos os astros brilhantes que vemos à noite no céu, o mais
brilhante de todos é a Lua. Depois da Lua, o ponto mais brilhante
do céu noturno é Vênus, também conhecido como estrela-d’alva.
Vênus é o planeta mais próximo da Terra e, também por isso, apre-
senta um brilho tão intenso. Mesmo sendo os astros mais brilhantes,
Lua e Vênus não produzem luz como as estrelas.
A Lua, assim como os planetas, é um astro iluminado, ou seja,
apenas reflete a luz solar. Já as estrelas são astros luminosos, pois
produzem sua própria luz.
Ciências – Unidade 1
21
As pastorinhas
Noel Rosa e João de Barro
A estrela-d’alva no céu desponta
E a Lua anda tonta com tamanho esplendor
E as pastorinhas pra consolo da Lua
Vão cantando na rua lindos versos de amor
Linda pastora morena da cor de Madalena
Tu não tens pena de mim
Que vivo tonto com o teu olhar
Linda criança tu não me sais da lembrança
Meu coração não se cansa
De sempre, sempre te amar
Na imagem, o planeta
Vênus está à direita
da Lua.
©JohnSanford/SPL-Latinstock
©1934byMANGIONE,FILHOS&CIA.LTDA.Todososdireitos
autoraisreservadosparatodosospaísesdomundo.
	 A estrela-d’alva citada nessa famosa marchinha de Carnaval tem
um esplendor que é capaz de deixar a Lua tonta. Responda:
a)	 Qual é o astro mais brilhante do céu depois do Sol e da Lua,
que ficou conhecido como estrela-d’alva, “estrela do pastor”
ou mesmo “estrela do alvorecer”?
b)	 Trata-se de uma estrela realmente?
2.	 Certamente, nenhum outro astro celeste ocupou tanto espaço na
mente das pessoas e nas palavras dos poetas e namorados como a
Lua. Ela é o nosso vizinho mais próximo no espaço. Fica tão próxi-
ma que doze homens já pisaram em sua superfície em seis missões
que por lá pousaram, entre julho de 1969 e dezembro de 1972.
	 Ao observar a Lua em uma noite de céu limpo, é possível perce-
ber que ela apresenta algumas regiões mais claras e outras mais
escuras. O que você imagina que são essas manchas escuras que
podemos ver na superfície lunar? Converse com os colegas e ela-
borem hipóteses.
Atividade 6	 	 A estrela-d’alva
1.	 Você conhece a canção As pastorinhas, composta em 1934 por
Noel Rosa e João de Barro?
22
Ciências – Unidade 1
Você sabia que em 20 de julho de 1969 um homem chegou à Lua?
Depois de mais de dez anos de pesquisa e desenvolvimento de novos
materiais, foi possível construir naves espaciais capazes de decolar da
Terra, pousar na Lua e voltar à Terra. Coube à extinta União Soviética
o início das viagens espaciais.
Em 1957, os russos puseram o primeiro satélite (chamado Sputnik)
em órbita da Terra e, no mesmo ano, o primeiro ser vivo foi ao
espaço. Tratava-se da cadela Laika, que faleceu aproximadamente
seis horas depois de o satélite entrar em órbita. Quatro anos depois,
o astronauta Yuri Gagarin (1934-1968) foi o primeiro homem a viajar
ao espaço. É dele uma frase que se tornou famosa em todo o mundo:
“A Terra é azul”.
A partir disso, iniciou-se a chamada corrida espacial, que culminou com
a missão estadunidense Apollo, a primeira a levar o homem à Lua. Entre
1969 e 1972, essa missão levou 12 homens ao solo lunar e os trouxe de
volta. A partir de então, não houve mais viagens tripuladas à Lua.
©Nasa
O astronauta Buzz Aldrin desce do módulo
lunar da nave Apollo 11, em 1969.
Diferentemente do Sol, que emite luz, a Lua apenas reflete a luz
que recebe do Sol. O formato dela não é uma esfera perfeita, pois a
Lua apresenta diferentes tipos de relevo (vales, montanhas e crateras).
Por isso, vemos a sombra desses relevos na sua superfície. Há ainda
na Lua imensas áreas formadas por derramamento de rochas vulcâ-
nicas, que refletem pouca luz solar e que, quando vistas da Terra,
parecem escuras.
Assim como a Terra, a Lua apresenta movimentos de rotação e
translação. Ela gira em torno de um eixo imaginário que passaria
pelo seu centro (rotação) e também se movimenta ao redor da Terra
(translação). É claro que, junto com a Terra, a Lua translada ao
redor do Sol.
A Lua fotografada pela
tripulação da Apollo 11
durante a viagem de volta
à Terra (1969).
Os movimentos da Lua
A Lua
Renato Rocha
A Lua,
Quando ela roda,
É nova,
Crescente ou meia-lua,
É cheia
E quando ela roda
Minguante e meia
Depois é lua novamente...
[Bis...]
©Nasa
©EditoraGeração/EditoraHumaitá
Ciências – Unidade 1
23
A rotação da Lua em torno de seu eixo ocorre exatamente no
mesmo tempo em que ela completa uma volta em torno da Terra,
o que leva aproximadamente 27 dias e 7 horas. Como o tempo de
rotação é exatamente o mesmo tempo de translação, vemos sempre a
mesma face da Lua voltada para a Terra.
O movimento de translação da Lua tem grande influência na vida
terrestre. Ele é responsável, por exemplo, pelas marés, pelas fases da
Lua (cheia, minguante, crescente, nova) e também serve de base para
a contagem do tempo. Com base na translação da Lua se estabeleceu a
ideia de mês e, até hoje, muitos povos, como os judeus e os muçul-
manos, utilizam o calendário lunar, com base em 12 lunações (cada
lunação é o intervalo entre duas luas novas consecutivas).
A unidade fundamental de qualquer calendário nasceu do con-
traste e da sucessão constante entre a luminosidade do período
diurno e o período noturno, que corresponde ao dia. A periodici-
dade das fases lunares sugeriu a ideia de mês, e a repetição alternada
das épocas de cheia e de seca dos rios deu origem ao conceito de
ano, relacionado às necessidades da agricultura.
Os calendários lunares têm por base uma sucessão de 12 luna-
ções, o que corresponde a um período de aproximadamente 354 dias,
bem diferente do calendário solar, que tem por base o período que a
Terra leva para completar uma volta em torno do Sol, e corresponde
a aproximadamente 365 dias.
O calendário lunar tem por
base o período de 12 lunações,
enquanto o calendário
solar tem um período de
aproximadamente 13 lunações.
©DenisBarbulat/123RF
Calendário Lunar 2012
jan
fev
mar
abr
maio
jun
jul
ago
set
out
nov
dez
24
Ciências – Unidade 1
Plano da
órbita da Terra
Situação A
(Lua acima
do plano)
Situação B
(Lua abaixo
do plano)
Atividade 7	 	 Experimento: os movimentos da Lua
Nesta atividade, você reutilizará os mesmos materiais (lanterna ou
luminária e o globo terrestre) das atividades anteriores e, ainda, uma
esfera de isopor de cor branca.
Aqui, a luminária (ou lanterna) também representa o Sol, o globo
terrestre, a Terra, e a bola de isopor simula a Lua.
1.	 Acenda a lâmpada e ilumine o globo terrestre. Movimente a Lua
(bola de isopor) em volta da Terra (globo terrestre) de modo que,
quando ela estiver oposta ao Sol, fique mais alta, e, quando esti-
ver entre o Sol e a Terra, fique mais baixa em relação ao plano da
órbita da Terra. Assim, procure identificar as fases da Lua.
2.	 Posicione a Lua (bola de isopor) na direção oposta ao Sol em re-
lação à Terra, onde seria a noite terrestre, mas acima do globo,
como mostra a figura (situação A).
Movimentos da Lua
©HudsonCalasans
a)	 Na situação A, uma pessoa que se encontra na face escura da
Terra (noite) observará qual fase da Lua?
b)	 E quando a Lua estiver entre o Sol e a Terra, abaixo do plano da
órbita da Terra (situa­ção B), ela será visível por alguém que está
na noite terrestre?
Ciências – Unidade 1
25
c)	 Em qual situação teremos a Lua cheia: na situação A ou na B?
Justifique sua resposta.
d)	 Registre suas descobertas com base no experimento.
3.	 Converse com seus colegas sobre suas descobertas com esse ex-
perimento. Depois, organizem um registro único do experimento
realizado, que poderá ser exposto em um mural na sala de aula.
Os registros de experimentos podem ser produzidos de diferentes
formas. Eles podem ser feitos no formato de lista de tópicos, esque-
mas, textos que contêm ilustrações, relatórios, entre outros.
4.	 Este experimento mostra como a parte visível da Lua muda de
formato no céu ao longo do mês. Considerando o que observou,
como você explicaria as diferentes fases da Lua?
5.	 A imagem a seguir representa duas situações diferentes da Lua
durante o mês, separadas por duas semanas.
©HudsonCalasans
Lua
Situação 2
Situação 1
Lua
Terra
Sol
Fases da Lua
	 Você diria que a Lua cheia ocorre quando a Lua está entre o Sol e
a Terra (situação 1) ou do lado oposto ao Sol, em relação à Terra
(situação 2)?
Representação fora de escala. Cores-fantasia.
26
Ciências – Unidade 1
As marés
Além da lunação, outro fenômeno que apresenta periodicidade
mensal são as marés. Elas têm grande influência na navegação e na
pesca, podendo aumentar ou diminuir a produtividade das atividades
pesqueiras. Conhecer e prever as marés é extremamente importante
para essas atividades.
As marés são mudanças que ocorrem na altura do nível dos
mares, e são facilmente perceptíveis em uma praia, por exemplo. Elas
dependem da posição relativa entre a Terra, a Lua e o Sol, pois tanto
a Lua como o Sol exercem forças de atração sobre a Terra (chamadas
forças gravitacionais) que influenciam nas marés.
Em função dessas forças, as marés apresentam dois períodos:
•	 um período mensal, devido à translação da Lua, com variação da
altura da maré em um mesmo ponto da Terra;
•	 um período diário, devido à rotação da Terra, no qual o nível do
mar sobe e desce duas vezes por dia, constituindo o fluxo e o re-
fluxo das águas.
©HudsonCalasans©HudsonCalasans
Por estar mais próxima da Terra
do que o Sol, a Lua exerce influên­cia
maior nas marés terrestres. Quando
a Lua, a Terra e o Sol estão alinha-
dos, ou seja, nas fases de Lua nova ou
cheia (figura A), temos a maré mais
alta do mês. No entanto, quando Sol
e Lua estão em quadratura – isto é,
quando a direção de ambos em rela-
ção à Terra forma um ângulo reto
(90o
), nas fases quarto crescente e
quarto minguante (figura B) –, temos
as menores marés altas do mês.
