O documento descreve a drenagem linfática, incluindo sua história, estruturas, fisiologia e técnicas. A drenagem linfática é uma massagem que estimula o sistema linfático a eliminar líquidos e toxinas do corpo. Sua prática data do século XIX e envolve toques suaves para mobilizar a linfa até os gânglios linfáticos.
3. Drenagem Linfática Manual
A drenagem linfática é uma técnica de massagem corporal feita com toques suaves das mãos
ou com aparelhos próprios que ajuda a eliminar o excesso de líquidos e toxinas do organismo,
facilitando o tratamento da celulite, edema (inchaço) ou linfedema, além de poder ser utilizada no
pré e pós-operatório de cirurgia plástica.
Estimula o sistema linfático a trabalhar em um ritmo mais acelerado. Essa técnica mobiliza a
linfa até os gânglios linfáticos, reduzindo a retenção de líquidos e favorecendo a eliminação de
toxinas
4. Drenagem Linfática Manual
Estimula o sistema linfático a trabalhar em um ritmo mais acelerado. Essa técnica mobiliza a
linfa até os gânglios linfáticos, reduzindo a retenção de líquidos e favorecendo a eliminação
de toxinas
5. Histórico da drenagem linfática
O primeiro relato de utilização da drenagem linfática data de 1892, quando Winiwarter, um
cirurgião austríaco iniciou a aplicação da técnica. Em 1936, o dinamarquês Emil Vodder e sua
esposa desenvolveram o estudo e a prática da drenagem linfática na França. Observou-se
sucesso no tratamento de pacientes com estados gripais crônicos por meio de estimulação
suave nos linfonodos cervicais.
Em 1967 foi criada a Sociedade de Drenagem Linfática Manual incorporada em 1976 à
Sociedade Alemã de Linfologia. Muitos grupos aderiram à técnica e passaram a difundi-la,
acrescentando contribuições individuais, porém mantendo os princípios preconizados por
Vodder.
6. Histórico da drenagem linfática
Na década de 60, Föeldi estudou as vias linfáticas da cabeça e suas relações com o líquor
cérebro espinhal. Ele e sua equipe desenvolveram a terapia complexa descongestiva,
associando cuidados higiênicos, o uso de bandagens compressivas
linfomiocinéticos à drenagem linfática manual, no tratamento clínico
e exercícios
do linfedema.
7. Histórico da drenagem linfática
Em 1977, os professores Albert e Oliver Leduc, adaptaram o método do professor Föeldi e do
Dr. Vodder, demonstrando mediante radioscopia, o efeito de aceleração do fluxo linfático
mediante drenagem linfática manual.
Em 1999, Godoy & Godoy descreveram uma nova técnica de drenagem linfática, que associa
roletes como mecanismos de drenagem; com isso, passou-se a ser questionada a utilização
dos movimentos circulares preconizados pela técnica convencional e sugeriu-se a utilização
dos conceitos de anatomia, fisiologia e hidrodinâmica.
Com o passar dos anos diversas técnicas foram surgindo. No entanto a base científica é
sempre muito similar.
8. Drenagem
Linfática
A drenagem linfática sempre deve
ser iniciada com manobras que
dos
estimulam o esvaziamento
gânglios linfáticos, localizados
principalmente na região da virilha,
axila, toráx, clavicular, cervical, entre
outros. Este estímulo nestas regiões
deve ser feito pelo menos 2 vezes
para garantir os seus resultados.
9. Drenagem Linfática
Deve ser feita sempre em direção às ínguas e aplicando apenas uma ligeira
pressão com as duas mãos sobre a pele, pois o excesso de pressão pode inibir a
circulação linfática e a drenagem deixa de ter resultados.
10. Drenagem
Linfática
A DLM consiste em direcionar o líquido do
espaço intersticial para os centros de
drenagem mediante manobras lentas e
direcionadas aos gânglios principais. Como
resultado, as correntes derivativas do setor
afetado são estimuladas.
