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Curso: Análises Clínicas e Saúde Pública (3º ano) Docente: Sílvia Beato
2011/2012
Dislipidemias/ Síndrome
Metabólica
Dislipidemias/ Síndrome Metabólica
• O objectivo da medicina é a prevenção e o
tratamento da doença em sentido lato.
• vg : vacinas e antibióticos para as doenças infecciosas;
modificações dos regimes alimentares, exercício físico
e angioplastia/cirurgia para a doença coronária, etc.
• Actualmente uma dos maiores causas de
doença e morte é a patologia cardiovascular.
2
Factores de risco .
emergentes .
O risco cardiovascular é suficientemente
avaliado pelos factores convencionais
?
• Hipertensão (hipertrofia VE),
• Hipercolesterolemia (…dislipidemia – ldl
elevada, hdl baixas…),
• Diabetes,
• Hábitos tabágicos.
Abordagem do
Sindroma Metabólico
…
"In spite of Framingham risk category,
subjects had 2.5 times the risk of
atherosclerosis if the metabolic
syndrome was present" compared
with those not meeting the criteria for
the syndrome, Dr. Akosah told
meeting attendees.
6
0 SINDROMA METABÓLICO
O SM é um agregado dos
maiores factores de risco
cardiovascular: diabetes e o
aumento inapropriado da
glicemia, obesidade central,
colesterol elevado e HTA.
• Prevalência de 20-25%
da população mundial
adulta;
• Duplica o risco de morte
CV e triplica o risco de
EM ou AVC;
• 5 x > risco de diabetes 2
(4ª ou 5ª causa de morte
no mundo.
Dislipidemias/ Síndrome Metabólica
7
Dislipidemias/ Síndrome Metabólica
8
Dislipidemias/ Síndrome Metabólica
Diagnosis if
3 or more
present
Resistência à insulina e sua importância no
desenvolvimento da doença cardiovascular e renal.
WHO. Definition, Diagnosis and Classification of Diabetes Mellitus and Its Complications:
Report of a WHO Consultation. Geneva: WHO, 1999.
WHO Metabolic Syndrome Definition
1999: Based on Clinical Criteria
• Insulin resistance (type 2 diabetes)
• Plus any 2 of the following:
– Elevated Blood Pressure (140/90 or drug Rx)
– Plasma TG 150 mg/dl
– HDL <35 mg/dl (men); <40 mg/dl (women)
– BMI >30 and/or W/H >0.9 (men), >0.85 (women)
– Urinary albumin >20 mg/min; Alb/Cr >30 mg/g
Resistência à insulina e sua importância no
desenvolvimento da doença cardiovascular e renal.
VR, FML/HSM, FEV. 2006
O Estudo INTERHEART
Os factores de rico modificáveis e a sua influência na
ocorrência de enfarte agudo do miocárdio (EAM)
De Fevereiro 1999 a Março 2003, 15000 casos de EAM foram comparados com 15000
controlos em 52 países
A prevalência dos factores de risco modificáveis (RF) nos casos e nos controlos foi
medida, e o cálculo do risco atribuível à população (PAR)
PAR é a proporção de EAM entre os que tinham esse factor de risco, que podia ser
eliminada se o RF(s) fosse removida
frequência do RF na pop. total – frequência do RF naqueles sem EAM
frequência na pop. total
Yusuf S. et al Lancet 2004,364(9438):937-952
Yusuf S. et al Lancet 2004,364(9438):937-952
Vítor Ramalhinho, HSM/FML
Resistência à insulina e sua importância no
desenvolvimento da doença cardiovascular e renal.
VR, FML/HSM, FEV. 2006
Estatística Vital: Perímetro da Cintura
O Tecido adiposo
visceral pode ser
calculado pela
medição da cintura
Dislipidemias/ Síndrome Metabólica
14
Dislipidemias/ Síndrome Metabólica
Dislipidemias/ Síndrome Metabólica
Dislipidemias/ Síndrome Metabólica
16
Dislipidémias – Diagnóstico,
Prognóstico e diminuição do
risco com a terapêutica
Dislipidemias/ Síndrome Metabólica
Risco
Cardiometabólico
Diabetes/
Risco CV Global
Factores que Contribuem para o
Risco Cardiometabólico
Excesso de peso/Obesidade
Insulino-Resistência
Lípidos PA Glucose
Sindroma de Resistência à Insulina
?