À medida que a Terra gira, as re­giões
que estão sob influência da Lua e do
Sol deslocam-se em relação a eles. Por
isso, temos duas marés diárias: a maré
alta, que ocorre quando uma região
da Terra encontra-se exatamente ali-
nhada com a Lua, e a maré baixa,
quando a região da Terra encontra-se
no ponto lateral da rotação terrestre.
Sol
Sol
Lua cheia
A. Grande maré
B. Pequena maré
Lua nova
MaréMaré
Lua minguante
Lua crescente
Maré
baixa
Maré
baixa
Sol
Sol
Lua cheia
A. Grande maré
B. Pequena maré
Lua nova
MaréMaré
Lua minguante
Lua crescente
Maré
baixa
Maré
baixa
Representação fora de escala. Cores-fantasia.
Representação fora de
escala. Cores-fantasia.
Ciências – Unidade 1
27
A pesca no Brasil
Devido a nossa extensa área costeira, uma atividade econômica muito importante no
Brasil é a pesca. Milhares de famílias ao longo de todo o litoral vivem ligadas à prática
pesqueira. Elas observam as marés e o clima para identificar os melhores dias e horários
para levar as embarcações às regiões de pesca e lançar então suas redes.
A pesca pode ser uma atividade artesanal ou industrial. A pesca artesanal é sobretu-
do para o consumo familiar. Na maioria dos casos, o barco é próprio, mas há também
casos em que o pescador não é o dono do barco, ficando apenas com parte do resultado
da pesca. No caso da pesca industrial, o trabalhador pode ficar com parte da pesca ou
receber um salário.
A pesca industrial, feita em larga escala, afeta todo o ambiente marinho e tem causado
grande impacto ambiental, a ponto de espécies como o atum, o bacalhau, o peixe-espada,
o linguado e outras terem sua população reduzida em 90%. A questão é que os grandes
pesqueiros iniciam sua atividade antes mesmo de estimarem seu impacto ambiental.
Os cientistas acreditam que a pesca sustentável é possível, desde que sejam respei-
tadas regras de administração das áreas de pesca, estudadas por especialistas.
Atividade 8	 	 Observação do céu
Aproveite uma noite sem nuvens para observar o céu. Considere
as questões a seguir para orientar suas observações.
•	 Todas as estrelas brilhantes apresentam a mesma cor?
•	 O céu que se vê é o mesmo em qualquer lugar da Terra?
•	 Por que são vistas mais estrelas em locais abertos mais escuros do
que em lugares mais claros?
•	 O que acontece com as estrelas durante o dia? Há ou não há es-
trelas no céu?
Depois, em sala de aula, reúnam-se em grupo e discutam sobre o
que se pôde observar no céu. Registrem as conclusões a que o grupo
chegou.
Fica a dica
Você também pode
observar o céu usando o
programa de astronomia
Stellarium disponível
gratuitamente em:
<http://www.stellarium.
org/pt/>. Acesso em:
9 jan. 2012.
28
Ciências – Unidade 1
As imagens mostram o mesmo pedaço de céu visto em vários locais do Brasil, no mesmo dia e horário. Repare que o número de astros visíveis
muda em função da luminosidade do local e da poluição, entre outros fatores.
Os pontos que cintilam (piscam) com brilho variado são as estre-
las. As estrelas podem estar sozinhas ou agrupadas.
Em uma noite de Lua nova, sem nuvens e sem poluição, pode-se ver
a olho nu (sem o uso de lunetas e telescópios) cerca de 5 mil estrelas no
céu. As estrelas são grandes massas de gases que se encontram em altas
temperaturas. Em seu interior, ocorrem reações nucleares que emitem
grande quantidade de energia, principalmente na forma de luz e calor.
Mesmo sendo imensas e muito brilhantes,
como estão bem longe de nós, as estrelas pare-
cem pequenas e com pouca luz. Por isso, durante
o dia, não conseguimos enxergá-las. A luz do Sol
é tão intensa que ofusca a visão das demais estrelas.
Portanto, durante o dia, as estrelas estão no céu,
mas a claridade do Sol é tão grande que não per-
mite que sejam vistas da Terra.
Ao serem observadas da Terra, as estrelas pare-
cem formar grupos que podem variar desde duas
estrelas até conjuntos enormes constituídos de inú-
meras estrelas, como os aglomerados e as galáxias.
São Paulo (SP) Taboão da Serra (SP) Jundiaí (SP) Casa Branca (SP) Barreirinhas (MA)
©Stellarium
O céu noturno
Observando o céu noturno é possível perceber vários pontos lumi-
nosos. A quantidade de pontos luminosos que pode ser observada
depende da época do ano e também de outros fatores, como a poluição
do ar (quanto mais poluído, menor a visibilidade), a quantidade de luz no
ambiente (quanto mais claro o ambiente, menos estrelas serão visíveis) etc.
No céu, é possível ver agrupamentos de estrelas como o
desta imagem.
©DieterWillasch(Astro-Cabinet)/Nasa
Ciências – Unidade 1
29
Estrelas e galáxias
As galáxias são aglomerados de bilhões
de estrelas, planetas, rochas, gases e poeira,
que giram em torno de um centro comum. A
galáxia na qual o Sol está localizado chama-se
Via Láctea. Seu formato lembra um disco
achatado com braços espiralados, em que
há maior concentração de gás e poeira.
As galáxias, por sua vez, também for-
mam grupos, e assim se constitui a trama
do Universo.
Com base em observações e muitos estudos, os astrônomos esti-
mam que haja cerca de 100 bilhões de galáxias no Universo.
Ao longo do ano, a posição das estrelas no céu vai se modifi-
cando. Assim, a cada mês vemos agrupamentos diferentes de estrelas
no céu ou o mesmo agrupamento em posição diferente em relação
ao que estava no mês anterior. Muitos povos antigos relacionavam
a posição de alguns grupos de estrelas com os fenômenos naturais,
como as secas, as cheias dos rios, a época das chuvas intensas, entre
outros fenômenos.
Desse modo, o céu servia como base para um calendário que
possibilitava registrar a passagem do tempo. Para se referir a um
grupo de estrelas no céu, imaginavam figuras das quais essas estrelas
faziam parte e criavam histórias para explicar como essas figuras
surgiram no céu. Esses grupos de estrelas formam as constelações.
Assim, constelação é um setor do céu onde o agrupamento aparente
de estrelas ligadas por linhas imaginárias formam um desenho.
Atividade 9	 	 As constelações
Observe a imagem a seguir. Imagine que ela representa uma
região do céu observada durante a noite.
Concepção artística da
Via Láctea. Representação
sem escala. Cores-fantasia.
©MarkGarlick/SPL-Latinstock
30
Ciências – Unidade 1
1.	 Junte os pontos da imagem anterior (não é necessário juntar todos)
e procure formar alguma(s) imagem(ns). Supondo que os pontos
fossem estrelas, que nome você daria a essa(s) constelação(ções)?
2.	 Compare o seu desenho com o dos colegas e responda: as imagens
que vocês desenharam são as mesmas? O que levou você a desenhar
essa imagem e não outra?
Como cada povo projeta no céu elementos de sua cultura, podem
ser traçadas diferentes constelações para um mesmo grupo de estrelas.
As constelações mais conhecidas são, em sua maioria, de ori-
gem grega ou árabe, mas outros povos também criaram suas pró-
prias constelações, inclusive os povos indígenas brasileiros. A figura a
seguir mostra a constelação da Ema (Guyra Nhandu). Seu surgimento
no céu indica a chegada do inverno para os tupis-guaranis e do tempo
de seca para as tribos da Amazônia.
Constelação da Ema, representada pelos povos tupis-guaranis.
©Stellarium
EMA
Ciências – Unidade 1
31
Algumas das representações criadas pelos gregos para as constelações.
Desenhos correspondentes às constelações gregas.
©Stellarium©Stellarium
32
Ciências – Unidade 1
O Sistema Solar e os planetas
Muitas civilizações antigas já haviam percebido que, embora as
estrelas que viam à noite não fossem sempre as mesmas ao longo
do ano, a posição de uma estrela em relação às outras não mudava.
Isso, aliás, permitiu seu agrupamento em constelações. Mas alguns
pontos brilhantes que vemos no céu mudam de posição em relação
a essas estrelas com o passar do tempo. Esses pontos são chamados
planetas (palavra que em grego quer dizer “errante, que se movi-
menta”). Planetas são corpos celestes com formato esférico, que
giram em torno de uma estrela.
No caso do Sol, além da Terra, há outros planetas e outros obje-
tos que também transladam ao seu redor. Todos eles juntos consti-
tuem o Sistema Solar. No Sistema Solar há oito planetas: Mercúrio,
Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno.
Você sabia que Plutão não é mais
chamado de planeta?
Em 1930 um astrônomo descobriu um
ponto que se movia pelo céu e que seria
o nono planeta do Sistema Solar: Plutão.
Inicialmente pensou-se que Plutão poderia
ser maior que a Terra, mas medições
posteriores mostraram que era menor do
que a Lua. Além disso, já na década de
1990, foram descobertos outros objetos
celestes muito afastados do Sol, alguns deles
tão grandes quanto Plutão. Chegou-se a um
impasse: se Plutão era chamado de planeta,
esses outros elementos também deveriam
ser. Mas eles eram pequenos e leves
demais em relação aos outros planetas.
Então, em 2006, a União Internacional da
Astronomia decidiu que Plutão deixaria de
ser considerado um planeta, e foi então
classificado como “planeta-anão”, assim
como aqueles outros objetos celestes
descobertos. Representação comparativa dos tamanhos da Terra, da Lua e de Plutão. Cores-fantasia.
©JPL/Nasa
A maioria dos planetas que podemos ver a olho nu nos parece mais
brilhante do que a maior parte das estrelas. Apenas Netuno e Urano
parecem menos brilhantes do que as estrelas mais brilhantes do céu.
De acordo com suas características, os planetas do Sistema Solar
podem ser divididos em dois grandes grupos: terrestres (ou rochosos)
e jovianos (ou gasosos).
Plutão Lua
Terra
Ciências – Unidade 1
33
Semelhantes à Terra, os planetas terrestres (Mercúrio, Vênus e
Marte) são constituídos principalmente de rochas e minerais, como o
ferro. Já os planetas jovianos (Júpiter, Saturno, Urano e Netuno) são
compostos, sobretudo, por gases, e são muito maiores que os planetas
terrestres.
Os planetas orbitam o Sol, isto é, giram a seu redor em trajetó-
rias aproximadamente circulares chamadas elipses. Esse movimento,
como já foi estudado no caso da Terra, recebe o nome de transla-
ção, e o tempo que um planeta leva para dar uma volta completa
em torno do Sol define o período de translação ou ano para aquele
planeta.