A compressão externa gerada irá
promover um diferencial de pressão entre
as extremidades, podendo deslocar o
fluido contido em um vaso linfático, o que
promove uma redução da pressão no
interior do vaso e, assim, facilita a entrada
do excesso de líquido contido no
interstício para o interior do mesmo por
diferença de pressão.
11. Drenagem Linfática
Os objetivos da DLM são: aumentar a motricidade do linfangion por meio das
manobras mecânicas manuais, aumentar o deslocamento da linfa e drenar o
excesso de fluido.
12. Sistema Venoso x Sistema Linfático
O sistema linfático é uma via secundária
de acesso por onde líquidos, proteínas e
pequenas células provenientes do
interstício são devolvidos ao sangue, ao
sistema venoso. Portanto, essa circulação
linfática é um sistema fechado
intimamente ligado à circulação sanguínea
e aos líquidos teciduais, pois estes são
absorvidos e transportados pela extensa
rede de capilares linfáticos e, através de
vasos progressivamente maiores,
desembocam no sistema venoso pelo
coletor principal
13. Funções do Sistema Linfático
O sistema linfático desempenha o papel primordial de absorção e transporte do
excesso de líquido, de grande moléculas de proteínas e até pequenas células
devido à permeabilidade da membrana dos capilares linfáticos, desempenhando
importante função de manutenção da homeostase do corpo.
Outra função do sistema linfático é transportar gordura do sistema
gastrointestinal, filtrar os líquidos corporais, contribuir à produção de leucócitos
e da memória imunológica
14. Funções do Sistema Linfático
O sistema linfático possui três funções principais: transporte, resposta imune
específica e defesa do organismo.
Transporte: absorve líquido intersticial que não foi captado pelo sistema
sanguíneo e o devolve a ele.
Resposta imune: produz anticorpo na presença de bactéria
Defesa: as bactérias e as partículas estranhas são removidas através de
macrófagos.
15.
16. Estruturas do Sistema Linfático
Ao longo da extensa rede linfática iniciada pelos capilares para pré-coletores e
coletores até chegar aos dois principais e maiores coletores (ducto linfático
direito e ducto torácico), que desembocam na junção das veias subclávia e
jugular interna, onde encontramos os linfonodos relacionados com a defesa do
organismo
17. Estruturas do Sistema Linfático
Capilares linfáticos: A rede de reabsorção é constituída pelo capilares linfáticos, que
coletam o líquido da filtragem com os dejetos do metabolismo. As paredes das células
endoteliais destes vasos formam microválvulas que abrem-se e fecham-se nas junções
celulares para possibilitar a passagem de líquidos que iniciam em capilar de fundo
“cego”.
As válvulas endoteliais do capilar unem-se ao tecido conjuntivo dos tecidos
circunjacentes, e, conforme a movimentação dos tecidos, podem tracionar e abrir as
microválvulas da parede capilar, permitindo a penetração das células, água e moléculas
de proteína para dentro do capilar, o que inicia a formação da linfa.
O refluxo não ocorre devido à presença das válvulas que se fecham
19. Estruturas do Sistema Linfático
Capilares linfáticos especiais: são conhecidos como vasos lácteos.
Localizados na viscosidade intestinal, sua função é auxiliar na absorção de
gordura do trato digestivo e transportar para a corrente sanguínea um líquido
leitoso denominado quilo.
20. Estruturas do Sistema Linfático
Pré-coletores: recebem a linfa coletada pelos capilares para levá-los à rede dos
coletores.
21. Estruturas do Sistema Linfático
Coletores: composto por várias camadas, mais espesso e resistente que as
estruturas anteriores. Recebe a linfa dos pré-coletores.
