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Respeito acima de tudo!
Professor Rodolfo Alves Pereira
Ética e Cidadania
• Historicamente nosso povo foi construído por diversos grupos étnicos, que
para cá vieram ou foram trazidos por motivações distintas.
• Os índios foram os primeiros habitantes de nossa terra. A partir do ano 1500
os portugueses chegaram aqui e iniciaram a colonização da terra que
batizaram de Brasil.
• Passados alguns anos após a “descoberta” os portugueses trouxeram para cá
escravos africanos, para trabalharem e sustentarem a economia colonial com
seu suor. Apesar do sistema escravocrata e de sua crueldade índios, africanos
e portugueses interagiam e, por inúmeras vezes, mantinham relações
íntimas, o que originou a miscigenação racial ou étnica.
• Além da mistura biológica, houve também a troca cultural entre os
diferentes povos que formaram o Brasil. Nos próximos slides, vamos
descobrir que, embora existissem grandes diferenças físicas e culturais entre
os povos e houvesse o regime colonial que inferiorizava os índios e africanos,
ante os europeus, houve nos primórdios do Brasil uma grande troca cultural
que gerou nossa maior riqueza.
• Vejamos um pouco dela, nos slides a seguir:
• Vamos ler as palavras de um mestre da antropologia,
Gilberto Freyre (1933), escritas na obra Casa grande e
senzala:
“Todo brasileiro, mesmo o alvo, de cabelo louro, traz na
alma, quando não na alma e no corpo — há muita gente
de jenipapo ou mancha mongólica pelo Brasil — a
sombra, ou pelo menos a pinta, do indígena ou do negro.
No litoral, do Maranhão ao Rio Grande do Sul, e em
Minas Gerais, principalmente do negro. A influência
direta, ou vaga e remota, do africano.
Na ternura, na mímica excessiva, no catolicismo, em
que se deliciam nossos sentidos, na música, no andar,
na fala, no canto de ninar menino pequeno, em tudo que
é expressão sincera de vida, trazemos quase todos a
marca da influência negra. Da escrava ou sinhama que
nos embalou. Que nos deu de mamar. Que nos deu de
comer, ela própria amolengando na mão o bolão de
comida. Da negra velha que nos contou as primeiras
histórias de bicho e de mal-assombrado. Da mulata que
nos tirou o primeiro bicho-de-pé de uma coceira tão
boa.”
• Os índios brasileiros ensinaram muitas coisas para os
portugueses que vieram para o Brasil e ocuparam
suas terras. Muitas dessas coisas permanecem em
nosso dia a dia, vejamos alguns exemplos:
• Hábito de tomar banho;
• Uso do tabaco para fumar;
• Alimentos: mandioca, milho, guaraná, palmito etc;
• Objetos: vasos de cerâmica, redes, canoas.
• Diversão: tambor, chocalho, peteca etc.
• Língua: Jabuticaba, maracujá, urubu, tatu,
maranhão, Morumbi.
• Folclore: curupira, boitatá, etc.
 Nossa língua oficial é o português.
 A religião cristã, o catolicismo e seus
ritos.
 Arquitetura: estilo colonial, uso de
azulejos (origem árabe) etc.
 Alimentação: vinho, bacalhau, sal,
azeite, queijo etc.
 Festa Junina, Folia de Reis.
 Brincadeiras: ciranda, cantigas de
roda etc.
 Folclore: Lobisomem, bicho papão etc.
 Organização social e política.
 Influências na literatura, artes e
ciências trazidas da Europa para cá.
• Língua, alguns termos de origem africana:
moleque, batuque, gibi, quitanda, canjica,
etc.
• Religião: candomblé, umbanda, mistura
de santos católicos com divindades
africanas (iemanjá e nossa senhora da
Conceição, por exemplo).
• Esporte: capoeira.
• Culinária: frutas como o coco, banana,
café, pimenta, azeite de dendê. Os
africanos utilizaram ingredientes
indígenas e portugueses para criar pratos,
como o acarajé, pamonha e angu.
Feijoada.
• Música: atabaques, cuíca, samba etc.
• Folclore: Saci pererê, negrinho do
pastoreio.
Como seria nosso país se não tivéssemos recebido tantas coisas boas, tanta cultura que
recebemos de outros povos, inclusive de japoneses, chineses, poloneses, alemães,
italianos etc?
Apesar da História, do processo colonizador e da escravidão que houve em nossa terra, nossa
maior riqueza hoje encontra-se em nossa diversidade, em nossa cultura e em nosso povo.
Sabemos que no Brasil ainda hoje temos problemas de preconceito contra negros, índios,
nordestinos e até asiáticos, contudo, nada justifica atitudes racistas em um país plural
como é o nosso.
Uma de nossas maiores obrigações enquanto cidadãos é respeitar o próximo, independente
de sua cor, classe social, orientação sexual, religião e etc. A diferença não pode servir de
pretexto para conflitos, deve sim motivar a compreensão e o respeito mútuo.