Como o movimento de um pião, os planetas também giram em
torno de seu eixo de rotação. A esse movimento chamamos rotação. E
o intervalo que o planeta leva para dar uma volta completa em torno
de si mesmo define, como foi visto anteriormente no caso da Terra, o
período de rotação ou dia para aquele planeta.
Representação de parte dos astros do Sistema Solar. Aproximadamente no centro localiza-se o Sol e, ao seu redor, giram os planetas, cada um em
órbita própria. Entre as órbitas de Marte e Júpiter há um cinturão de astros menores, os asteroides.
©HudsonCalasans
Sol
Saturno
Júpiter
Mercúrio
Vênus
Terra
Marte
Urano
Netuno
Cinturão
de asteroides
Representação fora de escala. Cores-fantasia.
34
Ciências – Unidade 1
Outros elementos do Sistema Solar
No Sistema Solar, há outros tipos de astros além dos planetas. São
os chamados satélites (ou luas), asteroides, planetas-anões e cometas.
Asteroides
Os asteroides são pequenas rochas. Eles não
são considerados planetas, pois não têm a forma
arredondada e são bem menores.
Satélites naturais
Os satélites naturais, geralmente chamados de luas, são corpos
celestes rochosos que giram ao redor dos planetas. Dos oito plane-
tas do Sistema Solar, seis deles possuem satélites. Apenas Mercúrio e
Vênus não possuem luas.
Estudos indicam que o
asteroide Lutetia seja um
sobrevivente do violento
nascimento do Sistema Solar.
©Esa2010MPSforOSIRISTeamMPS/
UPD/LAM/IAA/RSSD/INTA/UPM/
DASP/IDA
Número de satélites conhecidos dos planetas do Sistema Solar
Planeta Número de satélites
Terrestre
Mercúrio –
Vênus –
Terra 1
Marte 2
Joviano
Júpiter 64
Saturno 62
Urano 27
Netuno 13
As quatro maiores luas de
Júpiter, observadas por
Galileu Galilei, em 1610,
conhecidas como Satélites
de Galileu. Nesta imagem,
Júpiter (à esquerda) não
está na mesma escala que
os satélites.
Fonte: NASA.
©NASAPlanetaryPhotojournal
Ciências – Unidade 1
35
Meteoroides
Meteoroides são pequenas rochas que giram em torno
do Sol. Algumas vezes, os meteoroides são atraídos pela
Terra ou por outro astro. Quando entram na atmosfera ter-
restre, incendeiam-se por causa do atrito com o ar e passam
a se chamar meteoros. São também conhecidos, popular-
mente, como estrelas cadentes.
Quando uma parte do meteoroide atravessa a atmosfera
sem se desintegrar totalmente e atinge o solo é chamada de
meteorito.
Meteoro incendiando-se na atmosfera.
©KimmoMustonen/123RF
Você sabia que os satélites também podem ser artificiais?
Os satélites artificiais são artefatos tecnológicos que orbitam planetas e são enviados ao espaço com fins científicos, de
comunicação, para obter informações sobre o tempo e o clima da Terra, entre outras funções.
A Nasa, agência espacial dos Estados Unidos, tem mais de 12 satélites científicos em órbita. Eles ajudam os pesquisadores a estudar
os oceanos, o solo e a atmosfera. Imagem ilustrativa; concepção artística.
©Nasa
36
Ciências – Unidade 1
O cometa Halley aproxima-se
do Sistema Solar a cada 76 anos.
Sua última passagem próxima
do nosso sistema foi em 1986.
©HarvardCollegeObservatory/SPL-Latinstock
Planetas-anões
O planeta-anão, como já foi mencionado no caso de Plutão, é um
astro de formato arredondado que orbita o Sol. Mas esse astro não
tem massa suficientemente grande para ser considerado um planeta.
Em outras palavras, é um astro grande o suficiente para ser redondo,
mas com pouca massa para ser considerado um planeta.
Cometas
Os cometas são astros que geralmente permanecem em órbitas
muito distantes do Sol, mas, ocasionalmente, aproximam-se dele, che-
gando relativamente perto da Terra.
O núcleo do cometa é formado por
rochas que contêm água e gases congela-
dos misturados com poeira cósmica (poeira
espalhada pelo espaço). Quando o cometa
se aproxima do Sol, o calor solar aquece
o cometa que começa a “evaporar”, for-
mando uma nuvem de vapor de água e gás
carbônico em volta do núcleo, a partir da
qual se forma a cauda do cometa, que pode
atingir 100 milhões de quilômetros de com-
primento.
Atividade 10	 	 Existem ETs?
É muito comum ouvir falar da existência de seres de outros plane-
tas e de sua aparição na Terra. Converse com os colegas: Você acre-
dita que exista vida em outros planetas? Na sua opinião, é possível
que existam outros planetas e sistemas planetários semelhantes ao
nosso? Justifique sua resposta.
Ciências – Unidade 1
37
Além do Sistema Solar
Exoplanetas
Para além do Sistema Solar, há outras estrelas, e muitas delas
também têm seus planetas. São o que chamamos de exoplanetas.
O número de exoplanetas
descobertos aumenta a cada
ano, em virtude das novas
técnicas de detecção.
Fonte: SCHNEIDER, Jean. CNRS/LUTH – Observatório de Paris. Enciclopédia dos planetas extrassolares.
Catálogo interativo de planetas extrassolares. Disponível em: <http://exoplanet.eu/catalog-all.php>.
Acesso em: 9 jan. 2012.
0
20
40
60
80
100Númerodeplanetasdescobertos
Ano
1 0 0
3
0 1 1
6
1
7
11
19
12
29 27
29
32
28
61 62
82
84
1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Os exoplanetas que podemos detectar atualmente são maiores do
que Júpiter. Isso não quer dizer que não existam exoplanetas meno-
res. Ocorre que estes são mais difíceis de se detectar, pois sua influên-
cia tanto no brilho da estrela como em seu movimento ainda é muito
difícil de ser percebida.
Contudo, o fato de existirem outros planetas não é suficiente
para garantir o surgimento ou a presença de vida fora do planeta
Terra. Embora estudos tenham também revelado a presença de água
e temperaturas amenas em outros planetas, ainda não é possível afir-
mar, cientificamente, que existem outras formas de vida no Universo.
E, mesmo que exista vida extraterrestre, isso não significa necessaria-
mente que nós a encontraremos. Para isso, seria preciso que essas dife-
rentes formas de vida (a nossa e a extraterrestre) existissem ao mesmo
tempo e se encontrassem no espaço (o que é pouco provável, dada a
imensidão e a idade do Universo). Esse encontro seria equivalente a
38
Ciências – Unidade 1
colocar uma formiga em cada polo terrestre e esperar que elas se
encontrem em algum lugar da Terra (supondo que elas resistam ao
frio polar).
Atividade 11	 	 Sobre a localização da Terra
Imagine uma nave terrestre que viaja fora do Sistema Solar. Ela
leva uma placa com informações sobre a Terra. Que informações você
colocaria nessa placa para que um ser inteligente em outro local do
Universo localizasse a Terra?
Você estudou
Nesta Unidade, você observou o lugar da Terra no espaço e
os seus movimentos:
•	 a rotação, responsável pela existência do dia e da noite e pelo
fenômeno das marés;
•	 a translação em torno do Sol, responsável pela existência dos
anos e pela sucessão das estações.
As estações, por sua vez, estão ligadas à inclinação do eixo
de rotação da Terra em relação ao plano de sua órbita.
A Terra tem um satélite natural, a Lua, que gira ao redor do
nosso planeta, completando uma volta a cada quatro semanas,
o que define o mês lunar. Esse movimento da Lua em relação à
Terra é o que nos faz ver as diferentes fases da Lua.
A Lua não está sozinha no céu. Ela tem a companhia de inú-
meras estrelas que são imensas e que podem se alinhar em cons-
telações ou se agrupar em galáxias e aglomerados de galáxias.
No céu, além das estrelas, a Lua tem a companhia de outros
planetas (cada qual com suas luas), cometas, meteoritos, exopla-
netas etc.
Ciências – Unidade 1
39
Pense sobre
O que você aprendeu até agora o ajuda a compreender melhor os
fenômenos naturais?
Em grupo, pesquisem em livros, enciclopédias, revistas especiali-
zadas e/ou na internet: Qual é a origem do Sistema Solar? Qual foi a
origem do Universo, do ponto de vista da ciência?
Planeje antes com seu grupo como organizar a pesquisa. Comece
dividindo as tarefas de modo que todos participem da atividade.
Depois do primeiro levantamento realizado, definam coletivamente
quais informações serão utilizadas. A próxima etapa é decidir qual é
a melhor forma de compartilhar o resultado da pesquisa.
40
Ciências – Unidade 1

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  • 2. Educação de Jovens e Adultos (EJA) – Mundo do Trabalho: Ciências e Matemática: 6o ano/1o termo do Ensino Fundamental. São Paulo: Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia (SDECT), 2011. il. (EJA – Mundo do Trabalho) Conteúdo: Caderno do Estudante. ISBN: 978-85-65278-04-1 (Impresso) 978-85-65278-06-5 (Digital) 1. Educação de Jovens e Adultos (EJA) – Ensino Fundamental 2. Ciências – Estudo e ensino 3. Matemática – Estudo e ensino I. Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia II. Título III. Série. CDD: 372 FICHA CATALOGRÁFICA Sandra Aparecida Miquelin – CRB-8 / 6090 Tatiane Silva Massucato Arias – CRB-8 / 7262 A Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação autoriza a reprodução do conteúdo do material de sua titularidade pelas demais secretarias do país, desde que mantida a integridade da obra e dos créditos, ressaltando que direitos autorais protegidos* deverão ser diretamente negociados com seus próprios titulares, sob pena de infração aos artigos da Lei no 9.610/98. *Constituem “direitos autorais protegidos” todas e quaisquer obras de terceiros reproduzidas neste material que não estejam em domínio público nos termos do artigo 41 da Lei de Direitos Autorais. Nos Cadernos do Programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA) – Mundo do Trabalho são indicados sites para o aprofundamento de conhecimentos, como fonte de consulta dos conteúdos apresentados e como referências bibliográficas. Todos esses endereços eletrônicos foram verificados. No entanto, como a internet é um meio dinâmico e sujeito a mudanças, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação não garante que os sites indicados permaneçam acessíveis ou inalterados, após a data de consulta impressa neste material.