É dividido em três túnicas: íntima que é composta por células endoteliais, tecido
conjuntivo e válvulas (pré-coletores). Envolvendo-a, temos de três a cinco
camadas de musculatura lisa, a túnica média. Por fim, túnica adventícia é
formada por fibras colágenas e elásticas, por musculatura lisa e pequenos vasos
sanguíneos que alimentam o próprio vaso.
22. Estruturas do Sistema Linfático
Ducto torácico: drena a linfa dos membros
inferiores,
esquerda,
hemicorpo
órgãos
esquerdo,
abdominais,
lombossacra, glúteos e membro
hemiface
região
superior
esquerdo. Tem início na cisterna do quilo (ou
Pecquet), pela junção de vários
(intestinais, lombares e torácico
coletores
inferior),
prossegue paralelamente à clavícula, faz uma
alça e desemboca na junção das veias subclávia
esquerda e jugular interna esquerda.
24. Estruturas do Sistema Linfático
Linfonodos: Localizam-se no trajeto dos vasos linfáticos e agem como uma
barreira ou filtro contra a penetração na corrente circulatória de
microorganismos, toxinas ou substâncias estranhas ao organismo.
São elementos de defesa para o organismo e produzem glóbulos brancos,
principalmente linfócitos.
Os linfonodos localizam-se na região cervical, nas cavidades torácica, abdominal
e pélvica e na região axilar e inguinal.
27. Estruturas do Sistema Linfático
Órgãos Linfóides: Possuem relação
direta com os vasos linfáticos ou com a
linfa, participando do sistema imune do
corpo. Estes órgãos são o baço, que tem
como função filtrar o sangue produzindo
os anticorpos; o timo, que produz as
células T; tonsilas, que atuam sobre a
invasão bacteriana; e a medula óssea,
das células sanguíneas,
hemácias, leucócitos e
progenitora
fabricando
plaquetas.
28. Estruturas do Sistema Linfático
Linfangion: organiza-se como um segmento coletor linfático com uma camada
muscular central e válvulas sem fibras musculares, formados por
prolongamentos da túnica íntima em ambas as extremidades. É a verdadeira
unidade funcional do sistema linfático (considerando sua unidade motora).
Consiste de uma parte valvular com pouco ou nenhum músculo e de uma parte
com espessa e forte camada muscular. Funciona como uma válvula que
“empurra” a linfa através do sistema linfático
35. Estruturas do Sistema Linfático
Linfa: Líquido composto por proteínas, água, pequenas células,
microorganismos e coágulos sanguíneos. Incolor, viscoso e de odor leve e
desagradável, apresenta fator de coagulação.
A linfa é um liquido aquoso e claro semelhante ao plasma, devido a grande
quantidade de leucócitos, sendo que 99% são linfócitos.
O fluxo normal da linfa é de 2 a 4l/dia.
36. Escoamento da Linfa nos Vasos
Linfáticos
A linfa é empurrada ao longo dos vasos linfáticos pelos seguintes mecanismos:
Ação bombeadora dos músculos esqueléticos sobre os vasos linfáticos
Ação reflexa ao batimento das artérias
A sucção formada pelos movimentos respiratórios
A formação de nova linfa empurrando a antiga para frente.
O estiramento e a contração do segmento de um vaso linfático entre duas
válvulas
Compressão dos tecidos
37. Fisiologia do Sistema Linfático
O funcionamento do sistema linfático por meio do equilíbrio existente entre os
fenômenos de filtragem e de reabsorção no nível das terminações capilares.
A água carregada de elementos nutritivos, sais minerais e vitaminas deixa a luz
capilar e chega ao meio intersticial e banha as células.
Estas retiram desse líquido os elementos necessários a seu metabolismo e
eliminam os produtos de degradação celular.
Em seguida o líquido intersticial é, pelo jogo das pressões, retomado pela rede de
capilares.