Zelar pelo igualdade de condições e pelo bem estar de nossa população é a melhor opção para
construirmos um país justo, onde os erros e equívocos ficaram no passado e nos serviram
como lição para ter um presente e um futuro melhor para se viver!
A miscigenação e a diversidade de nosso povo não é e não deve ser um problema para nós,
pelo contrário, ela é nossa maior aliada e potencializa nosso país e seu povo com
inteligência, criatividade e alegria.
Vejamos no slide a seguir, uma das explicações para os problemas sociais e políticos do
Brasil que influem diretamente me nossas vidas:
O antropólogo e professor Darcy Ribeiro (1995) na obra “O povo
brasileiro” revela que:
“O ruim aqui, e efetivo fator causal do atraso, é o modo de
ordenação da sociedade, estruturada contra os interesses da
população, desde sempre sangrada para servir a desígnios alheios
e opostos aos seus. Não há, nunca houve, aqui um povo livre,
regendo seu destino na busca de sua própria prosperidade. O que
houve e o que há é uma massa de trabalhadores explorada,
humilhada e ofendida por uma minoria dominante,
espantosamente eficaz na formulação e manutenção de seu
próprio projeto de prosperidade, sempre pronta a esmagar
qualquer ameaça de reforma da ordem social vigente.”
“Brasil é já a maior das nações neolatinas, pela magnitude
populacional, e começa a sê- lo também por sua criatividade
artística e cultural.
Precisa agora sê-lo no domínio da tecnologia da futura civilização,
para se fazer uma potência econômica, de progresso auto-
sustentado. Estamos nos construindo na luta para florescer
amanhã como uma nova civilização, mestiça e tropical, orgulhosa
de si mesma. Mais alegre, porque mais sofrida. Melhor, porque
incorpora em si mais humanidades. Mais generosa, porque aberta
à convivência com todas as raças e todas as culturas e porque
assentada na mais bela e luminosa província da Terra.”
 Educação de qualidade;
 Trabalho;
 Distribuição de renda;
 Justiça social;
 Acesso aos serviços públicos gratuitos e de qualidade;
 Política pautada na ética, transparência e com o objetivo de
proporcionar o bem-estar da população.
 Respeito e valorização da diversidade do povo brasileiro!
 Temos a principal matéria-prima que é o povo,
bonito, inteligente e criativo!
 Precisamos dos recursos para desenvolver nossas
habilidades, para isso é necessário ação política e
consciência cidadã de cada um de nós.
 Somente assim conseguiremos escrever uma nova
História de nosso povo!

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Diversidade Dica e cidadania-110914091508-phpapp02

  • 1. Respeito acima de tudo! Professor Rodolfo Alves Pereira Ética e Cidadania
  • 2. • Historicamente nosso povo foi construído por diversos grupos étnicos, que para cá vieram ou foram trazidos por motivações distintas. • Os índios foram os primeiros habitantes de nossa terra. A partir do ano 1500 os portugueses chegaram aqui e iniciaram a colonização da terra que batizaram de Brasil. • Passados alguns anos após a “descoberta” os portugueses trouxeram para cá escravos africanos, para trabalharem e sustentarem a economia colonial com seu suor. Apesar do sistema escravocrata e de sua crueldade índios, africanos e portugueses interagiam e, por inúmeras vezes, mantinham relações íntimas, o que originou a miscigenação racial ou étnica. • Além da mistura biológica, houve também a troca cultural entre os diferentes povos que formaram o Brasil. Nos próximos slides, vamos descobrir que, embora existissem grandes diferenças físicas e culturais entre os povos e houvesse o regime colonial que inferiorizava os índios e africanos, ante os europeus, houve nos primórdios do Brasil uma grande troca cultural que gerou nossa maior riqueza. • Vejamos um pouco dela, nos slides a seguir:
  • 3.
  • 4. • Vamos ler as palavras de um mestre da antropologia, Gilberto Freyre (1933), escritas na obra Casa grande e senzala: “Todo brasileiro, mesmo o alvo, de cabelo louro, traz na alma, quando não na alma e no corpo — há muita gente de jenipapo ou mancha mongólica pelo Brasil — a sombra, ou pelo menos a pinta, do indígena ou do negro. No litoral, do Maranhão ao Rio Grande do Sul, e em Minas Gerais, principalmente do negro. A influência direta, ou vaga e remota, do africano. Na ternura, na mímica excessiva, no catolicismo, em que se deliciam nossos sentidos, na música, no andar, na fala, no canto de ninar menino pequeno, em tudo que é expressão sincera de vida, trazemos quase todos a marca da influência negra. Da escrava ou sinhama que nos embalou. Que nos deu de mamar. Que nos deu de comer, ela própria amolengando na mão o bolão de comida. Da negra velha que nos contou as primeiras histórias de bicho e de mal-assombrado. Da mulata que nos tirou o primeiro bicho-de-pé de uma coceira tão boa.”