  • 3. Geraldo Alckmin Governador Nelson Luiz Baeta Neves Filho Secretário em exercício Maria Cristina Lopes Victorino Chefe de Gabinete Ernesto Masselani Neto Coordenador de Ensino Técnico, Tecnológico e Profissionalizante SECRETARIA DA EDUCAÇÃO Herman Voorwald Secretário Cleide Bauab Eid Bochixio Secretária Adjunta Fernando Padula Novaes Chefe de Gabinete Maria Elizabete da Costa Coordenadora de Gestão da Educação Básica SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO
  • 4. Fundação do Desenvolvimento Administrativo – Fundap Geraldo Biasoto Jr. Diretor Executivo Lais Cristina da Costa Manso Nabuco de Araújo Superintendente de Relações Institucionais e Projetos Especiais Coordenação Executiva do Projeto José Lucas Cordeiro Coordenação Técnica Impressos: Selma Venco Vídeos: Fernando Moraes Fonseca Jr. Equipe técnica e pedagógica Ana Paula Lavos, Dilma Fabri Marão Pichoneri, Lais Schalch, Liliana Rolfsen Petrilli Segnini, Maria Helena de Castro Lima, Silvia Andrade da Silva Telles e Walkiria Rigolon Autores Arte: Eloise Guazzelli. Ciências: Gustavo Isaac Killner. Geografia: Clodoaldo Gomes Alencar Jr., Edinilson Quintiliano dos Santos e Mait Bertollo. História: Fábio Barbosa. Inglês: Eduardo Portela. Língua Portuguesa: Walkiria Rigolon. Matemática: Antonio José Lopes. Trabalho: Maria Helena de Castro Lima e Selma Venco Fundação Carlos Alberto Vanzolini Antonio Rafael Namur Muscat Presidente da Diretoria Executiva José Joaquim do Amaral Ferreira Vice-presidente da Diretoria Executiva Gestão de Tecnologias em Educação Direção da Área Guilherme Ary Plonski Coordenação Executiva do Projeto Angela Sprenger e Beatriz Scavazza Gestão Editorial Denise Blanes Gestão de Comunicação Ane do Valle Gestão do Portal Luiz Carlos Gonçalves, Sonia Akimoto e Wilder Rogério de Oliveira Equipe de Produção Assessoria pedagógica: Ghisleine Trigo Silveira Editorial: Airton Dantas de Araújo, Célia Maria Cassis, Daniele Brait, Fernanda Bottallo, Mainã Greeb Vicente, Patrícia Maciel Bomfim, Paulo Mendes e Sandra Maria da Silva Direitos autorais e iconografia: Aparecido Francisco, Beatriz Blay, Priscila Garofalo, Rita De Luca e Roberto Polacov Projeto gráfico-editorial: D’Livros Editora e Distribuidora Ltda e Michelangelo Russo (Capa) CTP, Impressão e Acabamento Imprensa Oficial do Estado de São Paulo Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação Coordenação Geral do Projeto Juan Carlos Dans Sanchez Equipe Técnica Cibele Rodrigues Silva e João Mota Jr. Concepção do programa e elaboração de conteúdos Gestão do processo de produção editorial
  • 5. Caro(a) estudante, É com grande satisfação que a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, em parceria com a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, apresenta os Cadernos do Estudante do Programa Educação de Jovens e Adultos (EJA) – Mundo do Trabalho, em atendimento a uma justa reivindicação dos educadores e da sociedade. A proposta é oferecer um material pedagógico de fácil compreensão, para complementar suas atuais necessidades de conhecimento. Sabemos quanto é difícil para quem trabalha ou procura um emprego se dedi- car aos estudos, principalmente quando se retorna à escola após algum tempo. O Programa nasceu da constatação de que os estudantes jovens e adultos têm experiências pessoais que devem ser consideradas no processo de aprendi- zagem em sala de aula. Trata-se de um conjunto de experiências, conhecimen- tos e convicções que se formou ao longo da vida. Dessa forma, procuramos respeitar a trajetória daqueles que apostaram na educação como o caminho para a conquista de um futuro melhor. Nos Cadernos e vídeos que fazem parte do seu material de estudo, você perceberá a nossa preocupação em estabelecer um diálogo com o universo do trabalho. Além disso, foi acrescentada ao currículo a disciplina Trabalho para tratar de questões relacionadas a esse tema. Nessa disciplina, você terá acesso a conteúdos que poderão auxiliá-lo na procura do primeiro ou de um novo emprego. Vai aprender a elaborar o seu currículo observando as diversas formas de seleção utilizadas pelas empresas. Compreenderá também os aspectos mais gerais do mundo do trabalho, como as causas do desemprego, os direitos trabalhistas e os dados relativos ao mercado de trabalho na região em que vive. Além disso, você conhecerá algumas estra- tégias que poderão ajudá-lo a abrir um negócio próprio, entre outros assuntos. Esperamos que neste Programa você conclua o Ensino Fundamental e, pos- teriormente, continue estudando e buscando conhecimentos importantes para seu desenvolvimento e para sua participação na sociedade. Afinal, o conheci- mento é o bem mais valioso que adquirimos na vida e o único que se acumula por toda a nossa existência. Bons estudos! Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação Secretaria da Educação
  • 6. Sumário Ciências...............................................................................................................................7 Unidade 1 Terra e Universo 9 Unidade 2 O solo terrestre 41 Unidade 3 O uso inadequado do solo 65 Unidade 4 Solo e meio ambiente 83 Matemática.............................................................................................................109 Unidade 1 Os números ao nosso redor 111 Unidade 2 O cálculo nas atividades cotidianas 137 Unidade 3 As formas ao nosso redor 157 Unidade 4 Números para medir: medidas no dia a dia e no mundo do trabalho 181 Unidade 5 A Matemática na comunicação 203
  • 7.
  • 8. Caro(a) estudante, Agora que você decidiu retomar seus estudos, terá a oportunidade de apro- fundar alguns conhecimentos no campo das ciências. Muitos dos temas você já conhece, mas, neste momento, serão estudados e analisados de um ponto de vista chamado “científico”. Científico, porque é resultado da realização de observações, experimentos, verificações, análises etc. por parte de profissionais que estudaram esses fenô- menos e chegaram a conclusões compartilhadas pelo conjunto de pessoas que vivem nessa mesma época. Isso possibilita a realização de novas pesquisas e favorece a construção de novos conhecimentos. Nem sempre os homens compreenderam da mesma forma a Terra, o Sol, a Lua e tantas outras coisas que fazem parte da natureza. E essa compreensão, no futuro, também mudará, pois resultará de novos estudos e descobertas. Por essa razão, à medida que os fenômenos são estudados, procura-se tam- bém conhecer como a ciência evoluiu e chegou a determinadas constatações. Neste Caderno, os temas de Ciências estão organizados em quatro unidades. Na Unidade 1, o tema é Terra e Universo. Ao observar o céu em diferen- tes momentos do dia, percebemos algumas particularidades sobre o Universo. A intenção é oferecer a compreensão da ciência sobre essas observações, pois dela deriva o conhecimento sobre as estações do ano, o dia e a noite. Na Unidade 2, o solo será analisado desde a sua formação, suas caracterís- ticas e suas funções para a manutenção da vida. Nas Unidades 3 e 4, discute-se o manejo adequado do solo, com o objetivo de preservar o meio ambiente e garantir que a agricultura seja uma atividade duradoura. Também são temas de estudo a geração e o destino do lixo produ- zido nas grandes cidades e os problemas de saúde decorrentes da ausência de saneamento básico. Bons estudos! Ciências 6o ANO 1o TERMO
  • 9. 1 Você vai começar seus estudos de Ciências conhecendo o céu e o planeta Terra, procurando compreender a evolução da ciência nesse campo e como a Terra se movimenta no espaço. Em seguida, discutirá: como os movimentos aparentes do Sol e da Lua servem para explicar a sucessão dos dias e das noites; como o movimento do planeta em torno do Sol está relacionado às diferentes estações do ano; e como o movimento da Lua ao redor da Terra determina o ciclo das marés. Mas a Terra, o Sol e a Lua não são os únicos corpos que existem no céu. Reconhecer a existência de outros elementos, no interior e fora do sistema solar, saber nomeá-los e reconhecê-los também serão assuntos tratados nesta Unidade. Para iniciar... Terra e Universo Imagem obtida por satélite (colorida artificialmente) mostra a Terra vista a 35 mil km acima da superfície do planeta. ©Nasa-GSFC/SPL–Latinstock 9
  • 10. Observe na imagem anterior a Terra vista do espaço e responda às questões que seguem. • O que representam as áreas azuis? E as áreas brancas? E as áreas verdes e marrons? • Qual é o continente que se pode ver na imagem? E o que são os pontinhos brancos espalhados ao fundo? • Por que uma face da Terra está clara e a outra face está escura? • De que lado da Terra estaria o Sol nessa imagem? Você já observou que a posição do Sol no céu muda ao longo do dia? Ao observar esse movimento, você diria que é a Terra que gira em torno do Sol ou que é o Sol que gira em torno da Terra? Pela manhã, o Sol surge no horizonte, depois vai ficando cada vez mais alto em relação ao solo, até aproximadamente o horário do almoço. Passado o meio-dia, ele começa a “descer” do lado oposto ao que “subiu”. Você já reparou que o mesmo acontece com a Lua e com as estrelas? Os experimentos a seguir vão ajudá-lo a compreender como isso ocorre. Os movimentos da Terra: rotação e translação Atividade 1 Experimento: a rotação da Terra 1. Você e seus colegas vão realizar um experimento em sala de aula. Para isso, precisarão de um globo terrestre e uma luminária ou lanterna, que fará o papel de Sol. a) Coloque o globo terrestre sobre uma mesa e a lumi- nária (ou lanterna) acesa diante dele, como mostra a figura ao lado. Observe então o globo terrestre. Em qual parte dele seria dia e em qual parte seria noite? Justifique sua resposta. b) Olhando o globo de cima, gire-o no sentido anti- -horário e observe. O que acontece com a parte que estava iluminada? Como você pode relacionar essa observação com a sucessão dos dias e das noites? Modelo do sistema Terra-Sol ©HudsonCalasans 10 Ciências – Unidade 1
  • 11. c) Registrem no quadro a seguir suas descobertas com base no experimento: Você sabia que os pontos cardeais são a referência para a localização de qualquer ponto na superfície terrestre? NE SO SE NO N S O L ©HudsonCalasans ©HudsonCalasans O eixo de rotação da Terra é uma linha imaginária que vai do Polo Norte ao Polo Sul, passando pelo centro da Terra, e em torno da qual gira o planeta. 2. Com o experimento, você pôde perceber como é o movimento de rotação da Terra. Esse movimento acontece de oeste para leste no sentido anti-horário e explica o movi- mento aparente do Sol, da Lua e das estrelas ao longo de um dia e a sucessão dos dias e das noites. Considerando essa explicação e a figura ao lado, responda: O que já sabíamos? O que descobrimos? O que mais queremos saber? a) Qual continente da Terra está iluminado? Nesse continente é dia ou noite? b) Considerando o movimento da Terra, qual seria, na figura, o próximo continente a ser iluminado pelo Sol? Se precisar, use o globo terrestre. Polo Norte Polo Sul Eixo de rotação Ciências – Unidade 1 11