Idade
Genética
Hábitos tabágicos,
Sedentarismo
Hipertensão
Idade, ‘Raça’,
Género,
História Familiar
Inflamação,
Hpercoagulação
 LDL 
 ApoB 
 HDL 
 Triglcéridos 
Metabolismo
Lipídico Alterado
O Estudo de Framingham : Relação
Entre Colesterol e Risco de DC
0
25
50
75
100
125
150
<204
(<5.3)
205-234
(5.3–6.1)
235-264
(6.1–6.8)
265-294
(6.8–7.6)
>295
(>7.6)
Incidência
de
DC
por
1000
Colesterol sérico total, mg/dL (mmol/L)
Adaptado de Castelli WP. Am J Med 1984;76:4–12
Dislipidemia: normas práticas de
actuação
Dislipidemia: normas práticas de
actuação
Dislipidemia: normas práticas de
actuação
Xantomas eruptivos
Dislipidemias
tipo I, IV e V
RJNC, PU: 19650400799
Xantomas
eruptivos
do cotovelo
Dislipidemias
tipo I, IV e V
MDMMM, PU: 19530400170
Xantomas tubero-eruptivos do cotovelo
Dislipidemias tipo I, IV e V
Dislipidemia tipo III
ASAA, PU: 19590200771
Xantomas tendinosos da mão
Dislipidemia tipo IIa
CSM (PU 19481200331)
Defeito Familiar da ApoB100
Xantomatose cerebrotendinosa
Fitosterolemia
Hipercolesterolemia Familiar
Xantoma do tendão de Aquiles
CSM (PU 19481200331)
Xantelasmas
Dislipidemia tipo II
Normolipidemia
Icterícia obstructiva
Fitosterolemia
Deficiência de ApoA-I
Hiperquilomicronemia familiar
Hipercolesterolemia familiar
Hipercolesterolemia recessiva
Defeito familiar da apoB100
Hipercolesterolemia poligénica
Hiperlipidemia familiar comb
Outras
Disbetalipoproteinemia familiar
Deficiência de LH
Hipertrigliceridemia familiar
Hipertrigliceridemia esporádica
Hipertrigliceridemia mista
Tipo Lipoproteínas CT TG
acumuladas
I quilomicras  
IIa LDL  a  N
IIb LDL e VLDL  a   a 
III remanescentes  
IV VLDL N a   a 
V quilom. e VLDL   a 
Lp(a)  N
CLASSIFICAÇÃO ETIOLÓGICA
Hiperlipoproteinemia (a)
Elevado Diminuido
Dislipidemias secundárias
Triglicéridos
aumentados
Hiperlipidemias secundárias
Dislipidemias secundárias
Elevado Diminuido
Dislipidemia: normas práticas de
actuação
VR,18 de dezembro de 2022
Dislipidemia: normas práticas de
actuação
VR,18 de dezembro de 2022
Desde a primeira década Desde a terceira década Desde a quarta década
Crescimento particularmente por acumulação de lipidos
Musc. Liso
ecolagénio
Trombose
Hematoma
Disfunção endotelial
Evolução temporal da Aterosclerose
Células
esponjosas
Estria
gorda
Lesão
intermédia
Complicada
Lesão/ruptura
Placa
Fibrosa
Ateroma
O que determina a
precocidade desta evolução:
•Gravidade da dislipidemia
•Diabetes
•Hipertensão
•Tabaco
Outros agressores vasc.
Dislipidemia: normas práticas de
actuação
Serum Cholesterol Levels in Men*
Framingham Heart Study
%
Population
0
10
20
30
40
*During first 16 years of study: Entry ages 30–40 years
Adapted from Castelli WP Can J Cardiol 1988;4(suppl A):5A-10A.
