Ìntegra do discurso de posse do Ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, realizada em 3 de janeiro de 2022.
O arquivo foi obtido a partir do site da CUT (www.cut.org.br)
O livro " O monstro das cores", escrito e ilustrado pela arte-terapeuta Anna Llenas conta a história de um monstrinho fofo que está com as emoções bagunçadas.
O monstro das cores é uma referência em educação emocional e bestseller internacional. O livro vendeu mais de 200.000 exemplares na Espanha e foi traduzido para 16 idiomas.
No livro O monstro das cores as emoções são demonstradas através das cores. Alegria, tristeza, raiva, medo e calma são explicadas para os pequenos de forma simples e lúdica. O livro é uma referência na hora de ajudar as crianças a nomear suas emoções.
No livro o monstro acorda sentindo-se confuso. Então uma menina o ajuda a organizar suas emoções: a alegria, a tristeza, a raiva, o medo e a calma. Cada emoção é representada por uma cor. Depois de representada, a emoção é colocada num pote.
Artigo ideal para Estudo em Geral, Administradores, Gestores de RH e demais Gerentes de Estratégias, Promoção, Valorização e Reconhecimento Profissional dentro de uma Organização Moderna.
Atenciosamente,
Toni Silveira
O livro " O monstro das cores", escrito e ilustrado pela arte-terapeuta Anna Llenas conta a história de um monstrinho fofo que está com as emoções bagunçadas.
O monstro das cores é uma referência em educação emocional e bestseller internacional. O livro vendeu mais de 200.000 exemplares na Espanha e foi traduzido para 16 idiomas.
No livro O monstro das cores as emoções são demonstradas através das cores. Alegria, tristeza, raiva, medo e calma são explicadas para os pequenos de forma simples e lúdica. O livro é uma referência na hora de ajudar as crianças a nomear suas emoções.
No livro o monstro acorda sentindo-se confuso. Então uma menina o ajuda a organizar suas emoções: a alegria, a tristeza, a raiva, o medo e a calma. Cada emoção é representada por uma cor. Depois de representada, a emoção é colocada num pote.
Artigo ideal para Estudo em Geral, Administradores, Gestores de RH e demais Gerentes de Estratégias, Promoção, Valorização e Reconhecimento Profissional dentro de uma Organização Moderna.
Atenciosamente,
Toni Silveira
Estatuto dos Benefícios Sociais | Empreender o futuro dos extrassalariaisRui Proença
No meu artigo deixo uma proposta concreta para a evolução futura dos extrassalariais em Portugal: como empreender a sua modernização social e fiscal no sentido da adoção consistente e sem constrangimentos por empresas e trabalhadores. Em particular, é necessária uma resposta concreta ao segmento das PME, que representa cerca de 60% do total do emprego no nosso país.
Fica também a expectativa do oportuno debate público: construtivo e mobilizador, capaz de gerar os consensos essenciais que estão na base de um qualquer processo de mudança.
Sublinho:
1/ a atratibilidade do mercado dos extrassalariais em áreas como a saúde e bem-estar, a mobilidade e transportes, a poupança e reforma, a infância e educação, ou o apoio sénior;
2/ os impactos multissectoriais em inúmeros setores e agentes económicos;
3/ em que medida um processo de transformação digital pode enriquecer a forma como o mercado empreende relações, desenvolve performance, concebe inovação e novos serviços.
4/ como adequar a política social e fiscal às necessidades das empresas e trabalhadores, promovendo o necessário alinhamento com as prioridades das políticas sociais públicas.
É o momento de emprender a visão de futuro que recrie o importante papel que os extrassalariais protagonizam na consolidação do modelo social.
Especial: É tudo um assunto só!
http://goo.gl/cpC8H3
Este documento é uma atualização das informações divulgadas no ano de 2011, por ocasião da
Audiência Pública organizada naquele ano pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST). No momento,
o TST estava sendo pressionado para revisar a Súmula 331 e havia uma possibilidade real de
que isso ocorresse. No entanto, a apresentação dos dados e o debate realizado na audiência
demonstraram que o mecanismo de terceirização é altamente pernicioso para os trabalhadores
brasileiros e fere gravemente os princípios constitucionais e o direito do trabalho.
A ameaça no TST passou, mas outras tantas vieram desde então: a tentativa de definir regras que
liberariam indiscriminadamente a terceirização no país - em 2012 e 2013 - por meio da tramitação
do PL 4330/2004 e, mais recentemente, a ação da Cenibra no Supremo Tribunal Federal (STF)
questionando a Súmula 331.
