O documento descreve o projeto "Educar para Viver + Saúde e Prevenção nas Escolas" em Uruguaiana, RS, que tem como objetivo promover a saúde sexual e reprodutiva de adolescentes através de ações nas escolas. O projeto aborda temas como sexualidade, DSTs/HIV, gravidez na adolescência e violência. Ele é implementado por um grupo gestor multidisciplinar e utiliza metodologias participativas para discutir esses assuntos com os estudantes.
1. EDUCAR PARA VIVER
+
SAúDE e PREVENÇão NaS
ESCoLAS
Grupo Gestor Municipal
Uruguaiana
2. “O campeão sabe que é nos detalhes
que reside o inferno ou o paraíso. Por
isso ele transforma problemas em
desafios e, a partir daí cria suas
maiores vitórias.”
Roberto Shiniashiki
3. Com o objetivo de informar e diminuir a
vulnerabilidade de adolescentes e jovens às DST,
à infecção pelo HIV e à gravidez não planejada,
foi criado, em 1994 Projeto Municipal Educar
para Viver e em 2006 SPE é implantado no
município.
4. Apresentação:
O Projeto Saúde e Prevenção nas Escolas
(SPE) se constitui como uma ação
interministerial (Ministério da Saúde e
Ministério da Educação) em parceria com
UNESCO – Organizações das Nações Unidas para a
Educação a Ciência e a Cultura - do UNICEF -
Fundo das Nações Unidas para a Infância e do
UNFPA – Fundo de População das Nações Unidas,
no planejamento, na execução, no monitoramento e
na avaliação das ações desenvolvidas em âmbito
federal, estadual e municipal.
5. Produto da experiência e da reflexão de
diferentes atores sociais, esse projeto
representa um marco na integração dos
sistemas de educação e saúde e privilegia a
escola como espaço para a articulação das
políticas voltadas para adolescentes e
jovens, mediante a participação dos sujeitos
desse processo: estudantes, famílias,
profissionais da educação e da saúde.
6. O Projeto SPE-RS atende as diretrizes do
Grupo Gestor Federal e pretende integrar as
ações entre educação e saúde, privilegiando
o ambiente escolar como espaço potencial
necessário para a articulação entre a rede de
ensino e saúde, família e a comunidade.
7. ESCOLA:
o lugar ideal para aprender a se cuidar
Portanto, a integração entre escolas e
serviços de saúde é fundamental para
levar as crianças e aos adolescentes
do nosso município, conhecimentos
sobre saúde e sobre o exercício da
sexualidade com consciência e
responsabilidade.
9. Educar para Viver
+
SAúDE e PREVENÇão NaS ESCoLAS
Composição do GGM
Maria Aparecida. Bofill - Psic. / DST/AIDS
Coordenadora do GGM e SPE
Adriana K. Tamayo - Enf. / DST/AIDS
Marta Abad / Gineco - Saúde da Mulher
Marta de Barros / Psic. - Saúde da Mulher
Elaine C. de Oliveira / Enf. - Saúde da Mulher
Jussara Rodrigues de Freitas / Educadora - SEMED
Marlise Grecco de S. Silveira / Educadora - 10ª CRE
Joana Maristela Moreira Moleda - 10ª CRE
Betina L. R. Moreira / Prof. Enf. - UNIPAMPA
Sandra Regina Aires de Lima – RNP+Brasil/RS
Aguinaldo Rezende Cannes- RNP + Brasil/RS
10. Integrado ao componente da promoção da saúde e
prevenção, o Educar para Viver + SPE tem como
principais objetivos:
• Contribuir para a promoção dos direitos sexuais e direitos
reprodutivos de adolescentes e jovens;
• Contribuir para o enfrentamento da epidemia de HIV/Aids
entre adolescentes e jovens escolares;
• Desenvolver ações articuladas no âmbito das escolas e das
unidades básicas de saúde;
• Envolver toda a comunidade escolar na promoção de ações
em saúde sexual e saúde reprodutiva;
• Promover a participação juvenil para que adolescentes e
jovens possam atuar como sujeitos transformadores das suas
realidades.
11. Essa iniciativa tem como propósito reduzir as
vulnerabilidades e contribuir para a promoção da
saúde dessa importante parcela da população,
promovendo ações sobre questões relacionadas à
saúde integral, como qualidade de vida, prevenção
das DST/Aids, gravidez não planejada,
diversidade sexual, drogas, promoção da cultura
de paz, por meio do desenvolvimento articulado de
ações no âmbito das escolas e das unidades básicas
de saúde.