MI
No MI
150 200 250 300 350 400 450
Serum cholesterol
3.9
(mg/dl)
(mmol/L)
5.2 6.5 7.8 9.1 10.3 11.6
Dislipidemia: normas práticas de
actuação
• Como diagnosticar na prática clínica comum;
• As análises diferenciadas (...os outros
marcadores de risco cardiovascular);
Classification of Dyslipidaemias:
Fredrickson (WHO) Classification
LDL – low-density lipoprotein; IDL – intermediate-density lipoprotein; VLDL – very low-density lipoprotein.
(High-density lipoprotein (HDL) cholesterol levels are not considered
in the Fredrickson classification.)
Phenotype
I
IIa
IIb
III
IV
V
Lipoprotein
elevated
Chylomicrons
LDL
LDL and VLDL
IDL
VLDL
VLDL and
chylomicrons
Atherogenicity
None seen
+++
+++
+++
+
+
Prevalence
Rare
Common
Common
Intermediate
Common
Rare
Serum
cholesterol
average to
average to
average to
Serum
triglyceride
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Adapted from Yeshurun D, Gotto AM. Southern Med J 1995;88(4):379–391
Dislipidemias: caracteristicas das primárias
VR,18 de dezembro de 2022
Vias de transporte dos lipidos &
Dislipidemias hereditárias
Hipertrigliceridemia
Familiar–deficiênciaLPL etc.
RARA
Hipertrigliceridemia Familiar Combinad
a – Poligénica
MUITO COMUM
(ApoB)
Doença da Remoção dos
Remanescentes – deficiência de
ApoE. INCOMUM
Hipoalfalipoproteinemia Familiar
(Doença deTangier) – HDL baixa.
RARA
Hipercolesterolemia
Familiar – deficiência do
receptor das LDL.
COMUM. Heterozigotos
~1:500.
X
X = HMG-coA Reductase passo bloqueado pelasEstatinas
Knopp R.H. Drug Treatment of Lipid Disorders.
N Engl J Med 1999:341:498-510
Dislipidemia: normas práticas de
actuação
Risco > se Col total/hdl col > 5
Dislipidemia: normas práticas de
actuação
VR,18 de dezembro de 2022
Lipid Management in Clinical Practice
70
40
20
0
10 13 26 35 50 60
% LDL-C reduction
%
Reduction
in
risk
of
cardiac
endpoints
LRC-CPPT (cholestyramine)
CARE (pravastatin)
WOSCOPS (pravastatin)
4S (simvastatin)
?
?
What Is an Appropriate Therapeutic Target for LDL Cholesterol?
LRC-CPPT = Lipid Research Clinics–Coronary Primary Prevention Trial; CARE = Cholesterol and Recurrent Events;
WOSCOPS = West of Scotland Coronary Prevention Study; 4S = Scandinavian Simvastatin Survival Study
Dislipidemia: normas práticas de
actuação
• Como diagnosticar na prática
clínica comum:
• A importância do jejum de 12 a 14 horas antes
da colheita do sangue;
• A utilidade da colheita de análises de perfil
lipídico até às 12/24 h no pós-enfarte do
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• Em rotina: Colesterol total, colesterol das HDL e
triglicéridos séricos
A fórmula de Friedwald
Dislipidemia: normas práticas de
actuação
• Como diagnosticar na prática clínica comum;
• As análises diferenciadas (...os outros marcadores de risco
cardiovascular);
• A abordagem dietética:
•A gordura saturada deve ser < 7% do total
calórico;
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desejável.
Dislipidemia: normas práticas de
actuação
• Como diagnosticar na prática clínica
comum;
• As análises diferenciadas (...os outros
marcadores de risco cardiovascular);
• A abordagem dietética;
• Como e quando utilizar os fármacos
• Prevenção cardiovascular secundária e
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recomendações internacionais.
Lipidos, Dislipidemias e Doença Coronária
Alguns estudos/ensaios...