Considerando que as tentativas de flexibilização da legislação trabalhista - é disso que se trata
- continuam, atualizamos as informações do dossiê “Terceirização e Desenvolvimento - uma conta
que não fecha” para demonstrar a precariedade das condições de trabalho dos terceirizados, as
ameaças contra a vida desses trabalhadores e a busca por lucro com redução de direitos. Os
efeitos da terceirização vêm se agravando fortemente e não podem ser aceitos pela sociedade
brasileira, não podem ser aceitos por uma sociedade que busca um desenvolvimento pautado
pela priorização da vida, pela igualdade de direitos, pela distribuição de renda e inclusão social,
articulados com a valorização do trabalho.
A Central Única dos Trabalhadores (CUT) tem atuado fortemente na luta por uma regulamentação
da terceirização que garanta igualdade de direitos entre os trabalhadores e que impeça esta prática
para as chamadas atividades-fim das empresas.
O Dossiê Terceirização e Desenvolvimento: uma conta que não fecha é uma iniciativa da CUT,
elaborado sob a coordenação da Secretaria Nacional de Relações de Trabalho (SRT/CUT) e com
a participação do DIEESE, por meio das subseções da CUT Brasil e das Confederações filiadas.
Neste documento, procuramos refletir sobre o tema a partir de dados estatísticos e de informações
obtidas com as representações sindicais dos trabalhadores.
Especial: É tudo um assunto só!
http://goo.gl/cpC8H3
É com muita disposição de luta que apresentamos a Pauta
da Classe Trabalhadora 2022, documento propositivo unitário
das Centrais Sindicais. Afirmamos nossa esperança na mudança
da trajetória do desenvolvimento econômico e social do Brasil.
Declaramos nossa iniciativa para incidir no debate público que o
processo eleitoral exige, mobilizando o movimento sindical para
apresentar as propostas que estão reunidas nesta Pauta.
Consideramos central colocar a geração de emprego de qualidade, o crescimento dos salários, a promoção da proteção trabalhista, previdenciária e social para todos e para todas as formas
de ocupação laboral, a valorização dos sindicatos e da negociação
coletiva como elementos estratégicos do projeto nacional de desenvolvimento.
Esta Pauta é fruto dos debates feitos nas bases de cada Central Sindical e consolidados nos documentos dos Congressos. A
diversidade de propostas e posicionamentos foram reunidas em
um documento base, que foi debatido em cada Central Sindical,
as propostas recebidas foram novamente consolidadas, analisadas e o documento final, que agora apresentamos, aprovado pelo
Fórum dos presidentes das Centrais Sindicais, em 30 de março.
Essa obra coletiva será difundida por meio da mobilização
para apresentar essas propostas da classe trabalhadora às bases
sindicais em todo o país e em todas as categorias.
Tarefa essencial será também entregá-la aos candidatos e
candidatas aos legislativos e executivos estaduais e federal.
Sigamos em frente, unidos na luta
para mudar os rumos desse nosso querido país!
Os últimos anos foram marcados pelo surgimento de novas formas de trabalho, sobretudo aqueles via plataformas como Uber, Rappi, 99 e outras similares. Esses postos têm atraído cada vez mais pessoas de idade avançada, como mostra este texto do Rest of World. O site analisa causas estruturais, como o aumento do custo de vida e as fragilidades nos sistemas de proteção social e aposentadorias num contexto de envelhecimento da população. A reportagem ouve esses trabalhadores, que falam sobre os desafios encarados no dia a dia, incluindo jornadas longas e problemas de saúde. Fica claro que, enquanto o mundo discute formas de regulamentar o setor, é preciso um olhar específico para quem tem mais de 60 anos e aderiu à gig econom
ENFRENTAMENTO DA MUDANÇA CLIMÁTICA
E DA EMERGÊNCIA AMBIENTAL
PERSPECTIVA DO TRABALHO, DO EMPREGO,
DA RENDA E DOS DIREITOS:
TRANSFORMAÇÕES ESTRUTURAIS A PARTIR
DA TRAGÉDIA DO RIO GRANDE DO SUL
PROPOSTA DAS CENTRAIS SINDICAIS
O IBGE divulgou no dia 17 de maio de 2024
1
os dados da Pesquisa por Amostra de
Domicílios Contínua (PnadC) trimestral, para um conjunto de indicadores relacionados à
força de trabalho, referentes ao 1º trimestre de 2024, composto pelos meses de janeiro a
março. O presente boletim traz a análise de vários desses indicadores do mercado de
trabalho, para a Bahia, no 1º trimestre de 2024, com o objetivo de acompanhar,
periodicamente, a movimentação no mercado de trabalho baiano.
