SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 6
Baixar para ler offline
DECLARAÇÃO DE GUERRA AO RUÍDO




Diz-se que a capacidade auditiva deficiente não pode ser curada nem
corrigida devido ao fato de que a perda da audição produzida pelo ruído é
sempre permanente.

O ouvido humano adquire o seu máximo grau de sensibilidade dentro de uma
escala de sons de uma intensidade bastante baixa. Esta é a forma em que nossas
espécies têm evoluído: nossos antepassados que habitavam cavernas se adaptaram
a ouvir tanto os sons distantes dos uivos dos animais, como os tênues sussurros
provenientes da ação dos ventos sobre a vegetação. Foi com o advento das
máquinas que o homem se viu forçado a conviver com ruídos de alta intensidade

Qualquer som que exceda os 80-85 decibéis (dB) de intensidade pode ser
classificado como ruído. A capacidade do ouvido para suportar altos níveis de ruído
varia de indivíduo para indivíduo, razão pela qual é impossível prever o risco da
perda da audição mediante a análise dos níveis de exposição e as percepções
subjetivas da intensidade do ruído.

Dizem os fonoaudiólogos que sem nenhuma dúvida a certeza que se tem é a de
que os elevados níveis de ruído ocasionam danos a curto ou a longo prazo, é só
uma questão de tempo. Quanto mais elevada for a intensidade do ruído e quanto
mais prolongado for o tempo de exposição, maior é o perigo. É uma realidade.
A perda da capacidade auditiva pelo ruído geralmente chega de forma gradual
como resultado de pequenas porém freqüentes exposições ao ruído, no transcurso
de vários anos. Claro que, nos casos extremos, uma só exposição a um nível
bastante elevado, pode produzir uma surdez instantânea, um trauma acústico. A
explosão gerada pelo rompimento de uma mangueira de alta pressão bem perto do
ouvido, por exemplo, certamente romperá o tímpano, deslocará os três ossículos
(martelo, bigorna e estribo) no ouvido médio e deixará o ouvido interno exposto à
surdez permanente.




Os seres humanos ouvem quando captam as ondas acústicas que são transportadas
através do canal auditivo até o tímpano, produzindo vibrações. Estas vibrações são
transmitidas para a cóclea, que se encontra no ouvido interno, por meio do
movimento de três ossículos: martelo, bigorna e estribo. O movimento do líquido
da cóclea estimula os nervos ciliados, os quais se expandem e se contraem à
medida que decodificam a informação relacionada com o som. As células nervosas
transmitem esta informação ao nervo auditivo que, em seguida, a leva ao cérebro.
Caráter definitivo

A cóclea, no ouvido interno, contém entre 16.000 e 20.000 proeminências similares
a pêlos, que se denominam células ciliadas, cada uma das quais está sintonizada
para receber sons que variam em timbre e freqüência . O tecido do ouvido interno
difere de outras partes do corpo em um aspecto vital: as células do ouvido interno
não podem regenerar-se.

Todo dano no ouvido interno é irreversível. Não existe evidência científica suficiente
que sugira que este dano interno possa ser revertido em alguma espécie de
mamíferos. Simplesmente temos que nos conformar com o par de ouvidos que
recebemos ao nascer.

A perda da capacidade auditiva produzida pelo ruído pode ser aliviada com a
adoção de dispositivos técnicos, mas seu uso, às vezes, provoca incômodo.

Os problemas da audição ocasionados por uma enfermidade, um acidente ou
defeito congênito podem ser reparados com cirurgia, porém só nas partes externas
do ouvido.




                                                     A capacidade do ouvido
                                                          para suportar altos
                                                      níveis de ruído,varia de
                                                    individuo para individuo.




A luta para a manutenção da audição é uma batalha que deve durar a vida toda.
Não temos uma segunda oportunidade. Simplesmente temos que cuidar muito bem
de nossos ouvidos. A diferença, comparando com outros órgãos humanos, é que
nada melhora com a adoção de medidas de estímulo ou até mesmo de exercícios.
Os seres humanos ouvem quando captam as ondas acústicas que se introduzem no
sistema auditivo através do canal e atingem o tímpano, produzindo vibrações. Estas
vibrações são levadas até a cóclea por meio da movimentação de três ossículos
existentes no ouvido médio. A agitação do fluido na cóclea estimula os nervos
ciliados, os quais se expandem e se contraem à medida que decodificam a
informação relacionada com o som e a transmitem posteriormente ao cérebro,
através do nervo auditivo.

Quando nos expomos a elevados níveis de ruído os primeiros componentes do
sistema auditivo que se esgotam são as células ciliadas mais externas, as que se
contraem e relaxam como músculos ao ritmo das ondas acústicas. Se a exposição
prolongada a elevados níveis ocorre freqüentemente, as células ciliadas se
debilitam e se deterioram gradualmente e logo morrem.