• 4S - Scandinavian Simvastatin Survival Study
Lancet 1994, Lancet1995, Am J Cardiol 1995 4444
d. 35-70 anos com história de angina ou em, ligeira a moderada
hipercolesterolemia, excluidas mulheres pré-menopausicas, em 6 m, icc,ou
cardiologia de intervenção:’a terapêutica com simvastatina é segura e eficaz na
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• WOSCOPS - the West Of Scotland Coronary Prevention Study
Prevention of coronary Heart Disease with Pravaststin in Men with Hypercholesterolemia
N Engl J Med 1995, 6595 h, 45-64 com ligeira hipercol. , 78% ex-fumadores e 5%
angor “a prevenção primária reduziu a incidência de EAM e morte de
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Lipidos, Dislipidemias e Doença Coronária
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Dislipidemias e Síndrome Metabólica

  • 1. Curso: Análises Clínicas e Saúde Pública (3º ano) Docente: Sílvia Beato 2011/2012 Dislipidemias/ Síndrome Metabólica
  • 2. Dislipidemias/ Síndrome Metabólica • O objectivo da medicina é a prevenção e o tratamento da doença em sentido lato. • vg : vacinas e antibióticos para as doenças infecciosas; modificações dos regimes alimentares, exercício físico e angioplastia/cirurgia para a doença coronária, etc. • Actualmente uma dos maiores causas de doença e morte é a patologia cardiovascular. 2
  • 3.
  • 4. Factores de risco . emergentes . O risco cardiovascular é suficientemente avaliado pelos factores convencionais ? • Hipertensão (hipertrofia VE), • Hipercolesterolemia (…dislipidemia – ldl elevada, hdl baixas…), • Diabetes, • Hábitos tabágicos.
  • 5. Abordagem do Sindroma Metabólico … "In spite of Framingham risk category, subjects had 2.5 times the risk of atherosclerosis if the metabolic syndrome was present" compared with those not meeting the criteria for the syndrome, Dr. Akosah told meeting attendees.
  • 6. 6 0 SINDROMA METABÓLICO O SM é um agregado dos maiores factores de risco cardiovascular: diabetes e o aumento inapropriado da glicemia, obesidade central, colesterol elevado e HTA. • Prevalência de 20-25% da população mundial adulta; • Duplica o risco de morte CV e triplica o risco de EM ou AVC; • 5 x > risco de diabetes 2 (4ª ou 5ª causa de morte no mundo. Dislipidemias/ Síndrome Metabólica
  • 9. Diagnosis if 3 or more present Resistência à insulina e sua importância no desenvolvimento da doença cardiovascular e renal.
  • 10. WHO. Definition, Diagnosis and Classification of Diabetes Mellitus and Its Complications: Report of a WHO Consultation. Geneva: WHO, 1999. WHO Metabolic Syndrome Definition 1999: Based on Clinical Criteria • Insulin resistance (type 2 diabetes) • Plus any 2 of the following: – Elevated Blood Pressure (140/90 or drug Rx) – Plasma TG 150 mg/dl – HDL <35 mg/dl (men); <40 mg/dl (women) – BMI >30 and/or W/H >0.9 (men), >0.85 (women) – Urinary albumin >20 mg/min; Alb/Cr >30 mg/g
  • 11. Resistência à insulina e sua importância no desenvolvimento da doença cardiovascular e renal. VR, FML/HSM, FEV. 2006 O Estudo INTERHEART Os factores de rico modificáveis e a sua influência na ocorrência de enfarte agudo do miocárdio (EAM) De Fevereiro 1999 a Março 2003, 15000 casos de EAM foram comparados com 15000 controlos em 52 países A prevalência dos factores de risco modificáveis (RF) nos casos e nos controlos foi medida, e o cálculo do risco atribuível à população (PAR) PAR é a proporção de EAM entre os que tinham esse factor de risco, que podia ser eliminada se o RF(s) fosse removida frequência do RF na pop. total – frequência do RF naqueles sem EAM frequência na pop. total Yusuf S. et al Lancet 2004,364(9438):937-952 Yusuf S. et al Lancet 2004,364(9438):937-952 Vítor Ramalhinho, HSM/FML
  • 12. Resistência à insulina e sua importância no desenvolvimento da doença cardiovascular e renal. VR, FML/HSM, FEV. 2006 Estatística Vital: Perímetro da Cintura
  • 13. O Tecido adiposo visceral pode ser calculado pela medição da cintura Dislipidemias/ Síndrome Metabólica
  • 17. Dislipidémias – Diagnóstico, Prognóstico e diminuição do risco com a terapêutica Dislipidemias/ Síndrome Metabólica
  • 18. Risco Cardiometabólico Diabetes/ Risco CV Global Factores que Contribuem para o Risco Cardiometabólico Excesso de peso/Obesidade Insulino-Resistência Lípidos PA Glucose Sindroma de Resistência à Insulina ? Idade Genética Hábitos tabágicos, Sedentarismo Hipertensão Idade, ‘Raça’, Género, História Familiar Inflamação, Hpercoagulação  LDL   ApoB   HDL   Triglcéridos  Metabolismo Lipídico Alterado
  • 19. O Estudo de Framingham : Relação Entre Colesterol e Risco de DC 0 25 50 75 100 125 150 <204 (<5.3) 205-234 (5.3–6.1) 235-264 (6.1–6.8) 265-294 (6.8–7.6) >295 (>7.6) Incidência de DC por 1000 Colesterol sérico total, mg/dL (mmol/L) Adaptado de Castelli WP. Am J Med 1984;76:4–12
  • 23.