38. Fisiologia do Sistema Linfático
A mecânica da captação ou reabsorção dos
capilares linfáticos iniciais ocorre por meio da
abertura dos espaços intercelulares que unem o
capilar inicial ao tecido circundante. A evacuação
ocorre pelo acionamento do linfangion, levando à
contração das válvulas nos coletores linfáticos.
39. Circulação da Linfa
A circulação linfática é responsável pela absorção de detritos e
macromoléculas que as células produzem durante seu metabolismo, ou que
não conseguem ser captadas pelo sistema sanguíneo.
O sistema linfático coleta a linfa, por difusão, através dos capilares linfáticos, e
a conduz para dentro do sistema linfático.
Uma vez dentro do sistema, o fluido é chamado de linfa, e tem sempre a
mesma composição do que o fluido intersticial.
40. Formação da Linfa
A linfa é formada a partir do liquido intersticial (líquido entre as células), que é
formado pelo plasma sanguíneo que sai dos vasos para nutrir os tecidos. Este
líquido que fica entre as células é absorvido pelos capilares linfáticos e
conduzido novamente à circulação sanguínea.
A saída de líquidos dos vasos para o meio intersticial é regulada por duas
pressões, a pressão hidrostática e a pressão oncótica.
A pressão hidrostática é a própria pressão exercida pela passagem do sangue no
vaso, esta favorece a saída de líquidos do meio intravascular para o interstício.
41. Formação da Linfa
A pressão oncótica é gerada pelas proteínas plasmáticas presentes no sangue,
esta faz com que o líquido permaneça no interstício ou entre para o meio
intravascular. Nas arteríolas, a pressão hidrostática é maior que a pressão
oncótica, o que faz com que certa quantidade de liquido extravase para o meio
intersticial, banhando e nutrindo as células.
A este processo chamamos de filtração arterial. Já nas vênulas, a pressão
oncótica é maior, fazendo com que o líquido que banha as células (meio
intersticial) retorne para o sistema venoso; processo denominado absorção
venosa.
42. Em geral, a filtração ocorre em maior quantidade em relação a absorção venosa, fazendo com que
“sobre” líquido no meio intersticial. Porém, este desequilíbrio é revertido pelo sistema linfático, que
auxilia na absorção venosa, captando o excesso de líquidos gerado pelo desequilíbrio venoso/arterial,
e conduzindo-o novamente ao sistema sanguíneo, desembocando nas veias cavas.
43.
44.
45. DEFINIÇÃO DE EDEMA
Edema é uma disfunção caracterizada pelo acúmulo de macromoléculas no
interstício celular devido ao mau funcionamento do sistema linfático.
Ele é definido como um aumento aparente do volume do fluido intersticial que
pode ser localizado ou generalizado. Quando ocorre somente nos membros
inferiores (MMII) é denominado como edema periférico, podendo ser em ambas
as pernas, ou somente em uma, acometendo joelhos, tornozelos e pés.
Quando este edema é de origem linfática podemos definir como LINFEDEMA.
47. TESTE DE EDEMA - CACIFO
Existe o edema com cacifo e o edema sem cacifo. No edema de cacifo, nota-se
uma depressão no ponto onde foi exercida a pressão do dedo, pelo
deslocamento do líquido intercelular, que desaparecerá após a retida da pressão.
No edema sem cacifo, não se observa esta depressão pois o liquido
intercelular não se desloca. Existe uma coagulação do fluido e uma fibrose. Este
grave edema é chamado de fibroedema.
48. TESTE DE EDEMA - CACIFO
Pressionar dedo indicador perpendicularmente por 20 segundos no tornozelo do paciente. É
considerado positivo se a depressão ("cacifo") formada não se desfizer imediatamente após a
descompressão.