texto de autoria de Edson Carneiro Índio, dirigente da Intersindical Central da Classe Trabalhadora sobre o PLC 12/2024 que regulamente a categoria de motoristas por plataforma
O documento traz a síntese dos debates realizados e propõe caminhos para fortalecer a integração dos povos da região. A Jornada iniciou-se nesta quinta-feira (22) e encerra-se neste sábado (24). Ao todo, 4 mil pessoas de mais de 20 países da região participam do evento.
Transcrito do site Brasil de Fato
A Confederação Geral do Trabalho da República Argentina (CGTRA) colabora com a OIT para equipar o pessoal das instituições de formação profissional para ajudar migrantes e refugiados através da regularização de documentos, validação de qualificações educacionais e reconhecimento de competências. A Organização Central dos Sindicatos (COTU-K), no Quénia, gere o Centro de Recursos para Migrantes, fornecendo informações, defendendo o recrutamento justo e garantindo os direitos dos trabalhadores migrantes. A Confederação Coreana de Sindicatos (KCTU) ganhou novos e aprimorados padrões governamentais para acomodação de trabalhadores migrantes. O Congresso do Trabalho da Nigéria (NLC) apoia os migrantes que regressam com guias informativos e envolvimento da comunidade para ajudar na sua reintegração. A Konfederasi Serikat Buruh Seluruh Indonesia (KSBSI) colabora com organizações da sociedade civil para ajudar os governos locais a implementar leis de protecção dos trabalhadores migrantes e fornecer serviços de aconselhamento eficazes e sensíveis ao género para trabalhadores migrantes que partem do estrangeiro ou regressam. A campanha Injury2All da Federação Americana do Congresso do Trabalho das Organizações Industriais (AFL-CIO) ganhou uma decisão do governo dos EUA para agilizar um processo que protege os trabalhadores migrantes da deportação se denunciarem abusos das leis laborais dos EUA. No Reino Unido, o Congresso Sindical (TUC) e os seus afiliados expuseram elevados níveis de exploração dos trabalhadores migrantes no sector dos cuidados. Estão agora a trabalhar com o governo num plano nacional para combater esta exploração. O sindicato da função pública UNISON trabalha em parceria com uma instituição de caridade para ajudar a fornecer apoio especializado e aconselhamento aos seus trabalhadores migrantes. A Confederação dos Sindicatos Progressistas da Turquia (DISK) e o Congresso Sindical da Tanzânia (TUCTA) apoiaram os trabalhadores migrantes de Türkiye para recuperarem os seus salários não pagos na Tanzânia. O Congresso Australiano de Sindicatos (ACTU) está a fazer campanha e a defender reformas legislativas que dariam aos trabalhadores migrantes confiança para se apresentarem e denunciarem a exploração no local de trabalho.
Índice desenvolvido por pesquisadores mensura o grande impacto da questão
racial na profunda desigualdade social brasileira. Dados da pesquisa apontam como negros
estão sub-representados no topo da distribuição de renda, nos cursos superiores e até
mesmo na população idosa, o que mostra a urgência de propor políticas públicas
específicas de redução de iniquidades raciais.
Publicado pela Folha de São Paulo em 19 de novembro de 2021
Em 28 de junho de 2023, o governo federal lançou o Plano Safra 2023/2024 da Agricultura Familiar, que disponibiliza crédito de R$ 71,6 bilhões para o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Esse montante representa o maior valor estipulado em toda a série histórica do Plano e significa 34% de aumento em relação ao valor decretado pelo governo anterior.
matéria do portal UOL mostrando o cotidiano de trabalhadores que sobrevivem alimentando plataforma de aprendizado para algoritimos de Inteligência Artificial
Dados do 4º trimestre de 2022 da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do IBGE, revelam que o Brasil contava
com 5,8 milhões de pessoas ocupadas no trabalho doméstico, equivalente a 5,9% da força de trabalho, das quais 91,4% eram mulheres
No Boletim de Conjuntura 37, o DIEESE trata de desafios que o governo Lula enfrentará para reconstruir o país. Além dos prejuízos internos em todas as áreas, deixados pelo governo Bolsonaro, o texto aborda as dificuldades que podem ser trazidas pela situação econômica mundial.