  • 24.
  • 25. Xantomas eruptivos Dislipidemias tipo I, IV e V RJNC, PU: 19650400799
  • 27. Xantomas tubero-eruptivos do cotovelo Dislipidemias tipo I, IV e V Dislipidemia tipo III ASAA, PU: 19590200771
  • 28. Xantomas tendinosos da mão Dislipidemia tipo IIa CSM (PU 19481200331)
  • 29. Defeito Familiar da ApoB100 Xantomatose cerebrotendinosa Fitosterolemia Hipercolesterolemia Familiar Xantoma do tendão de Aquiles CSM (PU 19481200331)
  • 30. Xantelasmas Dislipidemia tipo II Normolipidemia Icterícia obstructiva Fitosterolemia Deficiência de ApoA-I
  • 31. Hiperquilomicronemia familiar Hipercolesterolemia familiar Hipercolesterolemia recessiva Defeito familiar da apoB100 Hipercolesterolemia poligénica Hiperlipidemia familiar comb Outras Disbetalipoproteinemia familiar Deficiência de LH Hipertrigliceridemia familiar Hipertrigliceridemia esporádica Hipertrigliceridemia mista Tipo Lipoproteínas CT TG acumuladas I quilomicras   IIa LDL  a  N IIb LDL e VLDL  a   a  III remanescentes   IV VLDL N a   a  V quilom. e VLDL   a  Lp(a)  N CLASSIFICAÇÃO ETIOLÓGICA Hiperlipoproteinemia (a)
  • 35. Dislipidemia: normas práticas de actuação VR,18 de dezembro de 2022
  • 36. Dislipidemia: normas práticas de actuação VR,18 de dezembro de 2022
  • 37. Desde a primeira década Desde a terceira década Desde a quarta década Crescimento particularmente por acumulação de lipidos Musc. Liso ecolagénio Trombose Hematoma Disfunção endotelial Evolução temporal da Aterosclerose Células esponjosas Estria gorda Lesão intermédia Complicada Lesão/ruptura Placa Fibrosa Ateroma O que determina a precocidade desta evolução: •Gravidade da dislipidemia •Diabetes •Hipertensão •Tabaco Outros agressores vasc.