O ouvido humano adquire o seu máximo grau de sensibilidade dentro de uma
escala de sons de uma intensidade bastante baixa.
Surdez

A perda da audição ocasionada pelo ruído é um processo gradual que normalmente
passa desapercebido. Nas etapas iniciais, a única forma de se perceber o problema
é mediante a submissão do ouvido a várias freqüências de sons. O primeiro sinal da
perda auditiva é uma queda em forma de “V” nas freqüências de 4.000 a 6.000 Hz,
as quais representam a escala de audição mais sensível do ouvido. Mesmo que o
paciente não perceba sua perda de audição, é possível que até 90% das células
nervosas sintonizadas com estas freqüências estejam destruídas por completo.

Os primeiros sinais da perda auditiva revelados pelo paciente, ocorrem nos tons
altos. Distinguir as consoantes pode tornar-se cada vez mais difícil. O zumbido já
representa um sinal de advertência muito sério, e indica que as exposições do
paciente a níveis de ruído elevados são tão freqüentes que os nervos ciliados na
cóclea estão estado de fadiga pelas pressões sucessivas. São sintomas que
costumam desaparecer no começo, porém se a exposição ao ruído intenso
continuar, o dano pode tornar-se permanentemente.

O ruído inesperado, como por exemplo, proveniente do disparo de uma arma de
fogo ou do impacto causado por um martelo, pode ser especialmente perigoso em
razão de “pegar” o ouvido de surpresa. Pela mesma razão, aquele ruído uniforme,
enfadonho, permanente pode ser enganoso, pois o ouvido fica “entorpecido”, e a
ele acaba se acostumando, aceitando-o, mesmo sendo de intensidade já
prejudicial. Quando estamos expostos a níveis de ruídos elevados, mas só
“levemente,” como costumamos justificar, representa uma forma de subestimar o
perigo.

Proteção nunca é demais

A escala de decibéis pode causar confusão nas pessoas que estão acostumadas a
pensar em quilo, em metro, em minuto, etc. Um aumento do ruído em três decibéis
pode até parecer de pouca importância, porém o que este valor representa é
simplesmente a duplicação da intensidade do ruído. Em média, o ouvido humano é
incapaz de detectar um aumento de menos de dez decibéis. Sem dúvida, o ruído
nesses níveis é superior em mais de oito vezes o nível original. Importante: o
ouvido humano se mostra menos sensível num meio ruidoso. A única forma
confiável de conhecer a intensidade de um ruído é medindo-a. Melhor ainda, é mais
prudente não correr riscos e evitar a exposição ao ruído alto simplesmente fazendo
uso de abafadores do tipo conchas ou plugs de inserção.
É bem provável que a porcentagem das pessoas no mundo que sofrem de
deficiência auditiva em um ou em ambos os ouvidos tende aumentar no futuro.
Basta observarmos o número de jovens expostos a níveis de ruídos cada vez mais
altos, provenientes dos potentes sons instalados nos automóveis, em casa; os
ipods, as bandas de rock com suas “caixas’ cada vez mais poderosas...O limite
“seguro” nesses casos é sempre excedido. Sendo que atrás de um trio elétrico só
não vai quem já morreu, significa dizer que as pessoas, geralmente muito
próximas, estão expostas a níveis de ruído acima dos 100 dB (decibéis), exposição
para uns quinze minutos, digamos.

Alguns indivíduos têm predisposição hereditária para sofrer de perda da audição
pela exposição ao ruído. Para estas pessoas o limite de 85 dB para uma jornada de
trabalho de oito horas pode ser excessivo. A opção mais segura e consciente é
manter os níveis na média de 75 dB.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Protetores Auriculares
Protetores AuricularesProtetores Auriculares
Protetores AuricularesLeticia Ercego
 
Protecao auditiva
Protecao auditivaProtecao auditiva
Protecao auditivaclaubertst
 
treinamento ruido
treinamento ruido treinamento ruido
treinamento ruido Ane Costa
 
Velocidade do som e poluição sonora
Velocidade do som e poluição sonoraVelocidade do som e poluição sonora
Velocidade do som e poluição sonoraFeeh Kikuchi
 
Tratamento para zumbido no ouvido
Tratamento para zumbido no ouvidoTratamento para zumbido no ouvido
Tratamento para zumbido no ouvidoEzequiel Alves
 
SERIE RISK TABLET - PROTEÇÃO PARA TRABALHADORES JOVENS (PARTE 2)
SERIE RISK TABLET - PROTEÇÃO PARA TRABALHADORES JOVENS (PARTE 2)SERIE RISK TABLET - PROTEÇÃO PARA TRABALHADORES JOVENS (PARTE 2)
SERIE RISK TABLET - PROTEÇÃO PARA TRABALHADORES JOVENS (PARTE 2)NRFACIL www.nrfacil.com.br
 