O governo tenta sair da pauta da crise militar, mas enfrenta dificuldades na composição da equipe do 2º e 3º escalão pelas necessidades de negociações até a eleição dos presidentes da Camara e Senado. O peder civil vem sendo reforçado sobre os militares e várias iniciativas de ações de governo estão sendo preparadas. A crise dos Yanomami precisa de uma atuação conjunta e a crise das Americanas não pode ficar restrita a um conflito entre grandes bancos e grandes bilionarios. É uma crise que serve para questionar compartamentos do sistema financeiro.
A crise militar continua dominando a conjuntura apesar da demissão do Comandante do exercito que rerafirm,ou o papel do poder civil. Os desdobramentos da crise podem dificultar a ação do governo nas outras áreas. O pacote fiscal e a ação dos ministérios precisam dominar a conjuntura.
Discurso de posse de Luiz Marinho, ministro do Trabalho e Emprego.pdf
1. 1
É com muita alegria, entusiasmo e determinação que assumo, mais uma vez, o desafio
de ocupar o cargo de Ministro de Trabalho e Emprego.
Alegria de voltar a servir ao nosso país, novamente sob a liderança do Presidente Lula.
Alegria de voltar a atuar no campo do trabalho, ao lado de tantos amigos e amigas e dos
valorosos servidores dessa Casa.
Renovo, aqui, meus compromissos históricos com os trabalhadores e as trabalhadoras
do Brasil. Com os olhos postos no futuro, farei de tudo para que a agenda do trabalho
passe a ter um protagonismo inédito e esteja, a partir de agora, no centro das definições
da política de desenvolvimento do país.
Essa é a missão que recebi do Presidente Lula: contribuir para transformar esse nosso
Brasil em um país desenvolvido, com empregos dignos, bons salários, proteção social,
trabalhista, sindical e previdenciária para todos. Um país onde o trabalho voltará a ser
instrumento fundamental para acabar com a fome, superar a pobreza e combater todas
as formas de desigualdades.
Não será tarefa fácil, sabemos.
O quadro de desmonte das políticas públicas e do orçamento é dramático em todos os
Ministérios. A equipe de Transição produziu, em poucas semanas, um diagnóstico que
revela a gravíssima situação do Estado brasileiro. Aproveito para agradecer e
parabenizar ao Grupo Temático do Trabalho da Equipe de Transição pela altíssima
qualidade do Relatório produzido. Ele será instrumento essencial para o início da nossa
gestão e para a organização do nosso Plano de Trabalho.
2. 2
Temos consciência das enormes dificuldades que vamos enfrentar.
Mas também temos a convicção de que a vontade de mudança reunirá bravas e bravos
agentes de transformações, capazes de superar mazelas, dificuldades e toda ordem de
problemas.
É hora, portanto, de olhar para frente e começar a promover transformações.
Isso vai exigir de todos nós inteligência, criatividade e perseverança.
As mudanças em curso no mundo do trabalho são hoje extensas e profundas. Nos
últimos anos, a pandemia acelerou e ampliou ainda mais essas mudanças.
As novas tecnologias ocupam, hoje, todos os espaços do sistema produtivo e estão
presentes em inúmeras atividades e postos de trabalho, como é o caso do teletrabalho,
do home office e do uso intensivo de tecnologias digitais.
Tecnologia é trabalho humano materializado em máquinas, equipamentos, softwares,
inteligência artificial, e deve ser aliada do trabalho e do emprego. Queremos e
precisamos aumentar a produtividade do trabalho para agregar valor à nossa economia,
gerar renda e riqueza que nos permitam promover a superação da miséria e da pobreza,
elevar o padrão de vida e promover o bem-estar de todos.
Tecnologia e produtividade são temas constitutivos do mundo do trabalho e pautas
estratégicas para a formulação de uma inovadora agenda de desenvolvimento. São
vetores de transformações estruturais para a economia, o mundo do trabalho e a
sociedade como um todo. São também temas centrais para a atividade sindical e as
negociações coletivas.
Compreendo que o caminho para as mudanças trabalhistas é o da melhoria do ambiente
econômico. É através do investimento e da inovação na produção industrial, na
agropecuária, no comércio, nos serviços e nas atividades do terceiro setor que vamos
3. 3
criar as condições para a geração de novos e bons empregos e novas formas de proteção
social, trabalhista e previdenciária para todos.