  • 12. Durante o movimento de rotação, uma parte da Terra encontra-se de frente para o Sol e a outra fica na parte oposta a ele. Na parte da Terra que está de frente para o Sol, sendo iluminada, é dia, enquanto na parte oposta é noite. No movimento de rotação, a Terra leva apro- ximadamente 24 horas para dar uma volta completa em torno de seu eixo, o que define a duração do dia. A imagem a seguir mostra dois momentos da Terra, com o Sol iluminando a face do planeta na qual seria dia. c) Se a Terra girasse mais devagar em torno de seu eixo, o dia seria mais longo ou mais curto? Justifique. Atividade 2 Experimento: a translação da Terra 1. Neste novo experimento, você também vai utilizar o globo ter- restre e a luminária (ou lanterna). Novamente, a luminária ou lanterna fará o papel de Sol e o globo terrestre, o papel da Terra. Posicione a luminária ao lado do globo terrestre, de modo que o centro da luminária e o centro do globo estejam alinhados (ver figura a seguir). Polo Norte Eixo de rotação MOMENTO A MOMENTO B NoiteDiaNoiteDia Polo Norte Polo SulPolo Sul Eixo de rotação ©HudsonCalasans Você sabia que um dia é o tempo que a Terra leva para dar uma volta completa em torno de seu eixo? 12 Ciências – Unidade 1
  • 13. ©HudsonCalasans ©HudsonCalasans a) Movimente o globo terrestre de modo que ele dê uma volta completa em torno da lâmpada acesa (ver figura a seguir). Observe que o eixo de rotação da Terra – a linha imaginá- ria mencionada anteriormente – está inclinado em relação a esse plano no qual a Terra gira em torno do Sol, chamado plano da órbita da Terra, ou seja, o plano da trajetória que a Terra descreve em torno do Sol. Caso o globo que estiver utilizando não esteja inclinado, incline-o para poder perce- ber esse efeito. Ciências – Unidade 1 13
  • 14. • Observe: há alguma parte da superfície da Terra que recebe mais luz do Sol? Será que esta parte da superfície terrestre fica mais quente do que as outras? Justifique suas respostas. • Em grupo, registrem a que conclusões vocês che- garam após a realização do experimento. O que foi possível observar? Nesse segundo experimento, foi possível notar que, além de girar em torno de seu eixo, a Terra tam- bém se movimenta ao redor do Sol, descrevendo uma órbita praticamente circular. Esse movimento recebe o nome de translação. Para dar uma volta completa em torno do Sol, a Terra leva aproximadamente 365 dias e seis horas. A esse período denominamos ano. Um olhar para o céu ao longo da história A sucessão de dias e noites sempre chamou a aten- ção da humanidade e dos cientistas. Desde tempos antigos, o ser humano observa a passagem do Sol, da Lua, das estrelas, dos pla- netas e de outros acontecimentos celestes. A partir dessas observações construiu modelos, explica- ções e teorias sobre a Terra e seu lugar no Universo. Plano da órbita Eixo de rotação O eixo de rotação da Terra está inclinado em relação ao plano da órbita. ©HudsonCalasans©HudsonCalasans Modelo de translação da Terra Sol Terra Representação fora de escala. Cores-fantasia. Cores-fantasia. 14 Ciências – Unidade 1
  • 15. Existem registros astronômicos de aproxi- madamente 3 000 a.C., realizados por chineses, babilônios, assírios e egípcios. Os babilônios, por exemplo, já conheciam os ciclos do Sol, da Lua e dos planetas. Nas Américas, incas, maias e aste- cas também desenvolveram calendários e diversos monumentos foram construídos de acordo com o alinhamento dos astros no céu. O calendário inca, por exemplo, permitia cal- cular o período mais adequado para que o plantio e a colheita fossem mais bem-sucedidos. Por sua vez, o calendário asteca contava com 18 meses, tendo cada um deles 20 dias. Cada ano deste calendário continha 365 dias. Sobravam então cinco dias por ano, que eram con- siderados dias de azar pelos astecas. Nesses dias, eles evitavam realizar quaisquer tarefas. Esses povos descreviam o que observavam no céu e justificavam os fenômenos naturais em termos míticos e religiosos. Stonehenge é um monumento construído com enormes blocos de pedra de aproximadamente 4 mil anos, localizado no sul da Inglaterra. A disposição das pedras sugere que seus construtores já conheciam e podiam prever o início das estações do ano. A linha formada pela entrada principal de luz até a pedra do altar indica o local onde o Sol nasce no dia mais longo do verão. ©HudsonCalasans ©RainerJunker/123RF Terraços e escadarias de Machu Picchu (Peru), cidade sagrada dos incas. Calendário asteca. ©DmitryRukhlenko/123RF ©AlexeyStiop/Alamy-OtherimagesPedra do altar Ciências – Unidade 1 15
  • 16. O Hubble foi o primeiro telescópio lançado no espaço (1990). Com as informações enviadas por este equipamento, os pesquisadores conseguem estudar estrelas muito distantes. Foram os filósofos gregos quem primeiro procuraram uma expli- cação para os fenômenos com base na própria natureza, e não no sobrenatural. Nessa época (século III a.C.), eles imaginavam que a Terra seria o centro do Universo e tudo giraria ao seu redor (modelo geocêntrico). A ideia de que a Terra seria o centro do Universo perdeu força por volta de 1500, com o astrônomo e matemático polonês Nicolau Copérnico (1473-1543). Observando o movimento dos astros, Copér- nico chegou a uma conclusão diferente: a Terra fazia movimentos em torno do seu eixo e em torno do Sol (modelo heliocêntrico). Essa conclusão de Copérnico foi defendida e aperfeiçoada por cientistas como o matemático e astrônomo italiano Galileu Galilei (1564-1642) e o astrônomo alemão Johannes Kepler (1571-1630), que perceberam que, com o modelo heliocêntrico, poderiam entender a formação dos dias e das noites, as estações do ano, os eclipses e vários outros fenômenos celestes. Posteriormente, com a utilização de lunetas e telescópios, instru- mentos que ampliam a visão de objetos que estão muito distantes, novos astros foram encontrados no céu, modificando a concepção que se tinha do Universo. Mais recentemente – a partir dos anos 1960 –, com os voos espaciais, essas ideias puderam ser confirmadas e hoje acreditamos que, de fato, nosso planeta está em constante movimento. ©Nasa Você sabia que a construção de modelos sobre o Universo começou com os filósofos gregos? Os filósofos gregos acreditavam que os fenômenos observados tinham uma explicação única e simples, e a busca por essa explicação impulsionava o pensamento filosófico e a criação de modelos e teorias explicativas. No entanto, diante da observação de novos fenômenos, muitos modelos e teorias mostraram-se insuficientes. Isso levou a reformulações ou, até mesmo, ao abandono desses modelos e teorias, que foram substituídos por outros, como no caso da substituição do modelo geocêntrico pelo heliocêntrico. 16 Ciências – Unidade 1
  • 17. Os filósofos gregos A Grécia Antiga, período compreendido entre os séculos XI a.C. e IV a.C, nos deixou formas de pensar, ainda hoje bastante atuais. Foi uma sociedade que acolheu inúmeros pensadores, os filósofos. Entre seus estudos e preocupações estavam o destino da humanidade, a compreensão das leis da natureza, a melhor forma de vida em sociedade. Pitágoras (570 a.C.-490 a.C.), por exemplo, tornou-se céle- bre por seu estudo da Matemática e pela descoberta do teorema que leva o seu nome, que é estudado até hoje pela geometria moderna. Aristóteles (384 a.C.-322 a.C.) definiu a democracia como “governo de vantagem para o pobre” em contraposição ao “governo de vantagem para o monarca” e ao “governo de vantagem para os ricos”. A democracia grega foi a primeira experiência de demo- cracia do mundo, que só ressurgiria séculos depois, no final do século XVIII. As estações do ano A translação da Terra define a duração do ano e, junto com a inclinação do eixo de rotação em relação ao plano de sua órbita, explica a existência do ciclo das estações ao longo do ano. Devido à inclinação do eixo de rotação da Terra, a quantidade de luz do Sol que chega ao planeta não é a mesma em toda sua superfície. Por isso, em uma época do ano, o Hemisfério Norte recebe mais luz e calor do que o Hemisfério Sul. Seis meses depois, ocorre exatamente o contrário. Atualmente, além das observações celestes com base na luz que as estrelas emitem, podemos também observar o céu a partir de suas fontes de calor, fontes de raios X, micro-ondas e várias outras. Tudo isso fez a Astronomia evoluir mais nos últimos cinquenta anos do que nos séculos que os antecederam. Assim, o que pensamos sobre o Uni- verso hoje é bem diferente do que os gregos imaginaram há mais de 2 mil anos, pois, ao longo do tempo, cada nova descoberta nos ajudou a construir instrumentos e saberes que, por sua vez, nos permitiram conhecer mais o espaço, em um processo contínuo. Ciências – Unidade 1 17
  • 18. Atividade 3 As estações do ano Observe a figura a seguir. Verão Sol Outono Inverno Primavera 23 de setembro EQUINÓCIO 21 de março EQUINÓCIO 21 de dezembro SOLSTÍCIO 21 de junho SOLSTÍCIO A trajetória da Terra ao redor do Sol e as estações do ano no Hemisfério Sul. ©HudsonCalasans ©HudsonCalasans Equador Equador Hemisfério Norte Plano da órbita Hemisfério Sul Situação A Situação B Fica a dica Para responder a essas questões, lembre-se do experimento sobre o movimento de translação (Atividade 2). 1. Você diria que o Brasil recebe mais luz diretamente do Sol na situ- ação A ou na B? 2. Quando a Terra está na situação A, aqui no Brasil é verão ou in- verno? Por quê? Durante o movimento de trans- lação da Terra, a posição entre um hemisfério e o Sol se altera e, com isso, também se altera a quanti- dade de luz e calor que recebe do Sol. Esse hemisfério recebe mais luz do Sol, tornando-se mais quente. Nesse período, dizemos que nesse hemisfério está ocorrendo o verão. No outro, que recebe menos luz, está ocorrendo o inverno. Representação fora de escala. Cores-fantasia. Representação fora de escala. Cores-fantasia. 18 Ciências – Unidade 1