  • 5. • Os índios brasileiros ensinaram muitas coisas para os portugueses que vieram para o Brasil e ocuparam suas terras. Muitas dessas coisas permanecem em nosso dia a dia, vejamos alguns exemplos: • Hábito de tomar banho; • Uso do tabaco para fumar; • Alimentos: mandioca, milho, guaraná, palmito etc; • Objetos: vasos de cerâmica, redes, canoas. • Diversão: tambor, chocalho, peteca etc. • Língua: Jabuticaba, maracujá, urubu, tatu, maranhão, Morumbi. • Folclore: curupira, boitatá, etc.
  • 6.
  • 7.  Nossa língua oficial é o português.  A religião cristã, o catolicismo e seus ritos.  Arquitetura: estilo colonial, uso de azulejos (origem árabe) etc.  Alimentação: vinho, bacalhau, sal, azeite, queijo etc.  Festa Junina, Folia de Reis.  Brincadeiras: ciranda, cantigas de roda etc.  Folclore: Lobisomem, bicho papão etc.  Organização social e política.  Influências na literatura, artes e ciências trazidas da Europa para cá.
  • 8. • Língua, alguns termos de origem africana: moleque, batuque, gibi, quitanda, canjica, etc. • Religião: candomblé, umbanda, mistura de santos católicos com divindades africanas (iemanjá e nossa senhora da Conceição, por exemplo). • Esporte: capoeira. • Culinária: frutas como o coco, banana, café, pimenta, azeite de dendê. Os africanos utilizaram ingredientes indígenas e portugueses para criar pratos, como o acarajé, pamonha e angu. Feijoada. • Música: atabaques, cuíca, samba etc. • Folclore: Saci pererê, negrinho do pastoreio.
  • 9.
  • 10. Como seria nosso país se não tivéssemos recebido tantas coisas boas, tanta cultura que recebemos de outros povos, inclusive de japoneses, chineses, poloneses, alemães, italianos etc? Apesar da História, do processo colonizador e da escravidão que houve em nossa terra, nossa maior riqueza hoje encontra-se em nossa diversidade, em nossa cultura e em nosso povo. Sabemos que no Brasil ainda hoje temos problemas de preconceito contra negros, índios, nordestinos e até asiáticos, contudo, nada justifica atitudes racistas em um país plural como é o nosso. Uma de nossas maiores obrigações enquanto cidadãos é respeitar o próximo, independente de sua cor, classe social, orientação sexual, religião e etc. A diferença não pode servir de pretexto para conflitos, deve sim motivar a compreensão e o respeito mútuo. Zelar pelo igualdade de condições e pelo bem estar de nossa população é a melhor opção para construirmos um país justo, onde os erros e equívocos ficaram no passado e nos serviram como lição para ter um presente e um futuro melhor para se viver! A miscigenação e a diversidade de nosso povo não é e não deve ser um problema para nós, pelo contrário, ela é nossa maior aliada e potencializa nosso país e seu povo com inteligência, criatividade e alegria. Vejamos no slide a seguir, uma das explicações para os problemas sociais e políticos do Brasil que influem diretamente me nossas vidas:
  • 11. O antropólogo e professor Darcy Ribeiro (1995) na obra “O povo brasileiro” revela que: “O ruim aqui, e efetivo fator causal do atraso, é o modo de ordenação da sociedade, estruturada contra os interesses da população, desde sempre sangrada para servir a desígnios alheios e opostos aos seus. Não há, nunca houve, aqui um povo livre, regendo seu destino na busca de sua própria prosperidade. O que houve e o que há é uma massa de trabalhadores explorada, humilhada e ofendida por uma minoria dominante, espantosamente eficaz na formulação e manutenção de seu próprio projeto de prosperidade, sempre pronta a esmagar qualquer ameaça de reforma da ordem social vigente.”
  • 12. “Brasil é já a maior das nações neolatinas, pela magnitude populacional, e começa a sê- lo também por sua criatividade artística e cultural. Precisa agora sê-lo no domínio da tecnologia da futura civilização, para se fazer uma potência econômica, de progresso auto- sustentado. Estamos nos construindo na luta para florescer amanhã como uma nova civilização, mestiça e tropical, orgulhosa de si mesma. Mais alegre, porque mais sofrida. Melhor, porque incorpora em si mais humanidades. Mais generosa, porque aberta à convivência com todas as raças e todas as culturas e porque assentada na mais bela e luminosa província da Terra.”
  • 13.  Educação de qualidade;  Trabalho;  Distribuição de renda;  Justiça social;  Acesso aos serviços públicos gratuitos e de qualidade;  Política pautada na ética, transparência e com o objetivo de proporcionar o bem-estar da população.  Respeito e valorização da diversidade do povo brasileiro!
  • 14.  Temos a principal matéria-prima que é o povo, bonito, inteligente e criativo!  Precisamos dos recursos para desenvolver nossas habilidades, para isso é necessário ação política e consciência cidadã de cada um de nós.  Somente assim conseguiremos escrever uma nova História de nosso povo!