Biofísica da audição
Biofísica da audiçãoBiofísica da audição
Biofísica da audiçãokarinemc18
 
ATUAÇÃO FONOAUDIOLOGIA NA ÁREA DA AUDIOLOGIA VOLTADA A SAÚDE DO TRABALHADOR
ATUAÇÃO FONOAUDIOLOGIA NA ÁREA DA AUDIOLOGIA VOLTADA A SAÚDE DO TRABALHADORATUAÇÃO FONOAUDIOLOGIA NA ÁREA DA AUDIOLOGIA VOLTADA A SAÚDE DO TRABALHADOR
ATUAÇÃO FONOAUDIOLOGIA NA ÁREA DA AUDIOLOGIA VOLTADA A SAÚDE DO TRABALHADORUnoeste
 
Efeitos da exposição ao ruido
Efeitos da exposição ao ruidoEfeitos da exposição ao ruido
Efeitos da exposição ao ruidoCosmo Palasio
 
O som e a saúde
O som e a saúdeO som e a saúde
O som e a saúdeosomeasaude
 
Soído pode gerar perda de audição
Soído pode gerar perda de audiçãoSoído pode gerar perda de audição
Soído pode gerar perda de audiçãoEzequiel Alves
 

Mais procurados (20)

Ruído Laboral
Ruído LaboralRuído Laboral
Ruído Laboral
 
Protetores Auriculares
Protetores AuricularesProtetores Auriculares
Protetores Auriculares
 
Ruido
RuidoRuido
Ruido
 
Aula_Ruído
Aula_RuídoAula_Ruído
Aula_Ruído
 
Protecao auditiva
Protecao auditivaProtecao auditiva
Protecao auditiva
 
treinamento ruido
treinamento ruido treinamento ruido
treinamento ruido
 
00000401 (1)
00000401 (1)00000401 (1)
00000401 (1)
 
Velocidade do som e poluição sonora
Velocidade do som e poluição sonoraVelocidade do som e poluição sonora
Velocidade do som e poluição sonora
 
Tratamento para zumbido no ouvido
Tratamento para zumbido no ouvidoTratamento para zumbido no ouvido
Tratamento para zumbido no ouvido
 
Edição 9
Edição 9Edição 9
Edição 9
 
PAIR
PAIRPAIR
PAIR
 
SERIE RISK TABLET - PROTEÇÃO PARA TRABALHADORES JOVENS (PARTE 2)
SERIE RISK TABLET - PROTEÇÃO PARA TRABALHADORES JOVENS (PARTE 2)SERIE RISK TABLET - PROTEÇÃO PARA TRABALHADORES JOVENS (PARTE 2)
SERIE RISK TABLET - PROTEÇÃO PARA TRABALHADORES JOVENS (PARTE 2)
 
Biofísica da audição
Biofísica da audiçãoBiofísica da audição
Biofísica da audição
 
ATUAÇÃO FONOAUDIOLOGIA NA ÁREA DA AUDIOLOGIA VOLTADA A SAÚDE DO TRABALHADOR
ATUAÇÃO FONOAUDIOLOGIA NA ÁREA DA AUDIOLOGIA VOLTADA A SAÚDE DO TRABALHADORATUAÇÃO FONOAUDIOLOGIA NA ÁREA DA AUDIOLOGIA VOLTADA A SAÚDE DO TRABALHADOR
ATUAÇÃO FONOAUDIOLOGIA NA ÁREA DA AUDIOLOGIA VOLTADA A SAÚDE DO TRABALHADOR
 
Efeitos da exposição ao ruido
Efeitos da exposição ao ruidoEfeitos da exposição ao ruido
Efeitos da exposição ao ruido
 
Ruído
RuídoRuído
Ruído
 
Aparelho Auditivo
Aparelho AuditivoAparelho Auditivo
Aparelho Auditivo
 
O som e a saúde
O som e a saúdeO som e a saúde
O som e a saúde
 
Soído pode gerar perda de audição
Soído pode gerar perda de audiçãoSoído pode gerar perda de audição
Soído pode gerar perda de audição
 
PAIR - Perda Auditiva
PAIR - Perda AuditivaPAIR - Perda Auditiva
PAIR - Perda Auditiva
 

Destaque

Horaris exàmens setembre 2012
Horaris exàmens setembre 2012Horaris exàmens setembre 2012
Horaris exàmens setembre 2012Emma Saura Woods
 
Smallville temporada 7 latino.avi
Smallville temporada 7 latino.aviSmallville temporada 7 latino.avi
Smallville temporada 7 latino.aviSneider Suárez
 
Plaers cmyk green-verde
Plaers cmyk green-verdePlaers cmyk green-verde
Plaers cmyk green-verdeOliva Andrés
 