12. EDUCAR PARA VIVER
+
SAÚDE E PREVENÇÃO NAS ESCOLAS
Temáticas propostas:
Sexualidade
Orientação sexual
Gravidez na adolescência
Drogas
Prevenção DST/HIV/AIDS
Violência
Gênero
13. Gravidez na Adolescência / 2005 – 2011
20,44 % - 2009 Menor índice desde 1993 – 413 mães adol.
(2030 )
22,18 % - 2010 Aumento do índice - 433 mães adol. (1952)
21,0 % -2011 Redução do índice- 410 mães adol. (1952)
Fonte SINASC Sistema Nacional de Informação Nascidos Vivos
14. SAE- Total 1150 Pacientes
Cadastrados no Setor DST/AIDS
Adultos;
Penitenciária Modulada : 13 a + 60 anos
62 pacientes 960 pacientes
Masculino – 58 Masculino – 518
Feminino – 4 Feminino – 442
Crianças: Inicio TARV:
o a 12 anos
9 pacientes
123 pacientes
Exposta / sem diag.fechado Em TARV:
72 (33 M / 29 F)
HIV + – 28 (17 M / 11 F) 390 pacientes
TARV – 23
Gestantes:
Adolescentes:
13 a 19 anos 16 pacientes
35 adolescentes
11 sexo masculino
24 sexo feminino
15. PACIENTES CADASTRADOS SETOR DST/AIDS
FX ETÁRIA / 1150 PACIENTES
Perfil Epidemia: Interior, Jovem, Feminina e mais Heterossexual
16. O Rio Grande do Sul é o estado com maior incidência de
Aids no país, segundo dados divulgados no dia 28/11/11
pelo Ministério da Saúde . A taxa de incidência de casos da
doença é de 27,7 para cada 100 mil habitantes,
Municípios do Sul
Os municípios da região Sul dominam a lista das 14 cidades com mais de 50
mil habitantes que, proporcionalmente, possuem mais casos de Aids.
Em primeiro na lista, está Porto Alegre, com taxa de incidência de 99,8 casos
por 100 mil habitantes. Também localizado no Rio Grande do Sul, Alvorada é
a segunda cidade com mais registros de Aids, 81,8 por 100 mil habitantes.
Em terceiro no ranking está Balneário de Camboriú (SC), em quarto
Uruguaiana (RS) e quinto Sapucaia do Sul (RS).
Foram registrados no país 34,2 mil novos casos de Aids no ano passado,
contra 35,9 mil em 2009. De 1980 a junho de 2011, 608.230 (1980 a 06/2011)
pessoas foram infectadas no país. A taxa de incidência da doença passou de
18,8 por 100 mil habitantes em 2009 para 17,9 em 2010.
A Região Sul, que abriga 14% da população total do país, concentra 23% dos
casos da doença. O dado chama atenção do Ministério da Saúde, que
promete investimentos na região para reverter essa estatística.
17. Ranking Nacional
Taxa de incidência por 100.000 hab. de casos de AIDS notificados no
SINAN, declarados no SIM e registrados no SISCEL/SICLOM em 100
municípios brasileiros com mais de 50 mil habitantes e as maiores
taxas de incidência Brasil 1998-2010
1. Porto Alegre (RS) —99,8
2. Alvorada (RS) — 81,8
3. Balneário Camboriú (SC) — 77,7
4. Uruguaiana (RS) — 67,0
5. Sapucaia do Sul (RS) — 66,4
6. Criciúma (SC) — 61,9
7. Biguaçu (SC) — 60,1
8. Pinhais (PR) — 58,1
9. Florianópolis (SC) — 57,9
10. Canoas (RS) — 57,4
Fonte Ministério da Saúde / SVS / Departamento de DST/AIDS e Hepatites Virais
18. O Uso do preservativo depende do acesso ao insumo, de
informação, de políticas que diminuam as situações de
vulnerabilidade e de mudança de atitude pessoal em
relação ao autocuidado. Muitas pessoas não se vêem em
risco e não se sentem responsáveis pela sua saúde,
entretanto , parte do enfrentamento da AIDS no Brasil, RS
e Uruguaiana dependem de práticas individuais seguras,
com o apoio do SUS.