  • 19. Atividade 4 Amplie suas reflexões Em grupo, discutam com os colegas e respondam: 1. Se o eixo da Terra não fosse inclinado em relação ao plano da órbita, haveria as estações do ano? Justifiquem suas respostas. 2. Façam uma lista das estações do ano indicando as características de cada uma delas no Estado de São Paulo. 3. Se o eixo de rotação da Terra não fosse inclinado, a região do Equador terrestre continuaria sendo a mais quente da Terra? Por quê? 4. Para os trabalhadores, quais as implicações das mudanças climá- ticas ocorridas durante o ano? Elas são as mesmas para quem trabalha no campo ou nos centros urbanos? Ciências – Unidade 1 19
  • 20. Mudanças climáticas As estações do ano se caracterizam por diferenças climáticas que, junto com outros fatores, influem na fauna, na flora e no ambiente em geral, determinando os tipos de vegetação e clima de todas as regiões da Terra. Por isso, estão diretamente relacionadas ao desen- volvimento de atividades humanas, como a agricultura e a pecuária. Como já foi estudado anteriormente, devido à inclinação do eixo de rotação da Terra, quando é inverno no Hemisfério Norte é verão no Hemisfério Sul, e vice-versa. Da mesma forma, quando for primavera em um dos hemisférios, será outono no outro. Em grande parte do Brasil, as plantas florescem na primavera. ©DelfimMartins/PulsarImagens Em muitas regiões do País, durante o verão, ocorrem as enchentes e os deslizamentos. ©AlexLarbac/Tyba©OpçãoBrasilImagens Geografia 6o ano/1o termo Unidade 2 Fauna Conjunto de animais que vivem em determinada área. Flora Conjunto de plantas, árvores, arbustos etc. de determinada área ou região. Nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, há pouca variação de temperatura ao longo do ano. Nas demais, a primavera apresenta tem- peraturas amenas, com períodos alternados de chuva e sol, favorecendo a reprodução de animais e plantas, que passam a florescer. Nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, as chuvas pas- sam a ser mais intensas e frequentes na prima- vera, e demarcam o período de transição entre a estação seca e a estação chuvosa. A prima- vera começa num dia em que o período diurno tem a mesma duração que o período noturno (esse dia é chamado equinócio). Durante a pri- mavera, os dias ficam cada vez mais longos e as noites, mais curtas. O verão é uma época na qual o clima em geral torna-se mais quente, provocando mais evaporação de água, o que produz mais chuva. Ocorrem rápidas mudanças nas condições do tempo durante o dia, gerando chuvas fortes e intensas, porém de curta duração, principal- mente no período da tarde. É nessa época que ocorre a maior parte das enchentes e desliza- mentos de terra durante o ano nas regiões Sul e Sudeste. O verão começa no dia mais longo do ano, o solstício de verão, e, a partir daí, os dias ficam mais curtos e as noites, mais longas, até que a Terra atinge o equinócio de outono, quando inicia a nova estação. No verão, o clima é quente, e as pessoas procuram se refrescar. 20 Ciências – Unidade 1
  • 21. Durante o outono, os dias tornam-se mais curtos, as temperaturas começam a diminuir, assim como a quantidade de chuva. Essa época apresenta características de verão e inverno juntas, ou seja, rápidas mudanças climáticas e maior ocorrência de nevoeiros e geadas, prin- cipalmente nas serras das regiões Sul e Sudeste. O outono é a época de colheita abundante de vários produtos, inclusive o café. O solstício de inverno, dia que apresenta a noite mais longa do ano, marca o início da estação mais fria de todas: o inverno. Além do frio, outra característica do inverno nas regiões Sul e Sudeste é o baixo nível pluviométrico. Por isso, no inverno temos os menores valores de umidade relativa do ar, o que causa vários pro- blemas de saúde. No inverno, os dias são mais curtos, porém, mais iluminados, já que apresen- tam o céu mais limpo. O outono é a época da colheita do café. ©JoãoPrudente/PulsarImagens Moradores de rua se abrigam do frio do inverno. ©ErnestoRodrigues/AE Atividade 5 As estações do ano Escolha a estação do ano que mais lhe agrada e produza um texto. Relate as principais características da estação escolhida no lugar onde você vive (ou viveu). Astros iluminados e astros luminosos De todos os astros brilhantes que vemos à noite no céu, o mais brilhante de todos é a Lua. Depois da Lua, o ponto mais brilhante do céu noturno é Vênus, também conhecido como estrela-d’alva. Vênus é o planeta mais próximo da Terra e, também por isso, apre- senta um brilho tão intenso. Mesmo sendo os astros mais brilhantes, Lua e Vênus não produzem luz como as estrelas. A Lua, assim como os planetas, é um astro iluminado, ou seja, apenas reflete a luz solar. Já as estrelas são astros luminosos, pois produzem sua própria luz. Ciências – Unidade 1 21
  • 22. As pastorinhas Noel Rosa e João de Barro A estrela-d’alva no céu desponta E a Lua anda tonta com tamanho esplendor E as pastorinhas pra consolo da Lua Vão cantando na rua lindos versos de amor Linda pastora morena da cor de Madalena Tu não tens pena de mim Que vivo tonto com o teu olhar Linda criança tu não me sais da lembrança Meu coração não se cansa De sempre, sempre te amar Na imagem, o planeta Vênus está à direita da Lua. ©JohnSanford/SPL-Latinstock ©1934byMANGIONE,FILHOS&CIA.LTDA.Todososdireitos autoraisreservadosparatodosospaísesdomundo. A estrela-d’alva citada nessa famosa marchinha de Carnaval tem um esplendor que é capaz de deixar a Lua tonta. Responda: a) Qual é o astro mais brilhante do céu depois do Sol e da Lua, que ficou conhecido como estrela-d’alva, “estrela do pastor” ou mesmo “estrela do alvorecer”? b) Trata-se de uma estrela realmente? 2. Certamente, nenhum outro astro celeste ocupou tanto espaço na mente das pessoas e nas palavras dos poetas e namorados como a Lua. Ela é o nosso vizinho mais próximo no espaço. Fica tão próxi- ma que doze homens já pisaram em sua superfície em seis missões que por lá pousaram, entre julho de 1969 e dezembro de 1972. Ao observar a Lua em uma noite de céu limpo, é possível perce- ber que ela apresenta algumas regiões mais claras e outras mais escuras. O que você imagina que são essas manchas escuras que podemos ver na superfície lunar? Converse com os colegas e ela- borem hipóteses. Atividade 6 A estrela-d’alva 1. Você conhece a canção As pastorinhas, composta em 1934 por Noel Rosa e João de Barro? 22 Ciências – Unidade 1
  • 23. Você sabia que em 20 de julho de 1969 um homem chegou à Lua? Depois de mais de dez anos de pesquisa e desenvolvimento de novos materiais, foi possível construir naves espaciais capazes de decolar da Terra, pousar na Lua e voltar à Terra. Coube à extinta União Soviética o início das viagens espaciais. Em 1957, os russos puseram o primeiro satélite (chamado Sputnik) em órbita da Terra e, no mesmo ano, o primeiro ser vivo foi ao espaço. Tratava-se da cadela Laika, que faleceu aproximadamente seis horas depois de o satélite entrar em órbita. Quatro anos depois, o astronauta Yuri Gagarin (1934-1968) foi o primeiro homem a viajar ao espaço. É dele uma frase que se tornou famosa em todo o mundo: “A Terra é azul”. A partir disso, iniciou-se a chamada corrida espacial, que culminou com a missão estadunidense Apollo, a primeira a levar o homem à Lua. Entre 1969 e 1972, essa missão levou 12 homens ao solo lunar e os trouxe de volta. A partir de então, não houve mais viagens tripuladas à Lua. ©Nasa O astronauta Buzz Aldrin desce do módulo lunar da nave Apollo 11, em 1969. Diferentemente do Sol, que emite luz, a Lua apenas reflete a luz que recebe do Sol. O formato dela não é uma esfera perfeita, pois a Lua apresenta diferentes tipos de relevo (vales, montanhas e crateras). Por isso, vemos a sombra desses relevos na sua superfície. Há ainda na Lua imensas áreas formadas por derramamento de rochas vulcâ- nicas, que refletem pouca luz solar e que, quando vistas da Terra, parecem escuras. Assim como a Terra, a Lua apresenta movimentos de rotação e translação. Ela gira em torno de um eixo imaginário que passaria pelo seu centro (rotação) e também se movimenta ao redor da Terra (translação). É claro que, junto com a Terra, a Lua translada ao redor do Sol. A Lua fotografada pela tripulação da Apollo 11 durante a viagem de volta à Terra (1969). Os movimentos da Lua A Lua Renato Rocha A Lua, Quando ela roda, É nova, Crescente ou meia-lua, É cheia E quando ela roda Minguante e meia Depois é lua novamente... [Bis...] ©Nasa ©EditoraGeração/EditoraHumaitá Ciências – Unidade 1 23
  • 24. A rotação da Lua em torno de seu eixo ocorre exatamente no mesmo tempo em que ela completa uma volta em torno da Terra, o que leva aproximadamente 27 dias e 7 horas. Como o tempo de rotação é exatamente o mesmo tempo de translação, vemos sempre a mesma face da Lua voltada para a Terra. O movimento de translação da Lua tem grande influência na vida terrestre. Ele é responsável, por exemplo, pelas marés, pelas fases da Lua (cheia, minguante, crescente, nova) e também serve de base para a contagem do tempo. Com base na translação da Lua se estabeleceu a ideia de mês e, até hoje, muitos povos, como os judeus e os muçul- manos, utilizam o calendário lunar, com base em 12 lunações (cada lunação é o intervalo entre duas luas novas consecutivas). A unidade fundamental de qualquer calendário nasceu do con- traste e da sucessão constante entre a luminosidade do período diurno e o período noturno, que corresponde ao dia. A periodici- dade das fases lunares sugeriu a ideia de mês, e a repetição alternada das épocas de cheia e de seca dos rios deu origem ao conceito de ano, relacionado às necessidades da agricultura. Os calendários lunares têm por base uma sucessão de 12 luna- ções, o que corresponde a um período de aproximadamente 354 dias, bem diferente do calendário solar, que tem por base o período que a Terra leva para completar uma volta em torno do Sol, e corresponde a aproximadamente 365 dias. O calendário lunar tem por base o período de 12 lunações, enquanto o calendário solar tem um período de aproximadamente 13 lunações. ©DenisBarbulat/123RF Calendário Lunar 2012 jan fev mar abr maio jun jul ago set out nov dez 24 Ciências – Unidade 1
  • 25. Plano da órbita da Terra Situação A (Lua acima do plano) Situação B (Lua abaixo do plano) Atividade 7 Experimento: os movimentos da Lua Nesta atividade, você reutilizará os mesmos materiais (lanterna ou luminária e o globo terrestre) das atividades anteriores e, ainda, uma esfera de isopor de cor branca. Aqui, a luminária (ou lanterna) também representa o Sol, o globo terrestre, a Terra, e a bola de isopor simula a Lua. 1. Acenda a lâmpada e ilumine o globo terrestre. Movimente a Lua (bola de isopor) em volta da Terra (globo terrestre) de modo que, quando ela estiver oposta ao Sol, fique mais alta, e, quando esti- ver entre o Sol e a Terra, fique mais baixa em relação ao plano da órbita da Terra. Assim, procure identificar as fases da Lua. 2. Posicione a Lua (bola de isopor) na direção oposta ao Sol em re- lação à Terra, onde seria a noite terrestre, mas acima do globo, como mostra a figura (situação A). Movimentos da Lua ©HudsonCalasans a) Na situação A, uma pessoa que se encontra na face escura da Terra (noite) observará qual fase da Lua? b) E quando a Lua estiver entre o Sol e a Terra, abaixo do plano da órbita da Terra (situa­ção B), ela será visível por alguém que está na noite terrestre? Ciências – Unidade 1 25