Módulo12 parte1 aula2
Módulo12  parte1 aula2Módulo12  parte1 aula2
Módulo12 parte1 aula2anapatricio
 
Presentacion p.p. 97 2003
Presentacion p.p. 97 2003Presentacion p.p. 97 2003
Presentacion p.p. 97 2003jvalenciamu
 
Registro tribtario de industria y ccio
Registro tribtario de industria y ccioRegistro tribtario de industria y ccio
Registro tribtario de industria y cciodalia097
 
Bookkeeping Diploma
Bookkeeping DiplomaBookkeeping Diploma
Bookkeeping DiplomaLee Beech
 
Leitbild interaktiv
Leitbild interaktivLeitbild interaktiv
Leitbild interaktivaemisegger
 
Ramirez liliana base_de_datos
Ramirez liliana base_de_datosRamirez liliana base_de_datos
Ramirez liliana base_de_datosLiliana Ramirez
 
Sin título 1
Sin título 1Sin título 1
Sin título 1eric vila
 
Lino b. fernandez md & associates
Lino b. fernandez md & associatesLino b. fernandez md & associates
Lino b. fernandez md & associatesTica Pallidine
 

Destaque (20)

Logo
LogoLogo
Logo
 
Horaris exàmens setembre 2012
Horaris exàmens setembre 2012Horaris exàmens setembre 2012
Horaris exàmens setembre 2012
 
sssss
ssssssssss
sssss
 
Smallville temporada 7 latino.avi
Smallville temporada 7 latino.aviSmallville temporada 7 latino.avi
Smallville temporada 7 latino.avi
 
Plaers cmyk green-verde
Plaers cmyk green-verdePlaers cmyk green-verde
Plaers cmyk green-verde
 
Módulo12 parte1 aula2
Módulo12  parte1 aula2Módulo12  parte1 aula2
Módulo12 parte1 aula2
 
Presentacion p.p. 97 2003
Presentacion p.p. 97 2003Presentacion p.p. 97 2003
Presentacion p.p. 97 2003
 
Registro tribtario de industria y ccio
Registro tribtario de industria y ccioRegistro tribtario de industria y ccio
Registro tribtario de industria y ccio
 
Bookkeeping Diploma
Bookkeeping DiplomaBookkeeping Diploma
Bookkeeping Diploma
 
A Borboleta E O Cavalinho
A Borboleta E O CavalinhoA Borboleta E O Cavalinho
A Borboleta E O Cavalinho
 
Cucu cucu
Cucu cucuCucu cucu
Cucu cucu
 
2012 tríptic asi nii
2012    tríptic   asi nii2012    tríptic   asi nii
2012 tríptic asi nii
 
Leitbild interaktiv
Leitbild interaktivLeitbild interaktiv
Leitbild interaktiv
 
Anexo 1 28 08-2012
Anexo 1 28 08-2012Anexo 1 28 08-2012
Anexo 1 28 08-2012
 
Paso aula sandra
Paso aula sandraPaso aula sandra
Paso aula sandra
 
Cabos
CabosCabos
Cabos
 
Ramirez liliana base_de_datos
Ramirez liliana base_de_datosRamirez liliana base_de_datos
Ramirez liliana base_de_datos
 
Sin título 1
Sin título 1Sin título 1
Sin título 1
 
Lino b. fernandez md & associates
Lino b. fernandez md & associatesLino b. fernandez md & associates
Lino b. fernandez md & associates
 
A Ostraea P Rola Audio
A Ostraea P Rola AudioA Ostraea P Rola Audio
A Ostraea P Rola Audio
 

Semelhante a A perda auditiva pelo ruído é um processo gradual

Treinamento de Proteção Auditiva 2023.pp
Treinamento de Proteção Auditiva 2023.ppTreinamento de Proteção Auditiva 2023.pp
Treinamento de Proteção Auditiva 2023.ppssuser238e8f
 
Poluiosonora 090516115720-phpapp02
Poluiosonora 090516115720-phpapp02Poluiosonora 090516115720-phpapp02
Poluiosonora 090516115720-phpapp02João Marques
 
Audição - Você cuida da sua?
Audição - Você cuida da sua?Audição - Você cuida da sua?
Audição - Você cuida da sua?EvandroPFonseca
 
PoluiçãO Sonora
PoluiçãO SonoraPoluiçãO Sonora
PoluiçãO Sonoraecsette
 
áRea De Projecto Final AprsentaçãO 2009 2010
áRea De Projecto Final AprsentaçãO 2009 2010áRea De Projecto Final AprsentaçãO 2009 2010
áRea De Projecto Final AprsentaçãO 2009 2010Mara Pitrez
 
áRea De Projecto Final AprsentaçãO 2009 2010
áRea De Projecto Final AprsentaçãO 2009 2010áRea De Projecto Final AprsentaçãO 2009 2010
áRea De Projecto Final AprsentaçãO 2009 2010Mara Pitrez
 