19. Importância do diagnóstico precoce:
o exame de HIV é sigiloso; é gratuito; está
disponível na rede pública; não necessita de
requisição médica; e as pessoas devem ir
buscar os resultados.
20. OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Colaborar na formação integral do educando, visando à reflexão
e problematização sobre sexualidade: valores, posturas,
preconceitos, vivências e informações;
Oportunizar situações para que os educandos desenvolvam a
capacidade de trabalhar suas emoções, sentimentos e a auto-
estima;
Oportunizar situações para que os educandos desenvolvam
consciência crítica para tomarem decisões responsáveis a
respeito de sua sexualidade;
Respeitar a diversidade de valores, crenças e comportamentos
existentes relativos à sexualidade, desde que seja garantida a
dignidade do ser humano.
21. METODOLOGIA :
A metodologia que melhor tem encontrado
resultados para desenvolver os temas de
orientação sexual é a linha
PARTICIPATIVA- CONSTRUTIVISTA,
por partir do princípio que o conhecimento
é uma construção, e na medida em que a
pessoa é capaz de construir o próprio
conhecimento, torna-se mais capacitada
para entender e interpretar a realidade e a
fazer interpretações no mundo em que vive.
22. METODOLOGIA :
O trabalho de orientação sexual na escola
não deve trazer respostas prontas, deve sim,
problematizar,levantar questionamentos e
ampliar o leque de conhecimentos e de
opções, partindo sempre do conhecimento
que o aluno já possui sobre o assunto e ir
preenchendo as lacunas nas informações,
para que o aluno escolha o seu próprio
caminho.
23. METODOLOGIA :
As estratégias metodológicas para o
trabalho devem constituir-se em atividades
lúdicas e criativas para facilitar a
participação do aluno, criar o interesse
grupal e possibilitar um clima de confiança
que permita o profissional identificar como
os educandos se relacionam com as
situações ligadas aos relacionamentos, aos
afetos e a sexualidade. Dinâmicas de
grupo, jogos educativos, estudo de casos,
dramatizações, roda de bate-papo, etc
produzem um bom resultado.
27. UNIDADE 3 –
SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA
a) Anatomia e fisiologia dos órgãos sexuais;
b) Métodos contraceptivos;
c) Direitos sexuais e reprodutivos;
d) Gravidez na adolescência (maternidade e
paternidade consciente)
28. Orientar a maneira correta de utilizar os
preservativos masculino e feminino.
Distribuição gratuita dos preservativos e material
educativo nas escolas.
29. UNIDADE 4 –
DST E AIDS
a) Sexualidade em tempo de AIDS;
b) Doenças sexualmente transmissíveis:
Orientações sobre as DST/AIDS “VULNERABILIDADES”
C) Prevenção das DST/AIDS;
D) Discriminação X Solidariedade
30. AVALIAÇÃO
A avaliação será contínua,através de observação direta
e auto-avaliação das atividades individuais e das
realizadas em grupo. No final de cada tema abordado ,
a culminância do trabalho deverá ser através de
relatórios,exposições dos trabalhos realizados, oficinas,
mostra pedagógica entre outras atividades que
deverão contar com a presença de toda comunidade
escolar.
Entrega de relatório nas reuniões com a equipe da
coordenação GGM , com todas as ações desenvolvidas
(público atingido, professor responsável,etc )
mensalmente.
32. AÇÕES PONTUAIS ANO 2012:
13/04: Dia do Beijo
17/maio:Dia de luta contra a Homofobia
18/maio:Dia de enfrentamento à violência e o abuso
sexual
12/ junho:Dia dos Namorados –
“Te Liga Gravidez tem hora ”
26/junho: Dia Mundial de Prevenção da Gravidez na
Adolescência
28/julho : Dia Nacional de Enfrentamento das
Hepatites Virais
01/dezembro:Dia Mundial de Luta Contra a AIDS
33. “ Assim como criamos a cultura do
risco, da violência, podemos e
devemos criar a cultura da
prevenção, do auto-cuidado, do
bem estar coletivo, da cidadania e
da promoção da saúde.”
34.
35. EDUCAR PARA VIVER
+
SAúDE e PREVENÇão NaS ESCoLAS
BOM TRABAHO EM 2012!
Muito Obrigada !
Maria Aparecida Bofill
Psicóloga CRP 07/08987
Coordenadora GGM SPE Uruguaiana/RS
cidabofill@uol.com.br