Por isso, o Ministério do Trabalho e do Emprego deve ser um agente formulador e
mobilizador das políticas públicas de estímulo à produção econômica e à geração de
bons empregos e salários. O MTE deve, também, ser instrumento de promoção do
diálogo social, de maneira a fortalecer os sujeitos coletivos autônomos de
representação de interesses, a valorizar a negociações coletiva e a promover o
tripartismo.
É com essa visão que atuarei não apenas à frente deste Ministério, mas em toda a
Esplanada, para fazer com que a agenda do trabalho e emprego seja fortemente
incorporada às políticas de desenvolvimento econômico, tecnológico e social.
Este também será um Ministério comprometido com a valorização do diálogo social e
da negociação coletiva. Compreendemos que as partes interessadas, trabalhadores e
empresários, devem ter autonomia para investirem em um sistema de relações do
trabalho que valorize e incentive a negociação coletiva e a solução voluntária de
conflitos.
Negociação coletiva fundada em boas práticas de diálogo social requer sindicatos fortes,
com ampla base de representação, com representatividade e capacidade autônoma de
se organizar e de se financiar.
Quero declarar que iremos em pouco tempo, por meio do diálogo tripartite e
juntamente com o Congresso Nacional, construir uma legislação que modernize o nosso
sistema sindical e de relações do trabalho e que nos aproxime das melhores práticas
existentes no mundo nesse campo.
Nesse mesmo sentido, este Ministério fará todas as gestões perante o Congresso
Nacional para acelerar o processo de regulamentação da Convenção 151 da OIT, que
4. 4
garante e viabiliza o direito de negociação coletiva para todos os servidores públicos dos
munícipios, estados e da União.
O mundo do trabalho em mudança também carrega uma herança perversa de
precariedade, vulnerabilidade, informalidade e rotatividade, que atinge mais de metade
da força de trabalho do país. Há, portanto, uma dívida estrutural a ser superada.
Teremos o desafio de, com uma economia pujante, melhorar as condições de vida e
trabalho dessa população trabalhadora. Temos a missão de criar um sistema de
proteção trabalhista, social e previdenciária para os milhões de brasileiros e brasileiras
que não são trabalhadores assalariados clássicos, como os trabalhadores autônomos,
por conta própria, cooperados, na agricultura familiar, entre tantos outros.
Sabemos, ainda, dos problemas e desafios que enfrentam as micro e pequenas
empresas e de sua enorme capacidade de geração de empregos. A inovação e
produtividade são agendas de transformação para dar musculatura produtiva a essas
empresas e permitir a elas melhorar a qualidade de seus postos de trabalho.
Outra questão de grande importância, hoje em dia, são as novas plataformas e
aplicativos que mediam relações de trabalho entre empresas, consumidores,
trabalhadores e o poder público. Essas novas ferramentas digitais se multiplicaram
durante a pandemia e vieram para ficar. Para assegurar padrões civilizados de utilização
dessas novas ferramentas, daremos prioridade à regulação das relações de trabalho
mediadas por aplicativos e plataformas, considerando especialmente questões relativas
à saúde e segurança e à proteção social.
Além disso, há mazelas e iniquidades que persistem e precisam ser definitivamente
extirpadas: a exploração do trabalho infantil, o trabalho análogo ao de escravo e o
tráfico de pessoas. Por isso, quero declarar, em alto e bom som, que iremos em breve
reinstalar neste Ministério os Conselhos CONAETI, CONATRAE E CONATRAP, bem como
restabelecer e ampliar as políticas e programas nessas áreas e a cooperação com órgãos
e entes federados. Também vamos reforçar o papel da Inspeção do Trabalho, para pôr
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fim a essas condições desumanas de exploração do trabalho, que envergonham a todos
nós.
No mundo da produção e da produtividade, o MTE tem uma atribuição essencial:
propugnar, articular, formular e compartilhar a gestão de um Sistema Nacional de
Qualificação Profissional que promova a cooperação de todas as organizações
envolvidas nos processos e nas políticas de qualificação profissional. Queremos um
Sistema de Qualificação Profissional colado ao sistema produtivo, capaz de alavancar o
conhecimento aplicado aos processos de trabalho de uma classe trabalhadora que sabe
inovar e participar de um sistema produtivo de ponta. Compreendo que a formação
profissional deve se constituir em um direito de todos os trabalhadores e que deve ser
provida por um Sistema Nacional de Qualificação Profissional, envolvendo uma estreita
articulação com outras áreas governamentais, o Sistema S, Escolas Técnicas,
Universidades, entre outros.