49. Principais Indicações da Drenagem
Linfática
Redução de edemas e linfedemas
Fibro edema gelóide (celulite)
Insuficiência venosa crônica
Cefaleias
Nevralgias
Edemas gestacionais
Síndrome pré-menstrual
Dores nas pernas e desconforto pélvico
Tratamento pré e pós-cirurgia plástica
50. Principais Contraindicações da Drenagem Linfática
Tumores malignos
Tuberculose
Infecções e processos inflamatórios agudos
Edemas de insuficiências renais, hepáticas ou cardíacas não
controladas
Trombose venosa profunda
Insuficiência cardíaca congestiva
Hipertireoidismo, entre outros
51. Drenagem
Linfática
A sensibilidade mecânica da função do sistema linfático permite o
acesso às manobras manuais da DLM. A pressão adequada
fornecida ao sistema mecanicamente estimula o funcionamento
do sistema.
São realizadas duas manobras: a evacuação, realizada sobre os
linfonodos que recebem o conteúdo dos coletores linfáticos, e a
captação, constituída pelas manobras realizadas sobre as redes dos
capilares linfáticos
54. Cuidados na Drenagem Linfática
Para garantir um bom resultado é muito importante que alguns fatores sejam observados:
Pressão
Ritmo
Direção
Velocidade
Quantidade de movimentos
Posicionamento do cliente
Ambiente
55. Drenagem Linfática – A pressão
A eficiência da drenagem manual depende da exatidão das manobras para que os
efeitos citados aconteçam
A pressão das manobras varia conforme as condições de cada caso.
Uma pressão adequada precisa ser suficientemente forte para impulsionar o líquido
(intersticial) para dentro dos capilares linfáticos.
Pressão muito forte, os capilares poderão ser obstruídos chegando até mesmo a
danificá-los, pois os capilares têm sua estrutura frágil.
A pressão deve ser:
Leve: edema e tônus muscular rígido.
Moderada: tônus muscular normal.
56. Drenagem Linfática - Ritmo
O ritmo deve ser constante e lento, respeitando o ritmo natural. Deve-se
cuidar para não acelerar os passos. É indicado que o ritmo seja harmonioso
e que cada movimento tenha a duração de 3 segundos.
57. Drenagem Linfática - Direção
O ponto de partida da drenagem é na respiração diafragmática seguindo para
com o bombeamento até a fossa supraclavicular, onde o ducto torácico e o
ducto linfático desembocam na junção das veias jugulares com as subclávias.
A Direção sempre deve ser em direção aos gânglios linfáticos principais.
58. Drenagem Linfática - Velocidade
A velocidade é fator fundamental para uma drenagem eficiente.
Os movimentos devem ser lentos. Cada movimento deve durar em
média 3 segundos.
59. Drenagem Linfática – Quantidade de repetições
Os movimentos devem ser repetidos de 5 a 7 vezes sobre o mesmo lugar.
Os caminhos são repetidos 3 vezes.
Caso uma região esteja com mais edema pode-se aumentar a quantidade de
repetições
60. Drenagem Linfática - Posição
O cliente deve estar em decúbito dorsal em posição de relaxamento.
Podem ser utilizados travesseiros e rolos de posicionamento para elevação do
tórax e dos membros inferiores.
É indicado inclinação de 20 a 30 graus do tórax para maior absorção dos
ductos paraesternais.
Não deve permanecer com braços ou pernas cruzadas.
Não é necessário realizar a drenagem em decúbito ventral pois grande parte
da rede linfática encontra-se na parte anterior do corpo.
61. Drenagem Linfática - Ambiente
É importante que o ambiente seja extremamente relaxante para um melhor
resultado da drenagem linfática.
Luz baixa ou cromoterapia
Silêncio ou música ambiente. O cliente deve estar em silêncio também.
Temperatura média de 25° C
62. Erros
Gerais
Movimentos muito rápidos.
Pressão excessiva.
Puxando a água de volta.
Movimentos muito abruptos.
Falta de amplitude de movimento.
Ausência de relaxamento no intervalo dos movimentos
Não uso das mãos na posição correta
Falta de repetição de movimentos.
Sessões muito curtas ou muito compridas.