áRea De Projecto Final AprsentaçãO 2009 2010
áRea De Projecto Final AprsentaçãO 2009 2010áRea De Projecto Final AprsentaçãO 2009 2010
áRea De Projecto Final AprsentaçãO 2009 2010Mara Pitrez
 
áRea De Projecto Final AprsentaçãO 2009 2010
áRea De Projecto Final AprsentaçãO 2009 2010áRea De Projecto Final AprsentaçãO 2009 2010
áRea De Projecto Final AprsentaçãO 2009 2010Mara Pitrez
 
áRea De Projecto Final AprsentaçãO 2009 2010
áRea De Projecto Final AprsentaçãO 2009 2010áRea De Projecto Final AprsentaçãO 2009 2010
áRea De Projecto Final AprsentaçãO 2009 2010Mara Pitrez
 
áRea De Projecto Final AprsentaçãO 2009 2010
áRea De Projecto Final AprsentaçãO 2009 2010áRea De Projecto Final AprsentaçãO 2009 2010
áRea De Projecto Final AprsentaçãO 2009 2010Mara Pitrez
 
áRea De Projecto Final AprsentaçãO 2009 2010
áRea De Projecto Final AprsentaçãO 2009 2010áRea De Projecto Final AprsentaçãO 2009 2010
áRea De Projecto Final AprsentaçãO 2009 2010Mara Pitrez
 
áRea De Projecto Final AprsentaçãO 2009 2010
áRea De Projecto Final AprsentaçãO 2009 2010áRea De Projecto Final AprsentaçãO 2009 2010
áRea De Projecto Final AprsentaçãO 2009 2010Mara Pitrez
 
Órgão sensorial - Audição
Órgão sensorial - AudiçãoÓrgão sensorial - Audição
Órgão sensorial - AudiçãoFrancisco Erivan
 

Semelhante a A perda auditiva pelo ruído é um processo gradual (20)

Treinamento de Proteção Auditiva 2023.pp
Treinamento de Proteção Auditiva 2023.ppTreinamento de Proteção Auditiva 2023.pp
Treinamento de Proteção Auditiva 2023.pp
 
Poluiosonora 090516115720-phpapp02
Poluiosonora 090516115720-phpapp02Poluiosonora 090516115720-phpapp02
Poluiosonora 090516115720-phpapp02
 
Biofísica da Audição
Biofísica da AudiçãoBiofísica da Audição
Biofísica da Audição
 
Audição - Você cuida da sua?
Audição - Você cuida da sua?Audição - Você cuida da sua?
Audição - Você cuida da sua?
 
PoluiçãO Sonora
PoluiçãO SonoraPoluiçãO Sonora
PoluiçãO Sonora
 
áRea De Projecto Final AprsentaçãO 2009 2010
áRea De Projecto Final AprsentaçãO 2009 2010áRea De Projecto Final AprsentaçãO 2009 2010
áRea De Projecto Final AprsentaçãO 2009 2010
 
áRea De Projecto Final AprsentaçãO 2009 2010
áRea De Projecto Final AprsentaçãO 2009 2010áRea De Projecto Final AprsentaçãO 2009 2010
áRea De Projecto Final AprsentaçãO 2009 2010
 
áRea De Projecto Final AprsentaçãO 2009 2010
áRea De Projecto Final AprsentaçãO 2009 2010áRea De Projecto Final AprsentaçãO 2009 2010
áRea De Projecto Final AprsentaçãO 2009 2010
 
áRea De Projecto Final AprsentaçãO 2009 2010
áRea De Projecto Final AprsentaçãO 2009 2010áRea De Projecto Final AprsentaçãO 2009 2010
áRea De Projecto Final AprsentaçãO 2009 2010
 
áRea De Projecto Final AprsentaçãO 2009 2010
áRea De Projecto Final AprsentaçãO 2009 2010áRea De Projecto Final AprsentaçãO 2009 2010
áRea De Projecto Final AprsentaçãO 2009 2010
 
áRea De Projecto Final AprsentaçãO 2009 2010
áRea De Projecto Final AprsentaçãO 2009 2010áRea De Projecto Final AprsentaçãO 2009 2010
áRea De Projecto Final AprsentaçãO 2009 2010
 
áRea De Projecto Final AprsentaçãO 2009 2010
áRea De Projecto Final AprsentaçãO 2009 2010áRea De Projecto Final AprsentaçãO 2009 2010
áRea De Projecto Final AprsentaçãO 2009 2010
 
áRea De Projecto Final AprsentaçãO 2009 2010
áRea De Projecto Final AprsentaçãO 2009 2010áRea De Projecto Final AprsentaçãO 2009 2010
áRea De Projecto Final AprsentaçãO 2009 2010
 