  • 26. c) Em qual situação teremos a Lua cheia: na situação A ou na B? Justifique sua resposta. d) Registre suas descobertas com base no experimento. 3. Converse com seus colegas sobre suas descobertas com esse ex- perimento. Depois, organizem um registro único do experimento realizado, que poderá ser exposto em um mural na sala de aula. Os registros de experimentos podem ser produzidos de diferentes formas. Eles podem ser feitos no formato de lista de tópicos, esque- mas, textos que contêm ilustrações, relatórios, entre outros. 4. Este experimento mostra como a parte visível da Lua muda de formato no céu ao longo do mês. Considerando o que observou, como você explicaria as diferentes fases da Lua? 5. A imagem a seguir representa duas situações diferentes da Lua durante o mês, separadas por duas semanas. ©HudsonCalasans Lua Situação 2 Situação 1 Lua Terra Sol Fases da Lua Você diria que a Lua cheia ocorre quando a Lua está entre o Sol e a Terra (situação 1) ou do lado oposto ao Sol, em relação à Terra (situação 2)? Representação fora de escala. Cores-fantasia. 26 Ciências – Unidade 1
  • 27. As marés Além da lunação, outro fenômeno que apresenta periodicidade mensal são as marés. Elas têm grande influência na navegação e na pesca, podendo aumentar ou diminuir a produtividade das atividades pesqueiras. Conhecer e prever as marés é extremamente importante para essas atividades. As marés são mudanças que ocorrem na altura do nível dos mares, e são facilmente perceptíveis em uma praia, por exemplo. Elas dependem da posição relativa entre a Terra, a Lua e o Sol, pois tanto a Lua como o Sol exercem forças de atração sobre a Terra (chamadas forças gravitacionais) que influenciam nas marés. Em função dessas forças, as marés apresentam dois períodos: • um período mensal, devido à translação da Lua, com variação da altura da maré em um mesmo ponto da Terra; • um período diário, devido à rotação da Terra, no qual o nível do mar sobe e desce duas vezes por dia, constituindo o fluxo e o re- fluxo das águas. ©HudsonCalasans©HudsonCalasans Por estar mais próxima da Terra do que o Sol, a Lua exerce influên­cia maior nas marés terrestres. Quando a Lua, a Terra e o Sol estão alinha- dos, ou seja, nas fases de Lua nova ou cheia (figura A), temos a maré mais alta do mês. No entanto, quando Sol e Lua estão em quadratura – isto é, quando a direção de ambos em rela- ção à Terra forma um ângulo reto (90o ), nas fases quarto crescente e quarto minguante (figura B) –, temos as menores marés altas do mês. À medida que a Terra gira, as re­giões que estão sob influência da Lua e do Sol deslocam-se em relação a eles. Por isso, temos duas marés diárias: a maré alta, que ocorre quando uma região da Terra encontra-se exatamente ali- nhada com a Lua, e a maré baixa, quando a região da Terra encontra-se no ponto lateral da rotação terrestre. Sol Sol Lua cheia A. Grande maré B. Pequena maré Lua nova MaréMaré Lua minguante Lua crescente Maré baixa Maré baixa Sol Sol Lua cheia A. Grande maré B. Pequena maré Lua nova MaréMaré Lua minguante Lua crescente Maré baixa Maré baixa Representação fora de escala. Cores-fantasia. Representação fora de escala. Cores-fantasia. Ciências – Unidade 1 27
  • 28. A pesca no Brasil Devido a nossa extensa área costeira, uma atividade econômica muito importante no Brasil é a pesca. Milhares de famílias ao longo de todo o litoral vivem ligadas à prática pesqueira. Elas observam as marés e o clima para identificar os melhores dias e horários para levar as embarcações às regiões de pesca e lançar então suas redes. A pesca pode ser uma atividade artesanal ou industrial. A pesca artesanal é sobretu- do para o consumo familiar. Na maioria dos casos, o barco é próprio, mas há também casos em que o pescador não é o dono do barco, ficando apenas com parte do resultado da pesca. No caso da pesca industrial, o trabalhador pode ficar com parte da pesca ou receber um salário. A pesca industrial, feita em larga escala, afeta todo o ambiente marinho e tem causado grande impacto ambiental, a ponto de espécies como o atum, o bacalhau, o peixe-espada, o linguado e outras terem sua população reduzida em 90%. A questão é que os grandes pesqueiros iniciam sua atividade antes mesmo de estimarem seu impacto ambiental. Os cientistas acreditam que a pesca sustentável é possível, desde que sejam respei- tadas regras de administração das áreas de pesca, estudadas por especialistas. Atividade 8 Observação do céu Aproveite uma noite sem nuvens para observar o céu. Considere as questões a seguir para orientar suas observações. • Todas as estrelas brilhantes apresentam a mesma cor? • O céu que se vê é o mesmo em qualquer lugar da Terra? • Por que são vistas mais estrelas em locais abertos mais escuros do que em lugares mais claros? • O que acontece com as estrelas durante o dia? Há ou não há es- trelas no céu? Depois, em sala de aula, reúnam-se em grupo e discutam sobre o que se pôde observar no céu. Registrem as conclusões a que o grupo chegou. Fica a dica Você também pode observar o céu usando o programa de astronomia Stellarium disponível gratuitamente em: <http://www.stellarium. org/pt/>. Acesso em: 9 jan. 2012. 28 Ciências – Unidade 1
  • 29. As imagens mostram o mesmo pedaço de céu visto em vários locais do Brasil, no mesmo dia e horário. Repare que o número de astros visíveis muda em função da luminosidade do local e da poluição, entre outros fatores. Os pontos que cintilam (piscam) com brilho variado são as estre- las. As estrelas podem estar sozinhas ou agrupadas. Em uma noite de Lua nova, sem nuvens e sem poluição, pode-se ver a olho nu (sem o uso de lunetas e telescópios) cerca de 5 mil estrelas no céu. As estrelas são grandes massas de gases que se encontram em altas temperaturas. Em seu interior, ocorrem reações nucleares que emitem grande quantidade de energia, principalmente na forma de luz e calor. Mesmo sendo imensas e muito brilhantes, como estão bem longe de nós, as estrelas pare- cem pequenas e com pouca luz. Por isso, durante o dia, não conseguimos enxergá-las. A luz do Sol é tão intensa que ofusca a visão das demais estrelas. Portanto, durante o dia, as estrelas estão no céu, mas a claridade do Sol é tão grande que não per- mite que sejam vistas da Terra. Ao serem observadas da Terra, as estrelas pare- cem formar grupos que podem variar desde duas estrelas até conjuntos enormes constituídos de inú- meras estrelas, como os aglomerados e as galáxias. São Paulo (SP) Taboão da Serra (SP) Jundiaí (SP) Casa Branca (SP) Barreirinhas (MA) ©Stellarium O céu noturno Observando o céu noturno é possível perceber vários pontos lumi- nosos. A quantidade de pontos luminosos que pode ser observada depende da época do ano e também de outros fatores, como a poluição do ar (quanto mais poluído, menor a visibilidade), a quantidade de luz no ambiente (quanto mais claro o ambiente, menos estrelas serão visíveis) etc. No céu, é possível ver agrupamentos de estrelas como o desta imagem. ©DieterWillasch(Astro-Cabinet)/Nasa Ciências – Unidade 1 29
  • 30. Estrelas e galáxias As galáxias são aglomerados de bilhões de estrelas, planetas, rochas, gases e poeira, que giram em torno de um centro comum. A galáxia na qual o Sol está localizado chama-se Via Láctea. Seu formato lembra um disco achatado com braços espiralados, em que há maior concentração de gás e poeira. As galáxias, por sua vez, também for- mam grupos, e assim se constitui a trama do Universo. Com base em observações e muitos estudos, os astrônomos esti- mam que haja cerca de 100 bilhões de galáxias no Universo. Ao longo do ano, a posição das estrelas no céu vai se modifi- cando. Assim, a cada mês vemos agrupamentos diferentes de estrelas no céu ou o mesmo agrupamento em posição diferente em relação ao que estava no mês anterior. Muitos povos antigos relacionavam a posição de alguns grupos de estrelas com os fenômenos naturais, como as secas, as cheias dos rios, a época das chuvas intensas, entre outros fenômenos. Desse modo, o céu servia como base para um calendário que possibilitava registrar a passagem do tempo. Para se referir a um grupo de estrelas no céu, imaginavam figuras das quais essas estrelas faziam parte e criavam histórias para explicar como essas figuras surgiram no céu. Esses grupos de estrelas formam as constelações. Assim, constelação é um setor do céu onde o agrupamento aparente de estrelas ligadas por linhas imaginárias formam um desenho. Atividade 9 As constelações Observe a imagem a seguir. Imagine que ela representa uma região do céu observada durante a noite. Concepção artística da Via Láctea. Representação sem escala. Cores-fantasia. ©MarkGarlick/SPL-Latinstock 30 Ciências – Unidade 1
  • 31. 1. Junte os pontos da imagem anterior (não é necessário juntar todos) e procure formar alguma(s) imagem(ns). Supondo que os pontos fossem estrelas, que nome você daria a essa(s) constelação(ções)? 2. Compare o seu desenho com o dos colegas e responda: as imagens que vocês desenharam são as mesmas? O que levou você a desenhar essa imagem e não outra? Como cada povo projeta no céu elementos de sua cultura, podem ser traçadas diferentes constelações para um mesmo grupo de estrelas. As constelações mais conhecidas são, em sua maioria, de ori- gem grega ou árabe, mas outros povos também criaram suas pró- prias constelações, inclusive os povos indígenas brasileiros. A figura a seguir mostra a constelação da Ema (Guyra Nhandu). Seu surgimento no céu indica a chegada do inverno para os tupis-guaranis e do tempo de seca para as tribos da Amazônia. Constelação da Ema, representada pelos povos tupis-guaranis. ©Stellarium EMA Ciências – Unidade 1 31
  • 32. Algumas das representações criadas pelos gregos para as constelações. Desenhos correspondentes às constelações gregas. ©Stellarium©Stellarium 32 Ciências – Unidade 1