Cabe também ao Ministério do Trabalho e Emprego oferecer um sistema ágil e eficaz de
intermediação de mão de obra, articulado com a formação profissional, presente em
todo o território e integrado com todo o sistema produtivo. Iremos redesenhar o SINE e
construiremos novas possibilidade de cooperação entre os entes federados, utilizando
para isso não apenas as redes físicas hoje disponíveis, mas também as mais novas
tecnologias digitais, que permitem uma rápida interação com os usuários dos serviços
públicos
A economia solidária e popular e as formas cooperadas de trabalho serão novamente
incentivadas e apoiadas para alçar protagonismo econômico e organizativo para elevar
sua participação na produção econômica e ampliar a proteção aos trabalhadores.
As trabalhadoras e trabalhadores domésticos e todas as atividades de cuidados terão
atenção destacadas, para que mensalistas e diaristas possam ter acesso a um sistema
de proteção compatível com a natureza de suas atividades.
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Saúde do trabalhador é outro tema de destaque pelos impactos que especialmente as
doenças psicossociais têm tido sobre a vida das trabalhadoras e dos trabalhadores.
Iremos recuperar nosso protagonismo nesse tema e nos colocar na fronteira do
conhecimento e das políticas públicas no campo da saúde e segurança do trabalhador.
Uma das atribuições deste Ministério é observar a qualidade dos postos de trabalho e
das relações de trabalho, tarefa executada pela área de Inspeção do Trabalho, que será
reorganizada para cumprir suas finalidades, inclusive aprimorando o uso da tecnologia
da informação.
Enfrentar e superar as inúmeras formas de desigualdades é uma missão que nos foi dada
pelo Presidente Lula. A desigualdade está enraizada no mundo do trabalho e nele é
reproduzida, entre homens e mulheres, brancos e negros. Promover a igualdade de
condições de trabalho e remuneração entre mulheres, homens, negros e brancos será
uma prioridade a ser observada por todas as políticas desenvolvidas por este Ministério.
Teremos ainda um olhar especial para a juventude, seja cuidando da transição escola
trabalho, seja observando a qualidade dos postos de trabalho destinados aos jovens.
Atenção especial será dada àqueles que hoje nem estudam e nem trabalham.
Atuaremos para ter uma regulação adequada da legislação que trata da aprendizagem.
A participação social será essencial em todo o governo. Aqui, no Ministério, além de
valorizar e fortalecer os Conselhos do FAT e do FGTS, vamos dar novo protagonismo ao
Conselho Nacional do Trabalho, para que seja uma instância de alto nível para tratar das
questões estruturais e essenciais do mundo do trabalho, das relações de trabalho, da
educação profissional, da produtividade, das proteções.
Para conseguir avançar no cumprimento dessa agenda extensa e desafiadora, espero
contar com o protagonismo dos sindicatos, das federações e das confederações de
trabalhadores. Essa casa está aberta para recebê-los.
7. 7
Espero também contar com o diálogo aberto e transparente com as entidades
empresariais, para que possamos contribuir com o fortalecimento do sistema produtivo
e a geração de empregos de qualidade, que formam a renda e o consumo das famílias
que sustentam a demanda e o crescimento econômico do país.
Espero uma atuação vigorosa e propositiva das Centrais Sindicais nesse diálogo social
amplo, sendo elas a voz de todos os trabalhadores e trabalhadoras, conectados com os
desafios e a promoção de um desenvolvimento econômico e socioambiental
sustentável, observando com muita atenção das questões da transição justa.
Por fim, quero convocá-los para, em curto espaço de tempo, oferecermos ao Presidente
Lula uma proposta de Política de Valorização do Salário-Mínimo, a ser apresentada ao
Congresso Nacional.
Temos uma agenda de transformações. Temos o desafio de promovê-la.
Temos organizações sindicais fortes e dispostas a se reinventarem para um mundo do
trabalho em transformação.
Temos uma classe trabalhadora disposta a produzir e esperançosa por direitos e
proteção.
Temos entidades empresariais ansiosas por melhorar a qualidade e a produtividade do
trabalho.
Temos uma nação para unir e reconstruir.
Nossas ferramentas são a cooperação e o diálogo social.
O tempo é agora. Já!
Sigamos juntos.