Situação de aprendizagem grupo 3
Situação de aprendizagem grupo 3Situação de aprendizagem grupo 3
Situação de aprendizagem grupo 3
 
Atividade do grupo 5
Atividade do  grupo 5Atividade do  grupo 5
Atividade do grupo 5
 
Órgão sensorial - Audição
Órgão sensorial - AudiçãoÓrgão sensorial - Audição
Órgão sensorial - Audição
 
Poluição Sonora
Poluição SonoraPoluição Sonora
Poluição Sonora
 
Sn8
Sn8Sn8
Sn8
 
Biofisica leidiane
Biofisica leidianeBiofisica leidiane
Biofisica leidiane
 
6660416 ruido1
6660416 ruido16660416 ruido1
6660416 ruido1
 

Mais de Santos de Castro

39 RECEITAS DOCES SEM AÇÚCAR PARA DIABÉTICOS
39 RECEITAS DOCES SEM AÇÚCAR PARA DIABÉTICOS39 RECEITAS DOCES SEM AÇÚCAR PARA DIABÉTICOS
39 RECEITAS DOCES SEM AÇÚCAR PARA DIABÉTICOSSantos de Castro
 
39 receitas doces sem açucar para diabéticos
39 receitas doces sem açucar para diabéticos39 receitas doces sem açucar para diabéticos
39 receitas doces sem açucar para diabéticosSantos de Castro
 
Manual criança também pode ser portadora de diabetes
Manual criança também pode ser portadora de diabetes Manual criança também pode ser portadora de diabetes
Manual criança também pode ser portadora de diabetes Santos de Castro
 
Diabetes :- os 5 secredos que você deve saber sobre insulina
Diabetes :- os 5 secredos que você deve saber sobre insulinaDiabetes :- os 5 secredos que você deve saber sobre insulina
Diabetes :- os 5 secredos que você deve saber sobre insulinaSantos de Castro
 
Tabela internacional de índice glicêmico (ig) e carga glicêmica
Tabela internacional de índice glicêmico (ig) e carga glicêmicaTabela internacional de índice glicêmico (ig) e carga glicêmica
Tabela internacional de índice glicêmico (ig) e carga glicêmicaSantos de Castro
 
Revista diabetes portugual
Revista diabetes portugualRevista diabetes portugual
Revista diabetes portugualSantos de Castro
 
Gráfico da taxa de glicose1
Gráfico da taxa de glicose1Gráfico da taxa de glicose1
Gráfico da taxa de glicose1Santos de Castro
 
Livro do churrasco_com_fotos..aac..pp..
Livro do churrasco_com_fotos..aac..pp..Livro do churrasco_com_fotos..aac..pp..
Livro do churrasco_com_fotos..aac..pp..Santos de Castro
 
Livro do churrasco_com_fotos..aac..pp..
Livro do churrasco_com_fotos..aac..pp..Livro do churrasco_com_fotos..aac..pp..
Livro do churrasco_com_fotos..aac..pp..Santos de Castro
 

Mais de Santos de Castro (20)

39 RECEITAS DOCES SEM AÇÚCAR PARA DIABÉTICOS
39 RECEITAS DOCES SEM AÇÚCAR PARA DIABÉTICOS39 RECEITAS DOCES SEM AÇÚCAR PARA DIABÉTICOS
39 RECEITAS DOCES SEM AÇÚCAR PARA DIABÉTICOS
 
39 receitas doces sem açucar para diabéticos
39 receitas doces sem açucar para diabéticos39 receitas doces sem açucar para diabéticos
39 receitas doces sem açucar para diabéticos
 
Manual criança também pode ser portadora de diabetes
Manual criança também pode ser portadora de diabetes Manual criança também pode ser portadora de diabetes
Manual criança também pode ser portadora de diabetes
 
Diabetes :- os 5 secredos que você deve saber sobre insulina
Diabetes :- os 5 secredos que você deve saber sobre insulinaDiabetes :- os 5 secredos que você deve saber sobre insulina
Diabetes :- os 5 secredos que você deve saber sobre insulina
 
Tabela internacional de índice glicêmico (ig) e carga glicêmica
Tabela internacional de índice glicêmico (ig) e carga glicêmicaTabela internacional de índice glicêmico (ig) e carga glicêmica
Tabela internacional de índice glicêmico (ig) e carga glicêmica
 
Revista diabetes portugual
Revista diabetes portugualRevista diabetes portugual
Revista diabetes portugual
 
Entendendoodiabetes
EntendendoodiabetesEntendendoodiabetes
Entendendoodiabetes
 
Entendendoodiabetes
EntendendoodiabetesEntendendoodiabetes
Entendendoodiabetes
 
Apresentação da abad
Apresentação da abadApresentação da abad
Apresentação da abad
 
Gráfico da taxa de glicose1
Gráfico da taxa de glicose1Gráfico da taxa de glicose1
Gráfico da taxa de glicose1
 
Livro do churrasco_com_fotos..aac..pp..
Livro do churrasco_com_fotos..aac..pp..Livro do churrasco_com_fotos..aac..pp..
Livro do churrasco_com_fotos..aac..pp..
 