  • 38. Dislipidemia: normas práticas de actuação Serum Cholesterol Levels in Men* Framingham Heart Study % Population 0 10 20 30 40 *During first 16 years of study: Entry ages 30–40 years Adapted from Castelli WP Can J Cardiol 1988;4(suppl A):5A-10A. MI No MI 150 200 250 300 350 400 450 Serum cholesterol 3.9 (mg/dl) (mmol/L) 5.2 6.5 7.8 9.1 10.3 11.6
  • 39. Dislipidemia: normas práticas de actuação • Como diagnosticar na prática clínica comum; • As análises diferenciadas (...os outros marcadores de risco cardiovascular);
  • 40. Classification of Dyslipidaemias: Fredrickson (WHO) Classification LDL – low-density lipoprotein; IDL – intermediate-density lipoprotein; VLDL – very low-density lipoprotein. (High-density lipoprotein (HDL) cholesterol levels are not considered in the Fredrickson classification.) Phenotype I IIa IIb III IV V Lipoprotein elevated Chylomicrons LDL LDL and VLDL IDL VLDL VLDL and chylomicrons Atherogenicity None seen +++ +++ +++ + + Prevalence Rare Common Common Intermediate Common Rare Serum cholesterol average to average to average to Serum triglyceride average Adapted from Yeshurun D, Gotto AM. Southern Med J 1995;88(4):379–391
  • 41. Dislipidemias: caracteristicas das primárias VR,18 de dezembro de 2022
  • 42. Vias de transporte dos lipidos & Dislipidemias hereditárias Hipertrigliceridemia Familiar–deficiênciaLPL etc. RARA Hipertrigliceridemia Familiar Combinad a – Poligénica MUITO COMUM (ApoB) Doença da Remoção dos Remanescentes – deficiência de ApoE. INCOMUM Hipoalfalipoproteinemia Familiar (Doença deTangier) – HDL baixa. RARA Hipercolesterolemia Familiar – deficiência do receptor das LDL. COMUM. Heterozigotos ~1:500. X X = HMG-coA Reductase passo bloqueado pelasEstatinas Knopp R.H. Drug Treatment of Lipid Disorders. N Engl J Med 1999:341:498-510
  • 43. Dislipidemia: normas práticas de actuação Risco > se Col total/hdl col > 5
  • 44. Dislipidemia: normas práticas de actuação VR,18 de dezembro de 2022 Lipid Management in Clinical Practice 70 40 20 0 10 13 26 35 50 60 % LDL-C reduction % Reduction in risk of cardiac endpoints LRC-CPPT (cholestyramine) CARE (pravastatin) WOSCOPS (pravastatin) 4S (simvastatin) ? ? What Is an Appropriate Therapeutic Target for LDL Cholesterol? LRC-CPPT = Lipid Research Clinics–Coronary Primary Prevention Trial; CARE = Cholesterol and Recurrent Events; WOSCOPS = West of Scotland Coronary Prevention Study; 4S = Scandinavian Simvastatin Survival Study
  • 45. Dislipidemia: normas práticas de actuação • Como diagnosticar na prática clínica comum: • A importância do jejum de 12 a 14 horas antes da colheita do sangue; • A utilidade da colheita de análises de perfil lipídico até às 12/24 h no pós-enfarte do miocárdio. • Que pedir ? • Em rotina: Colesterol total, colesterol das HDL e triglicéridos séricos A fórmula de Friedwald
  • 46. Dislipidemia: normas práticas de actuação • Como diagnosticar na prática clínica comum; • As análises diferenciadas (...os outros marcadores de risco cardiovascular); • A abordagem dietética: •A gordura saturada deve ser < 7% do total calórico; •A gordura total deve ser < 30% do total calórico; •Colesterol menos de 200mg/dia; •O total de calorias suficiente para manter o peso desejável.
  • 47. Dislipidemia: normas práticas de actuação • Como diagnosticar na prática clínica comum; • As análises diferenciadas (...os outros marcadores de risco cardiovascular); • A abordagem dietética; • Como e quando utilizar os fármacos • Prevenção cardiovascular secundária e • Prevenção cardiovascular primária: as recomendações internacionais.
  • 48. Lipidos, Dislipidemias e Doença Coronária Alguns estudos/ensaios... • 4S - Scandinavian Simvastatin Survival Study Lancet 1994, Lancet1995, Am J Cardiol 1995 4444 d. 35-70 anos com história de angina ou em, ligeira a moderada hipercolesterolemia, excluidas mulheres pré-menopausicas, em 6 m, icc,ou cardiologia de intervenção:’a terapêutica com simvastatina é segura e eficaz na melhoria da sobrevida e na redução do ritmo de acidentes coronários • WOSCOPS - the West Of Scotland Coronary Prevention Study Prevention of coronary Heart Disease with Pravaststin in Men with Hypercholesterolemia N Engl J Med 1995, 6595 h, 45-64 com ligeira hipercol. , 78% ex-fumadores e 5% angor “a prevenção primária reduziu a incidência de EAM e morte de causas cardiovasculares. Não houve aumento na mortalidade não cardiovascular” • CARE - Cholesterol and Recurrent Events
  • 49. Lipidos, Dislipidemias e Doença Coronária
  • 50. Lipidos, Dislipidemias e Doença Coronária