  • 33. O Sistema Solar e os planetas Muitas civilizações antigas já haviam percebido que, embora as estrelas que viam à noite não fossem sempre as mesmas ao longo do ano, a posição de uma estrela em relação às outras não mudava. Isso, aliás, permitiu seu agrupamento em constelações. Mas alguns pontos brilhantes que vemos no céu mudam de posição em relação a essas estrelas com o passar do tempo. Esses pontos são chamados planetas (palavra que em grego quer dizer “errante, que se movi- menta”). Planetas são corpos celestes com formato esférico, que giram em torno de uma estrela. No caso do Sol, além da Terra, há outros planetas e outros obje- tos que também transladam ao seu redor. Todos eles juntos consti- tuem o Sistema Solar. No Sistema Solar há oito planetas: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. Você sabia que Plutão não é mais chamado de planeta? Em 1930 um astrônomo descobriu um ponto que se movia pelo céu e que seria o nono planeta do Sistema Solar: Plutão. Inicialmente pensou-se que Plutão poderia ser maior que a Terra, mas medições posteriores mostraram que era menor do que a Lua. Além disso, já na década de 1990, foram descobertos outros objetos celestes muito afastados do Sol, alguns deles tão grandes quanto Plutão. Chegou-se a um impasse: se Plutão era chamado de planeta, esses outros elementos também deveriam ser. Mas eles eram pequenos e leves demais em relação aos outros planetas. Então, em 2006, a União Internacional da Astronomia decidiu que Plutão deixaria de ser considerado um planeta, e foi então classificado como “planeta-anão”, assim como aqueles outros objetos celestes descobertos. Representação comparativa dos tamanhos da Terra, da Lua e de Plutão. Cores-fantasia. ©JPL/Nasa A maioria dos planetas que podemos ver a olho nu nos parece mais brilhante do que a maior parte das estrelas. Apenas Netuno e Urano parecem menos brilhantes do que as estrelas mais brilhantes do céu. De acordo com suas características, os planetas do Sistema Solar podem ser divididos em dois grandes grupos: terrestres (ou rochosos) e jovianos (ou gasosos). Plutão Lua Terra Ciências – Unidade 1 33
  • 34. Semelhantes à Terra, os planetas terrestres (Mercúrio, Vênus e Marte) são constituídos principalmente de rochas e minerais, como o ferro. Já os planetas jovianos (Júpiter, Saturno, Urano e Netuno) são compostos, sobretudo, por gases, e são muito maiores que os planetas terrestres. Os planetas orbitam o Sol, isto é, giram a seu redor em trajetó- rias aproximadamente circulares chamadas elipses. Esse movimento, como já foi estudado no caso da Terra, recebe o nome de transla- ção, e o tempo que um planeta leva para dar uma volta completa em torno do Sol define o período de translação ou ano para aquele planeta. Como o movimento de um pião, os planetas também giram em torno de seu eixo de rotação. A esse movimento chamamos rotação. E o intervalo que o planeta leva para dar uma volta completa em torno de si mesmo define, como foi visto anteriormente no caso da Terra, o período de rotação ou dia para aquele planeta. Representação de parte dos astros do Sistema Solar. Aproximadamente no centro localiza-se o Sol e, ao seu redor, giram os planetas, cada um em órbita própria. Entre as órbitas de Marte e Júpiter há um cinturão de astros menores, os asteroides. ©HudsonCalasans Sol Saturno Júpiter Mercúrio Vênus Terra Marte Urano Netuno Cinturão de asteroides Representação fora de escala. Cores-fantasia. 34 Ciências – Unidade 1
  • 35. Outros elementos do Sistema Solar No Sistema Solar, há outros tipos de astros além dos planetas. São os chamados satélites (ou luas), asteroides, planetas-anões e cometas. Asteroides Os asteroides são pequenas rochas. Eles não são considerados planetas, pois não têm a forma arredondada e são bem menores. Satélites naturais Os satélites naturais, geralmente chamados de luas, são corpos celestes rochosos que giram ao redor dos planetas. Dos oito plane- tas do Sistema Solar, seis deles possuem satélites. Apenas Mercúrio e Vênus não possuem luas. Estudos indicam que o asteroide Lutetia seja um sobrevivente do violento nascimento do Sistema Solar. ©Esa2010MPSforOSIRISTeamMPS/ UPD/LAM/IAA/RSSD/INTA/UPM/ DASP/IDA Número de satélites conhecidos dos planetas do Sistema Solar Planeta Número de satélites Terrestre Mercúrio – Vênus – Terra 1 Marte 2 Joviano Júpiter 64 Saturno 62 Urano 27 Netuno 13 As quatro maiores luas de Júpiter, observadas por Galileu Galilei, em 1610, conhecidas como Satélites de Galileu. Nesta imagem, Júpiter (à esquerda) não está na mesma escala que os satélites. Fonte: NASA. ©NASAPlanetaryPhotojournal Ciências – Unidade 1 35
  • 36. Meteoroides Meteoroides são pequenas rochas que giram em torno do Sol. Algumas vezes, os meteoroides são atraídos pela Terra ou por outro astro. Quando entram na atmosfera ter- restre, incendeiam-se por causa do atrito com o ar e passam a se chamar meteoros. São também conhecidos, popular- mente, como estrelas cadentes. Quando uma parte do meteoroide atravessa a atmosfera sem se desintegrar totalmente e atinge o solo é chamada de meteorito. Meteoro incendiando-se na atmosfera. ©KimmoMustonen/123RF Você sabia que os satélites também podem ser artificiais? Os satélites artificiais são artefatos tecnológicos que orbitam planetas e são enviados ao espaço com fins científicos, de comunicação, para obter informações sobre o tempo e o clima da Terra, entre outras funções. A Nasa, agência espacial dos Estados Unidos, tem mais de 12 satélites científicos em órbita. Eles ajudam os pesquisadores a estudar os oceanos, o solo e a atmosfera. Imagem ilustrativa; concepção artística. ©Nasa 36 Ciências – Unidade 1
  • 37. O cometa Halley aproxima-se do Sistema Solar a cada 76 anos. Sua última passagem próxima do nosso sistema foi em 1986. ©HarvardCollegeObservatory/SPL-Latinstock Planetas-anões O planeta-anão, como já foi mencionado no caso de Plutão, é um astro de formato arredondado que orbita o Sol. Mas esse astro não tem massa suficientemente grande para ser considerado um planeta. Em outras palavras, é um astro grande o suficiente para ser redondo, mas com pouca massa para ser considerado um planeta. Cometas Os cometas são astros que geralmente permanecem em órbitas muito distantes do Sol, mas, ocasionalmente, aproximam-se dele, che- gando relativamente perto da Terra. O núcleo do cometa é formado por rochas que contêm água e gases congela- dos misturados com poeira cósmica (poeira espalhada pelo espaço). Quando o cometa se aproxima do Sol, o calor solar aquece o cometa que começa a “evaporar”, for- mando uma nuvem de vapor de água e gás carbônico em volta do núcleo, a partir da qual se forma a cauda do cometa, que pode atingir 100 milhões de quilômetros de com- primento. Atividade 10 Existem ETs? É muito comum ouvir falar da existência de seres de outros plane- tas e de sua aparição na Terra. Converse com os colegas: Você acre- dita que exista vida em outros planetas? Na sua opinião, é possível que existam outros planetas e sistemas planetários semelhantes ao nosso? Justifique sua resposta. Ciências – Unidade 1 37
  • 38. Além do Sistema Solar Exoplanetas Para além do Sistema Solar, há outras estrelas, e muitas delas também têm seus planetas. São o que chamamos de exoplanetas. O número de exoplanetas descobertos aumenta a cada ano, em virtude das novas técnicas de detecção. Fonte: SCHNEIDER, Jean. CNRS/LUTH – Observatório de Paris. Enciclopédia dos planetas extrassolares. Catálogo interativo de planetas extrassolares. Disponível em: <http://exoplanet.eu/catalog-all.php>. Acesso em: 9 jan. 2012. 0 20 40 60 80 100Númerodeplanetasdescobertos Ano 1 0 0 3 0 1 1 6 1 7 11 19 12 29 27 29 32 28 61 62 82 84 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Os exoplanetas que podemos detectar atualmente são maiores do que Júpiter. Isso não quer dizer que não existam exoplanetas meno- res. Ocorre que estes são mais difíceis de se detectar, pois sua influên- cia tanto no brilho da estrela como em seu movimento ainda é muito difícil de ser percebida. Contudo, o fato de existirem outros planetas não é suficiente para garantir o surgimento ou a presença de vida fora do planeta Terra. Embora estudos tenham também revelado a presença de água e temperaturas amenas em outros planetas, ainda não é possível afir- mar, cientificamente, que existem outras formas de vida no Universo. E, mesmo que exista vida extraterrestre, isso não significa necessaria- mente que nós a encontraremos. Para isso, seria preciso que essas dife- rentes formas de vida (a nossa e a extraterrestre) existissem ao mesmo tempo e se encontrassem no espaço (o que é pouco provável, dada a imensidão e a idade do Universo). Esse encontro seria equivalente a 38 Ciências – Unidade 1
  • 39. colocar uma formiga em cada polo terrestre e esperar que elas se encontrem em algum lugar da Terra (supondo que elas resistam ao frio polar). Atividade 11 Sobre a localização da Terra Imagine uma nave terrestre que viaja fora do Sistema Solar. Ela leva uma placa com informações sobre a Terra. Que informações você colocaria nessa placa para que um ser inteligente em outro local do Universo localizasse a Terra? Você estudou Nesta Unidade, você observou o lugar da Terra no espaço e os seus movimentos: • a rotação, responsável pela existência do dia e da noite e pelo fenômeno das marés; • a translação em torno do Sol, responsável pela existência dos anos e pela sucessão das estações. As estações, por sua vez, estão ligadas à inclinação do eixo de rotação da Terra em relação ao plano de sua órbita. A Terra tem um satélite natural, a Lua, que gira ao redor do nosso planeta, completando uma volta a cada quatro semanas, o que define o mês lunar. Esse movimento da Lua em relação à Terra é o que nos faz ver as diferentes fases da Lua. A Lua não está sozinha no céu. Ela tem a companhia de inú- meras estrelas que são imensas e que podem se alinhar em cons- telações ou se agrupar em galáxias e aglomerados de galáxias. No céu, além das estrelas, a Lua tem a companhia de outros planetas (cada qual com suas luas), cometas, meteoritos, exopla- netas etc. Ciências – Unidade 1 39
  • 40. Pense sobre O que você aprendeu até agora o ajuda a compreender melhor os fenômenos naturais? Em grupo, pesquisem em livros, enciclopédias, revistas especiali- zadas e/ou na internet: Qual é a origem do Sistema Solar? Qual foi a origem do Universo, do ponto de vista da ciência? Planeje antes com seu grupo como organizar a pesquisa. Comece dividindo as tarefas de modo que todos participem da atividade. Depois do primeiro levantamento realizado, definam coletivamente quais informações serão utilizadas. A próxima etapa é decidir qual é a melhor forma de compartilhar o resultado da pesquisa. 40 Ciências – Unidade 1