Livro do churrasco_com_fotos..aac..pp..
Livro do churrasco_com_fotos..aac..pp..Livro do churrasco_com_fotos..aac..pp..
Livro do churrasco_com_fotos..aac..pp..
 
Amante
AmanteAmante
Amante
 
A Adolescencia
A AdolescenciaA Adolescencia
A Adolescencia
 
@ Poema Para Amigos
@ Poema Para Amigos@ Poema Para Amigos
@ Poema Para Amigos
 
A Cadeira O Encontro
A Cadeira O EncontroA Cadeira O Encontro
A Cadeira O Encontro
 
Adietadaalma
AdietadaalmaAdietadaalma
Adietadaalma
 
Aexist Nciade Deus
Aexist Nciade DeusAexist Nciade Deus
Aexist Nciade Deus
 
As 10 Melhores
As 10 MelhoresAs 10 Melhores
As 10 Melhores
 
A Cadeira O Encontro
A Cadeira O EncontroA Cadeira O Encontro
A Cadeira O Encontro
 

A perda auditiva pelo ruído é um processo gradual

  • 1. DECLARAÇÃO DE GUERRA AO RUÍDO Diz-se que a capacidade auditiva deficiente não pode ser curada nem corrigida devido ao fato de que a perda da audição produzida pelo ruído é sempre permanente. O ouvido humano adquire o seu máximo grau de sensibilidade dentro de uma escala de sons de uma intensidade bastante baixa. Esta é a forma em que nossas espécies têm evoluído: nossos antepassados que habitavam cavernas se adaptaram a ouvir tanto os sons distantes dos uivos dos animais, como os tênues sussurros provenientes da ação dos ventos sobre a vegetação. Foi com o advento das máquinas que o homem se viu forçado a conviver com ruídos de alta intensidade Qualquer som que exceda os 80-85 decibéis (dB) de intensidade pode ser classificado como ruído. A capacidade do ouvido para suportar altos níveis de ruído varia de indivíduo para indivíduo, razão pela qual é impossível prever o risco da perda da audição mediante a análise dos níveis de exposição e as percepções subjetivas da intensidade do ruído. Dizem os fonoaudiólogos que sem nenhuma dúvida a certeza que se tem é a de que os elevados níveis de ruído ocasionam danos a curto ou a longo prazo, é só uma questão de tempo. Quanto mais elevada for a intensidade do ruído e quanto mais prolongado for o tempo de exposição, maior é o perigo. É uma realidade.
  • 2. A perda da capacidade auditiva pelo ruído geralmente chega de forma gradual como resultado de pequenas porém freqüentes exposições ao ruído, no transcurso de vários anos. Claro que, nos casos extremos, uma só exposição a um nível bastante elevado, pode produzir uma surdez instantânea, um trauma acústico. A explosão gerada pelo rompimento de uma mangueira de alta pressão bem perto do ouvido, por exemplo, certamente romperá o tímpano, deslocará os três ossículos (martelo, bigorna e estribo) no ouvido médio e deixará o ouvido interno exposto à surdez permanente. Os seres humanos ouvem quando captam as ondas acústicas que são transportadas através do canal auditivo até o tímpano, produzindo vibrações. Estas vibrações são transmitidas para a cóclea, que se encontra no ouvido interno, por meio do movimento de três ossículos: martelo, bigorna e estribo. O movimento do líquido da cóclea estimula os nervos ciliados, os quais se expandem e se contraem à medida que decodificam a informação relacionada com o som. As células nervosas transmitem esta informação ao nervo auditivo que, em seguida, a leva ao cérebro.
  • 3. Caráter definitivo A cóclea, no ouvido interno, contém entre 16.000 e 20.000 proeminências similares a pêlos, que se denominam células ciliadas, cada uma das quais está sintonizada para receber sons que variam em timbre e freqüência . O tecido do ouvido interno difere de outras partes do corpo em um aspecto vital: as células do ouvido interno não podem regenerar-se. Todo dano no ouvido interno é irreversível. Não existe evidência científica suficiente que sugira que este dano interno possa ser revertido em alguma espécie de mamíferos. Simplesmente temos que nos conformar com o par de ouvidos que recebemos ao nascer. A perda da capacidade auditiva produzida pelo ruído pode ser aliviada com a adoção de dispositivos técnicos, mas seu uso, às vezes, provoca incômodo. Os problemas da audição ocasionados por uma enfermidade, um acidente ou defeito congênito podem ser reparados com cirurgia, porém só nas partes externas do ouvido. A capacidade do ouvido para suportar altos níveis de ruído,varia de individuo para individuo. A luta para a manutenção da audição é uma batalha que deve durar a vida toda. Não temos uma segunda oportunidade. Simplesmente temos que cuidar muito bem de nossos ouvidos. A diferença, comparando com outros órgãos humanos, é que nada melhora com a adoção de medidas de estímulo ou até mesmo de exercícios.
  • 4. Os seres humanos ouvem quando captam as ondas acústicas que se introduzem no sistema auditivo através do canal e atingem o tímpano, produzindo vibrações. Estas vibrações são levadas até a cóclea por meio da movimentação de três ossículos existentes no ouvido médio. A agitação do fluido na cóclea estimula os nervos ciliados, os quais se expandem e se contraem à medida que decodificam a informação relacionada com o som e a transmitem posteriormente ao cérebro, através do nervo auditivo. Quando nos expomos a elevados níveis de ruído os primeiros componentes do sistema auditivo que se esgotam são as células ciliadas mais externas, as que se contraem e relaxam como músculos ao ritmo das ondas acústicas. Se a exposição prolongada a elevados níveis ocorre freqüentemente, as células ciliadas se debilitam e se deterioram gradualmente e logo morrem. O ouvido humano adquire o seu máximo grau de sensibilidade dentro de uma escala de sons de uma intensidade bastante baixa.
  • 5. Surdez A perda da audição ocasionada pelo ruído é um processo gradual que normalmente passa desapercebido. Nas etapas iniciais, a única forma de se perceber o problema é mediante a submissão do ouvido a várias freqüências de sons. O primeiro sinal da perda auditiva é uma queda em forma de “V” nas freqüências de 4.000 a 6.000 Hz, as quais representam a escala de audição mais sensível do ouvido. Mesmo que o paciente não perceba sua perda de audição, é possível que até 90% das células nervosas sintonizadas com estas freqüências estejam destruídas por completo. Os primeiros sinais da perda auditiva revelados pelo paciente, ocorrem nos tons altos. Distinguir as consoantes pode tornar-se cada vez mais difícil. O zumbido já representa um sinal de advertência muito sério, e indica que as exposições do paciente a níveis de ruído elevados são tão freqüentes que os nervos ciliados na cóclea estão estado de fadiga pelas pressões sucessivas. São sintomas que costumam desaparecer no começo, porém se a exposição ao ruído intenso continuar, o dano pode tornar-se permanentemente. O ruído inesperado, como por exemplo, proveniente do disparo de uma arma de fogo ou do impacto causado por um martelo, pode ser especialmente perigoso em razão de “pegar” o ouvido de surpresa. Pela mesma razão, aquele ruído uniforme, enfadonho, permanente pode ser enganoso, pois o ouvido fica “entorpecido”, e a ele acaba se acostumando, aceitando-o, mesmo sendo de intensidade já prejudicial. Quando estamos expostos a níveis de ruídos elevados, mas só “levemente,” como costumamos justificar, representa uma forma de subestimar o perigo. Proteção nunca é demais A escala de decibéis pode causar confusão nas pessoas que estão acostumadas a pensar em quilo, em metro, em minuto, etc. Um aumento do ruído em três decibéis pode até parecer de pouca importância, porém o que este valor representa é simplesmente a duplicação da intensidade do ruído. Em média, o ouvido humano é incapaz de detectar um aumento de menos de dez decibéis. Sem dúvida, o ruído nesses níveis é superior em mais de oito vezes o nível original. Importante: o ouvido humano se mostra menos sensível num meio ruidoso. A única forma confiável de conhecer a intensidade de um ruído é medindo-a. Melhor ainda, é mais prudente não correr riscos e evitar a exposição ao ruído alto simplesmente fazendo uso de abafadores do tipo conchas ou plugs de inserção.
  • 6. É bem provável que a porcentagem das pessoas no mundo que sofrem de deficiência auditiva em um ou em ambos os ouvidos tende aumentar no futuro. Basta observarmos o número de jovens expostos a níveis de ruídos cada vez mais altos, provenientes dos potentes sons instalados nos automóveis, em casa; os ipods, as bandas de rock com suas “caixas’ cada vez mais poderosas...O limite “seguro” nesses casos é sempre excedido. Sendo que atrás de um trio elétrico só não vai quem já morreu, significa dizer que as pessoas, geralmente muito próximas, estão expostas a níveis de ruído acima dos 100 dB (decibéis), exposição para uns quinze minutos, digamos. Alguns indivíduos têm predisposição hereditária para sofrer de perda da audição pela exposição ao ruído. Para estas pessoas o limite de 85 dB para uma jornada de trabalho de oito horas pode ser excessivo. A opção mais segura e consciente é manter os níveis na média de 75 dB.